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Índice
Cálculos para molde de Injeção Plástica.................................................................. 4
Balanceamento de cavidades............................................................................... 4
Capacidade de injeção: ........................................................................................ 5
Capacidade de Plastificação ................................................................................ 6
Força de Injeção ................................................................................................... 7
Força de Fechamento........................................................................................... 7
Força de Agarre.................................................................................................... 8
Ciclo de Operações ............................................................................................ 10
Cálculo de Resistência da Cavidade .................................................................. 11
Placa Suporte ..................................................................................................... 13
Canais de Distribuição........................................................................................ 14
Cálculo dos Canais............................................................................................. 14
Refrigeração ....................................................................................................... 15
Cálculo do resfriamento com água ..................................................................... 16
Requisitos para um esfriamento uniforme. ......................................................... 18
Bibliografia:......................................................................................................... 19
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Curso Técnico em Plástico Cálculos para Molde de Injeção Plástica
Índice de Tabelas
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Curso Técnico em Plástico Cálculos para Molde de Injeção Plástica
Balanceamento de cavidades
Quando temos que moldar peças diferentes mo mesmo molde, este deve ser
balanceado evitar o seu empenamento.
A pressão de injeção aplicada sobre uma área gera força.
F =P⋅A
Se as peças forem diferentes, teremos forças diferentes aplicadas em diferentes
pontos do molde. O cálculo a seguir, equilibra as forças em relação ao centro do
molde.
Seqüência:
Capacidade de injeção:
Exemplo:
Verificar se é possível injetar uma peça de PP que pesa 170 g em uma injetora
com capacidade para 180 g.
Sabe-se:
R: Não será possível a injeção nesta máquina, pois a CI é menor que o PM,
devemos utilizar uma injetora com capacidade de injeção maior que 180 g.
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Capacidade de Plastificação
A quantidade máxima de material padrão (Poliestireno) que a máquina consegue
amolecer por hora, para ser moldado.
Normalmente, sua capacidade máxima padronizada em poliestireno. O peso
específico e fator volumétrico dos materiais plásticos são diferentes, por isso
quando for injetar material plástico que não seja poliestireno, deve-se usar a
seguinte fórmula:
Caloria do PS
CP = CpPS ×
Caloria do mat. a ser injetado
Caloria do PS
CP = CpPS × × 0,8 = Kg / h
Caloria do mat. a ser injetado
Onde:
CP= Capacidade de plastificação em kg/hora
Caloria dos materiais = Calor específico (tabela 1).
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EXEMPLO:
Determinar a capacidade de plastificação para injetar Nylon (PA), sendo que a
capacidade de plastificação da máquina é de 40 kg/h em poliestireno.
Caloria do PS 135
CP = CpPS × × 0,8 ⇒ Cp = 40 × × 0,8 ⇒ Cp = 13, 29 Kg / h
Caloria do mat. a ser injetado 325
Força de Injeção
É a força que surge na cavidade de moldagem quando se aplica a pressão de
injeção à área projetada da peça sobre a cavidade.
Fi = Força de injeção
Fi = Pi ⋅ Ap Onde: Pi = Pressão de injeção
Ap = Área da peça
Força de Fechamento
Durante o processo de injeção o material plástico deve ser injetado dentro da
cavidade com pressão suficiente para preencher a cavidade. A esta pressão
chamamos de Pressão de injeção, que varia de:
Pi = 700 a 1400 kgf/cm2
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⎛1 2⎞ Pc =
2
⋅ Pi
Ou seja: Pc = ⎜ a ⎟ ⋅ Pi
⎝ 2 3⎠ 3
Pelo princípio básico da hidráulica, toda pressão que é aplicada a um fluído
sobre uma área, gera uma força; ou seja:
Força de Agarre
A força de agarre é aquela que se forma na superfície de contato do plástico com o
aço e que é muito evidente quando a peça fica em tomo de um macho, ou
superfície de gavetas.
E é dada por:
Fa = Força de agarre
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Polietileno de
150 – 250 700 1400 30 – 70
alta desnsidade
Polietileno de
150 – 250 600 1400 30 – 70
média densidade
Polietileno de 115 – 140 400 1200
30 – 70
baixa densidade 150 – 250 600 1400
120 – 150 405 1200
Polipropileno 30 – 80
180 – 280 700 1400
Poliestireno de 140 – 190 750 1200
30 – 80
alto impacto 200 – 300 750 1400
Poliestireno 140 – 190 750 1200
60 – 80
Natural 200 – 300 700 1400
Poliestireno
190 – 300 700 1400 40 – 80
Acrilonitrila
120 – 160 500 1200
ABS 70 – 80
170 – 215 700 1400
140 – 180 700 1100
Nylon 6 80 – 120
190 – 300 700 1400
160 – 200 700 1200
Nylon 6/6 80 – 120
210 – 320 700 1400
180 – 220 800 1400
Acrílico 50 – 70
160 – 260 700 1400
Poliacetal 190 – 240 700 1400 60 – 70
Policarbonato 230 – 315 980 1400 80
PVC Rígido 150 – 215 700 1400 30 – 70
80 – 140 720 1200
PVC Flexível 30 – 70
150 – 190 500 1400
PVC Copolímero 160 – 190 500 1400 30 – 70
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Ciclo de Operações
A quantidade de injeção feita por hora ou por minuto. Depende da capacidade da
máquina injetora e do peso de moldagem.
Pode ser determinada por:
IH
IM = = Injeções / min
60
60
TC = = segundos
IM
EXEMPL0:
Uma injetora tem capacidade de injeção de 120 g em poliestireno, com capacidade
de plastificação e 8 kg/hora. Querendo-se injetar 100 g em NYLON, verificar se
possível usar esta máquina, quantas injeções serão feitas por hora e qual será o
tempo do ciclo?
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Caloria do PS 135
CP = CpPS × × 0,8 ⇒ CP = 8 × × 0,8 ⇒ CP = 2, 658 Kg / h
Caloria do mat. a ser injetado 325
IH 26,58
IM = ⇒ IM = = 0, 443 Injeções / min
60 60
60 60
TC = ⇒ TC = = 135 segundos = 2 min e15 segundos
IM 0, 443
Onde:
d = Ø da cavidade
PC = pressão na cavidade
σt = Tensão de Tração
(material da cavidade)
σf = Tensão de Flexão
(material da cavidade)
PC d PC
e = 0,625 ⋅ d ⋅ h= ⋅ 1,2 ⋅
σt 2 σt
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Onde:
Z= /L
l = Largura da cavidade
L= Comprimento da cavidade
hl = Altura da cavidade
h= Espessura do fundo
σf = Tensão de Flexão
σt = Tensão de Tração
l PC
e = 0,5 ⋅ ⋅
hl σt 2 PC
h = 0,66 ⋅ l ⋅ 1,2 ⋅ ⋅
l ⋅ Z 2 σf
L PC
el = 0,5 ⋅ ⋅
hl σt
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Placa Suporte
É o elemento do molde que sofre todo o esforço devido à moldagem, isto é, a
forma de compressão (Fc).
A placa suporte está apoiada sobre calços, deve resistir à força de compressão
(Fc) sem se deformar (por flexão).
Se ocorrer às deformações inconvenientes, o produto terá rebarbas e alterações
dimensionais indesejadas.
Então temos:
0,75 ⋅ Fc ⋅ l
e=
L ⋅σa
Fc = força de compressão
Onde: l = vão entre os calços
L = comprimento do molde
σ a = tensão admissível de trabalho da placa superior
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Canais de Distribuição
Para o material chegar até as cavidades o mesmo tem que percorrer um caminho
que é chamado de "CANAL" de distribuição.
Além deste, usa-se também o canal de corte que serve para destacar a peça dos
canais.
Então temos:
Obs.: O canal de distribuição deve ser feito na forma cilíndrica, porque o material
esfria de fora para dentro.
Ad = 0,3875 ⋅ P = mm 2
Onde: P = peso do produto em gramas.
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Refrigeração
A refrigeração em um molde é feita normalmente com água que pode estar na
temperatura ambiente, gelada ou aquecida (para aquecimento usa-se também
óleo).
Os furos nas placas do molde devem estar próximos à superfície onde se formará
o produto, mas não tão próximo a ponto de causar rechupes.
O diâmetro do furo de refrigeração deve ser o maior possível, para que a área de
troca de calor seja a maior possível.
Levando-se em consideração que as conexões têm o diâmetro interno de 6 ou 8
mm, a vazão aproximada será de 20 litros por minuto.
O líquido refrigerante deverá passar pela placa em caminhos o mais curto possível
para que a diferença entre a temperatura de entrada e de saída seja o menor
possível.
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Qc = Gm [Cm (t1 − t 2 ) + L ]
onde:
Qc - quantidade de calor a ser retirada [ kcal/h ]
Gm - quantidade de material injetado por hora [ kg/h ]
Cm - calor específico do material plástico [ kcal/kg°C ]
t1 - temperatura de injeção do material [°C]
t2 - temperatura da ferramenta [°C]
L - calor latente de fusão do material [ kcal/kg ]
(onde o material se transforma em fundido)
Qc = Gm ⋅ q
Onde:
q - quantidade total específica de calor [ kcal/kg ]
(Valor de “L” na tabela abaixo)
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Valores de K :
Obs.:- 1 litro = 1 kg
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Curso Técnico em Plástico Cálculos para Molde de Injeção Plástica
EXEMPLO:
Calcular a quantidade de água que deverá circular no molde para refrigerá-lo.
DADOS:
Material a ser injetado: PVC rígido
Capacidade de plastificação: 80 kg/hora
Temperatura de saída (Ts) = 45°C
Temperatura de entrada (Te) = 15°C
Tipo de refrigeração: Circulação feita nas placas
Qc = Gm ⋅ q = 80 ⋅ 90 = 7200 Kcal / h
Qc 7200
Qa = = = 375 Kg / h
K ⋅ (t 4 − t3 ) 0,64 ⋅ (45 − 15)
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Bibliografia:
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