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FABRICAÇÃO MECÂNICA I

FABRICAÇÃO MECACÃO MECÂNICA AULA 2


FABRICAÇÃO MECÂNICA I
SUMÁRIO DA AULA

1.0 INTRODUÇÃO – USINAGEM


2.0 TORNO
2.1 TORNEAMENTO - DEFINIÇÃO
2.2 PRINCIPAIS OPERAÇÕES DE TORNEAMENTO
2.0 TIPOS DE TORNO
2.1 DETALHAMENTO DO TORNO HORIZONTAL
3.0 ACESSORIOS
3.1 TIPOS DE PLACAS
3.2 PONTA FIXA, ROTATIVA, MANDRIL E HASTE DE ARRASTO
3.3LUNETAS
3.4 FERRAMENTA , PORTA FERRAMENTAS E OUTROS ACESSORIOS
4.0 CONSERVAÇÃO
5.0 AFIAÇÃO DE FERRAMENTAS DE CORTE
6.0 FLUIDO DE CORTE
7.0 CALCULO PARA TORNEAMENTO
1.PROCESSOS DE FABRICAÇÃO MECÂNICA

Podemos dividir os processos


de fabricação mecânica em: os
com remoção de cavaco, e os
sem remoção de cavaco.
U
S
I
N
G
E
M

Cavaco Material removido do tarugo para obtenção


de uma peça com forma e dimensões definidas

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2.0 TORNO

HISTORIA
Apesar de muito antigo, pode-se dizer que ele só foi efetivamente
usado para o trabalho de metais no começo deste século. A partir de
então, tornou-se um dos processos mais completos de fabricação
mecânica, uma vez que permite conseguir a maioria dos perfis cilíndricos
e cônicos necessários aos produtos da indústria mecânica.
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2.1 TORNEAMENTO DIFINIÇÃO
TORNEAMENTO
O torneamento é um processo mecânico de usinagem destinado a
obtenção de superfícies de revolução com o auxílio de uma ou mais
ferramentas monocortantes. Para tanto, a peça gira em torno do eixo
principal de rotação da máquina e a ferramenta se desloca
simultaneamente segundo uma trajetória coplanar com o eixo referido.
Quanto à forma da trajetória, o torneamento pode ser retilíneo ou
curvilíneo.

• A matéria prima (tarugo) tem


inicialmente a forma cilíndrica
• A forma final é cônica ou cilíndrica
• Na operação de corte a ferramenta
executa movimento de translação,
enquanto a peça gira em torno de seu
próprio eixo
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FABRICAÇÃO MECÂNICA I
2.2 PRINCIPAIS OPERAÇÕES DE TORNEAMENTO
b) Rosqueamento
interno/externo

c) cilíndrico f) cônico externo


e) Sangramento axial
externo d) cilíndrico interno

g) cônico interno h) faceamento i) Sangramento j) Perfilamento


radial radial
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2.0 TIPOS DE TORNOS

CONVENCIONAL OU HORIZONTAL
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2.0 TIPOS DE TORNOS

VERTICAL
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2.0 TIPOS DE TORNOS

REVÓLVER
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2.0 TIPOS DE TORNOS

CNC
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2.1 DETALHAMENTO

a- placa
b- cabeçote fixo
c- caixa de engrenagens
d torre porta ferramentas
e- carro transversal
f carro principal
g – barramento
h – cabeçote móvel
i- carro porta ferramenta
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2.1 DETALHAMENTO – CONT.
Características principais de um torno mecânico

Os tornos mecânicos são definidos por certas características que servem para orientar os
operadores quanto à sua capacidade para os diferentes trabalhos. As características
principais observadas nos tornos mecânicos são as seguintes:
Comprimento entre pontas – é a distância máxima, entre ponta do cabeçote fixo
e a ponta do cabeçote móvel, todo recuado.

Altura da ponta em relação ao barramento – altura da ponta é à distância do


centro das pontas à face superior do barramento
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2.1 DETALHAMENTO – CONT.
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2.1 DETALHAMENTO – CONT.
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2.1 DETALHAMENTO – CONT.
FABRICAÇÃO MECÂNICA I
2.1 DETALHAMENTO – CONT.

Componentes do cabeçote fixo Carro principal ou grande


carro
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2.1 DETALHAMENTO – CONT.
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2.1 DETALHAMENTO – CONT.
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3.0 ACESSORIOS

O QUE É EQUIPAMENTOS E ACESSÓRIOS DOS TORNOS ?

•Ponto rotativo,
•Placa universal,
•Placa de arraste,
•Mandril, . 
•Placa de castanhas independentes, .
•.Luneta fixa e 
•.Luneta móvel
•Ferramenta e porta ferramentas
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3.1 ACESSORIOS – PLACAS UNIVERSAIS

Placa universal: Equipamento muito comum nos trabalhos de torneamento. Possui


três castanhas que efetuam a fixação na peça simultaneamente, forçando sua
centralização. Pode efetuar fixação em diâmetros internos e externos

Placa universal de
quatro castanhas
Placa universal de três
castanhas
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3.1 ACESSORIOS – PLACAS UNIVERSAIS
•Placa de castanhas Independentes: Utilizada na fixação de peças de perfis
irregulares, visto que suas castanhas de aperto podem ser posicionadas separadamente,
oferecendo condições de centragem da região que de pretende usinar.

Placa de castanhas independentes


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3.1 ACESSORIOS – PLACAS DE ARRASTE

•Placa de arraste: Usada no torneamento de peças fixadas entre pontos, onde se


pretende manter uma maior concentricidadeno comprimento total torneado.
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3.2 ACESSORIOS – PONTA ROTATIVA, FIXA, MANDRIL E
GRANPO DE ARRASTO
Ponta rotativa Ponta rotativa : Utilizado nas operações de
torneamento que requerem uma fixação entre pontas
no torno.
Mandril:
a) Mandril pinça: acessório de fixação amplamente
Ponta fixa utilizado quando se pretende eixos de diâmetros
pequenos, por oferecer grande precisão de
concentricidade. Oferece rápidas trocas de peças e é
comumente encontrado em tornos automáticos.
b) Mandril expansivo: utilizado na fixação de peças
em que se pretende totalmente o diâmetro externo,
Mandril objetivando manter uma uniformidade na superfície

Placa e Grampo de
arrasto
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3.3 LUNETA FIXA

Acessório utilizado para tornear


eixos longos de pequeno diâmetro,
pois atua como mancal, evitando
que a peça saia de centro ou vibre
com a ação da ferramenta

Luneta fixa
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3.3 LUNETA MÓVEL

É utilizada em eixos de pequenos


diâmetros, sujeitos a flexões e vibrações
na usinagem. Serve também como
mancal e deve ser montada sempre
junto da ferramenta para evitar
vibrações e flexões, pois anula as forças
de penetração da ferramenta.

Luneta móvel
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2.4 FERRAMENTA E PORTA FERRAMENTA

Porta bedame

Porta bits

Recartilhas
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4.0 CONSERVAÇÃO

CONSERVAÇÃO DO BARRAMENTO E DO EQUIPAMENTO

• Sempre que possível proteger o barramento dos cavacos e das Iimalhas


(sobras de material torneado). O acúmulo frequente deste material pode
contribuir para o desgaste prematuro das guias, além de causar acidentes
colocando em risco a integridade física do operador.

• O desgaste depende fundamentalmente da lubrificação das partes


deslizantes. É preciso aplicar, após a limpeza, uma camada de óleo
lubrificante sobre o barramento; esta medida também evita a oxidação
das guias pela ação do ar úmido ou salinidade do meio ambiente.

• Não deixar cair placas e peças, nunca utilizar o barramento como


bancada de trabalho, isto poderá provocar danos irreversíveis às guias.
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3.0 TIPOS DE MATERIAIS UTILIZADO PARA FERRAMENTAS DE CORTE

QUAL UTILIZAR?

• Metal duro - também conhecido como


Widea, Carboneto Cimentado ou Carboneto
de Tungstênio é um material utilizado
em processamentos mecânicos que consiste
em partículas duras de Carboneto de
Tungstênio, produzido por sinterização.
• Aço rapido - bit ou Bits
(palavra inglesa que significa
pedaço).

• Especiais - exemplo as
ferramentas cerâmicas,
diamante natural e o
policristalino (artificial).
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5.0 AFIÇÃO DA FERRAMENTAS DE CORTE
FABRICAÇÃO MECÂNICA I
5.0 AFIÇÃO DA FERRAMENTAS DE CORTE
FABRICAÇÃO MECÂNICA I
5.0 AFIÇÃO DA FERRAMENTAS DE CORTE

1° etapa 2° etapa

3° etapa

4° etapa
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5.0 AFIÇÃO DA FERRAMENTAS DE CORTE
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6.0 FLUÍDO DE CORTE

A busca por valores maiores de velocidade de corte sempre foi


almejada em virtude de uma maior produção de peças , e isso foi possível

devido ao surgimento de novos materiais de


corte (metal duro, cerâmicas, ultraduros
“PCB” e “PCD”) capazes de usinar os
materiais com altíssimas vc (velocidade de
corte), em contrapartida grandes valores de
temperaturas foram geradas na região de
corte devido a um grande atrito entre a peça e a
ferramenta.

O calor excessivo prejudica a qualidade do trabalho por várias razões:


1. Diminuição da vida útil da ferramenta;
2. Aumento da oxidação da superfície da peça e da ferramenta;
3. Aumento da temperatura da peça, provocando dilatação, erros de medidas
e deformações. Para resolver estes problemas surgiram fluidos de corte, que
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são materiais compostos por sólidos, gases e, na maioria das vezes, líquidos.
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6.0 FLUÍDO DE CORTE
Funções dos fluidos de corte:
As principais funções dos fluidos de corte são:
• Refrigeração a altas velocidades;
• Lubrificação a baixas velocidades.
Outras funções:
• Ajudar a retirar cavaco da zona de corte;
• Proteger a máquina-ferramenta e a peça da corrosão atmosférica. Como
refrigerante o fluido de corte evita que a ferramenta atinja uma temperatura
elevada, tanto pela dissipação do calor (refrigeração), como também pela
redução da geração de calo.
Razões para se usar fluidos de corte
• Aumento da vida útil da ferramenta pela lubrificação e refrigeração,
• Redução das forças de corte devido a lubrificação e, consequentemente,
redução de potência;
• Melhora do acabamento superficial;
• Fácil remoção do cavaco da zona de corte;
• Menor distorção da peça pela ação da ferramenta
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6.0 FLUÍDO DE CORTE

A eficiência do fluido de corte em reduzir a temperatura diminui com o


aumento da velocidade de corte e da profundidade de corte . Como
lubrificante, o fluido de corte forma um película entre a ferramenta e a peça,
impedindo quase totalmente o contato direto entre os mesmos. O fluido de
corte pode também restringir o caldeamento (microssoldagem) de cavacos da
superfície de saída da ferramenta e evitar o aparecimento da aresta postiça
de corte (APC), isso quando são adicionados certos aditivos apropriados.

• À baixas velocidades de corte, a refrigeração é relativamente sem


importância, enquanto que a lubrificação é importante para reduzir o
atrito e evitar o aparecimento de APC (aresta postiça de corte). Um fluido
de corte à base de óleo seria o indicado.

• À altas velocidades de corte, as condições não são favoráveis para a


penetração do fluido de corte na interface cavaco-ferramenta para que ele
exerça o papel lubrificante. Nessas condições a refrigeração se torna mais
importante e um fluido à base de água deve ser utilizado.
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6.0 FLUÍDO DE CORTE
FABRICAÇÃO MECÂNICA I
6.0 FLUÍDO DE CORTE

Tipos de óleo de corte

• Fluidos de corte integral – compreendidos pelos óleos integrais,


que não são emulsionáveis em água. São encontrados em uma
variedade muito grande em relação a sua viscosidade e níveis de
aditivação.
• Fluidos de corte solúvel – compreendidos pelos fluidos
emulsionáveis, semissintéticos e sintéticos.

Não existe um fluido universal, a escolha do fluido com determinada


composição depende do material a ser usinado, do tipo de operação e da
ferramenta usada. Os fluidos de corte solúveis e sintéticos são indicados
quando a refrigeração for mais importante. Os óleos minerais e graxos
usados juntos ou separados, puros ou contendo aditivos especiais, são
usados quando a lubrificação for o fator mais determinante.
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6.0 FLUÍDO DE CORTE
DICAS TECNOLÓGICAS
• Fofo cinzento são normalmente usinados a seco, porém um óleo
emulsionável pode ser útil para ajudar a remover o cavaco que é o tipo de
ruptura;
• O alumínio e suas ligas podem ser usinados a seco. Para algumas ligas é
necessário o fluido de corte, que pode ser uma emulsão com mistura de
óleo mineral e graxo e a maioria das emulsões solúveis. Não requer
aditivos EP e o enxofre ataca o metal instantaneamente;
• Magnésio e suas ligas normalmente são usinados secos e a altíssimas
velocidades de corte, entretanto, um refrigerante pode ser usado. Emulsões
são proibidas, pois a água reage com o cavaco para liberar hidrogênio, que
apresenta riscos de ignição. O enxofre ataca o metal;
• O cobre e suas ligas geralmente usam óleos solúveis. O enxofre causa
descoloração das peças;

Devido a altas fragilidades das ferramentas cerâmicas, deve-se tomar


cuidado ao aplicar um refrigerante, porque os choques térmicos podem
causar trincas superficiais.
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7.0 PRINCIPAIS CÁLCULOS DE TORNEAMENTO

CÁLCULOS RPM / vc

Fins de facilitar os cálculos


utiliza-se 320 por
aproximação
VC = VELOCIDADE DE CORTE
(CONSULTA A TABELA)
RPM= ROTAÇÃO POR MINUTO)
d = Diâmetro da peça
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7.0 PRINCIPAIS CÁLCULOS DE TORNEAMENTO
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7.0 PRINCIPAIS CÁLCULOS DE TORNEAMENTO
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7.0 PRINCIPAIS CÁLCULOS DE TORNEAMENTO

PROFUNDIDADE DE CORTE
A profundidade de corte (pc), representa a medida na qual a
ferramenta de corte é aprofundada no material. É relacionada com a
quantidade de material retirado a cada “passe”, ou seja, a cada
deslocamento da ferramenta ao longo do comprimento a ser usinado.
Note que este valor é apenas uma aproximação teórica, podendo
evidentemente ocorrer variações para maior ou menor, dependendo de
suas observações durante a
usinagem.
Uma boa aproximação do valor adequado da profundidade de
corte é de 5 a 10 vezes o valor do avanço por volta tabelado. Por
exemplo, se em determinada usinagem o avanço utilizado é de 0,2
mm por rotação então a profundidade de corte deve ser
aproximadamente 2 mm
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7.0 PRINCIPAIS CÁLCULOS DE TORNEAMENTO

ÁBACO PAINEL DO CABEÇOTE FIXO

Rotação utilizando ábaco do


painel do cabeçote fixo
A grande maioria dos fabricantes de
tornos mecânicos disponibiliza no
painel frontal do cabeçote fixo um
ábaco (tabela gráfica) que auxilia na
determinação do valor do rpm a partir
do valor da velocidade de corte, sem a
necessidade de utilizar a equação
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EXEMPLO DE CÁLCULO

Calcular a rotação adequada para tornear uma peça de aço 1040 (0,4%C),
de 50 mm de diâmetro, usando uma ferramenta de aço rápido e avanço de 0,4
mm/rotação. O primeiro passo é definir qual a velocidade de corte adequada,
usando a tabela

A Vc recomendada de acordo com a tabela é


de 32 m/min. Agora temos todos os dados
= 204,8 RPM necessários para aplicação da fórmula
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Não existe derrota para quem estuda!


Ou vence, ou aprende!

FIM...
Até a próxima aula

26/02/2023 47

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