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Ligações por entalhes ou

sambladuras

a
d

Compressão normal às fibras

Tensão de cálculo de compressão normal às fibras:


Fd: força de cálculo de compressão normal às fibras
Ac : área de contato que pode estar submetida ao esmagamento
Ac = a x b 1
Ligações por entalhes ou
sambladuras

a
d

Compressão normal às fibras

Resistência de cálculo normal às fibras

2
Ligações por entalhes ou
sambladuras
Resistência de cálculo normal às fibras
“a” dimensão da área de contato Ac na direção das fibras,
Quando “a” for menor que 15 cm e a carga estiver afastada
pelo menos de 7,5 cm da extremidade da peça, αn é maior
que 1,0.

a < 15 cm
d > 7,5 cm
3
Ligações por entalhes ou
sambladuras
ângulo β > 6°

Solicitação inclinada em relação às fibras


inclinação β entre tensões normais em relação às fibras

fcα,d : resistência a tensões normais de compressão


inclinadas em relação às fibras
4
Ligações por entalhes ou
sambladuras
ângulo β > 6°

Solicitação inclinada em relação às fibras


Expressão de Hankinson para estimar resistência de
compressão inclinadas em relação às fibras

5
Ligações por entalhes ou
sambladuras
ângulo β > 6°

Solicitação inclinada em relação às fibras com face em esquadro


σcα,d : tensões normais de compressão inclinadas
em relação às fibras
Nd: força de cálculo atuante na barra comprimida
Ac: área comprimida 6
Ligações por entalhes ou
sambladuras

(Pfeil, 2003)
Solicitação inclinada em relação às fibras com ângulo bissetriz
σcα,d : tensões normais de compressão inclinadas em relação às
fibras N d . cos α
σ cα ,d =
Ac
Nd: força de cálculo atuante na barra comprimida
Ac: área comprimida A = b.t´= b. t 7
c cos α
Ligações por entalhes ou
sambladuras
ângulo β > 6°

Solicitação inclinada em relação às fibras


Disposições construtivas:
Altura do dente (NBR7190/97): e mínimo 2 cm
e máximo de h/4
Sugestão (não é de norma): comprimento f mínimo 15 cm
8
Ligações por entalhes ou
sambladuras com dois dentes

Solicitação inclinada em relação às fibras


Altura do dente (NATTERER et al., 2005):
e1 < (e2 - 10 mm) e
e1 < 0,8. e2

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Exemplo apostila: Verificação de ligação por entalhe (13.7.1)
Verificar se a ligação de extremidade da treliça de Jatobá, satisfaz o critério de
segurança de norma NBR 7190/97. Considere que o carregamento é de longa
duração, a madeira é usual, a classe de umidade do local da construção é 2 e as
cargas permanentes são de grande variabilidade. fc0,m = 93,3 MPa; esforço de
cálculo: N1-2,d = - 5.039 daN (compressão) N1-10,d= +4.637 daN (tração); θ = 23º.

•Tração paralela
•Compressão paralela
•Cisalhamento em c=10cm
•Compressão normal na linha
•Compressão inclinada altura
dente e = 3 cm

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Exemplo apostila: Verificação de ligação por entalhe (13.7.1)

Compressão inclinada em relação às fibras:

11
Exemplo apostila: Verificação de ligação por entalhe (13.7.1)

Compressão inclinada em relação às fibras:

condição de segurança para a tensão de


12 cálculo
à compressão inclinada não satisfeita
Exemplo apostila: Verificação de ligação por entalhe (13.7.1)

Compressão normal às fibras:

13
Exemplo apostila: Verificação de ligação por entalhe (13.7.1)

Compressão normal às fibras:

14
Exemplo apostila: Verificação de ligação por entalhe (13.7.1)

Compressão normal às fibras:

condição de segurança para a tensão de


cálculo à compressão normal na linha
está satisfeita

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Uso de peças compostas ou peças múltiplas
As seções comercialmente disponíveis de peças de madeira possuem
dimensões limitadas. Esta limitação pode ser contornada com o uso de peças
compostas que, ao serem solicitadas, atuam como um elemento único.

(Pfeil, 2003) 16
Uso de peças compostas ou peças múltiplas

A união entre as peças pode ser feita pelo uso de adesivo adequado ou por
dispositivos de ligação tais como cavilhas, pinos metálicos (parafusos ou
pregos) e conectores (anéis metálicos).

(Pfeil, 2003)

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Uso de peças compostas ou peças múltiplas

Os critérios de segurança para verificação dos estados limites são os mesmos


apresentados anteriormente para elemento maciço, porém com redução da
rigidez (Momento de Inércia I) do elemento em função da deformabilidade
das ligações entre as peças

Peças isoladas

Peças coladas

Peças pregadas

(Pfeil, 2003) 18
Uso de peças compostas ou peças múltiplas

•PEÇAS COMPOSTAS DE SEÇÃO T, I OU CAIXÃO LIGADAS


POR PREGOS

•PEÇAS COMPOSTAS DE SEÇÃO RETANGULAR LIGADAS


POR CONECTORES METÁLICOS

19
Uso de peças compostas ou peças múltiplas
•PEÇAS COMPOSTAS DE SEÇÃO T, I OU CAIXÃO LIGADAS
POR PREGOS

Podem ser dimensionadas como peças maciças, com seção


transversal de área igual à soma das áreas das seções dos elementos
componentes, e momento de inércia efetivo dado por:
I ef = α r I th
onde Ith é o momento de inércia da seção total da peça como se ela
fosse maciça, sendo:
- para seções T: αr = 0,95 ;
- para seções I ou caixão: αr = 0,85. 20
Uso de peças compostas ou peças múltiplas
•PEÇAS COMPOSTAS DE SEÇÃO RETANGULAR LIGADAS
POR CONECTORES METÁLICOS

Suposta uma execução cuidadosa e a existência de parafusos


suplementares que solidarizem permanentemente o sistema, podem ser
dimensionadas à flexão, em estado limite último, como se fossem peças
maciças, reduzindo-se o momento de inércia da seção composta,
Ief é o valor efetivo e Ith o seu valor teórico.
I ef = α r I th
Para dois elementos superpostos: αr = 0,85 e
Para três elementos superpostos: αr = 0,70.

(Pfeil, 2003)
21
Uso de peças compostas ou peças múltiplas
Peças solidarizadas descontinuamente

(Pfeil, 2003)
Peças isoladas Peças continuas Peças descontinuas

As peças compostas solidarizadas descontinuamente por


espaçadores interpostos ou por chapas laterais de fixação
devem ter sua segurança verificada em relação ao estado
limite último de instabilidade global. 22
Uso de peças compostas ou peças múltiplas
Peças solidarizadas descontinuamente

(Pfeil, 2003)
a)peça interposta colada b)peça lateral colada c)peça interposta pregada
d)Peça lateral pregada e)peça interposta com anel 23
f)ligação treliçada em 1 plano g)ligação treliçada em 2 planos
Uso de peças compostas ou peças múltiplas
Peças solidarizadas descontinuamente
< <

< <

(NBR7190:1997)
Os espaçadores devem estar igualmente afastados entre si ao
longo do comprimento L da peça. A sua fixação aos elementos
componentes deve ser feita por ligações rígidas com pregos ou parafusos.
Permite-se que estas ligações sejam feitas com apenas 2 parafusos
ajustados dispostos ao longo da direção do eixo longitudinal da peça,
afastados entre si de no mínimo 4d e das bordas do espaçador de pelo
menos 7d, desde que o diâmetro de pré-furação do seja feito igual ao 24
diâmetro d do parafuso.
Uso de peças compostas ou peças múltiplas
Peças solidarizadas descontinuamente
<

L2 < L2

<

A dimensão L2 dos espaçadores e das chapas laterais devem


satisfazer as limitações:
L2 ≥ 1,5a peças interpostas;
L2 ≥ 2a peças com chapas laterais.
25
Uso de peças compostas ou peças múltiplas
Peças solidarizadas descontinuamente

Dispensa-se a verificação da estabilidade local dos trechos de


comprimento L1 dos elementos componentes, desde que respeitadas
as limitações:

9b1 ≤ L 1 ≤ 18b1;
a ≤ 3b1 peças int erpostas;
a ≤ 6b1 peças com chapas laterais.
26
Uso de peças compostas ou peças múltiplas
Peças solidarizadas descontinuamente
y y

n = 2 peças n = 3 peças

L
I1 : mom. de inércia em relação ao eixo 1 // x; m=
I2 : mom. de inércia em relação ao eixo 2 // y. L1
A = n A1 m = número de intervalos de comprimento L1 em
que fica dividido o comprimento L total da peça;
I x = n I1 αy = 1,25 para espaçadores interpostos;
I = n I + 2 A a2 αy = 2,25 para chapas laterais de fixação.
y 2 1 1
I 2 m2
I y ,ef = β I I y βI =
I 2 m2 + α y I y 27
Uso de peças compostas ou peças múltiplas

Peças solidarizadas descontinuamente


y y

n = 2 peças n = 3 peças

A verificação deve ser feita como se a peça fosse maciça


de seção transversal com área A e Ix e Iy,ef.
A verificação de estabilidade para tensões normais de
compressão é representadas por
onde

28
Uso de peças compostas ou peças múltiplas

Peças solidarizadas descontinuamente


As ligações devem satisfazer o esforço
cortante atuante na seção transversal
da peça individual (Alvim, 2009):
 NE π
 d 1ef N − N L para λ y ,ef ≤ 40
N ⋅ e ⋅
 E d
Vd = 
 N d ⋅ λef , y ⋅ e NE

π
para λ y ,ef > 40
 40 1ef
NE − Nd L

A esbeltez efetiva é dada pela Inércia


efetiva do conjunto:
A
λ y ,ef = L.
I y ,ef
29
Uso de peças compostas ou peças múltiplas

Peças solidarizadas descontinuamente


As ligações devem satisfazer o esforço
cortante atuante na seção transversal
da peça individual:
 NE π
 d 1ef N − N L para λef , y ≤ 40
N ⋅ e ⋅
 E d
Vd = 
 N d ⋅ λef , y ⋅ e NE

π
para λef , y > 40
 40 1ef
NE − Nd L

O esforço cortante na ligação Qd é


calculado com Vd
Qd é a força que deve ser resistida
pelos pregos/parafusos da ligação
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Referências citadas

ABNT, Associação Brasileira de Normas Técnicas – NBR 7190 Norma


de projeto de estruturas de madeira. Rio de Janeiro, ABNT, 1997.
ALVIM, Ricardo Carvalho. Projeto de Estruturas de Madeira: Peças
Compostas Comprimidas. 1a ed. São Paulo, SP: Editora Blucher
Acadêmico, 2009.
NATTERER, J. et al. (2005) Construction en bois: matériau,
technologie et dimensionnement. 2a ed. Presses Polytechniaues et
Universitaires Romandes. Lausanne.
PFEIL, Walter; PFEIL, Michèle. Estruturas de Madeira. 6ª ed. Rio de
Janeiro, RJ: Livros Técnicos e Científicos Ed., 2003.

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