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Gamas de Maquinagem

Trabalho realizado por:


Gonçalo Ressurreição, nº93330
Inês Praça, nº 93443
Miriam Tavares, nº 92992
Pedro Monteiro, nº 93336
Rafael Ferreira, nº 93013
Índice

Introdução..........................................................................................................................
Geometria e Material da Peça............................................................................................
Associação de superfícies ..................................................................................................
Descrição do processo de fabrico.......................................................................................
Seleção da Máquina...........................................................................................................
Fases...................................................................................................................................
Seleção das Ferramentas....................................................................................................
Redação da Gamas de Maquinagem..................................................................................
Contrato de Fase................................................................................................................
Ficha de Instruções detalhas por fase................................................................................
Proposta Layout..................................................................................................................
Conclusão...........................................................................................................................
Referências.........................................................................................................................
Anexos.................................................................................................................................
Introdução

O processo de maquinagem realiza-se com o objetivo de alterar a geometria de um bloco


inicial de material e para isso, necessitamos de selecionar as ferramentas adequadas.
Devemos ter em conta diversos fatores tais como, a dimensão e formato da peça, o
material a ser utilizado e as suas propriedades, o número de peças a serem produzidas, as
tolerâncias dimensionais e geométricas, o acabamento superficial solicitado, o custo total,
entre outros. Analisando todos estes fatores o propósito do anteprojeto é conciliar os
critérios técnicos e económicos, sem comprometer a qualidade.
A Gama de Maquinagem acaba por ser um conjunto de documentos em que fica
registrado as diferentes etapas de transição da peça, desde o seu início (esboço) até atingir
a sua geometria final, mas também onde tudo fica registado desde cálculos de tempos de
maquinagem, velocidades de avanço, escolha de ferramentas até ao layout da empresa.
É, portanto, uma lista de operações que irão levar o operador a realizar na totalidade a
peça desejada. Cada etapa retrata o conjunto de operações a efetuar no mesmo posto de
trabalho, posicionamento e fixação da peça.
Este anteprojeto tem como principal finalidade a otimização do processo de fabrico
através da mais fácil deteção de erros e em que etapa foram dados, caso estes ocorram e
do aprimoramento da via de comunicação entre o engenheiro/operador assim aumentando
os níveis de qualidade e produtividade.

Objetivo

Neste projeto foi-nos proposto a realização um anteprojeto de uma sequência de


maquinagem para a produção da peça nº8, uma “porca anular”, em liga de alumínio 6101
sendo nos facultado para isso o desenho de definição (fig.1) da peça com as respetivas
cotas, tolerâncias dimensionais e a cadência que definimos em 100 000 peças/ano.
Geometria e Material da Peça

A peça em questão será produzida numa série de 1000 peças em alumínio (Liga 6101).
Decidimos optar por esta liga visto que apresenta excelentes propriedades mecânicas,
como elevada resistência ao desgaste, à corrosão e à fadiga superficial, assim como
grande versatilidade para maquinagem em geral. É de notar que a dureza desta liga se
encontra em valores bastante apreciáveis, andando á volta dos 74 HB. Salientamos
também que esta propriedade é de carater de bastante importância posteriormente na
escolha das ferramentas.

Quanto à geometria do material em bruto, escolhemos um perfil tubular com 200 mm de


diâmetro externo e 150 mm de diâmetro interno. De relevar que o diâmetro exterior é o
mesmo que o diâmetro da peça final, uma vez que a superfície exterior não tem
nenhuma tolerância exigida, assim é economizado tempo de maquinagem e material.
Associação de superfícies
De modo a garantir a funcionalidade plena da peça convém fazer a associação de
superfícies, neste caso quanto ao desbaste exterior, perpendicularidade e coaxialidade
como mostra a figura 3.
Descrição do processo de fabrico

A peça estudada neste relatório irá resultar após um conjunto de operações, passando
pelo uso não só de torno CNC de duas buchas, mas também usando máquinas
ferramenta, nomeadamente aquelas mencionadas anteriormente. Como o processo será
minimamente detalhado, iremos dividir este processo de fabrico em pequenas etapas 1ª
etapa – Irá ser usado um serrote mecânico para cortar o material necessário para a
obtenção da peça, tendo em conta que o material resultante desta primeira etapa será
ligeiramente superior ao valor necessário (permitindo assim realizar o acabamento
pretendido). Posteriormente, será introduzido, no torno CNC, um bruto com espessura
de aproximadamente 16 m, sendo este apoiado pelo interior do tubo, tendo ajuda das
amarradas da bucha. 2ª etapa – Nesta etapa já nos encontramos em posição para realizar
não só o facejamento, mas também como o desbaste, a chanfragem e o fresamento. 3ª
etapa – Após estas primeiras etapas, embora iremos manter a peça na mesma bucha, é
necessário mudar os apertos e os apoios para o exterior do tubo, permitindo assim passa
à fase onde se irá realizar o desbastamento para a obtenção do diâmetro interior.
Também durante esta fase será possível realizar o chanfro e a rosca pretendida. 4ª etapa
– Nesta etapa final, será trocada a bucha onde a peça se encontra, para que se possa
realizar o facejamento da mesma, salientado que o aperto e o apoio deverão ser feitos
pelo exterior da peça.
Seleção da Máquina
De toda a gama PUMA TL a máquina-ferramenta que vamos considerar para a produção
desta peça será o centro de maquinagem PUMA TL2000M, composto por torno e CNC,
assegurando 4 eixos de maquinagem.
O PUMA TL2000M está equipado com uma bucha de 210mm, permite o processamento
de diâmetros até 240mm e um comprimento máximo de 600mm, conta ainda com 2
torretas (superior e inferior), podendo maquinar em paralelo, o que reduz os tempos e
ciclos necessários para a finalização da peça. Cada torreta tem uma galeria de 12
ferramentas (fresas, brocas, ferramentas de torneamento…) com velocidade angular até
5000 rpm.
Com uma velocidade angular máxima de 5000 rpm e um torque máximo de 476,3 N.m,
este torno permite a realização trabalhos especializados com um desvio máximo de +/-
0,01mm, o que concede uma elevada precisão e diversidade de fabrico.
Fases
Visto que se irá utilizar apenas uma máquina-ferramenta, o número de fases é dado,
exclusivamente, pelo número de vezes que trocamos a posição do bruto e,
consequentemente, os seus apoios. Numa primeira instância, Fase 10, decorre o corte,
adjacente a face A, do tubo inicial. De seguida na Fase 20, temos o facejamento da Face
D, a chanfragem da face E e a fresagem da face F. Na fase 30 a peça será maquinada no
seu interior passando por um desbaste inicial e roscagem da face G e pela chanfragem da
face H Por fim na fase 40, e para dar um melhor acabamento superficial, ocorre o
facejamento da face A.

Seleção das Ferramentas

Na seleção de ferramentas para o torneamento recorremos ao catálogo da sandvik, já para


as ferramentas de fresagem utilizamos o catálogo da dormer, tomamos em consideração
o tipo de operação e as dimensões associadas, o material da peça e a máquina-ferramenta
escolhida. Em anexo colocamos as especificações das ferramentas escolhidas.
Gamas de maquinagem
Conjunto: Peça: Material: Liga Alumínio 6101
Nome: Grupo: Data: junho 2021
Fase 10
Máquina : PUMA TL2000M
Operações Ferramentas Desenho + Isostatismo

Corte do perfil Ferramenta: QD-NR2E26-


(Face A) 25A
Pastilha: QD-NE-0200-0002-
CM H13A
Redação da Gama de Maquinagem
Gamas de maquinagem
Conjunto: Peça: Material: Liga Alumínio 6101
Nome: Grupo: Data: junho 2021
Fase 20
Máquina : PUMA TL2000M
Operações Ferramentas Desenho + Isostatismo

Facejar C Ferramenta: SRDCN 2020K


10-A
Pastilha: RCGX 10 T3 M0-
AL H10

Facejar D Ferramenta: SDJCR 2020K


07
Pastilha: DCGX 07 02 02-
AL H10

Chanfrar E Ferramenta: STFCR 2020K


11-A
Pastilha: TCGX 11 02 02-AL
H10

Fresar F Ferramenta: Dormer C305


Gamas de maquinagem
Conjunto: Peça: Material: Liga Alumínio 6101
Nome: Grupo: Data: junho 2021
Fase 30
Máquina : PUMA TL2000M
Operações Ferramentas Desenho + Isostatismo

Desbastar G Ferramenta: C5-SRSCR-


35060-12HP
Pastilha: RCGX 12 04 M0-
AL H10

Roscar G Ferramenta: R166.0KF-10E-


11
Pastilha: R166.0L-11MM01-
200 1020

Chanfrar H Ferramenta: STFCR 2020K


11-A
Pastilha: TCGX 11 02 02-AL
H10
Gamas de maquinagem
Conjunto: Peça: Material: Liga Alumínio 6101
Nome: Grupo: Data: junho 2021
Fase 40
Máquina : PUMA TL2000M
Operações Ferramentas Desenho + Isostatismo

Facejar A Ferramenta: SRDCN 2020K


10-A
Pastilha: RCGX 10 T3 M0-
AL H10
Fichas de Fase

Conjunto: Peça: Material: Liga Alumínio 6101


Nome: Grupo: Data: junho 2021
Contrato de Fase nº10
Máquina : PUMA TL2000M

Nºop Designação Ferramentas Vc (m/min) n (rpm) a (mm/rot)


10.1 Corte do perfil Ferramenta: QD-NR2E26-25A 1670 2658 0,08
Pastilha: QD-NE-0200-0002-CM
H13A
Conjunto: Peça: Material: Liga Alumínio 6101
Nome: Grupo: Data: junho 2021
Contrato de Fase nº20
Máquina : PUMA TL2000M

Nºop Designação Ferramentas Vc (m/min) n (rpm) a (mm/rot)


20.1 Facejar C Ferramenta: SRDCN 2020K 10-A 2210 3517 0,7
Pastilha: RCGX 10 T3 M0-AL
H10
20.2 Facejar D Ferramenta: SDJCR 2020K 07 2210 4066 0,12
Pastilha: DCGX 07 02 02-AL
H10
20.3 Chanfrar E Ferramenta: STFCR 2020K 11-A 2170 3993 0,303
Pastilha: TCGX 11 02 02-AL H10
20.4 Fresar F Ferramenta: Dormer C305 154 3771 0,233
Conjunto: Peça: Material: Liga Alumínio 6101
Nome: Grupo: Data: junho 2021
Contrato de Fase nº30
Máquina : PUMA TL2000M

Nºop Designação Ferramentas Vc (m/min) n (rpm) a (mm/rot)


30.1 Desbastar G Ferramenta: C5-SRSCR-35060- 1930 3840 0,651
12HP
Pastilha: RCGX 12 04 M0-AL
H10
30.2 Roscar G Ferramenta: R166.0KF-10E-11 226 450 2
Pastilha: R166.0L-11MM01-200
1020
30.3 Chanfrar H Ferramenta: STFCR 2020K 11-A 2010 4000 0,303
Pastilha: TCGX 11 02 02-AL H10
Conjunto: Peça: Material: Liga Alumínio 6101
Nome: Grupo: Data: junho 2021
Contrato de Fase nº40
Máquina : PUMA TL2000M

Nºop Designação Ferramentas Vc (m/min) n (rpm) a (mm/rot)


40.1 Facejar A Ferramenta: SRDCN 2020K 10-A 2210 3517 0,7
Pastilha: RCGX 10 T3 M0-AL
H10
NºOp Designação Ferramenta Verificação P Vc n a A Tcy Tm
(mm) (m/min) (rpm) (mm/rot) (mm/min) (s) (s)
10.1 Corte A Ferramenta: QD- Paquímetro - 1670 2658 0,08 213 6,360 4
NR2E26-25A
Pastilha: QD-NE-
0200-0002-CM H13A
Tempo de Total 6,360 4
preparação. 20s

Tempo de corte
6,360s
Tempo de
manipulação 4s
Tempos Totais Autor Data
30,36s
Ficha de Instruções detalhas por fase

NºOp Designação Ferramenta Verificação P Vc n a A Tcy Tm


(mm) (m/min) (rpm) (mm/rot) (mm/min) (s) (s)
20.1 Facejar C Ferramenta: Paquímetro 1,00 2210 3517 0,7 2462 1,326 4
SRDCN 2020K 10-
A
Pastilha: RCGX 10
T3 M0-AL H10
20.2 Facejar D Ferramenta: Paquímetro 0,974 2210 4066 0,12 488 11,520 4
SDJCR 2020K 07
Pastilha: DCGX 07
02 02-AL H10
20.3 Chanfrar E Ferramenta: STFCR Paquímetro; 0,50 2170 3993 0,303 1210 0,573 4
2020K 11-A Suta
Pastilha: TCGX 11
02 02-AL H10
20.4 Fresar F Ferramenta: Dormer Paquímetro 2,00 154 3771 0,233 843 9 4
C305
Tempo de Total 22,419 16
preparação 15s

Tempo de corte
22,419s
Tempo de
manipulação 16s
Tempos Totais Autor Data
53,419s
NºOp Designação Ferramenta Verificação P Vc n a A Tcy Tm
(mm) (m/min) (rpm) (mm/rot) (mm/min) (s) (s)
30.1 Desbastar G Ferramenta: C5- Paquímetro 1,67 1930 3840 0,651 2500 1,260 4
SRSCR-35060-12HP
Pastilha: RCGX 12 04
M0-AL H10
30.2 Roscar G Ferramenta: Paquímetro - 226 450 2 900 3,972 4
R166.0KF-10E-11
Pastilha: R166.0L-
11MM01-200 1020
30.3 Chanfrar H Ferramenta: STFCR Paquímetro; 0,50 2010 4000 0,303 1212 0,387 4
2020K 11-A Suta
Pastilha: TCGX 11 02
02-AL H10
Tempo de Total 5,619 12
preparação 15s

Tempo de corte
5,619s
Tempo de
manipulação 12s
Tempos Totais Autor Data
32,619s
NºOp Designação Ferramenta Verificação P Vc n a A Tcy Tm
(mm) (m/min) (rpm) (mm/rot) (mm/min) (s) (s)
40.1 Facejar A Ferramenta: SRDCN Paquímetro 1,00 2210 3517 0,7 2462 1,656 4
2020K 10-A
Pastilha: RCGX 10
T3 M0-AL H10
Tempo de Total 1,656 4
preparação 15s

Tempo de corte
1,656s
Tempo de
manipulação 4s
Tempos Totais 20,656s Autor Data
LAYOUT
Uma vez que o objetivo diário de peças a serem produzidas é de 274 (equivalente a 100 000
anuais). Com um operador a fazer uma peça de cada vez, cada peça demora cerca de 137.05s.
A nossa proposta de Layout, de modo a rentabilizar a produção e atingir as metas da mesma
num intervalo de tempo mais curto, passa por maquinar um tubo com 550mm de
comprimento e fazer 30 peças de cada vez que o operador trocar o bruto. Deste modo o
tempo de preparação fica reduzido em 69,2% o que corresponde a 4,5 minutos poupados a
cada 30 peças, assim, o tempo deduzido de cada peça será de 92.05 segundos (redução de
32,8%). Para que esta estratégia seja exequível, alguns ajustes teriam de ser feitos
relativamente às fases e operações apresentadas anteriormente.

Conclusão
Neste trabalho entendemos que o fabrico de uma peça dita "simples" envolve muito mais do
que esperávamos. Aprofundamos o nosso conhecimento sobre torneamento e fresagem nos
seus segmentos como por exemplo, a velocidade de corte e a taxa de produção associada.
Com a ajuda de duas empresas da região (Extrusal e Tecnimpor), tivemos acesso a informações
relativas ao material e à máquina-ferramenta a serem utilizados. Com este contacto
empresarial, assimilámos alguns dos conceitos lecionados, na unidade curricular de Tecnologia
Mecânica II entre outras, com o contexto profissional. Obtivemos uma maior noção dos
tempos de produção assim como o agregado de custos implicados e a importância da
rentabilidade de uma boa gestão operacional de modo a reduzir o tempo utilizado e o capital
despendido.
Referências

https://tecnimporcnc.com/produto/puma-tl/

https://www.sandvik.coromant.com/pt-pt/pages/default.aspx

http://selector.dormertools.com/web/ptb/pt-br/mm

Principios de Maquinagem, J. Paulo Davim


Anexos

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