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Neste arquivo vocês encontrarão os aspectos principais do Capítulo

11 do livro texto.

Leiam o capítulo 11 do livro texto, de forma detalhada no mínimo 3


vezes, registrem os conceitos que não foi possível entender que
discutiremos.

A lista de exercícios encontra-se no final desse arquivo.


12. FURAÇÃO
12.1. Introdução

O processo de furação é uma operação que tem como


função principal, executar, alargar ou acabar furos em peças.
Junto com o fresamento e o torneamento, a furação é o processo
de usinagem mais empregado.
A máquina ferramenta denomina-se furadeira, que é uma
máquina operatriz especializada em fazer furos.

12.2. Movimentos principais

A – movimento de corte – Rotatório continuo


realizado pela ferramenta de corte (broca).

B – Movimento de avanço – Linear, realizado também pela


ferramenta de corte.
➢ Processo de maior importância - 20 a 25% do total de
aplicações dos processos de usinagem;

➢ A broca helicoidal é a ferramenta mais fabricada e mais


difundida para usinagem;

➢ Utilização em furos curtos e/ou profundos;

➢ Utilização na furação em cheio ou com pré-furo;

➢ A velocidade de corte vai de um valor máximo na periferia da


broca até o valor zero no seu centro:

r 0 ; Vc 0; r rmax; Vc Vcmax
➢ Dificuldade no transporte dos cavacos para fora da região do
corte;

➢ Distribuição de calor não adequada na região do corte;

➢ Desgaste acentuado nas quinas com canto vivo (A);

➢ Atrito das guias nas paredes do furo (B).


➢ Operação de usinagem extensivamente usada na indústria
aeroespacial.

➢ Em uma aplicação aeroespacial típica, os custos de com M.O.


em montagem e submontagem são da ordem de 50% dos
custos totais de manufatura das estruturas (airframes) mais
comuns.
➢ Um caça possui entre 250.000 a 400.000 furos.

➢ Um cargueiro ou bombardeiro entre 1.000.000 e 2.000.000


furos.

➢ Dessa forma os custos com usinagem tornou-se um dos


principais fatores de custos de produção em aplicações
aeroespaciais1.

➢ Um asa de uma aeronave comum pode ter até 500 furos.


12.3. Brocas
A ferramenta de corte chamada broca é uma haste
metálica composto de canais helicoidais que facilitam a saída de
material usinado da aresta de corte para fora do furo. A broca
penetra no metal ou outro material deixando um furo cilíndrico
e de dimensões precisas.

As brocas são confeccionadas em:

✓ Aço rápido;
✓ Aço rápido revestido com nitreto de titânio;
✓ Metal duro;
✓ Brocas com pastilhas intercambiáveis de metal duro;
✓ Brocas especiais.
12.3.1. Tipos de brocas

a) broca de centro - utilizadas como pré-furo para guiar brocas


mais longas e para a geração de furos utilizados na fixação das
peças usinadas em torno. Para este último caso, o diâmetro e
profundidade do furo executado devem ser tais a proporcionar
uma área que permita uma adequada pressão na fixação com o
contraponto.

b) broca helicoidal - broca mais comum, é utilizada para gerar


furos mais profundos. Os canais helicoidais visam facilitar a
retirada dos cavacos da zona de corte na ponta da broca.

c) broca canhão: utilizadas principalmente em furação profunda


em tornos. Neste caso, normalmente a broca fica parada
enquanto a peça gira presa à placa do torno. Não é incomum,
entretanto, que também a broca gire durante a operação.
A geometria de uma broca, embora mais complexa do que
aquela observada para os bits de torneamento, incorporam a
maioria das superfícies e ângulos.

A broca Helicoidal é a ferramenta mais utilizada para a


execução de furos. Pode ser dividida em 3 partes:

a) Corpo – parte da broca que contém os canais helicoidais


b) Ponta – onde se localizam as arestas principais e transversal
de corte;
c) Haste – onde é feita a fixação da ferramenta. De acordo com o
mecanismo de fixação mais comum são em geral cilíndrica –
para montagem em mandril.
As formas construtivas de uma broca helicoidal são:

Os tipos de desgastes mais comunas em brocas são:


desgaste de cratera e desgaste de flanco.
Exemplos de brocas:
12.3.2. Principais ângulos em furação
A norma DIN 1836 classifica três tipos de brocas quanto
ao ângulo de hélice:
12.4. Fundamentos do processo

É o processo de usinagem destinado à obtenção de furos,


geralmente cilíndricos, numa peça, com auxílio de uma
ferramenta, geralmente multicortante.

Para tanto, a ferramenta ou a peça giram e,


simultaneamente, a ferramenta ou a peça se deslocam segundo
uma trajetória retilínea, coincidente ou paralela ao eixo
principal da máquina.

A ferramenta mais empregada na furação é a broca


helicoidal. Cerca de 20% das máquinas ferramenta existentes
são furadeiras, o que evidencia a posição de destaque que o
processo de furação ocupa dentro dos processos de usinagem.
Apesar de todos os esforços no sentido de aumentar o
rendimento da operação de furação, as brocas helicoidais
constituem atualmente o gargalo de qualquer tipo de usinagem,
exigindo freqüentemente a redução da velocidade de corte das
ferramentas de torno, quando operam em conjunto em
máquinas automáticas.
3.1. Variações do processo de furação com brocas
12.5. Tipos de furadeiras

1 Cabeçote fixo.
2 Conjunto de polias.
3 Motor elétrico.
4 Eixo (Árvore).
5 Porta ferramenta (Mandril)
6 Ferramenta (Broca).
7 Mesa ajustável.
8 Coluna.
9 Base.
12.6. Parâmetros de corte na furação

Os principais movimentos no processo de furação são: o


movimento de corte (rotatório continuo realizado pela
ferramenta de corte, a broca) e o movimento de avanço (linear,
realizado também pela ferramenta de corte). Assim, os
principais parâmetros de corte são:

i. Velocidade de corte (Vc);


ii. Avanço (f);
iii. Velocidade de avanço (Vf);
iv. Profundidade de usinagem (ap) – igual a metade do diâmetro
da broca;
v. Tempo de corte tc
12.7. Retirada do cavaco produzido é problemática

O Cavaco helicoidal ou em lascas são de fácil retirada; no


entanto, o cavaco em fita é de difícil remoção. A retirada do
cavaco pode ser feita;

➢ Através da retirada periódica da ferramenta (demanda maior


tempo passivo);

➢ Através do fluido de corte;

➢ O aumento do avanço facilita a quebra do cavaco. Porém,


causa a redução do ângulo de folga efetivo.
12.8. Força e Potência de Corte na Furação

Na furação são observadas as seguintes resistência ao


corte:

➢ Resistência devido ao corte do material nas duas arestas


principais de corte (Mta e Faa);

➢ Resistência devido ao corte e extrusão do material na aresta


transversal de corte (Mtb e Fab);

➢ Atrito nas guias e atrito entre a superfície de saída da broca e


o cavaco (Mtc e Fac)
Uma broca durante o corte é basicamente submetida a esforços
de torção e esforços de compressão, assim para calcular os
esforços na furação basta:

➢ Calcular o Momento torso

➢ Calcular a força de avanço do processo

➢ Fft = Fta + Ftb + Ftc


12.8.1. Fórmulas Experimentais para Cálculo dos Esforços de
Corte na Furação

➢ Fórmula de Kronenberg

Sendo: D = diâmetro da broca


f = avanço
C1, x1 e y1 = constantes empíricas do material da
peça.
➢ Fórmula de H. Daar para Determinação da Força de Avanço
na Furação em Cheio

Sendo: D = diâmetro da broca


f = avanço
C2, x2 e y2 = constantes empíricas do material da
peça.
➢ Fórmula de H. Daar para Determinação da Força de Avanço
na Furação com Pré-furo

Sendo: D = diâmetro da broca


f = avanço
C4, x4 e y4 = constantes empíricas do material da
peça.
Lista de Exercícios - Furação

1. Por que os furos obtidos por furação são imprecisos geométrica e


dimensionalmente? Como são conseguidos furos mais precisos atualmente?

2. Por que a retirada do cavaco de dentro do furo é crítico na furação? Quais são
as medidas adotadas para facilitar a sua remoção?

3. Por que o as brocas helicoidais de aço rápido ainda são as mais utilizadas na
furação?

4. Uma broca helicoidal de aço rápido com 20 mm de diâmetro está sendo usada
para alargar um furo com profundidade de corte (ap = 5mm) numa peça de aço
SAE 52100. Dados: avanço 0,1mm/rotação.
a. Calcule o momento torsor.
b. Calcule a força de avanço.
c. Calcule o avanço máximo permissível que pode ser usado para usinar o pré-
furo, considerando:
➢ A resistência da broca.
➢ A força de penetração máxima da furadeira.
➢ A potência da máquina (Pm = 2 Cv e  = 90%).

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