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Unidade 4 Capítulo 2.

2 (B)

MÉTODO DA CIÊNCIA I
(“CAMINHO”) O INDUTIVISMO (DEFENDIDO PELO POSITIVISMO LÓGICO)

1
Qual o ponto de partida da ciência? (B’) 3’
2 Indução Teoria mais
Como se formulam as teorias? generalizadora ampla
3
O que se faz às teorias?
(A) (B)
2
Indução Dedução de
Teoria
generalizadora consequências testáveis
INDUTIVISMO

HIPÓTESE 3
OBSERVAÇÃO 1
REALIDADE LEI CIENTISTA Testes para
EXPERIMENTAÇÃO Observações
TEORIA as confirmar

FALSIFICACIONISMO No contacto (“puro” e “sem pré-conceitos”) com a realidade,


regista-se / analisa-se / compara-se / classifica-se

Objeções ao Indutivismo 2
Não se chega às teorias por indução a partir das observações
1
O ponto de partida não é a observação “pura” e “sem pré-conceitos” que não existe Hoje, as teorias mais importantes (em Física, Química, Biologia, etc.) referem-se a
entidades inobserváveis
Logo à partida, a observação é “impura”, cheia de “pré-conceitos”:
está plena de teoria: 3
Não é possível verificar as teorias

O QUÊ? As teorias são proposições universais e, portanto, não verificáveis


(a observação é seletiva: não é possível observar tudo)
(a) nem diretamente;
COMO? (b) nem indiretamente: cometer-se-ia a falácia da afirmação do consequente
(a observação científica é instrumental: usa técnicas laboratoriais e matemáticas) (deduzindo das teorias (P) consequências (Q) e submetendo estas a teste
verificar-se-iam indiretamente aquelas...)
PARA QUÊ?
(a observação é polémica: confirma/refuta uma hipótese prévia orientadora)
P Q
COMO INTERPRETAR E CLASSIFICAR? Q
(a observação pressupõe redes conceptuais prévias: pré-conceitos) P

1
Unidade 4 Capítulo 2.2 (B)

II
O FALSIFICACIONISMO (DEFENDIDO POR KARL POPPER) Objeções ao Falsificacionismo
(referem-se ambas à fase final: a da refutação)
1
Formula-se um facto-problema
sugerido por um fenómeno inexplicável pelas teorias (previamente) disponíveis 1
Contraria a maneira como os cientistas costumam entender o seu trabalho
2 como uma tentativa de verificação de teorias
Propõe-se uma teoria explicativa
uma conjetura (P) fruto da imaginação criadora do cientista ao que Popper responderia:
isso seria irrelevante porque tal tarefa é simplesmente impossível;
3 a generalidade dos cientistas já não é verificacionista hoje em dia
Só nesta etapa final a observação é importante

a partir da teoria ou conjetura (P) deduzem-se previsões empíricas (Q) 2


inventam-se testes para as pôr à prova A falsificação das teorias é um processo complexo
procura-se a refutação das previsões, de acordo com o modus tollens é frequente utilizarem-se hipóteses auxiliares e não apenas uma hipótese isolada

P Q se uma previsão falha, não é claro o que foi refutado:


Q a hipótese principal ou a(s) hipótese(s) auxiliar(es)
P

UM EPISÓDIO HISTÓRICO EXEMPLIFICATIVO


DA
COMPLEXIDADE DO PROCESSO DE FALSIFICAÇÃO DAS TEORIAS
Sol Ú N

Sol Ú
O desvio na órbita de Úrano (Ú) devia-se à influência gravítica de Neptuno (N)
(de cuja existência não havia ainda conhecimento)

Estava
– sem que se pudesse ter consciência disso –
A órbita de Úrano (Ú)
a usar-se uma hipótese auxiliar : a ausência de outro planeta “próximo”
não correspondia às previsões deduzidas a partir das leis de Newton.
O que a observação refutava
Estariam as leis de Newton refutadas e falsificadas? era a hipótese auxiliar e não as (previsões deduzidas das) leis de Newton

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