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CAMPUS CATALÃO
CATALÃO – GO
2013
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CATALÃO – GO
2013
3
CDU: 624.15:004.67
4
5
AGRADECIMENTOS
Sou completamente grato a Deus pela oportunidade de cumprir uma etapa tão
importante na minha vida, somente por ELE foi possível ter sabedoria, ânimo,
perseverança e fé para superar cada um dos muitos desafios que se levantaram
nesses anos.
Aos meus pais, Abadio e Maria Cristina, que não mediram esforços para que eu
pudesse realizar esse sonho. Apoio, carinho e amor sempre estiveram presentes em
cada dia da minha vida.
A minha irmã, Pra. Cláudia e seu esposo Pr. Pedro Elias, que além de palavras de fé
e motivação, estavam sempre orando por minha vida. Que eles possam alcançar os
sonhos e metas pelas quais eles têm lutado.
A todos os professores que tive durante o curso de graduação, pois sem exceção,
todos me ensinaram alguma lição importante que poderei usar não apenas na
profissão, mas também em toda a vida.
As pessoas importantes e especiais que necessito citar o nome: Júlia Borges, Teles,
Messias, Iris, Bárbara, Thimóteo, Geovanne, Paula, Franklin, Wagner, Thiago,
Jakeliny e Maiza, pois são pessoas que sempre estarão no meu coração.
Aos engenheiros civis Oscar, Ana Luiza, Artur, Roberto e Mariomar, profissionais
que me ajudaram a aprimorar os conhecimentos teóricos.
A todos que mesmo não mencionados neste texto sempre serei grato, pois
reconheço que contribuíram de forma significativa nessa fase árdua da minha vida.
Obrigado!!!
7
(John Maxwell)
8
RESUMO
As fundações são elementos vitais para toda e qualquer edificação que se possa
vislumbrar. Focado em fundações superfiais, esse trabalho propõe soluções que
envolvem conhecimentos em áreas da engenharia civil, tais como: geotecnia e
estruturas. Um dos grandes desafios da engenharia para lidar com fundações está
na determinação da capacidade de carga, pois é necessário que os conceitos
teóricos sobre as propriedades dos solos e o comportamento do sistema solo-
estrutura, sejam adequados à realidade em que se pretende executar uma
fundação. Depois de encontrada a capacidade de carga e definida a tensão
admissível do solo, devem ser adotados alguns parâmetros de resistência para os
materiais, considerar os coeficientes exigidos no procedimento técnico, para
finalmente, realizar os cálculos que definem as dimensões geométricas e a
quantidade de aço que uma sapata irá demandar para atender o estado limite de
serviço. Com embasamento em teorias de pesquisadores consagrados e em
recomendações normativas, desenvolveu-se uma planilha eletrônica capaz de
executar rotinas que facilitarão alguns dos problemas que os projetistas de fundação
encontram. No intuito de avaliar a metodologia proposta e utilizada no
desenvolvimento da planilha, foi realizada uma comparação entre os resultados
finais de uma sapata calculada pelo sistema CAD/TQS, com os resultados obtidos
na planilha. Os resultados se mostraram satisfatórios.
ABSTRACT
FERREIRA, T. R. (2013) Pad foundation load capacity calculation and isolated pad
foundations sizing using electronic spreadsheets. Final Major Paper (undergraduate
degree in civil engineering) - Universidade Federal de Goiás - Campus Catalão.
The foundations are essential elements for all and any building that is possible
to glimpse. Focuse on superficial foundations, this paper proposes solutions that
involve knowledge in civil engineering areas, such as geotechnical and structural.
One of the biggest engineering challenges dealing with foundations is the load
capacity determination, because it is necessary that the theoretical concepts on soils
properties and pad structure - soil system behavior, match the reality where is
intended to execute a foundation. After finding the load capacity and defined the
effective stress, it should be adopted some resistance parameters for the materials,
considering the required coefficients from the technical procedure, to finally perform
the calculations which define the geometrical dimensions and the steel quantity that a
pad foundation will require accordingly to the service limit state. Based on important
researchers theories and standards recommendations, it was developed an
electronic spreadsheet able to perform routines that will ease some of the problems
that foundations designers face. In order to evaluate the methodology utilized
throughout the spreadsheet development, it was compared the final results from a
pad foundation calculation using the spreadsheet and CAD / TQS system. The
results were satisfactory.
LISTA DE FIGURAS
Figura 2.2: (a) Esboço da sapata isolada; (b) Sapata de um prédio em construção na
cidade de Catalão-GO. .............................................................................................. 22
Figura 2.4: (a) Representação de uma sapata corrida; (b) Sapata corrida em obra . 23
Figura 3.2: (a) Ruptura Geral; (b) Gráfico Carga x Recalque na ruptura geral. ......... 28
Figura 3.3: (a) Ruptura local; (b) Gráfico carga x recalque para a ruptura local. ....... 29
Figura 3.4: (a) Ruptura por puncionamento; (b) Gráfico carga x recalque da ruptura
por puncionamento. ................................................................................................... 30
Figura 3.6: Modelo idealizado por Terzaghi para a ruptura geral. ............................. 32
Figura 8.7: Caso especial em que a sapata está parcialmente tracionada ............... 61
LISTA DE TABELAS
Sumário
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 15
1.2 JUSTIFICATIVA........................................................................................................................................ 16
1.3 OBJETIVOS.............................................................................................................................................. 17
2.7 RADIER..................................................................................................................................................... 26
7 DIMENSIONAMENTO .......................................................................................... 56
10 CONCLUSÕES ..................................................................................................... 69
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 70
15
1 INTRODUÇÃO
Qual sistema seria ideal para o perfil geotécnico definido pela sondagem;
Em termos de técnica executiva e viabilidade econômica qual caminho adotar.
1.2 JUSTIFICATIVA
Além disso, ressalta-se que num âmbito geral a etapa do projeto de fundação
não recebe a devida importância, principalmente quando há possibilidade de adoção
de fundações superficiais. Isso gera a necessidade de uma revisão bibliográfica
aprofundada do assunto a fim de que todos os parâmetros necessários para a
análise do solo e desenvolvimento do projeto sejam levados em consideração,
17
1.3 OBJETIVOS
1.4 MÉTODO
2 REFERENCIAL TEÓRICO
O ensaio SPT, definido pela NBR 6484:2001 como uma sondagem para
simples reconhecimento do solo, é executado pela perfuração do solo com tradagem
e circulação de água utilizando o trépano de lavagem para a perfuração, o
equipamento completo pode ser visto na figura 2.1.
Tripé
Roldana
Peso
65 kg
75 cm
Guia
Reservatório Corda
de água
Furo de 2 1/2"
Hastes
Amostrador
Há de se tomar cuidado, porém, para que não se entenda que toda fundação
que tem transmissão unicamente pela base seja classificada intuitivamente como
superficial, há possibilidade de que isso aconteça em fundações profundas. No caso
de tubulões, por exemplo, todo atrito lateral que eles desenvolvem é desconsiderado
por hipóteses de projeto. Além disso, os tubulões pneumáticos, devido ao seu
processo executivo, não possuem nenhum atrito lateral, consequentemente, a forma
que os esforços serão conduzidos para o maciço de solo será exclusivamente pela
área da base alargada.
2.4 SAPATAS
Sua representação pode ser observada na figura 2.2 (a), enquanto que um
exemplo prático é mostrado na figura 2.2 (b)
Figura 2.2: (a) Esboço da sapata isolada; (b) Sapata de um prédio em construção na
cidade de Catalão-GO.
(a) (b)
Figura 2.4: (a) Representação de uma sapata corrida; (b) Sapata corrida em obra
(a) (b)
Uma indicação da NBR 6122 (2010) a ser destacada é que: quando ocorrer
uma redução das ações (efeito produzido na sapata interna), esta sapata deve ser
dimensionada, considerando-se apenas 50% de alívio da força solicitante; e quando
da soma dos alívios totais puder resultar tração na fundação do pilar interno, o
projeto deve ser revisto.
Pode-se dizer que as vigas de fundação são casos especiais das sapatas
associadas, porém, aqui os pilares encontram-se situados no mesmo alinhamento,
como mostra a figura 2.6.
25
2.6 BLOCOS
2.7 RADIER
(a) (b)
B
P
L
Solo
h
s
Vista Frontal Vista Superior
Figura 3.2: (a) Ruptura Geral; (b) Gráfico Carga x Recalque na ruptura geral.
Carga
Recalque
(a) (b)
Para Vesic (1975 apud CINTRA, 2011), a ruptura local é considerada como
um caso intermediário entre a ruptura geral e a ruptura por puncionamento. Neste
tipo de ruptura é formada uma cunha no solo, contudo, a superfície de deslizamento
do maciço de solo não é bem definida, a menos que o recalque atinja um valor igual
à metade da largura da fundação, conforme representado na figura 3.3 (a). A ruptura
local ocorre geralmente em areias medianamente compactas ou argilas médias,
sendo que a deformação ocorrida no solo é classificada como plástica.
Figura 3.3: (a) Ruptura local; (b) Gráfico carga x recalque para a ruptura local.
Carga
Recalque
(a) (b)
Figura 3.4: (a) Ruptura por puncionamento; (b) Gráfico carga x recalque da ruptura
por puncionamento.
Carga
Recalque
(a) (b)
2𝐵𝐿
𝐵∗ = (3.1)
𝐵+𝐿
Compacidade Relativa
0,2 0,4 0,6 0,8 1,0
0
Ruptura
1
Embutimento Relativo h/B*
Geral
2 Ruptura
Local
3
Puncionamento
Com a figura acima, pode ser observado também que com o aumento da
profundidade para uma areia medianamente compacta, a ruptura local pode passar
para puncionamento e, para uma areia de maior compacidade a fundação pode
sofrer os três tipos de ruptura, dependendo da profundidade em que se apoia o
elemento de fundação. Além disso, a partir da relação h/B* = 4,5, só existe a
possibilidade de ocorrência da ruptura por puncionamento, independendo da
compacidade da areia.
As relações entre comprimento (L) e largura (B) devem ter uma proporção
onde L seja pelo menos cinco vezes a dimensão de B (L ≥ 5B). Assim, o
problema é simplificado para um caso bidimensional. De maneira prática
trata-se de sapatas corridas;
32
q=?h
R
II
S
Deve ser destacado que a ruptura do solo pode ocorrer também para o lado
oposto ao representado na figura acima, onde, a partir do ponto O’ uma superfície
semelhante à ORST que se desenvolveria para a esquerda.
Com base ainda na figura 3.6, os segmentos de reta O’S e ST possuem uma
inclinação de 45°- φ/2 em relação à linha horizontal, enquanto que os segmentos OR
e O’R produzem um ângulo α com a base da sapata, ângulo este que varia entre φ
e 45° + φ/2. Numa situação prática, ou mesmo teórica, os valores de γ acima e
33
abaixo da base da sapata podem variar, mesmo que representado pelo mesmo
símbolo.
Para desenvolver sua teoria, Terzaghi (1943 apud CINTRA, 2011) considerou
que a cunha de solo I, destacado na figura 3.7, estivesse na iminência de sua
ruptura provocada pela tensão σr aplicada pela sapata ao solo.
Como podem ser observados na figura 3.7, nas faces OR e O’R da cunha
atuam o empuxo passivo Ep e as forças de coesão Ca, isso para o caso especial em
que α é igual a φ. Assim, a Equação 3.2 é obtida a partir do equilíbrio de forças na
direção vertical para uma cunha de comprimento unitário:
Com
𝐵/2
𝐶𝑎 = 𝑐 (3.3)
𝑐𝑜𝑠 𝜑
𝛾
𝑊 = 𝐵 2 tan 𝜑 (3.4)
4
𝐸𝑝 𝛾
𝜎𝑟 = 2 + 𝑐 tan 𝜑 − 𝐵 tan 𝜑 (3.5)
𝐵 4
1
𝜎𝑟 = 𝑐𝑁𝑐 + 𝑞𝑁𝑞 + 𝛾𝐵𝑁𝛾 (3.8)
2
40º
30º
Ângulo de atrito F
20º
10º
60 50 40 30 20 10 0 20 40 60 80
5,14 1,00
Nc Nc Nc
𝛾
𝜎𝑟 = 1,2𝑐𝑁𝑐 + 𝑞𝑁𝑞 + 0,6 𝐵𝑁𝛾 (3.9)
2
𝛾
𝜎𝑟 = 1,2𝑐𝑁𝑐 + 𝑞𝑁𝑞 + 0,8 𝐵𝑁𝛾 (3.10)
2
Com a associação dessas equações, foi possível criar uma equação geral de
capacidade de carga na ruptura geral, equação 3.11, em que o efeito da forma da
sapata fosse considerado:
36
1
𝜎𝑟 = 𝑐𝑁𝑐 𝑆𝑐 + 𝑞𝑁𝑞 𝑆𝑞 + 𝛾𝐵𝑁𝛾 𝑆𝛾 (3.11)
2
Sapata Sc Sq Sγ
Corrida (lado B) 1,0 1,0 1,0
Quadrada (B=L) 1,3 1,0 0,8
Circular (B = diâmetro) 1,3 1,0 0,6
Retangular 1,2 1,0 0,9
2
𝑐∗ = 𝑐 (3.12)
3
2
tan 𝜑 ∗ = tan 𝜑 (3.13)
3
1
𝜎′𝑟 = 𝑐 ∗ 𝑁𝑐′ 𝑆𝑐 + 𝑞𝑁𝑞′ 𝑆𝑞 + 𝛾𝐵𝑁𝛾′ 𝑆𝛾 (3.14)
2
37
Nos casos onde a ruptura geral seria esperada (solos resistentes), Vesic
(1975 apud CINTRA, 2011) sugeriu duas substituições nos fatores da equação geral
de Terzaghi (1943 apud CINTRA, 2011). Inicialmente, que fosse adotado o fator de
capacidade de carga Nγ de Caquot e Kérisel, em que os valores numéricos são
obtidos da Equação 3.15.
Como pode ser observado na tabela, são inseridas duas colunas, uma para a
relação Nq /Nc e a outra para tan φ, valores estes que serão necessários na
alteração de Vesic (1975) para solos com pouca resistência.
Sapata Sc Sq Sγ
Corrida 1,00 1,00 1,00
Retangular 1 + (B/L) (Nq/Nc) 1 + (B/L) tgφ 1 – 0,4 (B/L)
Circular ou 1 + (Nq/Nc) 1 + tgφ 0,60
Quadrada
Fonte: Beer, apud Cintra (2011)
O ponto forte da proposição feita por Vesic (1975 apud CINTRA, 2011) é levar
em conta toda gama de compressibilidade dos solos. Porém, como era necessária a
utilização de fórmulas um pouco mais complexas, o uso dessa proposta não se
tornou corrente para o cálculo da capacidade de carga. A proposta de Terzaghi
(1943 apud CINTRA, 2011) favorecia a simplicidade do procedimento, pois em seus
estudos concluiu que, na eventualidade de uma fundação superficial em solos de
baixa resistência o critério que prevalece é o recalque, e não a ruptura.
Método de Skempton
A pesquisa de Skempton (1951 apud CINTRA, 2011) foi realizada para o caso
específico de argilas saturadas em condição não drenada. Assim, tem-se que: φ =0;
Nq = 1 e Nγ = 0. O que resultou na equação (3.16) simplificada para a capacidade de
carga de Terzaghi (1943 apud CINTRA, 2011) em:
𝜎𝑟 = 𝑐𝑁𝑐 𝑆𝑐 + 𝑞 (3.16)
Para essa situação, Skempton (1951 apud CINTRA, 2011) estabeleceu que a
equação do fator de forma Sc, seria dado pela equação 3.17:
𝑆𝑐 = 1 + 0,2(𝐵⁄𝐿) (3.17)
Nc 7
4
0 1 2 3 4 5 6
h/B
Quadrada ou circular Sapata corrida
Na figura deve ser observado que a linha cheia só se aplica para sapatas
corridas. No caso de sapatas quadradas ou circulares, tem-se que B = L, portanto, o
valor de Nc corrigido para essa situação deverá ser obtido diretamente da linha
tracejada na mesma figura.
Método de Meyerhof
Além dessa proposição, Meyerhof (1953 apud CINTRA, 2011) faz análises
para situações em que a ação vertical (carga) seja excêntrica. Com isso é sugerido
que, onde houver agentes causadores de excentricidade, as dimensões reais da
base da sapata B e L sejam substituídas por valores fictícios B’ e L’, conforme as
equações 3.18 e 3.19:
𝐵 ′ = 𝐵 − 2𝑒𝐵 (3.18)
𝐿′ = 𝐿 − 2𝑒𝐿 (3.19)
1
𝜎𝑟 = 𝑐𝑁𝑐 𝑆𝑐 𝑑𝑐 𝑖𝑐 + 𝑞𝑁𝑞 𝑆𝑞 𝑑𝑞 𝑖𝑞 + 𝛾𝐵𝑁𝛾 𝑆𝛾 𝑑𝛾 𝑖𝛾 (3.20)
2
O valor da tensão admissível de um solo σadm pode ser definida por uma ou
mais das seguintes formas que se apresentam:
Para o uso de métodos teóricos, deverá ser adotado algum dos métodos
propostos pelos teóricos apresentados no capítulo 3 deste trabalho. Assim, tem-se
que a tensão admissível para a fundação será a definida pela equação 4.1:
𝜎𝑟
𝜎𝑎 ≤ (4.1)
𝐹𝑠
45
Onde:
σa = tensão admissível;
𝑁𝑆𝑃𝑇
𝜎𝑎 = + 𝑞 com 5 ≤ 𝑁𝑆𝑃𝑇 ≤ 20 (4.2)
50
Além disso, outro fator que também influencia a adoção de cada dimensão da
sapata é a proximidade que um elemento de fundação terá com o outro. Contudo,
para esse trabalho pressupõe-se que não haja interferência de um elemento para
outro.
𝛼 ∙ 𝛽 ∙ 𝑁𝑘
𝐴𝑠𝑎𝑝 = (5.1)
𝜎𝑎
Onde:
𝑙−𝑏 (𝑙−𝑏)2
𝐿= + √ + 𝐴𝑠𝑎𝑝 (5.2)
2 4
𝐴𝑠𝑎𝑝
𝐵= (5.3)
𝐿
As situações em que não seja possível aplicar o critério dos balanços iguais,
por exemplo, quando as dimensões obtidas B e L gerarem interferência com as
fundações vizinhas, deverá ser deduzida outra equação que também deve respeitar
a tensão admissível do solo.
A figura 5.2 ilustra cada um dos elementos que compõem a altura da sapata.
Rigidez da sapata
(𝐵−𝑏) (𝐿−𝑙)
- Para sapatas flexíveis: 𝐻 ≤ ou; 𝐻 ≤
3 3
(𝐵−𝑏) (𝐿−𝑙)
- Para sapatas rígidas: 𝐻 > ou; 𝐻 >
3 3
C15 53 Ø 37 Ø
C20 44 Ø 31 Ø
C25 38 Ø 26 Ø
C30 33 Ø 23 Ø
C35 30 Ø 21 Ø
C40 28 Ø 19 Ø
C45 25 Ø 18 Ø
C50 24 Ø 17 Ø
𝐻 > 𝑙𝑏 + 𝑐 (5.4)
Sendo:
transversal para resistir à força cortante. Essa verificação pode ser feita pelo critério
do CEB (Euro código), ou pelo modelo de cálculo proposto pela NBR 6118:2007, no
item 19.5.
Com essas considerações, dois métodos podem ser utilizados para calcular a
tensão nos pontos de interesse do dimensionamento. No primeiro têm-se as
equações 6.1 e 6.2 que se aplicam à situação de base completamente comprimida.
53
𝑁𝑏𝑎𝑠
𝜎𝑎 = 𝜂 ∙ (6.3)
𝑎∙𝑏
Outra solução seria a partir das equações 6.4 e 6.5, que determinam a tensão
nos pontos a e b respectivamente.
𝑁𝑏𝑎𝑠
𝜎𝑎 = 𝜎1 = (6.4)
𝑘1 ∙ 𝑎 ∙ 𝑏
𝜎𝑏 = 𝜎4 = −𝑘4 ∙ 𝜎1 (6.5)
𝑥 𝑦 𝑏
+ ∙ [ ∙ tan 𝛼]
𝜎 = 𝜎4 + (𝜎1 − 𝜎4 ) ∙ 𝑎 𝑏 𝑎 (6.6)
𝑏
1 + 𝑎 ∙ tan 𝛼
Deve ser destacado que para a situação mais desfavorável, deve se ter pelo
menos 50% da base comprimida, garantindo um fator de segurança contra o
𝑒𝑎 2 𝑒𝑏 2 1
tombamento superior a 1,5. Isso é verificado quando ( ) + ( ) ≤ .
𝑎 𝑏 9
55
6.1 FLEXÃO
Ressalta-se que a tensão usada nessa etapa precisa ser uniformizada para
uma tensão de referência dada pela verificação feita na equação 6.7:
2 2
∙ 𝜎𝑎 = ∙ 𝜎𝑚𝑎𝑥
𝜎𝑟𝑒𝑓 ≥ [3 3 ] (6.7)
𝜎𝑚𝑒𝑑
56
7 DIMENSIONAMENTO
Elevação Corte AA
A
0,8 fcd
Fc
0,8 x
x
LN Md
ap Z
h
Fs
h0
A
a
As
Com base nessa figura, deve ser feito o equilíbrio das forças atuantes na
seção, de tal forma que o momento interno produzido pelas forças Fc e Fs seja igual
ao momento externo (solicitante) aplicado Md. Dessa maneira será encontrada a
quantidade de armadura longitudinal As necessária à sapata.
𝑓𝑐𝑑
𝐴𝑠 = ∙ (𝑎𝑝 ∙ 0,64 ∙ 𝑥 + 0,512 ∙ 𝑥 2 ∙ cot 𝛼) (7.2)
𝑓𝑦𝑑
Sendo:
8 PLANILHA DESENVOLVIDA
Tendo por base toda a teoria apresentada no presente trabalho, foi possível
desenvolver uma planilha eletrônica capaz de (a partir de alguns dados de entrada)
realizar as rotinas que serão apresentadas a seguir, juntamente com cada interface
da planilha:
8.1 APRESENTAÇÃO
A figura 8.1 mostra a aba inicial da planilha, com as opções para iniciar os
cálculos ou consultar o tutorial.
Nessa etapa, conforme pode ser visto na figura 8.2, o usuário deverá ter em
mãos o boletim de sondagem do terreno, a cota à qual se pretende apoiar a sapata,
os esforços atuantes na sapata a ser dimensionada, dimensões do pilar que se
apoia na sapata, e características específicas do solo. Além disso, destaca-se que a
rotina depende de conhecimentos técnicos sobre fundações.
59
Ainda na mesma aba, como mostra a figura 8.3, o usuário da planilha deverá
informar os parâmetros do concreto, do aço, coeficientes, cobrimento nominal e
diâmetro inicial das barras de aço, para que seja realizado o dimensionamento e
detalhamento ao final da rotina.
8.8 DETALHAMENTO
Além das imagens aqui apresentadas, há um vídeo que funciona como tutorial
da planilha, nele é executado um exemplo passo a passo, dando inclusive,
condições de sanar possíveis dúvidas de execução.
66
10 CONCLUSÕES
REFERÊNCIAS