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MANUAL
CLIENTE: FOLHA:
ROSTO
/ PROGRAMA: C.C:

ÁREA: SEP:

TÍTULO:
UTILIZAÇÃO E INSPEÇÃO DE CINTAS E CABOS
DOC Nº: RESPONSÁVEL:

FERNANDO COSTA
ARQ. ELETR.: Nº CONTRATO: REG. CREA:

42.758/D

ÍNDICE DE REVISÕES
REV. DESCRIÇÃO E/OU FOLHAS ATINGIDAS

0 PARA INFORMAÇÃO

DATA REV.0 REV.A REV.B REV.C REV.D REV.E REV.F REV.G REV.H
DATA
PROJETO
EXECUÇÃO Navarro
VERIFICAÇÃO
APROVAÇÃO Navarro

As informações deste documento foram elaboradas pelo Eng. ANTONIO FERNANDO NAVARRO, para divulgação da metodologia..

A presente manual não deverá ser empregado para fins comerciais e tão somente para a disseminação de conhecimento, livremente, citando-se o autor.
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1. Objetivo

Estabelecer padrão mínimo, exigível para trabalhos com cabo de aço, cintas, estropos e
lingada, destacando principalmente o aspecto de segurança nos dispositivos utilizados e
os principais acessórios empregados na movimentação de carga nas frentes de trabalho
do projeto HDS.

2. Aplicação

Este documento aplica-se a todos os serviços de Construção e Montagem nas instalações


das empresas contratantes.

3. Esclarecimentos / Definições

Destorcedor: Quando um cabo recebe uma carga tende a esticar e girar em seu eixo, o
destorcedor compensa este giro não o transmitindo para o restante.

Cabo de carga: Cabo principal do levantamento.

Cabo estacionário: É o cabo que mantém o jibe numa posição fixa (tirante de
estacionamento do jibe).

Cabo de jibe: Cabo auxiliar de levantamento principal (na lança).

Lingada: Conjunto de dispositivos, tais como: estropo, anilha, esticador, etc., utilizados
para amarrar a carga ao gancho.

Sapatilha: Serve para proteger a alma e os arames que formam o cabo de aço evitando a
quebra ou avaria do mesmo.

Balanças: Para cargas onde o desejado é manter os cabos que sustentam a carga na
posição vertical.

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4. Responsabilidades

4.1. Da Gerência de Obras

Selecionar pessoal com experiência comprovada em movimentação de cargas para atuar


no empreendimento;

Elaborar o Plano de Rigging específico quando a complexidade do içamento exigir;

Verificar as condições dos acessórios utilizados nas operações de movimentação de cargas


e içamento conforme este procedimento;

Manter os equipamentos sob rigorosa manutenção mecânica, incluindo a lubrificação.

4.2. Da Gerência de Segurança, Meio Ambiente e Saúde

Acompanhar e apoiar as operações de movimentação de carga;

Verificar as condições dos acessórios utilizados nas operações de movimentação de cargas


e içamentos e zelar pela execução deste procedimento.

5. Descrição

5.1 Inspeção do cabo de aço e demais acessórios para movimentação de cargas

Para a realização de inspeção do cabo de aço e demais acessórios para movimentação de


carga devem ser observados os seguintes detalhes:

a) Número de Arames Partidos:

Ocorre por abrasão ou fadiga de flexão. Deve-se anotar o nº de arames rompidos e a


localização da ruptura em um passo ou em um comprimento equivalente a seis vezes o
diâmetro do cabo de aço.

Observar se as rupturas estão distribuídas em uma ou duas pernas apenas.

b) Desgaste por Abrasão:

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Mesmo que os arames não cheguem a se romper, o seu desgaste reduz a resistência,
tornando seu uso muito perigoso.

c) Deformações:

Ondulação: ocorre quando o eixo de um cabo assume a forma de uma hélice,


determinando desgaste prematuro e arames partidos.

d) Amassamentos:

Ocasionado pelo enrolamento desordenado no tambor.

Nas situações em que o enrolamento desordenado não pode ser evitado, deve-se optar
pelo uso de cabo com alma de aço.

e) Gaiola de Passarinho:

Quando o cabo de aço é submetido a alívio de tensões repentinamente.

NOTA: Esta deformidade é crítica impedindo, desta forma, a continuidade do uso do cabo
de aço.

f) Alma Saltada:

Também causada pelo alívio repentino de tensão no cabo, provocando um desequilíbrio de


tensão entre as pernas do cabo de aço.

NOTA: Esta deformidade é crítica impedindo, desta forma, a continuidade do uso do cabo
de aço.

g) Dobra ou Nó:

É caracterizada por uma descontinuidade no sentido longitudinal do cabo de aço que, em


casos extremos, diminui a resistência à tração do cabo de aço.

5.2 Inspeção de Cinta de Poliéster para movimentação de Carga

Para a realização de inspeção das cintas de poliéster para movimentação de carga devem
ser observados os seguintes detalhes:

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a) Verificar a existência da identificação da capacidade nominal afixada na alça;


b) Verificar a existência de desgaste excessivo nos cortes laterais e danos longitudinais
c) Verificar / checar a existência de costuras rompidas, que deverá ser critério de
condenação da utilização.

5.3 Lubrificação do Cabo de Aço

Deve ser efetuada periodicamente. A boa lubrificação protege contra a corrosão e


aumenta a durabilidade do cabo de aço.

Para esta operação, nunca use óleo queimado. Prefira os lubrificantes especialmente
desenvolvidos para isto. Não utilize óleo queimado, pois por ser ácido, danifica e acelera a
corrosão do cabo de aço.

Para a sua lubrificação utilize sempre pincel ou estopa.

5.4 Critério para Segregação e Descarte de Cabo de Aço, Estropos e Lingada

a) Arames rompidos (5% ou 6 fios de cada perna);


b) Corrosão acentuada (cabos ressecados);
c) Arames externos com desgaste de 1/3;
d) Diâmetro do cabo reduzido (mais de 5 % de seu diâmetro);
e) Apresentação de avaria por temperatura elevada;
f) Alma do cabo saltada (saindo do interior do cabo);
g) Dobras, nós ou retorção do cabo;
h) Gaiola de passarinho;
i) Chumbada do laço do estropo /lingada com avaria ou deformação visível;
j) Anília com roscas espanadas;
k) Gancho da lingada com avaria na abertura (com deformação), ou inexistência de
trava de segurança no gancho;

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6. Controle Operacional

6.1 Identificação de Inspeção dos Cabos de Aço, Cintas, Estropos, Linguadas e


Acessórios para a Movimentação de Cargas

Todos os cabos de aço, cintas, estropos, lingadas e acessórios, deverão estar identificados
com a cor padrão do bimestral, conforme tabela abaixo:

NOTA: Os cabos e estropos devem possuir placas de identificação fixadas próxima à


chumbada onde devem ser definidas a capacidade, dimensão, comprimento e bitola.

BIMESTRE 1º BIMESTRE 2º BIMESTRE 3º BIMESTRE 4º BIMESTRE 5º BIMESTRE 6º BIMESTRE

COR

6.2 Colocação de grampos (clips) no cabo de aço

Posicionamento correto dos grampos em laços;


Observar na tabela do fabricante dos cabos de aço à distância de um grampo para outro.

6.3 Considerações de Segurança

Na realização da atividade de inspeção, manuseio e transporte de cabos de aço, estropos,


lingadas e acessórios para movimentação de carga, o colaborador deverá estar fazendo
uso dos EPI’s (Equipamento de Proteção Individual) básicos, a saber: Uniforme completo,
capacete com jugular, óculos de proteção, protetor auditivo, botina de couro e luvas de
vaqueta.

Não fazer uso dos cabos de aço, cintas, estropos, lingadas e acessórios que não foram
devidamente inspecionados e identificados conforme a cor padrão.

Uma liberação súbita pode ocorrer em um cabo tensionado, devido a deterioração ou


sobrecarga. Geralmente, os cabos fixos são instalados enquanto dura o trabalho e se
destinam a suportar carga. Entretanto, verifique-os para certificar-se de que suas

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resistências sejam mantidas. É uma boa idéia verificar escoras, cabos de encoramento e
todos os outros cabos fixos, sempre que precisar aproximar-se deles.

As medidas de caráter preventivo que devem ser seguidas são:

a) Conformidade da locação e configuração dos guindastes, especificação dos acessórios,


posicionamento das cargas, estaqueamentos e demais variáveis, com relação ao plano
de “rigger”;
b) Verificação prévia dos equipamentos utilizados no levantamento, dispensando-se
especial atenção aos mecanismos de direção, içamento, freios e cabos de tração;
c) Verificação das condições do terreno e da necessidade de “mats”(dormentes);
d) Verificação se as condições ambientais estão adequadas às operações programadas;
e) Verificação de possíveis interferências com as cargas ou com a lança do guindaste,
especialmente com redes elétricas aéreas;
f) Os guindastes somente poderão ser operados por pessoas habilitadas e autorizadas
pelo;
g) A operação de levantamento será conduzida por um Supervisor de “rigger” qualificado
pelo;
h) A área da operação deverá ser isolada com cordas e sinalizada, não sendo permitida a
passagem de pessoas sob cargas suspensas;
i) Os estropos deverão estar em bom estado, sendo substituído quando apresentarem
mais de 10% de fios partidos em um mesmo trecho;
j) As manilhas, os olhais e outros acessórios deverão ser empregados em conformidade
com o projeto, sendo vedado o seu uso quando apresentarem deformações e trincas
visíveis;
k) Toda espia deverá ser sinalizada com bandeirolas. No caso de travessia em vias de
tráfego obrigatório, deverão ser sinalizadas por meio de luzes, evitando-se
interferências com outros veículos e guindastes;
l) Não será permitida a subida de pessoas sobre a carga içada;
m) Os levantamentos de cargas não deverão ser executados sob condições de chuva e
ventos fortes e durante a noite;

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n) Os operadores de guindaste deverão portar as tabelas de capacidade de seus


equipamentos;
o) código de sinais deverá ser perfeitamente conhecido pela equipe de “rigger” e
operadores de guindastes.
p) Assegure-se da perfeita distribuição das pernas de cabo entre as roldanas da lança e o
moitão de carga.
q) Utilize o cabo de carga especificado pelo fabricante.
r) Verifique sempre, ao levantar uma carga, se os cabos não estão emaranhados.
s) Utilize laços ou outros dispositivos, para efetuar içamentos corretos. Nunca dobre o
cabo de carga ao redor da peça.
t) Utilize o número correto de pernas de cabo para levantamentos pesados e verifique a
lingada quanto às fixações adequadas.
u) Mantenha o maior comprimento possível de cabo entre a carga e a ponta da lança. A
elasticidade do cabo fará com que se reduza o impacto de carga sobre a lança e outras
partes do guindaste, quando houver imperfeições do terreno.
v) Se a lança for estendida sem que se solte o cabo suficiente para o moitão, a carga
acabará por se colocar contra a ponta de lança, rompendo o cabo ou danificando
seriamente o moitão.
w) Após afastar o guindaste do local do acidente, faça uma completa inspeção da máquina
quanto a possíveis danos causados pelo contato elétrico. Cabos de aço que entraram em
contato com a linha deverão ser substituídos, uma vez que o arco elétrico pode ser
soldado, derretido ou "cavado" o cabo de aço.

6.4 Recomendações de Meio Ambiente

Os resíduos sólidos gerados para a execução dos serviços deverão seguir o que determina
o procedimento Plano Diretor de Resíduos Efluentes - PDRE;

A lubrificação dos cabos deverá ser feita em área coberta, com piso impermeável para
evitar a contaminação do solo por vazamento / derramamento de produtos químicos.

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Quando ocorrer situações de emergência, como vazamento ou derramamento de produtos


químicos ou quaisquer derivados de petróleo seguir as diretrizes do procedimento Plano
de Emergência Ambiental – PEA.

7. Registros

Os cabos e lingadas devem possuir numeração de identificação e, através dessa, terem


registrado em ficha de registros os resultados de todas as inspeções realizadas ao longo
da vida útil dos mesmos, inclusive de sua classificação para a carga a que estarão
capacitados e as desclassificações para a suportação de cargas inferiores, de acordo com
o tipo de dano.

8. Referências

N – 2161: Inspeção em Serviço de Cabo de Aço / cintas.

Tabela de Cabos, Estropos, Anilias e Acessórios, recomendada pelo fabricante.

Requisitos de SMS para Aquisição

Execução e Movimentação de Carga

Plano Diretor de resíduos efluentes (PDRE)

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