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ELEMENTOS

MECÂNICOS DE UNIÃO
AULA 5-6 – PARAFUSOS, FIXADORES E PROJETO DE JUNÇÕES NÃO -
PERMANENTES

PROF.: KAIO DUTRA


FIXADORES ROSQUEADOS

◦ A Figura é um desenho de um parafuso de porca de


cabeça hexagonal padronizada.
◦ Os pontos de concentração de tensão estão no
arredondamento (filete), no começo das roscas
(saída) e no arredondamento da raiz da rosca no
plano da porca, quando esta estiver presente.
◦ O comprimento de rosca de parafusos de porca de
série em polegadas, em que D é o diâmetro
nominal, é:
◦ Em parafusos de porca métricos (mm):
◦ O comprimento ideal dos parafusos de porca é
aquele em que apenas uma ou duas roscas
projetam-se da porca depois que ele é apertado.
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FIXADORES ROSQUEADOS

◦ Os orifícios dos parafusos podem ter rebarbas ou arestas


afiadas após a furacão. Estas podem "morder" o filete e
aumentar a concentração de tensão.
◦ Logo, arruelas sempre devem ser usadas sob a cabeça dos
parafusos de porca, para evitar que isso aconteça. Elas devem
ser de aço endurecido e colocadas no parafuso de porca. Às
vezes é necessário usar arruelas também sob a porca.

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FIXADORES ROSQUEADOS

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FIXADORES ROSQUEADOS

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FIXADORES ROSQUEADOS

◦ O propósito de um parafuso de porca é manter duas ou mais


peças unidas.
◦ A carga de retenção estica ou alonga esse parafuso; ela é
obtida ao torcer a porca até que o parafuso tenha se alongado
quase até o limite elástico.
◦ Se a porca não afrouxar, essa tensão no parafuso permanecerá
como a pré-carga ou a força de retenção.
◦ Ao apertar, se possível, segurar a cabeça do parafuso
estacionária e torcê-la; dessa maneira, a haste do parafuso não
sentirá o torque de atrito de rosca.

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FIXADORES ROSQUEADOS

◦ Três estivos comuns de cabeça de parafuso são mostrados na


figura:
◦ a) cabeça fillister (cilíndrica-oval de fenda);
◦ b) cabeça plana (cônica-plana de fenda);
◦ c) cabeça de bocal hexagonal (allen).

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FIXADORES ROSQUEADOS

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FIXADORES ROSQUEADOS

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FIXADORES ROSQUEADOS

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JUNÇÕES – RIGIDEZ DE FIXADORES

◦ Como observado anteriormente, o propósito do


parafuso de porca é reter duas ou mais partes.
Torcer a porca estica esse parafuso de modo a
produzir a força de retenção.
◦ Essa força de retenção (ou engaste) é
denominada pré-tração ou pré-carga de parafuso
de porca.
◦ Naturalmente, visto que os membros estão sendo
retidos juntos, a força de retenção que produz
tensão no parafuso de porca induz a compressão
neles.
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JUNÇÕES – RIGIDEZ DE FIXADORES

◦ A figura mostra uma outra conexão carregada em tração. Essa


junção usa parafusos de rosqueados a um dos membros.
◦ Uma abordagem alternativa a esse problema seria usar parafusos
prisioneiros. Um prisioneiro é uma barra rosqueada em ambas as
extremidades.

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JUNÇÕES – RIGIDEZ DE FIXADORES

◦ A razão de mola é a razão entre a força aplicada


ao membro e a deflexão produzida pela força.
◦ Podemos usar este conceito para encontrar a
constante de rigidez de um fixador em qualquer
conexão parafusada de porca.
◦ O alcance ou agarramento Lc de uma conexão é a
espessura total do material retido.
◦ A rigidez da porção de um parafuso de porca ou
daquele sem porca dentro da zona de retenção
geralmente consistirá em duas partes:
◦ A da porção de haste não-rosqueada;
◦ A da porção rosqueada.
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JUNÇÕES – RIGIDEZ DE FIXADORES

◦ Assim, a constante de rigidez do parafuso de


porca é equivalente às rigidezes de duas molas
em série.

◦ As razões de mola de porções rosqueadas e não


rosqueadas do parafuso de porca na zona de
retenção são:

em que kb é a rigidez efetiva estimada do parafuso


de porca ou de calota na zona de retenção.
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JUNÇÕES – RIGIDEZ DE FIXADORES

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JUNÇÕES – RIGIDEZ DE FIXADORES

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JUNÇÕES – RIGIDEZ DO MEMBRO

◦ Assim como os fixadores, os membros fixados também


possuem rigidez.
◦ Pode haver mais de dois membros incluídos no alcance
do fixador. Todos atuam juntos como mola compressivas
em série - daí a razão total de mola dos membros ser:

◦ Se um dos membros for uma gaxeta flexível, sua rigidez


relativa à dos outros membros será geralmente tão
pequena que, para todos os propósitos práticos, as dos
outros podem ser desprezadas e somente a rigidez da
gaxeta será usada.
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JUNÇÕES – RIGIDEZ DO MEMBRO

◦ A Tabela fornece alguns valores de módulo de


elasticidade para gaxetas.
◦ Neste caso a rigidez da gaxeta para ser calculada por:

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JUNÇÕES – RIGIDEZ DO MEMBRO

◦ Ito empregou técnicas ultra-sônicas para determinar a


distribuição de pressão na interface do membro. Os
resultados mostram que a pressão permanece alta até cerca
de 1,5 raio do parafuso de porca. Contudo, ela cai mais
adiante, ao longo desse parafuso. Assim, Ito sugere o uso do
método de cone de pressão de Rotscher para cálculos de
rigidez com um ângulo de cone variável.
◦ A Figura ilustra a geometria geral de cone usando um
ângulo de meio ápice α. Um ângulo α =45: foi utilizado, mas
Little relata que este superestima a rigidez de engaste.
Quando o carregamento está restrito a um ânulo de face da
arruela (aço endurecido, ferro fundido ou alumínio), o
ângulo próprio de ápice é menor. Osgood relata um
intervalo de 25° < α < 33°. Empregaremos α = 30°.
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JUNÇÕES – RIGIDEZ DO MEMBRO

◦ A relação para deformação de uma barra uniforme


pode ser dada por:

◦ Logo, a razão de mola ou rigidez é:

◦ Para α=30°, esta torna-se:


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JUNÇÕES – RIGIDEZ DO MEMBRO
◦ A Equação deve ser solucionada separadamente para cada
elemento da junção.

◦ Assim, as rigidezes individuais são montadas para obter km


usando a Equação:

◦ Se os membros da junção têm o mesmo módulo de Young E,


como elementos simétricos. Usando o agarramento como l = 2t e
dw como o diâmetro da face da arruela, encontramos a razão de
mola dos membros como:
◦ O diâmetro da face da arruela é cerca de 50% maior que o
diâmetro do fixador para parafusos de porca de cabeça
hexagonal padronizados e para parafusos de calota. Assim,
podemos simplificar a Equação estabelecendo dw = 1,5d. Se
também utilizarmos α = 30°, então essa equação poderá ser
escrita como
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JUNÇÕES – RIGIDEZ DO MEMBRO

◦ A Equação deve ser solucionada separadamente para


cada elemento da junção.

◦ Assim, as rigidezes individuais são montadas para obter


km usando a Equação:

◦ Se os membros da junção têm o mesmo módulo de


Young E, como elementos simétricos. Usando o
agarramento como l = 2t e dw como o diâmetro da face
da arruela, encontramos a razão de mola dos membros
como:
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JUNÇÕES – RIGIDEZ DO MEMBRO

◦ Wileman, Choudury e Green3 conduziram


um estudo de elemento finito desse
problema.
◦ Os resultados, representados na Figura,
concordam com a recomendação de α=
30°, coincidindo exatamente na razão de
aspecto d/l = 0,4. Além disso, eles
ofereceram um ajuste de curva
exponencial da forma:

◦ com as constantes A e B definidas na


Tabela.
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JUNÇÕES – RIGIDEZ DO MEMBRO
EXEMPLO 8-2
◦ Duas placas de aço de 1/2 pol de espessura, com um módulo de elasticidade de
30(E6) psi, estão engastadas por parafusos de porca de 1/2 pol de diâmetro de
arruela frontal, grau 5 da UNC SAE, com uma arruela de 0,095 in de espessura
abaixo da porca. Encontre a razão de mola km do membro utilizando o método
do frusto cônico e compare o resultado com o método de ajuste de curva de
análise de elemento finito(FEA) de Wileman et al..

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JUNÇÕES – RIGIDEZ DO MEMBRO
EXEMPLO 8-2
◦ Método do frusto cônico:

◦ Método de ajuste da curva:

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RESISTÊNCIA DE PARAFUSO DE PORCA

◦ Nas normas de especificação para parafusos de porca, a resistência é


determinada declarando-se: resistência mínima à prova, ou carga
mínima de prova, e a resistência mínima à tração.
◦ A carga de prova é a carga (força) máxima que o parafuso pode
agüentar sem adquirir uma deformação permanente. A resistência à
prova é o quociente da carga de prova e a área de tensão de tração.
◦ As especificações da SAE são encontradas em Tabela. Os graus dos
parafusos de porca estão numerados de acordo com as resistências à
tração, com decimais usados para variações no mesmo nível de
resistência.

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RESISTÊNCIA DE PARAFUSO DE PORCA

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RESISTÊNCIA DE
PARAFUSO DE
PORCA
◦ As especificações da ASTM
estão listadas na Tabela 8-
10.

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RESISTÊNCIA DE
PARAFUSO DE
PORCA
◦ As especificações para
fixadores métricos são
fornecidas na Tabela 8-11.
◦ Os parafusos de porca em
carregamento axial de
fadiga falham no filete sob a
cabeça, no fim do trecho
rosqueado e na primeira
rosca da porca.
◦ Se o parafuso de porca tiver
um ressalto (ou colarinho)
padrão sob a cabeça, terá
um valor de Kf de 2,1 a 2,3,
e esse filete do ressalto
ficará protegido de riscadura
ou escoriação por uma
arruela.

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RESISTÊNCIA DE
PARAFUSO DE
PORCA
◦ As especificações para
fixadores métricos são
fornecidas na Tabela
8-11.

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RESISTÊNCIA DE PARAFUSO DE PORCA

◦ Os parafusos de porca em carregamento axial de fadiga


falham no filete sob a cabeça, no fim do trecho rosqueado e
na primeira rosca da porca.
◦ Se o parafuso de porca tiver um ressalto (ou colarinho)
padrão sob a cabeça, terá um valor de Kf de 2,1 a 2,3, e esse
filete do ressalto ficará protegido de riscadura ou escoriação
por uma arruela.
◦ As porcas são classificadas para uso em parafusos de grau
correspondente ao seu. O propósito da porca é ter suas
roscas defletidas para distribuir a carga do parafuso mais
uniformemente. Suas propriedades são controladas a fim de
obter isso. O grau da porca deve ser o mesmo do parafuso
de porca.
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JUNÇÕES DE TRAÇÃO – CARGA EXTERNA

◦ Consideremos agora o que ocorre


quando uma carga externa P de
tração, como na Figura, é aplicada a
uma conexão de parafuso e porca.
◦ A nomenclatura empregada é a
seguinte:

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JUNÇÕES DE TRAÇÃO – CARGA EXTERNA

◦ A carga P é a tração e faz a conexão estirar-se, ou


alongar-se, por alguma distância δ. Podemos
relacionar essa elongação às rigidezes recordando
que k é a força dividida pela deflexão. Logo:

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JUNÇÕES DE TRAÇÃO – CARGA EXTERNA
◦ C é denominada constante de rigidez da junção.
◦ A carga resultante do parafuso de porca é:

◦ A carga resultante nos membros conectados é:

◦ A Tabela é incluída para prover alguma informação sobre


valores relativos das rigidezes encontradas. O agarramento
contém somente dois membros, ambos de aço. Em todos os
casos, os membros absorvem mais de 80% da carga externa.

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RELACIONANDO O TORQUE À
TRAÇÃO DE PARAFUSO DE PORCA

◦ Devemos assegurar que a pré-carga seja realmente


desenvolvida quando as peças forem montadas.
◦ O alongamento do parafuso decorrente da pré-carga Fi poderá
ser computada usando-se a fórmula δ=Fil/(AE). Assim, a porca
será simplesmente apertada até que o parafuso se alongue
pela distância δ.
◦ Isso assegura que a pré-carga desejada foi atingida.
◦ O alongamento de um parafuso em geral não pode ser medida,
pois a extremidade rosqueada está frequentemente em um
orifício cego. E também impraticável, em muitos casos, medir o
alongamento de um parafuso de porca. Nessas situações, o
torque da chave (catraca) requerido para desenvolver a pré-
carga especificada deve ser estimado.
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RELACIONANDO O TORQUE À
TRAÇÃO DE PARAFUSO DE PORCA
◦ Dessa forma, o método da catraca de torque, a catraca de impacto
pneumático ou o método do giro da porca poderão ser usados.
◦ A catraca de torque tem um mostrador incorporado que indica o torque
apropriado.
◦ Com a catraca de impacto, a pressão de ar é ajustada de tal forma que a
chave pára quando o torque apropriado é obtido;
◦ O método do giro da porca requer que primeiro definamos o significado de
um aperto confortável. A condição de aperto confortável é o arrocho
obtido por uns poucos impactos de uma chave de impacto, ou o esforço
completo de uma pessoa usando uma chave comum. Quando tal condição
é atingida, todo giro adicional desenvolve tração adicional útil no parafuso
de porca. O método do giro da porca requer que você compute o número
fracionário de voltas necessário para desenvolver a pré-carga requerida a
partir da condição de aperto confortável.

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RELACIONANDO O TORQUE À
TRAÇÃO DE PARAFUSO DE PORCA

◦ Embora o coeficiente de fricção possa variar amplamente,


podemos obter uma boa estimativa do toque requerido
para produzir uma dada pré-carga combinando-se as
Equações:

◦ Dividindo o numerador e o denominador do primeiro


termo por πdm obtemos:

◦ Para o diâmetro médio do colar dc = (d+ 1,5d)/2 = 1,25d. A


Equação pode agora ser rearranjada para:

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RELACIONANDO O TORQUE À
TRAÇÃO DE PARAFUSO DE PORCA

◦ Definimos, nesse momento, um coeficiente de torque K como:

◦ A Equação pode agora ser escrita:

◦ O coeficiente de fricção depende da maciez da superfície, da precisão e do grau


de lubrificação. Em média, f e fc são aproximadamente 0,15. O fato interessante
a respeito da Equação é que K = 0.20 para f = fc = 0,15, sem importar que
tamanho tenham os parafusos de porca empregados nem se as roscas são
grossas ou finas.
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RELACIONANDO O TORQUE
À TRAÇÃO DE PARAFUSO
DE PORCA
◦ Blake e Kurtz determinaram a pré-carga em
quantidades de parafusos de porca não-
lubrificados e lubrificados de tamanho d ½ in-20
UNF quando torcidos a 800 lbf.in.
◦ Observamos que ambos os grupos têm
aproximadamente a mesma pré-carga média 34
KN.
◦ O distribuidor da Bowman, um grande fabricante
de fixadores, recomenda os valores mostrados
na Tabela 8-15. Utilizaremos esses valores, bem
como K=0,2 quando a condição do parafuso de
porca não for declarada.
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RELACIONANDO O TORQUE À TRAÇÃO DE PARAFUSO
DE PORCA
EXEMPLO 8-3
◦ Um parafuso de porca de 3/4 in 16 UNF x 21/2 in grau 5 da SAE é submetido a
uma carga P de 6 kip em uma junção de tração. A tração inicial do parafuso é Fi
= 25Kip. Suas rigidezes e as da junção são Kb = 6,50 e Km = 13,8 Mlb/in,
respectivamente.
◦ (a) Determine as tensões de pré-carga e de carga de serviço no parafuso.
Compare-as à resistência mínima SAE de prova do parafuso.
◦ (b) Especifique o torque necessário para desenvolver a pré-carga, usando a
Equação simplificada T=KFid.
◦ (c) Especifique o torque necessário para desenvolver a pré-carga, usando a
Equação completa com f=fc=0,15.

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RELACIONANDO O TORQUE À TRAÇÃO DE PARAFUSO
DE PORCA
EXEMPLO 8-3
◦ (a) Determine as tensões de pré-carga e de carga de serviço no parafuso.
Compare-as à resistência mínima SAE de prova do parafuso.

◦ Pela Tabela SAE

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RELACIONANDO O TORQUE À TRAÇÃO DE PARAFUSO
DE PORCA
EXEMPLO 8-3
◦ (b) Especifique o torque necessário para desenvolver a pré-carga, usando a
Equação simplificada T=KFid.

◦ (c) Especifique o torque necessário para desenvolver a pré-carga, usando a


Equação completa com f=fc=0,15.

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