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1 – TORNEAMENTO
1.1 – INTRODUÇÃO
Apesar de muito antigo, pode-se dizer que ele só foi efetivamente usado para o
trabalho de metais no começo deste século. A partir de então, tornou-se um dos
processos mais completos de fabricação mecânica, uma vez que permite conseguir a
maioria dos perfis cilíndricos e cônicos necessários aos produtos da indústria
mecânica.
1.2 – DEFINIÇÃO
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d) Perfilar superfícies.
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2 - A MÁQUINA DE TORNEAR
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1. Para peças cilíndricas maciças como eixos, por exemplo, a fixação é feita
por meio da parte raiada interna das castanhas voltada para o eixo da placa
universal.
2. Para peças com formato de anel, utiliza-se a parte raiada externa das
castanhas.
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5. Acionamento do torno.
6. Execução do faceamento:
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6. Execução do torneamento:
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c) Desligar a máquina.
Na aula sobre furação, você aprendeu que os materiais são furados com o uso
de furadeiras e brocas. Isso é produtivo e se aplica as peças planas. Quando é
preciso furar peças cilíndricas, as dificuldades aparecem. Embora seja possível
furar uma peça cilíndrica com a furadeira, isso requer dispositivos especiais de
fixação, além do fato de ser difícil estabelecer seu centro para fazer o furo.
O torno aparece, então, como o equipamento ideal para abrir furos centrados
em peças cilíndricas, não só para a obtenção do próprio furo, mas também como
uma operação intermediária para realizar outras. Aí, o torno só dá furo. Nesta aula
você vai aprender como.
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2. Serve para fixar o mandril de haste cônica usado para prender brocas,
escareadores, alargadores, machos.
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Vamos imaginar então, que sua tarefa seja preparar material para uma
operação posterior de broqueamento. Para fazer isso, você terá que seguir as
seguintes etapas:
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8. Após obter a medida desejada para o furo de centro, trocar a broca para
fazer o furo para o broqueamento. Isso implica verificar o diâmetro da broca
com o paquímetro, medindo sobre as guias, sem girá-la. Furos maiores que
12 mm devem ser precedidos de uma furação com diâmetro menor do que o
furo que se quer obter.
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Depois de fazer o furo, você pode, por exemplo, fazer um rebaixo interno, ou
broqueamento. Para isso, você deve usar ferramentas especiais:
2. Fixação da ferramenta.
4. Acionamento do torno.
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12. Verificação das medidas finais: os furos, conforme a precisão exigida deve
ser verificada com paquímetro, com micrômetro interno, com calibrador-
tampão ou com a peça que entrará no furo.
5 – SEGURANDO AS PONTAS
É o que acontece, por exemplo, com peças longas que se fossem presas
somente pela placa universal se flexionariam por causa da pressão da ferramenta.
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Dica tecnológica
Nos catálogos de fabricantes, as pontas e contrapontas recebem o nome
genérico de ponta.
• ponta fixa;
• ponta rotativa: reduz o atrito entre a peça e a ponta, pois gira
suavemente e suporta esforços radiais e axiais, ou longitudinais;
• ponta rebaixada: facilita o completo faceamento do topo.
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A luneta móvel geralmente possui duas castanhas. Ela apoia a peça durante
todo o avanço da ferramenta, pois está fixada no carro do torno.
Com os acessórios que você estudou na primeira parte desta aula, é possível
realizar as seguintes operações:
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Então, vamos dizer, por exemplo, que você tenha que tornear um eixo de um
metro de comprimento. Por ser uma peça longa e de pequeno diâmetro, você deverá
torneá-la fixando-a por meio de uma placa universal e de uma ponta. Esta operação
obedecerá as seguintes etapas:
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Dica tecnológica
O atrito gerado na ponta fixa provoca dilatação da peça. Isso pode causar
deformações na peça, afetar a têmpera das pontas e danificar o torno, porque
a peça está presa sem folga. Para evitar esse inconveniente, deve-se lubrificar
o furo de centro e a ponta com graxa de boa aderência tipo EP.
5. Fixação da ferramenta.
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Vamos, então, supor que você tenha que tornear peças com formatos não-
simétricos, prismáticos. Com os acessórios que você já conhece isso não é possível.
Por isso, você vai usar uma placa de castanhas independentes.
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Se a peça tiver formato tão irregular que não possa ser fixada com a placa de
quatro castanhas independentes, como mancais e corpos de motores, usam-se uma
cantoneira, fixada em uma placa com entalhes, chamada de placa lisa.
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Para a peça sem face que contenha furo de centro, usa-se um dispositivo de
fixação provisória chamado de centro postiço. Ele é colocado nos furos da peça
para servir de apoio às pontas do torno na usinagem concêntrica das partes
externas ou para obter alinhamento paralelo para tornear peças excêntricas.
Como você pode ver, ele é cheio de eixos excêntricos, quer dizer, fora de
centro. Assim, para tornear os diversos diâmetros cujos centros não são alinhados
(munhões), quando não for possível fazer os furos de centro na face da peça, uma
das técnicas que se pode usar é o emprego do centro postiço. A operação de
torneamento excêntrico seguirá as seguintes etapas:
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Essa operação também pode ser realizada com fixação entre pontas, usando
furos de centro feitos com brocas de centrar, e relativos aos vários diâmetros
(corpos) da peça.
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7 – TORNEAMENTO CÔNICO
Devemos aprender
Como calcular a conicidade para o torneamento de peças cônicas com a
inclinação do carro superior, a fórmula a ser usada é sempre:
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Devemos aprender
Quando todo o comprimento da peça for cônico, calcula-se o desalinhamento
da contraponta pela fórmula.
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Até agora você aprendeu que mudando o acessório com o qual se prende a
peça é possível tornear peças com formatos assimétricos. Aprendeu também que,
deslocando dispositivos do torno, é possível obter o torneamento cônico.
Muitas vezes, porém, esses recursos não são suficientes para tornear
determinados perfis. Isso acontece quando é preciso, por exemplo, abrir canais,
arredondar arestas, obter superfícies côncavas ou convexas, produzir sulcos
paralelos ou cruzados.
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pela rotação da peça e, como estão firmemente pressionados contra ela, imprimem
na sua superfície o desenho das estrias, à medida que o carro porta-ferramentas se
desloca.
1. Torneamento da parte que será recartilhada para deixá-la lisa, limpa e com
um diâmetro ligeiramente menor que a medida final. Isso é necessário porque
a ferramenta de recartilhar penetra por compressão, o que aumenta
ligeiramente o diâmetro inicial. A medida do diâmetro depende do passo da
recartilha.
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Dica tecnológica
Para materiais macios, pode-se usar uma vc de 8 a 10m/min.
Para materiais duros, usar uma vc de 6m/min.
9. Limpeza do recartilhado com uma escova de aço, sempre nos sentido das
estrias.
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Após ter estudado tantas operações com o torno, você deve estar se
perguntando o que fazer quando a peça está terminada. É só tirar a peça do torno e
pronto? Nem sempre. Às vezes o material que está preso na placa deve ser separado
do corpo da peça. Por exemplo, quando se fabrica uma arruela.
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Dica tecnológica
Se houver folga nos mancais da árvore do torno, a tendência da ferramenta de
penetrar e levantar a peça produz grande vibração na máquina. Para
contornar esse problema, pode-se montar a ferramenta invertida, invertendo-
se também o movimento de rotação do motor. Isso força a árvore do torno
contra seus mancais, praticamente eliminando a vibração. A desvantagem
desse procedimento é que, conforme a pressão de corte, a placa montada
tende a se deslocar. Em caso de quebra da ferramenta, existe risco de que ela
atinja o operador.
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Se existe uma máquina que tem “vocação” para a construção de roscas, essa
máquina é o torno. Nesta aula, você vai aprender como abrir roscas com o torno.
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O torno é uma máquina muito versátil. Desde que começamos a falar sobre
ele, você vem ouvindo isso. Essa fama vem da grande gama de possibilidades de se
realizar as mais diversas operações com ele. Isso quer dizer que, a partir de uma
barra cilíndrica de metal em bruto, você pode obter os mais variados perfis apenas
trocando as ferramentas.
Com toda essa versatilidade, existe uma operação em que o torno é realmente
“imbatível”: abrir roscas. Como você já estudou, basicamente, abrir roscas é filetar
uma superfície externa de um cilindro ou cone, ou o interior de um furo cilíndrico
ou cônico. Com isso, você obtém parafusos, porcas, fusos de máquinas.....
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Para abrir roscas de passo grande ou quando o material a roscar for duro ou
de média dureza, é aconselhável usar o método de penetração oblíqua. Nele, um
dos flancos da rosca é obtido por reprodução do perfil da ferramenta, enquanto que
o outro é construído pelo deslocamento oblíquo do carro de espera do torno. Isso
garante menor esforço de corte, eliminando vibrações.
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Existem vários tipos de roscas que podem ser classificadas de acordo com o
formato do filete: triangular, quadrado, trapezoidal, redondo e dente-de-serra. Para
explicar a operação de roscar no torno, vamos usar sempre como exemplo a rosca
triangular por ser a mais empregada.
Essa operação de abrir rosca consiste em dar forma triangular ao filete com
uma ferramenta de perfil adequado. A ferramenta é conduzida pelo carro principal
ou longitudinal.
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Dica tecnológica
A ferramenta deverá ter um ângulo com aproximadamente 5º menos que o
perfil da rosca, no sentido do deslocamento.
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Dica tecnológica
Caso o torno não tenha a caixa de câmbio, ou a rosca não seja padronizada, é
necessário calcular o jogo de engrenagens na grade por meio da fórmula:
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5. Verificação da preparação:
• acionar o torno;
• aproximar a ferramenta do material para tomar referência zero no
anel graduado;
• dar uma profundidade de corte de 0,3 mm;
• engatar o carro principal e deixar a ferramenta se deslocar
aproximadamente 10 filetes;
• afastar a ferramenta e desligar o torno;
• verificar o passo com um verificador de rosca.
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Para abrir roscas à esquerda, o carro deve ser avançado da esquerda para a
direita e o sentido de rotação do fuso, invertido. O modo de construção da rosca é o
mesmo.
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As roscas múltiplas podem ser de filete duplo, tríplice, e assim por diante.
Nelas, os filetes são cortados como roscas separadas. Assim, por exemplo, uma
rosca tríplice ou de três entradas é cortada como três roscas separadas. Assim que
uma rosca é completada, a outra é aberta no intervalo dela. A profundidade de
corte, ou seja, a altura do filete é a mesma de uma rosca simples.
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