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UntABC Universidade do Grande ABC Apostila ae stains Curso de Engenharia Prof. Marco Antonio Martins Email: marco.1960@gmail.com 2011.4 ; COE SENS th te tataleegttaty 1.Generalidades: A finalidade fundamental de toda e qualquer industria é produzir artigos bons e baratos. Este problema se resolve com a produgao em série, usando maquina e ferramentas especiais, capazes de produzir um elevado niimero de pegas mantendo o padrao desejado Um setor importante na produgao seriada é a estampagem de chapas. Este processo consiste da conformagao a frio (corte, furagao, dobramento e repuxo) que transformam chapas metalicas pla- nas ei objetos com forma geométricas proprias e denominada de produto. “jvAsimaquinaswusadas naygstampagem,s4e.2s,plensas de, varios tamanhos e tipos, € as ferramen- tas ou estampo, que dependendo da quantidade 6 da qualidade das’ pe¢as'a!produzirevariam dasiiejera mais simples 4s mais complexas ¢ aperfeigoadas. As operagoes fundamentais de estampagem sao Corte -Dobra. Repuxo. As operagoes de corte e dobra sao geralmente feitas a fri, enquanto a de repuxo com chapa su- perior a 6mm de espessura é feita a quente. A determinagao do ciclo de operagées para a estampagem de uma determinada pega depende de varios fatores: -Formato, tamanho, quantidade e quantidade de pegas -Qualidade, espessura e estado do material da chapa -Prensas, equipamentos e recursos da oficina Um material macio, plastico, se deformara mais facilmente que um material duro que € elastico, Enquanto um disco de material mole permite um repuxo bastante profundo em cada operagao, um outro igual ao primeiro mas de material duro permite apenas um repuxo leve Outro fator muito importante a ser considerado no estudo do ciclo de estampagem é a extracéio da pega do estampo. Esta extragdo, as vezes se realiza por simples gravidade, isto é, a pega cai | livremente, outras vezes é preciso recorrer ao uso de mola, ar comprimido, pinos extratores, cilin- | dros pneumaticos, etc E bom lembrar que a solugao mais simples é sempre a melhor. ' 2.Introdug¢ao Estampagem é 0 conjunto de operagées com as quais sem produzir cavaco submetemos uma chapa plana a uma ou mais transformagdes com a finalidade de obtermos pecas com geometrias préprias. A estampagem é uma deformagao plastica do metal. As ferramentas sao compostas e elementos comuns (bases,espiga, colunas de guia, placa de | choque, placas de guia, parafusos, pinos de guia, e outros...) e por elementos especificos ¢ res- ponsaveis pelo formato da peca a produzir (matriz e pungdes). ales a so as a? A AR a Atha i 3.Nomenclatura: ox 02 oa: oa 05. os, 08 09. 10 = Porta-Pangao © Base Inferior Espiga Cabeyote Placa de Choque Pungao Colunas as guia Buchas Pinos de txagao Paratusos. Extrator Gulas das chapas Denominagao Material Fungao 1 | Espiga Ago 1010 cementado | Fixa 0 cabegote ao martelo da prensa. ou Ago 1020/40 ‘obs. arasca da espiga nao é cementada 2 | Cabegote ou | Ase 191020 ow Suporta toda a parte superior do Estampo. Base Superior Ferro Fundido (G G25) Espessura> 25mm, 3 | Placade Aco VND Distribui a pressao dos pungies, evitando choque TR46.48 RC a penetracao dos mesmos no cabecote. 4 | PortaPungées | Aco 101020 Fixar os pungées no cabecote. 5 | Puncées Ago VC 130 ow VC 131 | Elementos fundamentais que junto coma (corte) TR 58-62 RC matriz conforma a chapa. 6 | Colunas de Ago 101020 os pungdes na matriz, é encaixada guia CIR na base inferior 7 | Buchas Bronze SUS Guia a coluna, fixada na base superior tiga 8 | Pinos de guia | DIN 7979 io elementos | namento de peca: Ferro Fundide (6625) | Espessura > 25mm. 9 | Parafusosde | DINSI2 Unir as pocas ontro sl. | fixagéo ee | 40| Extrator Ago 1045 Extrair 0 produto ou a tira dos pungées ou | das matrzoe, 11) Guias das | Ago 1045 Guiar a chapa dentro da ferramenta | chapas ee | 12 triz Ago VC 130 ou VC 131 | Elementos fundamentais que junto como | | Ma (corte) TR 58-62 RC Pungo conforma a chapa | | 13) Base Inferior | Aso 1010/20 ou ‘Suporta toda a parte inferior do Estampo. | 1 hapas finas a frio de ago-carbono para estampagem Caracteristicas das chapas: para efetuar as distintas operagdes a que esta sujeito o metal € principalmente o repuxo, é necessario que este seja homogéneo, maleavel, diictil, com grao suficientemente fino @ com um bom acabamento superficial. As chapas caracterizam-se por a.) Sua resisténcia 4 ruptura (expressa em MPa) b,) Seu limite de elesticidade (expresso em MPa) c.) Seu alongamento em %. d.) Sua dureza superficial (Brinel-Rockwell) ©.) Sua profundidade de embutimento (Ericksen-Guilery) Classificagao: nos seguintes graus: - EM - para estampagem moderada; - EP - para estampagem profunda; - EEP- para estampagem extra profunda; - EEP-PC- para estampagem extra profunda em pegas criticas; ~ EEPIF- para estampagem extra profunda com aco IF (Interstital Free). s chapas de ago produzidas segundo ABNT NBR 5915, podem ser fornecidas Composig&o Quimica - Conf, ABNT NBR 5915 Elementos Grau EM EP EEP EEP-PC | EEP-IF Carbono (%max.) 0,13 0,10 aos | 0,06 | 0,02 Manganés (%max.) 0,60 0,45 0,35 0,35 0,25 Fésforo (%max.) 0,040 0,030 0,025 0,025 0,02 Enxofre (%max,) 0,040 9,030 0,025 9,025 0,02 Aluminio (%max.) > - 0,020 0,020 0,010 Titanio (%max.) : : - : 0,30 Tabela | : Tensao de cisalhamento e ruptura. Limite escoamento | Limite escoamento | Limite resistencia a Limite resistencia a Grau (MPa) PRATICO (mPa) tracdo (MPa) tragéo PRATICO (Mpa) EM 280 max. 270-390 EP 260 max. 270-370 EEP 140-230 220 270-350 342 EEP-PC 140-210 210 270-350 330 EEP-IF 140-180 180 270-350 310 4 5.Tipos de operagGes: os processes, de conformagao mecanica, realizado geral- mente a frio, que compreende um conjunto de operacées, por intermédio das quais uma chapa plana é submetida a transformagdes por corte ou deformacao, de modo a adquirir uma nova forma geométrica ! 5.1 Operagées de corte: -corte: quando ha separagao total do material por cisalhamento. -entalhe: quando ha corte sem separagao total -Puncionamento: quando ha separagao total do material por cisalhamento de> dr apés o car oO A tensao de cisalhamento @ uma das caracteristicas mais importantes na avaliag&o da capacidade do material de | ser cortado ou puncionado | Para os agos inoxidaveis, a tensdo de cisalhamento é cerca de duas vezes maior que a obsei vada nos aos carbono, Por este motivo, a forga exigida para 0 corte ou furagao de agos inoxi- daveis é de 50 a 100% maior que aquela necesséria para executar o mesmo servigo em aco carbono A pratica de aquecer a chapa a ser perfurada ou cortada @ uma temperatura de cerca de180°C, reduz a forga de corte necessasia e, por conseguinte garante uma sobrevida tanto as ferramentas quanto as prensas utilizadas. Em contrapartida, esta pratica exige investimentos em operacoes complementares de aquecimento e posterior polimento para a eliminagao dos éxidos produzidos pelo aquecimento, Sua adogao exige um estudo econémico para atestar sua viabilidade Os principais parametros a serem considerados nas operagées de corte e furagdes por estampa- gem sao Folgas entre pungao (macho) e matriz: Pungao e matriz podem cortar ou furar, isto 6, podem produzir pegas ou praticar furos. Ao descer, 0 pungao comprime a chapa contra a matriz forgando-a para dentro. Aparecem deformagées elasticas seguidas de deformagées plasticas em ambos os lados da cha- pa e logo apos trincas de ruptura que ao se unirem, separam a pega da chapa. Para obtermos cortes de aspecto bonito e sem rebarbas, é neces- sdrio que as trincas, que se ini- tuinasrancada ciam nos fios de corte, se encon- — trem, Isto acontece se existir uma certa faixa du corte puro folga entre pungao e mattiz. — faina de deformagio Esta folga varia em fungao do material e da espessura da chapa. Terminada a operagao de corte, as deformagées elas- ticas desaparecem, isto é, as partes contraidas voltam ao normal E claro que devido a estes fendmenos, as dimensdes do pungao e da matriz deverao ser convenientemente majoradas ou diminuidas. A folga varia em fungao do material e da espessura da chapa Para pegas pequenas e finas, praticamente, nao ha folga, porém para chapas grossas a folga aprecidivel. Segundo Oehler: f= D-d f12=0,005.e.Y tcis_=>paraes3mm f/2=0,010.e.V tcis parae > 3mm LY | hed onde: @ = espessura da chapa (mm) Tei tensao de cisalhamento (kgf/mm?) vide tabela | (limite de resisténcia a tragao) 4 kgflmm? = 9,8 Mpa obs: folgas excessivas provocam rebarbas na peca folgas pequenas provocam desgaste rapido das arestas de corte. Pega recortada = matriz com diametro nominal minimo Furo estampado= pun¢ao com didmetro nominal maximo Aproveitamento maximo da chapa (progresso da tira): é 0 estudo que proporciona 0 aproveitamento maximo da chapa ou, em outras palavras, a obten¢do da maior quantidade de pegas em uma mesma chapa. Este estudo visa encontrar a melhor distribuigao das pegas na chapa bem como calcular as distancias otimas entre as varias pegas. As distancias minimas necessarias para um corte eficiente e correto so apresentadas na tabela Il Tabela Il Espessura (mm) z w y 0,2a0,5 7 158 Bae. [5 ibaa O,5a1 pee2 25 a3 a} 0 no 100 4 300 To Ago doce, ferro, latao, bronze fosforozo, aluminio - 4100 @ 300) Calculo da forga de corte: depende diretamente do tipo de material, da espessura da chapa @ do perimetro de corte. A espessura da chapa e 0 perimetro de corte so grandezas facilmente conhecidas. A influéncia do material na forga de corte é a tensdo de cisalhamento (tcis) . vide tabela | Fe =Pc.e. Tcis Onde: Fc = forga de corte (kgf) Pc = perimetro de corte (mm) e = espessura da chapa (mm) Tcis = tensdo de cisalhamento do material (kgf/mm) Reducao da forca de corte: para diminuir 0 esforgo de corte, com 0 intuito de minimizar a necessidade de grandes prensas, pode-se inclinando 0 ataque do pungao. © trabalho requerido para cortar uma chapa de metal pode ser calculado pela formula basica Trabalho = Forga x distancia em que a forga atua Pungao face plana ~a distancia percorrida pelo pungdo para executar o corte 6 a espessura Pungao face inclinada ~ a distancia percorrida pelo pungao para executar o corte é a espessura mais a distancia "C” Como a forga Fc = Fe? logo o trabalho 2 sera menor . © Angulo de inclinagao do pungao nao pode ser maior que 18° Calculo da forga de sujeicdo e extragao: Os puncdes tendem a arrastar consigo a chapa na qual penetram, provocando as vezes, a sua propria ruptura e ou deformagao da pega. Este inconveniente se elimina por meio dos sujeitadores também conhecidos como prensa chapaFs =) Fe. 0,10 Fs ‘orga de sujeicao no pon! onde: 3Fe= somatoria das forca de corte da ferramenta. Pungio Ponto P+1. ‘wate Conte 5.2 Operagdes de Repuxo: Obtencao de pegas ocas a partir de chapas planas devido a penetragao do material na matriz pelo pungao i Inlco da Oparagso. _* pungd rugas matrie bordas com ; “ eugas peca abiuda Na descida da prensa a chapa é empurrada pelo pungao , enquanto o sujeitador mantém a superficie da chapa tensa para impedir a formagao de rugas. puncda -sujattacar bordos nas Os maiores inconvenientes das pegas repuxadas so as rugas e os rasgos (split) Um bom produto somente podera ser obtido com uma ferramenta bem estudada e usando chapas de material apropriado. A chapa devera ser de material maleavel, homagéneo e resistente, com superficie perfeitamente lisa e espessura constante Calculo da forea derepuxo: Fr=p.e. tt Onde: Fr = forga de repuxo at = tensdo ao tragao 0,3. Fr Calculo da forga de sujeicado: REPUNO COM PRESS S DESIMPLES EFEITO REPUXO COM PRENSAS OF QUPLO EFEITO pe {sami Powe 5.3 Operacdes de Dobrar ou Formar: Elementos de chapa dobrada tém amplas apli- cagdes nas construcdes mecdnicas, em especial, onde o fator leveza é primordial. Os perfis la- minados so substituidos, quando necessario e possivel, por elementos de chapa dobrada. A execucao destes perfis em geral é feita nas dobradeiras, porém, quando os elementos forem relativamente curtos ou com conformagao especial, so executados vantajosamente por meio de estampos e prensas. No dobramento, a chapa sofre uma deformagao por flexao em prensas que fornecem a ene(gia & te umentos necessatios para realizar a operagao. A forma é conferida mediante © emprego de pungao e matriz especificas até atingir a forma desejada © dabramento pode ser conseguido em uma ou mais operagdes, com uma OU Mas PEGaS POF vez, de forma progressiva ou em operagées individuals, Caracteristicas da operacdo de dobramento: Como todo material submetido a flexao, a chapa dobrada é solicitada por tragao no lado externo da dobra ¢ por compressao no lado interno, caracterizando 0 estado duplo de tensao nasim sendo, as tensoes a que esta sujeito 0 material sdo decrescentes das faces externas bm diregao 20 naicieo da pega e, como as Mesmas sao de sentido inverso havera uma linha onde fessas tensdes se anulam, que é chamada de linha neutra (L.N.) Esta linha © importante na operagéo de dobramento, pois como ai a tensao é zero ela no sofre alteragao de comprimento durante a deformagao, °° que ndo acontece com as partes quis estao gendo tracionadas e comprimidas que, aumentam ou diminuem de comprimento, respectivamen- te, apds a operagao AO, E através da linha neutra que se calculam as dimensées do desenvolvimento (blank ou platina), ‘ou seja, da tira antes do dobramento. Quando se inicia o dobramento, a linha neutra esta localizada no centro da espessura da tira e, conforme a operagao vai sendo executada, sua tendéncia é deslocar-se em diregao ao lado inter- no da curvatura (lado da compressao). Desenvolvimento do BLank (L): para desenvolver o blank usar a seguinte formula. L=B.2n.RN @L= B.1.RN © L=B .0,01745 . RN 360 180 RN = raio neutro Ri = raio interno e =espessura da chapa C =constante 8B = Angulo de dobra Calculo da constante (C); Para achar a porcentagem da constante primeiro precisamos dividir 0 raio interno pela espessura, este resultado consultar a tabela abaixo. RN=Ri+(%C.e) 100 Como vimos quando o metal é dobrado ocorre a deformacao por flexao, a sua superficie externa fica tracionada e a interna comprimida. Estas tensdes aumentam a partir de uma linha interna neutra, chegando a valores maximos nas camadas extema e interna. Em outras palavras, em um dobramento a tensdo varia de um maximo negativo na camada interna para zero na linha neutra e dai sobe a um maximo positivo na camada externa. Retorno elastico: Desta forma, uma parte da tensdes atuantes na segao dobrada estara abaixo do limite de escoamento (LE) e a outra parte supera a este limite, conferindo a pega uma deformagao plastica permanente, Uma vez cessado 0 esforgo de dabramento, a parte da segao que ficou submetida a tensées inferiores ao LE por ter permanecido no dominio elastico, tende a retornar a posicao inicial anterior ao dobramento Como resultado, o corpo dobrado apresenta um pequeno retorno elastico ou efeito mola (spring back) que deve ser compensado durante a operacao de dobramento. Em alguns casos, é utilizada a pratica de se efetuar uma calibragem em estampo especifico, ja compensado 0 retorno elastico, para dar as dimensées finais da pega Este procedimento é viabilizado em produgao seriada onde o custo do estampo calibrador pode ser diluido no prego do unitario da pega Raio Interno Minimo: Quanto menor o raio de dobramento, maiores so as tensdes desen- volvidas na regiao tracionada, Um excessivo estiramento provocado por um pequeno raio de dobramento pode vir a romper as fibras externas da chapa dobrada. Define-se o raio interno minimo de dobra, como 0 menor valor admissivel para se evitar grande variagao na espessura da chapa na regiéo dobrada. Costumamos adotar como raior minimo a espessura da chapa Calculo da for¢a de dobri Caso | Fd= 2/3. cd. e/L .b | Fd = Forca de Dobra (kgf) | td= tensdo de dobra (kgflmm?) e = espessura da chapa (mm) L = abertura do V jargura da dobra ' tr (tensao ruptura) i Caso Il: 8.td.e.b | Fd=1/ Caso III: dobras bilaterais Zap Forca de sujeigdo : 10% da forga de dobra, no ponto P+1 6.)Espiqa: sua fungao é fixar a parte mével da ferramenta no martelo da prensa. A espiga ¢ introduzida no furo existente do martelo da prensa e por intermédio de um parafuso, fixa-se 0 conjunto Para sabermos qual espiga deveremos usar , primeiro precisamos calcular a. peso da parte superior da ferramenta. b. forga de extragdo de toda a operagao Localizagao da espiga: deve localizar no centro das forgas (baricentro). Se localizar no centro da ferramenta surgira de um lado da espiga uma forga maior que o outro lado e ocasionara uma inclinagéo_no pungao tornado irregular a folga, levando a apresentar rebarbas na pega alem de um desgaste na matriz, em piores condigées pode ocasionar até a quebra do pungao. Calculo do Baricentro: XQ = P1.x1 +P2.x2+P3.x3+Pn.xn (P1+P2+P3+Pn) Y= Pty1 +P2.y2+P3.y3+Pn.yn (P1+P2+P3+Pn) Onde P1 = perimetro do furo 1 X1 = distancia no vetor X ate 0 baricentro do furo 1 Xq = distancia no vetor X da media do baricentro. Y1= = distancia no vetor Y ate baricentro do furo 1 Yq = distancia no vetor Y da media do baricentro 7.) Base superior: suporta toda a parte mével da ferramenta. Pode ser de ferro fundido (26FF) ou ago laminado ABNT 1010. A espessura vide tabela abaixo 8.) Base inferior: serve de apoio a matriz e outros componentes. Pode ser de ferro fundido: (26FF) ou ago laminado ABNT 1010. A espessura vide tabela abaixo. Espessura da base ! Forca de corte - ; Inferior superior até 30t 35mm. 30mm 30a50t 40mm. 35mm 50a 80t 45mm, 40 mm acima de 80t 50a 55mm 45a 55mm 9.) Coluna e Bucha de Guia: garantem o alinhamento das bases, melhor funcionamento da ferramenta e qualidade da pega. O material da coluna ago 1010/20 cem., temperada e retificada. ‘As buchas material bronze. As colunas sempre S40 montadas na base inferior por motivo de seguranga. Para evitar montagem errada do ferramental costuma-se escolher colunas com diametros diferentes (2 colunas) , para 4 colunas um lado fica com distancia 10mm menor. 40.) Placa de choque: para impedir que o pungao penetre na base superior, coloca-se entre | a cabeca do pungao e da base uma placa de aco temperado com espessura entre 5 a 12mm. Oulra fungao da placa é a distribuigao da pressao do pungao. O material é normalmente ago 1045, ou VND levando a um tratamento térmico de 47 + 2 RC, nao podendo aumentar sua dureza para nao torna-la quebradiga. A placa de choque sera empregada sempre que a pressdo especifica em qualquer pungao for superior a 4 kgf/mm’, Dimensionamento da necessidade da placa de choque. — onde: Pe = pressdo especifica Pe = Fe/ Acp Fe = forca de corte | Acp = area da cabega do pungéo Placade _ choque choque 44.) Puncao: usado para fazer Material] Espessura_| Tratamento térmico furos ou formas no produto. Em geral_ | vc130 | até 1.8mm TR 58 +2 RC sao fabricados de ago liga e131 | acima 1.80mm TR 60 +2 RC metro do furo for maior que a espessura da chapa, nao ha necessidade de se fazer a verificagao , para diametros proximos a espessura da chapa pode- se utilizar a seguinte regra: Para materiais do produto onde a resisténcia a tragao for menor 392 Mpa _dmi Para materiais do produto onde a resisténcia a tragdo for maior 392 Mpa _dmin Flambagem: em geral o comprimento do pungao (L) é de 60 a 80mm. Onde: E= modulo de elasticidade (ago = 2,1. 10 © Kgflmm? J = menor momento de inércia da secao Fc= forga de corte (kgf) Jmin=ad* para diametro 64 Jmin = (a.a)? para furos quadrados 12 Jmin = b.h° para furos retangulares 12 412.) Sujeitador: tem a fungao de prensar a chapa quando a prensa estiver fechando possibilitando uma melhor qualidade da peca, e quando a prensa abrir ele impede a quebra dos pungdes. Sao normalmente acionados por molas . O material ABNT-1050. Placa de tone MOS new WN, Ta PDYSNISSSARY 13.) Porta pungao: & fixado por parafusos | punsso FA (Taancwe @ tem como fungao sustentar os pungées na | Zo base superior. A espessura minima 25% do won : — comprimento do pungdo . O material ABNT- t 1020, 0 ajuste do furo onde aloja o corpo do pungdo H7, ja que o pungao tem ajuste h7. [fone] Pongo Bucha de corte 14.) Requa de Guia: guia a tira dentro da ferramenta, sendo montadas numa distancia entre sl igual a largura da tire mais uma folga que possibilite um deslizamento regular da tira, Onde: L= largura a ser conservada entre as requas de guia. LN= largura nominal da tira. L=LN+0,8+0,5 0,8= afastamento maximo no corte da tesoura 0,5= folga para garantir a penetragao da tira nas guias laterais 1050 magaries sy cnape ~ FACADE AVANGO —_ SALENCIA Laren. 415.) Faca de Avanco: corta lateralmente a tira um retalho igual ao passo proporcionado um avango exato. ProwTae, 46.) Matriz: na matriz sera recortado o formato negativo da peca a ser produzida, a matriz e montada rigidamente sobre a base inferior ou porta matriz através de parafusos, sempre de modo a formar um conjunto solide, Em geral sao produzidos de ago liga (mesmo dos pungdes - porem com tratamento menor que o pungdo ). A forga proveniente do puncao se distribui ao longo dos gumes de corte da matriz de forma que se esta nao tiver espessura suficiente, acabara estouran- do. Na pratica a espessura minima para matriz é 20 a 25mm, podendo chegar até 32mm de acordo com o projeto. Temos uma formula: E 2 (Fe — 3000) / 1000 => adotar espessura maior que 20mm. As caracteristicas principais das matrizes de corte sao Angulo de saida para facilitar a saida do material cortado (cavaco). a folga entre pungao e matriz que e responsavel pelo corte da peca desejada altura do talao (T) que determina o numero de afiagdes possiveis. D- aS £ Ce TGP = Lo { AD

parae <2 mm T=15 e =>parae2 2mm e = espessura da chapa 17.) Bloco Limitador: tem a fungao de limitar 0 fechamento da ferramenta, impedindo que ao fechar a prensa ela danifique os elementos da ferramenta (puncdes, matrizes, molas). Geralmente construida com perfis redondo ou retangular, disposto em diagonal na base. Material ABNT-1010. 18.) Munhées de Transporte: tem a fungao de transportar as ferramentas por pontes ou talhas. M5} 490 | 145 63 0 80 A 8 ¢ [eta ls 0 Ts % 40 CARGA(KG)} 500 | 750 | 1000 19.) Molas: sua funcdo é manter a chapa presa firmemente, para evitar que a mesma desloque durante a operagao. Para se calcular as motas, devemos conhecer a forga de exiragao, esta forga & aquela que tem 0 objetivo de extrair o pungdo de dentro do furo cortado, pois, quando furamos uma determinada pega o furo pode prender o pungao. As molas utilizadas em estampos devem ser escolhidas entre as molas comerciais de forma criteriosa. Existem varios tipos e tamanhos de molas para estampos que so comercializadas de forma a atender a maioria das aplicagoes. As molas possuem caracteristicas especificas que sao -Constante elastica mostra a forga que esta mola vai exercer em seus apoios quando sofrer uma unidade de comprimento de compressao. Esta caracteristica pode ser representada em gréificos. No grafico, pode-se determinar a forga que a mola exerce quando se encontra comprimida de um certo valor. “Curso da mola 0 curso total da mola ¢ o valor que a mola pode ser comprimida até que suas espiras se encostem, curso que nunca deve ser atingido Pedemos adquirir as molas no mercado, pois os fabricantes normalmente nos informam todas as. referencias, tais como diametro do arame, diémetro da mola, carga que pode suportar, curso, etc De acordo com os diferentes tipos de estampos, podemos utilizar as seguintes molas: +Molas helicoidais: $40 constituidas de varias espiras de fio de ago enrolado sobre um cilindro, com a sec¢ao circular ou retangular. (vide catalogo molas danly) roo rs 1 — Mola Quadrada Mola Retangular _Molas Prato: Estas molas sao formadas por uma pilha de arruelas, denominadas de BELLE- VILLE ou SCHNORR, montadas com as concavidades alternadamente opostas. 2 | Ae. WU em sétie em parcels _ Molas Plastiprone: Estas molas, apresentadas sob forma de tarugos de uretano sélido, estao Subslituindo com vantagens, as molas de ago convencionais usadas em ferramentaria. Seu bom funcionamento deve-se a resisténcia aos dleos, @ flexibilidade e 4 extraordinaria capaci- dade de suportar cargas. As vantagens: no quebram de imprevisto; possuem longa durabilidade; desenvolvem altas pressdes, mesmo com pequeno curso; sao de facil montagem nas ferramen- tas; ocupam menos espaco (alojamento mais simples); diminuem custo de manutengao, redu- zem paradas na produgao e prolongam a vida das ferramentas devido a possibilidade de distribuigao regular, sao facilmente usinadas (torneadas, furadas e serradas) para as medidas desejadas, permitindo ao construtor de ferramentas ter sempre disponivel a medida exata para cada caso especifico. 1kgs = 1kgf MOLA PLASTIPRENE - F VERMELHO ABAULAMENTO i a IL ot | at £433 Gestna-se a sentgas de repwso como prensa chapa, onde é hecessitio, wm curso mate, com cielo de operacSo. mais lento © espago para alojamento das HOLAS PLASTIPRENE, deve 1 = 30% maior que o didmevo | 90 edeino da mola, afm de penis 284 anaulamento, MOLA PLASTIPRENE - EF VERDE ABAULAMENTO x ‘ud * . 3 an “al ai # 7 J ae420 v0) aaa ast nl L a a | aaat aa ol - | 628 mal 1 a Destna-se a cemias onde seis Ca >] a = tom edb. ae eperstbe nine ea 2 ie ci — = a a © espace para alajamento das |__ ca 3020 J 302) 151] MOLAS PLASTIPRENE-EF deve 80 46 | | et 41H) everna d3 mola. para permuitie 100, 5389 C— 338) 260i sees 8 = a ia 120 7m [ws a al 140. 40524 | iz 526| In ee MOLAS SOBREPOSTAS MOLAS EM PARALELO. BP Bp ‘a _| Forga Total _ Pea=b ci b —| ob Compressao Forga Total P=atb c, oe co, Compressao Total C=C Obs: Malas helicoidais usar 30 a 40 % de Pré aperto (PA) Molas de plastiprene usar curso total, porem considerar 10% do curso como perda na flexao Tabela de Caras E ; als ci Exempla: 0s célculos do projeto chegoua ||h./-8 [he fate] Cee To | carga do sujeitador no ponto P+1=1250 kgf | | em] fn }'mm ERIS OC. aa | de yataatno | oul © um curso min. para operagao de 38mm. organ aes te b[alie 0 Logo Curso mola. (min) = curso itil /60% = 36 / 25 | a16o42t oa 0,6 % Curso mola. = 60 mm Ry | 92) O:1g082 1 1a 38} o-160621 44} 9:1607-21 No catélogo danly temos uma mola de BI] @ 160841 | 67mm curso e 145 daN (145 kgf) |}oa 9) Sth onterone |) | ]zs}ersiea: Olabeot Para molas Prastiprene considerar o curso ||#5/®5hjoa} 0161621 de 36mm usaremos 2 molas sobrepostas “|iislotstsar para cada jogo total e molas (vide grafico) |} .} > Jeg} B1e302012 Grafico de molas: Mola Helicoidal Danly a —_ a ale : Zo 3 8 ES oS 9 ze Se 5 fe 3 ° Bo WE SF gs - wad Mola Prastiprene (g a Eo 8 IS x £ Si | 32 Eo aS ce ez Be wo og oe 20.) Prensas para estampagem: a classificagao destas maquinas é feita observando 0 funcionamento & os movimentos: - prensa mecanica ou prensa hidraulica. Em cada uma destas categorias, os movimentos de que sao dotadas essas prensas permitem diferencia-las em: simples agao , dupla agao ou tripla ago. -Prensas mecanicas: 0 principio de acumulagao de energia que esta presente quando se levan- ia. a massa de um martelo pode também ser aplicado as prensas mecanicas. Neste caso a ener- gia é armazenada em um volante e, ao contrario do martelo onde toda energia acumulada é gasta de uma s6 vez, na prensa ele deve ser despendida apenas em parte Uma redugao de velocidade do volante da ordem de 15% para operacdo continua e de 25% para uma unica pancada, é estimada como a maxima permitida, sem que o motor elétrico que toca 0 volante seja afetado. A forga maxima de projeto definida para uma determinada prensa é um valor compativel com os esforgos que pode suportar sua estrutura e as pegas moveis que fazem a transmissdo de forgas. Forgas acima desta comegam por comprometer a rigidez estrutural causando desgastes prematu- ros e perda de precisao das ferramentas e finalizam pelo aparecimento de fissuras e quebra de pegas da prensa. 1- Volante 2- Guiias do cabecote 3 - Excénuiico 4-Biela 5 - Mesa regulvel 6 - Volante regulador Prensas excéntricas: nestas o volante acumula uma quantidade de energia, que cede no momento em que a pega a cortar, dobrar ou embutir, pde resistencia ao movimento. No eixo do volante ha um excéntrico que funciona por meio de uma biela, transmitindo movimento alternativo a0 cabegote, que desliza por guias regulaveis, onde de uma biela, transmitindo movimento altemativo ao cabegote, que desliza por guias regulaveis, onde se acopla 0 conjunto superior da ferramenta. © conjunto inferior é fixado & mesa, por meio de parafusos e placas de fixacao -Prensas hidraulicas: tem seus movimentos feitos através de pressao de dleo e sao ullizadas, geralmente, para ferramentas de grandes dimensdes. Podem competit com as prensas mecani- cas, desde que tenham as mesmas vantagens (alta velocidade de trabalho). A bomba de embolo rotativo, de alimentagao varidvel, apresenta a caracteristica de conferir ao curso da prensa, a i velocidade maxima quando a pressao é minima e a velocidade minima quando a pressao & maxima. E também muito empregada no Try-out | BIBLIOGRAFIA. BRITO,Osmar de. Estampo de Corte. Sao Paulo. Editora Hemus.2004 Provenza, Francesco Projetista de Maquinas. Sao Paulo, Ed. Francesco Provenza s/d. Provenza,Francesco .Estampos |. Sao Paulo, Ed. Francesco Provenza.s/d Provenza,Francesco .Estampos Il. Sao Paulo. Ed. Francesco Provenza.s/d KONINCK.J. DE, GUTTER,D.Manual do Ferramenteiro.SA0 Paulo. Ed. Mestre Jou. 1976 Apostila Projeto de Ferramentas para Conformagao de Chapas Demec UFPR Apostila Tecnologia de Estampagem Faculdade de Tecnologia Sorocaba

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