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FERRAMENTEIRO

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA - DEPARTAMENTO DE ENSINO MÉDIO


Coordenação de:
LUIZ GONZAGA FERREIRA
HELI MENEGALE
PEDRO SENNA

Elaboração de:

AÉCIO BATISTA DE SOUZA - SEI


GUERINO ALEXANDRE BER1'INI - SEI
IRINEO CALDERINI - SEk
JOSÉ ARIOVALDO FRARE - SEI
PLíNlO JOSE GHERARDI - SEI
A evolução no campo industrial e a crescente necessidade
de produtos fabricados em série e de boa qualidade, intensificou
dentro da metalurgia a produção de peças estampadas.
Em particular, a produção de elementos de chapa estampada
tem representado um grande avanço da técnica industrial e se
pode considerar como uma das mais importantes na produção em
série.
Atualmente os processos de estampagem entram em quase
todos os ramos da técnica industrial, onde poderíamos destacar
as indústrias automobilísticas, de brinquedos, artigos elétricos e
eletrônicos, ntensílios domésticos, máquinas e calculadores, bici-
cletas, etc.
As técnicas relativas aos trabalhos em prensa, têm por obje-
tivo métodos de fabricação rápidas e econômicas. A fabricação de
produtos pelo sistema de estampagem, apresenta as seguintes van-
tagens:
1 - Capacidade de produção elevada;
2 - Baixo custo por unidade;
3 - Intercambiabilidade absoluta e bom acabamento;
4 - Leveza e boa resistência.
Além destas vantagens, os elementos estampados reduzem a
aplicação de soldas, parafusos, rebites, como também substituem
em muitos casos peças fundidas.
De tudo o que foi dito acima, concluímos da grande impor-
tância dêste setor no campo industrial, o que o torna de grande
interêsse para aquêles que desejam nêle especializar-se ou que
pretendem ampliar seus conhecimentos para aplicação segura do
desenvolvimento de estudos em outros setores.
O ramo de ferramentaria abrange um campo vasto, pois
dêle fazem parte trabalhos que se diferenciam de acordo com a
natureza do material a ser estampado e as operações que o es-
tampo deve executar, ou sejam: dobrar, cortar, repuxar, moldar,
extrudar, cunhar, forjar, etc.
FERRAMENTEIRO
I ESTAMPOS - ESTAMPAGEM
OPERAÇÓES DOS ESTAMPOS

Os estampos são dispendiosos pelo custo Dependendo das características dos es-
elevado dos materiais nêles empregados, pela tampos e das prensas utilizadas, a capacidade
mão-de-obra especializada e pelo emprêgo de de produção varia de 150 a 1.000 peças por
máquinas, equipamentos, instrumentos e apa- minuto.
relhos de boa qualidade e alta precisão, que As peças produzidas pelos estampos são
sua confecção exige. denominadas produtos.

Denomina-se estámpagem a série de formada numa peça com forma geométrica


operações pelas quais a chapa plana é trans- final própria, seja esta plana ou não.

OPERA$X3ES DOS ESTAMPOS

As diferentes operações a que são sub- 2) Modificação da forma sob pressão.


metidas as chapas de metal através dos estam- A primeira abrange todas as operações
pos, podem ser subdivididas em duas catego- de corte e a segunda de dobrar, curvar, enro-
rias. lar, extrudar, formar, calcar, embutir, etc.
1) Seccionamento por ação de corte.

Produto P r o d u t o

Cor t e simples C o r t e duplo

4 MEC - 1971 - 15.0


-- - - -- - --
Corte parcial

Produto

Semi corte Produto


Furar e Cortar I

Furar Produto Separar

Produto . Separar
C o r t e simultãneo

-. -

Refilar
Dobra em V D o b r a em L

Dobra em Z D o b r a em U com abas

CURVAR - ENROLAR

Curvas cilíndricas
Curva reverso

C u r v a em U
EMBUTIR

Repuxo raso Repuxo médio Repuxa profundo

FORMAR

Formar relêvo

Formar abas

EXTRUDAR

E xtrudar furo
Extrudar pastilha
-

ESTAMPO PARA FURAR E CORTAR CHAPA


FERRAMENTEIR'
QUADRADA - DEFINIÇÁO - NOMENCLATURA
FOLHA DE

TICNOL~G~CA

Estampo é um conjunto de elementos que associados e adaptados às prensas ou ba-


1.6
1
I

lancins executam operações em chapas, tais como: cortar, dobrar, formar, enrolar, curvar,
repuxar, cunhar, etc.
I Constroem-se estampos para produção de peças em série.

As peças produzidas pelos estampos são denominadas Produtos e as sobras da tira


Retalho.

Produto

I I Retalho d a t i r a
I I

Retalho
78 MEC - 1971 - 15.000
- -- - & I
BASES - Dependendo das características técnicas dos estampos as bases são cons-
truídas de aço 1030 A ou de ferro fundido.

MATRIZES - Geralmente emprega-se aso especial indeformável na construção de


matrizes.

PUNÇÕES - O material indicado para os punções é o mesmo empregado na cons-


trução das matrizes.

FACA DE AVANÇO - O material empregado na construção da faca de avanço


também é o aço indeformável.

GUIA DOS PUNÇÕES - O material empregado na construção das guias dos pun-
ções varia conforme as características dos estampos. Geralmente usa-se aço 1030 A.

PORTA-PUNÇÃO - O material indicado para êsse elemento dos estampos é


aço 1030A.

PLACA DE CHOQUE - Constrói-se a placa de choque com o aço 1060 A.

PORTA-ESPIGA - Conforme as características dos- estampos, constrói-se o porta-


espiga de aço 1030 A ou de ferro fundido.

ESPIGA - O material indicado para a construçâo das espigas é o aço 1030 A.

PINOS DE GUIA - Geralmente são feitos de aço prata.


FERRAMENTEIRO FASES DE CORTE
TECNOLÓGICA

Estampo de corte progressivo para furar e cortar com faca de avanço e tope fixo.

Punção cortador
f
I
I

Tope

Fig. i \ Foca de a v a n y o-

FASES DE CORTE
/ o Fase

As figuras ao lado mostram a sequência Fíg.2


das operações para cortar o produto com o
emprêgo da faca de avanço. Punçdo
Na l.a fase a tira avança até o encosto furodor
(fig. 1) e recebe o primeiro corte da faca de 20 Fase
avanço (fig. 2).
Na 2.a fase, a parte cortada L1, avança
no comprimento igual ao da faca de avanço.
[ Fig. 3 [
Punqüo
A tira é cortada lateralmente pela 2.a vez e cor tador
7
ao mesmo tempo o punção furador faz pri-
meiro furo (fig. 3).
Na 3.a fase, repetem-se as operajões an-
teriores e o punção cortador corta o primeiro
produto. Fig. 4.'

'UNJA0 DO T O P E FIXO 1 AMPO C(


O tope fixo no estampo com faca de As figuras 5 e 6 mostram quando o tope
avanço é geralmente empregado para o apro- fixo entra em ação pelo estreitamento "L" da
veitamento total da tira. tira.

Top e
Punção
cortador
I
Tope hrnçõo furador
/ I

i
MEC - 1971 - 15.000
-
T I P O DE ESTAMPO COM TOPE-MóVEL F6LHA DE
FERRAMENTEIRO FASES DE CORTE
INFORMACÃO
TECNOLÓGICA
I .9

Como mostra a fig. 7, há outro tipo de


estampo que, embora não possua faca' de avan-
ço, permite obter o mesmo produto, por meio
de topes-móveis. A escolha dêste ou daquele
tipo requer uma análise prévia, a fim de se
verificar qual o mais vantajoso, técnica, ou
econômicamente, além de se levar em conta
o fator precisão do produto de acordo com a
tolerância exigida, produção, etc.
A figura ao lado mostra um tipo de es-
tampo com 2 topes móveis e um tope fixo -
fig. 7.

Fig. 7

Fase - A tira é introduzida no estampo


e o 1.O tope móvel é pressionado manual-
mente, a fim de parar a mesma.
Pisando-se no pedal da prensa o punção fura-
dor entra em ação e fura a tira - Fig. 8.
Fig. 8

Gu ia

l= Tope móvel

ch I
Fig. 9

2.a Fase - Após ter feito o furo na tira, esta


é introduzida novamente e o 2.O tope móvel
agora pressionado limita sua passagem. Pi-
sando-se no pedal pela 2.a vez, o p u n ~ ã ocor-
tador desce e corta o 1.O produto. Fig. 9.

MEC - 1971 - 15.000


T I P O DE ESTAMPO COM TOPE-M6VEL FGLHA DE
FERRAMENTEIRO FASES DE CORTE INFORMACÁO 1.1
TECNOLÓGICA

3." Fase - Nesta fase, os topes móveis mite o engate do retalho da tira, para limit
não têm mais função isto é, estão em repouso. o passo, até o final da estampagem.
Agora, o tope fixo tem sua atuação, pois per-

Fig. f O

O passo é a distância compreendida as medidas B, C, D variam de uma ou duas


entre o centro de um produto a outro na tira vêzes a espessura do material.
ou, é a medida do produto mais o espaço que
separa um produto do outro (Passo = A B). +
A medida da largura da faca de avanço deve
ser rigorosamente a medida do passo.
As medidas do espaçamento da tira dependem
de vários fatores, tais como: forma do produto, Os vazamentos dos estampos podem ser fei-
espessura da chapa, e natureza do material. tos com auxílio do Balancim - Ver páginas
De modo geral, como mostra a figura 11, 163 e 164.

Passo
i-I i-i I I I -

I I
I

I i- , I
I I
f I _L
L A d3-0f Foco de awnco I
Fig. l i

! MEC - 1971 - 15.


TOLERÂNCIA E AJUSTES MECÂNICOS FÔLHA DE
FERRAMENTEIRO ISO - NOÇÕES IN FORMACÁO
TECNOLÓGICA
1.1 1

NOÇKO DE TOLERÂNCLA

Entende-se por tolerância, a variação permitida na medida de uma peça durante sua
usinagem. Essa variação é permitida por existir sempre um êrro que não se pode evitar,
motivado pela imperfeição dos instrumentos de medição, das máquinas e do operador.
Intercambiabilidade - Para que não surjam dificuldades durante a montagem de
peças é preciso que as mesmas se ajustem perfeitamente bem nos seus lugares, sem reto-
que; elas precisam, portanto, ser intercanzbiáveis.
Intercambiabilidade é então a propriedade que as peças produzidas em série ou em
cadeia têm de poder ser montadas sem retoque e ser substituídas entre si sem prejuízo
do seu funcionamento.

SISTEMA INTERNACIONAL DE TOLERÂNCIA (Sistema ISO)

Rsse sistema é constituído de uma série de princípios, regras e tabelas que permitem
a escolha racional de tolerâncias para a produção econômica de peças mecânicas inter-
cambiáveis.
Para tornar mais fácil o entendimento dêsse sistema, seus principais pontos serão a
seguir estudados em detalhes.

TOLERÂNCIA {T)

Éa variação permitida na dimensão da peça, dada pela diferença entre as dimensões


máxima e mínima.
A unidade de tolerância adotada é o micro (milésimo de milímetro).

MEC - 1971 - 15.000 83


FERRAMENTEIRO
TOLERÂNCIA E AJUSTES MECÂNICOS
ISO - NOÇÕES
FÔLHA DE
INFORMACÁO 1.12
1
TECNOLÓGICA

Dimensão Máxima (19. máx.)


É o valor máximo permitido na dimensão efetiva da peça. Ela fixa o limite superior da
tolerância.

Dimensão Mínima (D. min.)


É o valor mínimo permitiido na dimensão efetiva da peça. Ela fixa o limite inferior da
tolerância.

Dimensão Efetiva (D. ef.)


Dimensão efetiva ou real é o valor que se obtém medindo a pesa.

Dimensão Nominal (D. nom.) ou linha zero.


E apenas uma dimensão de base, pois, a medida efetiva da peça depende da tolerância.
E aquela que vem marcada no desenho, isto é, a cota da peça.

Afastamentos - (As e Ai):


Superior - é. a diferença entre as dimensões máxima e nominal.
Inferior - é a diferença entre as dimensões mínima e nominal.
Convencionou-se considerar positivos os valores dos afastamentos que se encontram sobre
a linha zero e negativos aqueles situados abaixo da mesma.

84 MEC - 1971 - 15.000


Conjunto dos valores compreendidos entre os afastamentos superior e inferior. Corres- I
ponde também ao intervalo que vai da dimensão máxima à dimensão mínima.
O sistema de tolerância ISO prevê a existência de 21 campos, representados por letras
do alfabeto latino, sendo as maiúsculas para os furos e as minúsculas para os eixos.

Furos:
ABCDEFGHJKMNPRSTUVXYZ

Eixos:
abcdefghjkmnprstuvxyz
Estas letras indicam as posições dos campos de tolerâncias em relação ilinha zero, indi- I
cando as primeiras os ajustes móveis e as últimas os ajustes £orçados sobre pressão.

Tolerâncias
poro furds O
1O
BBm U:

Tolerâncias
a para eixos
TOLERÂNCIA E AJUSTES MECÂNICOS F6LHA DE
FERRAMENTEIRO ISO - NOÇÕES iNFoRMAcÃ0
TECNOLÓGICA
1.14

GRUPOS DE DXETS(F,ES

O sistema de tolerância ISO foi estudado para a produ~ãode peças mecânicas intercam-
biáveis com dimensões compreendidas entre 1 e 500 mm.
Para simplificar o sistema e facilitar a sua utilização prática êsses valores foram reunidos
em 13 grupos de dimensões:

QUALIDADE DE TRABAL H 0 - (Graus de tolerâncias)

A qualidade das peças dos britadores, das tesouras e outras máquinas grosseiras não
é a mesma das peças pertencentes a plainas, tornos mecânicos, fresadoras, etc.
Enquanto o acabamento das primeiras é apenas regular e os seus ajustes têm folgas
consideráveis, as últimas não sòmente exigem um acabamento melhor como também ajus-
tes mais exatos.
Justamente por essa razão o sistema ISO estabelece 16 qualidades de trabalho, capazes
de serem adaptadas a quaisquer tipos' de produção mecânica.
Essas qualidades são designadas por IT 1, IT 2... IT 16 (I de ISO e T de tolerância).

1 -
Puta mechic~i greawír~

I
86 MEC - 1971 - 15.0
-

TOLERÂNCIA E AJUSTES MECÂNICOS FOLHA DE


FERRAMENTEIRO ISO - NOÇÕES INFORMACÃO
TECNOLÓGICA
1.15

ESCOLHA DA QUALIDADE

A escolha da qualidade depende do tipo de construção ou da função desempenhada


pelas peças.

Como regra geral pode-se dizer que:

a) A s qualidades d e 1 a 5, correspondem à mecânica extraprecisa - é reservada


particularmente para calibradores.

b) A qualidade 6, corresponde à mecânica muito precisa. É indicada para eixos das


máquinas ferramentas como: fresadoras, retificadoras, etc.

c) A qualidade 7, indica mecânica de precisão.


É particularmente prevista para furos que se ajustam com eixos de qualidade 6.

d) A qualidade 8, é de média pí-ecisão. Indicada para eixos que se ajustam com qua-
lidade 7. Presta-se também para a execução de peças de máquinas que não exigem
muita precisão nos ajustes.
I

e) A qualidade 9, designa a mecânica corrente. É indicada para a execução de certos


I órgãos de máquinas industriais que se podem ajustar com folgas consideráveis.
I f) As qualidades 1 0 e 11, indicam mecânica ordinária.
I
I

I
g) A s qualidades q u e vão d e 1 2 a 1 6 são empregadas em mecânica grosseira.
I

MEC - 1971 - 15.000


- -- - -- -

TOLERÂNCIA E AJUSTES MECÂNICOS FGLHA DE


FERRAMENTEIRO ISO - NOÇÕES INFORMACAO 1.16
TECNOLÓGICA

AJUSTE MECÃNICO

E o encaixe obtido entre duas peças de forma inversa (macho e fêmea), sem que entre-
tanto, durante sua usinagem, uma tenha sido verificada com a outra.
Se na execução de uma máquina houvesse vários furos com a mesma dimensão, nos quais
os eixos devessem, alguns girar, outros deslizar e outros ficar presos, todos os furos pode-
riam ser executados dentro da mesma tolerância, dando-se entretanto para os eixos ts-
lerâncias diferentes de acôrdo com a função de cada um.

Os mesmos ajustes poderiam ser conseguidos, executando-se todos os eixos com a mesma
tolerância e variando-se a tolerância dos furos também de acôrdo com os seus respectivos
tipos de encaixes.

No primeiro caso, observa-se que variam as djmensões do eixo; no segundo caso variam
as dimensões do furo.
A possibilidade de se conseguir todos os encaixes possíveis, variando apenas o eixo ou o
furo, deu margem a que se criassem duas classes de ajustes ISO que são: Sistema furo
base e sistema eixo base.
TOLERÂNCIA E AJUSTES MECÂNICOS FOLHA DE
FERRAMENTEIRO ISO - NOÇÕES
INFORMACÁO 1.17
TECNOLÓGICA

SISTEMA FURO RASE

O sistema furo base, também conhecido por furo padrão ou furo único, é aquêle em
que o afastamento do furo ocupa sempre a mesma posição em relação à linha zero.
Os sistemas furo base recomendados pela ISO são os seguintes:

-LTnbu zero

SISTEMA EIXO BASE

.O sistema de ajuste eixo base, também conhecido por eixo padrão ou eixo Único, é
aquêle em que o afastamento superior do eixo ocupa sempre a mesma posição em rela-
ção A linha zero.
Os sistemas eixo base recomendados pela ISO são os seguintes:

TIPOS DE AJUSTES

Os diferentes tipos de ajustes mecânicos dependem da função que a peça vai desem-
penhar na máquina.
1 - Ajuste com folga - é aquêle em que o afastamento superior do eixo é menor ou
igual ao afastamento inferior do furo.
2 - Ajuste com interferência - é aquêle em que o afastamento superior do furo é menor
ou igual ao afastamento inferior do eixo.
3 - Ajuste incerto - é aquêle em que o afastamento superior do eixo é maior do que o
afastamento inferior do furo e o afastamento superior do furo é maior do que o
afastamento inferior do eixo.

MEC - 1971 - 15.000


I
-- -. -- -- - - - -

TOLERÂNCIAS E AJUSTES MECÂNICOS FdLHA DE


FERRAMENTEIRO ISO - TABELA INFORMACÃO 1.18
TECNOLÓGICA

namentos necessi -
,
I

Peças que giram

Montagem I? mão poden-

bri ficados deslo-

de montagens e

em de terioração

as sem deter1

I
I

90 MEC - 1971 - 15 000


- - - - - ---
TOLERÂNCIAS E AJUSTES MECÂNICOS FÔLHA DE
FERRAMENTEIRO 1SO - TABELA INFORMACÃO
TECNOLÓGICA
1.19

AJUSTES RECOMENDADOS - SISTEMA FURO BASE H7

Tolerâncias em milésimos de mi1;metros = I

280 315 + 52 - 108 -49 - 32 - 16 + 4 + 20 + 34


+ I30 + 202
+ 98 + 170
+ 144 + 226
315 355 0 - 62 - 18 O + 18 + 40 + 57 + 73
+ 108 + 190

355 400 + 57 - 119 - 54 - 36 - I8 + 4 + 21 + 37


+ 150 + 244
+ + 208

400 450 O - 6 8 -20 O + 20 + 45 + 63 + 80


+ I66 + 272
+ 126 + 232
+I72 +292
450 500 + 63 -131 -60 - 4 0 -20 + 5 +23 + 4 0
+ 180 + 252

Nota:- Para pjustes com outros coripos de tolerÚncias, existem outras


tabelas.

MEC - 1971 - 15.000


T

INDICAÇAO DA TOLERÂNCIA NOS DESENHOS

Para a indicação da tolerância nos desenhos, é importante reconhecer-se imediata-


mente quando se trata de furo ou eixo.

Furos - peças fêmeas

i
Eixos - peças machos
I
1

1
I

Há peFas que podem ter partes que são machos e partes que são fêmeas.
TOLERÂNCIAS E AJUSTES MECÂNICOS FOLHA DE
FERRAMENTEIRO ISO - NOÇÕES INFORMACÁO
TECNOLÓGICA
1.21

Os desenhos das peças com indicasão de tolerâncias deverão ser cotados do modo seguinte:
escreve-se a dimensão nominal seguida de u m a letra que, como vimos, indica o campo de
tolerância adotado e um número que determina a qualidade.
Para peças fêmeas a letra é maiúscula, geralmente H ; para peças machos a letra é minú,s-
cula, e pode variar conforme o tipo de ajuste desejado.

Nos desenhos de conjuntos, onde as peças aparecem montadas a indicação da tolerância


I
poderá ser do seguinte modo:

Em casos especiais, poder-se-á ao invés dos sfmbolos recomendados pela ISO, indicar o va-
lor da tolerância diretamente nos desenhos.

Este sistema nem sempre é o recomendável, porque, dificulta a determinação do instru-


mento de verificação, salvo em que a tolerância seja tal que dispense os calibradores fixos
e a verificação possa ser feita com instrumento de leitura direta.

MEC - 1971 - 15000 93


LINHAS TRIGONOMaTRlCAS

O' 10' 20' 30' 40' 60'

O 0,~OOOO 0,00291 0,00582 0,00873 0,01164 0,01454 0,01745 89


1 0,01745 0,02036 0,02327 0,02618 0,02908 0,03199 0,03490 88
2 0,03490 0,03781 0,04071 0,04362 0,04653 0,04943 0,05234 87
3 0,05234 0,05524 0,05814 0,0610V 0,06395 0,06685 0,06976 86
4 0,06976 0,07266 0,07556 0,07846 0,08136 0,08426 0,08716 85
5 0,08716 0,09005 0,09295 0,09585 0,09874 0,10164 0,10453 84
6 0,10453 0,10742 0,11031 0,11320 0,11609 0,11898 0,12187 83
7 0,12187 0,12476 0,12764 0,13053 0,13341 0,13629 0,13917 82
8 0,13917 0,14205 0,14493 0,14781 0,15069 0,15356 0,15643 81
9 0,15643 0,15931 0,16218 0,16505 0,16792 0,17078 0,17365 80
10 0,17365 0,17651 0,17937 0,18224 0,18509 0,18795 0,19081 79
ll 0,19081 0,19366 0,19652 0,19937 0,20222 0,20507 0,20791 78
12 0,20791 0,21076 0,21360 0,21644 0,21928 0,22212 0,22495 77
13 0,22495 0,22778 0,23062 0,23345 0,23627 0,23910 0,24192 76
14 0,24192 0,24474 0,24756 0,25038 0,25320 0,25601 0,25882 75
3 0,26443 0,26724 0,27004 0,27284 0,27564 74
0,28123 0,28402 0,28680 0,28959 0,29237 73
0,29793 0,30071 0,30348 0,30625 0,30902 72
0,31454 0,31730 0,32006 0,32282 0,32557 71
0,33106 0,33381 0,33655 0,33929 0,34202 70
20 0,34202 0,34475 0,34748 0,35021 0,35293 0,35565 0,35837 69
21 0,35837 0,36108 0,36379 0,36650 0,36921 0,37191 0,37461 68
22 0,37461 0,37730 0,37999 0,38268 0,38537 0,38805 0,39073 67
23 0,39073 0,39341 0,39608 0,39875 0,40142 0,40408 0,40674 66
24 0,40674 0,40939 0,41204 0,41469 0,41734 0,41998 0,42262 65
25 0,42262 0,42525 0,42788 0,43051 0,43313 0,43575 0,43837 64
26 0,43837 0,44098 0,44359 0,44620 0,44880 0,45140 0,45399 63
27 0,45399 0,45658 0,45917 0,46175 0,46433 0,46690 0,46947 62
?I 0,46947
0,48481
0,47204
0,48735
0,47460
0,48989
0,47716
0,49242
0,47971
0,49495
0,48226
0,49748
0,48481
0,50000
61
60
30 0,50000 0,50252 0,50503 0,50754 0,51004 0,51254 0,51504 59
0,51504 0,51753 0,52002 0,52250 0,52498 0,52745 0,52992 58
-- 0,52992 0,53238 0,53484 0,53730 0,53975 0,54220 0,54464 57
33 0,54464 0,54708 0,54951 0,55194 0,55436 0,55678 0,55919 56
34 0,55919 0,56160 0,56401 0,56641 0,56880 0,57119 0,57358, 55
35 0,57358 0,57596 0,57833 0,58070 0,58307 0,58543 0,58779 54
36 0,58779 0,59014 0,59248 0,59482 0,59716 0,59949 0,60182 53
37 0,60182 0,60414 0,60645 0,60876 0,61107 0,61337 0,61566 52
38 0,61566 0,61795 0,62024 0,62251 0,62479 0,62706 0,62932 51
3Q 0,62932 0,63158 0,63383 0,63608 0,63832 0,64056 0,64279 60
I 0,64279 0,64501 0,64723 0,64945 0,65166 0,65386 0,65606 49
41 0,65606 0,65825 0,66044 0,66262 0,66480 0,66697 0,66913 48
4s 0,66913 0,67129 0,67344 0,67559 0,67773 0,67987 0,68200 47
43 0,'68200 0,68412 0,68624 0,68835 0,69046 0,69256 0,69466 46
44 0,69466 0,69675 0,69883 0,70091 0,70298 0,70505 0,70711 45

Min.
g0' 60' 40'
-
30' R(Y

S E N O
10' O'

3 I
LINHAS TRIGONOMÉTRICAS - (continuqão)

CO-SENO

V 10' 20' W 40' 50'

O 1,00000 1,00000 0,99998 0,99996 0,99993 0,99989 0,99985 89


1 0,99985 0,99979 0,99973 0,99966 0,99958 0,99949 0,99939 88
2 0,99939 0,99929 0,99917 0,99905 0,99892 0,99878 0,99863 87
3 0,99863 0,99847 0,99831 0,99813 0,99795 0,99776 0,99756 86
4 0,99756 0,99736 0,99714 0,99692 0,99668 0,99644 0,99619 85
5 0,99619 0,99594 0,99567 0,99540 0,99511 0,99482 0,99452 $4
6 0,99452 0,99421 0,99390 0,99357 0,99324 0,99290 0,99255 83
7 0,99255 0,99219 0,99182 0,99144 0,99106 0,99067 8,99027 82
8 0,99027 0,98986 0,98944 0,98902 0,98858 0,98814 0,98769 81
9 0,98769 0,98723 0,98676 0,98629 0,98580 0,98531 0,98481 80
10 0,98481 0,98430 0,98378 0,98325 0,98272 0,98218 0,98163 79
11 0,98163 0,98107 0,98050 0,97992 0,97934 0,97875 0,97815 78
12 0,97815 0,97754 0,97692 0,97630 0,97566 0,97502 0,97437 77
13 0,97437 0,97371 0,97304 0,97237 0,97169 0,97100 0,97030 76
14 0,97030 0,96959 0,96887 0,96815 0,96742 0,96667 0,96593 75
15 0,96593 0,96517 0,96440 0,96363 0,96285 0,96206 0,96126 74
16 0,96126 0,96046 0,95964 0,95882 0,95799 0,95715 0,95630 73
17 0,95630 0,95545 0,95459 0,95372 0,95284 0,95195 0,95106 72
18 0,95106 0,95015 0,94924 0,94832 0,94740 0,94646 0,94552 71.
19 0,94552 0,94457 0,94361 0,94264 0,94167 0,94068 0,93969 70
20 0,93969 0,93869 0,93769 0,93667 0,93565 0,93462 0,93358 69
21 0,93358 0,93253 0,93148 0,93042 0,92935 0,92827 0,92718 68
22 0,92718 0,92609 0,92499 0,92388 0,92276 0,92164 0,92050 67
0,92050 0,91936 0,91822 0,91706 0,91590 0,91472 0,91355 66
24 0,91355 0,91236 0,91116 0,90996 0,90875 0,90753 0,90631 65
25 0,90631 0,90507 0,90383 0,90259 0,90133 0,90007 0,89879 64
26 0,89879 0,89752 0,89623 0,89493 0,89363 0,89232 0,89101 63
27 0,89101 0,88968 0,88835 0,88701 0,88566 0,88431 0,88295 62
28 0,88295 0,88158 0,88020 0,87882 0,87743 0,87603 0,87462 61
-------- 29 0,87462 0,87321 0,87178 0,87036 -
-
0,86892 -- 0,86748 --
--
0,86603 60
30 0,86603 0,86457 0,86310 0,86163 0,86015 0,85866 0,85717 59
31 0,85717 0,85567 0,85416 0,85264 0,85112 0,84959 0,84805 58
32 0,84805 0,84650 0,84495 0,84339 0,84182 0,84025 0,83867 57
33 0,83867 0,83708 0,83549 0,83389 0,83228 0,83066 0,82904 56
34 0,82904 0,82741 0,82577 0,82413 0,82248 0,82082 O,ã1915 55
35 0,81915 0,81748 0,81580 0,81412 0,81242 0,81072 0,80902 54
36 0,80902 0,80730 0,80558 0,80386 0,80212 0,80038 0,79864 53
37 0,79864 0,79688 0,79512 0,79335 0,79158 0,78980 0,78801 52
38 0,78801 0,78622 0,78442 0,78261 0,78079 0,77897 0,77715 51
39 0,77715 0,77531 0,77347 0,77162 0,76977 0,76791 0,76604 50
40 0,76604 0,76417 0,76229 0,76041 0,75851 0,75661 0,75471 49
41 475471 0,75280 0,75088 0,74896 0,74703 0,74509 0,74314 48
42 0,74314 0,74120 0,73924 0,73728 0,73531 0,73333 0,73135 47
43 0,73135 0,72937 0,72737 0,72537 0,72337 O,S136 0,71934 46
44 0,71934 0,71732 0,71529 0,71325 0,71121 0,70916 0,707ll 45

50' 40' 30' 20' 10' V


SENO
, UNHAS TRIBONOMnRICAS - (c&&)
i

TANGENTE

W w w w 6v
- - - - - --
o 0,00000 0,00291 0,00582 0,00873 0,01164 0,01455 0,01746 89
1 0,01746 0,02036 0,02328 0,02619 0,02910 0,03201 0,03492 88
2 0,03492 0,03783 0,04075 0,04366 0,04658 0,04949 0,05241 87
3 0,05241 0,05533 0,05824 0,06116 0,06408 0,06700 0,06993 8fi
4 0,06993 0,07285 0,07578 0,07870 0,08163 0,08456 0,08749 85
5 0,08749 0,09042 0,09335 0,09629 0,09923 0,10216 0,10510 84
6 0,10510 0,10805 0,11099 0,11394 0,11688 0,11983 0,12278 83
7 0,12278 0,12574 0,12869 0,13165 0,13461 0,13758 0,14054 $2
g 0,14054 0,14351 0,14648 0,14945 0,15243 0,15540 0,15838 81
g 0,15838 0,16137 0,16435 0,16734 0,17033 0,17333 0,17633 80
10 0,17633 0,17933 0,18223 0,18534 0,18835 0,19136 0,19438 79
11 0,19438 h19740 0,20042 0,20345 0,20648 0,20952 0,21256 78
0,21256 0,21560 0,21864 0,22169 0,22475 0,22781 0,23087 7'7
13 0,23087 0,23393 0,23700 0,24008 0,24316 0,24624 0,24933 76
14 0,24933 0,25242 0.25552 0,25862 0,26172 0,26483 0,26795 75
15 0,26795 0,27107 0,27419 0,27732 0,28046 0,28360 0,28675 74
16 0,28675 0,28990 0,29305 0,29621 0,29938 0,30255 0,30573 73
17 0,30573 0,30891 0,31210 0,31530 0,31850 0,32171 0,32492 72
28 0,32492 0,32814 0,33136 0,33460 0,33783 0,34108 0,34433 7J.
19 0,34433 0,34758 8,35085 0,35412 0,35740 0,36068 0,36397 70
0,36397 0,36727 0,37057 0,37388 0,37720 0,38053 0,38386 69
0,38386 0,38721 0,39055 0,39391 0,39727 0,40065 0,40403 68
0,40403 0,40741 0,41081 0,41421 0,41763 0,42105 0,42447 67
a3 0,42447 0,42791 0,43136 0,43481 0,43828 0,44175 0,44523 66
24 0,44523 0,44872 0,45222 0,45573 0,45924 0,46277 0,46631 65
0,46631 0,46985 0,47341 0,47698 0,48055 0,48414 0,48773 64
0,48773 0,49134 0,49495 0,49858 0,50222 0,50587 0,50953 63
27 0,50953 0,51319 0,51688 0,52057 0,52427 0,52798 0,53171 G2
28 0,53171 0,53545 0,53920 0,54296 0,54673 0,55051 0,55431 61
ag 0,55431 0,55812 0,56194 0,56577 0,56962 -0,57348 0,57735 60
8 0 - 0,57735 0,58124 0,58513 0,58905 0,59297 0,59691 0,60086 59
31 0,60086 0,60483 0,60881 0,61280 0,61681 0,62083 0,62487 58
32 0,62487 0,62892 0,63299 0,63707 0,64117 0,64528 0,64941 57
33 0,64941 0,65355 0,65771 0,66189 0,66608 0,67028 0,67451 56
34 0,67451 0,67875 0,68301 0,68728 0,69157 0,69588 0,70021 55
35 0,70021 0,70455 0,70891 0,71329 61,71769 0,72211 0,72654 54
36 0,72654 0,73100 0,73547 0,73996 0,74447 0,74900 0,75355 53
37 0,75355 0,75812 0,76272 0,76733 0,77196 0,77661 0,78129 52
38 0,78129 0,78598 0,79070 0,79544 0,80020 0,80498 0,80978 51
39 0,80978 0,81461 0,81946 0,82434 0,82923 0,83415 0,83910 50
U) 0,83910 0,84407 0,84906 0,85408 0,85912 0,86419 0,86929 49
0,86929 0,87441 0,87955 0,88473 0,88992 0,89515 0,90040 48
42 0,90040 0,90569 0,91099 0,91633 0,92170 0,92709 0,93252 47
43 0,93252 0,93797 0,94345 0,94896 0,95451 0,96008 0,96569 46
44 0,96569 0,97133 0,97700 0,98270 0,98843 0,99420 1,00000 45

w # 30' 20' 1v
COTANGENTE
FERRAMENTEIRO TECMOLÓGICA

UNHAS TRIGONOMETRICAS - (continq&)

TANGENTE

MEC - 1971 - 15.000


APLiCAÇõES DE PARAFUSOS NOS ESTAMPOS
I
FOLHA DE
~NFORMA~AO
TECNOLÓGICA
I 1
1.&5

I
I Nos estampos são usados diferentes serem de material especial e tratado her-
tipos de parafusos de acorda com sua necessi- mèticamente.
I dade. 2.O) Podem ser usadcs os de cabeça c6nica na
1.O) Os parafusos de cabeça cilíndrica, tipo fixação de peças que não requerem gran-
I "Allen", são os mais utilizados, porque des esforços.
oferecem as seguintes vantagens:
a) melhor fixação dos conjuntos. 3.O) Os de cabeça cilíndrica com fendas são
confeccionados de acordo com as suas fun-
b) possibilita pequenos deslocamentos das pe- ções no estampo. Geralmente aplica-se
$as antes da fixação definitiva com os pi- êste tipo de parafusos em exksatores,
nos de guia. prensa-chapas, etc. Possibilita pequenos
c) oferecem melhor resistência à tração por deslocamentos.

NOTA
Ver tabela de dimensões de parafusos. Pág. 100

MEC - 1971. - 15.000 99


&
e' dac o pela cota I

PARAFI I ALOJAMENTO B

DIMENS~ES DO PARAFUSO D E CABEÇA CIL~NDRI(

PARAFUSO A 1( ALOJAMENTO B

100 MEC - 1971 - 15.000


---- - --- - .--- -
ESTAMPO P A U LINGUETA DE TRINCO A6LHA DE
FERRAMENTElRO MATRIZ COM PARTES POSTIÇAS INFORMACÁO
TECNOLÓGICA
2.1

Matrizes com partes postiças, são forma- Os segmentos devem estar perfeitamente
das por segmentos de aqo indeformável en- encaixados à base e fixados com pinos de guia
caixados na base. Estes tipos de matrizes facili- e parafuso.
tam as substituições dos segnlentos nos casos
de desgaste ou ruptura.

PROD FQRMA 'ERIAL

FASES DE CORTE

OBSERVAJÃO
Este tipo de estampo é clenominado "Estampo de Corte de Separação".

Sendo, normalmente, a largura das tiras A=B+lmm


preparada na tesoura, sua medida pode variar
(- 0,5 mm). Por essa razão, o punção deve L = mínimo 5 mm
ser construído conforme a figura abaixo:

OBSERVAÇ~ES - Para segurança do punção, a dimensão "IA"


não deve ser inferior a 5 mm; porém, iio
- Para assegurar um corte perfeito, "A" deve caso de corte de chapas mais espêssas, sua
ser sempre maior que "B", devido à varia- medida deve ser aumentada.
ção que a tira pode apresentar na sua lar- - Os cantos "C" devem sempre ser arredon-
gura. dados para evitar quebras.
I I
MEC - 1971 - 15.000 107
r --

FERRAMENTEIRO
-

FOLGA ENTRE PUNÇÃO E MATRIZ


ADEQUADA - INSUFICIENTE - EXCESSIVA
F8LHA DE
INFORMACÁO
TECNOL6GICA 2.2

Para se obter um bom corte através de Como regra geral, ela será tanto menor
um estampo, o punção e a matriz devem ter quanto mais fina for a espessura da chapa a
entre si uma folga adequada. Essa folga obe- ser cortada.
dece a uma determinada percentagem relacio-
nada com a espessura e natureza do material Dessa folga depende o tempo de vida
a ser cortado. do estampo e a qualidade do produto.

F=- D-d
2

FOLGA ADEQUADA

O desgaste da matriz e do punção será


muito menor, quando a folga for bem deter-
minada e bem dividida, como mostra a figura
ao lado.

FOLGA INStJFICIENTE
I

A folga insuficiente pode ocasionar:


1) Maior esforço sobre a matriz, trincamento
da mesma, quebra do punção e rebarbas
nos contornos do produto e do retalho.
2) Maior desgaste do punção e da matriz,
resultando pequena durabilidade do es-
tampo.

FOLGA EXCESSIVA II
I
!
A folga excessiva pode ocasionar:
1) Deformação e conicidade no bordo do pro-
duto.
2) Rebarbas nos contornos do produto e do
retalho.

108 MEC - 1971 - 15000


I-_ - - - -- -- -
FOLGA ENTRE PUNÇÃO E MATRIZ F6LHA DE
FERRAMENTEIRO ATRAVÉS DE ENSAIOS INFORMACÁO
TECNOL6GICA
2.3

Quando há dificuldade para se medir a Este fenômeno ocorre em função da


folga entre punção e matriz é necessário £a- folga entre punção e matriz, sendo que a parte
zer-se ensaios na prensa ou balancim para se lisa é cortada e a parte rugosa é rompida.
determinar a folga adequada. Baseando-se neste princípio podemos
controlar a folga entre punção e matriz, exa-
Os bordos dos produtos cortados em es- minando o bordo dos produtos estampados
tampos, apresentam duas partes distintas: uma durante os ensaios, conforme demonstram as
lisa e outra rugosa. figuras abaixo.

FASES AP: :NTAC RAN?

S.a FASE

2 ...*i: ,. - -- . . . .: :
- Rugoso

*:r . - .-r----..~.*
.....,...,.,*?;..?
..:.:,.~,~::'..t;:!;~:~..~.~:;.;~a
..*:.,->t.;.?.':.. +
-,: *
:
.
b
- -5.. ,i-
.* a.'e..
- :
e
.

a.;-.;+
-:- ...-
*--x*<-** *:.:.:*:>---:-..,$--.3
-..;.
.:I; ::::..-.-::
2. .-*;-4

e;< &..4-*;<:af* .a

Lisa

113 Rugoso 112 Rugoso 213 Rugoso


Mínimo de Médio Máximo de
folga admissível folga admissível

Dependendo das características e espes- 3.O caso: para materiais ferrosos que
sura do material a ser cortado, pode-se admitir oferecem maior resistência a
qualquer um dos três casos citados. tração.

Exemplos:
Existem materiais especiais que se en-
1.O caso: para materiais não ferrosos quadram em qualquer um dos três casos ci-
que não oferecem grande re- tados.
sistência a tração, e-por serem
dúteis.
Exemplo: folha de flandres, chapa de
2.O caso: para materiais ferrosos que aço silicioso, aço inoxidável,
não oferecem grande resistên- materiais isolantes, plásticos
cia a tração. etc.
--

A parte ativa "h" da matriz varia pro-


porcionalmente conforme a espessura do ma-
terial a ser cortado. Geralmente v a i de 3 a

DESC

8 ângulo de descarga na matriz deve


ter urrra inclinação de + 30". Esta inclinação
é necessária para possibilitar a descargâ das

res, a descarga pode ser feita alargando-se a


parte inferior da mesma de 1 a 2 mm sôbre
o diâmetro do corte. Deve-se, porém, sempre
que possível fazer-se as descargas côr-icas. As
descargâs circulares das matrizes podem ser
feitas com alargador cônico.

Ajuste do Punção no porta-punção. O


o ajuste do punção 110 porta-punção não deve
ser forçado, a fim de permitir a centragem do
Ue mesmo na matriz, no caso eventual de pe-
quena descentragem.

Z O DQS PU

Para evitar o desgaste na parte ativa da


matriz e do punção, a penrtra~ãonão deve ir
além do necessáiio para cortar o produto. A
penetração do punção implica na regulagem

Paro efetuar um corte perfeito e livre


de rebarbas, o gume da matriz e do p w i ~ ã o
devem estar bem afiados. Para isso, quando os
produtos começarem a apresentar rebarbas o
punção e a matriz devem ser reafiados.
NOTA:as indicações desta tabela são aproximadas.
I
MEC - 1971 - 15.000
I
111
- ... -

F6LHA DE
FERRAMENTEIR0 DENOMINAÇÃO E TIPOS DE ESTAMPOS INFORMACAO
TECNOLÓGICA 2.6

dINA O 7s ESTA- _ _

De uma forma geral os estampos rece- pos de dobra: as operações de cortar, nos es-
bem o nome da operação que executam, isto tampos de corte, etc.
é, as operações de dobrar são feitas nos estam-

- -POS DE ESTAMPOS n.4 *,

Estampos de corte, são aquêles que cor- dade e quantidade dos produtos a serem es-
tam e furam chapas, delas retirando produtos tampados. Podem ser Simples, Progressivos,
com perfis desejados. A classificação dêstes es- Simultâneos, etc.
tampos varia de acordo com a forma, quali-

Produto

Retalho da Tira

I
I

I Geralmente são constituídos de uin só peças embutidas, cortar parcialmente, furar


punção, que tem a forma do produto. São chapas, etc. Um estampo simples pode tam-
empregados para se obter produtos simples. bém ter vários punções. Ex.: fazer vários furos
Ex.: cortar formas diversas, recortar sobras de em uma chapa.
I

I
I

C112 - - .- . - - - - ---- - - -- -
MEC - 1971 - 15000
1I FOLHA DE
FERRAMENTEIRO TIPOS DE ESTAMPOS INFORMACÃO
TECNOLÓGICA
2.7

3GRESSIVO

Produto

Retalho da Tira

São aquêles que possuem dois ou mais Um estampo pro-essivo permite a


punções, os quais, a cada passo da tira, exe- obtenção de peças complicadas, constituídas
cutam uma operação no produto. de várias operações. Ex.: furar, cortar, separar.

ESTAMPOS DE COR7

São estampos que como o próprio nome duto. Os estampos são de construção relativa-
indica, separam o produto dando a forma mente simples e os produtos obtidos, não re- I
I desejada nas extremidades. Nesse tipo de es- querem muita precisão.
!
I
tampo, a largura da tira é a mesma do pro-
J
I
MEC - 1971 - 15.000 113
- - -

O estampo abaixo apresentado é provido de extrator-prensa-chzpa com mola e cen-


trador em ângulo.
O extrator assegura o assentamento perfeito da tira na matriz e extraçáo d a mesma
prêsa no punção após o corte.
Os centradores permitem a ccntragem transversal da tira conseqiieriteinente a cen-
tragem longitudinal dos furos.

Corte C-D
T I P O DE ESTAMPO PARA CORTAR E SEPARAR FBLHA DE
FERRAMENTEIRO SEM DESPERDÍCIO DE MATERIAL INFORMAFIO 2.9
TECNOL~GICA

C o r t e A-B

-.A .L- - TIRA

Vista do c o n j u n t o i n f e r i o r

NOTAS
- O estampo acima, comparado ao da tarefa, é de custo mais elevado.
-Proporciona, porém, aproximadamente 5 % de economia de material na tira.
-É empregado quando o número de pegas a produzir (5.000 ou mais) justifiquem a sua
execuqão.

r
MEC - 1971 - 15.000 115
ESTAMPO DE SEPARAR SEM FGLHA DE
FEWRAMENTEIRO A INVERSÃO DA TIRA INFORMACAO 2.10
TECNOLÓGICA

O perfil simétrico do punção separador O encosto regulável permite cortar pro- I


possibilita ao separar o produto, formar um dutos de vários comprimentos. I
dos seus extremos com o contorno desejado. Estampo de Corte progressivo - For-
Neste caso não é necessário inverter a posição mação e ~~~~~~~ã~de F~~~~ simétrica.
do produto para completá-lo.

PRODUTO

FASES DE CORTE

Punções

Neste tipo de estampo a largura da tira é a mesma do produto.


CLASSIFICAÇXO E PROPRIEDADES DE F6LHA DE
FERRAMENTEIRO CHAPAS LAMINADAS A FRIO INFORMAÇÁO 2.12
NORMA DIN-1624 TECNOLÓGICA

Tipo -
TRATAMENTO RESISTENCIA
DE AÇO QUALIDADE A
DA
TRAÇAO OBSERVAÇõES
Cb- C6- ESTADO SUPERFÍCIE KGIMMP
DIGO DIGO FORNEC.

K DURO
TIPO G RECOZ. MOLE COMPOSIÇÃO QUÍMICA yo
ST O LEVEMENTE SEM ESPECIFICAR C. 0,12 MAX. - Mn. 0,20-0.45
BASICO P. 0,08 MAX. - S 0,06 MAX.
LG RELAMINADO
K DURO SEM ESPECIFICAR COMPOSIÇÃO QUÍMICA %
24 G RECOZ. MOLE 4 43 C. 0,12 MAX. - Si 0,05-0,2
GD, GBK
Pim LG LEV. RELAM. L 45 Mn. 0,20-0.45 - P 0,07 MAX.
W4
K32 32 A 46 S. 0,06 MAX.
ST 1
K40' RELAMINADO 40 !A 55
3n K50 * A GD, GBK 50 A 65
4 K60 * FRIO 60 A 75
3
0 K70 # > 70
G RECOZ. MOLE GD, GBK 30 A 40 COMPOSIÇÃO QUÍMICA O/,
22 LEVEMENTE
2 LG RELAMINADO 32 A 42 C. 0,10 MAX. - Si 0,03-0,2
l-l
Wm K32 32 A 44 Mn. 0,20-0,45 - P 0,06 MAX.
ST2 40 K40
RELAMINADO 40 A 55 S. 0,05 MAX.
98 Kljo* A GD, GBK 50 A 65
$2 .K60#' FR I 0 RP 60 A 75
$1 K7O# > 70
G RECOZ. MOLE GD, GBK 28 A 38 COMPOSIÇÃO QUÍMICA %
2
qcnm LG
LEVEMENTE
C. 0,10 MAX. - Si 0,03-0,15
&o: RELAMINADO 30 A 40

ST 4W38Z,2 R32
K40 . RELAMINADO
GD, GBK 32 A 42
40 A 50
Mn. 0,2-0,45 - P 0,04 MAX.
S 0,04 MAX.
0 K50* A RP, RPG 50 A 60
K60' FRIO 60 A 70
5
a K70 * > 70
G RECOZ. MOLE GD, GBK 28 A 38 COMPOSIÇÃO QUÍMICA %
LEVEMENTE

ST4
'
485
LG

. K32
RELAMINADO
GD, GBK
30 A 40
32 A 42
C. 0,10 MAX. - Si 0,03-01
Mn. 0,2-0;45 - P 0,03 MAX.
K40 RELAMINADO 40 A 50 S 0,035
888 K~O* A RP, RPG 50 A 60
$22 K60* FRIO 60 A 70
K70 > 70

Para Espessuras de Chapa Superiores a 4 mm não se pode obter dureza de laminação superior a K 40.
As abreviaturas para os estados de laminação a frio correspondem às seguintes designações
LG = 1116 dura K32 = 118 dura K40 = 1/4 dura K50 = 1/2 dura K60 = 314 a 44 dura K70 dureza de mola
Qualidade de Superfície
GD = Recozido Escuro - Cor Cinza Azulada, Admissivel Escamas Fortemente Aderidas
GBK = Recozido Polido - Superfície Polida
RP = Sem Rachaduras ou Porosidades - Aspecto Liso e Uniforme
RPG = Sem Rachaduras ou Porosidades de Brilho Claro - Superf. Lisa e Brilhante

1 8 MEC - 1971
I
- 15.000
- - - -- . - - - - -

F6LHA DE
FERRAMENTEIRO AÇOS - CARACTERÍSTICA E APLICAÇÃO INFORMAÇAO
TECNOL6GICA
2.13

Forne- Dureza RC ap6s revestimento


COMPOS1~AO Penetração a OC
APLICAÇÓES dureza Forjar Recozer Temperar
QUf MICA cida Têmpera
Brinell 100 200 300 400 500 60C 650

C - 0,8 yo Aço ultra-rápido com 10 (r,


Cr - 4,5 0/, cobalto.
Mo - 1,O 0/, Trabalho pesado e prolonga-
W - 18,5 % do das ferramentas cortantes.
Co - 10,5 0/, Necessário para a usinagem
V - 1,6 yo de aço-construção não reco-
zido ou beneficiado, aço ino- 1.100 8500 C
xidAvel, aços temperados, aço 9000 C 280 Brinell 1.280° C
manganês e ferramentas para 61eo ou ar completa 64 63 62 61 63 66 62
tomos automáticos. 270-300

C - 0,72 0/, Aço rápido 1 8 4 1 para con- 8500 C 1.180-


Cr - 4,5 % fecção de ferramentas de cor- 240 Brinell 1.280° C
W - 18,O % te para trabalhar a altas ve- PC 61eo ou ar
V - 1.2 yo locidades: frezas, brocas, es- AL, 2 a 3 PC
pirais, machos e cossinetes, horas na AL at6
talhadeiras para repicar, li- temperatu- 850° C de-
mas para tadas as ferramen- ra final pois R R
tas para tornos e plainas 1.150 RL, 100C/ temperatu-
assim como ferramentas para 900°C hora até ra final completa 65 64 63 63 64 64 60
trabalho a quente, matrizes, AL 6000 C, de-
punções etc. para ferramentas RL com PC pois
sujeitas a choques violentos resfriamen-
recomendamos têmpera em to ao ar
temperatura mais baixa. 2X)-260

C - 0,28 yo Aço de alta liga para ferra-


Cr - 3,O <r, mentas que trabalham em 1.150 8500 c 1.050-
W - 9,s 4/, altas temperaturas, grande 8500 C PC/230 1.150° C
V - 0,3 % resistência ao calor. conser- AL 8000 C Brinell óleo ou ar
vando dureza e tenacidade AR tempe- RL em for- PC
em temperaturas elevadas. ratura final no att 6500 AL 8000 C
Matrizes a quente para pa- RL em for- depois R R AR tempe-
rafusos, rebites, pinos, ma- no. cinza, ratura final completa 52 52 52 51 50 46 36
trizes para extrusão de aços etc.
e metais, matrizes para fun-
dição sob pressão de alumi-
nio, latão, etc. Matrizes e I
moldes para metais em esta-
do derretido ou semi-derre-
tido. 220-250

780° C
C --0,55 yo Um aço com têmpera pro- 1.050 230 B 800-8400C
Mn - 0,4 0/, funda, grande resistência à 800° C RL 6000 C em 61eo
Cí - 1,5 qb brasão e fadiga e extrema AK tempe- 100 C/hora, AL 650° C
Ni - 3,O % tenacidade após a têmpera. ratura final depois RR AR tempe-
Para trabalhos a frios como RL em for- reaqueci- ratura final
matrizes de cunhageni de ta-
lheres e cutelaria. matrizes
no, cinza, mente a PC boa 59 56 53 49 45 40 -
etc. 610OC
com impressões profundas, 630° C du-
navalhas grandes. A quentes rante 10
para matrizes em martelo de horas com
queda, moldes grandes para resfriamen-
baquelite plástico etc. 220-250 to no ar

C - 0,5 % Aço com tenacidade extraor-


Si - 0,75 0/, dinária em combinação com 7100 c 880-920° C
Cr - 1,25 0/, boa dureza. Indicado para ta- 210 Brinell em 61eo '
W - 2,5 7, lhadeiras, ferramentas pneu- a perna- 860-9000C
V - 0,2 <r, máticas, punções de alta ca- necendo 10 em hgua
pacidade. btima resistência a 20 horas até
contra choques por ex.: em em 7100 C 700° C de- aprox.
marteietes e pistões para fer- RR ao ar pois AR 4 mm
ramentas pneumáticas. Tam-
btm em ferramentas a quen- 1.O00
te para fundição sob pressão 800° C
de zinco. REGIN 3 pode, RL
também, ser cementado sem
perder as suas qualidades. 190-220 60 58 55 52 47 - -

MEC - 1971 - 15.000 119


FdLHA DE
FERRAMENTEIRO AÇOS - CARACTERÍSTICA E APLICAÇAO INFORMAÇÁO 2-14
TECNOL6GICA

Forne- 3ureza RC após revestimento


COMPOS1çAO cida Penetração
QUÍMICA APLICAÇOES dureza Forjar Recozer Temperar Têmpera a OC
Brinell 100 20t 300 400 500 600 650

C - 2,05 yo Aço altamente indeformável 1.O50 850° C 940-980° C com têmpe-


MN - 0,75 % indicado para estampos e 950° C 240 Brinell óleo ou ar ra em óleo
Cr - 13,O % matrizes, que exijam grande AL até PC PC completa
W - 1,25 % capacidade de corte e resis- 700° C RL até AL até penetração
tência ao desgaste. Ótimo depois 650° C 700° C de- para qual-
para piinçóes, matrizes para AR R L 100 C por pois AR quer bitola
chapa siliciosa, serra em fita, hora depois
calibres, ferramentas de me- livre ao ar 66 64 60 59 57 46 -
dição, mandris de tubos, ma-
trizes para cerâmica, facas
para trabalhar madeiras, fa-
cas circulares para chapa e
fita de aço etc. 220-260

I
C - 0,9 % Tipo indeformável-interme- 780° C 790-8100 C
MN - 1,2 % diário. A qualidade mais
Cr - 0,5 yo usada dos aços para têmpera 200 Brinell dim. pe-
PC quenas
W - 0,5 yo em óleo sem deformações. AL até 810-8300 C completa
V - 0,1 0/, Tipo universal para os mais 950 6500 C dim. gran- até aprox.
variados fins como por ex.: 8000 C - -
depois AR des em Óleo 40 mm 63 60 56 51 46
machos cossinetes, fresas, es- RL RL até PC
tampos, cunhos, matrizes, ro- 650° C AL até
letes para rebordar latas, 150 C por 650° C de-
cilindros laminadores para hora depois pois AR
ouro e rebarbadores a frio.
RR ao ar
Também para peças de cons-
truções mecânicas como en-
grenagens, guias, pinos etc. 190-210

Tipo extra tenaz, duro para 750° C 770-800' C


C - 1,05 0/, punções, matrizes, cunhos, 170 Brinell água
estampos, fresas, machos para 950 PC PC
abrir roscas etc. Especialmen- 7500C RL até AL
te indicado para punções de RL 650° C 770-800' C
letras e números, estampos 200 C por em água
com gravura, etc. hora depois PC
160-180 RR ao ar AL 2-3mm 66 63 55 47 - - -
-
C - 0,6 yo Especialmente indicado para 950 7600 C
Si - 1,6 Sr, pinças de tornos. Utilizado 7500 C 200
Mn - 0,5 yo tamb6m em navalhas para resfriar ao pc 820-8600 C
Cr - 0,5 0/, corte de secções pequenas, ar AL até 'leO
escopros, talhadeiras e matrí- 6500 C,
zes para fundição sob pres- 2 0 0 por
~
são de estanho, chumbo e hora depois
zinco. 200 -
R R no ar 62 61 58 54 42 - -

C - máx. Aço inoxidável, austenitico, Qualidades


0,06 0/, não temperável do tipo re- 1.150 não tempe-
Cr - 17,O % sistente aos ácidos. Aplicado "O0 C rhveis. Por
Ni - 11,5 0/, especialmente na indústria resfriar ao meio de
Mo - 2,5 0/, química para aparelhos que ar usinagem a
necessitam melhor resistência frio com
Li corrosão do que as quali- laminação
dades 18-8. 150 a frio, tor-
neamento
fresagem,
repuxo, etc.
as qualida-
des austeni-
ticas podem
entretanto
serem en-
durecidas
considerà-
velmente. - - - - - - - -

MEC - 1971 -
- ,i ~ .f ium "u u
L

Forne- Dureza RC ap6s revestimento


COMPOS1~AO APLICAÇóES cida Penetração a OC
QUf MICA dureza Forjar Recozer Temperar Têmpera - 100 200 300 400 500 600 650
Brinell
C - 0,18 yo Aço inoxidável martensitico 770° C 975-
Cr - 13,5 yo temperável. Indicado para 1.100- 180B 1.O250 C
Ni - 0,7 % eixos de bombas hidráulicas, 770° C resfriamen- em 6leo
facas +jordan, matrizes para AL to ao ar ou ar.
baquelite e plásticos. Quali- 800-820° C Peças const.
dade não soldável. 170-200 170 B RL mecânica:
em forno revenido

C - 1,l yo Para brocas espirais, guias de


Cr - 0,25 yo matrizes, eixos e peças de
W - 1,O yo máquinas e aparelhos de pre-
V - 0,l % cisão, brocas dentárias, frezas
pequenas, ferramentas pe- 950 - RL atC PC em 61eo 66 64 59 53 45 - -
quenas de precisão geral, 7500 C 650° C AL
punções, pinos passadores. 180-210 RL depois R R

AL =Aquecimento lento e uniforme à temperatura


indicada
AR = Aquecimento mais rápido
RL = Resfriamento Iento geralmente em forno ou mer-
gulhado em cinza, areia, ou p6 de carvão quente.
R R = Resfriamento mais rápido geralmente ao ar.
PC = Proteção contra descarburação da superfície por
meio de empacotamento em caixas bem fechadas
em serragem de ferro fundido (ou banho de sal).
( FERRAMENTEIRO TABELA DE EQUIVALÊNCLA DO AÇO
I
FÓLHA PE
INFORMAÇAO
TECNOLóGICA
1 2.16 (

A-2 A-3 A-4 A-5 A-6

SIS - 14 2.756 2.750 2.730 (2.550) 2.312 2.140

WERKSTOFF NR 3.265 3.355 2.581 (2.721) 2.436 2.419


- -----
SAE/AISI íT5 IT6) T 1 H 21 - D6 01

VILARES - VW-Super VW-9 V C O VC-131 V N D

BOFORS Q- 10 P 10 RT - 45 HRO-1.243 RT - 60 RT-1.733

SODERFORS 28 25 22/0,30 85 62 16
Grandios (Statos) (Statos
ALPINE Komalp 3H WMW ANp-3 (~pecial)w Extra)
Extra
Hansa Pluto G S-G (BSTIDBS) Triumphator Idelit
FHONIX Spezial K10
Super Rapid N B S Special-KR Amutit -S
BOHLER CC Extra W K Z
Rapid Veresta
MARATHON Kobalt 1 Spezial ~pezial-w (CNK-2) Bora

ROCHILING Gigant 88 Gigant 50 RCW-2 RAB-W RCC-W RUS-4

UDDEHOLM - UHB Castor 9 Castor 3 Valand Grane Sverker 3 Arne

SIS - 14 I 2.343 -
WERKSTOFF NR 4.436 -
SAEIAISI ' 316 0,7

VILARES VCN - 182 VW - 1

BOFORS RIM - 215 1 T P - 24

SODERFORS 18 - 4. 511

ALPINE (AHD AHA) - Etd Blanco-H

I 1 1
I I I

FHONIX Tirann - Etd (ARH Masb Rótex

BOHLER My
Extra
- Extra I ETD-180
ZAEH)
Kz,"

MARATHON Durax-W-Z SS4/KSN 1.810-SSW WS-1 Extra

ROCHILING Robust I - I RT-9/10 I RNO

I I 1
- - --

UDDEHOLM - UHB Regin Tirfing UHB - 20 Stainless


31 Stainless
Borez
24

122 MEC - 1971 - 15.000


~ o / r m u l o e Exemplo
3
E = d E s f 6 r F o de Corte

E = 2 7.000

Espessura do Matriz " E " em mm

MEC - 1971 - 15.000 123


-
.- - -- - - - -

7
I
FERRAMENTEIR0
T I P O DE ESTAMPO DE CORTE PROGRESSIVO
FURA - CORTA - SEPARA E DOBRA EM
DIREÇÕES OPOSTAS
FaLHA DE
INFORMACÁO
TECNOLÓGICA
3.1

Para produtos que pela sua forma reque- plo abaixo o perfil do produto foi subdividido
rem operações de corte, dobra ou repuxo, cons- em quatro partes, cada uma correspondendo
troem-se estampos que nas suas fases consecuti- à forma de um lado do produto. Cada lado
vas de corte, não destacam o produto, man- do produto é cortado em partes distintas,
tendo-o prêso à tira, para ser destacado e for- dando no final, a forma do seu contorno.
mado simultâneainente na fase final. No exem-

PRODUTO FORMA P R I M I T I V A DO M A T E R I A L

ESTAMPO PARA : FURAR - FORMAR - SEPARAR- DOBRAR

Neste caso, a disposição dos punqões per- NOTA


mite que na sua fase de corte, o produto se Nos estampos que tenham mais de duas fases
mantenha prêso à tira, até o momento de de corte, pode-se aplicar duas facas de avanço,
que permitem o aproveitamento final da tira.

MEC - 1971 - 15.000 129


L

TIPO DE ESTAMPO DE CORTE PROGRESSIVO FOLHA DE


FERRAMENTEIR0 FURA - CORTA - SEPARA E DOBRA EM INFORMACAO
DIREÇQES OPOSTAS TECNOLÓGICA 3.2
I FASES DO DOBR 'RA:

Nesta fase, o p u n ~ ã osepara o produto da tira e dobra as abas laterais.


Durante a fase as cunhas se apóiam nas chavêtas fixadas nas colunas.

130 MEC - 1971 - 15.0


TIPO DE ESTAMPO .DE CORTE PROGRESSIVO FGLHA DE
FERRAMENTEIRO FURA - CORTA - SEPARA E DOBRA EM INFORMAÇÃO 3.3
DIREÇõES OPOSTAS TECNOLÓGICA

NOTA
Nesta fase, as cunhas introduzindo-se nos rasgos das. colunas permitem a descida do pun-
ção e do suporte, dobrando assim, as abas longitudinais do produto.

MEC - 1971 - 15.000 131


TIPO DE ESTAMPO FOLHA DE
FERRAMENTEIRO DOBRA INFORMACÃO 3.5
TECNOLÓGICA

ESQUEMAS DE ESTAMPOS PARA DOBRAR EM "L e Z"

Punção dobrador

Peça d o b r a d a em " L "


III ESTAMPO PARA
DOBRAR EM "L"

Peça dobrada em "z"

ESTAMPO PARA
DOBRAR EM 2'

MEC - 1971 - 15.000 133


TIPO DE ESTAMPO FOLHA DE
FERRAMENTEIRO INFORMACÁO
DOBRA TECNOLÓGICA 3.6

DOBI SIMULTÂNEAMENTE A 90 % EM DUAS DIREÇÕEs

O sistema de planos inclinados pode ser cima. Ao terminar o curso do punção as ope-
aplicado em estampos para dobrar produtos rações de dobrar se completam em direções
em duas direções opostas. No momento em opostas.
que o punção inicia as dobras para baixo, as
matrizes móveis são acionadas pelas rampas Estampo para dobrar a 90° simultânea-
do punção, iniciando as outras dobras para mente em duas diregões.

PRODUTO

FORMA ANTERIOR DO PRODUTO

I
Fig. I

ESTAMPO PARA DOBRAR A 90° EM DUAS DIREÇõES OPOSTAS

nada

As partes inclinadas do punção não se calibragem final do produto entre a superfí-


assentam completamente sobre as superfícies cie plana do punção e da matriz fixa, dando

I
planas das matrizes móveis, para permitir a a forma final no produto.

134 MEC - 1971 - 15.000


--r - _ _ _ _ _ _ .

FERRAMENTEIRO
--- --

ESTAMPO DE DOBRA COM


P

FBLHA DE
INFORMACÁQ 3.7 1
PRENSA-CHAPA TECNOLÓGICA
I
I

- -LNSA-CHAPA
I

E a peça que prende a chapa a ser do- A escolha da prensa deve ser ao menos
brada, por meio de molas, afim de evitar um igual ao esfôr~ode dobrar, aumentada da po- I

escorregamento da mesma no momento em tência das molas da prensa-chapa. I


I
que está sendo dobrada. O estampo com prensa-chapa permite
A fbrça necessária para impedir este des- dar ao produto maior precisão na dobra do
lizamento é de aproximadamente 40 D/, do que o estampo de dobra simples.
esforço da dobra.

EXEMPLO:
ESTAMPO PARA DOBRA EM "L" (com prensa-chapa)

i
I 135
I
MEC - 1971 - 15.000
Para enrolar tubos com paredes

"GROS

1IZ P r é - e n r o l a r
2% Enrolar
TIPOS DE ESTAMPOS PARA ENROLAR FÔLHA DE
FERRAMENTEIRO TUBOS E CURVAR ARAMES INFORMACÁO 3.9
TECNOLÓGICA

Em duas fases tubos com paredes: "MÉDIAS" e "GROSSAS"

Estampo para
pré-enrolar

i 19 FASE

Tubos com paredes "MÉDIAS" e "FINAS"


(Em uma fase)

Para curvar arames

MEC - 1971 - 15 000 131


Extrator prensa-chapa

O extrator prensa-chapa com mola, tem a finalidade de prender a peça no início


do dobramento e expulsá-la depois de dobrada.

Como calcillar o desenvolvimento "X" da peça representada na figura, abaixo, antes de


dobrá-la.

4 eixoneutro X 3,14 9X3.14


-- O desenvolvimento do arco AB = -
- = 14,13
2 2

- O desenvolvimento total "X" = L + AB + L' = (30 - 5) + 14,13 + (10 - 5) = 44,13


A

1
I .
138 MEC - 1971 - 15.1
-- - - ---

FERRAMENTEIRB

CALCULOS:

, w --

Figura I

5 = diâmetro internoadI
-

I
bJ=diânaetro do eixo neutro

Figura 2

X = o desenvolvime~itodo arco AB

9 eixo neutro X X 135' 6 X 3.04 X 135O

- Para satisfazer as condi~õesda figura 2 - Quanto maior for a relação entre o diâme-
(AB = 135O), toma-se como rnedida do tro "d" e a espessura "e" melhores serão
dsmetro interno "d" cinco vêzes a espes- os resultados.
sura "e" da chapa. Alterando-se esta relação - Porém o diâmetro "d" nunca deve ser me-
cunsequenteniente alterar-se-á o ângulo de nor que duas vezes a espessura "e".
135O e o desenvolvimento AB.

MEC - 1971 - 15.000 139


-
FERRAMENTEIRO TIPOS DE ESTAMPO PARA CURVAR

Espiga

Punção

Peça a c u r v a r
-r FERRAMENTEIRO
TIPOS DE ESTAMPO PARA CURVAR
E ENROLAR
FBLHA DE
INFORMACÃO
TECNOLÓGICA
3.13

1
1

I
I
.I
I

I
I
I
I

A figura acima, mostra um estampo que Este tipo de estampo além de curvar i
dá formas curvas e cilíndricas (enrola), em
chapas ou produtos planos.
enrola o produto. Invertendo-se a posiçáo dos
calços laterais, A e B pode-se enrolar produ-
1I
tos como o das figuras 1 e 2.
Quando se trata de baixa produção, I
I
pode-se construir estarnpos simples, que fa-
I
I
zem várias operações simultâneamente e in-
dependentes.

I Fig. 1 Flg. 2
I
I
I

I MEC - 1971 - 15.000 141


- A
-- -
FERRAMENTEIRO ESTAMPO PARA DOBRAR EM "U"

OPERAÇAQ DE DOBRAR

Éa operação mecânica efetuada em má- dobrar, poderá retornar à sua forma plana
quinas especiais chamadas dobradeiras, em primitiva, pela simples operação de desdo-
dispositivos ou estampss, que adaptados às brar, porém, isso não ocorre na prática em
prensas, executam essa operação. virtude de um deslocamento molecular das
Através da operação de dobrar, obtêm-se fibras do metal, ou seja, um alongamento das
peças com formas angulares, partindo-se de mesnias.
peças plainas. O produto obtido pela açáo de

Fase anterior - Peça desenvolvida


PRODUTO

O esquema do estampo ao lado, nos mos-


tra a operação de dobrar eni "U" partindo-se

-
Produto -Tira
punc60 de um produto plano obtido de um estampo
de corte.
Este tipo de estampo é de construção
relativamente simples.
A extração do produto pode se dar por
meio de molas colocadas sob o extrator no
próprio estampo, ou por meio de pinos extra-
tores, quando a prensa utiiizada possui mola
na sua parte inferior.

O raio interno rnínimo aceitável das do-


bras é igual à espessura da chapa. Deve-se
evitar, sempre que possível, as dobras ern
ângulo vivo.

12 MEC -, 1971 - 15.000


CALCULOS DA PLANIFICAÇAO DE PESAS FOLHA DE
FERRAMENTEIRO DOBRADAS A 900 INFORMACAO 3.16
TECNOLÓGICA

LCULOS
Como calcular o comprimento da peqa desenhada abaixo, antes de dobrá-la:

-
O

-
I
Eixo neutro
Q
<\1
-.

i 1

- 2e
fo

3 . 0,9 . 3,14
- O desenvolvimento do arco AB = = 3,11
4

- O comprimento da peça = 2 . (10 - 2e) + AB =


- 2 . (10- 1,8)+2,11 = 2 . 8,2+2,11 = 18,51

NOTAS - UM "TÊRÇO" na parte interna para es-


O eixo para calcular o desenvolvimei~to pessura maior.
da peça a dobrar deve ser considerado: - Um "QUINTO" na parte interna para es-
- No "CENTRO" até um milímetro de es- pessura dobrada com prensa-chapa com
pessura. mola.

I -.-.

Punção
I

i i
I
U

Matriz
.---. --

144 MEÇ
-
- 1971 - 15.000
-
DOBRAS EM "V" FGLHA DE
FERRAMENTEIRO GENERALIDADES INFORMACÁO 3.17 i
TECNOL6GICA
I

Para se obter peças em forma de canto- Ele se compõe de um punção dobrador


neira, dobradas em ângulo qualquer, o es- e de uma matriz, anibos com o ângulo da peça
tampo utilizado é um estampo em "V". a dobrar.

Exemplo:
I

I
I

I
I

!
I
I

I
I

I
Posicionador
I 7 I
- -,-- Matriz

Para dobrar a 90° o punção deve ter: Raio do punção: o raio do punção evita
L'
= 90° até menos 6O.
8
I>
trincas ou quebraduras na peça a dobrar;
Esta variação no ângulo do punção é
mais ou menos acentuada, para compensar o
retorno do material, ocasionado pela elastici-
varia conforme a natureza do material a ser
dobrado.
Para aços em geral: r = e
iI
dade do mesmo. Para metais não ferrosos o raio varia
de O a 0,6 de "e". 1
I

I
I

- A profundidade "h" na matriz deve ser O canto "A" da matriz deve ser arredon-
"h" = 5 a 6 "e". dado a fim de evitar riscar o produto.
O punção e a matriz devem ser tempera-
- O canal "B" da matriz é igual ao ângulo dos ou endurecidos para evitar desgaste pre-
de peça "B" = 90°. maturo.
I

MEC - 1971 - 15.000 145 ,


CALCULOS

Para calcular e medir uma dimensão em canal V com 90° de abertura proceder como nos
exemplos :

1.O Calcular X

-
AO = 1/ 2 Diagonal

2.O Medir X através de Y

Na medição de quotas em posiqões angulares, mede-se indiretamente por meio de


um cilindro ou esfera.
CALCULO DE PLANIFICAÇÃO DE F6LHA DE
FERRAMENTEIRO PEÇAS DOBRADAS . --
I
-

PLANIFICAÇÃO = A . B. C .

"A" e "B" devem ser conhecidos:


O arco "C" é determinado na tabela, mediante "r" e "e".
EXEMLOS
I
I1
A = 15
B = 20 B = 20
e = 2,5 e = 0,8
r = O (canto vivo)

m--- --+.vwx-.,w,sa, s,.G- \


- r = 3,5
Planif. = 15.20.7,2 = 422 Planif. = 15.20.0,3 = 35,3

'AI LA Dc V1 ,ORES "C"

OBSERVASÃO
Quando
-- a dobra não fôr a 90' deve-se tomar o valor "CJ' da tabela acima e fazer uma
relação.

A =15
B =20
e =2
r = 3,5 A.B. (C.8)
8 = 450 90

NOTA Planif. = 15.20.(6,8.45O) = 38,4


Essa tabela é o resultado de ensaios prá- 90
ticos. Os valores de "C" são aproximados.
--- - MEC - 1971 - 15.000
148
DOBRA SIMULTANEAMENTE, ,, ,JO EM DUPC n T

f g FASE 20 F A S E

As abas transversais são dobradas para O punção dobrador venceu a reação das
baixo pela ação do punqão dobrador. As mo- molas. Estas cedendo, as abas longitudinais
las ainda não cederam, não sofreram com- são dobradas para cima.
pressão.

A
MEC - 1971 - 15.000 149.
-
FERRAMENTEIRO
I MOLAS PRATO
TABELA - F6RMULAS
I FaLHA DE
INFORMAÇÁO
TECNOLóGICA
1 3.22

As Molas Prato são empregadas cada molas espirais, por oferecer uma resistência à
vez mais na ferramentaria em substituição às compressão muito maior.

Flex. máx. Carga máx


D d e h H f Q
mm mm mm mm mm mm kg
10 52 0,4 083 087 0,22 21
i 2,5 682 Ot5 0,35 0,85 0,26 30
14 7.2 018 083 !#I 0,22 80
i6 882 O,6 0,45 !,O5 O, 34 42
16 882 099 0,35 i , 25 O,26 f 05
20 10,2 018 O, 55 1,35 0,4 f 77
25 f 2,2 f v5 0,55 2,05 0,4 f 300
28 f4,2 i 018 1~8 Q6 li5
28 f 4.2 j 3 0,6 5 2, r5 O, 99 290
3 1,5 16,3 i,25 0, 9 2,15 0,65 195
3 f,5 f 6,3 1,75 097 2,45 0,52 400
35,s i8.3 2 098 58 0,s 530
40 20,4 2,25 49 3,15 067 350
45 22,4 &5 i 385 O, 75 790
50 25,4 3 i,i 4, f O, 82 i250
56 2 8,5 2 i88 3,8 fr2 480

MONTAGEM DAS MOLAS PRATO

Na aplicação de duas ou mais molas, Na montagem, as molas podem ser guia-


além de ficar duplicado ou triplicado o valor das com parafusos embuchados ou simples-
de " Q , pode-se ainda acrescentar ao mesmo, mente torneados. '

o esforço gerado pelo atrito entre as molas, na Entre o diâmetro interno "d" das molas
percentagem de: e o diâmetro "d" dos pai-afusos-guia deve
12 % no caso de 4 molas 2 a 2 - 18 yo no existir ainda uma determinada folga. A parte
caso de 6 molas 3 a 3 decimal 0,2-0,3-0,4-0,5 dos números da coluna
24 % no caso de 8 molas 4 a 4 - 30 % no "d" indica o valor dessa folga.
caso de 10 molas 5 a 5
ESTAMPO PA T A DO PORTA-
FERRAMENTEIRO INFORMACÁO

Pode-se construir estampos cujo corte da tira já tem a medida dos lados do produto,
não é feito em todo p,erfil do produto, como razão pela qual os lados do produto não serão
acontece nos estampos de separaqão. A largura cortados.

I
C o r t e A-B
I

\ Tope móvel

V i s t o do c o n j u n t o i n f e r i o r

Estes tipos de estampos são construidos não cortam o produto, dispensam a operagáo
para produtos que não requerem precisão. de vazamento facilitando a sua execução.
O tope móvel tem a funcão de limitar
Considerando que apenas uma parte do
a tira para a primeira estampa. Nas demais
produto é cortada, haverá conseqüentemente
estampas, os avanGos (passo) da tira passam a
uma redução no esfôrgo de corte.
ser limitados pelo centrador com mola, alo-
As partes do contorno da matriz que jado no punção.

>
MEC - 1971 - 15.000
-
159
MATRIZ BIPARTIDA F&HA DE
FERRAMENTEIR0 COM DIFERENÇAS DE ALTURA INFORMAÇÃO
TECNOLÓGICA
4.2
FASES DE CORTE

O estampo com matriz bipartida e com primeira parte é cortada pela matriz mais alta
diferença de altura, é empregado, não só para e a segunda pela matriz mais baixa, comple-
facilitar a execução da matriz, mas também tando assim o produto.
para diminuir o esforço de corte proporcio- Estampo de corte progressivo de furação
nado por essa diferença. e formação com centrador móvel.
O produto é formado em duas etapas: a

PRODUTO

2
Material .' Aço 1030 B - 4 0 Kg/rnrn

Estampo paro furor - corta r


m
FASES DE CORTE

1' Fase

20 Fase

I Corte A-B

- Neste estampo, a matriz 2 é mais baixa é superior aos demais. Dessa forma, o es-
para diminuir o esforço de corte; forço geral do corte, fica centralizado racional-
- A espiga está descentralizada para o lado mente.
do punção "P" porque o esforço do mesmo
I
160 , MEC - 1971 - 15.00
COMPORTAMENTO DA CHAPA FdLHA DE
FERRAMENTEIR0 SOB A A W O DO CORTE INFBRMAÇAO
TECNOL6GICA
4.3
TIPOS DE ESTAMPOS

A pressão exercida pelo punção sobre a ximadamente 113 da espessura da chapa esta
chapa ou tira, tem por efeito seccionar o me- se rompe.
tal. No momento que o mesmo penetra apro- O desenho abaixo nos dá a idéia dêste
fenômeno.

Chapa

Matriz

Motriz

- Estampo de corte progressivo com matriz


bipartida e seis punções de corte.

Matriz
7.

- Estampo de corte progressivo com matriz


bipartida e quatro punções de corte.

- Fases progressivas da tira.

I Os dois estampos apresentados trabalham com desperdício de material.


- -
I
MEC - 1971 - 15.000 161
ESFORÇO DE CORTE - CALCULO F8LHA DE
FERRAMENTEIRB ESCOLHA DA PRENSA
INFORMAÇAO 4.4
TECNOLÓGICA

ESFORÇO DE CORTE - CALCULO

O cálculo do esfôrço de corte permite escolher a prensa de capacidade mais adequa-


da para o trabalho a ser realizado.
Na operação de corte, o material é submetido à ação de uma pressão, motivando a
sua ruptura.
Para se calcular o esforço necessário para cortar ou furar, aplica-se a seguinte fórmula:
Ec=P.e.Rc

Ec - Esforço de corte
P - Perímetro
e - Espessura do material
Rc - Resistência ao corte

Qual é o esfôrço necessário para cor-


tar o produto representado ao lado?
(Fig. 1).
4
Fig. 1

PERf METRO DADOS CALCULO


e = 1,5 mm Ec= 120.1,5.32
Rc = 32 Kg/ mm2 Ec = 5.760 Kg
Ec = 5.760 T.

ESCOLHA DA PRENSA

Assim, para cortar esse produto, a prensa adequada deve ter uma tonelagem equiva-
lente à encontrada no cálculo, acrescida de uma margem de segurança, de aproximada-
mente 20 %.
Para êste caso, uma prensa de 7 toneladas pode ser usada com segurança.

62 MEC - 1971 - 15%


FOLHA DE
FERRAMENTEIRO TIPOS DE BALANCINS INFORMAÇAO
TECNOL6GICA
4.6

Existe balancim, cujo corpo é de uma só peqa e de construção reforçada. O suporte


de aço quadrado desliza em guias ajustáveis. (Fig. 1).

Fig. 1

A figura 2 mostra outro tipo de balancim cujo corpo é feito de uma só peça, e é
de construção robusta. O suporte é sòlidamente ligado com o parafuso por meio de dois
tirantes e desliza em guias prismáticas, que são reguliveis por uma cunha cônica. (Fig. 2).

Fig. 2

=
164 MEC - 1971' - 15.000
PRENSAS EXCÊNTRICAS
- - - -7
FOLHA DE
FERRAMENTEIRO NOMENCLATURA - CARACTERÍSTJCAS INFORMACÃO
FUNCIONAMENTO TECNOLÓGICA 4.8

PRENSA D CORPO FIXO

As prensas de corpo fixo podem ter a mesa móvel, possibilitando o uso de estampos
de diversas alturas, evitando o uso de calços.

NOMENÇLATURA

B - Biela
C - Base
D - Barra de Comando
E - Eixo Excêntrico
F - Fuso Regulador
G - Guias do Martelo
H - Furo Expedidor
M - Mesa Regulável
P - P~dal
R - Régua de Ajuste
U - Ajuste de curso
(bucha excentrica)
V - Volante

PRENSA DE MESA FIXA

As prensas de mesa fixa, limitam-se a


uma determinada altura máxima dos estam-
pos.
A variação da altura dos estampos é
compensada por calços, para que o martelo
trabalhe normalmente nas guias.
Estes tipos de prensas são utilizados para
trabalhos de corte, dobra, repuxo leve, ex-
trusão, etc.

I
MEC - 1971 - 15.000
.
REGULAGEM DO CURSO E b A POSIÇÃO F6LHA DE
FERRAMENTEIRO DO MARTELO I N FORMACÃO
TECNOLóGICA
4.9

A = Eixo do motor G = Anel


B = Biela. M = Flange
E = Bucha excêntrica P = Parafuso regular

NOTAS

O curso do martelo se regula:


- Tirar o anel "G"
- Desengrenar o flange "M" da bucha "E"
- Girzr a bucha "E" até conseguir o curso desejado
A posição mais alta ou mais baixa do martelo, referente à mesa, se obtém por meio
do parafuso "P". I
MEC - 1971 - 15.000 167
I
I
FOLHA DE
FERRAMENTEIRO MONTAGEM DO ESTAMPO NA PRENSA INFORMACAO 4.10
TECNOLÓGICA

Para fixar o estampo na prensa, proce- - Regular a posição do marte10,de modo que
der como segue: fique apoiado no porta-espiga.
- Introduzir os punçóes na guia do estampo - Apertar o parafuso central e depois as duas
até atingir um ou dois milímetros da parte porcas.
ativa da matriz. - Fixar cuidadosamente os grampos na base,
- Regular o curso do martelo tomando por para evitar. que a mesma saia da posição e
base a altura da matriz. force os punções no sentido lateral.
I
- Manobrar o volante com a mão, descendo - Levantar o martelo e descer outra vez,
lentamente o martelo ao seu ponto má- controlando cuidadosamente a penetração
ximo. dos punções na matriz.
1 - Retirar o mandril. - Lubrificar os punções antes de iniciar o
- Colocar a espiga na sede. funcionamento do estampo, para evitar
que os mesmos engripem-se nas guias.
I - Colocar o mandril e apertar levemente as
I
duas porcas.

- Antes de fixar os grampos na base do estampo, verificar se a mesma está totalmente


apoiada sobre os calços ou mesa de prensa.

168 MEC - 1971 - 15.000


-- -- .. - - - -- - - . - - -.--- -
ELEMENTOS DOS ESTAMPOS FOLHA DE
FERRAMENTEIRO INFORMACÁO

D4
D A 8 ' C r Métrica E F G
fina
14 x 1,s
25 13 23 13 3 20 215 5
18 x 1.5

38 19 34 19 4 27 x 1,5 30 4 8

50 25 46 25 5 36 x 1,5 40 5 1O

73.5 31 57 3f 6 44 k 1,5 50 6 f2
1 FERRAMENTEIRO
ELEMENTOS DOS ESTAMPOS
PORTA-ESPIGA
FOLHA DE
INFORMACÃO
TECNOLÓGICA
4.13

PORTA-ESPIGA

Sua finalidade é permitir a conexão en- meio de parafusos ou garras diretamente no


tre os punções e o martelo da ~ r e n s aatravés martelo da prensa.
da espiga. Para evitar possíveis desregulagens, prin-
Existem outros tipos de porta-espiga cipalmente quando o estampo não tem guia
para estampos de grandes dimensões, usados dos punções, deve-se rebitar a espiga no por-
em prensas especiais. Sua fixação é feita por ta-espiga.

NOTA
Na montagem de um estampo na prensa, a superfície superior do porta-espiga deve estar
totalmente apoiada na base do martelo da prensa.

IEC - 1971 - 15.000 171


ELEMENTOS DOS ESTAMPOS FOLHA DE
FERRAMENYEIRO E PORTA-PUNÇÃB INFORMACÃO
TECNOLÓGICÂ
4.14

PLACA DE CHOQUE

Situa-se entre o porta-espiga e o porta- duro for o material a ser cortado, mais espêssa
punção. Sua principal função é receber os deverá ser a placa de choque.
choques produzidos pela ação dos punções,
Estas placas devem ser de aço carbono
evitando a formação de cavidades no porta-
temperadas e revenidas com dureza de 56 a
espiga e folgas excessivas nos punc;ões, pre-
58 R. C. e retificadas posteriormente.
judicando o bom funcionamento do estampo.
A sua espessura varia proporcional- Quando as placas são muito grandes,
mente, conforme a espessura e natureza do para evitar excessivo empenamento lia têm-
material a ser cortado. Quanto mais grosso e pera, deve-se fazê-las em várias partes.

Em alguns casos, pode-se colocar discos de aço encaixados no porta-espiga, ao invés


de plâca de choque comum.

PORTA-PU N çao

Sua função é manter os punções nos seus devidos lugares, auxiliado pelo porta-
espiga com apoio na placa de choque.
Os escariados ou rebaixos do porta-punção servem para alojar as cabeças das punqões.
As cabeças dos punções devem facear com a superfície da placa de choque.
Placa de Cabetos dos ~UnçÕes Superf superior
choque 1

I
172 MEC - 1971 - 15.0í
.- - -- i .+ - L---
ELEMENTOS DOS ESTAMPOS FOLHA DE
FERRAMENTEIRO GUIA DOS PUNÇÕES E BASE INFORMACÃO
PECNOLQGICA 4.15

GUIA DOS PUNCGES

Sua função é guiar os punções na matriz a passagem da tira deve ser a medida da lar-
e soltar a tira que se prende nos mesmos. gura desta, com 0,l a 0,2 mm para mais e a
O material empregado na construção a1tur.a do canal, 1,5 vêzes a espessura da tira.
das guias é o aço de baixo teor de carbono. Devido a questões técnicas relativas ao
A espessura das guias variaaconforme o ponto de contato entre o produto e a matriz,
tamanho do estampo, o curso do punção e as a guia deve ser executada com a parte superior
possibilidades de desgaste do mesmo. voltada para baixo, pois, com isso, teremos um
Em casos especiais, quando a quantidade início de furo com absoluta precisão no ponto
de produtos produzidos pelo estampo fôr crítico da ferramenta, evitando os desvios de
muito grande, deve-se estudar a possibilidade broca, frequentes, que poderiam causar a iriu-
de encaixar postiços temperados para gixia- tilização da guia.
rem os punções e centradores. O canal para

I b r g u r a daiira +O$ ' 1 /


' /
' '
Guia dos punçÓes (com postiços)

BASE
É o elemento responsável por g-rande Os furos para a saída, descarga do pro-
parte da segurança do estampo durante o seu duto ou dos retall-ios, são feitos na base, sem-
f uncionamerito. pre que possível acompanhando o perfil
A base recebe todos os efeitos de pressão daqueles, em continuação às partes cônicas ou
do estampo quando os punções golpeiam a inclinadas dos furos de descarga da matriz.
chapa a ser estampada.
Desta forma, se a base não tiver uma A fim de evitar o acúmulo de retalhos
espessura suficiente, poderá vergar e romper e produtos sobre a mesa da prensa, faz-se um
a matriz. Em alguns casos, poderá ocasionar canal em toda a extensão da base, na parte
a perda total do estampo. inferior. O canal possibilita a retirada dos
As partes laterais da base destinadas a retalhos de produtos, evitando que os mes-
suportar as garras de fixajão, nunca poderão mos se comprimam sôbre a mesa da prensa,
ser os lados por onde entrará ou sairá a tira. causando danificação ao estampo.

Matriz

Base com rebaixo para saida do Produto

AEC - 1971 - 15.000 173


8
- - - -. --
I

ELEMENTOS DOS ESTAMPOS FBLHA DE


FERRAMENTEIRO CENTRADORES - TIPOS E FINALIDADES INFORMAÇÁO
TECNOL6GICA
4.1 6

Os centradores têm por objetivo levar temperado e revenido, com dureza de 56 a


a tira já furada, na posição exata para o corte 58 R. C.
de um produto que não permita descentrali- Nem sempre êle é fixado no porta-
zação de furos devido às tolerâncias exigidas. punção. As vêzes, pode ser alojado no punção
O uso dos tentador-s é particularmente cortador, desde que produto seja na
eficaz e recomendável para chapas que tenham fase anterior.
menos de 0,5 mm de espessura. Quando o produto não tiver furo, o
centrador ou centradores devem ser colocados
São colocados da mesma maneira como
lateralmente, aproveitando o espaçamento da
o são os punções comuns, isto é, no porta-
tira, de preferência na direção do retalho exis-
punção.
tente de um produto a outro.
O diâmetro dêsses elementos deve ser O comprimento dos centradores, ou seja,
sempre inferior ao do punção que fez 0 furo da parte paralela, é maior que o comprimento
onde êle deverá se alojar. Em geral, essa dife- dos punções que cortam, de uma espessura da
rença vai de 0,05mm a 0,l mm. chapa, pois os centradores deverão chegar an-
O material usado pode ser aço prata, tes do pufição do corte.

r = d
rf = 0,3 d

A figura abaixo apresenta uma tira perfurada onde serão introduzidos os centradores.

Punções
Çentradores furadores
/ -7-7--

Punçdo
cortador

MEC - 1971 - 15.000


ELEMENTOS DOS ESTAMPOS ,
FGLHA DE
FERRAMENTEIRO PINOS DE GUIA INFORMACÁO
TECNOLóGICA
4.17

Também conhecidos por pinos passado- É recomendável que os mesmos sejam


res, são elementos que têm por objetivo po- colocados nas extremidades das placas, bem
sicionar as placas dos estampos, no lugar distanciados, próximo aos parafusos. Sempre
exato, sem que as mesmas possam se mover, que possível, os seus diâmetros devem ser
corrigindo também as folgas existentes na iguais aos dos parafusos.
fixação das placas pelos parafusos. O ajuste Geralmente, são em número de dois ou
nos furos das placas deve ser forçado. Deve-se mais. Aconselha-se fazer os furos para os pinos
passar o alargador nos furos onde serão intro- sempre passantes para facilitar a passagem do
duzidos os pinos de guia. alargador, bem como a montagem e desmonta-
São feitos de aço prata, temperados e re- gem do estampo quando necessário.

Quiu dos Purp~Oe-E


DIMENSIONAMENTO DE PUNÇõES F6LHA DE
FERRAMENTEIRO E MATRIZES
INFORMAÇAO 4.18
TECNOLÓGICA

Para se estabelecer as medidas dos pun- duto, deve-se dar a medida com tolerância
çòes é necessário destacar-se quais as suas fun- para menos, pois o produto tem tendência a
ções no estampo: furar ou cortar. Conside- "crescer".
rando-se a folga entre punção e matriz pode-se
Considerando-se que o produto é uma
i também determinar as medidas dos furos da
arruela, podemos estabelecer as medidas dos
matriz. As dimensões do produto e suas tole-
punções furador e cortador, bem como os
râncias serão o ponto fundamental para esta-
respectivos furos da matriz.
belecermos essas medidas.
O punção furador deverá ter a medida A seguir, damos um exemplo para se de-
do furo do produto acrescida da tolerância terminar as medidas dos punções e matrizes
para mais, pois o furo tem tendência a "fe- para furar e cortar arruelas, conforme desenho
char". Para o furo da matriz que corta o pro- abaixo.

Como vimos anteriormente, a medida


do punção furador deverá ter a medida do
furo da arruela acrescida de tolerância para
mais, ou seja: 13,1 mm.
Consultando-se a tabela de folga, (FIT
2.5) vamos encontrar para chapa de aço
1030 A de 2 mm de espessura uma folga de
0,10 que nos permite estabelecer também as
medidas do furo da matriz, ou seja: 13,l +
Aço 1030

Punção cortador

M a triz
7-

Fora de escala

O furo da matriz que corta o produto Através da folga que é 0,10 podemos
deverá ser a medida da arruela, com tolerân- também estabelecer a medida do punção cor-
cia para menos, ou seja: 24,9 mm. tador, ou seja: 24,9 - 2.0,10 = 24,7.

176 MEC
1
- 1971 - 15.000
I FERRAMENTEIRO
TIPOS DE FORNOS
TEMPERA - PUNÇÕES E h" A "" '"""
FGLHA DE
INFORMACHO

O aquecimento das matrizes e punções Sempre que possível, a têmpera em pun-


para têmpera, pode ser feito em fornos de câ- ções e matrizes deve ser feita em banhos de
mara ou banhos de sais. (Figs. 1 e 2). sais, o que é em si uma proteção contra a des-
carbonetação.

)E SAL

bi
G ~ eSOxigênio

Fig. 1 Fig. 2

Quando o aquecimento para têmpera


é feito em fornos de câmaras, as matrizes e
punqões devem ser protegidos contra a oxi-
dação.
A oxidação importa na descarbonetação,
diminuindo assim, na superfície, a dureza das
peças temperadas.
I
Esta proteção pode ser feita pelo empa- Para evitar que a limalha ou pó de car-
cotamento das peças em uma caixa bem fe- vão vegetal adira à superfície das peças, é acon-
chada. (Fig. 3). selhável embrulhá-las com papel embebido em
A caixa deve conter no seu interior pó óleo.
de carvão vegetal ou limalha de ferro fundido,
onde as peças são mergulhadas.

NOTA
A temperatura e o processo de resfriamento na têmpera dos aços variam de acordo
com as características dos mesmos.
De preferência, seguir instruções dos fabricantes.

Pó de carvão ou Caixa de aço


limalha de ferro
fundido -

Peças para têmpera

MEC
REVENIMENTO - PUNÇõES E MATRIZES F6LHA DE
FERRAMENTEIRO TABELA COMPARATIVA DE DUREZA INFORMAÇÃO 4.20
TECNOL6GICA

I
Depois da têmpera, submete-se os pun- O revenimento torna o aço menos que-
ções e matrizes ao tratamento térmico de reve- bradiço e mais resistente, o que é de impor-
nimento, cujo motivo principal é diminuir a tância fundamental no caso de estampos.
fragilidade e aumentar a tenacidade.
1

indicados pelos fabricantes de aços para pun-


ções e matrizes.
As especificações a respeito de têmpera, Abaixo, damos uma tabela de dureza,
revenimento e dureza devem seguir, à risca, para alguns tipos de matrizes, punções e ele-
as temperaturas e processos de reshiamento mentos dos estampos.

)E DCKELA EM HRC

PEÇAS

J I CORTADORES I 60 - 62 I
DOBRADORES 56 - 58
ç REPUXADORES 58 - 60
a
E CORTADORES DOBRADOS 58 - 60
S CORTADORES REPUXADORES 58 - 60
MATRIZES EM GERAL 60 - 62
MATRIZES COM PERIGO DE QUEBRA 58 - 60
FACA DE AVANÇO 60 - 62
EXTRATORES 56 - 58
LEVANTADORES DE TIRAS 56 - 58
COLUNAS DE GUIA I 58 - 59
BUCHAS DE GUIA 58 - 59
PINOS DE GUIA . 56 - 58
PINOS DE ENCOSTO 56 - 58
-

PLACAS DE CHOQUE 54 - 56
PINOS CENTRADORES 58 - 60

NOTA No caso de pequena produção e quando


Tôdas as peças devem ser temperadas o material a cortar for mole, a matriz pode
e revenidas. dispensar a têmpera.

. 178 MEC - 1971 - 15.000


L -. - - ---- --
ESTAMPO PARA SUPORTE DO F6LHA DE
FERRAMENTEIR0 PILOTO DE RADIO INFORMACAO
TECNOLóGICA
5.1

Este tipo de estampo serve para produ-


tos que não necessitam de muita precisão.
A posição do punção no estampo evita
o retalho da tira entre dois produtos conse-
O contorno total do produto não é cor-
tado de uma só vez, razão pela qual forma
uma pequena saliência na interseção dos
cortes.
I
cutivos. I

ODUTO FORMA PP TIMITII ,,- ,_ -_ITE---- --

Material .' Aço 1030

1---4MPO P - ' FURAR E CORTAR FASES DE CORv- -- ' TIRA

FASE

FASE

Retalho

Neste estampo, o encosto angular centraliza a tira para ser cortada em seguida,
pelo punção.
ESTAMPO PARA SUPORTE DO FGLHA DE
FERRAMENTEIRO PILOTO DE RADIO INFORMAÇ~O
TECNOL~GICA 5.2

JRA " TIRA

t
i
i
. TIRA
i
I

Fig. 1

Para se obter o produto (fig. 1) cal- NOTA


- a largura "X" como segue:
cula-se
AB = a diagonal do quadrado ABCD com A largura da tira deve ser um pouco
- lado 30. maior que a largura da peça, para assegurar
AB = 30.1,414 = 42,42 ou X = 43. um corte perfeito.

CALCULO DQ PASS(

I
- Quando se dispõe a peça inclinada a 45O, - -
ab = a diagonal do quadrado abcd com
I calcula-se o passo "P" como segue:
I
- lado 12.
ab = 12.1,414 = 16,968 ou P = 16,97.
I

184 MEC - 1971 - 15.000


. .

TABELA PARA DETERMINAR OS FOLHA DE


FERRAMENTEIRO
ESPAÇAMENTOS E LARGURA DA TIRA
INFORMAÇÃO
TECNOLÓGICA
5.4

Quando a tira levar centradores conforme figura, as medidas de C e B, saem em função da


OBSERVAÇÃO:
colocação de E e F.
NOTA:As medidas indicadas na tabela podem ser alteradas quando fbr provada a sua conveniência.

MATERIAL ESPEÇSURA A B C a E P
até 10 0,s - 1,2 0,5 1 0,s 3
0,2
10- 30 1 2-2 0,5 - 1 1 - 1,s 0,5 3
até incl.
A le 30-100 2 -3 1 -2 1,5 - 2 0,5 - 1 3,5
0,s
100-300 3 -5 2 -3 2 - 2,5 1 -2 4
até 10 1 -1,5 1 1,5 1 3
0,s
Ago 1020 a 1050 10- 30 1,s - 2 1 - 1,5 1,5 - 2 1 35
até incl.
30- 100 2 - 3,5 1,5 - 2 2 - 2,5 1 -2 4
1
100 - 300 3,5 - 5,5 2 - 3,5 2,5 - 3 2 -3 4
até 10 -
1,s 2 1,s 2 1,5 3
E
1
até incl.
10-30 2 -2,s 1,5 - 2 2 - 2,5 1,5 3,5
30 - 100 2,5 - 3,5 2 -2,5 2,5 - 3 1,5 - 2,5 4
1,s
100 - 300 3,5 - 6 2,5 - 3,5 3 - 83 29-5- 3,5 5
até 10 2 - 225 2 23 2 3,5
Alumini 1,5
10- 30 2 3 - 3,5 2 - 2,5 2,s 2 - 4
até incl.
2
30 - 100 3,5 - 6 -
2,5 3,5 2,5 - 3 2 -3 4
100 - 300 , 5 -6 3,5 -3 3 - 3,5 3 -4 5
até 10 3 - 3,5 3 33 3 4
2
10- 30 3 3 -4 3 - 3,5 3,5 - 4 3 4
até incl.
30 - 100 4 -5 3,5 - 4,5
3
100 - 300 5 -6 4 5 -6 4,5 - 5 4,5 - 6 6
até 10 5 -5.5 5 5 5 5
3
10- 30 5,s - 6 5 - 5,5 5 -6 6 5
até incl.
30 - 100 6 -8 5,5 - 6 6 -7 6 -8 6
5
100 - 300 8 -10 6 -8 7 -8 8 - 10 8
até 10 2 - 2,5 2 25 13 3
02 10- 30 -
2,5 3 2 - 2,5 2,5 - 3 1,5 - 2 3y5
Patinax
até incl.
0,5
30 - 100
100 - 300
3 -4
4 -5
2,5 - 3
3 -4
3 -4
4 -5
2 - 2,5
2,5 - 3
4
6
I
OU até 10 2,5 - 3 2,s 25. 2 3 I
0,s 10- 30 3 -4 2,5 - 3 2,5 - 3 2 - 2,5 33
material isolante até incl.
30 - 100 4 -6 3 -4 3 -4 2,5 - 3 4
1
100 - 300 6 -8 4 -6 4 -5 3 -4 6
até 10 3 -4 3 3 23 3
1
10- 30 4 -5 3 -4 3 -4 2,5 - 3 33
até incl.
30 - 100 5 - 6,5 4 -5 4 -5 3 -4 5
2
100 - 300 6,5 - 10 5 - 6,5 5 -6 4 -6 6
Presspan 02 até 10 1 0,5 2 0,5 3
até ind. 10- 50 1 -3 0,5 - 2 2 -3 0,5 - 1,5 3,5
05 50 - 200 3 -5 2 -4 3 -5 1,5 - 3 4
0,5 até 10 1,5 1,5 3 1 3
até ind. 10- 50 1,5 - 3,5 1,5 - 3 3 -4 1 - 1,5 3,5 . 1
papelão 15 50 - 200 -
3,5 5,5 3 -5 4 -5 1,5 - 3 4
1,5 até 10 3 3 5 23 3
meio duro até ind. 10- 50 3 -6 3 -5 6 2,5 - 4 33
i
3 -
50 MO 6 - 10 5 -7 7 4 -5 5
184 MEC - 1971 - 15.000
-- -- . .- - - - -- -

1
-. . - .- --

ELEMENTOS DOS ESTAMPOS FBLHA DE


FERRAMINTEIRO FORMAS E FIXAÇÃO DOS PUNÇõES INFORMAÇÁO jm5
TECNOL6GICA

PUNGÃO

É a parte do estampo que pressiona a NOTA: Os punções cilíndricos até o


chapa ou tira, contra as cavidades da matriz, diâmetro de 11 mm geralmente são feitos de
dando forma ao produto. Sua função varia aço prata.
conforme a finalidade do estampo, ou seja:
furar, cortar, dobrar, enrolar, embutir, etc.
O material empregado na construção
dos punções é o aço indeformável, ou aço es- I
pecial, resistente ao desgaste e ao choque; de-
ve ser temperado e revenido em temperatura
conforme indicação dos fabricantes de aço.
A dureza em R. C. deve chegar entre
60 e 62 para que trabalhe em condições
ideais. fi
A fim de evitar a ruptura dos punções
durante a prensagem, não é recomendável
Fig. 1
utilizá-los com diâmetro de espessura inferio-
res à espessura da chapa a ser cortada. Para
punções cilíndricos, o diâmetro mínimo deve Quando o comprimento do punção ul-
ter a espessura da tira mais 20 %. trapassar a 10 vêzes o seu diâmetro, há o pe-
Ex.: para furar uma chapa de 3 n ~ mde rigo de ocorrer a flambagem e consequente-
espessura, 0 dihnetro mínimo do punção mente a ruptura do punção. Neste caso, deve
deve ter: ser o mesmo, bem guiado e para garantir um
d=3+3X20 bom trabalho, sem risco de quebra costuma-se
100 fazê-lo mais grosso e rebaixá-lo conforme
I
I
d = 3,6 mm mostra a figura 2.
I
I
I
1

Punção A parte rebaixada não deve ser maior


que 8 a 10 mm em seu comprimento e ser
concordada com o diâmetro maior, por meio
Camisa de um raio, que lhe dê reforço, (Fig. 2).
Além dêsse caso, os punções de peque-
nos diâmetros se fazem geralmente de duas
peças, isto é, o punção pròpriamente dito, pa-
ralelo, e uma bucha ou camisa de aço prata
que o envolve (Fig. 3).
I

Fig. 2 Fig. 3

MEC - 1971 - 15.000 187


7 FERRAMENTEIRO
ELEMENTOS DOS ESTAMPOS
FORMAS E FIXAÇÃO DOS PUNÇõES
F6LHA DE
INFORMAÇÃO
TECNOLÓGICA

Esse tipo substitui com vantagem o anterior, pois, no caso de ruptura do punção,
5.6

êste poderá ser substituído rapidamente por outro sem perda de tempo.
Damos a seguir algumas formas de punções e tipos de fixagão dos mesmos no
porta-punção.

FORMAS DE PUNÇBES

Cabecas remoshadas Cabecos torneados


I I

com camiso
'o3pq pf@
' 1

diretornente
'e- =/

torneado
\$ ~,t

torneado e com
face de encosto

Vários são os sistemas de fixação dos punções no porta-punção; eis abaixo alguns
exemplos:

FIXAÇÃO DOS PUNGUES


resina
7

com pino de guio com resina com parafuso

-.
MEC - 1971 - 15.01
ELEMENTOS DOS ESTAMPOS F6LHA DE
FERRAMENTEIRO
FORMAS E FIXAÇÃO DOS PUNÇõES TECNOL6GICA
INFORMAÇÁO
5.7

Porto - punçÜe

NOTA

-Quando o punção tem uma base de apoio suficiente, pode ser fixado no porta-punção
por meio de, no mínimo, dois parafusos e dois pinos de guia.

Pino guia

VANTAGENS:
-Dispensa o encaixe para o punção no porta-punção.
- Economiza material de custo elevado porque pode ser mais curto.

MEC - 1971 - 15.000 189


- ..-

T- FERRAMENTEIRO
- - -
ELEMENTOS DOS ESTAMPOS
FORMAS E FIXAÇAO DOS PUNÇÕES
FGLHA DE
INFORMACAO
TECNOLÓGICA 5.8
I

Fig. 1 Fig. 2

I - Fig. 2 - Maior economia de material e


Os sistemas de fixação apresentados nas
figs. 1-2 e 3, são usados para punções de pe- de mais simples execução.
quenos diâmetros e oferecem as seguintes van- - Fig. 3 - Além de apresentar as mesmas
tagens: vantagens da fig. 2, o punção
- Fig. 1 - Economia de material de aço es- pode ser regulado conforme o
pecial. desgaste.
>

B? Furos paro extroção

Fig. 4
Fig. 5

I NOTAS

As figuras 4 e 5, apresentam sistemas de


Na fig. 5, a matriz e o punção são fixa-
dos mediante uma esfera sob a ação de uma
fixação de punções e matriz que permitem mola.
sua troca com grande facilidade, evitando a A extração é feita por intermédio de
I desmontagem do estampo fixado na prensa. um pino, o qual, através de um furo, empurra
, Na fig. 4, o pungo é fixado com sim- a esfera contra a mola, soltando o pungão ou

II ples apêrto de uma porca. a matriz.

I
190 MEC - 1971 - 15.000
1-
.
.

ELEMENTOS DOS ESTAMPOS FBLHA DE


ESFBRÇO DE CORTE INFORMAÇÁO 5.9
PUNÇÕES ESCALONADOS E SEGMENTADOS TECNOL6GICA

ESFBRÇO DE CORTE

Para reduzir o esforço de corte, afia-se a parte ativa dos punções ou matrizes, con-
forme figuras abaixo.

Usam-se êstes tipos de corte, geralmente Ec = Esforço de corte


para cortar chapas grossas. A parte ativa da P = P.erímetro a ser cortado
matriz ou punção afiados com inclinação, re- Rc = Resistência ao corte em Kg/mmz
duz o esfôrço de aproximadamente 2 / 3. (Ver tabela)
Fórmula = E c = P . e . 2 . R c Rstes tipos de matrizes e punsões usam-se
3 geralmente para cortar chapas grossas.
a

PUNÇOES ESCALONADOS

Existe outro processo para reduzir o dos, ou seja, punções com comprimentos dife-
esforço de corte, que é o de punções escalona- rentes.

P o r t a espiga-
Placa de c h o q u e

Porta p u n ç õ o -

A diferença entre os comprimentos dos punções varia entre meia a uma espessura
do material a ser cortado.

1 MEC - 1971 - 15.000 191


ELEMENTOS DOS ESTAMPOS F6LHA DE
FERRAMENTEIRO ESFORÇO DE CORTE INFORMACÃO 5.10
PUNÇÕES SEGMENTADOS E ESCALONADOS TECNOLÓGICA
-

r U L ~ Ç Õ ESE-_/ldNTADOS
S

Os punções de grandes dimensões que ou iiierios 250 mm, devem ser executados com
ultrapassam o limite da têmpera, ou seja, mais l~locospostiços.

I
I

O suporte dos segmentos postiços deve Eles devem ser bem ajustados nos encai-
ser feito de aço 1020 ou aço fundido. xes do suporte e sua fixação é feita por para-
Os segmentos postiços são feitos de aço fusos e pinos de guia.
indeformável, temperado e retificado.
I

1 192 MEC - 1971 - 15.000


ELEMENTOS DOS ESTAMPOS F6LHA DE
FERRAMENTEIRO MATRIZES INFORMAÇAO 5.1 1
TECNOLóGICA

4Tn "

É a parte do estampo que forma o pro- 2 - Com postiços encaixados


duto, sob a ação do punção. 3 - Segmentadas
O primeiro tipo se refere às matrizes
Podemos destacar três tipos principais
executadas em uma só placa, de aço indefor-
de matrizes de corte:
mável. 13 o tipo mais comumente usado em
1 - Inteiriças estampos convencionais. Exemplo:

Corte A 8
\
.L-:.$+ --e- -
---
----. -- + i
rl
.-. -.--
8

- .+.- -.+.+.. .

uAS MATRIZES INTEIRI

As matrizes para corte de chapas até sos e no mínimo de dois pinos de guia. Os
2 mm de espessura são sobrepostas na base. pinos deverão manter entre si o maior espa-
Neste caso a fixação será por meio de parafu- çamento possível.

MATRIZES COM POSTIÇOS ENCAIXADOS

O segundo tipo diz respeito a matrizes cujas partes ativas são postiços de aço especial,
indeformável, encaixadas em placas de aço de baixo teor de carbono. Considerando que o
aço especial é mais caro, haverá uma economia de material.

MEC - 1971 - 15.000 193


- - -
ELEMENTOS DOS ESTAMPOS FOLHA DE
FERRAMENTEIRO MATRIZES INFORMAÇAO 5.12
TECNOLÓGICA

Estes tipos de matrizes são aconselháveis quando a mão-de-obra não encarece a sua
execução.
Também a vantagem de serem fàcilmente substituídas no caso de desbaste ou
I
ruptura.

Motriz
Motriz 7
I I

Constroem-se matrizes segrnentaaas, por permite uma manutenção mais


duas razões principais: econômica;
1 . O ) Nos casos de matrizes de grandes 2.O) Para facilitar a sua construção
dimensões, para reduzir as defor- quando os contôrnos de corte forem
mações decorrentes na têmpera e complicados.

1.O CASO

Corte A - 8
Pino de guia
-
Parafuso
I
Base

I
- - -- - . - - . -- -- -
MEC - 1971 - 15.000
ELEMENTOS DOS ESTAMPOS FÔLHA DE
FERRAMENTEIRO MATRIZES INFORMAÇÁO
TECNOLóGICA
5.13

2." CASO
Cada segmento deve ser perfeitamente ajustado na base. A base pode ser aço 1030 A
ou aço fundido. A fixaqáo dos segmentos n a base é feita por anel e parafusos.

Ma triz / CORTE A-6


I FERRAMENTEIRO
ELEMENTOS DOS ESTAMPOS
MATRIZES
FdLHA DE

TECNOL~GICA
INFORMAÇÃO
5.1

Para cortar chapas de 2 mm de espessura as matrizes podem ser parcialmente ou


totalmente encaixadas.

As matrizes serão encaixadas em todo o contorno externo, se os esforços laterais pro-


venientes do corte forem da mesma ordem de grandeza. A fixação, neste caso, será feita
sòmente com parafusos.

I AÇ
I
Os materiais empregados na construção Recomendam-se aços que tenham as se-
de matrizes são, na totalidade, aços especiais, guintes características:
indeformáveis, resistentes ao desgaste. 1) Alto teor de cromo e carbono.
As matrizes devem ser temperadas e 2) Coeficiente razoável de não deformação.
3) Resistência ao desgaste.
II revenidas conforme indicação dos fabricantes.
Para trabalhar em condições ideais, a
4) Ser fàcilmente usinável.
A espessura da matriz depende do es-
dureza H . R . C. deve ser de 60 a 62. forço de corte.

I
196 MEC - 1971 - 15.
i FERRAMENTEIR0
ELEMENTOS DOS ESTAMPOS
SISTEMAS DE FIXAÇAO DE MATRIZES
FBLHA DE
INFORMAÇAO
TECNOLÓGICA
5-15

-Vários são os sistemas de fixação das matrizes na base; eis abaixo alguns exemplos:

Quando os punções não são guiados pela guia fixada na matriz, podem ser guiados me-
diante colunas fixadas no porta-punção como no exemplo abaixo:

-
guia

MEC - 1971 - 15.000 197


Base

Base com calços paralelos

Quando a descarga dos retalhos e produtos coincide com o furo da mesa da prensa,
não é necessário a abertura de canais, nem a colocação de calços.
I

ELEMENTOS DOS ESTAMPOS FBLHA DE


FERRAMENTEIRO INFORMAÇAO 5.17
I BASES E PORTA-ESPIGA TECNOLóGICA

i
I
Além das bases convencionais, existem bases e cabeçotes de ferro fundido, que se
encontram no comércio, já prontos, apenas necessitando de algumas usinagens e ajustes, de
acordo com a necessidade.
Damos a seguir alguns exemplos dos tipos mais usados.
- .- ..

ESTAMPO PARA CUNHAR E CORTAR FGLHA DE


FERRAMENTEIR0 PLACA DE IDENTIFICAÇÁO
FASES DE CORTE
INFORMAÇAO
TECNOLóGICA
6.1

A estampagem de letras, em peças, pode


ser feita pela simples penetração dos punções,
mando cavidades. Estas cavidades ficam com
a forma das letras, dadas pelo punção.
1
que afastam as moléculas do material, for-

Estampo para .' Furar - Estampar letras - Cortar PRODUTO

Corte A -A

Neste estampo o encosto fixo está dis- O avanço da fase é determinado por
posto de modo a não permitir o espaçamento um pino de encosto móvel.
entre os cortes sucessivos, havendo uma eco- Os avanços sucessivos são determinados
nomia do material. Uma parte do produto por um encosto fixo na guia.
não é cortado, havendo também uma redução
no esforço de corte.

IMEC - 1971' - 15.000 1


213
OUTRO TIPO DE ESTAMPO PARA FURAR F6LHA DE
FERRAMENTEIR0 E CORTAR PLACA DE IDENTIFICA@O INFORMACÃO
COM ESPAÇAMENTO NA TIRA TECNOL~GICA 6.2

Neste tipo de estampo, os avanços da tira são limitados por três topes, sendo dois
móveis e um fixo. Para a primeira estampagem pressiona-se o tope móvel n.O 1 que limita
o 1." avanço da tira.

I PRODUTO
Acionando-se o pedal
da prensa, o p u n ~ ã o
furador entra em ação
e fura a tira.

Ia. Fase
- -

Espessura I
Mat.: ai'uminio
2o.Tope rndvel
(em repouso)
O
Para a segunda estampa-
gem, pressiona-se o tope mó-
vel n.O 2, que limita o se-
gundo avanço da tira. Acio-
nando-se o pedal da prensa,
os punções furadores e cor-
tadores entram em ação, fu-
rando e cortando simultâ-
neamente a tira e o produto.
Para as demais estampagens,
os dois topes móveis perma- 1 , fixo
necem em repouso, enquan- D
to que os avanços da tira 3a.Fase
passam a ser limitados pelo
tope fixo.

20.iope móvel
(em repouso)
[3 [3 lo.Tope móvel
(em repouso)

Retalho da tira após


a 30. estompagem

. . -

I
I I
214 MEC - 1971 - 15.000
FOLHA DE
FERRAMENTEIRO E X E C U S Ã O DE L E T R A S E N U M E R O S INFORMAÇÃO
TECNOLóGICA
6.3

- A execução das letras e dos números deve - Abaixo, exemplos de letras e números de
ser feita ao inverso de como são lidas, exceto fôrma:
aquelas de fornia simétrica.

ASSI MÉTRICA

NOTAS - Pode-se ler no verso desta fôlha (virada


- O número seis usa-se também como nú- contra a luz) a leitura correta de todos os
mero nove. números e letras Simétricas.

MEC - 1971 - 15.000 215


LETRAS A ESTAMPAR
-
- -

PRENSA DE FRICÇÃO F6LHA DE


FERRAMENTEIRO NOMENCLATURA - CARACTERÍSTICA INFORMAÇÁO
FUNCIONAMENTO TECNOLóGICA
6.5

A prensa de fricção é uma máquina de A cunhagem de moedas,' medalhas e


construção robusta, cujos movimentos inter- moldes para cunhagem de peças são trabalhos
mitentes e alternativos, permitem fazer-se tra- típicos de prensa de fricção.
balhos de cunhagem e estampagem a quente.

NOMENCLATURA

A = Corpo
B = Bucha
C = Parafuso
D = Volante
E = Eixo
F = Disco de fricção
G = Disco de fricção
H = Martelo
K = Guia do martelo
L = Alavanca de comando dos discos
M = Inversor

Descida do Martelo Subida do Martelo

A descida do martelo é feita pelo aciona- Acionando a alavanca "L" para cima, o
mento da alavanca "L" para baixo, por inter- volante "F" desloca-se, pressionando o disco
médio do inversor "M", que aperta o disco "D", invertendo a sua rotação, fazendo subir
"G" contra o volante "D", pondo-o em movi- o martelo "H".
mento, juntamente com o parafuso "C", que
faz descer o martelo "HJ'.

1 MEC - 1971 - 15.000


L
ESTAMPO PARA DOBRAR E F8LHA DE
FERRAMENTEIRO GRAVAR LETRAS SIMULTÂNEAMENTE INFORMAÇAO 6.6
TECNOL6GICA

Este estampo tem a parte frontal livre placa suportada pelas molas tem duas fun-
para colocar e retirar com facilidade o pro- ções :
duto. a) pressionar o produto contra o punção para
A estampagem de letras neste estampo evitar o seu deslocamento e
é feita simultâneamente com as dobras. A b) extrair o produto após as operações de do-
brar e estampar as letras.

IVRE PARA DOBRAR E ,


,,
SIMULTÂNEAMENTE

Fig. i
Material.' Alumínio ( d o tarefa N r i 3 J

NOTA
Os estampos que têm a parte frontal As colunas servem de guia, permitindo
livre, permitem também aproveitamento de perfeito funcionamento entre as partes supe-
retalhos ou subprodutos. rior e inferior do estampo.

1 i18 MEC - 1971 - 15.OC


-- -

FBLHA DE
FERRAMENTEIRO CALCULO DO DESENVOLVIMENTO A B C D INFORMAÇAO
TECNOLBGICA 6.8

Exemplo para calcular o desenvolvimento ABCD

Considerando o triângulo AOB se obtém:

O desenvolvimento ABCD é = 5,38 + 8 + 5,38 = 18,76

- A função da placa de choque é evitar que coincide com a rosca da espiga. Sua espes-
a cabeça temperada do punção, sob a ação sura varia entre 3 a 8 mm.
do golpe de trabalho, penetre no porta-
espiga que é de aço comum. - A placa de choque deve ser temperada. Po-
- Aplica-se a placa de choque, quando a su- rém, quando o golpe de trabalho não é
perfície da cabeça do punção é pequena excessivo, pode ser simplesmente de aço
e, também, quando a cabe~ado punção duro.

A aplicação da borracha na execução dos - Substitui punções no corte de chapas finas,


estampos oferece as seguintes vantagens: porque sendo a matriz que corta, o punção
- Evita gravuras de baixo relêvo nas matri- tem simplesmente a função de pressionar
zes, o que é trabalhoso e de custo elevado; o material contra o gume da matriz.
- Substitui molas no impulsionamento dos
, extratores e dos prensa-chapas;

!20 . MEC - 1971 - 15.0(


- - - - -- - .- - - -- -- -
ESTAMPO DE CORTE MúLTIPLO PARA FBLHA DE
FERRAMENTEIR0 TRÊS ARRUELAS - FASES DE CORTE INFORMAÇÁO 7.1
CALCULO DE "X" E DE "L" TECNOLóGICA

Faca de avanço

-i
i 1
I

le F a s e
I I

-.A

V i s t o do conjunto i n f e r i o r

~ Ú l c u l o do valor de *x"e de "L*

Seno de 60e= -h
D+e
0,866 --
- ~h+ e h = 0,866 x (Ote1 - --
x =2 h L = X + D + 2e
0 - Diametro do Punçüo
L = Largura d a Tira
50 Fase
X = ir tância e n t r e Puneões
e =Espessura d a Chapa
P=Passo
MEC - 1971 - 15.000 23 1
ESTAMPO DE CORTE MÚLTIPLO PARA FÔLHA DE
FERRAMENTEIRO DUAS ARRUELAS - CALCULO INFORMACAO 7.2
FASES DE CORTE TECNOLÓGICA

Tiro

1s Fase

Produto

=P

30 F a s e
(duas peças
por golpe 1

I I

D = D i 6 m e t r o do Punçdo
L = L a r g u r a da T i r o
distância e n t r e Punções Ssn. 60° = -h
D+e
e~ Espessura d a T i r a
P= Passo
h = A l t u r a do t r i â n g u l o

232
- - -- -- -. --- --
MEC - 1971 - 15.0
FASES DE CORTE DE ESTAMPOS PARA FGLHA DE
FERRAMENTEIRO DUAS E TRÊS ARRUELAS - ECONOMIA INFORMAGÃO
TECNOLóGICA
7.3
DE MATERIAL

ESQUEMAS DE ESTAMPQS DE CORTE MúLTIPLQ PROGRESSIVO

Matriz Matriz

TIRA
13ase
Produto
Produto

7-
t
-.e-aiiç."'

"~~o$oo
4 @gg{
R e t a l h o do t i r a

0* .

$5

gfx.<.-
0
F-To12J;;o
Retalho

o?,
,

:>&
r-.,.,

' &.a-"<$.;:j,

Fig. 1
da
.i(.,-.. ?ii..
tira. I

Fig. 2

- Os esquemas acima representam tipos de estampos de Corte Múltiplo Progressivo, res-


pectivamente, para duas e três arruelas.
- Com êsses tipos de estampos, o desperdício de material é muito reduzido.
- A fig. 2, com respeito à fig. 1, apresenta uma economia de material de aproximada-
mente 30 '%.

MEC - 1971 - 15.000 233


ESTAMPO PARA ARRUELA COM FÔLHA DE
FERRAMENTEIRO CENTRADOR - CARACTERÍSTICAS INFORMACAO 7.4
FASES DE CORTE TECNOL6GICA

O estampo abaixo caracteriza-se pelo sempre com uma lev,e pressão exercida pela
tipo de centrador. A figura 1, mostra um es- mola, facilitando assim, sua introdu~ãono
tampo com centrador móvel, cuja finalidade é furo, pelo avanço da tira.
levar a tira, já furada, na posição para o corte
do produto, além disso simplifica a execução A fig. 2 mostra as fases de corte de um
do estampo, pois, substitui em certos casos, estampo progressivo, com tope móvel na pri-
a aplicação de outros topes ou faca de avanço. meira fase e centrador móvel para os cortes
O centrador é mantido, sobre a tira, sucessivos.

Material .' Aço 1030

Porta -espiga Centrador


-
Porta ~ u n c ã o
Punção
Centrador
Guia dos Punções I$ k ~ o p emóvel
11 II
h Parte otiva
da Motriz
Matriz /

Base
/ Pino oassador I
Produto
I I

es '
ssivas
I

Fig. 2

Os centradores móveis são usados em estampos cujos produtos não requerem grande pre-
cisão. Estes tipos de estampos são para baixa produqão. Denominamos estampos de corte
simples quando o produto requer apenas uma operação.

I
I 234 MEC - 1971 - 15.000
TIPOS DE ESTAMPOS PARA ARRUELAS F6LHA DE
FERRAMENTEIR0 CORTE PROGRESSIVO INFORMAÇAO 7.5
DUPLO EFEITO TECNOLóGICA

ESTr-- -- 3 DE COR

PRODUTO

Tope de encôsto

NOTA
O tope de encôsto tem a funsáo de ajustar a tira na face lateral da guia.

P R O D U T O

NOTAS
- O extrator inferior é acionado por efeito da elasticidade da borracha.
- O extrator superior é acionado por dispositivo mecânico, existente na prensa.

- L
MEC - 1971 - 15.000 235
ELEMENTOS DOS ESTAMPOS FOLHA DE
FERRAMENTEIRO FACA DE AVANÇO INFORMAGO
TECNOLÕGICA
7.6

Sua função nos estampos é cortar o a cada golpe da prensa, n o comprimento rigo-
bordo da tira, permitindo o avanço da mesma rosamente igual ao do passo.

Punções
r d

As facas de avanço podem ter as suas Para evitar o desgaste da guia causado
espessuras variadas, proporcionalmente à gros- pelas consecutivas pancadas da tira e pelo
sura do material a ser cortado. atrito da faca de avanço, pode-se colocar um
Sua ajustagem e fixação obedecem as encosto de aço temperado conforme figura
mesmas regras dos punções. abaixo.

I \ \

Encõsto temperado \ \faca

Para o bom funcionamento da faca de A faca de avanço deve ter arestas bem
avanço o encosto deve ser muito bem ajustado vivas para evitar cortes com rebarbas que po-
entre a guia e a faca de avanço. derão impedir a passagem da tira pelo canal.

236 MEC - 1971 - 15.000


ELEMENTOS DOS ESTAMPOS FaLHA DE
FERRAMENTEIRO FACA DE AVANÇO INFORMAÇÁO
TECNOLÓGICA
7.7

As figuras abaixo mostram a sequência das operações para o corte de uma peça com I
dois punções, e com o emprêgo da faca de avanço.

Peça
cortada

Na primeira operação, a tira avanja até +


é igual a L X e na saída da matriz é igual
I
o ponto (p) que é o encosto limitador do a L.
avanço da tira feita na própria guia. A tira A tira deve ficar constantemente encos-
nessa posição, receberá o primeiro corte do tada sobre a guia direitk.
punção A e da faca de avanço. A guia da esquerda deve ser construída
Feito o primeiro corte, a parte já cor- de tal modo que na entrada da tira o canal
tada pela faca de avanço entra no canal + +
tem uma largura L X folga, e na saída
de largura L, de um comprimento igual ao uma largura L.
passo. Um estampo com faca de avanço per-
A tira é guiada pràticamente sem folga mite uma marcha contínua da prensa.
e em posição de receber o segundo corte, Na prática, não se emprega faca de
quando o punção B cortará uma peça e, ao avanço para o corte de material com espessura
mesmo tempo, o punção A puncionará a peça superior a 3 mm.
seguinte e a faca de avanGo cortará o bordo Em alguns casos as facas de avanço po-
da tira para permitir o seu avanço igual ao dem ter uma saliência que permanece sempre
passo. dentro da matriz, a qual substitui o encosto
A largura da tira na entrada da matriz temperado, conforme mostra a figura abaixo.

Foco de ovonco

Material

7
Matriz /
ELEMENTOS DOS ESTAMPOS FOLHA DE
FERRAMENTEIRO FACA DE AVANÇO - CENTRADORES INFORMAQO
TECNOLÓGICA 7.8

A posição da faca de avanço no estampo ças e à dispcsição na tira, aconselha-se fazer


não influi no seu funcionamento, mas sim, estampos com duas facas de avanço, para me-
n o mell-ior aproveitamento do material. Ihor aproveitamento do material e evitar per-
Em caso de estampos com dois ou vários das de peças inacabadas, como ilustra a figura
grupos de punções, devido às formas das pe- abaixo:

Punção

P e ç a cortada
I

Passo - Passo -- Posso

Nesse processo com duas facas de avanço coloca-se então, unia seguiicla raca de avanço
a distância entre a faca A - 1 e o punção C do outro lado da tira.
é superior a um passo. A posição dessa segunda faca é total-
Nesse caso, a boa utilização da tira é mente independente da primeira; é simples-
sòmente no seu início de corte, porque, mente para permitir a utilização completa da
quando a faca terminar o corte total da tira, tira.
ficará uma sobra de material com compri- A faca pode ser colocada depois do pun-
mento de xy sem ser utilizado. ção de corte.
Para aproveitar essa perda do material,

238 MEC - 1971 - 15.0(


ESTAMPO DE CORTE PROGRESSIVO FÔLHA DE
FERRAMENTEIRO INFORMACÃO
PARA FURAR, CORTAR E SEPARAR TECNOLÓGICA 7.10

Tope móvel "

Faca de a v a n ç o
-TIRA

Q 8
@ Q
I

I
I

I
1

TIRA

-TIRA

l
i

. ..
,

NOTAS Novamente são executados os furos, o corte


lateral e formados os dois primeiros pro-
- Na l.a fase, a tira é furada e cortada lateral- dutos.
mente na medida do produto (84 mm). - Na 3.a fase, são repetidas, simultâneamente,
- Na 2.a fase, o terminal "A" da parte cor- a primeira e segunda fase e separados os
tada da tira avança até o tope móvel "B". dois segundos produtos.
I
I

! h

240 MEC - 1971 - 15.000


1-
--- -
- 1

FBLHA DE
FERRAMENTEIRO FUNÇÁO DA FACA DE AVANÇO I NFORMACA0
TECNOLÓGICA
7.1 1

A faca de avanço tem a função de deter-


minar com exatidão o avanço da tira, o qual
deve ser igual ao "Passo".

,
A
SaIiencios , A
EncÔsto Faca de avanço

TIRA
Desgaste nos contos vivos

- Geralmente a faca de avanço sofre - Rsse inconveniente é eliminado fa-


desgaste nos seus cantos vivos (fig. acima), zendo-se o punção com um comprimento
dando origem a pequenas saliências na tira, maior que o passo e aplicando-se um tope
as quais impedem o normal deslizamento da móvel.
mesma na guia.

'OPE I

O tope móvel tem a fuiição de permitir o mesmo corte a saliência formada em conse-
que a faca de avanço tenha um comprimento qüência do posterior desgaste nos cantos vivos
maior que o "Passo" e tainbéin garantir, que de sua parte ativa.

MEC - 1971 - 15.000 24 1


A
I

FOLHA DE
FERRAMENTEIR0 OUTROS TIPOS DE FACA DE AVANÇO INFORMACÃO
TECNOLÓGICA
7.12

Neste tipo de faca de avanço a saliên- do mesmo, é eliminada no corte sucessivo.


cia "s" formada em conseqüência do desgaste

Passo
I

C o r t e da saliência
\
Formacõo da saliência ' S "
i
OB~ERVA~ÃO pequena dimensão há o perigo de ruptura do
Por ser o de.nte "D", normaln~ente,de mesmo.

Neste tipo de faca de avanço, as saliên- porque as mesmas não interferem no desliza-
cias formadas não precisam ser eliminadas, mento da tira na guia.

OBSERVA~ÁO a formação do dente "D" e conseqüentemente


Nesta forma de faca de avanço, evita-se o perigo da ruptura é menor.

L
242 -
MEC - 1971 - 15.000
TIPO DE ESTAMPO DE CORTE COM FaLHA DE
FERRAMENTEIR0 PUNCKO DE CORTE LATERAL E TOPE M6VEL
zc"N"O!zÃ&
7-13

A medida da largura da faca de avanço


corresponde à medida do passo. Nos casos em
que o passo requer um grande avanço, pode-se
empregar o sistema que determina o avanço
por um punção de corte lateral e por um tope
móvel, como mostra a figura abaixo.

CORTE L TERAL

Considerando o fator aproveitamento do material, deve-se estudar a disposição do


produto na tira, que pode ser no sentido longitudinal, transversal e oblíquo.
I
DETERMINAÇÃO DE "8"

B+C
cotg s =
A
32
cotg 8 = ---- - 2,56
12,5

Sen . S

Sendo S igual a a', teremos:

D = A . cos 8" = 12,5 . 0,93148 = 11,64


Y=2r+2D=2 . 3 + 2 . 11,64=28
L = Y +2e=29,28+2 . 0,95=31,18

O passo "P" deve ser exatamente igual a "X". Isto para garantir, na 2.a fase, a per-
feita centralização dos furos nas abas do produto.
ESTAMPO PARA. FAZER FIXADOR DO FGLHA DE
FERRAMENTECRO MOSTRADOR E PILOTO - DETALHE INFORMACÃO
TECNOLóGiCA
8.1

Sempre que possível, quando a quanti- A figura abaixo nos dá um exemplo de


dade das peças a serem estampadas fôr em um estampo que executa tôdas as operações
grande escala, deve-se construir estampos que que o produto requer, ou seja: furar, separar,
executem tôdas as operações necessárias para dobrar, e cortar.
a formação final do produto.

Material : A G O 0,3 % I

f 9 Fase

Produto "A"
7

Pino de encosto

Existem produtos que pela sua forma


complexa dificultam a fabricação de estain-
pos que requerem diversas fases, implicando
na sua manutenção e custo. Nestes casos é
conveniente dividir-se as operações em dois
ou mais estampos.

MEC - 1971 - 15.000 25 1


ESTAMPO PROGRESSIVO DE FOLHA DE
FERRAMENTEIRO FURAR - SEPARAR E DOBRAR COM IN FO RMACÃO 8.2
PRENSA-CHAPA TECNOLÓGICA

----.
iSOBRE -

1 - A razão da diferença "d" entre o pun-


cão "PM" e os demais é necessária para
evitar a penetração demasiada dêstes na
matriz, o que poderia causar quebra ou
desgaste da parte ativa.
13 boa norma que a penetração do
punção na matriz seja de 1 ou 2 min
após o corte.
2 - O punção "P" é móvel para funcionar
como prensa-chapa e garantir que o pun-
ção "PM" execute o corte de separação
antes do dobramento.
3 - Na fase, há um desperdício de+ ou
- 2 mm, para assegurar o perfeito esqua-
drejamento da tira e conseqüentemente,
posicionamento exato do: avanço, dobra-
mento, rasgos e furos.
4 - Após o assentamento do punção "P" na para con~pletaro dobramento, metade
base, o punção "PM" deve descer ainda, da sua abertura "aJ'menos "XJ'.

Abaixo um exemplo:

espessura da chapa
e- 2
2 x e = 4

5 - O produto "A" se obtém com o avanço O produto "B" se obtém virando a tira
I
sucessivo normal da tira. após a foimação de cada produto " A .

252 MEC - 1971 - 15.000


FOLHA DE
FERRAMENTEIR0 ESTAMPO PARA FAZER A BASE DA SARJETA INFORMACÃO
TECNOLÓGICA
8.3

Regra geral, nos estampos, os punções funcionam no conjunto superior e a ma-


triz no conjunto inferior. Em alguns casos, pode-se inverter esta ordem, colocando-se a
matriz no conjunto superior (matriz - punção) e o punção no conjunto inferior (pun-
ção - matriz).
este processo nos dá um produto de alta precisão, reduz o tamanho do estampo e
as fases de corte, porém, torna-o mais complexo, dificultando a sua execução pelo agru-
pamento dos punções em um espaqo limitado. I
ESTAMPO DE -

FORK ' PRIMITIV ' DO R" TER1 - '

I T I R A

\ Material .' Chapa preta


Fig. f
F UNÇÃO VALOR ( VALOR
IFÓRMULAS
Seno D-C ~ e n o=~a +c = Cos.4
Co-seno 07 Cos.~ = b +C = s8n.0~
~ ó n ~ e n t eE t g . ~ = a+b = c0t.s
Cofangente AX cotb = b +a = tg. s

CÁLCULO
Exemplo de como calcular a cota "Y" (figura abaixo) depois de curvada a peça.

-
OB = . tg a = 9 . 1,327 = 11,943 valor de Y
Ver tabela de funções trigonométricas - FIT 1 .22 a 1 .25.
TIPOS DE ESTAMPOS FBLHA DE
FERRAMENTEIR0 FURAR E CORTAR EM DUAS ETAPAS i N FORMAÇÁo
TECNOLÓGICA
8.5

Quando o produto for de forma simétrica. êle pode ser cortado em duas etapas com
a inversão da tira.
Neste caso tanto a matriz como o punção, possuem um único perfil para a forma-
@o dos dois extremos do produto.

t I

VI I30

.RA FURAR -

Inversõo manual para f

Este tipo de estampo é de fácil execução, quando o produto não requer grande preci-
pois, a guia e matriz não são inteiriças, evi- são. Não é recomendável para alta produção.
tando assim a operação de vazamento. A inversão da tira torna mais demorada a ope-
A construção dêste estampo justifica-se ração de estampagem.

-- - -. - - ---
--

FOLHA DE
FERRAMENTEIR0 DETERMINAÇÃO DOS ÂNGULOS INFORMAÇÃO
8.7
TECNOL6GICA

PARA DETERMINAR O VALOR DO ÂNGULO "a" PROCEDE-SE C O M 8 SEGUE:

1) Determinar o valor do ângulo "ai" (fig. 1)


a = 20- 8= 12
b=50+ 2=25
tga 1 = 12 + 25 = 0,84
tga 1 = 0,84
a 1 = 25'38'

Fig. 1

2) Determinar-se o valor do ângulo "a2"


(fig. 2)
d = 8 (raio)
c = a + sena 1 = 12 + 0,43261
Sena 2 = 8 t 27,73 = 0,28849
Sena 2 = 0,28849
I
a 2 = 16046'
Fig. 2

3) Concluindo-se, o valor do ângulo "a"


será: (fig. 3)
a
- 90' -
2
(25'38' + 16'46') = 47'36'
a
a r 2 X-
2
a = 2 X 47036'
a = 95'12'

Fig. 3 PARA DETERMINAR O VALOR DO


ÂNGULO "B" PROCEDE-SE COMO
SEGUE:

Fig. 4

MEC - 1971 - 15.000


I
257
TIPO DE ESTAMPO PARA FaLHA DE
FERRAMENTEIRO CUJZVAR COM PLANO I N C L I N A D O INFõRMACÁO
TECNOL6GICA
8.8

Para a formação de determinados produtos, constroein-se estampos que permitem,


através da descida do punqão, o fechamento simultâneo da matriz bi-partida, provocado
por um plano inclinado.
Pode-se utilizar êste processo para formar os produtos das figuras 1 e 2, que reque-
rem curvas superiores a 180°.

LRA CURVAR EM DUAS FASES DISTINTAS


PLANO INCLINADO

PRODUTOS

Fig. '1

M a t r h móvel Cursor de apóio

O cursor de apoio serve para reter a matriz até o momento de iniciar o fechamen-
to da mesma.
I I
258 MEC - 1971 - 15.000
TIPO DE ESTAMPO PARA F6LHA DE
FERRAMENTEIR0 INFORMAÇAO
CURVAR COM PLANO INCLINADO TECNOL6GICA p.9

Abaixo, outro tipo de estampo para pro- Neste estampo, o p u n ~ ã oé encaixado


duzir o mesmo produto da folha anterior. no porta-pun~ãopara facilitar a sua usinagem
e substituição.

C JI MI'‘"--"-

Durante a descida, o p u n ~ ã ofaz uma Em seguida, por ação dos planos inclinados
parte do curvamento até penetrar na sede do porta-punção, as matrizes fecham-se com-
aberta das matrizes, que ainda estão paradas. pletando o curvarnento.

Corte A-i3

MEC - 1971 - 15.000 259


T I P O DE ESTAMPO PARA F8LHA DE
FERRAMENTEIRQ FURAR - CHANFRAR E CURVAR INFORMAÇAO
TECNOLÓGICA
8.10

O estampo da figura abaixo, caracte- esforço para formar e cortar o produto, como
riza-se, pelo tipo de punção que permite fazer é o caso do alumínio.
várias operações de uma só vez. Além de furar,
chanfrar e curvar, separa o produto.
Estes tipos de punções são usados apenas
para materiais que necessitam de pequeno

ESTAM , CHANFRAR, CUR1

T I R A

Material : - ~lumÍnio
Fiq. 1

- Na I.a fase, são formados o rasgo, os chan-


fros e a curva.
- Na 2.a fase o produto é separado.

Formação do char?ro \
Corte de separação
20 F A S E

O extrator além de soltar a tira que se prende ao punção-furador, serve para guiá-lo.
O punção-furador ao penetrar na tira evita o deslizamento da mesma durante a for-
mação da curva.

60 MEC - 1971 - 15.0(


e 2
R =8 +-
2 = 8 + 2- = 9 (raio neutro maior)

-r:
e 2
- -= 1 (raio neutro menor)
2 - 2

NOTA
Para alumínio, descontar f 5 % devido ao estiramento do material.

FORMULAS

CXRXLXe2
- Esforço "E" para DOBRAR: E = (Tarefa n.O 1)
L
4
- Esforço "E" para CORTAR: E = P X e X -R (Tarefa n.O 8)
5
CALCULO DA MEDIDA "X" E "Y" NA 1 . I E 2." F6LHA DE
FERRAMENTEIRO FASE RESPECTIVAMENTE INFORMASAO
TECNOLÓGICA
8.12

CALCULO DA MEDIDA "X" (l.a fase)


a 50 -i

L.--
- -.- 1
.-
-

2 X 1,9 X 3,14
AB = = 2,98
4
2 X 3,65 X 3,14
CD = = 11,46
2
ABCDEF = (2 X 2,98) + (2 X 3,18) + 11,46 = 23,78
Diminuicão no comprimento = 23,78 - 11,l = 12,68
X = 50 - 12,68 = 37,32

CALCULO DA MEDIDA "Y" (S." &se)

, 2 X 1,9 X 3,14
AB = X 125O= 4,14
360°
2 X 3,65 X 3,14
BC = X 250" = 15,91
360°
ABCD = (2 X 4,14) + 15,91 = 24,19
Diminuição no comprimento = 24,19 - 9,l = 15,09
Y = 50 - 15,09 = 34,91
L
262
L - - - -- -- - - -- - - - -. -
MEC - 1971 - 15.000
I FERRAMENTEIRO T I P O DE ESTAMPO
DOBRAR E CURVAR
FOLHA DE
INFORMn~iãO
TECNOLÓGICA
8.13

O estampo da figura abaixo, possui um Após, a dobra a 90° o punção móvel se


punção móvel que dobra as abas do produto desloca juntamente com o produto para com-
a 900, sob a reação das molas. pletar a curva a 1800 pelo deslizamento na
I
matriz.

Fig. I Resistência do m a t e r i a l : 15 kg/mm2

I* Fase

Curva a 90°
I

i
20 Fase
Completa a 180°

Neste tipo de estampo as molas têm a fungão de suportar a carga para dobrar a 90°
na primeira fase.

MEC - 1971 - 15.000 263


- .

T I P O DE ESTAMPO FÔLHA DE
FERRAMENTEIR0 DE CURVAR COM MATRIZES MÓVEIS INFBRMAQXO
TECNOLÓGICA
8.1 4

O estampo abaixo é composto por ma- tendo a mola com resistência inferior à do
trizes móveis, acionadas por intermédio de punção, cede até assentar-se na base.
cunhas. Na 2." fase, a chapa é curvada a 1800,
Na l.a fase, a chapa é curvada a 90°, sob a ação das cunhas, que continuando a des-
sob a acão da mola do punção. O prensa-chapa, cer acionam as matrizes, completando a for-
mação do produto.

PRODUTO

IVme 29 Fase

I
264 MEC - 1971 - 15.OC
PRODUTO
Curvar 1 2 Fase

Estampo paro enrolar


(completo a peço a n t e r i o r )

t
~unção

r r b

• Motriz
J L

PRODUTO

Enrolar 2 0 Fase
- -- -

APLICAÇÃO DE MOLAS HELICOIDAIS F6LHA DE


FERRAMENTEIRO EM ESTAMPOS DE DOBRAR INFORMA-O 8.17
TECNOLÓGICA

Nos estampos em que 'as molas devem funcionam umas dentro das outras, cuja soma
suportar grandes esforços para dobrar, é ne- de esforços que suportam é igual ao de uma
cessário colocar-se molas de arame grosso, as mola com arame grosso. As molas de arame
quais ocupam grandes áreas para os seus alo- fino têm maior flexibilidade e são mais fáceis
jamentos. Para evitar que isso aconteça, po- de serem construídas.
de-se utilizar molas de arames mais finos que

Quando se coloca, molas dentro de ou-


tras, deve-se inverter a direção das espiras, ou
seja, uma esquerda e outra direita para evitar. Quando o material a ser dobrado requer
que as espiras se entrelacem. um esforço grande, não possibilitando o em-
A carga máxima admissível das molas prêgo de molas nos estampos, utiliza-se pren-
para dobrar, deve ser igual ou superior ao sas com molas.
esforço necessário para dobrar. Ver tabela de molas - Página, 269.

. .-- - --. - - ---


NOMENCLATURA

d = diâmetro do arame
D = diâmetro interno
P = passo
r = raio médio
L = comprimento da mola, sem carga
L1 = comprimento da mola, com carga má-
xima
L2 = comprimento da mola, com excesso de
carga
n = número de espiras úteis
N = número total de espiras
C = carga máxima admissível em kg.
f = cedimento por espira
F = flexão total ativa
T = campo de flexão inativa

NOTAS
O aumento de 1,5 espiras, no número - No campo de flexão T, não há aumento de
de espiras úteis, se faz necessário para o per- resistência, existindo porém, o perigo de
feito assentamento das extremidades da mola. deforma550 permanente da mola. Deve,
- A resistência da mola aumenta até o limite portanto, ser evitado.
máximo de flexão F.

I
268 MEC - 1971 - 15.000
--- - __. __ _ - -- .- - -
A mola é um dispositivo mecânico com
que se dá impulso ou resistência ao movimen-
to de uma peça. São diversos os tipos de molas
existentes, sendo as molas helicoidais as de
maior emprêgo. Seguem as representa~ões
normais, simplificadas e esquemáticas, segun-
do as Normas Técnicas.

Na representação de molas helicoidais


indicamos o diâmetro do fio, o número de es-
piras, o diâmetro interno da .espira e o com-
primento livre.

D = Diâmeno interno d = DeCamewo do m m e &e aço


C = Carga m Kg P = PWSO
f = Deform@a por es@ra
MEC - 1971 - 15.000
--L
269 1
RESINAS FUNDÍVEIS EM ESTAMPOS FOLHA DE
FERRAMENTEIRO APLICAÇÃO - FIXAÇÃO DE PUNÇÕES E INFORMACÃO 8.20
MATRIZES - EXEMPLOS TECNOLÓGICA

As aplicações de resinas fundíveis em 2) Na fixação de: punqões - matrizes


estampos trazem uma série de vantagens: - buchas - colunas.
1) Melhor qualidade das ferramentas
a ) Diminui o atrito entre punções
e guias.
b) Permite alta qualidade no ajuste
entre punções e guias.
c) .Ajuste perfeito nos perfis dos
punções. - Usa-se a resina na fixação de punqões
2) Baixo custo das ferramentas. Facilita de perfis irregulares para evitar a usi-
a execução. nagem difícil e trabalhosa das sedes
dos mesmos.
PLICAÇÕES - Usa-se também no caso de vários
punções cilíndricos no mesmo es-
1) Na execução das partes ativas nas tampo, para facilitar e assegurar uma
guias de punção. perfeita centragem.

Ofis~~v~~õas gão na ieaiila e coiisecliieiileiiieii~e clo


- Os escariados não deixam a resina deslo- punção.
car-se para baixo ou para cima. - As paredes laterais da resina variam entre
- Os canais na periferia evitam eventual tor- 2 a 5mm.
70 MEC - 1971 - 15.000
I FUNDÍVEIS EM ESTAMPOS

FIXAÇÃO DE 1L IIZES - BUCHAS - COLUNAS

Porta -matriz
I

KFCUÇÃO n A PAK

7
Resina
r - 7 Resina
7
PREPARASAO DOS ALOJAMENTOS PARA APWWÇAO DE RESINA

G U I A DOS PUNSOES

'
Face de kontacfo/

Como mostra a figura 2 o ajuste do punção na pequena espessura que restou após
ter feito o alojameilto para a resina torna o vazamento mais fácil.

I I
272 MEC - 1971 - 15.000
FOLHA DE
FERRAMENTEIRO PREPARAÇÃO DA RESINA FUNDÍVEL INF~RMAÇÃO
TECNOLÓGICA
8.23

São inúmeras as aplicações de resinas na indústria. Para cada tipo de trabalho como
em ferramentaria pode ser utilizada resina n a confecção de estampos. Sua aplicação justi-
fica-se pela alta qualidade e eliminação de grande parte do trabalho especializado.
O T i p o de Resina usado na confecção de estampos, é a "Araldite CW. 214" à qual
antes de ser aplicada, adiciona-se um outro produto chamado Endurecedor.
Para cada 100 gramas de Resina, adiciona-se 8,5 gramas de Endurecedor.

PREPARAÇAQ DA RESINA PARA O TRABALHO

A resina deve ser revolvida, a fim de se misturar de modo homogênio o material de


enchimento qu,e estiver assentado no fundo do recipiente - (lata).
O Endurecedor é adicionado à resina, e depois de cuidadosamente misturado, a massa
deve ser fundida antes de ultrapassar um período de 20 minutos numa temperatura de
trabalho de 25O a 50° C.

NOTA
Para remover a resina e misturar o endurecedor pode-se utilizar a máquina de furar.

MÈTCIDO DE APLICAÇÃO DA RESINA


Deve-se lavar os alojamentos da resina e o punção com benzina para eliminar da
superfície matérias gordurosas.
Cola-se um protetor de aproximadamente 5 mm de altura, em virtude da decanta-
ção do pó de ferro existente na resina.

Protetor de
papelão ou
de metal

Em seguida, com um pincel aplica-se no macho, o produto separador.


O produto separador é um líquido que impede a aderência do punção na resina.

L
MEC - 1971 - 15.000
.
-- - - - - -

MÉTODO DE APLICAÇÁO F6LHA DE


FERRAMENTEIRO
DA RESINA FUNDÍVEL INFORMAÇÂO
TECNOLÓGICA
8-24

Sua secagem é rápida e é aplicado em


camadas milesimais. A aplicação de um deter-
minado número de camadas permite a folga.
Quando o conjunto estiver pronto para
receber a resina êle deve antes ser aquecido
a -t 500 C.
Êste aquecimento pode ser feito com
lâmpada ou estufa.

ESQUADREJAMENTO DO PUNÇAO NA (

O esquadrejamento do punção na guia é uma operagáo que deve ser feita com mui-
to cuidado pois ela garante o bom funcionamento e tempo de vida do estampo.
Logo após o aquecimento é feito o enchimento.

Punção
7

Depois de despejado o composto, deixa-se endurecer lentamente. Pode-se acelerar o


endurecimento levando novamente à estufa.
Depois de retirada a camada excedente superficial faz-se o enchimento do porta-
punção.

s
274 MEC - 1971 - 15.000
-- -
FERRAMENTEIRO ESTAMPO PARA REPUXAR ANEL
F6LHA DE
INF0RMAÇ;íiO 9.1 I
TECNOLóGICA

l
Os estampos de repuxo são aquêles que tomando sua forma, até completar-se na fase
têm por finalidade transformar chapas planas final. I
em peças ocas, de formas cilíndricas, elípticas, Quando se trata de estampos de repuxo
cônicas, quadradas, retangulares, etc. para baixa produção, pode-se construir dois
Os estampos de repuxo para alta pro- ou mais estampos simples, de fácil constru-
dução, geralmente possuem diversas fases de cão. Nestes casos cada estampo executa apenas
operações, através das quais, o produto vai uma das operações que o produto requer.

ESTAMPO PARA REPUXAR EM DUAS PASSAGENS COM A SUBSTITUIÇÃO DE


MATRIZES, PUNÇBES E GUIAS

PRODUTO FORMA ANTERIOR DO MATERIAL

M a t e r i a l .' Chapa preta N o 2 2

ESTAMPO PARA EMBUTIR

l.a passagem 2.a passagem

este estampo necessita de duas operações para a formação do produto. Sua constru-
ção permite a substituição do punção, matriz e guia para executar a segunda operação.

FUNÇÃO DAS GUIAS " G ' E ""Gl"

- A função da guia " G , na l.a passagem, é de guiar o punção durante a fase de trabalho.
- A função da guia "Gl", na passagem, é de sòmente centralizar o punção durante a
fase de fixação do estampo na pr,ensa, após o que, deve ser r,etirada para permitir a entra-
da do produto da l.a passagem.

I
MFC i 1971 - 1 5 nnn
Calcular o diâmetro "D" do disco, para se obter o produto como na figura abaixo.

RAÉTODO GRÁFICO

Para se determinar gràficamente o raio do disco, constrói-se um triângulo o qual deve


ter um cateto "h" correspondente à altura do produto, e uma hipotenusa igual à altura
"h" mais a metade do diâmetro "d" que determina o outro cateto correspondente ao raio
"r" do disco "D".

I
Para maior aproximação, desenhar o gráfico em Escala bem ampliada,

Fórmula

D = b/625 f 1 200

= V' 1 825

D = 42,7

, 284 MEC - 1971 - 15.0


DIÂMETROS SUCESSIVOS DOS REPUXOS FBLHA DE
FERRAMENTEY R 0 CALCULO INFORMACAO 9.3
TECNOLóGICA

Para se obter um repuxo racional, a tou-se que, na primeira passagem deve haver,
altura "h" não deve ultrapassar a medida do aproximadamente, uma redução de 40 Cr,
diâmetro "d" do produto. Quando "h" for (0,6) do diâmetro "D" do disco, para se de-
superior à metade de "d" deve-se calcular o terminar "dl".
número de passagens. . Para as passagens sucessivas a r e d u ~ ã o
Através de experiências práticas, consta- será de 20 % (0,B) de "dl", d2.

I NOTA
Os valores encontrados podem ser arredondados.

EXEMPLO
Calcular as dimensões "d" e "h" em passagem de um produto cujas dimensões
são: h - 80 e d - 20.

Consegue-se em casos excepcionais, al- empregado- e principalmente, usando estam-


tura "h" igual ao diâmetro "d" dependendo pos executados em perfeitas condições de tra-
isso da utilidade da chapa, do lubrificante balho.

NOTA

O número racional de passagens Evita: Alongamento excessivo, quebraduras e en-


cruamento do material.

MEC - 1971 - 15.000 285


DIPERENÇA "f" ENTRE MATRIZ E PUNÇÃO F6LHA DE
FERRAMENTEIRO LUBRIFICANTES PARA REPUXAR INFORMASAO
TECNOLÓGICA 9.4

DII--- ENÇA "f

A diferença "£" entre o diâmetro da matriz e o diâmetro do punção deve ser:


- para chapas finas (até 1 mm), f = 2 . e
- para chapas mais espêssas, f =2. e t +
t = 40 yo da tolerância máxima de laminasão.
I

EXEMPLO
- Para embutir uma chapa de "e" = 3 inm, cuja tolerância de laminação é de -+ 0,l mm,
qual deverá ser a diferença "f", entre os diâmetros da matriz e do punção?

Teremos: e = 3,l (espessura máxima da chapa)

+
f = 2 . 3 , l 0,04 = 6,24
NOTAS
- Se essa diferença for maior o produto apresentará pequenas ondulações na sua parede
lateral.
- Se essa diferença for menor, o produto se esticará e até poderá romper-se. no caso de
ficar superado o limite de elasticidade.
- Além da justa diferença entre os diâmetros da matriz e do punção, suas partes ativas
devem ser perfeitamente lisas, e durante o funcionamento lubrificadas.

L U ~ K ~ F I C A N T E SIRA REPU--
'- ' -.

AÇO -gordura (vegetal ou animal) misturada com cêra virgem


- óleo de rícino (em casos especiais)

ALUMÍNIO E
SUAS LIGAS - querosene - terebentina
- óleo de coco - vaselina

ZINCO-CHUMBO
ESTANHO
METAL BRANCO - óleo mineral denso

BRONZE '

L A T A 0 - COBRE - óleo solúvel - óleo mineral denso

I
I

1
I

286 MEC - 1971 - 15


- .-i.- - -- - . -.-. -*.-
F6LHA DE
FERRAMENTEIRO VALORES DOS RAIOS " R - "Y" INFORMAÇAO 9.5
TECNOLÓGICA

Para obtenção do produto na passa-


gem ou no caso de uma só passagem

AGO R = 6 a 10e
r = 2 a 4e

ALUMfNIO R = 3 a 5e
r =e

Para obtenção da produto


nas passagens sucessivas

- O raio "r" do punção, na última passagem, será igual ao exigido pelo produto.
- Aumentando-se ou diminuindo-se excessivamente os raios "R" e "r" há, respectiva-
mente, o perigo da formação de ondulações ou ruptura devido ao estiramento de-
masiado do material.

FUROS PARA SAfDA DE AR

- Para facilitar o assentamento da peça a ser - . r -

embutida, na parte frontal do punção e a


sua saída após a embutidura, deve-se exe-
cutar no punção, furos para a saMa do ar.

MEC - 1971 - 15.000 287


ESTIRAMENTO DO MATERIAL FBLHA DE
FERRAMENTEIRO DURANTE O REPUXO INFORMA~AO
TECNOL6GICA 9.6

Supondo subdividir-se a superfície en- Porém, os trilngulos "T" constituindo


tre os diâmetros "D" e 'd" em pequenos re- o excesso de material que deverá, neceasària-
tângulos "A" e extraindo os triângulos "T" mente, expandir-se para cima, formará um
I
intermediários se obtém, dobrando êsses re- anel de altura "Y" e de área igual à soma
I
tângulos em ângulo reto, a formação cilín- das áreas de todos os triângulos "T".
i
drica da peça, cuja altura "hJJserá igual ao
comprimento do retângulo.

I
!

OBSERVAÇÃO
A superfície lateral do produto durante se estira um pouco mais, devido ao atrito entre
a embutidura, além do estiramento causado punção e matriz.
pelo excesso de material acima demonstrado,

I
I

288 MEC - 1971 - 15.000


ESFÔRÇO PARA REPUXAR FOLHA DE
FERRAMENTEIRO CALCULOS INFORMACAO
TECNOLÓGICA
9.7

O esforço para embutir é determinado pela fórmula:

E=dl.r.e.R.N

dl = diâmetro do punção da primeira passagem


e = espessura da chapa a ser embutida
R = resistência a tração em kg/mm2
D = diâmetro do disco a ser embutido
dl
N = coeficiente da relação - D

TABE

Calcular o esforço necessário para embutir uma peça cilíndrica com as dimensões
indicadas abaixo.

D = 106 (diâmetro do disco)

dl = 0,6 . 106 = 64 (diiirrietro do punqão na l.a passagem)


dl
-- -
64
= 0,6; pela tabela correspondente a N = 0,86
D - 106
Aplicando a fórmula
E = d l . r . e . R . N
E = 64 . 3,14 :2 . 40 . 0,86 = 13836 kg

MEC - 1971 - 15.000


- Nos estampos da folha, após o repuxo, o
diâmetro do produto aumenta ligeira-
mente, devido à elasticidade do material;
- Na subida do punção, devido a êsse au-
mento, o produto é extraído ao encontrar
o bordo da matriz.

NOTA
- Quando a elasticidade do material não
garante um suficiente aumento, usam-se
dispositivos como o exemplo da figura ao
lado.

OUTRO TIPO "7 EST

so - chapa
ESTAMPO PARA REPUXAR FaLHA DE
FERRAMENTEIRO PRENSA-CHAPA IN FORMACHO 9.9
TECNOLÓGICA

PRESSÃQ DO PRENSA-CHAPA

Ao se repuxar uma peça, além do es- podendo mesmo causar a sua ruptura pelo
forço para repuxar já considerado, deve-se alongamento do metal, quando o limite de
juntar e levar ,em conta o esforço Pc que o resistência do material é ultrapassado.
prensa-chapa deve exercer sobre a chapa, para
Calculado o esfôrço, (em Kg) são esco-
um bom resultado do trabalho.
lhidas as molas e distribuídas no estampo, em
O papel do prensa-chapa é o de impedir
disposição simétrica tantas quantas forem
a formação de rugas, ou de ondulações no
necessárias. Para isso, consultar uma tabela
produto. É necessário, portanto, conhecer a
de molas.
pressão certa que se deve dar para que o tra-
balho se realize em boas condições. Sendo D o diâmetro ao disco a repu-
Todavia, essa pressão não deve ser qual- xar, o diâmetro do punção repuxador e U a
quer. Muito fraca, sua ação não seria eficaz e pressão específica por mm2 a exercer sobre o
não impediria a formação de rugas no pro- metal, os ensaios práticos nos conduzirão a
duto. Muito forte, seu efeito seria nocivo e aplicar a fórmula seguinte para se obter o
teria como resultado, um aumento da super- valor de Pc.
fície em oposição ao seu deslocamento radial,

Os valôres de U são dados pela tabela seguinte i .*

Materia 1 u kg/mmZ
AlumI'nio O , 12
Zinco O , i5
Duraluminio 0,16
Latão 0,20
Aço i n o x i d d v e l O ,20
Aço para repuxo 0,25

MEC - 1971 - 15.000 291


REPUXO DE PRODUTOS DE
SECÇÃO CIRCULAR
I FOLHA DE
iNFORh4A~iO
TECNOLÓGICA
1 1 9.1 0

F6RMULAS PARA O CALC

-
-292 M E C - 1971 15000
FERRAMENTEIRO

JLAS PARA O CALC'L-- DO DIÂMETRO "ri 30 DISCO

A=f(fds - 2 r h I
S = Desenvolvimento

Os diâmetros "D" dos discos, calculados através das fórmulas


acima, são teóricos.
- Na prática as dimensões dos produtos, de um modo geral, apresen-
tam pequenas alterações devido a variacão do coeficiente de elas-
ticidade do material empregado.
FOLHA DE
FERRAMENTEIRO T I P O DE ESTAMPO DE FORMAR INFORMACAo 9.12
TECNOL~GICA

;TAMPO DE EORMP

São estampos que têm por finalidade formar nervuras, pequenas reentrâncias e sa-
liências, etc.

- P r o d u t o

2 94 MEC - 1971 - 15.000


OUTRO TIPO DE ESTAMPO FOLHA DE
FERRAMENTEIRO (DUPLO EFEITO) INFORMA~O
TECNOL6GICA
9.1 5

P R 0 DUTO

O estampo acima, corta o disco (D = 43,6), embute e fura o produto (+ = 8) em


uma só fase de trabalho. Este tipo de estampo denomina-se de duplo efeito.

MEC - 1971 - 15.000 297


~ a ú o r paro o ~ á ~ c u ~ o
Espessura da c h a p a ,
D i â m s t r a maior do punçgo (conhecido )
~it?rnetra menor do punção.
Comprimento da parte ,paralelo, no dlometra menor do punçüo.
R a i o s de orredondarnontos da pungdo.
DIametro do furo da m a t r i z .
Raio da m a t r i z .
A l t u r a do r e p u x o .
ESTAMPO PARA FAZER A BASE FBLHA DE
FERRAMENTEIRO DO ENCADERNADOR INFORMA-O . 10.1
TECNOLÓGICA
I

Para facilitar a estampagem de certos produtos pode-se inverter as posições dos pun-
ções e matrizes no estampo.
a) A matriz é fixada no porta-espiga e guiada mediante colunas;
b) Os punções são fixados na base através do porta-punção.

à 1 DE FORMA
E C E D A T> A

PRODUTO FORMA PRIMITIVA DO MATERIAL


Q

Corte de SEPARAÇÃO sem


desperdício de m a t e r i a l
/

Foser sucessivos

O extrator neste estampo tem três funções:


a) Extrair o produto que se prende no punção;
b) Prensar a tira na matriz para evitar possíveis deslizamentos;
c) Guiar a tira.

MEC - 1971 - 15.000 309


ESTAMPO PARA FAZER A BASE DO FOLHA DE
FERRAMENTEIRO PRENDEDOR DE PAPEL INFORMAWO
TECNOLÓGICA
10.2

Nestes estampos, a penetração dos pun- contôrno formando a dobra no produto na


ções nas cavidades da matriz, além de cortar, secção não cortada.
dobra o produto. Estampo para corte de formação e do-

I
O punção corta apenas três partes do bramento - Simultâneo.

PRODUTO

MATERIAL
A l u m i n i o latonado
1 x 1 2 5 x 190 mm

Fig. I

ESTAMPO PARA CORTAR - DO1

Coluna de guia

A parte ativa do punção é inclinada.


As arestas do punção e da matriz que fazem a dobra, são arredondadas.

MEC - 1971 - 15.01


I I I
FOLHA DE
DETALHES DO ESTAMPO PARA CORTAR
FERRAMENTEIRO E DOBRAR SIMULTÂNEAMENTE INFORMACÃO
TECNOLÓGICA
10.3

NOTAS e 0,2 mm, para facilitar a entrada do pun-


- A inclinação na parte ativa do punção (2 ção e conseqüentemente o dobramento.
vêzes a espessura da chapa) permite uma - O arredondamento "r" evita riscas na parte
diminuição do esfôrço de corte aproxima- dobrada da chapa.
damente de 213. Isto facilita o corte e o - A função da descarga "D" é facilitar o do-
inicio do dobramento. bramento e evitar que a peça fique prêsa
- Para facilitar o dobramento, a matriz e o na matriz devido ao acréscimo de material,
punção devem ter forma como na figura que se origina, nos laterais da parte do-
acima. brada. Esta uma vez solta da matriz, subird
- A folga "F" entre punção e matriz deve ser prêsa aos pui~çõese será expulsa por meio
igual à espessura da chapa acrescida de 0,l do extrator.

AEC - 1971 - 15.000 3I


ESTAMPO DE CORTE F6LHA DE
FERRAMENTEIR0 ESFBRÇO PARA EXTRAÇAO DO RETALHO lNFORMA6ÁO
TECNOL6GICA
10.4
DA TIRA

Após a estampagem de um furo, ou do ela continue a subir e a tira fica retida no


corte de um produto, a tira se agarra nos canal da p i a , sobre a matriz pois a guia fun-
punções que a furaram e sobe juntamente com ciona como extrator fixo do retalho da tira.
êstes, porérn a guia dos pun@es impede que

O esforço para a extração do retalho da O esfôrqo para extração deve ser cal-
tira é considerável e neste caso, os parafusos culado baseado no esforço de corte correspon-
de fixação das placas o suportam. dente. Aproximadamente, considera-se de 2 a
Porém, há casos de estarnpos em que a 5 % do esforço de corte.
guia ou extrator não são fixos, são suspensos
ou flutiiantes, e ambos funcionam como extra- Assim após calculado o esforço de extra-
tor do retalho da tira por meio de molas que $50, escolhem-se as molas, tantas cyuantas fo-
atuam sobre os mesmos. O esforço das molas rem necessárias, consultando-se uma tabela de
deve vencer o esforço de extração para que o molas.
retalho se desprenda dos punções furadores.

1 112 MEC - 1971 - 15.0(


FÔLHA DE
FERRAMENTEIRO COLUNAS E BUCHAS INFORMA-O 10.6
TECNOLÓGICA

As colunas também conhecidas por colu- na base do estampo, com pressão (H7m6)e
nas de guia como o próprio nome indica, ser- na parte superior elas devem deslizar em bu-
vem para guiar e manter um perfeito movi- chas de aço, encaixadas no cabeçote ou traba-
mento retilínio uniforme entre as partes in- lha diretamente no mesmo.
ferior e superior do estampo em funciona- Em certos casos podem ser fixadas na
mento. parte superior do estampo quando o trabalho
São feitos de aço cromo níquel, cemen- assim o exige, porém, não é recomendável,
tadas e retificadas. Sua dureza deve estar pelo perigo que oferece ao prensista e ainda,
entre 58 a 59 RC. por acumular detritos na bucha, os quais po-
Geralmente, são fixadas diretamente dem causar a danificação do estampo.

LISA REBAIXADA REBAIXADAS E COM FIXAÇÃD NA


LISA COM RANHURAS PARTE SUPERIOR
E RANHURAS

As colunas podem ser lisas ou ranhuradas para reter o lubrificante.

314 MEC - 1971 - 15.000


-A -Coluna cilíndrica

-B -Coluna com reduçio


- -
C -Bucha
COLUNAS E HUCHAS
FERRAMENTEIRO ANÉIS

v
31 6 MEC - 1971 - I
15.000
FERRAMENTEIRO BUCHAS, COLUNAS COM ESFEKAS

As buchas com esferas são aplicadas em colunas, quando se trata de estampos cpe
requerem perfeito funcionamento e grande precisão.

Disco de aluminio - 1 mm espessura

M o n t ~ g e ms curso da
bucho com rolamento

Detalhe de fixu@o das esferas

MEC -
FBLHA DE
FERRAMENTEIRO BUCHAS, COLUNAS COM ESFERAS INFORMACÃO 10.1 0
TECHOLÓGICA

I
318 MEC - 1971 - 15.000
! FERRAMENTEIRO
ESTAMPO PARA CORTAR AS PARTES
FIXA E M6VEL DO PORTA-CADEADO
FOLHA DE
INFORMAWO 11.1
TECNOLÓGICA /

Considerando-se o fator econômico que estampo. Nestes casos, o desperdício de mate-


rial é mínimo, pois o retalho da tira serve
I sempre deve ser evidenciado na construção
de estampos, pode-se recorrer ao processo de para completar outra peça. I
estampagem de duas peqas diferentes num só
I
I
ESTAMPO

I
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Punção
I
Chapa p r e t a No22

Fig. 1

Fig.

Corte 6 - i3

O punção dêste estampo não tem a como se pode observar nas fases de corte da 1
forma dos produtos a serem cortados. O seu fôlha 11.2.
perfil irregular forma em etapas os produtos

I
MEC - 1971 - 15.000 325
ESTAMPO PARA CORTAR AS PARTES FGLHA DE
FERRAMENTEIRB
FIXA E McbVEL DO PORTA-CADEADO
INFORMA-O 11-2
TECNOL6GICA

Nesta fase são cortados:


- os furos de 4 3,5 mm
- o rasgo retangular de 3.15 mm
- o chanfro de 4.450
- um lado da peça 2
O posicionamento da tira nesta fase é feito
sem auxílio de encosto.

Nesta fase são cortados:


- 0 s furos de 4 3,5 mm - novamente
- o rasgo retangular - novamente
- os chanfros de 4.450 - novamente
- o contorno da peça 2 (completando-o)
- o contorno da peça 1 (menos um lado)
O posicionamento da tira é determinado pelo
encôsto existente na guia de punção.

;E
Peça
- -1
Nesta fase, e nas sucessivas,
- é repetida a fase 2
- é completado o corte de formação da
peça 1.
Desta fase em diante, em cada golpe da
prensa, é sempre produzido um par de peças.

NOTAS
Observa-se ainda, que em uma tira de
Observa-se pelas fases de corte, que 52 mm de largura, se obtém duas peGas com
com êste tipo de estampo não há desperdício comprimentos de 30 e 37 mm resp.ectiva-
d e nzaterial da tira. mente. (Veja fase).

L
326 MEC - 1971 - 15.000
LOCALIZAÇAO DA ESPIGA FÔLHA DE
FERRAMENTEIRO PROCESSO GRAFICO E ANALÍTICO I N ' F o R ~ Ã ~ 11,a
CENTRO DE GRAVIDADE DE FIG. GEOM. TECNOLÓGICA

A localização racional da espiga nos


estampos é determinada: mediante o Centro
Teórico de tôdas as solicitações sustentadas
movimento, solicitaçrjes irregulares, e às vêzes,
quando o estampo não tem colunas de guia,
a sobreposição dos punções ila matriz.
I
pelo punção ou mais punções durante a ação A localização da espiga é determinada
de corte. mediante dois processos - GRAFICO (Polí-
A aplicação da espiga na localização gono Funicular) - ANALfTICO (Teorema
certa E V I T A o desequilíbrio da massa em de Varipon).

PQ "CESSO GRAFICO
, ligono Funicular)

Fig. I

As medidas dos diâmetros dos furos que 4.0 - O ponto "Pl" é determinado transpor-
o estampo faz: são transportadas em escala, tando-se paralelas às linhas 4-3-2-1 da
para os eixos "X" e "Y" (Fig. 2), iniciando-se fig. 2 para a fig. 3 as quais devem cru-
ein "A" como segue: zar, em sequência, os eixos dos furos
1.O - Da esquerda para a direita (fig. l ) , os 8-10-7.
diâmetros 8-10-7, sôbr,e o eixo "X". 5.O - O ponto "P2" (fig. 4) é determinado
2.O - Sôbre e eixo "Y", os mesmos diâme- mesmo processo, mediante as li-
tros, porém, de baixo para cima nhas 4-5-6-1, cruzando os eixos dos
(10-7-8). furos 10-7-8.
3.O - Completar a fig. 2 com as linhas de 6.O - A localização rcicional da espiga é de-
construção 1-2-3-4-5-6. terminada pelo cruzamento.

IMEC - 1871 - 15.000 . .


327 '
LOCALIZAÇÃO DA ESPlGA FOLHA DE
FERRAMENTEIR0 PROCESSO GRAFICO E ANALÍTICO INFORMACÃO
TECNOLóGICA
11.4
CENTRO DE GRAVIDADE DE FIG. GEOM.

Localização da espiga 4 Y = 34.8

I \ 1

Cálculo de "X" Cálculo de "Y"

Os valores "X" e " Y calculam-se multi- pondente e dividem-se as somas dos produtos
plicando os diâmetros pela distância corres- pelas somas dos diâmetros.

328 MEC - 1971 - 15.000


--

LOCALIZAÇÃO DA ESPIGA FGLHA DE


FERRAMENTEIRO PROCESSO GRAFICO E ANALÍTICO INFORMACÃO
TECNOLÓGICA
11.5
CENTRO DE GRAVIDADE DE FIG. GEOM.

3 A ~ I - @ @ A A XT A T ~ T P T ~ An v ~
A @ ínn A P n A P C T T n T ; ' n T i I O T n

NOTAS

- Com o processo ANALÍTICO s,e obtém a serem cortadas e não os diâmetros dos furos
localização da espiga com mais rapidez e como nos exemplos precedentes.
com maior exatidão. - Quando as áreas a cortar são de forma re-
- Quando o estampo faz corte misto (re- gular, (como na fig. 1) para efeito de cál-
dondo, quadrado, retangular, etc.) consi- culo, consideram-se os eixos, passando pe-
dera-se para efeito de cálculo da localiza- 10s centros de gravidade dos mesmos.
ção da espiga, quer pelo processo gráfico - Quando essas áreas são de forma irregular,
ou analítico, as ÁREAS das superfícies a (como na fig. 2) devem ser decompostas em
áreas regulares.

Fig. I Fig. 2

OBSERVA~~ES

- A localização certa da espiga é indispensá- - Quando o cálculo demonstrar que a des-


vel quando a diferença das superfícies de centralização é mínima, a localização da
corte dos punções é grande ou quando a espiga pode ser feita no centro do porta-
disposição dos mesmos é assimétrica. espiga.

MEC - 1971 - 15.000 32


. ..
Paralelogramo

O centro de g r a v i d a d e é a
i n t e r s e ç i o das diagonais
F6LHA DE
FERRAMENTEIR0 ESTAMPO PARA CORTAR AS PARTES INFORMACÃO
FIXA E M6VEL DO PORTA-CADEADO TECNOL6GICA

2 - Produz menor número de peças sobre


um mesmo número de tiras.
O estampo acima, em comparação com Exemplo: Para se produzir 5.000 pares
o estampo apresentado na FIT 11.1 apre- de peças, com tiras de 1.000 mm de
senta as seguintes vantagens e desvantagens: comprimento, usando-se o estampo da
FGlha 1/ 6 seriam necessárias :

Vantagens:
5.000.20
1 - I-,
de mais fácil execução. 1.000 = 100 tiras
2 - Sendo o punção "P" mais robusto, ofe-
rece menor risco de quebra. Usando-se o estampo acima, seriam ne-
cessárias:
3 - Seu perímetro de corte é menor.
4 - É mais indicado para corte de chapas 5.000.68
mais espêssas. = 340 tiras
1.000

3 - Em conseqüência disso fica:


Desvantagens:
3 . 1 - aumentado o número de cortes
da tesoura, na preparação das
1 - Em cada golpe, desperdiça material da
I tiras.
tira, igual ao comprimento "A", en-
quanto que no estampo da F I T 11.1 o 3 . 2 - diminuída a produção das peças
desperdício é mínimo. no mesmo período de tempo.
I
FGLHA DE
FERRAMENTEIR0 DISPOSITIVO DE USINAGEM REGULAVEI. INFORMACÃO
TECNOLÓGICA
11.8

As características técnicas dos produtos podem ser feitas em estampos, porém quando
e a quantidade que se deseja produzir, são os se trata de pequena série, não compensa pelo
fatores que determinam os processos de fabri- alto custo dos mesmos. Nestes casos também
cação, razão pela qual, certas operações não se constroem dispositivos de usinagem por
podem ser feitas através de estampos. Nestes serem mais simples e mais baratos.
casos constrói-se, ao invés de estampos, dispo- A seguir damos um exemplo de um dis-

-
sitivos de usinagem. positivo de usinagem regulável para furar
Muitas vêzes determinadas operações uma pequena série de peças.

P R O D U T O PQRMã ANTERIOR

I I
h
Moteriol .' Aço 0,3% C.

--. O
(I
No de furos =5

DISPOSITIVO
REOULAVEL

332 MEC - 1971 - 15.000


NS de divisões

cota X = 2(seno a x 50) = 2(seno 120° x 50)


-
2 2
DIVISÃO DE UMA CIRCUNFERENCIA FBLHA DE
FERRAMENTEIRO EM PARTES IGUAIS INFORMACÃO 11 10
TECNOL6GICA

Exemplo: Dividir uma circunferência de raio


70 mm, em 7 partes iguais.

Consultando a tabela abaixo, encontra-


mos na coluna do N.O de Divisões, o n.0 7
concordando no sentido horizontal com o
N.O constante 0,8671, que multiplicado por
70 (raio da circunferência a dividir) dará
60,7 mm, abertura que se deve ao compasso
(comprimento da corda).

Número Comprimento Número Comprimento


de Angulo central da corda Ângulo central da corda
de
Divisões correspondente correspondente correspondente correspondente
Divisões ao raio = 1
ao raio = 1

3 1200 1,7320 20 18O 0,3128


4 900 1,4142 21 17O208' 0,2979
5 72O 1,1755 22 16O 21' 0,2845
6 60° 1,0000 23 15O 39' 0,2722
7 51° 25' 0,8672 24 15O 0,2610
8 450 0,7653 25 140 24' 0,2506
9 400 0,6840 26 13O 50' 0,2408
1O 36O 0,6 180 27 13O 20' 0,2321
11 320 43' 0,5632 28 120 51' 0,2235
12 30° 0,5176 29 12O 24' 0,2 160
13 270 41' 0,4784 30 12O 0,2090
14 , 25O 42' 0,4448 31 110 36' 0,2021
15 24O 0,4158 32 110 15' 0,1957
16 22O 30' 0,3901 33 100 54' O, 1899
17 21° 10' 0,3763 . 34 1O 0 35' 0,1841
18 20° ,0,3473 35 100 17' 0,1789
19 180 56' 0,3289 36 10° O, 1743

334 MEC - 1971 - 15.000


DESENVOLVIMENTO DO ARCO 'AB" FBLHA DE
FERRAMENTEIRO NUMERO DE DIV1SõES "N" INFORMAÇÃO 11.11
D1STÂNCI.S " X E "Y" TECNOLÓGICA

CALCULOS

A
- Calcular o desenvolvimento do arco "AB", o número de divisões "N" e as distâncias
"x" e "y" para marcar e furar rasgos circulares (como na figura abaixo).

Rasgo

/ - Os furos devem estar localizados entre si, o mais pr6ximo possivel.


- O furo "D" deve ser executado com broca menor (2 1 mm), controlando, eventual-
mente corrigindo e terminando conforme a dimensão do rasgo.
- O diâmetro "d" deve ser sempre menor (* 1 mm) que o diâmetro "D".

- Considera-se para a figura acima


R = 100
a = 160'
D = 15
d = 14
A
- Determinar AB ,- "N"- "X" - "Y"

AEC - 1971 - 15.000 33


-i) - -
FERRAMENTA PARA A EXECUÇÃO F6LHA DE
FERRAMENTEIRO DA CÂMARA "C" INFORMACAO 11.13
TECNOLóGICA

- A câmara "C" pode ser executada com uma das ferramentas desenhadas abaixo:

1
@

Fig. 2
Fig. I

i
Fig. 3

I CARACTERfSTICAS DA FERRAMENTA

- A lâmina cortadora pode ser de aço rápido


ou de aço carbono (temperado e revenido)
e deve ser bem ajustada na própria sede. - Quando a lâmina for de dimensões muito
reduzidas (como no caso desta tarefa) a
- As dimensões da lâmina, devem ser iguais execu~ãoda sede para a mesma, pode ser
ou proporcionais às da tabela apresentada simplificada, ajustando-se e soldando-se
'na folha. convenientemente no rasgo pré-executado
a peça posti~a"P" (fig. 1).
- A dimensão "A" deve ser igual ao diâme-
tro da câmara a ser executada.

- O diâmetro "d" da haste deve ser igual ao - Para pequena série de peças a serem usina-
diâmetro menor do pino expansível. das, usa-se geralmente a lâmina cortadora
apresentada nas figuras 1 e 2.
- A fixação da lâmina pode ser feita me- - Para grande skrie e quando o produto
diante o pino cônico (fig. l), parafuso exige melhor acabamento, usa-se o tipo de
(fig. 2). fresa apresentada na figura 3.

AEC - 1971 - 15.000 337


FBLHA DE
FERRAMENTEIRO EXECUÇÃO DA CÂMARA "C" INFORMAÇÁO
TECNOLóGICA
11.14

1 -Centralizar corretamente, o vértice do prisma em "V" com o eixo da broca e fixar


com grampos.
2 -Colocar a peça sobre o prisma e furar (4 7).
3 -Substituir a broca pela haste e introduzi-la no furo até permitir a montagem da 1â-
mina cortadora, em sua sede.
4 - Reduzir a R.P.M. da furadeira (aproximadamente 50 %).
5 - Broquear, avançando lentamente, até a profundidade estabelecida.

ATENÇÁO
Pare a máquina antes de levantar a broca ou a haste.

338 MEC - 1971 - 15.000


F6LHA DE
FERRAMENTEIRO OUTROS TIPOS DE DISPOSITIVOS INFORMAÇÃO 11-16
TECNOL6GICA

IY
Corte Y - Y Corte X - X

Fig. f

- Na figura 1 apresenta-se uma máscara para - A finalidade das mesmas é deixar livre a
a furaçáo radial de uma bucha. passagem da rebarba formada na parte in-
ferior dos furos executados.
- No corpo "A" aloja-se a bucha a furar "B".
A fixaçao da mesma se efetua mediante o - A figura 2 apresenta outra máscara muito
simples, para furar uma peça com assento .
parafuso "C", a arruela de apêrto "D" e o
suporte móvel "E", o qual, girando sobre de forma irregular.
o parafuso "F", permite a saída da bucha
já furada. - Na canaleta "A" da base está introduzido
o suporte articulado "B".
- Outro detalhe importante são as três cana- -~ ~ ~o parafuso
i aciona;re
~ ~
letas "G", opostas às buchas de guia "H". a garra "D" que atuando sobre a peça a
furar "E" efetuará sua fixação.

I
Fig. 2

L
3i4iO MEC - 1971 - 15.000
MOLDES PARA RESINA F6LHA DE
FERRAMENTEIR0 FORMAÇÃO DE PRODUTOS INFORMACAO
TECNOLÓGICA
11.18

- A formação de produtos de resina termoendurecente se obtém por:

PRESÇAO, INJEC;ÃO E EXTRUSÃO

POR PRESSA0

Matriz
aquecido
/-----

NOTAS
Para êste processo usam-se prensas com - Para permitir uma boa transformação quí-
assento superior e inferior aquecidos, para mica da resina, após a prensagem é necessá-
transmitir, ao punção e à matriz, a tempera- rio conservar o estampo fechado durante
tura necessária. um espaço de tempo, que varia de 20 a 45
- De acordo com o tipo de termoendurecente segundos por milímetro de espessura da
empregado, essa temperatura varia entre parede do produto.
1000 a 160°. - A pressão mínima a exercer sobre o mate-
rial deve ser de 150 kg/cm2.

MEC - 1971 - 15.000


- .
II MOLDES PARA RESINA FBLHA DE
FERRAMENTEIRO FORMAÇÃO DE PRODUTOS INFORMACÃO 1 19
TECNOL6GICA

- A formação de produtos de resina termoplástico se obtém por:

INJEGãQ - EXTRUSAO - INSUFLAÇÃO - ESTAMPAGEM

C a n a l de i n j
-

Regulador térmico

-
Pressõo

NOTAS
- O material é aquecido e, pela ação do pistão, entra no estampo através do canal de
injeção.
- Os produtos de termoplástico, para evitar deformação, devem ser extraídos dos estam-
pos convenientemente frios. Para isso, são feitos nos estampos, furos de circulaçãõ de
água que garantem a refrigeraçáo dos mesmos.
- Para produtos de pequenas dimensões essa refrigeração pode ser dispensada.

MEC - 1971 - 15.000 A - - 343


RESINAS TERMOENDURECENTE E TERMOPLASTICO

- Termoendurecente e termoplástico são resinas sintéticas comumente chamadas plásticos.


- Os principais materiais dos quais se obtêm são: CARVÃO FOSSIL, BENZOL.

RESINAS SINTÉTICAS MAIS USADAS

Terrnoendurecentes
- Baquelite (à base de feno1 e serragem)
- Polopas (à base de ureia)
- Melopas (à base de melarnina)
- Poliester (à base de poliestireno)

- Bolietileno (à base de gás de óleo cru)


- Poliamyde - "Nylon" (à base de óleo de mamona)
- Galalite (à base de caseína)

NOTAS
- A resina termoendurecente é um material IRREVERSfVEL.
Durante a formação do produto o material sofre uma transformação química e conse-
qüentemente, não pode voltar ao estado primitivo.

- A resina termoplástico é um material REVERSfVEL.


Durante a formação do produto o material não sofre alteração química e conseqüente-
mente pode voltar ao estado primitivo.

344 MEC - 1971 - 15.000


- - A
-- - - -
---

1
- - --
-----c - v - .
1
5s -A-

F6LHA DE
RESINAS TERMOENDURECENTE E
FERRAMENTEIRO TERMOPLASTICO INFQRMACHO
TECNOLOGICA ~ I
11 -21

TERMOENDURECENTE

- Nesfe processo o material é introduzido na câmara de enchi1nento que, como todo o


estampo, com exceção do pistão, deverá
-
estar aniieriJa
.
- Pela ação do pistão, o material é injetado na seae do produto a.través do canal de injeção.
7 1

- Usa-se êste processo, quando pela sua forma, o produto não pode ser obtido pelo pro-
cesso a pressão.

Pis t h

- Este processo é usado para se obter: tubos, barras e outros perfilados.


F6LHA DE
FERRAMENTEIRO RESINAS TERMOENDURECENTE E INFORMACÁO 11-22
TERMOPLASTICO TECNOL6GICA

TER LASTICO

Aquecimento,
Material
Regulador t é r m i c o
\ \ /---
gem

\Plano de g u i a
I Impulsionodor helicoidal

-Este processo é usado para se obter: tubos, barras e outros perfilados.


I
- O material é injetado por meio do eixo impulsionador .helicoidal.
u
l

Folha de materiol aquecido Furo para c i r c u l o ~ ã 6do vapor


\

Produto /
iI 1
I. I i.
- Neste processo usa-se o material em folhas e não em pó ou grãos como nos casos pre-
cedentes.
- O vapor aquece o material e o ar comprimido empurra até assentá-lo na matriz.
- Para o perfeito assentamento do material na parte ativa, a matriz e o porta-matriz, de-
vem ser providos de furos para a saída d o ar.

- MEC - 1971 - 15.000


1 346 .
; - h - -- e . -
-

ESTAMPO ARTICULADO PARA RESINA FBLHA DE


FERRAMENTEIRO IRREVERSÍVEL - POR PRESSÃO INFORMAÇAO 11.23
TECNOLóGICA

I
-Formação de um produto em termoendurecimento, por pressão, em um estampo ar-
ticulado.

FUNCIONAMENTO

- O parafuso "A" é roscado no punção "B".


-Após o enchimento da câmara "C", o punção descendo comprime o material formando
o produto.
- Na subida simultânea do expulsor "E" e do punção "B", a matriz abre-se permitindo
a extração do produto. -
I
I

MEC - 1971 - 15.000


- - - - - - - .
-
.. -
34; -"
FORMAÇÃO DE PRODUTOS F6LHA DE
FERRAMENTEIRO SAÍDA DE AR NOS ESTP """^" INFORMACÃC~ 11-24

POR ESTAMPAGEM

\ Produto

- Este processo é pràticamente o mesmo termoplástico, deve ser aquecida para per-
usado para embutir chapas de metal. mitir inaior estiramento.
- Normalmente o aquecimento é feito fa-
- A única diferenga é que, sendo a tira de zendo-a passar em água fervente.

v li" I l lil.ll \

- Os canais feitos nos estampos permitem a de largura e 0,3 a 0,5 mm de profundi-


saída do ar e também a saída dos gases que dade. Essas medidas dependem das dimen-
se formam na transformaqão do material sões do produto.
durante a estampagem.
- Em certos casos os canais podem ser subs-
- As medidas dos canais variam de 1 a 3 ,mm tituídos por pequenos furos.

NOTA
- Quando o produto é de pequena dimensão os canais ou furos para a saída do ar podem
ser dispensados.

34 8 MEC - 1971 - 1
FERRAMENTEIRO CARACTERÍSTICA DO AÇO
ACABAMENTO E DEFEITOS MAIS COMUNS
FOLHA DE
INFORMACÁO
TECNOLÓGICA
1 1.25

CAKACTERÍSTICAS DO AÇO PARA MATRIZ E PUNÇÃO

O aço empregado para construir a ma- deve possuir resistência ao calor e ótima ho-
triz e o punção dos estampos para resina sin- mogeneidade estrutural.
tética, além de ser temperável e indeformável

ACABAMENTO DAS PARTES ATIVAS DO PUNÇÃO E DA MATRIZ

As partes ativas da matriz e do punção Um ótimo acabamento se consegue bru-


devem ser rigorosamente lisas pois o mínimo nindo, ou melhor, cromando essas partes
risco ou rasura se reproduzirá n o produto. ativas.

CUIDADOS DURANTE A ESTAMPAGEM

- Antes de estampar, lubrificar as partes ativas dos estampos, com uma liga composta de:

Cêra de carnaúba . . . . 60 %
Parafina . . . . . . . . . . . 28 %
Benzo1 . . . . . . . . . . . . . 12 70

- No caso de estampagem de material à base de algodão ou amianto é mais indicada à se-


guinte liga:

Estearina . . . . . . . . . . 78 %
Petróleo . . . . . . . . . . . 12 %
- Antes de cada estampagem limpar cuidadosamente as partes ativas, se possível com jato
de ar.

DEFEITOS MAIS COMUNS

1 - O produto tende a aderir na parte ativa. 3 - O produto apresenta falhas nos pontos
Esse inconveniente pode s.er causado por mais distantes do canal de injeção. Eli-
riscos, rasuras, pouca conicidade ou in- mina-se aumentando a pressão.
suficiente polimento. 4 - O produto, durante o eshiamento, se
2 - O produto estampado não fica suficien- contrai demasiado e se apresenta com
temente endurecido, apresentando-se superfícies azuladas. Elimina-se dimi-
opaco ou com trincas. nuindo a temperatura e o tempo de
Elimina-se aumentando a temperatura e
o tempo de estampagem.

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