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CONSERVATÓRIO – ESCOLA PROFISSIONAL DAS ARTES DA MADEIRA, ENG.º LUIZ PETER CLODE
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Dona Margarida
Adaptação de Apareceu a Margarida
De Roberto Athayde
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AGRADECIMENTOS
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Agradeço, em especial aos meus amigos mais próximos e colegas de turma, Ana
Pereira, Sandra Pita, Filipe Rocha, Carolina Cardoso e Lisandra Alves. Por estarem
sempre presentes durante todo o processo de trabalho. Pela amizade, e todos os
momentos que partilhamos ao longo destes três anos.
Quero ainda agradecer, à minha família, pelo apoio que deram, especialmente a
sua irmã, Catarina Velosa, que sempre mostrou interesse e disponibilidade em
ajudar na elaboração da parte prática da PAP. E aos seus pais, pelo auxílio na
execução de elementos cénicos.
Muito obrigada!
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ÍND IC E G ER AL
AGRADECIMENTOS ............................................................................................ 3
INTRODUÇÃO ................................................................................................... 10
I – COMPONENTE TEÓRICA.......................................................................... 12
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ÍNDICE DE ANEXOS
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ÍNDICE DE ILUSTRAÇÕES
FIGURA 1 ........................................................................................................ 92
FIGURA 2 ........................................................................................................ 93
FIGURA 3 ........................................................................................................ 94
FIGURA 4 ........................................................................................................ 95
AM – Apareceu a Margarida
FIG. – Figura
RA – Roberto Athayde
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INTRODUÇÃO
A escolha não foi fácil todavia também não foi muito difícil, a aluna pretendia um
texto que fosse desafiante, que permitisse trabalhar uma personagem que
possibilitasse abordar questões relevantes na atualidade e que pusesse em prática
todos os conhecimentos que adquiriu ao longo do curso e a peça Apareceu a
Margarida (AM) de Roberto Athayde (RA) tinha todas essas características.
A obra é uma sátira que fala sobre o excesso de poder. Os métodos utilizados
nas aulas da Dona Margarida representam formas de como as escolhas de vida
podem roubar aos Homens a sua individualidade, levá-los à conformidade e à
submissão sem se aperceberem. A frontalidade do texto dá-lhe a possibilidade de
quebrar a quarta parede e o espetador acaba por encarnar a posição de um aluno.
O público é então desafiado e encorajado a se comportar como um discente rebelde
durante a aula de Dona Margarida. A partir deste contexto de sala de aula o
espetador vê-se
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Ao longo da PAP teórica são desenvolvidas para além das informações iniciais
– agradecimentos e introdução – a componente teórica que engloba a
caracterização da Obra, a evolução da personagem no texto, o universo do autor
que compreende a biografia e obras do autor – a contextualização histórica, a
conclusão e por fim a bibliografia e webgrafia. A Componente prática refere a
caracterização e cabelo, a cenografia, o figurino, o desenho de luz e a sonoplastia.
Seguidamente os Anexos que constam de: diário de bordo, o texto cénico, o texto
cénico adaptado, o cronograma de ensaios, o design gráfico, o Curriculum Vitae e
as avaliações periódicas realizadas pelo orientador e pela aluna. E por último as
ilustrações.
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“Vocês têm de compreender que aqui dentro destas quatro paredes vocês não
mandam em nada. É como se vocês não existissem, é claro que tem de pagar.
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Vocês foram obrigados a pagar para entram e agora não podem sair, só quando
Dona Margarida disse. (pág. 20 e 21) [...] Vocês têm que compreender que vocês
aqui dentro não têm voz ativa. Vocês estão nas mãos de Dona Margarida. Vocês
aqui não participam em nada. Dona Margarida não dá permissão para que nada
seja feito sem permissão. Dona Margarida não deixa nada. Não pode isso, não
pode aquilo, não pode nada! E aí de quem não gostar! Dona Margarida não tem
contemplação para os desobedientes. Dona Margarida não tem pena. Dona
Margarida não tem dó nem piedade. Nem dó, nem piedade.” (ATHAYDE,
Apareceu a Margarida, 1973, pág.48)
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oferecia, restrições nas suas leituras, ocupando o tempo com estudos de sua
conveniência, sufocando a sua liberdade de pensamento, e em última análise,
criações de relações conflituosas com os professores. AM expõem tais problemas
quando representa a escola em cena como um espaço hostil, intimidador e
incoerente, como se pode observar na fala da professora:
“Dona Margarida quer ajudar vocês a não dizerem nada. Ajudar vocês a não
terem nada de próprio para dizer. É assim que Dona Margarida prepara vocês
para a vida. Porque na vida ninguém diz nada. Ninguém tem nada de próprio
para dizer. [...] Dona Margarida ensina vocês a serem completamente
inexpressivos.” (ATAHYDE, Apareceu a Margarida, 1973, pág.49)
Apesar deste texto já completar cinquenta anos desde a sua estreia, continua a
ser uma peça com relevância, convertendo o reflexo do que vivemos atualmente.
Tendo como principal objetivo alterar e despertar a sociedade para questões que se
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preservam até hoje. A peça retrata um círculo vicioso sobre a abundância do poder,
a manipulação, as contradições da sociedade, a repressão, a opressão, a
desvalorização da profissão dos professores, e a necessidade constante que o
Homem tem de se educar e reeducar.
As margaridas são flores que crescem por todo o lado. São simples, frágeis e
belas, inicialmente com um aroma agradável e doce, todavia rapidamente nos
sufoca com o seu cheiro intenso e desagradável, tal e qual a nossa personagem.
“Assim como dona Margarida ensina as coisas ásperas da vida, Dona Margarida
também ensina as coisas simples e bonitas. Dona Margarida ensina a vocês a
poesia do mundo. Coisa que vocês também devem aprender desde cedo. Por
exemplo: apesar de tudo, vocês gostam de dona Margarida. Vocês gostam dela.
Vocês simpatizam com ela. E dona Margarida também gosta de vocês.
Simpatiza com vocês. Apesar de dona Margarida ter que ensinar a vocês às
vezes coisas que vocês não gostam. Isso é poesia.” (ATAHYDE. Apareceu a
Margarida, 1973, pág. 28)
Todos querem ter poder, desejam ser livres, querem dizer o que realmente
pensam, mas não conseguem. As pessoas estão aprisionadas a elas mesmas,
acabando por construir a sua própria ditadura, oprimindo-se e impondo valores,
seguindo a mesma corrente de opinião, quase como se fossem formatações.
Felizmente já não vivemos com o fascismo governamental, porém sofremos com a
ditadura das grandes corporações, do sistema, dos padrões comportamentais, e
sentimos medo de sair ou encaixar nesse “padrão”.
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Entra em cena com uma atitude vitoriosa, flamejante, onde o cheiro dominante
que paira o ar é o poder, sonda todos os alunos com um olhar avassalador. Este é
o primeiro pico da personagem, caracterizado como – a ostentação.
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lutando contra os seus próprios demónios. Desta forma deparamo-nos com o lado
mais vulnerável da sua profissão e do homem, pois aquela crueldade baseia-se
somente na capa que carrega diariamente de modo a que transpareça uma pessoa
feliz e com brio. Estes são os únicos momentos em que conseguimos escutar os
seus verdadeiros gritos.
Entretanto começa a crescer uma fúria intensa e avassaladora que enche a sala
num confronto direto com os alunos, e instantaneamente retoma a aula com a
disciplina de biologia, estabelecendo uma ligação com micróbios e vírus referindo-
se metaforicamente aos órgãos da censura, atribuindo-lhes também a nomenclatura
de “bichos”, crítica assim todos os crimes contra os direitos humanos concretizados
durante o período de regimes ditatoriais encobertos pela polícia vigilante.
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I.III.I – Biografia
Maria José de Athayde, sua mãe, é pouco citada nos seus relatos biográficos,
não há menções que a caracterizam além de seu único papel de mãe e de esposa.
RA caracteriza o universo em família de “fleumático”, descrevendo uma atmosfera
calma e opressiva. Cresceu sob total controlo do seu pai, acabando por influenciar
na pouca intimidade familiar, pois preocupava-se mais com ele próprio do que com
as escolhas de vida dos seus filhos.
O dramaturgo também foi influenciado pela sua tia, Anna Amélia Carneiro de
Mendonça, poetisa, tradutora e uma figura importante no movimento feminista no
Brasil. Foi também fundadora da Casa do Estudante do Brasil e da Associação
Brasileira de Estudantes. A sua prima, Bárbara Heliodora (1923-2015), considerada
uma das mais expressivas críticas teatrais, também o foi uma grande influência para
ele. Foi neste círculo de artistas e intelectuais que amadureceu.
RA cita nas suas entrevistas que, quando era criança, queria escrever como o
seu pai (presidente da Academia) ou como Machado de Assis (fundador da
Academia), considerando-o superior. O próprio questionava-se sobre quem é que
poderia estar acima de Machado de Assis. Chegou à conclusão que só poderia ser
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o português Luís Vaz de Camões. Portanto quando apenas tinha dez, onze anos
ficou obcecado por Camões, tornando-se mais tarde um problema, tendo sido
expulso de três colégios, pois ao invés de estudar, recitava a obra Os Lusíadas.
Quando foi expulso do terceiro colégio, os seus pais desistiram de o matricular em
estabelecimentos de ensino, ficando livre para estudar música, piano e línguas onde
desenvolveu e aprimorou diversas competências para escrever uma peça com um
tema tão pertinente e importante aos vinte e um anos.
Athayde, com apenas quinze anos, começou a ter aulas particulares de línguas
estrangeiras e de piano, no Solar dos Abacaxis, mansão onde morava na altura.
Quando fez dezassete anos, foi para Michigan (Estados Unidos) estudar
composição musical, porém não concluiu o curso. Depois quis estudar literatura
francesa entrando na Universidade de Sorbonne, em França.
Regressa à sua terra natal com vinte e um anos, em 1971, onde inicia a sua
dramaturgia e escrita teatral. Em apenas seis meses escreveu cinco peças de teatro,
nomeadamente: O Reacionário, Um visitante do alto, Manual de sobrevivência na
selva, Apareceu a Margarida e No fundo do sítio, depois interrompe a sua produção
de escrita criativa para montar as suas peças em cena.
Foi precisamente com AM, o seu primeiro trabalho do género de teatro absurdo,
que o autor consegue alcançar a fama e o seu sucesso internacional, sendo também
caracterizado como dramaturgo a partir de uma única peça, pois nenhum dos seus
outros projetos teve repercussão.
Athayde não mostrou o texto a seu pai, nem a sua prima Bárbara, levando-o
diretamente para Paschoal Carlos Magno (1906-1980), uma das pessoas mais
importantes do teatro brasileiro entre as décadas de 40 e 70. Graças a este ilustre
dramaturgo AM chegou as mãos de Luís de Lima (1925-2002), que tinha participado
em Casa de Bonecas de Henrik Ibsen, na versão dirigida por Cecil Thiré, porém,
devido a um acidente de carro fez com que Lima ficasse impossibilitado de encenar
a obra de Athayde. Passando o texto, então, para Tereza Rachel (1934-2016) e
seguidamente para Leila Diniz (1943-2015) até que chegou ao interesse de Marília
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Pêra (1943-2015), atriz que deu o corpo e alma a Dona Margarida. Pêra recebeu
com a sua encenação o segundo prémio Molière de Melhor Atriz do Rio de Janeiro
e o prémio Governador do Estado de São Paulo. (FIG. 1 – consultar página 93) A
sua última encenação foi em 1996.
Foi com este trabalho que RA teve o mérito de ganhar o Prémio Molière de o
Melhor Dramaturgo, que recebeu no Teatro Carioca na cidade do Rio de Janeiro em
1973. A peça, no dia do seu ensaio geral, foi vista por dois grupos específicos, um
organizado pelo seu pai constituído por ilustres personagens, o outro constituído por
representantes da Censura, que, no final, autoriza a sua subida a palco. Desta
forma, os homens da Censura ficaram constrangidos perante os artistas intelectuais
que se encontram na plateia e aprovaram a peça, pois também julgaram que Dona
Margarida representava apenas de uma professora louca e engraçada. Após duas
semanas no palco do Brasil, este fenómeno foi obrigado a ser retirado dos cartazes,
submetida a inúmeros cortes (FIG.2 e 3 – consultar página 94 e 95) e só podia voltar
a pisar os palcos mediante a obrigatoriedade de mencionar o Hino Nacional
Brasileiro.
A peça, foi liberada após negociações e regressou a cena com o Hino Nacional,
e mais tarde foi obrigada a ser substituído pela cantiga de roda “Apareceu a
margarida, olê, olê, olá” (FIG.4 – consultar página 96).
Mais tarde, RA ficou responsável por dirigir a versão da Broadway com a atriz
Estelle Parson, recebendo uma enorme crítica pela produção de 1978.
Sobre a dramaturgia da obra AM, Athayde afirma em sua entrevistas, que não
escreveu uma critica à ditadura militar. Não é autor de esquerda nem militante de
nenhuma vertente ideológica, mantendo-se sempre afastado de debates políticos.
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Ditadura no Brasil
1
Atos institucionais foram decretos forças constitucionais elaborados pelos governos militares durante o período
da Ditadura Militar. Ao todo, foram emitidos 17 atos nos cinco primeiros anos desse regime, e eles cumpriram a função
de garantir a legitimidade, do ponto de vista jurídico, e a institucionalização de uma ditadura militar.
2
O AI-5, redigido a 13 de dezembro de 1968 pelo presidente Artur da Costa e Silva, vigorou até o ano de 1978. Este ato
determinou, entre outros aspetos, a censura prévia de todas as atividades artísticas, privando a liberdade de expressão
e conferindo poderes absolutos ao regime, cuja primeira ação foi colocar o Congresso Nacional em recesso por quase
um ano.
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3 Linha-dura é o termo utilizado para caracterizar um movimento político, que adote posições mais extremistas, e
intolerantes.
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Pereira dos Santos (1971); Opinião pública, de Arnaldo Jabor (1967). E novelas:
Selva de pedra, Janete Clair (1972); O Bem-Amado, de Dias Gomes (1973); Pecado
capital, de Janete Clair (1975) e Roque Santeiro, de Dias Gomes e Aguinaldo Silva
(cesurada em 1975, restabelecida a 1985).
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Apesar de ser uma peça escrita há cinquenta anos, aborda temas ainda
debatidos nos dias de hoje sem ser necessário fazer muitas adaptações, o que
assusta muitos países com questões ditatoriais. A peça retrata o delírio, o abuso do
poder e ao ego do homem; a intolerância política, sexual, religiosa e psicológica; e
os extremismos. Sendo assim, o autor cria uma personagem docente que critica e
simboliza metaforicamente os regimes ditatoriais ativos no século XX. Desde modo
Athayde leva-nos a mergulhar dentro de uma sala de aula onde ficamos encantados
ou aterrorizados por um humor sarcástico e irónico.
Ditadura em Portugal
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Durante o Estado Novo, o clima cultural servia para a propaganda, assim sendo,
o teatro, o cinema e os bailados faziam uma apologia ao regime, caracterizando um
país fictício, destacando os filmes de António Lopes Ribeiro.
No teatro foi criado apoios, um deles foi chamado de Teatro do Povo (1936-1945)
que através de peças previamente principalmente da autoria de Tchekov e
Maeterlinck, que abordassem temáticas e exaltassem a pátria.
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Educação em Portugal
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O ensino primário foi o que teve mais atenção do estado. Remetia-se a ensinar,
como por exemplo: a glorificação da História de Portugal, o grande Império Colonial
Português, a religião católica, a tradição, os costumes, o serviço à comunidade e à
Pátria, a solidariedade numa perspetiva cristã, e a fraternidade ao país. As
disciplinas do currículo escolar eram: Matemática, História, Língua Portuguesa,
Geografia, Ciências, e Religião e Moral. Tinham de saber a tabuada, os nomes dos
rios, serras, caminhos de ferro e todas as colónias portuguesas.
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A primeira coisa que faziam, todos os dias, quando entravam na sala de aula
era cantar o hino de Portugal e rezar. As salas eram preenchidas com carteiras
alinhadas e parafusadas ao chão. Era obrigatório haver três símbolos alinhados, na
parede frontal: um retrato de Salazar, outro do Presidente Carmona, e, um crucifixo.
A secretária do professor era elevada por um estrado de madeira, demonstrando a
sua superioridade em relação aos alunos. Qualquer professor que expressasse
contra o regime era expulso do cargo.
A excelência dos alunos neste ensino, era alcançado por meio da memorização
de matéria, o objetivo principal era alfabetizar através da intimidação, humilhação e
de castigos severos, além disto, o aluno era proibido de demonstrar o seu espírito
critico, e eram obrigados a usar a farda escolar que normalmente continha o número
da identificação do aluno.
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I.VI – CONCLUSÃO
Ao concluir a PAP, a aluna admite que não é um projeto tão complicado quanto
lhe fora transmitido por ex-alunos. É um trabalho que exige desde início
organização, autonomia e autoestima. Porém, ao longo do processo a formanda
sentiu mais dificuldade em abdicar de parte do texto para o limite de tempo
estabelecido, no entanto em cooperação com o orientador, conseguiu estruturar
uma base.
No que concerne à parte prática, a formanda não teve muitas dificuldades, uma
vez que já tinha uma ideia concreta do que queria abordar e trabalhar desde o
momento em que escolheu o texto. Quanto à parte teórica, apresentou algumas
dificuldades na escrita e gramática num todo, todavia não desacelerou o trabalho.
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I.VII – REFERÊNCIAS
Bibliografia
Webgrafia
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Jazz Tangcary. ((2021). Cruella’ Make up Collection from MAC Helps Frans
Recreate Film’s Dramatic Looks. Disponivel em :https://variety.com/shop/cruella-
makeup-mac-cosmetics-emma-stone-1234969110/
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II.II – FIGURINO
Para o figurino, Dona Margarida vai vestir uma camisa branca, uma saia preta,
umas meias de renda pretas e uns saltos altos simples preto. No que corresponde
a acessórios, utiliza brincos dourados, umas luvas brancas, óculos de sol e um lenço
vermelho.
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II.III – CENOGRAFIA
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II.V – SONOPLASTIA
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ANEXOS
SUPLEMENTOS TEÓRICOS
Paulo Freire
(Paulo Freire)
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Freire atingido pela repressão instituída pelo novo regime, foi perseguido e preso
durante setenta dias, vendo-se obrigado a refugiar na embaixada da Bolívia. Ao
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Pedagogia do Oprimido
Defende a luta pelo trabalho livre, pela afirmação do ser humano como pessoa
e não como objeto. É uma obra destinada aos revolucionários, que lutam por um
mundo onde a equidade prevalece.
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O homem é um ser inacabado, isto quer dizer, que seja qual for a fase da nossa
vida, não podemos pensar que chegamos ao fim, haverá sempre um percurso a
caminhar repleto de descobertas. O indivíduo está em constante mudança. Neste
cenário, insere-se a educação permanente, que não deve ser uma educação que
acomoda, mas uma educação que estimula a transformação e o espírito crítico.
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A estrutura organizativa, exige uma maior participação dos alunos, tendo como
intencionalidade a interajuda com os orientadores educativos, no funcionamento e
organização de toda a escola, no planeamento das atividades, na sua aprendizagem
e na avaliação.
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Por sua vez, Piaget, com a sua perspetiva de desenvolvimento dos processos
de aprendizagem, permite compreender o trabalho de autonomia, neste contexto
escolar particular.
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A – DIÁRIO DE BORDO
1º Período
O meu primeiro dia a escrever no diário de bordo, o que será que o futuro me
reserva durante estes nove meses?
Esta primeira semana de aulas, foi uma formação com a Professora Maria
Helena Aldinhas, que serviu como uma introdução ao que se irá proceder
durante o ano letivo, especificando a PAP teórica – como elaborar um
anteprojeto, um relatório. Foi tanta informação ao mesmo tempo, que em vez de
facilitar só me deixou mais ansiosa. Realizamos uma visita de estudo a Biblioteca
da Madeira, em Santo António, onde nos foi possibilitado conhecê-la a nível
histórico; todos os procedimentos que executam para zelar os livros, os cuidados
necessários para proteger livros; a sua organização; como encontrar um livro
rapidamente e como conseguir acedê-la através do site, para saber se a
biblioteca contém o que procuramos, como por exemplo: artigos, fotografias,
livros, jornais, dissertações, documentários, entre outros documentos. Foi
interessante a visita.
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trabalho delas. Tenho a certeza que vai ser um ano cheio de surpresas. Comecei
a semana bastante motivada.
Durante esta semana li a peça sugerida pelo orientador, porém não me chamou
muito atenção. Então decidi pedir uma opinião a professora de interpretação
Diana Pita, que me recomendou: Os malefícios do tabaco de Tchekov; Kit de
sobrevivência de Diana Pita; e Apareceu a Margarida de Roberto Athayde.
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Não sei qual é o texto que escolho. Não sei se vou ser capaz de fazer um bom
projeto. Não sei se vou sou suficiente. Não sei se estou a fazer o diário de bordo
da maneira correta. “Não sabemos grande coisa. Não sabemos nada de nada”
– Ponto da Situação.
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Não tenho muito para dizer sobre esta semana. Estive focada com a disciplina
de Interpretação e isto esta a assustar-me, começo a duvidar que no futuro não
possa ter tanto tempo para dedicar-me à PAP, como tinha planeado no início do
ano. Vai todo correr bem. Pensamentos positivos.
Na aula de Apoio à PAP houve uma conversa sobre o que consistia em a peça
Apareceu a Margarida, falamos o quanto importante esse texto foi e continua a
ser. É um trabalho que tem “muito sumo de laranja, basta sabê-lo como tirá-lo”
– Professor João Paiva.
Esta semana melhorei aspetos do anteprojeto que o orientador disse para alterar
e/ou desenvolver. Enviei finalmente a terceira versão do anteprojeto, para o
Professor Orientador, para a professora Maria Helena Aldinhas e para o Diretor
de Curso o Professor Diogo Correia. Analisei a peça Apareceu a Margarida. Não
sei como adaptar isto de modo a que fique bom.
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Não tenho muito para dizer sobre esta semana pois estive mais dedicada a
disciplina de Interpretação. A aula de Apoio à PAP foi rápida só foi para fazer o
ponto da situação do processo. Porém na aula de Psicologia com o Professor
Rúben Sousa debatemos sobre “o que é a escola”.
Não tenho muito para dizer sobre esta semana pois estive mais dedicada a
disciplina de interpretação. A aula de Apoio à PAP foi rápida só foi mesmo para
fazer o ponto da situação. Na aula de Psicologia prosseguimos com o debate
sobre a educação.
Durante o Apoio à PAP foi pedido para fazer uma divisão do texto entre ideias
fundamentais e ideias fixes. Durante o fim de semana, li o texto, e comecei a
dividi-lo, através dos primeiros impulsos, pois se repensasse a escolha poderia
mudar e não era isto o pretendido.
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2ºPeriodo
Nesta semana organizei o diário de bordo, tenho escrito nele, porém as semanas
e as respetivas datas não estavam em ordem. Comecei a selecionar informações
para a contextualização histórica e obras do autor. Durante o apoio à PAP,
começamos a estabelecer tarefas e datas para dar início à exploração em cena.
Definimos algumas características da personagem e o que pretende
debater/fazer em cena. Dei também início à construção do monólogo sobre a
apresentação da Dona Margarida, primeira cena. Enviei ao orientador a biografia
e o diário de bordo do primeiro período.
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Comecei a explorar a cena, em casa, para levar para o Apoio à PAP algo mais
ao menos bem estruturado. Estou a gostar imenso desta exploração, acho que
o projeto vai ter pernas para andar. Já tenho proposta de figurino e de
caracterização concreta e quase finalizada. Hoje abdiquei do meu apoio à PAP,
pois a minha colega precisava mais do que eu. No entanto assisti a aula.
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Hoje é dia 4, estou mesmo muito feliz. Estava muito nervosa que este dia
chegasse, porque ia apresentar a minha primeira posposta em cena. Mas correu
bem. Não algo foi incrível e muitas das coisas que fiz foi por impulso e improviso.
Mas fiquei muito feliz pelo feedback do orientador e da Carolina. Estou muito
motivada. Como também não tinha todos os elementos cénicos presentes
(bandeira; estátua e rádio) foi um pouco difícil ter a perceção da minha
manipulação para com eles. Tenho de aprender a andar com saltos, sem que
abafe a minha voz! Surgiu a ideia de substituir o marcador por tinta em spray
para dar mais força e impacto á cena, deixando um traço mais grosseiro, e cobrir
o quadro branco com papel de cenário. Também surgiu a ideia de adicionar uma
bengala como adereço e luvas como figurino.
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Durante o Apoio à PAP discutimos sobre “o que é ser feliz; como se procura
felicidade; a Dona Margarida é feliz quando tem poder, porém quando o perde,
é quando vemos a verdadeira Dona Margarida”. Esta semana estive a trabalhar
a parte prática. Enviei ao orientador a junção das quatros versões de movimento.
Tenho uma página de movimentação e texto.
Esta semana foi carnaval, e aproveitei para comprar material para o cenário.
Comprei dois paus de madeira, um para a haste da bandeira, outro para a
bengala e comprei gesso para a estatua. Fiz o molde da minha cara com o gesso
e sinceramente, ficou horrível. Também não se podia esperar muito mais. Não
fiz nada em relação a PAP teórica.
Esta semana foi complicada, tive imensos trabalhos e está sendo difícil conciliar
tudo. Estou frustrada, tinha planeado ter o monólogo finalizado até ao final do
mês passado. Sinto que não tenho tempo suficiente para tudo. Há imensos
trabalho de FCT, e este mês parece que tudo triplicou, tenho nas mãos muitas
responsabilidades e estou preocupada com o meu trabalho e com trabalho dos
meus colegas, que acaba por ser também o meu trabalho. Só desejo que os
meus colegas apresentem algo que se orgulhem e que não se arrependem de
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ter confiado em mim. Porém, está a ser difícil, vejo imensas pedras pelo caminho,
mas, mais vale ter pedra no caminho do que nos rins.
Semana 25º (8/3/21 – 12/03/21) – Semana que parece não ter fim
9/3 - Esta semana foi a mais exausta que tive. Passei a semana inteira com
receio do meu trabalho. Tenho medo. Sexta-feira tenho ensaio da PAP e ainda
vou gravar a cena de movimento para o trabalho de FTC da Carolina, estou
nervosa, não sei se irei conseguir fazer um bom trabalho. As pessoas criam
demasiada expectativa sobre mim, não sei porquê. Não quero desiludir a
Carolina.
11/3 - Consegui organizar o meu tempo e reservar quatro horas de ensaio à PAP,
tentei dedicar-me de corpo e alma. Acrescentei mais cenas de movimentação e
texto, dividi melhor as ideias consoante as oscilações de humor da personagem.
Levei para a escola todos os elementos cénicos para que sexta-feira não se torne
num dia apresado.
12/3 – Estou feliz comigo mesma. É raro isto acontecer. Penso que consegui
fazer um bom trabalho para a Carolina, não era o que ela tinha pensado
inicialmente, mas ela e a professora Juliana gostaram. Elas duas juntas
conseguem dar-me uma energia que não consigo explicar por palavras o quanto
de bom é. Dão-me um ponto de vista diferente que deixam-me refletir de uma
maneira estrondosa.
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cortada porque esta muito grande para o meu tamanho; a disposição da estátua
vai passar a estar em cima de um pilar e não em cima da secretária e é como se
a Dona Margarida fosse inaugura-la; e surgiu a ideia de utilizar uma antena de
rádio como “palmatória”. Agora, tenho de dar continuidade a peça sabendo que
já tenho perto dos 8/10 minutos e ainda estou praticamente no início da peça.
Não sei como irei fazer isto em 15/20 minutos, por mim não haveria limite.
Esta semana, não tive tempo para trabalhar na PAP, só coloquei todos os
documentos da Componente Teórica num único documento e enviei ao
orientador.
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3ºPeriodo
Esta semana não tive tempo para desenvolver a PAP, pois estive a trabalhar no
projeto da CRIAMAR em parceria com a Casa das Artes, que consiste na
declamação de poemas.
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Margarida e fiquei intriga com o trabalho deste senhor decide prosseguir com a
pesquisa desta vez tendo em consideração as os livros de Paulo Freire.
Na aula de TIC, com a professora Lina Granito, esclareci algumas dúvidas que
tinha em relação á formação do Índice automático (afinal é mais simples do que
parecia). Na aula de Apoio à PAP estivemos a falar sobre o universo de Dona
Margarida, a evolução da personagem, a debater ideias para o cartaz, folha de
sala, convite e bilhete.
Durante esta semana antecipamos o apoio à PAP para quarta-feira, dia 12, para
fazer o ponto da situação da PAP, pois sexta-feira é a apresentação da minha
turma com o espetáculo da peça Ponto da Situação de Tim Etchells, na casa da
Cultura de Câmara de Lobos.
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fiz uma armação para prender o bloco A6 branco no quadro, para utilizá-lo
durante os ensaios, uma vez que o bloco é partilhado com o Gonçalo Drummond.
Após finalizar a armação prossegui a trabalhar no relatório da PAP na
componente prática, no entanto não consegui avançar muito pois não tinha
internet na escola. Então decide trabalhar na parte prática. Terça-feira foi ao dia
de defesa nacional, aproveitei a experiência para analisar o comportamento dos
militares. A parte mais interessante da visita ao quartel, foi no final, durante a
cerimónia de hastear a bandeira de Portugal. Na quarta-feira desenvolvi e
atualizei a tabela de movimentação e de texto acrescentando uma nova coluna
designada de intenção, na parte da tarde trabalhei a parte prática em cena.
Quinta-feira foi proibido trabalhar na PAP durante as aulas de FCT, devido aos
nossos comportamentos, então a professora Diana propôs exercícios, o
primeiro, era para trabalhar a voz em diversas situações tendo como base um
poema selecionado pela professora, o segundo, foi um trabalho em grupo,
consistia em trabalhar o corpo, tínhamos de criar uma personagem e uma
situação e tinha de ser percetível de onde vínhamos e para onde íamos. Sexta-
feira durante o apoio à PAP, tirei fotos para o design gráfico.
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(28/4) Conclui o cartaz. Iniciei por criar o convite, bilhete e a folha de sala.
Durante esta semana, adaptei o texto porque em vez de ter 15 minutos, tenho
quase meia hora de peça. Foi talvez uma das partes mais difíceis durante todo
o processo de trabalho, pois já tinha ganhado uma ligação com o texto e ter que
abdica-lo foi complicado.
Esta é a semana oficial que termino a PAP escrita. Não acredito que isto já esta
a acabar. Ao mesmo tempo que estou feliz por acabar o secundário e conseguir
finalizar o projeto da final do curso orgulhosa com o meu trabalho, sinto-me muito
perdida e já com saudades dos momentos vividos durantes estes três anos. Vou
sentir imensa falta do Conservatório.
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C – TEXTO CÉNICO
Dona Margarida
VIVA PORTUGAL! Olá! Eu sou a vossa nova professora! Dona Margarida! Vou
escrever no quadro para não se esquecerem. Dona Margarida. Sou eu. Eu sou
a vossa nova professora. E como podem ver ali no quadro…está um pouco
longe! Não está? Todos conseguem ver o quadro? Vocês aí atrás, vem o
quadro? E aqui, conseguem ver o quadro? A Dona Margarida vai escrever uma
palavrinha. Conseguem ver? E vocês conseguem ver? C de Concomitantemente
e U de Unilateralidade. Cu! O quadro é muito importante para aprender a
literatura, e a história, e a matemática, e a geografia, e a ciência e biologia. Mas
ninguém está aqui de livre e espontânea vontade, não é verdade. Todos estão
aqui obrigados quer queiram, quer não. E a razão para isto acontecer é muito
simples. A Dona Margarida vai explicar. É que a escola é um segundo lar. Algum
de vocês pediu para nascer? Não?! E algum de vocês foi consultado sobre a
conveniência do seu nascimento. Também não. Então já viram que a escola
sendo um segundo lar é a mesma coisa. Vocês têm de compreender que aqui
dentro não mandam em nada, é como se não existissem. Mas é claro que vocês
têm de pagar. Vocês foram obrigados a pagar para entrar e agora não podem
sair, só quando Dona Margarida disser. Mas eu não quero ser dura com vocês.
Para a Dona Margarida, a melhor aula é aquela em que há uma atmosfera de
compreensão, de estima, de amor entre a professora e os alunos. Aquela mesma
atmosfera de carinho e solidariedade que cada um de vocês encontra em casa,
no seio da vossa família. É uma dádiva da natureza. Tudo tem as suas vantagens
no mundo. Mas se há uma coisa que a Dona Margarida não tolera, é a
desobediência. Eu não admito ter de interromper a aula por causa de um aluno.
Ouviram bem? No fim de cada ano há uma coisa chamada de exames. É a prova
mais difícil que irão fazer. Não passar no exame é a maior desgraça da vossa
vida. É a vergonha que cai como um manto negro sobre o nome da vossa família.
E o que fazer para evitar isto? É só preciso obedecer e fazer. Silêncio! Silêncio!
Têm de fazer silêncio. E manter uma boa postura nas cadeiras. Sem uma boa
postura não se pode fazer nada. Tu aí, minha filha! Onde é que pensas que
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estás? Senta-te direita. Vocês estão aqui dentro para aprender! Vocês pagam
para aprender! Isto quer dizer que vocês não sabem nada. E como não sabem
nada a aula de hoje é de biologia. Não, quem não sabe nada, também não sabe
biologia. A Dona Margarida vai ensinar algo mais simples, mais primário. Sabem
o que é matemática? Não sabem pois não. Vocês são todos burrinhos. Pois eu
vou vos ensinar o que é uma conta de dividir. Dividir é cada um querer ficar com
mais do que o outro. Vou repetir, apontem. Dividir é cada um querer ficar com
mais do que o outro. Aí matemática. É a base de todas as disciplinas, e esta
conta de dividir tem de ser aplicada em todos os setores da sociedade. É preciso
que a aprendam antes que cheguem a adolescência. A adolescência! É a idade
mais perigosa que há. Tornam-se todos rebeldes contra a família, contra a
escola, contra os professores. E é para prevenir isto que Dona Margarida está
aqui. Não pensem que podem apelar ao diretor. Fiquem sabendo que o diretor
está ao lado de Dona Margarida. Dona Margarida de certa forma é o diretor. Eu
não quero ser dura convosco. Dona Margarida está aqui para vos ajudar. Mas
para isso é preciso que Dona Margarida sinta no ar o desejo de aprender.
Amanhã, quando forem adultos, vão compreender melhor as palavras de Dona
Margarida. Aí vão se arrepender dos maus pensamentos que tiveram de Dona
Margarida. Sim, vocês não vão negar que têm maus pensamentos sobre D.M.
Ou vão? Quem têm coragem de dizer agora o que pensa sobre Dona Margarida?
Podem falar! Vivemos numa democracia! Falem! Ninguém diz nada? Seus
covardes. Seus merdas. Dou soco na boca do primeiro que se atrever. Aqui
dentro quem manda sou eu! E vou dar esta matéria toda nem que vos prenda
aqui dentro. Vocês sabem o que é um micróbio? São uns bichinhos muito
pequenininhos que matam toda a gente, mas que ninguém vê. Existem aos
milhões e matam milhões todos os dias. Todo o mundo sabe, mas ninguém faz
nada porque ninguém vê. Isto é muito importante que aprendam. Há muita pouca
coisa neste mundo que se vê portanto, ouçam Dona Margarida, se algum dia
vocês virem alguma coisa podem dar-se por felizes. Hoje em dia não se vê quase
nada. São poucos aqueles que veem alguma coisa. Vocês, por exemplo, não
veem absolutamente nada. Se vissem não estavam aqui a pagar para eu falar
sobre as coisas que ninguém vê. Mas… a eu não quero ser dura. A educação é
uma coisa seria! É nela que se encontra o futuro do nosso país! O futuro está
nas vossas mãos! Um Homem que lê é superior a um Homem que não lê.
Lembrem-se da conta de dividir! É disso que irão viver. Disso e de comida. A
Dona Margarida é vegetariana. Quero que, de hoje em diante, cada um de vocês
se torne vegetariano, num esforço para fazer justiça e mudar o mundo. Este é o
grande desejo de Dona Margarida! Mudar! Mudar tudo! Mudar a mente de cada
um de vocês. De que serve a minha autoridade se não pudesse mudar-vos? Se
D. Margarida diz que vocês têm de pôr a mão na consciência é porque vocês
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têm, quer queiram quer não. Tenho poder para mandar em cada um de vocês.
E vocês tem de obedecer. Vocês estão aqui porque não sabem nada. Vocês são
incapazes de compreender o esforço e o sacrifício de uma professora! Vocês
são uma merda! A vida é uma merda! Esta aula é uma merda! Esta escola é uma
merda! Já estou farta de vocês. Vão-se embora. RUA! Desculpem-me. Não é a
primeira vez que isto acontece. Dona Margarida promete que isto não vai voltar
a acontecer. Dona Margarida tem de se cuidar, mas não se preocupem, não
pensem que Dona Margarida vai morrer. É só uma questão de se cuidar. Dona
Margarida vai estar sempre aqui convosco. Dona Margarida não vai parar de
ensinar. Dona Margarida nunca vai parar de ensinar. Hoje são vocês. Amanhã
serão os vossos filhos. Dona Margarida não é perfeita. Todos nós temos as
nossas manias. Dona Margarida é assim. (Toca a campainha.) Ouviram? Acabou
de tocar. Dona Margarida quer que todos vão para casa e pensem no que
aprenderam hoje. Dona Margarida quer que descansem porque a vida não é feita
só de estudos. Mas Dona Margarida ainda tem muito para ensinar. Agora vão
todos para casa. E lembrem-se das palavras de Dona Margarida: procurem fazer
sempre o bem. É a única coisa que traz a verdadeira felicidade. Dona Margarida
fica aqui à vossa espera. Até á próxima aula.
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D – CRONOGRAMA
I – Cronograma de Atividades
CRONOGRAMA DE ATIVIDADES
SET OUT NOV DEZ JAN FEV MAR ABR MAI JUN
Seleção do Texto
Escolha do Texto Justificação da escolha do
texto
1º Esboço - divisão de ideias
2º Esboço - separação de
ideias
Adaptação do 1ª V. Monólogo
Texto
Movimentação e Texto
2ª V. Monólogo
3ªV. Monólogo
Estudo da Personagem
Universo do autor
Caracterização da obra
Revisão da
Contextualização Histórica
Leitura
Introdução
Evolução da Personagem
Conclusão
Diário de Bordo
Anexos
Cronogramas
Sessão de fotográfica
Design Gráfico
Criação e Montagem
1ª Versão
Entrega do
2ª Versão
Relatório
Versão Final
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II – Cronograma de Ensaios
CRONOGRAMA DE ENSAIOS
seg ter qua qui sex
08:00 09:00
09:00 10:00
10:00 11:00
11:00 12:00
12:00 13:00 PAP PAP PAP PAP
13:00 14:00
14:00 15:00
15:00 16:00
16:00 17:00
17:00 18:00 PAP
18:00 19:00 PAP
19:00 20:00
20:00 21:00
Este cronograma corresponde aos ensaios dos meses de maio e junho. A aluna,
ensaiava durante a parte da manhã nas aulas de Formação em Contexto de
Trabalho. Na quarta, à tarde, ensaia por autonomia própria. Os ensaios de sexta-
feira coincide ao horário estipulado de Apoio á PAP juntamente com o orientador,
das 16:00 às 17:40, contudo a formanda começou a ensaiar até às 19:00.
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E – DESIGN GRÁFICO
I – CARTAZ
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II – BILHETE
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IV – CONVITE
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1º PERÍODO
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2ºPERIODO
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3ºPeriodo
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1ºPeriodo
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