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ISBN 978-85-9502-200-3
CDU 624.04
Introdução
Os pórticos planos são estruturas compostas por barras rígidas, subme-
tidas a esforços cortantes, esforços normais e momentos de flexão. A
estrutura deve ser projetada de modo que possua estabilidade, garan-
tindo, assim, segurança e funcionalidade para a edificação. A estabilidade
é determinada por meio da análise do equilíbrio estático da estrutura.
Neste capítulo, você vai aprender a distinguir os tipos mais comuns de
pórticos planos. Além disso, você será capaz de compreender os conceitos
de estabilidade e determinação, aplicando-os em pórticos planos.
Figura 2. Pórticos planos de barras retas inclinadas (a) articulado e (b) rígido.
Fonte: El Debs (2000 apud SANTOS, 2010, p. 27).
Pórticos planos: introdução e classificação quanto ao equilíbrio estático 51
Os pórticos de barras retas podem ser encontrados ainda nas formas apre-
sentadas na Figura 3. Na Figura 3(a), as vigas possuem duas articulações,
posicionadas próximas à posição do momento de flexão nulo. Este sistema
é denominado de lambda. Na Figura 3(b), é apresentado um sistema de pór-
tico em formato de “U” invertido, cuja ligação com a base é realizada por
meio de articulações. Esta estrutura é empregada em sistemas pré-moldados,
sendo moldada na posição horizontal, no próprio canteiro de obras. Por fim,
na Figura 3(c), são representados pórticos em formato de “L” e “T”, muito
utilizados na construção de galpões altos e estreitos. A utilização em conjunto
destas estruturas permite a formação de pórticos triarticulados, dispensando
o engastamento dos pilares à fundação.
Figura 3. Pórticos planos de barras retas: (a) do tipo lambda, (b) do tipo “U” invertido e (c)
do tipo “L” e “T”.
Fonte: El Debs (2000 apud SANTOS, 2010, p. 28).
Figura 4. Pórticos planos de barras curvas: (a) biarticulado, (b) triarticulado e (c) rígido.
Fonte: El Debs (2000 apud SANTOS, 2010, p. 29).
As reações de apoio, representadas pelas forças FA, FB e FC, são paralelas entre si,
resistindo à componente vertical da carga inclinada P. Contudo, não existe uma força
reativa que resista à componente horizontal da carga inclinada P. Deste modo, a estru-
tura é considerada instável, pois seus apoios foram escolhidos de maneira imprópria.
Solução
O pórtico apresentado possui quatro reações de apoio (veja a Figura 6). Aplicando
as três equações da estática, obtemos:
Observe que as reações verticais, RA e RB, podem ser determinadas pela aplicação
das equações de equilíbrio estático. As reações horizontais, por sua vez, não podem
ser determinadas. A estrutura analisada, portanto, é estaticamente indeterminada,
ou seja, é hiperestática.
A estrutura pode ser transformada em estática de duas maneiras:
pela substituição do apoio fixo por um apoio móvel;
pela incorporação de uma rótula na estrutura.
A seguir, é apresentada a determinação do grau de estaticidade para ambas as
situações.
1. Substituição do apoio fixo por um apoio móvel no apoio B, conforme a Figura 7.
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O pórtico apresenta três reações de apoio (veja a Figura 7). Aplicando as três equações
de equilíbrio estático, obtemos:
Note que as três reações do pórtico podem ser determinadas, ou seja, a estrutura
é isostática.
Pórticos planos: introdução e classificação quanto ao equilíbrio estático 57
O pórtico apresenta quatro reações de apoio (veja a Figura 8). Além das três equações
de equilíbrio estático, a estrutura possui uma equação de momento nulo na rótula,
como demonstrado a seguir:
Deste modo:
58 Pórticos planos: introdução e classificação quanto ao equilíbrio estático
Leituras recomendadas
LEET, K. M.; UANG, C.; GILBERT, A. M. Fundamentos da análise estrutural. 3. ed. Porto
Alegre: AMGH, 2010.
SÜSSEKIND, J. C. Curso de análise estrutural. 6. ed. Rio de Janeiro: Globo, 1981.
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da Instituição, você encontra a obra na íntegra.
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