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UNIVERSIDADE FEDERAL DO

PIAUÍ

PROCESSOS DE USINAGEM

CENTRO DE TECNOLOGIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MECÂNICA

RELATÓRIO AULA DE LABORATÓRIO 09/10

Felipe Gomes Soares 20209014710

Matheus Ruan Machado de Sousa 20199047337

Carlos Alberto de Andrade Neto 20199051250

Teresina-PI, 22 de Agosto de 2023


INTRODUÇÃO
Segundo a DIN 8580, aplica-se a todos os processos de fabricação onde ocorre
a remoção de material sob a forma de cavaco. A usinagem é uma operação que
dar à peça: forma, dimensões ou acabamento superficial, ou ainda uma
combinação destes, através da remoção de material sob a forma de cavaco. A
remoção de material ocorre através da interferência entre ferramenta e peça, sendo
a ferramenta constituída de um material de dureza e resistência muito superior à
do material da peça, seu estudo é baseado na mecânica (cinemática, atrito e
deformação), na termodinâmica (geração e propagação de calor) e nas
propriedades dos materiais, sendo os principais processos de usinagens utilizados
nas indústrias:

• Torneamento: é um processo em que uma peça de trabalho é fixada em um


torno e girada enquanto uma ferramenta de corte é aplicada para remover o
material. Isso é comum na produção de peças cilíndricas, como eixos,
parafusos e porcas.
• Fresamento: envolve o uso de uma fresa rotativa para remover material de
uma peça. As fresas podem ter várias formas e tamanhos para criar
diferentes tipos de cortes, como fresagem frontal, lateral e helicoidal. É
usado para criar superfícies planas, cavidades, engrenagens e outros perfis
complexos.
• Furamento: é usada para criar furos em peças de trabalho. Isso pode ser
feito com brocas comuns ou brocas helicoidais. Os furos podem ser simples
ou ter características complexas, como roscas internas.
• Rosqueamento: é um processo que envolve a criação de roscas internas ou
externas em uma peça. Isso é comumente usado para a fabricação de
parafusos, porcas e outros componentes que precisam ser aparafusados.
• Retificação: é um processo de usinagem de alta precisão que envolve o uso
de rebolos abrasivos para dar acabamento a peças. É usado para atingir
tolerâncias muito estreitas e acabamento superficial excepcional.
• Eletroerosão por fio (EDM): A EDM é um método de usinagem que usa um
fio condutor para remover material da peça por meio de descargas elétricas
controladas. É especialmente útil para cortar materiais duros e resistentes
ao calor.

METODOLOGIA

Durante a aula em laboratório o técnico estava utilizando um torno mecânico


para usinar um cilindro moldado anteriormente e diminuindo apenas seu diâmetro,
ele começou com uma marcação zerando a máquina naquele ponto e em seguida
usinando a peça até seu meio assim como no exemplo a seguir.

Torno usinando peça - Stoeterau et al. (2022)

A peça a ser usinada é feita de aço SAE 1045 sendo um aço carbono com médio
teor de carbono em sua composição química. Possui resistência mecânica entre
570 e 700 MPa e dureza Brinell entre 170 e 210HB.O processo de corte ocorre a
parti do movimento de avanço da ferramenta com a rotação da peça

Peça usinada - Stoeterau et al. (2022)


OBJETIVOS

O objetivo da aula foi apresentar, na máquina ferramenta, os principais


movimentos e grandezas físicas em usinagem, em como a geometria de
ferramentas de corte para os processos de torneamento, fresamento e furação.
Apresentando os objetivos específicos como o movimento de corte ,avanço da
peça, movimento efetivo da ferramenta ,profundidade do corte ,plano de trabalho
,plano de referencia , plano ortogonal ,plano corte principal, insertos de metal duro
e o porta ferramentas.

Resultados e discussões

No laboratório podemos observar o funcionamento da máquina de torneamento e


analisar seus componentes, dentre elas a geometria das ferramentas de corte,
observando planos, ângulos e arestas.

Assim tem-se as principais direções e arestas de corte,


respectivamente:
• Direção de Avanço: direção que a peça avança
• Direção de corte: direção de rotação da peça
• Cunha de corte: é a cunha formada pelas superfícies de saída e
de folga da ferramenta.
• Aresta principal/secundária: arestas da cunha de corte formada
pelas superfícies de saída e de folga
• Superfície principal de folga: superfície que determina a folga
entre a ferramenta e a superfície em usinagem
• Superfície de saída: superfície da cunha de corte sobre a qual o
cavaco se desliza

Ademais, podemos observar também os principais ângulos nas


ferramentas:

• Ângulo de folga: ângulo que normalmente varia entre 5 e 20


graus, evitando o atrito entre a peça e superfície de folga da
ferramenta
• Ângulo de saída: pode variar entre -10 e 30 graus influindo no
acabamento de corte e calor
• Ângulo de inclinação: variando normalmente entre -11 e 11 graus
controla a saída de cavaco e atenua vibrações
• Ângulo de posição: variando entre 45 e 95 graus consegue-se
distribuir tensões de corte, e pode influenciar na saída de cavavo

Conhecendo os ângulos e arestas principais foi possível conhecer


também os planos de trabalho, estes contem vetores de e avanço:

• Plano de referência: plano no qual sua direção é perpendicular


a direção de corte admitida
• Plano de trabalho: plano perpendicular ao plano de referência
e paralelo a direção de avanço
• Plano dorsal: plano perpendicular ao plano de referência e ao
plano de trabalho
• Plano normal: plano perpendicular a aresta de corte
• Plano ortogonal: plano perpendicular aos planos de corte e de
referência

Posteriormente vimos os tipos de ferramentas de corte:

Alargador – Como o furo feito pelas brocas não costuma ser exato para
permitir o ajuste entre peças, o alargador é usado com a finalidade de
garantir acabamento com medidas exatas aos furos, principalmente em
peças intercambiáveis.

Bedame – Trata-se de uma lâmina chata produzida em material de alta


qualidade e grande resistência. Indicada para usinagem externa, é uma
ferramenta de corte adaptável aos tornos mecânicos.
Bits – Assim como os bedames, são ferramentas para corte e desbaste
que permitem afiação em diversas aplicações. Podem ser quadrados
ou redondos, portanto oferece versatilidade de aplicações no processo.

Fresa – Ferramenta de corte circular, atua em alta velocidade e


possibilidade, como resultado, fazer ranhuras e cortes decorativos em
madeiras, por exemplo.

Broca: ferramenta de corte utilizada para fazer furos cilíndricos


CONCLUSÃO

Na prática realizada, tínhamos como objetivo observar os principais movimentos do


processo de torneamento e os planos existentes durante o processo, além de
conhecer ferramentas como o bit de aço rápido, a broca helicoidal, as fresas, os
insertos de metal duro e o porta-ferramentas.

A partir da prática, foi observada a finalidade dos movimentos e o processo inicial


para o torneamento que contou com movimentos de referenciação. Foram
apontados os planos de trabalho, de referência, ortogonal e de corte principal.

Por fim, foram mostrados diferentes bits de aço rápido, com ênfase em suas
diferenças nas cunhas de corte, em suas superfícies e em seus ângulos. Isso
também foi apontado para as brocas e as fresas.

Portanto, a prática permitiu observar o torno em funcionamento e as operações de


faceamento e torneamento cilíndrico externo. Além disso, permitiu a discussão das
diferentes aplicações das ferramentas apresentadas e trouxe para o ambiente
laboratorial os conhecimentos aprendidos em sala.

Referência: STOETERAU, Prof. Dr. Eng. Rodrigo Lima et al. Fundamentos dos Processos de
Usinagem. São Paulo: Escrita, 2022. 75 slides, color. Disponível em: chrome-
extension://efaidnbmnnnibpcajpcglclefindmkaj/http://sites.poli.usp.br/d/pmr2202/arquivos/aulas/PM
R2202-AULA%20RS1.pdf. Acesso em: 12 out. 2023.

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