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Estudo do equilíbrio de treliças planas isostáticas, baseado nas equações de equilíbrio da estática, para
determinação da força atuante em cada elemento (barra), ou seja, seu módulo, e a condição de compressão ou
tração.
PROPÓSITO
Perceber a importância do estudo de uma treliça plana — elemento estrutural muito utilizado na Engenharia —, a
fim de dar início aos primeiros passos para projetar tal estrutura, o que ocorrerá durante a formação de um
engenheiro.
PREPARAÇÃO
Antes de iniciar o conteúdo deste tema, tenha em mãos papel, caneta e uma calculadora científica ou use a
calculadora de seu smartphone/computador.
OBJETIVOS
MÓDULO 1
MÓDULO 2
MÓDULO 3
MÓDULO 4
INTRODUÇÃO
MÓDULO 1
INTRODUÇÃO
No início do estudo das treliças planas, alguns aspectos devem ser inicialmente compreendidos.
As treliças planas são estruturas formadas por barras que se unem por meio de rótulas.
Assim, nas uniões, não há uma reação de momento, apenas as duas restrições relativas à translação.
Cada barra que forma essa estrutura, denominada treliça, está sujeita exclusivamente a esforços com linha de
ação coincidente com a barra, que podem estar comprimindo-as ou tracionando-as.
Uma estrutura plana rígida tem como elemento básico um triângulo ABC, conforme mostra a figura 1:
ATENÇÃO
Observe os pinos de união das barras nas extremidades destas. A partir desse elemento básico, duas novas
barras são unidas por pinos. Essa sequência garante que a estrutura se mantenha rígida, originando a
denominada treliça simples.
Observe a figura 2, na qual um par de barras (destacadas em verde) é unido ao elemento básico da treliça — o
triângulo (três barras unidas por pinos nas extremidades):
A união entre as duas barras, por meio do pino rotulado, é denominada “nó”.
Nem toda treliça rígida é formada apenas de triângulos. É possível que, em algum dos passos citados
anteriormente, a figura formada não seja o triângulo. A questão, nesse caso, é apenas didática. Essa treliça
continuará a ser denominada simples e, portanto, rígida, ou seja, utilizável como estrutura em um projeto.
Observe a figura 3, em que a estrutura é rígida, porém nem todos os elementos são triângulos:
Figura 3: Treliça simples rígida com elementos não triangulares / Fonte: Autor
ATENÇÃO
É possível mostrar que, para uma treliça plana isostática simples, a relação matemática dada entre o número de
barras “b“ e o número de “nós” “n” é b = 2n – 3. Na figura 3, são 6 “nós” e 9 barras. Assim: 9 = 2.6 – 3 → 9 = 9
(equação satisfeita).
Fonte: Autor
WARREN
Fonte: Autor
PRATT
Fonte: Autor
FINK
Fonte: Autor
HOWE
A partir de agora, a representação das treliças será simplificada. O desenho não as apresentará explicitamente:
os pinos rotulados e as barras serão representados por segmentos, apenas por uma questão de simplicidade de
representação.
SAIBA MAIS
É interessante perceber que todas são rígidas, porém nem todas são simples (não podem ser formadas a partir
de um único triângulo inicial, adicionando-se duas barras e formando um novo “nó”). É o caso da treliça Fink, por
exemplo.
Eventualmente, caso o peso das barras de treliça não possa ser desprezado frente aos valores dessas cargas
externas aplicadas, será adotado que cada metade do peso da barra seja aplicada nos “nós” das extremidades
da barra.
COMENTÁRIO
Neste primeiro contato com o tema, algumas premissas são adotadas para diminuir a complexidade. O objetivo é
entender os métodos matemáticos para que você conheça os elementos básicos da teoria a fim de facilitar a
compreensão.
Entre as várias premissas adotadas, algumas já citadas anteriormente, a estrutura não sofre deformações
(rígidas), e as uniões entre os elementos comportam-se como pinos rotulados, ou seja, não oferecem resistência
ao momento fletor. Essa última consideração é mantida mesmo quando os elementos são presos, por exemplo,
por meio de solda.
A partir desse entendimento, falta a análise dessas forças sob a óptica do sentido. Duas são as possibilidades: a
barra está sendo tracionada ou está sendo comprimida. De maneira simples e objetiva, a força sob tração tende
a ter seu comprimento alongado e, sob compressão, tende a ter seu comprimento reduzido.
No item anterior, uma restrição foi imposta ao estudo das treliças planas nesse momento: cada elemento é rígido,
ou seja, não sofre deformação. Dessa maneira, a explicação para uma barra tracionada ou comprimida apenas
se refere a uma tendência à variação do comprimento, mas não a uma deformação real.
Na figura 6, a seguir, duas barras são mostradas — uma sob tração e outra sob compressão:
Figura 6: Esforços de tração e compressão nas barras de treliças planas / Fonte: Autor
ATENÇÃO
Perceba que, nos dois casos, a linha de ação do par de forças é coincidente com a barra analisada.
Convenciona-se utilizar para barras sob tração o valor positivo e, para barras sob compressão, valores negativos.
Na resolução dos problemas de treliça, devemos ter muito cuidado com os sinais positivo e negativo. Caso, na
resolução, você tenha arbitrada a força como trativa e encontre um valor positivo, de fato, a força atuante é de
tração. Ao contrário, será compressiva. Na eventualidade de a escolha arbitrar a força como compressiva, o valor
negativo indica que a escolha foi oposta em termos de sentido da força. Nesse caso, a força será trativa.
Contudo, o módulo será encontrado.
O momento de uma força é determinado por um produto vetorial. No caso das treliças planas, como o
carregamento é plano, o módulo do momento pode ser calculado por M = F.d, sendo d a distância do ponto O à
linha de ação da força. Adota-se, como convenção, que, no sentido anti-horário, o momento é positivo e, no
sentido horário, negativo. O vetor M é perpendicular ao plano da treliça. Observe a ilustração a seguir:
TEORIA NA PRÁTICA
A Engenharia é rica em exemplos em que são aplicadas as estruturas reticuladas rotuladas, denominadas treliças
(planas ou espaciais). No dia a dia, é fácil identificar essas aplicações nas gruas, nos viadutos, nas torres, nas
coberturas de estádios esportivos, nos telhados etc.
EXEMPLO
Algumas vantagens em relação às estruturas totalmente preenchidas podem ser identificadas, como, por
exemplo, a resistência específica (resistência por unidade de peso), a menor resistência oferecida a locais em
que o vento é uma análise importante no projeto etc.
Na figura 7, vemos um croqui esquemático de uma estrutura treliçada, similar ao viaduto da Linha Vermelha sobre
a Avenida Brasil, na cidade do Rio de Janeiro:
Figura 7: Croqui de uma estrutura com treliças planas / Fonte: Autor
COMENTÁRIO
A fundamentação matemática para a determinação das forças atuantes nas barras que compõem a treliça será
apresentada nos dois módulos seguintes (método dos “nós” e método das “seções”).
Dessa forma, é possível iniciar o cálculo a partir da estrutura, aplicando as equações de equilíbrio e determinando
as reações nos apoios (vínculos) da treliça.
Vamos às equações:
∑ FX = 0
∑ FY = 0
∑ MZ = 0
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
As duas primeiras garantem o equilíbrio translacional nos eixos x e y, e a última garante o equilíbrio rotacional.
Com a aplicação dessas três equações, as três incógnitas associadas aos apoios de primeiro e de segundo
gênero são determinadas.
SAIBA MAIS
Na análise das treliças, a Terceira Lei de Newton (ação-reação) também será importante. A barra e o pino trocam
forças que constituem um par ação e reação (a ser detalhado mais à frente).
Supondo que uma dada treliça tenha “n” “nós” e “b” barras, cada nó está associado a um pino. Por sua vez, como
se trata de um equilíbrio no plano, cada “nó” gerará 2 equações (∑ F x = 0 e ∑ F y = 0). Assim, os “n” “nós” gerarão
“2n” equações lineares (que resolverão “2n” incógnitas). Além disso, 3 equações iniciais podem ser escritas para
a determinação das reações.
Como já vimos, para treliças simples, é verdadeira a relação: b = 2n – 3 ou, ainda, 2n = b + 3. Assim, para
“resolver” a treliça, ou seja, para determinar as forças nas “b” barras e as três reações nos apoios, serão
necessárias “2n” equações.
MÃO NA MASSA
1. (ADAPTADO DE: MEC - ENGENHEIRO CIVIL - ARQUITETO - 2009) A TRELIÇA É UM
ELEMENTO ESTRUTURAL MUITO UTILIZADO NA ENGENHARIA E APRESENTA
VANTAGENS SOBRE OUTROS, COMO, POR EXEMPLO, A ELEVADA RESISTÊNCIA
ESPECÍFICA. ANALISE A FIGURA, A SEGUIR, EM QUE EXISTE UMA ESTRUTURA
DENOMINADA TRELIÇA:
A) 0
B) 1
C) 2
D) 3
B) Estruturas reticuladas formadas por barras interligadas entre si por pinos, rebites, parafusos ou soldas,
formando malhas triangulares, cuja finalidade é resistir apenas a esforços axiais.
C) Residências multifamiliares espaciais, construídas sobre estruturas de madeira em regiões sujeitas a
alagamentos.
A) 9
B) 8
C) 7
D) 6
A) Tração e compressão.
B) Tração e flexão.
C) Compressão e flexão.
D) Cisalhamento e torção.
A) 33
B) 40
C) 50
D) 52
A) 24,00 m
B) 28,50 m
C) 30,75 m
D) 32,00 m
GABARITO
1. (Adaptado de: MEC - Engenheiro Civil - Arquiteto - 2009) A treliça é um elemento estrutural muito
utilizado na Engenharia e apresenta vantagens sobre outros, como, por exemplo, a elevada resistência
específica. Analise a figura, a seguir, em que existe uma estrutura denominada treliça:
A estrutura apresentada é simples e rígida, que está vinculada por meio de dois apoios: o da esquerda é de
segundo gênero, e o da direita é de primeiro gênero. Nesse caso, o apoio da esquerda apresenta até 2 reações
(forças), e o apoio da direita, 1 reação (força), ou seja, 3 são as incógnitas iniciais a se descobrir. Para o
equilíbrio do corpo rígido, existem 3 equações (2 relacionadas a não translação e 1 a não rotação). Assim, é
possível determinar as 3 incógnitas por meio das 3 equações. Observe que, na treliça, existem 7 barras, ou seja,
7 incógnitas. Cada “nó” gera 2 equações. Como são 5 “nós”, 10 equações são geradas. Dessas, 3 já foram
utilizadas, restando 7 equações para resolver as 7 incógnitas (7 barras). Assim, a treliça é isostática, ou seja, não
é hiperestática. Logo, seu grau hiperestático é 0.
2. (Adaptado de: FUNIVERSA - IFB - Técnico de Laboratório - Edificações - 2012) Uma treliça é uma
estrutura reticulada composta de elementos unidos (barras) em suas extremidades, de modo a formar
uma estrutura rígida. Podem ser do tipo simples ou não. Coberturas de ginásio e telhados são
aplicações de treliças na Engenharia. As alternativas a seguir apresentam exemplos reais de estruturas
simples nos diversos campos da Engenharia. Qual alternativa pode ser associada a uma treliça?
As treliças planas são barras unidas por pinos que formam uma estrutura rígida, a fim de serem utilizadas como
elementos estruturais. Sua unidade básica é um triângulo (união de três barras rotuladas). Como existem rótulas
nas extremidades de cada barra, não existe restrição à rotação, ou seja, momento. Dessa forma, para que a
barra esteja em equilíbrio, deve estar sob a ação de um par de forças na direção de cada barra (forças axiais).
Essas forças ao longo das barras podem ser trativas ou compressivas, na medida em que tendem a,
respectivamente, aumentar ou diminuir o comprimento da barra.
3. (Adaptado de: FDC - IF-SE - Engenheiro Civil - 2014) Muitos são os elementos estruturais em
Engenharia. A treliça é um dos tipos com ampla utilização. Os estádios modernos do mundo que
apresentam coberturas são exemplos de aplicações de treliças.
Considere uma treliça plana e isostática que possui 13 barras, e seus vínculos externos oferecem três
reações de apoio, como, por exemplo, apoios de primeiro e de segundo gêneros. O número de “nós”
(união entre as barras) dessa treliça é:
08:02
4. (Adaptado de: FCC - MPE-AP - Analista Ministerial - Engenharia Civil - 2012) O uso de treliças em
edificações, com as cargas aplicadas nos “nós” ideais, é um sistema construtivo composto de barras,
idealizado para resistir aos esforços solicitantes de:
Em função das premissas adotadas para o estudo da estrutura denominada treliça, para o equilíbrio das barras
que a compõem, estas devem estar sob a ação de um par de forças com linha de ação coincidente com a barra,
que pode estar comprimindo-a ou tracionando-a. No caso de tração, a tendência é o aumento do comprimento da
barra e, na compressão, o inverso. Convenciona-se associar o valor positivo para as forças trativas e o valor
negativo para as forças compressivas.
5. Treliças são elementos estruturais utilizados em larga escala na Engenharia. Uma treliça plana
denominada Pratt é isostática e está sob determinado carregamento. Suponha que ela apresente “n”
nós e “b” barras. Além disso, a razão entre o número de “nós” e o número de barras é 4/7. Logo, o valor
de n + b é:
b = 2n - 3. O enunciado do problema apresenta que a razão entre o número de “nós” (n) e o número de barras (b)
é 4/7, ou seja, n/b = 4/7. Assim, n é proporcional a 4 e b a 7. Matematicamente, é possível escrever, portanto, que:
n = 4k e b = 7k.
Substituindo n = 4k e b = 7k na expressão
6. (Adaptado de: UFLA - Engenheiro Civil - 2016) Uma treliça para a sustentação de telhado, feita de
barras de aço, tem dimensões e formato como mostra a figura a seguir. Considere as medidas
apresentadas na figura em metros e as barras verticais, ou seja, paralelas.
O comprimento total necessário de barras de aço para a construção dessa treliça é de:
GABARITO
VERIFICANDO O APRENDIZADO
A) Eixos
B) Diagonais
C) Nós
D) Montantes
A) Cabos
B) Arcos
C) Pórticos
D) Treliças planas
GABARITO
1. (IBFC - EBSERH - Arquiteto - HUGG-UNIRIO - 2017) A treliça é um sistema estrutural formado por
barras que se unem em pontos denominados:
A alternativa "C " está correta.
Os elementos básicos de uma treliça são suas barras, que são unidas entre si por pinos rotulados. Essas uniões
são denominadas “nós”. Nesses nós, não existem restrições à rotação, apenas a translações na horizontal e na
vertical.
Os elementos (barras) que compõem a treliça estão submetidos exclusivamente a forças axiais de tração ou
compressão. Essas forças são chamadas de forças normais, pois são perpendiculares à seção reta das barras.
Por convenção, quando são trativas, estão associadas a valores positivos e, quando são compressivas, seus
valores são negativos.
MÓDULO 2
INTRODUÇÃO
Dessa forma, existem métodos específicos para a determinação da intensidade (ou módulo) dessas forças e das
condições em que atuam, isto é, comprimindo ou tracionando cada uma das barras da treliça.
Neste módulo, apresentaremos o chamado método dos nós, que, em linha gerais, baseia-se na utilização das
duas equações do equilíbrio translacional de cada “nó”, ou seja:
∑ FX = 0
∑ FY = 0
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
O principal objetivo deste estudo é que a treliça plana isostática seja “resolvida” ou, em outras palavras, que os
valores das reações nos apoios e as forças axiais atuantes nas barras (elementos da treliça unidos por pinos
rotulados) sejam determinados tanto em módulo quanto em direção e sentido.
O primeiro método que será apresentado denomina-se método dos “nós”: união de duas ou mais barras da
treliça. A primeira etapa desse método é considerar a treliça uma estrutura única rígida (uma das premissas
comentadas nos tópicos anteriores) em equilíbrio.
Para que isso fique menos abstrato, segue um exemplo simples, mas que poderá ser utilizado para situações
mais complexas.
EXEMPLO 1
(IF-SP - 2011 - IF-SP - Professor - Construção Civil) Vamos calcular o valor das reações RA e RC da treliça a
seguir:
Autor
RESOLUÇÃO
Considerando a treliça em equilíbrio, as reações são:
∑ F x = 0 → Como não existem forças externas na horizontal, a primeira equação está satisfeita.
∑ F y = 0 → RA + RC – 8 = 0 → RA + RC = 8.
O resultado é RA = 2 kN e RC = 6 kN
ATENÇÃO
Os valores encontrados para RA e RC foram positivos. Logo, os sentidos inicialmente arbitrados na figura estão
corretos.
Para a utilização deste método, é necessário que você determine, inicialmente, as reações nos apoios da treliça
como já foi visto anteriormente. O método de resolução dos “nós” indica que cada nó que une as barras das
treliças se encontra em equilíbrio translacional. O equilíbrio rotacional já é satisfeito, pois não ocorre reação de
momento nos pinos dos “nós”.
É importante ressaltar uma das premissas já comentadas anteriormente: os pinos são rotulados. Então, não
existe a restrição de momento. Dessa forma, a equação do equilíbrio dada por ∑ M z = 0 já se encontra satisfeita.
Assim, apenas devemos escrever as duas outras equações do equilíbrio para cada “nó”, ou seja, ∑ F x = 0 e
∑ F y = 0.
Para resolver esta treliça, inicialmente, devemos seguir os passos apresentados antes, ou seja, determinar as
reações nos apoios da treliça ABC. Uma vez que esses valores tenham sido determinados, o método dos “nós”
propriamente dito se inicia.
ATENÇÃO
Observe o “nó” A: união das barras AB e AC. Apenas por escolha, o processo será iniciado por esse “nó”, ou
seja, “isolaremos” tal “nó” (similar ao DCL de um corpo rígido).
Já sabemos que as forças que agem nas barras das treliças são axiais (compressão ou tração). Observe, na
figura 9, o nó A e as forças que atuam nele:
Figura 9: Forças que atuam no “nó” A da treliça simples ABC / Fonte: Autor
As forças FAB e FAC têm apenas a direção conhecida (direção da barra). Os sentidos foram arbitrados, e, ao final
Como o nó A se encontra em equilíbrio, as equações que garantem a não translação em x e y serão escritas.
Contudo, existe uma força (FAC) que não se encontra nem na direção x nem na direção y. Portanto, faremos a
( )
Em módulo: F AC
x ( )
= F AC . cosα e F AC
y
= F AC . senα. Agora, é possível escrever as equações do equilíbrio
para os eixos x e y:
∑ F X = 0 → F AB– F AC ( ) X
= 0 OU, AINDA, F AB– F AC . COSΑ = 0 *
()
∑ F Y = 0 → R A– F AC ( ) Y
= 0 OU, AINDA, R A– F AC . SENΑ = 0 * *
( )
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Resolvendo o sistema entre as equações (*) e (**), os valores de FAB e FAC serão determinados, uma vez que RA
Repetindo os passos anteriores, podemos determinar todas as forças que atuam na barra. Mesmo em uma treliça
com poucas barras, o método dos “nós” exige grande algebrismo.
A solução apresentada foi a tradicional. No entanto, para nós com três forças atuantes, é muito prático utilizar o
fato de que a soma vetorial das forças forma um polígono, visto que ele se encontra em equilíbrio.
Considerando o valor de α e RA conhecidos, a partir das relações trigonométricas, é possível a determinação dos
A partir da Terceira Lei de Newton, é possível fazer o esquema representado na figura 11 a seguir:
TEORIA NA PRÁTICA
Como vimos, as treliças são muito utilizadas nas diversas aplicações da Engenharia. No campo da Engenharia
Civil, muitas estruturas utilizam vigas treliçadas, assim como na Engenharia Mecânica, em estruturas fixas ou
móveis (gruas, guindastes etc.).
As torres de transmissão, amplamente utilizadas na Engenharia Elétrica, são mais exemplos de aplicação das
treliças. Em muitos casos, são treliças espaciais e, em outros, treliças planas. De qualquer forma, o entendimento
físico-matemático das treliças é fundamental para a formação do futuro engenheiro.
Suponha que uma pequena garagem de uma casa tenha a estrutura que suporta o telhado utilizando vigas
treliçadas planas, em que as barras são metálicas. A figura a seguir representa uma dessas vigas e o
carregamento a que está sujeita:
Considere que todas as seis barras horizontais tenham 0,6 m de comprimento, e que as três verticais tenham 0,8
m. As barras são todas rotuladas. Para reforçar o método aprendido aqui (método dos nós), aplicando-o a uma
estrutura na prática da Engenharia, vamos determinar os valores das reações nos apoios A e B e as forças axiais
nas barras AC, AD e EF.
Aproveitando o exemplo, alguns outros pontos serão explorados. É fácil verificar que a treliça é isostática, tendo
apoios do primeiro e do segundo gêneros, o que implica três incógnitas, que podem ser resolvidas pelas
equações de equilíbrio do corpo rígido: ∑ F x = 0, ∑ F y = 0 e ∑ M = 0. Também é fácil verificar que a treliça é
composta de 13 barras (b) e 8 “nós” (n), valores que satisfazem a equação 2n = b + 3.
A) 40, 40
B) - 40, - 40
C) - 80, - 80
D) 80, - 80
A) Para o carregamento descrito, as reações nos dois apoios são verticais, e um deles apresentará um momento.
B) As forças que atuam sobre as barras são normais e podem estar flexionando ou não as barras.
C) As treliças simples são aquelas que podem ser construídas a partir de seu elemento estrutural básico: o
triângulo. Duas novas barras são acrescentadas e unidas por rótulas.
D) viga apresentada é biapoiada, e uma das possibilidades ocorre: os dois apoios são de segundo gênero, um
deles é de segundo gênero, e o outro de primeiro gênero, ou, ainda, dois apoios de primeiro gênero.
A) 1,5P de tração
B) 3P de tração
C) P de compressão
D) 1,5P de compressão
A FORÇA AXIAL, PELO MÉTODO DOS “NÓS”, ATUANTE NA BARRA AD, EM KN, É
IGUAL A:
A) 15
B) 18
C) 16
D) 12
OS VALORES EM MÓDULO DAS REAÇÕES DE APOIO RVA, RVD E RHD SÃO, EM KN,
RESPECTIVAMENTE:
A) 10, 6 e 12
B) 6, 10 e 6
C) 8, 8 e 12
D) 6, 10 e 12
A) 5, 40 e 25
B) 40, 5 e 25
C) 5, 40 e 65
D) 40, 5 e 65
GABARITO
1. (Adaptado de: FCC - Caixa - Engenheiro Civil - 2013) As treliças são estruturas constituídas de barras
ligadas entre si por nós. Considere a treliça apresentada a seguir:
Pela simetria da figura, a carga vertical total para baixo é 160 kN, ou seja, 80 kN em cada um dos apoios: (A) e
(E). No apoio (A), não há reação horizontal, pois existe carregamento apenas vertical. Isolando o nó (A), temos:
Em x, como só existe uma força atuando, para garantir resultante 0 (zero) nesse eixo, basta que FAF seja nula.
Em y, a resultante também deve ser nula. Adotando o eixo y como positivo para cima, temos:
Como o pino está sob compressão, a barra AB também estará (Terceira Lei de Newton). Assim, na alternativa,
deve ser escolhido - 80 kN (convenção de valor negativo associado à compressão). De maneira similar, ocorre
para o ponto E.
2. Vários são os elementos estruturais na Engenharia: a viga, a treliça, a coluna etc. Considere uma
estrutura treliça plana isostática biapoiada com carregamento em seus “nós”. Algumas forças verticais
apontam “para baixo” e uma horizontal “para a esquerda”. Despreze o peso das barras frente aos
valores do carregamento.
Em se tratando de uma viga biapoiada isostática, os apoios devem ser um do primeiro gênero (uma força de
reação vertical) e um de segundo gênero (forças vertical e horizontal). Assim, com as três equações do equilíbrio
3. (Adaptado de: Senado Federal - Engenheiro Civil - 2008) Observe a figura a seguir:
Pela simetria da figura e como a carga vertical total para baixo é P, logo, 3P/2 será a reação vertical em cada um
dos apoios (1) e (5). No apoio (1), não há força horizontal, pois o carregamento é apenas vertical. Isolando o nó
(1), temos:
Os triângulos são semelhantes (a base é o dobro da altura). Assim: F16 = 3P, tracionando a barra (perceba que o
Em y, como só existe uma força atuando, para garantir resultante 0 (zero) nesse eixo, F62 é nula.
Em x, as duas forças em módulo serão iguais, ou seja, F61 = F67 = 3P (tração). Observe que o pino é tracionado.
4. (Adaptado de: FCC - TRE-RR - Analista Judiciário - Engenharia Civil - 2015) Considere a treliça da
figura a seguir:
A força axial, pelo método dos “nós”, atuante na barra AD, em kN, é igual a:
09:48
5. (Adaptado de: FUNCAB - IDAF-ES - Engenheiro Civil - 2010) Observe a treliça isostática a seguir:
Os valores em módulo das reações de apoio RVA, RVD e RHD são, em kN, respectivamente:
10:34
6. (Adaptado de: FUNCAB - MPE-RO - Analista - Engenharia Civil - 2012) Observe a treliça isostática a
seguir:
Primeiro, consideramos o equilíbrio (translacional) das forças na direção x (adotando-se positivo para direita):
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Em seguida, consideramos o equilíbrio (translacional) das forças na direção y (considerando positivo para cima):
Por fim, consideramos o equilíbrio (rotacional) dos momentos em relação ao ponto B (positivo no sentido anti-
horário):
∑ M B = 0 → - 6. VA - 45. 3 + 15. 3 + 20. 6 = 0 → - 6. VA - 135 + 45 + 120 = 0 → - 6. VA = - 30 → VA = 5 kN
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
VA + VB = 45 → 5 + VB = 45 → VB = 45 - 5 → VB = 40 kN
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
GABARITO
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. A TRELIÇA É UMA ESTRUTURA COM VÁRIAS APLICAÇÕES NA ENGENHARIA.
MUITAS DELAS APRESENTAM NOMES PRÓPRIOS, COMO HOWE, PRATT, FINK ETC.
CONSIDERE A TRELIÇA PLANA DENOMINADA PRATT, COM O CARREGAMENTO
ILUSTRADO NA FIGURA A SEGUIR:
FONTE: AUTOR
D) A força atuante apresenta módulo 40 kN, mas não é possível afirmar se a barra se encontra sob compressão
ou tração.
FONTE: AUTOR
A) A barra AB está tracionada por uma força de 20 kN, e a barra AF, por uma força de 15 kN, também de tração.
B) A barra AB está comprimida por uma força de 15 kN, e a barra AF, por uma força de 20 kN, também de
compressão.
C) A barra AB está tracionada por uma força de 15 kN, e a barra AF, por uma força de 20 kN, também de tração.
D) A barra AB está tracionada por uma força de 15 kN, e a barra AF, comprimida por uma força de 20 kN.
GABARITO
1. A treliça é uma estrutura com várias aplicações na Engenharia. Muitas delas apresentam nomes
próprios, como Howe, Pratt, Fink etc. Considere a treliça plana denominada Pratt, com o carregamento
ilustrado na figura a seguir:
Fonte: Autor
Com relação à barra vertical central (em destaque na treliça), é correto afirmar que:
A alternativa "C " está correta.
Observando o nó inferior da barra destacada no enunciado, seu DCL é apresentado na figura a seguir:
Fonte: Autor
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Como o “nó” está sob tração, pela Terceira Lei de Newton, a barra também estará sob tração.
2. (Adaptado de: CESPE - MEC - Engenheiro Mecânico - 2015) Considere os conceitos relacionados à
mecânica dos sólidos e a treliça mostrada na figura a seguir:
Fonte: Autor
Sobre as forças atuantes nas barras AB e AF, respectivamente, é correto afirmar que:
∑ F x = 0, ∑ F y = 0 e ∑ M z = 0
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Assim, temos:
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
→ ∑ F y = 0 → - A y + B y = 0 (*)
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
• Soma dos momentos em relação ao ponto A igual a 0 (zero) (sentido anti-horário positivo)
80
∑ M z = 0 → - 5 . 8 - 10 . 4 + B y . 4 = 0 → - 40 - 40 + B y . 4 = 0 → 4 . B y = 80 kN → B y = = 20 kN.
4
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
• Como
-A y + B y = 0 → A y = B y → A y = 20 kN.
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
A partir da equação que garante o equilíbrio translacional na vertical para o “nó”, temos:
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Uma vez que o “nó” A está sendo tracionado, pela Terceira Lei de Newton (ação-reação), a barra AF também
estará sob tração.
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Como o “nó” está sob tração, pela Terceira Lei de Newton (ação-reação), a barra AB também estará sob tração.
MÓDULO 3
INTRODUÇÃO
No módulo anterior, estudamos o método dos “nós” para a determinação das forças que atuam nas barras de
uma treliça e suas condições de tracionamento ou compressão.
O método a ser estudado agora é denominado “método das seções”. Sua principal vantagem é que os cálculos
são mais diretos, sendo particularmente útil quando desejamos determinar a força que age em uma ou mais
barras específicas.
No módulo anterior, estudamos o método dos “nós” para a resolução das treliças planas isostáticas, ou seja, para
determinar os valores das forças de reações nos apoios da estrutura e das forças axiais atuantes nas barras da
treliça, estejam elas em seu estado de compressão ou de tração.
O primeiro passo a ser executado no método estudado no módulo 2 foi a determinação das reações nos vínculos.
( )
Para tanto, foram utilizadas as equações do equilíbrio de um corpo rígido ∑ F x = 0, ∑ F y = 0 e ∑ M = 0 ,
No método das “seções” ou de Ritter, o primeiro passo será exatamente o mesmo. Por isso, inicialmente os
métodos se assemelham.
Na segunda etapa dos métodos das seções (o método propriamente dito), um ou mais “cortes” (abstração) serão
realizados na treliça, fazendo com que as forças axiais que atuam em algumas barras, chamadas de forças
internas, comportem-se como forças externas de um corpo rígido. Feito o corte, uma das partes da treliça será
utilizada para a determinação dos valores de algumas forças axiais.
ATENÇÃO
A escolha da parte que será utilizada na aplicação do método pode torná-lo mais simples matematicamente. De
qualquer forma, é bom esclarecer que qualquer parte pode ser escolhida para a aplicação do método das
“seções”.
Baseando-se no fato de que a treliça está em equilíbrio, uma dessas partes escolhidas também estará. Então,
novamente, serão utilizadas as equações do equilíbrio de um corpo rígido para a determinação das forças axiais
nas barras.
Nas figuras 12 e 13, são mostradas uma treliça com corte a-a’ e as partes a serem escolhidas para a aplicação
do método:
O método das seções pode ser facilitado, dependendo da escolha feita para a seção de corte a-a’, o que
necessita de experiência e treinamento. Uma sugestão, que pode ajudar você no início, é evitar utilizar seções
para o corte da treliça que atravessem quatro ou mais barras, uma vez que são três as equações para o equilíbrio
(
do corpo rígido ∑ F x = 0, ∑ F y = 0 e ∑ M = 0).
Outra sugestão que pode ser útil no início do aprendizado do método de Ritter é utilizar seções de corte que
levem à exposição de algumas forças concorrentes. Essa situação é favorável, pois, ao utilizarmos a equação do
equilíbrio rotacional (∑ M = 0), momentos em relação ao ponto de concorrência serão nulos.
ATENÇÃO
Os métodos dos “nós” e das “seções” podem ser utilizados em conjunto. Parte da resolução pode ser iniciada por
um dos métodos e, depois, é possível utilizar o outro método.
Para que você possa perceber os passos a seguir, apresentamos, agora, um exemplo para a resolução de uma
treliça pelo método das seções.
EXEMPLO 2
(PaqTcPB - Prefeitura de Patos - PB - Engenheiro Civil - 2010) Seja a treliça, a seguir, submetida ao
carregamento indicado:
Os elementos AB e AD estão submetidos a quais esforços normais?
RESOLUÇÃO
Vamos determinar a seção de corte conveniente. Como uma das forças que se deseja determinar é a da barra
AB, será efetuado um seccionamento que passe por essa barra. Por exemplo:
Fonte: Autor
Inicialmente, determinaremos o valor da força na barra AB. Assim, é conveniente aplicar os momentos em relação
ao ponto D, por onde a linha de ação da força FAD “passa”.
Primeiro, consideramos o equilíbrio dos momentos em relação ao ponto D (positivo no sentido anti-horário):
Para determinar o valor da força na barra AD, será necessário determinar a distância da linha de ação de FAD ao
Fonte: Autor
Em seguida, consideramos o equilíbrio dos momentos em relação ao ponto B (positivo no sentido anti-horário):
O valor negativo indica que o sentido arbitrado no DCL é o inverso. Logo: FAD = 200 kN (C).
Aproveitando o exemplo, será utilizado o método dos “nós” na parte final da resolução para determinar a força na
barra AD. Isolando o “nó” A, temos:
Fonte: Autor
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
TEORIA NA PRÁTICA
Como um elemento estrutural presente em muitos projetos de Engenharia, a treliça é fundamental no curso. Aqui,
apresentamos alguns conceitos que introduzirão o assunto para iniciar seu primeiro contato com o
dimensionamento de uma treliça. Para tanto, é fundamental que você seja capaz de utilizar algum método que
determine as forças nas barras que compõem a treliça.
Para apresentar um aspecto prático, imagine uma treliça plana isostática, que é utilizada como viga de uma
estrutura, em que desejamos determinar para algumas barras o valor da força axial e seu estado de tração ou de
compressão. Vamos ao exemplo.
EXEMPLO 3
(Adaptado de: VUNESP - Prefeitura de Cananeia - SP - Engenheiro Civil – 2020) A treliça da figura a seguir
está submetida a uma carga concentrada (P) no nó G:
Fonte: Autor
RESOLUÇÃO
Inicialmente, serão determinadas as reações nos apoios (A e E) da treliça. Nesse caso particular, existem
simetrias da geometria e de carregamento. Além disso, não existe carregamento horizontal. Assim, como o
carregamento vertical total é P, cada apoio terá reação vertical para cima: VA = VE = P/2.
No segundo passo, serão determinados os valores e as condições de cada barra (tração e compressão) a partir
do método das “seções”. Em alguns momentos, o método dos “nós” poderá ser utilizado por uma questão de
simplicidade matemática para alguma barra particular.
Observe no desenho a seção a-a’, mostrada na figura inicial. Tomando a “parte” à esquerda da treliça após o
corte pela seção, temos:
Fonte: Autor
Vamos considerar o equilíbrio dos momentos em relação ao ponto F (positivo no sentido anti-horário):
( ) ( )
∑ M F = 0 → - a. F AB – P /2 . a = 0 → - a. F AB = P /2 . a → F AB = - P /2
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Como o valor encontrado é negativo, o sentido arbitrado inicialmente é o oposto. Assim, o pino A está
comprimido, e, pela Terceira Lei de Newton, a barra AB também está comprimida.
Agora, vamos considerar o equilíbrio dos momentos em relação ao ponto B (positivo no sentido anti-horário):
∑ MB = 0 → a
( ) ( )
√2
2
. F AF –
P
2 ( )
.a = 0 → a
√2
2 ( )
. F AF =
P
2
. a → F AF =
P √2
2
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Como o valor encontrado é positivo, o sentido arbitrado inicialmente está correto. Assim, o pino A está
tracionado, e, pela Terceira Lei de Newton, a barra AF também está tracionada.
Observe no desenho a seção b-b’, mostrada na figura inicial. Tomando a “parte” à direita da treliça, após o corte
pela seção, temos:
Fonte: Autor
( ) () ()
∑ M G = 0 → a. F CB + P /2 . 2a = 0 → a. F CB + P . a = 0 → a. F CB = - P . a → F CB = - P
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Como o valor encontrado é negativo, o sentido arbitrado inicialmente é o oposto. Assim, o pino C está
comprimido, e, pela Terceira Lei de Newton, a barra CB também está comprimida.
No vídeo, a seguir, o professor falará sobre a determinação de forças nas barras de uma treliça pelo “método das
seções”. Assista:
MÃO NA MASSA
A) 15
B) 16
C) 20
D) 18
A) 40
B) 35
C) 20
D) 15
A) Substitui o método dos nós para treliças com até 4 cargas externas aplicadas nos nós.
B) Determina o módulo da força que age em uma barra da treliça, porém não é capaz de informar seu estado de
tração ou compressão.
A) 20 de tração.
B) 20 de compressão.
C) 10 de tração.
D) Nulo.
5. (ADAPTADO DE: CESGRANRIO - BR DISTRIBUIDORA - PROFISSIONAL JÚNIOR -
ENGENHARIA MECÂNICA - 2008) A TRELIÇA DE TRÊS BARRAS DA ESTRUTURA
MOSTRADA NA FIGURA, A SEGUIR, ESTÁ SUJEITA À CARGA F APLICADA AO PINO C:
A) F cotg θ
B) F tg θ
C) (F/2) tg θ
D) (F/2) cotg θ
A) 20 de tração.
B) 20 de compressão.
C) 10 de tração.
D) 10 de compressão.
GABARITO
1. (Adaptado de: FCC - DPE-AM - Analista em Gestão Especializado de Defensoria - Engenharia Civil -
2018) No projeto das estruturas da cobertura de um galpão, foram projetadas treliças metálicas, como
indica a figura a seguir:
Para dimensionar o tipo de perfil a ser utilizado, foram calculadas as forças em todas as barras da
treliça. A força atuante na barra AE é, em kN:
Pela simetria, é possível determinar as reações verticais nos apoios A e H. A carga total vertical é:
8 + 8 + 8 = 24 kN. Assim: VA = VH = 12 kN. Não há carregamento horizontal. Então, a reação horizontal no apoio
()
∑ M B = 0 → - 12. 2 + F AE. 1, 5 = 0 → F AE = 16kN T
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
2. (Adaptado de: VUNESP - Prefeitura de São Bernardo do Campo - SP - Engenheiro Civil - 2018)
Considere a treliça metálica do projeto da construção de um galpão, ilustrada na figura a seguir:
08:47
3. A treliça tem várias aplicações estruturais na Engenharia. Para determinar as forças axiais nas barras
rotuladas que compõem essa estrutura, existe o método das “seções”. Sobre esse método, é correto
afirmar que:
O método das “seções” ou de Ritter auxilia na resolução de treliças, pois permite determinar o módulo da força
que age em cada barra e seu estado de tração ou compressão. Muitas vezes, pode ser utilizado em conjunto com
o método dos “nós” por questões de facilidade matemática. Assim como no método dos “nós”, devemos,
inicialmente, determinar as reações de apoio, considerando a treliça uma estrutura única e aplicando as
equações do equilíbrio estático de um corpo rígido.
4. (Adaptado de: FUNCAB - INCA - Analista - Engenharia de Infraestrutura - Engenharia Civil - 2014)
Observe a treliça isostática representada, a seguir, com um apoio de 1º gênero em A e outro de 2º
gênero em B:
08:18
Pela simetria e não carregamento horizontal, os apoios apresentam reações iguais a F/2. Observe, na figura da
questão, a seção de corte escolhida:
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
y
Da trigonometria, é possível escrever para o triângulo retângulo AMC que: cotgθ = . .
x
y F . cotgθ
Substituindo cotgθ = na expressão da força na barra AB, temos: F AB =
x 2
6. (Adaptado de: FUNCAB - INCA - Analista - Engenharia de Infraestrutura - Engenharia Civil - 2014)
Observe a treliça isostática representada, a seguir, com um apoio de 1º gênero em A e outro de 2º
gênero em B:
Inicialmente, vamos determinar a reação vertical no apoio A. Primeiro, consideramos o equilíbrio dos momentos
(rotacional) em relação ao ponto B (positivo no sentido anti-horário):
∑ M B = 0 → - 4. V A + 20. 2 + 10. 4 = 0 → - 4. V A + 40 + 40 = 0 → 4V A = 80 kN → V A = 80 /4 = 20 kN
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Observe, na figura da questão, a seção de corte escolhida. O DCL para o “nó” A é apresentado a seguir:
Agora, consideramos o equilíbrio dos momentos em relação ao ponto D (positivo no sentido anti-horário):
∑ M D = 0 → 4. F AC – 20. 2 = 0 → 4. F AC – 40 = 0 → 4. F AC = 40 → F AC = 10 kN
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Como o valor encontrado para FAC é positivo, significa que o sentido arbitrado inicialmente está correto. Assim, a
força é de tração.
GABARITO
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. (ADAPTADO DE: FCC - TRE-RR - ANALISTA JUDICIÁRIO - ENGENHARIA CIVIL - 2015)
CONSIDERE A TRELIÇA DA FIGURA A SEGUIR:
A) 15
B) 18
C) 16
D) 12
A) 2,40 kN (C
B) 4,50 kN (T)
C) 3,00 kN (T)
D) 0,00 kN
GABARITO
1. (Adaptado de: FCC - TRE-RR - Analista Judiciário - Engenharia Civil - 2015) Considere a treliça da
figura a seguir:
Utilizando o método das “seções”, a força axial atuante na barra AD, em kN, é igual a:
A alternativa "D " está correta.
Pela simetria da figura, a carga vertical total para baixo é 18 kN, logo, 9 kN em cada um dos apoios (A) e (B). A
partir do corte apresentado na figura e aplicando-se o equilíbrio dos momentos em relação ao ponto C (positivo
no sentido anti-horário), temos:
∑ M C = 0 → 2, 25. F AD – 9. 3 = 0 → 2, 25. F AD – 27 = 0 → 2, 25. F AD = 27 → F AD = 27 /2, 25 = 12 kN
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
2. (Adaptado de: FCC - TJ-AP - Analista Judiciário - Área Apoio Especializado - Engenharia Civil - 2014)
Para o projeto da estrutura de um telhado, foi utilizada a treliça da figura a seguir:
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
MÓDULO 4
INTRODUÇÃO
Nas Ciências Exatas, de maneira genérica, e na Engenharia, em particular, existem algumas fases que devem ser
entendidas e realizadas para a determinação de uma situação real. São elas:
A modelagem física de uma treliça já será precedida por algumas simplificações que, neste tema, foram
denominadas premissas. Seguem algumas dessas premissas impostas para o estudo de uma treliça nesta
etapa do curso de Engenharia:
2
São estruturas em que as barras estão rotuladas nos “nós”, não oferecendo resistência aos momentos fletores.
3
4
As barras estão sujeitas apenas às forças axiais de tração (T) ou compressão (C);
5
Os pesos das barras são desprezíveis quando comparados às forças externas. Na eventualidade de se
considerar os pesos das barras, haverá uma divisão desses valores de tal forma que metade do peso será
aplicado sobre um dos “nós”, e a outra metade, no outro “nó” das extremidades da barra.
Para efeito de entendimento da metodologia deste módulo, utilizaremos uma treliça simples, mas todos os
passos da técnica serão apresentados. Exceto pela complexidade algébrica, não há perda de generalidade.
Na figura, a seguir, observamos uma treliça em que a barra BC mede 6 m, a altura do triângulo isósceles é de 4
m, e as barras AB e AC têm 5 m:
Figura 14: Treliça ABC com carregamento externo único / Fonte: Autor
Despreze os pesos das barras e considere a força F vertical e de módulo 20 kN. A orientação é dada pelo par de
eixos x-y.
Inicialmente, serão desenhados os diagramas do corpo livre dos “nós” A, B e C da treliça ABC da figura 14. Note
que são 6 incógnitas (3 forças nas barras mais 3 reações nos apoios). Como cada “nó” pode gerar 2 equações
(equilíbrios translacional em x e y), o total de equações também será igual a 6.
Lembre-se da Terceira Lei de Newton: a força F que a barra AB exerce no “nó” A é, em módulo, igual à força que
este exerce na barra AB. Além disso, como a barra AB está em equilíbrio sob a ação de apenas duas forças, em
módulo, FAB é igual a FBA. Assim, os módulos FAB e FBA, FAC e FCA e FBC e FCB são, dois a dois, iguais.
São 6 as variáveis (também VB, VC e HB). Utilizando o par de eixos do início, serão escritas 6 equações lineares,
dando origem a um sistema linear 6 x 6. Para tanto, serão feitas as projeções das forças oblíquas em relação aos
eixos x e y, e iremos impor a condição de equilíbrio para cada eixo.
NÓ A
NÓ B
NÓ C
Equilíbrio das forças na direção x (positivo para direita):
(
- 0, 6. F AB + 0, 6. F AC = 0 Equação 1 )
Equilíbrio das forças na direção y (positivo para cima):
(
- 0, 8. F AB - 0, 8. F AC = 20 Equação 2 )
Equilíbrio das forças na direção x (positivo para direita):
BC B AB (
F + H + 0, 6. F = 0 Equação 3 )
Equilíbrio das forças na direção y (positivo para cima):
∑ F y = 0 → V B + F AB. sen θ = 0
(
V B + 0, 8. F AB = 0 Equação 4 )
Equilíbrio das forças na direção x (positivo para direita):
(
- F – 0, 6. F = 0 Equação 5
BC AC )
Equilíbrio das forças na direção y (positivo para cima):
∑ F y = 0 → V C + F AC. sen θ = 0
(
V C + 0, 8. F AC = 0 Equação 6 )
Depois que todas as duas condições de equilíbrio translacional foram escritas para cada um dos 3 “nós”, foram
geradas 6 equações com 6 incógnitas. A seguir, as 6 equações lineares são dispostas na forma mais comum de
um sistema:
{
0 ,6 . F AB + F BC + H B = 0
0 ,8 . F AB + VB = 0
- 0 ,6 . F AB + 0 ,6 . F AC = 0
- 0 ,8 . F AB - 0 ,8 . F AC = 20
- 1. F BC - 0 ,6 . F AC = 0
VC + 0 ,8 . F AC = 0
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
SAIBA MAIS
Vários programas estão disponíveis para a resolução de sistemas lineares. Via de regra, eles utilizam métodos
conhecidos como de Cramer, Gauss-Jordan, decomposição LU etc. Você também pode desenvolver um
programa em uma linguagem de programação (C++, Python etc.) que conheça e utilizá-lo.
Usando uma ferramenta computacional, pelo método do escalonamento, o sistema apresentará o seguinte
aspecto escalonado:
VC = 10 kN
2.VB = 20 → VB = 10 kN
1.HB = 0 → HB = 0
Como FAC e FAB apresentaram valores negativos, as opções iniciais dos sentidos são opostas. Assim, as duas
Treliças maiores, por exemplo, com 9 “nós”, gerarão 18 equações e 18 incógnitas. A resolução analítica do
sistema é demasiadamente trabalhosa. O uso de uma ferramenta computacional quase se torna imperativo.
O exemplo mostrado anteriormente, mesmo para um número reduzido de “nós”, é válido para situações em que a
treliça isostática apresente um número de “nós” bem maior.
TEORIA NA PRÁTICA
Como já vimos, o estudo da estrutura denominada treliça é fundamental para o futuro engenheiro. Muitos projetos
nos diversos ramos da Engenharia usam as treliças como parte de uma estrutura ou, por vezes, como toda a
estrutura. Vários exemplos foram citados ao longo do tema.
Dois métodos analíticos foram apresentados para a resolução da treliça ou, ainda, para a determinação das
forças axiais de compressão ou de tração atuantes nas barras e as reações nos apoios.
O entendimento desses métodos é muito importante, pois permite compreender os fenômenos físicos atuantes e
transformá-los em equações matemáticas que solucionem o problema. Sem dúvida, os processos são relevantes,
mas demandam grandes esforços algébricos e aritméticos quando a estrutura apresenta muitas barras.
Neste último módulo, foi apresentada a possibilidade de minimizar o esforço aritmético pelo uso de alguma
ferramenta computacional. O exemplo a seguir mostra a determinação dos esforços nas barras de uma treliça e
em seus apoios, utilizando uma ferramenta computacional que resolva sistemas lineares (por métodos diretos ou
indiretos). Nesta atividade, vamos determinar pela modelagem computacional todas as forças envolvidas.
(FUNIVERSA - CEB - Engenheiro - 2010) A treliça metálica representada na figura a seguir está submetida ao
carregamento indicado:
Fonte: Autor
A figura é um quadrado ABCD de diagonal BC sobre apoios C e D. O ângulo que a diagonal do quadrado faz
MÃO NA MASSA
A) 13
B) 16
C) 20
D) 26
2. NA FIGURA, A SEGUIR, UMA TRELIÇA HOWE PLANA ISOSTÁTICA ENCONTRA-SE
COM DOIS VÍNCULOS E CARREGAMENTO SOBRE SEUS NÓS:
A) 12 x 12
B) 15 x 15
C) 20 x 20
D) 24 x 24
A) I, II e III
B) I, III e IV
C) II, III e IV
D) I, II, III e IV
{
a 11x 1 + a 12x 2 + a 13x 3 = b 1
{
a 11x 1 + a 12x 2 + a 13x 3 + a 14x 4 = b 1
a 21x 1 + a 22x 2 + a 23x 3 + a 24x 4 = b 2
B)
a 31x 1 + a 32x 2 + a 33x 3 + a 34x n = b 3
a 41x 1 + a 42x 2 + a 43x 3 + a 44x n = b 4
{
a 11x 1 + a 12x 2 + a 13x 3 + … + a 15x 5 = b 1
a 21x 1 + a 22x 2 + a 13x 3 + … + a 15x 5 = b 2
{
a 11x 1 + a 12x 2 + a 13x 3 + … + a 16x 6 = b 1
a 21x 1 + a 22x 2 + a 23x 3 + … + a 26x 6 = b 2
{
0 ,8 . F AC + F AD = 0
0 ,6 . F AC + V A = 0
-0 ,8 . F AC + 0 ,8 . F CB = 0
-F CD - 0 ,6 . F AC - 0 ,6 . F CB = 0
F BD - F AD = 0
F CD = 18
-H B - F BD - 0 ,8 . F CB = 0
0 ,6 . F BC + V B = 0
ATENÇÃO! PARA VISUALIZAÇÃO COMPLETA DA EQUAÇÃO UTILIZE A ROLAGEM
HORIZONTAL
A) 15 kN
B) 18 kN
C) 16 kN
D) 12 kN
GABARITO
1. Considere uma treliça plana isostática de 13 barras (peso desprezível) com um carregamento em seus
“nós” e estes rotulados. Quantas incógnitas surgirão para a resolução desse problema em uma
modelagem computacional, em que cada nó será isolado, e as equações do equilíbrio translacional,
aplicadas?
2. Na figura, a seguir, uma treliça Howe plana isostática encontra-se com dois vínculos e carregamento
sobre seus nós:
Você decide resolver a treliça, ou seja, determinar os valores das reações nos apoios e das forças nas
barras, a partir de um sistema de equações lineares, com o auxílio de uma ferramenta computacional
que resolve o sistema pelo método da eliminação de Gauss.
Inicialmente, você isola cada um dos “nós” e escreve as equações do equilíbrio translacional para os
eixos x e y. Feito isso, um sistema dessas equações lineares é montado. Esse sistema apresenta
quantas linhas e colunas?
O número de equações é a soma do número de barras com o número de reações (apoios de primeiro e segundo
gêneros). Como são 21 barras e 3 reações de apoio, são 24 incógnitas. O sistema linear terá, portanto, 24
incógnitas e 24 equações, ou seja: 24 x 24.
3. A modelagem computacional de uma treliça plana apresenta algumas etapas que devem ser
atendidas até que o resultado seja alcançado, ou seja, que os valores das forças que agem nas barras e
as reações nos apoios sejam determinados. Sobre a modelagem de uma treliça, são feitas as seguintes
afirmações:
I. Na etapa de elaboração do modelo físico, algumas simplificações podem ser introduzidas para que o
tratamento matemático seja simplificado.
II. A modelagem matemática baseia-se nos equilíbrios translacional e rotacional de cada um dos “nós”
que unem as diversas barras da treliça plana.
III. Uma vez realizada a modelagem matemática, a partir dos “nós”, surgem “k” equações lineares para a
solução de “k” variáveis.
Os “nós” são uniões rotuladas entre as barras, não impondo, assim, uma restrição à rotação. Dessa forma, a
modelagem matemática baseia-se apenas no equilíbrio translacional de cada um dos “nós”. Simplificações na
modelagem física podem ser efetuadas para a modelagem matemática. O número de equações lineares deve ser
igual ao número de incógnitas para a resolução do sistema linear por meio de uma ferramenta computacional.
4. Suponha que uma treliça plana isostática apresente vínculos de primeiro e segundo gêneros e esteja
carregada com forças concentradas em alguns de seus nós. A treliça é formada apenas por triângulos e
possui 7 “nós”.
Um aluno resolve determinar as forças que agem nas barras das treliças e as reações nos apoios a
partir de um sistema de equações lineares oriundas do equilíbrio translacional de cada nó. Ao escrever
o sistema, ele percebeu que, analiticamente, a resolução seria muito trabalhosa. Dessa forma, resolveu
utilizar uma “calculadora de sistemas lineares”, mas as várias calculadoras disponíveis apresentavam
limites no número de equações.
Das calculadoras fictícias, qual(is) delas o aluno poderá utilizar para resolver o sistema gerado?
08:12
5. Suponha uma treliça plana isostática, formada apenas por triângulos, sobre apoios de primeiro e
segundo gêneros, com carregamento exclusivamente nos “nós” superiores. Deseja-se elaborar um
sistema de equações lineares provenientes do equilíbrio de cada um dos n “nós”. Considere que aij e bk
são números reais, e que xi representa as forças (nas barras e nos apoios).
Nas alternativas a seguir, existem vários sistemas. Qual é o único que pode representar o equilíbrio
dessa treliça?
Para uma treliça isostática, é verdadeira a relação matemática existente entre o número n de “nós” e o número b
de barras, em que 2n = b + 3. Assim: b = 2.n - 3. A treliça mínima é composta por um triângulo, ou seja, b ≥ 3.
Dessa forma: 2.n – 3 ≥ 3 → 2n ≥ 6 → n ≥ 3. Como cada nó gera duas equações (equilíbrio translacional), o
número de equações é, no mínimo, 6.
6. (Adaptado de: FCC - TRE-RR - Analista Judiciário - Engenharia Civil - 2015) Considere a treliça da
figura a seguir:
O aluno deseja determinar as forças que atuam nas barras e nos apoios fazendo uma modelagem e,
depois, utilizar uma ferramenta computacional que resolva o sistema gerado. Considerando os ângulos
A e C do triângulo retângulo ADC, pela geometria, é fácil determinar os valores de seno (razão entre
cateto oposto e hipotenusa) e cosseno (razão entre cateto adjacente e hipotenusa). Assim, para o
ângulo A, sen A = 0,6 e cosA = 0,8 e para o ângulo C, temos sen C = 0,8 e cosC = 0,6.
Após a análise dos 4 nós (equilíbrio translacional), o aluno chegou ao seguinte sistema de equações:
{
0 ,8 . F AC + F AD = 0
0 ,6 . F AC + V A = 0
-0 ,8 . F AC + 0 ,8 . F CB = 0
-F CD - 0 ,6 . F AC - 0 ,6 . F CB = 0
F BD - F AD = 0
F CD = 18
-H B - F BD - 0 ,8 . F CB = 0
0 ,6 . F BC + V B = 0
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Utilizando uma ferramenta computacional que resolva esse sistema linear, qual é o valor de força que
age na barra CD (FCD)?
A alternativa "B " está correta.
Após o equilíbrio dos 4 “nós”, o sistema linear apresentado na questão é formado. Arrumando na forma matricial
(ver questão), basta alimentar o programa que resolve sistemas lineares e encontrará as respostas. Para isso,
você pode pesquisar na internet a Matrix calculator – Soluções de sistemas de equações lineares ou a
ferramenta computacional WolframAlpha: Computational Intelligence para a resolução do mesmo tipo de
sistemas.
GABARITO
VERIFICANDO O APRENDIZADO
A) 29 equações lineares.
B) 30 equações lineares.
C) 31 equações lineares.
D) 32 equações lineares.
A) 47,5 kN
B) 37,5 kN
C) 22,5 kN
D) 30,0 kN
GABARITO
1. Na modelagem computacional de uma treliça, é possível determinar as forças que agem nos
elementos e nos apoios da treliça simples. Em linhas gerais, são aplicadas as equações de equilíbrio
para cada “n” nós, gerando um número “k” de equações com “k” incógnitas.
Suponha uma treliça simples isostática com 29 barras apoiadas sob dois apoios de primeiro e segundo
gêneros. Para utilizar a modelagem computacional na resolução desse problema, quantas equações
lineares devem ser geradas?
Uma treliça com 29 barras terá o número de “nós” dados por 2n = b + 3. Assim: n = 16. Como cada um dos 16
“nós” gera 2 equações do equilíbrio, no total, serão 32 equações.
2. Um aluno está fazendo um trabalho para a disciplina de Mecânica dos Sólidos a respeito de treliças.
Ele faz a opção da modelagem computacional para resolver a treliça. Utilizou o método e chegou a seis
equações lineares. Para tanto, usará um programa que desenvolveu e determinará as forças nas barras
e nos apoios. Quando vai iniciar a entrada de dados, falta energia em sua casa, e ele não consegue
utilizar a ferramenta computacional.
Recordando do método do escalonamento, ele resolve analiticamente o sistema até que alcance uma
matriz escalonada, conforme mostra a figura a seguir:
Que valor o aluno encontrou para a força, em módulo, na barra AB (FAB), se todos os valores são
apresentados em kN?
Uma vez que o sistema está escalonado, basta resolvê-lo da última equação para a primeira. Assim: VC= 30 kN,
CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Abordamos uma estrutura rígida com vasta utilização no campo da Engenharia estrutural: as treliças. Também
definimos o conceito de treliças simples, formadas a partir de um único triângulo e algumas premissas, como a
união entre as barras serem feitas por pinos rotulados e a não deformação de cada elemento da treliça (barras).
Além disso, apresentamos alguns tipos mais comuns de treliças.
Em seguida, conhecemos os métodos para a resolução da treliça, isto é, a determinação das forças axiais nas
barras (sob tração ou compressão): método dos “nós” e método das seções. Cada um com suas peculiaridades
e vantagens. Por exemplo, o método das seções é particularmente útil para determinar valores das forças em
algumas barras particulares. Já o método dos “nós” é mais algébrico. Por isso, indicamos uma técnica em que
seja possível solucionar um sistema de equações lineares (originado a partir do equilíbrio translacional dos nós),
que resulta nos valores das forças nas barras e das reações: a modelagem computacional.
AVALIAÇÃO DO TEMA:
REFERÊNCIAS
BEER, F. P.; JOHNSTON, E. R. J. Mecânica vetorial para engenheiros – Estática. 2. ed. São Paulo: McGraw-
Hill do Brasil, 1976. v. 1.
HIBBELER, R. C. Mecânica para Engenharia – Estática. 12. ed. São Paulo: Pearson, 2011.
MERIAM, J. L.; KRAIGE, L. G. Mecânica para Engenharia – Estática. 7. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2016. v. 1.
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