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Elementos de Máquinas

Capítulo 5 Ligações Aparafusadas

𝜇𝑁
𝑃𝐴

Acetatos e imagens baseados em:


- Elementos de máquinas de Shigley, ed8
- Projeto de órgãos de máquinas, Moura Branco
- Apontamentos, Luís Coelho

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Ligações Aparafusadas

Capítulo 5
Objetivos:
• Identificar os tipos de tensões que ocorrem nos parafusos.
• Saber selecionar os diferentes tipos de parafusos.
Elementos de Máquinas

Índice
• Tipos de roscas;
• Parafusos de movimento;
• Solicitações e dimensionamento;
• Parafusos com pré-carga;
• Parafusos carregados excentricamente;
• Chavetas.

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Ligações Aparafusadas

Capítulo 5 Principais aplicações dos parafusos:


- Parafusos de fixação em uniões desmontáveis;
- Parafusos obturadores para tapar orifícios;
- Parafusos de transmissão de forças;
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- Parafusos de movimento para transformar movimentos retilíneos


em rotativos e vice versa.

Principais vantagens dos parafusos:


- Baixo custo
- Facilidade de montagem e desmontagem

Principais desvantagens:
- Possibilidade de ocorrer desaperto durante o funcionamento do
equipamento (deve-se usar anilhas retentoras ou porcas com
roscas especiais) [parafusos de fixação].
- Baixo rendimento de transmissão [parafusos de movimento].
- Elevado desgaste dos flancos das roscas [parafusos de
movimento].

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Ligações Aparafusadas - exemplos

Capítulo 5
Parafusos de fixação Materiais
- Aço carbono comum;
- Aço inoxidável;
- Alumínio;
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- Latão;
- Bronze;
- Plásticos.

Parafusos de movimento

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Tipos de roscas e definições

Capítulo 5

Rosca: hélice que faz com que o parafuso avance sobre o


material ou porca quando rodado.
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– Interna: porcas ou furos rosqueados;


– Externa: parafuso atarrachante;
– Direita: aperto no sentido horário;
– Esquerda: caso contrário;
– Simples: uma única entrada;
– Múltiplas: várias entradas;
– Passo grosso (mais comum);
– Passo fino (mais resistente).

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Tipos de roscas e definições

Capítulo 5
Diâmetro médio
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– Passo, 𝑝: é a distância axial entre dois pontos correspondentes de


filetes adjacentes;
– Diâmetro nominal, 𝑑: é o diâmetro exterior da parte roscada;
– Diâmetro médio, 𝑑𝑚 : é a média dos diâmetros exterior e de raiz;
– Diâmetro da raiz, 𝑑𝑟 : é o diâmetro menor da rosca;
– Ângulo de flanco, 2𝛼: é o ângulo formado pelos flancos da rosca;
– Ângulo de hélice, 𝛽: é o ângulo da reta planificada correspondente à
hélice formada pelos pontos da rosca sobre um cilindro de diâmetro 𝑑𝑚
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Tipos de roscas e definições

Capítulo 5
Norma de rosca American National (Unified): EUA e Reino Unido;
- Passo grosso, UNC: aplicações comuns;
- Passo fino, UNF: aplicações com vibrações (automóveis, aviões…);
- Passo extra fino, UNEF: aplicações com espessura de parede limitada
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Rosca Unificada: “diâmetro nominal (polegada) x passo + UNF ou UNC”

Norma rosca Métrica, ISO 68, DIN 13-1;


Rosca Métrica: “símbolo M seguido do diâmetro nominal x passo” (ex: M8x1.5)

Tipos de roscas de dimensões normalizadas com perfil:


- Triangular (Whitworth, Sellers, e Métrico);
- ACME (2α = 29) ; trapezoidal (2α = 30); dente de serra; quadrada,…

Whitworth: 1840, Inglaterra, polegadas, 2𝛼 = 55∘ ;


Sellers: 1864, EUA, polegadas, 2𝛼 = 60∘ ;
Métrica: 1947, ISO, milímetros, 2𝛼 = 60∘

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Tipos de roscas e definições

Capítulo 5

Rosca Triangular
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Rosca Métrica
e
Rosca Sellers

Rosca quadrada
e
trapezoidal

Norma DIN 103

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Roscas com múltiplas entradas

Capítulo 5 - São roscas que possuem duas ou mais entradas a fim de realizar maior
avanço axial em cada volta completa do parafuso.
- No caso de roscas com uma entrada, o avanço é igual ao passo, isto é, o
deslocamento axial em uma volta é igual ao passo. Para roscas de duas, ou
mais entradas, o avanço será o produto do passo pelo número de entradas.
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Por exemplo, uma rosca de 5 mm de passo com 4 entradas, o seu avanço será
de 5 x 4 = 20 mm

Duas entradas

Quatro entradas

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Ferramentas para obtenção de roscas

Capítulo 5
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Parafusos de movimento - rosca quadrada
Mecanismos que transformam movimento circular em movimento retilíneo.
Capítulo 5
𝐹
São usados em:
Fusos de tornos;
Prensas;
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Macacos de elevação
de cargas

Objetivo 𝛽
Determinar a
força/momento
necessária para subir
ou
descer a carga

Considere-se um parafuso de rosca quadrada, de uma entrada, com :


𝑑𝑚 - diâmetro médio, 𝑝 - passo e 𝛽 - ângulo de hélice
Carregado por uma força axial 𝐹.
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Parafusos de movimento - rosca quadrada

Capítulo 5
Levantamento da carga Descida da carga
𝑙 ou Aperto ou Desaperto
𝑡𝑔 𝛽 =
𝜋𝑑𝑚
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𝑑𝑚 𝜇𝑁
𝑇𝐴 = 𝑃𝐴 𝑃𝐴
2 𝜇𝑁
𝛽 𝛽 𝑃𝐷
𝑑𝑚
𝑇𝐷 = 𝑃𝐷
2

Força 𝐹 𝑠𝑖𝑛 𝛽 + 𝜇𝑐𝑜𝑠 𝛽 𝐹 𝜇𝑐𝑜𝑠 𝛽 − 𝑠𝑖𝑛 𝛽


tangencial 𝑃𝐴 = 𝑃𝐷 =
𝑐𝑜𝑠 𝛽 − 𝜇𝑠𝑖𝑛 𝛽 𝑐𝑜𝑠 𝛽 + 𝜇𝑠𝑖𝑛 𝛽

Momento 𝐹𝑑𝑚 𝑙 + 𝜇𝜋𝑑𝑚 𝐹𝑑𝑚 𝜇𝜋𝑑𝑚 − 𝑙


torsor 𝑇𝐴 = 𝑇𝐷 =
2 𝜋𝑑𝑚 − 𝜇𝑙 2 𝜋𝑑𝑚 + 𝜇𝑙

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Parafusos de movimento - rosca quadrada

Capítulo 5 Auto retenção


Não há Desaperto

𝐹𝑑𝑚 𝜇𝜋𝑑𝑚 − 𝑙 𝜇𝑁
𝑇𝐷 = 𝛽 𝑃𝐷
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2 𝜋𝑑𝑚 + 𝜇𝑙

𝑙
𝑡𝑔 𝛽 = 𝛽
𝜋𝑑𝑚

- Se 𝑇𝐷 = 0 ou 𝑇𝐷 < 0 o parafuso desaperta-se


sozinho.

- Para que não haja desaperto, 𝑇𝐷 > 0 e designa-se que parafuso está em
auto retenção, ou seja:
Auto retenção
𝑙
𝑇𝐷 > 0 ⇒ 𝜇𝜋𝑑𝑚 − 𝑙 > 0 ⇒ 𝜇 > ⇒ 𝜇 > 𝑡𝑔 𝛽
𝜋𝑑𝑚

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Parafusos de movimento - rosca trapezoidal

Capítulo 5

Momento
resistente
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do atrito do
colar

𝐹𝜇𝑐 𝑑𝑐
𝑇𝑐 =
2

Levantamento da carga ou Aperto. Descida da carga ou Desaperto

𝐹𝑑𝑚 𝑙 + 𝜇𝜋𝑑𝑚 𝑠𝑒𝑐 𝛼 𝐹𝑑𝑚 𝜇𝜋𝑑𝑚 − 𝑙𝑠𝑒𝑐 𝛼


𝑇𝐴 = 𝑇𝑐 + 𝑇𝐷 = 𝑇𝑐 +
2 𝜋𝑑𝑚 − 𝜇𝑙𝑠𝑒𝑐 𝛼 2 𝜋𝑑𝑚 + 𝜇𝑙𝑠𝑒𝑐 𝛼

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Dimensionamento de parafusos

Capítulo 5
Carregamento axial de tração
A resistência de um parafuso a uma carga axial é equivalente à resistência de
uma barra cilíndrica cuja secção transversal, 𝐴𝑡 , corresponde a um diâmetro
dado pela média do diâmetro médio e do diâmetro de raiz;
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2
𝜋 𝑑𝑚 + 𝑑𝑟 𝐴𝑡 - área útil, à tração, de uma rosca (para
𝐴𝑡 = igual resistência à de um varão não roscado).
4 2

Parafusos sujeitos a uma força de tração axial 𝐹


𝜎=
Tensão normal no parafuso 𝐴𝑡

Carregamento axial de compressão Fórmula de Euler


Dimensionamento à instabilidade elástica => ou
Fórmula de Johnson

Parafusos de movimento
Para além da carga axial existe uma tensão de corte provocada pelo
momento torsor . Logo temos um caso biaxial de tensão.
=> Tensão Equivalente
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Rosca métrica: diâmetros e áreas

Capítulo 5
𝐴𝑡 - área útil, à tração, de uma rosca (para 𝐴𝑟 - é a área correspondente
igual resistência à de um varão não roscado). ao diâmetro da raiz.
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2
𝜋 𝑑𝑚 + 𝑑𝑟
𝐴𝑡 =
4 2

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Dimensionamento de parafusos

Capítulo 5
Parafusos de roscas quadradas
As roscas vão ser sujeitas a uma pressão superficial
na superfície de contacto parafuso-porca:
Pressão superficial
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𝐹 𝑝𝐹 4𝑝𝐹
𝜎=− =− 𝜋 ⇒ 𝜎=−
ℎ ℎ 4 𝑑 2 − 𝑑𝑟2 𝜋ℎ 𝑑 2 − 𝑑𝑟2
𝑝 𝐴𝑐𝑟𝑜𝑎

ℎ é a altura da rosca, 𝑝 passo

Tensão de corte na rosca no parafuso Tensão de corte na rosca da porca

𝐹 2𝐹 𝐹 2𝐹
𝜏= ⇒ 𝜏= 𝜏= ⇒ 𝜏=
ℎ 𝜋𝑑𝑟 ℎ ℎ 𝜋𝑑ℎ
𝜋𝑑𝑟 2 𝜋𝑑 2

Devem utilizar-se coeficientes de segurança elevados (𝑛 > 2) pois os primeiros


filetes são os mais solicitados.
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Classes de qualidade dos parafusos e das porcas

Capítulo 5
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Rosca métrica: cargas máximas

Capítulo 5
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Parafusos com pré-tensão

Capítulo 5 São utilizados em uniões desmontáveis que necessitem de ser suficientemente


resistentes para suportar cargas exteriores de tração e corte.

Objetivos da pré-tensão (𝑭𝒊 ):


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- Evitar que a união se separe por


aplicação de uma força normal 𝑃𝑠
exterior, 𝑃.
𝐹𝑖 𝐿
- Evitar deslocamento relativo das
peças ligadas, através da criação 𝑃𝑠
duma força de atrito (entre as peças)
suficiente para se o pôr a uma força
transversal, 𝑃𝑠

A Constante de Rigidez de uma peça elástica (ou no


𝑃
caso um parafuso) é a relação entre a carga aplicada, 𝑃, 𝐾=
e a deformação produzida por essa carga. 𝛿

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Parafusos com pré-tensão - Cálculo da rigidez

Capítulo 5 Cálculo da rigidez do parafuso


O parafuso é uma barra cilíndrica sujeita à tração e
pela lei de Hooke:
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𝑃𝐿 𝐴𝐸 𝐴𝐸
𝛿= ⇒ 𝑃= 𝛿 ⇒ 𝑘=
𝐴𝐸 𝐿 𝐿 𝑘𝑝
No caso dos parafusos, 𝐿, é a espessura total das peças
𝑘m𝑚
a unir e, tendo em conta que a secção transversal é
circular, temos

Constante de rigidez 𝐴𝑡 𝐸
𝑘𝑝 =
do parafuso 𝐿

A flange pode ser constituída por mais de uma peça a unir, o que constitui
uma associação de molas em série.

1 1 1 1
= + + ⋯+
𝑘𝑚 𝑘𝑚1 𝑘𝑚2 𝑘𝑚𝑛

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Parafusos com pré-tensão - Cálculo da rigidez

Capítulo 5 Cálculo da rigidez das peças a unir


Zona comprimida das
duas peças ligadas
considerada como um
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𝐷 cone oco com ângulo 𝛼

𝑃
𝑑𝛿 = 𝑑𝑥
𝐸𝐴

𝜋𝐸𝑑 ∙ tg 𝛼
⇒. . . ⇒ 𝑘𝑖 = Constante de rigidez
2𝑡 ∙ tg 𝛼 + 𝐷 − 𝑑 𝐷 + 𝑑 de cada flange
𝑙𝑛
2𝑡 ∙ tg 𝛼 + 𝐷 + 𝑑 𝐷 − 𝑑
- O ângulo 𝛼 mais comum é 30°
- Para ligações de duas peças com a mesma espessura, sem anilhas, com o
mesmo material e com 𝐷 = 2𝑑 temos:
0,5774𝜋𝐸𝑑
𝑘𝑚 =
0,5774𝐿 + 0,5𝑑
2𝑙𝑛 5
0,5774𝐿 + 2,5𝑑

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Parafusos com pré-tensão - pré-tensão 𝑭𝒊

Capítulo 5

Para uma dada pré-tensão 𝐹𝑖 ,


o parafuso alonga-se 𝛿𝑝
e as peças ligadas comprimem-se 𝛿𝑚 𝑃𝑠
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𝐹𝑖

𝑃𝑠

𝐹𝑖

𝑘𝑚 𝑘𝑝
𝐹𝑖 𝐹𝑖
𝛿𝑝 = 𝛿𝑚 =
𝑘𝑝 𝑘𝑚
𝛿𝑚 𝛿𝑝

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Parafusos com pré-tensão - Força Exterior P

Ao aplicar uma força exterior P as peças, esta


Capítulo 5
distribui-se pelo parafuso e pelas peças ligadas. 𝑃 𝑃

𝑃 = 𝑃𝑝 + 𝑃𝑚
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𝑃𝑝 𝐹𝑖
𝐹𝑝
𝐹𝑖 𝑃
𝑃𝑚
𝑃 𝑃
𝐹𝑚
∆𝛿𝑚 ∆𝛿𝑝

𝛿𝑚 𝛿𝑝

A diminuição de O aumento de
deformação nas ∆𝛿 = 𝑃𝑚 deformação no ∆𝛿𝑝 =
𝑃𝑝
𝑚
peças 𝑘𝑚 parafuso 𝑘𝑝

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Parafusos com pré-tensão - Força Exterior P
Enquanto não houver 𝑃𝑝
Capítulo 5
separação das peças temos: 𝐹𝑝
𝑃𝑝 𝑃𝑚
∆𝛿𝑝 = ∆𝛿𝑚 ⇒ = (1) 𝐹𝑖 𝑃
𝑘𝑝 𝑘𝑚 𝑃𝑚
como,
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𝑃 = 𝑃𝑝 + 𝑃𝑚 (2) 𝐹𝑚
∆𝛿𝑚 ∆𝛿𝑝
de (1) e (2) temos,
𝑘𝑝 𝑃 𝛿𝑚 𝛿𝑝
𝑃𝑝 = 𝑜𝑢 𝑃𝑝 = 𝐶𝑃
𝑘𝑝 + 𝑘𝑚
𝑘𝑚
de (1) e (2) também temos, 𝑃𝑚 = 𝑃
𝑘𝑝 𝑘𝑝 + 𝑘𝑚
Constante
𝐶=
da junta 𝑘𝑝 + 𝑘 𝑚 𝑘𝑚 𝑘𝑝 + 𝑘𝑚 𝑘𝑝
= − =1−𝐶
𝑘𝑝 + 𝑘𝑚 𝑘𝑝 + 𝑘𝑚 𝑘𝑝 + 𝑘𝑚

A carga de tração no parafuso, A carga de compressão nas peças,

𝐹𝑝 = 𝐹𝑖 + 𝑃𝑝 ⇒ 𝐹𝑝 = 𝐹𝑖 + 𝐶𝑃 𝐹𝑚 = 𝐹𝑖 − 𝑃𝑚 ⇒ 𝐹𝑚 = 𝐹𝑖 − 1 − 𝐶 𝑃

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Parafusos com pré-tensão - Força Exterior P
Separação entre o parafuso 𝑃𝑝
Capítulo 5
e as peças, 𝐹𝑝
𝑠𝑒 𝐹𝑚 = 0 ⇒ 𝐹𝑖 = 𝑃𝑚 𝐹𝑖
𝑃𝑚 𝑃
⇒ 𝐹𝑖 = 𝑃 1 − 𝐶
Elementos de Máquinas

Ou seja: 𝐹𝑚
∆𝛿𝑚 ∆𝛿𝑝
- Para não haver separação
das peças, a pré-tensão tem
que ser maior que 𝛿𝑚 𝛿𝑝
𝐹𝑖 > 𝑃 1 − 𝐶
Usando um coeficiente de segurança, 𝑛𝑝
𝑃 ⇒ 𝑛𝑝 𝑃
- A carga 𝑃0 requerida para
separar as peças, Temos a força de pré-tensão
𝐹𝑖 𝐹𝑖 = 𝑛𝑝 𝑃 1 − 𝐶
𝑃 > 𝑃0 =
1−𝐶
e temos a força total no parafuso
a carga P será suportada
apenas pelo parafuso 𝐹𝑝 = 𝐹𝑖 + 𝐶𝑛𝑝 𝑃

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Parafusos com pré-tensão - Força Exterior P

Capítulo 5
Cargas máximas recomendadas para a pré-tensão
Para outros materiais
𝐹𝑖 = 0,75 ∙ 𝐴𝑡 ∙ 𝜎𝑝 - Para ligações Não Permanentes
pode usar-se
𝐹𝑖 = 0,90 ∙ 𝐴𝑡 ∙ 𝜎𝑝 - Para ligações Permanentes
𝜎𝑝 = 0,85 ∙ 𝜎𝑐
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𝜎𝑝 - Tensão de prova

Dimensionamento do parafuso
𝐹𝑝
𝜎= < 𝜎𝑝 ⇒ 𝐹𝑖 + 𝐶𝑛𝑝 𝑃 < 𝜎𝑝 𝐴𝑡
𝐴𝑡

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Parafusos carregados excentricamente

Capítulo 5
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Corte primário
𝑄 ′ ′
𝐹𝑖′ = = 𝐹𝑖𝑥 ; 𝐹𝑖𝑦
𝑛 𝐺

Corte secundário
provocado pelo momento
′′ ′′
𝐹𝑖′′ 𝐹𝑖𝑥 ; 𝐹𝑖𝑦

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Parafusos carregados excentricamente

B #Forças: 𝑗 = 1, 2, 3, … Corte primário


Capítulo 5 C
y #Parafusos (n): 𝑖 = 𝐴, 𝐵, 𝐶, … 𝑄 ′ ′
𝐹𝑖′ = = 𝐹𝑖𝑥 ; 𝐹𝑖𝑦
D 𝑟𝑗 𝑥𝑗 ; 𝑦𝑗 𝑛
G 𝑃𝑗 𝑃𝑗𝑥 ; 𝑃𝑗𝑦 - Forças externas
x
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𝑟𝐴 𝑥𝐴 ; 𝑦𝐴
ത 𝑌ത
𝑟𝐺 𝑋; 𝑄 𝑄𝑥 ; 𝑄𝑦 = ෍ 𝑃𝑗 - Esforço cortante total
𝑟𝐴 𝑋𝐴 ; 𝑌𝐴 A
Y
𝑴𝒋 = 𝑃𝑗𝑦 𝑥𝑗 − 𝑃𝑗𝑥 𝑦𝑗 - Momento de cada força
0 𝐹𝐴′
X 𝐹𝐴′′
𝑴𝑮 = ෍ 𝑴𝒋 - Momento Resultante
G - centro geométrico
σ 𝐴𝑖 𝑋𝑖

𝑋= 𝑟𝑖 = 𝑥𝑖2 + 𝑦𝑖2 - Distancia do parafuso ao ponto G
σ 𝐴𝑖
σ 𝐴𝑖 𝑌𝑖 𝑴𝑮 ∙ 𝑟𝑖 𝐹𝑖′′ 𝐹 ′′
𝑌ത = 𝐹𝑖′′ = ′′
𝐹𝑖𝑥 = − 𝑦
′′
𝐹𝑖𝑦 =
𝑖
𝑥
σ 𝐴𝑖 σ 𝑟𝑖2 𝑟𝑖 𝑖 𝑟𝑖 𝑖
Corte secundário
′ ′′ 2 ′ ′′ 2
′′
𝐹𝑖′′ 𝐹𝑖𝑥 ′′
; 𝐹𝑖𝑦 𝐹𝑖 = 𝐹𝑖𝑥 + 𝐹𝑖𝑥 + 𝐹𝑖𝑦 + 𝐹𝑖𝑦 - Força Resultante

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Parafusos carregados excentricamente

Capítulo 5
Parafusos
′ ′ ′′ ′′
𝑖 𝐴𝑖 𝑋𝑖 ; 𝑌𝑖 𝑥𝑖 ; 𝑦𝑖 𝑟𝑖 𝑟𝑖2 𝐹𝑖𝑥 ; 𝐹𝑖𝑦 𝐹𝑖′′ 𝐹𝑖𝑥 ; 𝐹𝑖𝑦 𝐹𝑖
𝐴
𝐵
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Σ Σ

Forças

𝑗 𝑥𝑗 ; 𝑦𝑗 𝑃𝑗𝑥 ; 𝑃𝑗𝑦 𝑀𝑗

𝑃1
𝑃2

Σ Σ
𝑄 𝑄𝑥 ; 𝑄𝑦 𝑀𝐺

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