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FORTALEZA - CE
2016
TARCÍSIO HUGO SALVIANO
FORTALEZA - CE
2016
TARCÍSIO HUGO SALVIANO
Os tratores agrícolas são classificados quanto a seu sistema de rodado que podem ser de rodas
ou esteiras. As esteiras distribuem melhor o peso do trator sobre a superfície, diminuindo a
compactação do solo e aproveitando melhor a potência derivada do motor. A adequação do
trator às condições de trabalho é essencial para melhorar seu desempenho durante a operação.
A bitola é a distância entre os centros dos rodados de um mesmo eixo e seu ajuste permite o
uso de implementos em cultivos em linha e melhora a estabilidade do trator. Atualmente,
apenas os tratores comerciais de rodas possuem mecanismos e procedimentos que
possibilitam esse ajuste. O objetivo do trabalho foi desenvolver um projeto informacional de
um mecanismo capaz de alterar a bitola do rodado de esteiras automaticamente enquanto o
trator estiver em movimento, utilizando o modelo de fases. As especificações de projeto
geradas nesse trabalho servem de base para a fase de projeto conceitual na qual a concepção
do produto é gerada.
Agricultural tractors are classified according to their locomotion system that can be wheels or
tracks. The tracks better distribute the tractor weight on the surface, reducing soil compaction
and better utilization of the power derived from the engine. The adequacy of the tractor to the
working conditions is essential to improve its performance during operation. The track width
is the distance between the centers of the wheels on the same axle and its adjustment permits
the use of implements on lined crops and improves the stability of the tractor. Currently, only
commercial wheel tractors have mechanisms and procedures that enable this setting. The
objective was to develop an informational design of a mechanism able to change the track
width of the tracks automatically while the tractor is in motion, using the phase model. The
design specifications generated in this study provides a basis for the conceptual design phase
in which the conception of the product is generated.
Figura 4 Esquema de fixação do disco da roda ao aro para ajuste da bitola traseira ...... 19
Figura 10 Vista superior e seções das linhas 2 2, 3 3 e 4 4 na direção dos furos .............. 24
Quadro 1 Requisitos dos clientes ao longo das fases do ciclo de vida do produto.......... 34
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................. 14
2 OBJETIVO ........................................................................................................ 15
3 JUSTIFICATIVA ............................................................................................... 15
4 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ......................................................................... 16
4.1 Mecanização Agrícola........................................................................................ 16
4.2 Adequação de máquinas.................................................................................... 17
4.3 Ajustes da bitola em tratores de rodas............................................................. 18
4.4 Ajustes da bitola em rodados de esteiras......................................................... 22
4.5 Teoria da Tração................................................................................................. 25
4.6 O trator de esteiras na agricultura................................................................... 28
5 METODOLOGIA ............................................................................................. 31
6 RESULTADOS E DISCUSSÕES...................................................................... 33
6.1 Projeto informacional........................................................................................ 33
6.2 Desenho conceitual............................................................................................. 42
7 CONCLUSÃO ................................................................................................... 45
REFERÊNCIAS ................................................................................................ 46
14
1 INTRODUÇÃO
2 OBJETIVO
3 JUSTIFICATIVA
Os tratores de esteiras não são muito populares, pois, são caros e de manutenção
dispendiosa, geralmente, são usados em operações que requerem muita força de tração, por
isso são mais comuns na construção civil e em atividades florestais, apesar de poderem ser
usados em diversas operações agrícolas. Em uma propriedade agrícola, o trator de esteiras
pode tracionar diversos implementos devido sua capacidade de tração, pois, o rodado de
esteiras proporciona um menor índice de patinação e distribui melhor o peso da máquina,
diminuindo a compactação do solo. A máquina pode ser utilizada durante todo o ano, pois,
além de realizar as operações típicas de preparo do solo, pode também ser utilizada em
serviços de lâmina como terraplanagem, construção de rodovias, desmatamento, enleiramento,
construção de drenos, diques e pequenas barragens de terra.
A adequação do trator ao implemento proporciona o consumo ideal de
combustível, diminui o desgaste das peças moveis e permite o uso de implementos em
cultivos em linha. Automatizar a adequação da bitola das esteiras do trator, tornará o
procedimento mais rápido e seguro, aumentando ainda mais a eficiência da máquina. O
operador será capaz de efetuar o ajuste sozinho, dispensando auxílio de outro funcionário.
Com o trator realizando o processo de ajuste em movimento, não há necessidade de que o
mesmo seja suspenso, diminuindo o risco de acidentes, o esforço do operador na adequação e
o tempo necessário para realiza-la. Além disso, como o ajuste pode ser realizado no campo,
não é necessário que o trator retorne ao galpão de máquinas.
O dispositivo deste trabalho será do tipo hidráulico, pois, esse tipo de sistema é o
mais comum em tratores; é possível que o dispositivo seja compatível com a bomba
hidráulica do trator; a força e velocidade dos cilindros hidráulicos são reguladas com
facilidade e precisão e os elementos do sistema são seguros contra sobrecargas.
16
4 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
4.1 Mecanização agrícola
dependem de máquinas, isso provoca forte influência no setor de máquinas agrícolas, gerando
impacto significativo na economia nacional. (ANFAVEA, 2011).
A indústria de tratores agrícolas forma um dos pilares da modernização do
agronegócio, pois, é uma das principais fornecedoras de bens de capital, já que os tratores são
utilizados em quase todas as atividades agrícolas (REBOUÇAS, 2013). Tratores com potência
superior a 147 kW são menos comercializados por serem destinados à agricultura de grande
escala. Tratores de 37 a 74 kW são mais vendidos por se adequarem melhor às necessidades
da maior parte dos agricultores brasileiros (RUSSINI, 2012)
Em termos de custo, a mecanização agrícola no Brasil chega a ser o segundo fator
de produção mais importante, somente menor que a posse da terra, mas, em termos de
potencial para redução de custos, pode ser considerado o fator principal. Para reduzir os
custos é necessária uma melhora na gestão dos sistemas mecanizados, já que as técnicas
administrativas clássicas só são eficazes em momentos de baixa concorrência e não atendem
mais as condições impostas pelo mercado (MILAN, 2004).
Outra maneira de alterar a bitola traseira é através de cubos de travas. Estes cubos
são fixados ao eixo por meio de parafusos que ao serem desapertados permitem o movimento
da roda ao longo do eixo. Ao encontrar o ajuste desejado, basta reapertar os parafusos,
fixando novamente os cubos.
Figura 5 – Ajuste da bitola no eixo.
.
Fonte: GARCIA 2014
No sistema servo ajustável, o aro possui trilhos helicoidais em sua base que o
permite deslizar e fixar através de parafusos. Nos trilhos, há furos equidistantes representando
os valores de bitola possíveis. Para ajustar a bitola, é necessário girar o aro, no sentido horário
a bitola diminui e no anti-horário aumenta.
Figura 6 – Bitola servo-ajustável.
(3)
Onde o tempo operacional efetivo (ToE) é o tempo necessário para que a máquina
desempenhe a função para qual foi projetada e o tempo total de campo (TtC) representa a
soma do tempo operacional efetivo com os tempos perdidos (TP).
TtC = ToE + TP (4)
Onde são considerados como Tempos perdidos, momentos em que a máquina está
em campo e não está desempenhando sua função, contudo, está sendo preparada para tal.
Alguns exemplos disso, são: embuchamentos, ajustes ou reparos em operação, obstruções no
campo, reabastecimentos (combustível, sementes, adubos, defensivos, fertilizantes),
lubrificação, descarga da colheita, manobras de cabeceira e etc.
θ (6)
Onde:
= valor máximo de tração do solo;
c = coesão do solo;
A = área de contato rodado/solo;
Q = carga normal na superfície do solo;
θ = ângulo de atrito interno do solo.
Para aumentar a tração em solos arenosos deve-se aumentar o peso sobre o
dispositivo de tração e em solos argilosos aumentar a área de contato do rodado com o solo.
Solos agrícolas apresentam diversas condições superficiais e subsuperficiais, no
que diz respeito suas propriedades como textura, adensamento, umidade e presença e tipo de
cobertura. O desempenho de máquinas agrícolas reflete estas condições já que o solo agrícola
oferece pouca aderência para os rodados motrizes (FIORESE et al., 2015). Solos agrícolas
podem variar desde a areia quase pura até quantidades elevadas de argila e/ou elementos
orgânicos. Solos arenosos apresentam baixa coesão e são pouco influenciados pelo teor de
água. Solos argilosos apresentam características inversas, pois, são muito coesivos e bastante
influenciados pelo teor de água. A heterogeneidade dos solos impede que um mesmo rodado
funcione bem em todas condições de solo possíveis (MONTEIRO, 2011). Wismer e Luth
(1972) citam e a lei de Coulomb, teoria originalmente proposta por Mohr, que estabelece a
reação entre solo e rodado através da ruptura do solo por cisalhamento de acordo com a
equação 7:
(7)
Onde:
T = tensão de cisalhamento;
c = coesão do solo;
σ = tensão normal de compressão;
φ = ângulo de atrito interno.
Para solos arenosos, a valor do ângulo de atrito interno varia entre 25 e 40° e o de
coesão entre 0 e 10 kN/m². Em solos argilosos os valores de coesão estão entre 10 e 20 kN/m²
e os de ângulo de atrito interno entre 0 e 10°.
28
Há vários tipos de tratores agrícolas, cada um tem sua aplicação ideal, pois,
possuem características próprias de projeto como potência, transmissão e tipo de rodado, de
modo que cada tipo de máquina pode executar um determinado serviço da melhor forma
possível. Em áreas pequenas de cultivo intenso de hortaliças é comum o uso de microtratores,
para operações que exijam até 7.000 kg na barra de tração com velocidades acima de 8 km/h
são recomendados tratores de rodas e para operações que exijam esforços superiores à 3.000
kg com velocidades até 8 km/h, tratores de esteiras são preferíveis, pois, são dimensionados
para essas exigências (PACKTER, 19--)
Um trator deve ser usado em aproximadamente 1.000 horas de trabalho por ano
para que se justifique o investimento, então, quanto mais versátil melhor, assim, o trator deve
ser ajustado ao maior número de implementos e operações possíveis. Tratores de esteiras,
além de realizarem operações comuns de tração na propriedade, podem executar serviços de
lâmina nos períodos de entressafra, trabalhando até 3.000 h/ano. Devido ao seu projeto
simples e robusto, um trator de esteiras suporta longos períodos de trabalho sem apresentar
defeitos mecânicos, apresentando vida útil de até 20.000 horas. Também possuem valor de
revenda maior que o de um trator de rodas de mesma potência (PACKTER, 19--).
Os rodados de esteiras surgiram em 1904 no Estado Unidos, Best e Rolt dois
fabricantes de ceifadeiras, projetaram um sistema de esteira de madeira em suas máquinas
movidas a vapor, era uma espécie de trilhos móveis feitos pela própria máquina,
revolucionando o modo como suas ceifadeiras se moviam sobre o solo, mesmo em condições
de terreno molhado (PACKTER, 19--).
Figura 14 – Primeiro protótipo de trator de esteiras movido a vapor.
comuns de borracha o que garante ótima tração e aderência ao solo. Existem blocos guia do
tipo V no lado interno da esteira que garantem seu alinhamento durante o trabalho. São
tratores projetados para unir as vantagens das esteiras aos rodados convencionais de pneus,
podendo rodar em estradas asfaltadas com velocidades de até 30km/h com sistema de direção
diferencial e de servotransmissão de comando direto. A potência do motor varia de acordo
com o modelo. O ajuste de tenção é feito por cilindros tensionadores (PACKTER, 19--).
Figura 16 – Rodado de esteiras de borracha.
5 METODOLOGIA
Nesta fase, são coletadas todas as informações inerentes ao problema afim de criar
e hierarquizar os requisitos do projeto, gerando as especificações que o projeto deve possuir e
auxiliando na avaliação de viabilidade.
Figura 18 – Projeto informacional
32
6 RESULTADOS E DISCUSSÕES
6.1 Projeto Informacional
Usando brainstorming, foi possível estimar uma série de necessidades dos clientes
ao longo do ciclo de vida do produto. Essas necessidades foram transformadas em requisitos,
formando frases curtas com os verbos ser, ter, estar ou outro verbo que represente bem a
função a ser desempenhada, seguido de um ou mais substantivos, como proposto por Fonseca
(2000).
Quadro 1 – Requisitos dos clientes ao longo das fases do ciclo de vida do produto.
Prováveis Clientes Requisitos dos clientes
1. Ter capacidade operacional adequada
Equipe de projeto 2. Ter controle manual do sistema
3. Ter vida útil longa
4. Ter fabricação de baixo custo
Indústrias, 5. Ter montagem simples
Engenheiros e 6. Ser desacoplável
Técnicos 7. Ter baixo peso
8. Ter poucos componentes
9. Otimizar espaço
Marketistas,
10. Ser de fácil revenda
concessionárias e
11. Ter peças de reparo padrão
vendedores
12. Ter reparo simples
13. Ter bom custo x benefício
14. Ser fácil de usar
15. Ter regulagem rápida
16. Operar sem auxílios
Usuário
17. Operar sem esforço
18. Possibilitar multicultivos
19. Ser seguro
20. Ter manutenção facilitada
Fonte: Autor
Segue um melhor esclarecimento sobre cada um dos requisitos levantados:
-Ter capacidade operacional adequada: amplitude e velocidade de variação da
bitola que atenda às necessidades exigidas, aumentar a eficiência das operações no campo;
-Ter controle manual do sistema: uma alavanca de comando graduada que
permita ao usuário uma regulagem controlada em tempo real de funcionamento e que o
permita intervir quando existir problemas ou funcionamento inesperado, evitando assim
acidentes;
-Ter vida útil longa: o dispositivo deve apresentar boa resistência, possibilitando
sua utilização por um longo período sem manutenções corretivas no equipamento;
-Ter fabricação de baixo custo: obter o máximo de aproveitamento das linhas de
montagem de tratores nas fábricas, viabilizar a fabricação das peças que compõem o
dispositivo;
35
Fonte: Autor
Verificou-se que o requisito “Ser seguro” obteve maior pontuação, se mostrando
como requisito de maior relevância para o cliente, seguido pelos requisitos “Possibilitar
multicultivos” e “Ser de fácil revenda”, como mostra o quadro 2.
Quadro 2 – Distribuição hierarquizada dos requisitos de cliente do projeto.
Posição Requisito Soma % Classe
1° 19. Ser seguro 51 12,00 9
2° 18. Possibilitar multicultivos 45 10,59 8
3° 10. Ser de fácil revenda 35 8,24 6
4° 1. Ter capacidade operacional adequada 34 8,00 6
5° 17. Operar sem esforço 34 8,00 6
6° 13. Ter bom custo x benefício 33 7,76 5
7° 14. Ser fácil de usar 29 6,82 4
37
(n°)
Tempo gasto para realizar a operações
Usabilidade
(s)
Montabilidade Tempo de montagem (h)
Embalabilidade, Reciclabilidade
Bitola máxima (cm)
Geométricos
Bitola mínima (cm)
Atributos Materiais padronizados (%)
Material
materiais Materiais de fácil aquisição (%)
Peso Baixo peso (Kg)
Atributos Cor
Específicos Cinemática Velocidade de trabalho (Km/h)
Atributos Força Força de acionamento do pistão (N)
Energéticos Tipo de energia Hidráulica (W)
Fluxo
Atributos Controle Variação de regulagens (n°)
de controle Estabilidade, Sinais
Requisitos de Projeto
Km/h
Unid.
min
m²
cm
cm
R$
R$
R$
N°
N°
Kg
N°
W
%
%
%
N
h
h
h
h
h
h
s
Materiais padronizados
Velocidade de trabalho
Variação de regulagens
Baixo risco de acidente
Precisão na regulagem
Duração da regulagem
Força de acionamento
Custo de Manutenção
N° de equip. vendidos
Tempo de montagem
Tempo de fabricação
Custo de Operação
Custo de Produção
Espaço ocupado
Bitola máxima
Vida útil longa
Bitola mínima
Baixo peso
Hidráulica
Ter cap. ope. adequada 6 3 3 3 3 3 5 1 1 5 3 3 3
Ter contr. man. do sistema 3 3 3 3 5 1 1 1
Ter vida útil longa 1 5 1 1 1 1
Ter fabricação de baixo custo 3 5 3 1
Requisitos dos Clientes
Fonte: Autor
Verificou-se que o requisito de projeto mais significante foi “Custo de operação”,
seguido por “Tempo gasto para realizar operações” e “Baixo risco de acidentes”, todos os três
envolvendo a forma como se opera o mecanismo que altera a bitola, esperando que seja de
custos menores, rápido e seguro, condizendo com a proposta deste trabalho. Os requisitos
ficaram ranqueados e divididos em três partes, o terço superior contendo os requisitos de
maior importância ao projeto, o terço intermediário e o terço inferior com os requisitos de
menor importância, como mostra o quadro 4.
Quadro 4 – Distribuição hierarquizada dos requisitos de projeto.
Posição Requisito de Projeto Soma
1° Custo de Operação 95
2° Tempo gasto para realizar operações 93
Terço superior
9° N° de equipamentos vendidos 49
10° Velocidade de trabalho 49
Terço intermediário
11° Materiais de fácil aquisição 48
12° Custo de Manutenção 41
13° Precisão na regulagem 38
14° Duração de manutenção e limpeza 34
15° Bitola máxima 29
16° Bitola mínima 29
17° Hidráulica 29
18° Intervalo entre manutenções 26
19° Materiais padronizados 22
Terço inferior
N° de
Contagem dos
equipamentos 20/mês Baixo índice de vendas
equipamentos vendidos
vendidos
Comprometer o rendimento
Velocidade de
> 5 Km/h Teste em campo operacional, interferir o funcionamento
trabalho
da máquina
Dificuldades em achar peças
Materiais de fácil
> 90 % Teste em campo compatíveis com dispositivo em lojas
aquisição
do ramo
<
Custo de Danificar a máquina, reposição de
1000,00 Teste em campo
Manutenção peças
R$/ano
Precisão na Danificar linhas de culturas, baixar o
2,5 cm Teste em campo
regulagem rendimento da máquina
Duração de
Cronometragem em Durabilidade reduzida por desgaste,
manutenção e <2h
laboratório tempo de manutenção elevado
limpeza
Determinação em
Bitola máxima 2,0 m Não atender ao espaçamento da cultura
laboratório
Determinação em
Bitola mínima 1,5 m Não atender ao espaçamento da cultura
laboratório
Comprometer o rendimento
Hidráulica < 25 W Teste em laboratório operacional, não atender as
especificações de projeto
Intervalo entre Desgaste precoce dos materiais,
200 h Teste em campo
manutenções substituição de componentes
Materiais Contagem em Materiais não correspondentes ao
> 80 %
padronizados laboratório padrão do dispositivo
Tempo de Cronometragem na Dificuldades em montar o dispositivo,
<1h
montagem indústria usar ferramentas especiais ou incomuns
< Soma dos valores gastos Comprometer o desempenho, redução
Custo de Produção 5.000,00 com processos, projeto, dos componentes e da qualidade dos
R$ mão de obra e insumos materiais.
Processo de Limitação do uso de processos com
> 80 % Contagem na indústria
fabricação usual soluções inovadoras
Superdimensionamento dos
Determinação em
Baixo peso < 250 kg componentes, comprometer o
laboratório
desempenho da máquina
Ocupar muito espaço, não passar em
Espaço ocupado <3 m² Medição em laboratório
lugares estreitos
Tempo de Cronometragem na Elevado tempo de fabricação, aumento
<5h
fabricação indústria do custo de produção
Dificuldades durante o (des)
Duração de (des) Cronometragem em
< 30 min acoplamento, uso de muitas
acoplamento laboratório
ferramentas
Fonte: Autor
As especificações do projeto são o produto final da fase de projeto informacional
que serve de base para a fase de projeto conceitual, elas dão origem às primeiras formas
42
físicas do produto. Se necessário, nas fases seguintes, os valores podem ser modificados para
melhor atenderem as necessidades dos clientes.
Fonte: Autor
Com a função global bem definida, é estabelecida a estrutura funcional, onde
são criadas funções parciais que representam a função global em etapas, dividindo as tarefas
realizadas pelo dispositivo e facilitando a busca por princípios de soluções.
Figura 24 – Estrutura funcional do dispositivo.
43
Fonte: Autor
Após a definição da estrutura funcional, são pesquisados princípios de soluções
capazes de solucionar as funções parciais da melhor forma possível, a combinação desses
princípios desenvolve uma série de concepções, aquela que melhor se adequar às
especificações do projeto é selecionada.
Com a ajuda do software SolidWorks, foi desenvolvido um modelo simplificado
em 3D de um conceito que atenda às especificações do projeto criadas na fase de projeto
informacional.
Figura 25 – Concepção de um dispositivo hidráulico.
7 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
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laying vehicles. US 3712398 A. 23 jan. 1973.
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