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Goiânia, GO
2023
1. INTRODUÇÃO
Neste presente trabalho serão avaliadas três estruturas (Estrutura A, B e C), sendo estas
apresentadas com configurações diferentes, mesmo apresentando comprimentos, materiais e
seções transversais iguais em todas as barras. A diferença em cada uma delas será discutida e
ficará evidente ao serem apresentados os diagramas de esforços (momento fletor, cortante e
normal).
Para essa análise foi proposto a utilização do programa Frame Tool (FTOOL), um
programa desenvolvido pelo Prof. Luiz Fernando Martha, capaz de analisar estruturas
bidimensionais se destacando pela sua simplicidade e poder de cálculo.
A abordagem do estado de tensões característico em cada estrutura será discutida, assim
como também a classificação do sistema estrutural de cada estrutura, com a finalidade de
desenvolver os conhecimentos aprendidos em sala de aula.
2. OBJETIVO
Analisar três estruturas, sob a utilização do FTOOL, com o objetivo de concretizar os
conceitos passados em sala de aula sobre tipos de esforços, estado de tensões e classificação de
sistemas estruturais.
3. DESENVOLVIMENTO
Para cada estrutura foram usadas como material, o aço, em todas as barras, e como seção
transversal, o Anel, com espessura (t) e diâmetro (d) iguais para todos os casos. A espessura usada foi
de 10 mm e o diâmetro usado foi de 30 mm.
Assim como o material e a seção transversal usados foram os mesmos, assim também em todos
os casos foi aplicado uma carga (P) de 100 kN (na direção y, negativo) nos mesmos nós de cada
estrutura.
Enquanto que na Estrutura B, Figura 4, há uma mistura de dois tipos de nós, sendo eles
misto e rígido. Nas extremidades das barras inclinadas podemos ver a presença do tipo misto,
em que algumas rotações são impedidas e outras são livres. O restante das barras tem ligações
do tipo rígido.
Já na Estrutura C, Figura 5, temos rótulas em todos os nós, sendo este do tipo flexível,
em que a rotação é livre.
Figura 5 - Estrutura C - Composição de nós e Cargas Aplicadas
Com isso, podemos concluir que o sistema estrutural deste caso é um Pórtico Plano, já
tendo em mente que, em adição ao fato da presença dos esforços ditos, na estrutura, como já
discutido anteriormente, há pelo menos uma ligação rígida entre as barras.
Outrossim, o estado de tensão característico da estrutura é flexão composta reta, onde as
cargas estão aplicadas em um dos eixos principais, porém fora do centroide.
Posto o diagrama de esforço normal na Estrutura B, Figura 9, podemos observar que há
uma semelhança entre os seus valores e os da Estrutura A, Figura 6. A discrepância está nas
casas decimais, e a semelhança, além dos valores estarem muito próximos, está no fato de que,
em todas barras, onde há tração na Estrutura A, também há na Estrutura B, e assim vale também
onde tem compressão.
Nas Figuras 10 e 11, temos a oportunidade de fazer uma certa comparação entre os
diagramas de esforço cortante e de momento fletor da Estrutura B e os diagramas resultantes
da Estrutura A, Figura 7 e 8, da mesma forma que foi feito quanto aos diagramas de esforço
normal.
A comparação revela que houve uma diminuição no módulo dos valores de esforço
cortante e de momento fletor da Estrutura A para B. Os valores da Estrutura A são maiores que
os da Estrutura B.
A diminuição se dá pelo motivo de haver ligações do tipo misto na Estrutura B, onde
algumas barras unidas por essas ligações estão fixas e outras flexíveis. Portanto, a transferência
de esforço cortante e de momento fletor é reduzida em relação a Estrutura A, em que somente
há ligações rígidas.
Assim, diante de toda a análise, podemos classificar o sistema estrutural da Estrutura B,
que é o mesmo da Estrutura A, como um Pórtico Plano, que está sob estado de tensão baseado
na flexão composta reta.
Figura 10 - Estrutura B - Diagrama de esforço cortante (kN)
4. CONCLUSÃO