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Forma de madeira

Série Construção Civil


Forma de madeira

Série Construção Civil


Expediente
Firjan – Federação das Indústrias do estado do Rio de Janeiro

Presidente
Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira

Superintendente da Firjan SESI / Diretor Regional da Firjan SENAI


Diretor Executivo de Operações
Alexandre dos Reis

Gerência Geral de Educação

Gerente
Regina Malta

Gerência de Educação Profissional


Gerente
Edson Mello

Coordenador da Divisão de Plataformas e Recursos Educacionais


Othon Gomes Lucas Neto

Coordenador da Divisão Setorial de Desenvolvimento


em Educação Profissional
Roberto da Cunha

Equipe Técnica Atualização - 2020

Coordenação
Ma
Marina Lacerda Paes dos Santos
Samuel Soares Barbosa
Zuleide Ponciano de S. Santos

Projeto Gráfico e Editoração


Luis Gustavo Costa Gama

Original recebido pela Escola de Joalheria – Firjan Senai


Este material está em consonância com
o novo Acordo Ortográfico.

www.firjan.com.br
Av. Graça Aranha, 1
Centro, Rio de Janeiro
Forma de madeira

Série Construção Civil


Técnicas de Execução de Forma de Madeira para Concreto
1ª Ed. 2007; 2ª Ed. 2008.

SENAI - Rio de Janeiro


Diretoria de Educação

Luis Roberto Arruda Gerência de Educação Profissional

Carlos Bernardo Ribeiro Schlaepfer Centro de Referência de Construção Civil

FICHA TÉCNICA

Elaboração:
Ângela Elizabeth Denecke Analista de Educação da GEP
Luiz Antônio da Cruz Braga Docente de Construção Civil
Marcello Martins Consultor Técnico
Roberto da Cunha Coordenador de Construção Civil
Simone Dória Medeiros Técnica em Educação
Vera Regina Costa Abreu Analista de Educação da GEP

Material para fins didáticos


Propriedade do SENAI-RJ.
Reprodução, total e parcial, sob expressa autorização.

SENAI - Rio de Janeiro


GEP- Gerência de Educação Profissional
Rua Mariz e Barros, 678 - Tijuca
20270-903 - Rio de Janeiro - RJ
Tel: (021) 2587-1323
Fax: (021) 2254-2884
E-mail: GEP@rj.senai.br
Sumário

Apresentação .............................................................................................................. 09
Uma Palavra Inicial ..................................................................................................... 11
1 Introdução .............................................................................................................. 13
2. Segurança e Produtividade na Construção Civil ..................................................... 14
3 Tópicos de Matemática ........................................................................................... 16
3.1. Revisão .................................................................................................................. 16
3.2. Unidades ............................................................................................................... 17
3.3. Escalas .................................................................................................................. 17
4. Conhecendo os Elementos Estruturais .................................................................. 19
4.1. As lajes .................................................................................................................. 19
4.2. As vigas ................................................................................................................. 20
4.3. Os pilares .............................................................................................................. 20
4.4. As fundações ......................................................................................................... 21
4.5. Outros elementos estruturais ................................................................................... 22
5. Plantas de Formas e Armações ............................................................................... 23
5.1. Plantas de formas .................................................................................................. 23
5.2. Plantas de armações ............................................................................................... 24
6. Apresentação do Ferramental ............................................................................... 26
6.1. Ferramentas para medição ..................................................................................... 26
6.2. Ferramentas usadas para alinhamento, nivelamento e prumo .................................... 26
6.3. Ferramentas usadas para corte ................................................................................ 26
6.4. Outras ferramentas ................................................................................................. 27
7. Informações Técnicas Sobre Manuseio das Ferramentas ..................................... 28
7.1. Medir e riscar a madeira........................................................................................... 28
7.2. Serrar a madeira .................................................................................................... 28
7.3. Pregar a madeira .................................................................................................... 30
7.4. Instruções sobre como travar o serrote .................................................................... 31
7.5. Instruções sobre como afiar o serrote ...................................................................... 32
8. Construção de Bancada para Gravatas ................................................................... 34
9. Confecção de Formas para Blocos .......................................................................... 36
10. Confecção da Forma para as Cintas...................................................................... 37
10.1. Preparar as madeiras da forma da cinta ................................................................. 37
10.2. Preparar o fundo da forma da cinta ........................................................................ 37
10.3. Preparar os painéis laterais da forma .................................................................... 37
10.4. Montar a forma da cinta ........................................................................................ 37
10.5. Montar a forma da cinta sobre os blocos ou pilares ................................................. 37
11. Confecção da Forma para os pilares .................................................................... 39
11.1. Processo de execução com tábuas de pinho ............................................................ 39
11.1.1. Preparar a forma do pilar ........................................................................... 39
11.1.2. Preparar os painéis externos do pilar .......................................................... 39
11.1.3. Preparar os painéis internos do pilar ........................................................... 39
11.1.4. Montar a forma ......................................................................................... 39
11.2. Processo de execução com chapas de compensado ................................................. 41
11.2.1. Preparar a forma do pilar ........................................................................... 41
11.2.2. Preparar os painéis externos do pilar .......................................................... 41
11.2.3. Preparar os painéis internos do pilar ........................................................... 41
11.2.4 Montar a forma .......................................................................................... 41
12. Confecção da Forma para as Vigas que Apoiarão a Laje ...................................... 43
12.1. Processo de execução utilizando tábuas de pinho ................................................... 43
12.2.1. Preparar a forma da viga ........................................................................... 43
12.2.2. Preparar o fundo da viga ........................................................................... 43
12.2.3. Preparar os painéis laterais da viga ............................................................. 43
12.2.4. Montar a forma da viga .............................................................................. 43
12.2. Processo de execução utilizando chapas de compensado ......................................... 44
12.2.1. Preparar a forma da viga ........................................................................... 44
12.2.2. Preparar o fundo da viga ........................................................................... 45
12.2.3. Preparar os painéis laterais da viga ............................................................. 45
12.2.4. Montar a forma da viga .............................................................................. 45
13. Confecção da Forma para as Vigas invertidas ...................................................... 47
13.1. Processo de execução utilizando tábuas de pinho .................................................... 47
13.1.1. Preparar a forma da viga ........................................................................... 47
13.1.2. Preparar o fundo da viga ........................................................................... 47
13.1.3. Preparar os painéis laterais da viga ............................................................ 47
13.1.4. Montar a forma da viga ............................................................................. 47
13.2. Processo de execução utilizando chapas de compensado ........................................ 49
13.2.1. Preparar a forma da viga ........................................................................... 49
13.2.2. Preparar o fundo da viga ........................................................................... 49
13.2.3. Preparar os painéis laterais da viga ............................................................ 49
13.2.4. Montar a forma da viga ............................................................................. 49
14. Confecção de um estrado para receber uma laje ................................................. 51
14.1. Processo de execução utilizando chapas de compensado ......................................... 51
14.1.1. Preparar as madeiras para o estrado da laje ................................................ 51
14.1.2. Preparar o estrado ..................................................................................... 51
15. Confecção da forma para a escada com dois lances e um patamar ..................... 54
15.1. Processo de execução utilizando chapas compensadas ............................................ 54
15.1.1. Preparar as madeiras para as formas da escada .......................................... 54
15.1.2. Preparar o estrado que vai servir como fundo da escada .............................. 54
15.1.3. Preparar painéis laterais ............................................................................. 54
15.1.4. Preparar os degraus .................................................................................. 54
16. Escadas, considerações gerais e cálculos ............................................................. 57
17. Confecção da fôrma para a caixa d’água (reservatório elevado) ......................... 59
17.1. Processo de execução utilizando chapas de compensado ......................................... 59
17.1.1. Preparar as madeiras para a forma da caixa d’água ..................................... 59
17.1.2. Preparar os painéis externos dos pilares para caixa d’água ........................... 59
17.1.3. Preparar os painéis internos dos pilares para caixa d’água ............................ 59
17.1.4. Montar a forma dos pilares para caixa d’água .............................................. 60
17.1.5. Preparar o estrado que vai servir como fundo da caixa d’água ...................... 60
17.1.6. Preparar os painéis laterais da caixa d’água ................................................. 60
17.1.7. Montar os painéis laterais sobre o tabuado do fundo da caixa d’água ............ 60
17.1.8. Preparar a tampa da caixa d’água ............................................................... 61
17.1.9. Montar os painéis da tampa da caixa d’água sobre os seus painéis laterais .... 61
18. Confecção de forma de muro de arrimo ............................................................... 65
18.1. Processo de execução utilizando tábuas ................................................................. 65
18.1.1. Preparar as madeiras para a forma do muro de arrimo ................................ 65
18.1.2. Preparar os painéis dos pilares do muro de arrimo ....................................... 65
18.1.3. Preparar os painéis do muro de arrimo ........................................................ 65
18.1.4. Montar a forma dos muros de arrimo .......................................................... 65
19. Destinação de resíduos ........................................................................................ 68
20. Referências Bibliográficas ................................................................................... 70
Apresentação

Em breve, o Rio de Janeiro será palco de um grande evento: a realização dos Jogos Pan-
Americanos, 2007. Eles representam uma excelente oportunidade para promover o
reconhecimento internacional do nosso estado e, também, um grande estímulo ao turismo, que
proporciona muitos empregos. Além disso, vão possibilitar a realização de novos investimentos
para modernizar a infra-estrutura da nossa cidade, trazendo benefícios à população e,
principalmente, permitir a mobilização de muitas pessoas em torno de um único projeto.

As ações previstas visam, aqui, assegurar a realização do evento não só nos aspectos que se
referem aos jogos, como também ensejam a possibilidade de desenvolver programas que
propiciem melhorias sociais efetivas.

Desse conjunto de ações destacamos, aqui, àquelas referentes à construção/manutenção de


espaços de convivência; moradias, vias de acesso aos jogos e de circulação dentro da vila
olímpica, todas essenciais para o sucesso do evento.

A realização das atividades diárias mais simples, como acesso ao trabalho, recreação, compras,
serviços, devem encontrar condições favoráveis garantindo um convívio social que expresse a
qualidade de vida, não só dos habitantes da cidade, mas também para aqueles que vêem
prestigiar o evento como participantes dos jogos ou como turistas.

Nessa perspectiva, para atender as necessidades específicas da área de construção civil, geradas
pelo evento, tornou-se oportuno a criação do Programa Espaços Urbanos Seguros que visa
promover a qualificação profissional de jovens e adultos em técnicas construtivas. O Programa é
constituído por oito cursos distintos que prepararão profissionais para atuarem na área de
construção civil.

Este material complementa essa qualificação, nele você encontrará subsídios para aprofundar seus
estudos. Faça uma leitura cuidadosa, anote suas questões, reflexões e dúvidas para,
posteriormente, com a ajuda do professor, resolvê-las.

Desejamos sucesso no treinamento.


Uma palavra inicial

Meio ambiente...
Saúde e segurança no trabalho...
O que nós temos a ver com isso?
Antes de iniciarmos o estudo deste material, há dois pontos que merecem destaque: a relação
entre o processo produtivo e o meio ambiente; e a questão da saúde e segurança no trabalho.
As indústrias e os negócios são a base da economia moderna. Produzem os bens e serviços
necessários e dão acesso a emprego e renda, mas para atender a essas necessidades, precisam
usar recursos e matérias-primas. Os impactos no meio ambiente muito freqüentemente decorrem
do tipo de indústria existente no local, do que ela produz e, principalmente, de como produz.
Assim sendo, é preciso entender que todas as atividades humanas transformam o ambiente.
Estamos sempre retirando materiais da natureza, transformando-os e depois jogando o que
“sobra” de volta ao ambiente natural. Ao retirar do meio ambiente os materiais necessários à
produção de bens, altera-se o equilíbrio dos ecossistemas e arrisca-se ao esgotamento de diversos
recursos naturais que não são renováveis ou, quando o são, têm sua renovação prejudicada pela
velocidade da extração, quase sempre superior à capacidade da natureza de se recompor.
Torna-se necessário, portanto, traçar planos de curto e longo prazo, a fim de diminuir os impactos
que o processo produtivo causa na natureza. Além disso, as indústrias precisam se preocupar com
a recomposição da paisagem e ter em mente a saúde tanto dos seus trabalhadores como da
população que vive ao redor dessas indústrias.
Podemos concluir, então, que com o crescimento da industrialização e sua concentração em
determinadas áreas, o problema da poluição se intensificou demasiadamente. A questão da
poluição do ar e da água é bastante complexa, pois as emissões poluentes se espalham de um
ponto fixo para uma grande região, dependendo dos ventos, do curso da água e das demais
condições ambientais, tornando difícil a localização precisa da origem do problema. No entanto, é
importante repetir que, quando as indústrias depositam no solo os resíduos, quando lançam
efluentes sem tratamento em rios, lagoas e demais corpos hídricos, causam danos às vezes
irreversíveis ao meio ambiente.
O uso indiscriminado dos recursos naturais e a contínua acumulação de lixo mostram a falha
básica de nosso sistema produtivo: ele opera em linha reta. Extraem-se as matérias-primas através
de processos de produção desperdiçadores e que produzem subprodutos tóxicos. Fabricam-se
produtos de utilidade limitada que, finalmente, viram lixo, o qual se acumula nos aterros. Produzir,
consumir e dispensar bens desta forma, obviamente, não são atitudes sustentáveis.
Enquanto os resíduos naturais (que não podem, propriamente, ser chamados de “lixo”) são
absorvidos e reaproveitados pela natureza, a maioria dos resíduos deixados pelas indústrias não
tem aproveitamento para qualquer espécie de organismo vivo e, para alguns, pode até ser fatal.
O meio ambiente pode absorver resíduos, redistribuí-los e transforma-los. Mas, da mesma forma
que a Terra possui uma capacidade limitada de produzir recursos renováveis, sua capacidade de
receber resíduos também é restrita, e a de receber resíduos tóxicos praticamente não existe.
Ganha força, atualmente, a idéia de que as empresas devem ter procedimentos éticos que
considerem a preservação do ambiente como uma parte de sua missão. Isso quer dizer que se
devem adotar práticas que incluam tal preocupação, introduzindo-se processos que reduzam o uso
de matérias-primas e energia, diminuam os resíduos e impeçam a poluição.
Cada indústria tem suas própria características. Mas já sabemos que a conservação de recursos é
importante. Deve haver, portanto, uma crescente preocupação acerca da qualidade, durabilidade,
possibilidade de conserto e vida útil dos produtos. As empresas precisam não só continuar
reduzindo a poluição, como também buscar novas formas de economizar energia, melhorar os

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efluentes, reduzir a poluição, o lixo, o uso de matérias-primas. Reciclar e conservar energia são
atitudes essenciais no mundo contemporâneo.
É difícil, no entanto, ter uma visão única que seja útil para todas as empresas. Cada uma enfrenta
desafios diferentes e pode se beneficiar de sua própria visão de futuro. Ao olhar para o amanhã,
nós (o público, as empresas, as cidades e as nações) podemos decidir quais alternativas são mais
eficientes e, a partir daí, trabalhar com elas.
Infelizmente, tanto os indivíduos como as instituições só mudarão suas práticas quando
acreditarem que seu novo comportamento lhes trará benefícios – sejam financeiros, para sua
reputação ou para sua segurança. Apesar disso, a mudança nos hábitos não é uma coisa que
possa ser imposta. Deve ser uma escolha de pessoas bem-informadas a favor de bens e serviços
sustentáveis. A tarefa é criar condições que melhorem a capacidade de as pessoas escolherem,
usarem e disporem de bens e serviços de forma sustentável.
Além dos impactos causados na natureza, diversos são os malefícios à saúde humana provocados
pela poluição do ar, dos rios e mares, assim como são inerentes aos processos produtivos alguns
riscos à saúde e segurança do trabalhador. Atualmente, os acidentes de trabalho são uma questão
que preocupa os empregadores, empregados e governantes, e as conseqüências acabam afetando
a todos.
Sabendo disso, podemos afirmar que, de um lado, é necessário que os empregados adotem um
comportamento seguro no trabalho, usando os equipamentos de proteção individual e coletiva, e
de outro, cabe aos empregadores prover a empresa com esses equipamentos, orientar quanto a
seu uso, fiscalizar as condições da cadeia produtiva e a adequação dos equipamentos de proteção.
A redução do número de acidentes só será possível à medida que cada um – trabalhador, patrão e
governo – assuma, em todas as situações, atitudes preventivas, capazes de resguardar a
segurança de todos.
Deve-se considerar, também, que cada indústria possui um sistema produtivo próprio, e, portanto,
é necessário analisá-lo em suas especificidades, para determinar seu impacto sobre o meio
ambiente, sobre a saúde e os riscos que o sistema oferece à segurança dos trabalhadores,
propondo alternativas que possam levar a melhores condições de vida para todos.
Da conscientização, partimos para ação: cresce, cada vez mais, o número de países, empresas e
indivíduos que, já estando conscientizados acerca dessas questões, vêm desenvolvendo ações que
contribuem para proteger o meio ambiente e cuidar da nossa saúde. Mas isso ainda não é
suficiente. É preciso ampliar tais ações, e a educação é um valioso recurso que pode e deve ser
usado em tal direção. Assim, iniciamos este material conversando com você sobre o meio
ambiente, saúde e segurança no trabalho, lembrando que, no seu exercício profissional diário,
você deve agir de forma harmoniosa com o ambiente, zelando também pela segurança e saúde de
todos no trabalho.
Tente responder à pergunta que inicia este texto: meio ambiente, saúde e segurança no trabalho
– o que eu tenho a ver com isso? Depois, é partir para a ação. Cada um de nós é responsável.
Vamos fazer a nossa parte?

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1. Introdução

As Estruturas de Concreto Armado são responsáveis pela absorção de todas as cargas que atuam
numa edificação, reservatórios ou arrimos e sua conseqüente distribuição e transferência para o
seu apoio no solo.
Sua execução depende de muitos profissionais que devem trabalhar de maneira integrada. Assim,
o arquiteto idealiza seu projeto para em seguida, o engenheiro estrutural executar o cálculo de
todos os elementos envolvidos na obra, concebendo desta maneira o projeto estrutural. Neste
projeto constarão as especificações e detalhamentos que seguirão para o canteiro, destinados a
toda equipe de obra onde se encontram os engenheiros, técnicos, mestres, carpinteiros,
armadores e demais profissionais envolvidos na construção de uma estrutura de concreto armado.
Afim de que a execução de uma estrutura de concreto armado seja realizada com qualidade, todas
as prescrições contidas nos projetos devem ser criteriosamente seguidas, e em caso de dúvida o
profissional envolvido deve comunicar-se imediatamente com seu superior a fim de esclarecer e
resolver os eventuais problemas.
A perfeita execução de uma estrutura, repercutirá na qualidade da obra, e principalmente na
segurança de seus usuários. Todos os profissionais que participam de sua construção devem
considerar a importância da realização correta de seus serviços, tendo em vista a responsabilidade
em zelar pelas vidas e pelos bens.
O texto desta apostila contém as informações básicas necessárias a formação do carpinteiro de
formas. O mesmo deverá acompanhar atentamente as aulas, aproveitando a oportunidade para
esclarecer todas as dúvidas. Nesta apostila você também encontrará valiosas dicas de como evitar
erros freqüentes, melhorar sua produtividade e evitar acidentes de trabalho.
Este texto foi elaborado com o intuito de servir de reforço as informações transmitidas ao
participante pelo docente do Curso de Carpinteiro de Formas.
A evolução na técnica de construir tem sido contínua, por tal motivo abordaremos além do
trabalho com formas de madeira, informações sobre o uso de chapas compensadas, visando um
melhor atendimento a este segmento de mercado.

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2. Segurança e produtividade na construção civil

O trabalhador deverá ter espírito de segurança procurando primeiramente eliminar os pontos de


riscos; em segundo lugar deve proteger-se dos riscos e em último caso sinalizá-lo sempre que
possível.

À empresa compete:
− Fornecer equipamentos de proteção individual e/ou coletiva.
− Promover treinamento aos trabalhadores.

Ao profissional cabe usar o equipamento para a finalidade a que se destina, responsabilizar-se pela
sua guarda e conservação, devendo saber discernir atos e condições inseguras.
Segundo a NR6 da ABNT, o carpinteiro de fôrmas em suas atividades deve usar os seguintes
equipamentos individuais de segurança:
− Calçados impermeáveis de proteção contra riscos mecânicos e contra a umidade,
− capacete de segurança contra impactos e queda de objetos,
− cinto de segurança para trabalhos em alturas superior a 2m (dois metros) em que haja risco de
queda,
− luvas de proteção contra materiais escoriantes ou cortantes,
− óculos de segurança contra impacto de partículas e poeiras,
− protetores auriculares para locais em que o nível de ruído seja superior ao estabelecido na NR-
15 da ABNT nos Anexos I e II.
− protetores de tronco, tais como, aventais, jaquetas, capas e outras vestimentas especiais de
proteção para trabalhos em que haja perigo de lesões provocadas por riscos de origem
mecânica, térmica, meteorológica e de umidade.
− trava de queda de segurança acoplado ao cinto de segurança ligado a um cabo de segurança
independente, para trabalhos realizados com movimentação vertical em andaimes suspensos
de qualquer tipo.

Lembre-se
O acidente não acontece por acaso.
“Prevenir é melhor que remediar” .

Os trabalhadores e os empregadores devem seguir a NR18 da ABNT no que tange as Condições e


Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção Civil.
Além das determinações sobre as atividades dos carpinteiros de formas, a NR18 preconiza a
utilização de Equipamentos de Proteção Coletivos (EPC’s), principalmente as medidas de proteção
contra quedas de altura, a saber:
− fechamento das aberturas de piso com material resistente,
− fechamento, com material resistente, das aberturas dos vãos de acesso às caixas dos
elevadores no mínimo até 1,20m de altura, até a colocação definitiva das portas.
− instalação de guarda corpos em andaimes, passarelas, plataformas, escadas e ao redor de
aberturas de pisos ou paredes e na periferia da edificação.
− instalação de plataformas de proteção na 1º laje (plataforma principal) acima do nível do
terreno e seqüencialmente de 3 em 3 lajes (plataformas secundárias).
− instalação de tela no perímetro da construção a partir da plataforma principal.
− instalação de barreias (telas ou andaimes chapeados) para proteger os trabalhadores nas áreas

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de concretagem e acima desta.
− instalação de montantes verticais e parapeitos para vedação dos vãos livres das escadas.

Quanto aos critérios de produtividade, é preciso antes de agir estabelecer um plano, conhecer as
metas a alcançar, apresentar domínio quanto a métodos e técnicas a serem utilizados e organizar
bem o local de trabalho, separando as ferramentas e materiais necessários e dispondo-os de forma
adequada para facilitar a execução do trabalho
O trabalhador deverá procurar agir certo da primeira vez e produzir a maior quantidade possível,
observando a qualidade especificada e dentro do prazo esperado.
A partir dos resultados obtidos na execução é fundamental comparar a meta realizada com a
planejada e a partir daí corrigir algum desvio, de forma que o problema não volte a ocorrer,
aprendendo assim , com os erros cometidos.

15
3. Tópicos de matemática

3.1 – Revisão

A matemática esta presente em quase todas as atividades do carpinteiro. Os níveis, os cortes, as


cotas, exigem que o carpinteiro realize não só as quatro operações matemáticas ( adição,
subtração, multiplicação e divisão), mas também tenha conhecimento de unidades e escalas.
Os números que não possuem parte fracionária são chamados inteiros ( Ex.: 1; 500 ; 20.000;
50.000 ) enquanto os números que possuem parte fracionária são chamados reais ( Ex.: 1,25;
3,75 ; 10.000,45 ).

Vamos apenas relembrar as quatro operações, envolvendo números reais:

1) 2,55 + 3,78 =
2) 4,70 – 1,23 =
3) 0,45 x6 =
4) 6,48 ÷4=

Os cálculos anteriores são correntes no dia a dia da obra; por exemplo a operação número 2, pode
representar o cálculo do comprimento restante de uma tábua de 4,70 metros, cortada em uma
das extremidades com 1,23 metros, destinada a face de uma viga. Será necessário saber o
comprimento da ponta restante que terá 3.47 metros, de modo a utilizá-la em outra viga. Desta
forma, vê-se a importância do domínio das quatro operações na realização das tarefas na obra.
Outro tópico importante para relembrar, refere-se a medidas dos ângulos. Muitas vezes algumas
tábuas precisam ser cortadas de maneira esconsa, e o engenheiro calculista irá fornecer na planta
de formas o comprimento do corte e o respectivo ângulo.
Neste caso o carpinteiro precisa conhecer alguns ângulos notáveis, lembrando que um giro
completo no círculo corresponde a 360o. A figura que se segue apresenta ângulos usuais. A
medida dos ângulos é feita com o uso do transferidor sendo obtida por leitura direta quando
fazemos coincidir o centro do transferidor com a origem do ângulo e a linha correspondente a 0o
com um dos seguimentos de reta que define o ângulo.
45░
30░
60

90

Figura 1 – Ângulos notáveis

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3.2 – Unidades

As unidades desempenham papel importante nas obras de concreto armado. Quando fizemos
anteriormente o exemplo da operação de subtração, fizemos menção a uma tábua cortada com
4,70m. Entretanto, esta medida poderia ser expressa em centímetros, apresentando um valor igual
a 470 cm. Repare que é muito importante que se tenha conhecimento da unidade em que se está
trabalhando afim de não serem cometidos erros por este motivo.
O sistema de unidades utilizado no Brasil é o Sistema Métrico, assim, a unidade básica de
comprimento é o metro, representado pela letra “m” imediatamente após o número. A partir da
unidade básica têm-se frações ou múltiplos decimais.

1 milímetro (mm) = milésima parte do metro = 1 metro ÷ 1000


frações 1 centímetro (cm) = centésima parte do metro = 1 metro ÷ 100
1 decímetro ( dm ) = décima parte do metro = 1 metro ÷ 10

1 metro = unidade básica do sistema métrico

múltiplos 1 decâmetro = (da) = dez vezes o metro = 1 metro x 10


1 hectometro = (hm) = cem vezes o metro = 1 metro x 100
1 quilômetro = (km) = mil vezes o metro = 1 metro x 1000

De posse do resumo anterior fica mais fácil entender as possíveis variações que ocorrem com a
unidade básica do sistema. Nos limitamos a colocar apenas aquelas que podem envolver um
profissional na obra.
Lembramos que uma das conversões mais comuns dentro do canteiro, refere-se a passagem de
metro para centímetro, que se faz multiplicando o valor por 100 ( ande com a vírgula duas casas
para a direita ou acrescente dois zeros após o número caso ele seja inteiro). Para a conversão de
centímetros para metros, o carpinteiro deve dividir o valor por 100 (ande com a vírgula duas casas
para a esquerda).

Observe os exemplos:
4,75 m = 475 cm
11 m = 1100 cm
1,50 m = 150 cm
0,45 m = 45 cm

Algumas peças de madeira, por muitos anos, tiveram suas medidas relacionadas com outro
sistema de unidades que era a polegada. Era muito comum chamar-se as conhecidas peças de
seção 7,5 x 7,5 cm, por peças de 3” x 3” (leia-se três por três polegadas). Cada polegada
corresponde a 25,4 mm (2,54 cm). Este sistema não deve ser mais utilizado, já que o sistema
métrico é oficial dentro da literatura técnica. Por uma questão de hábito, alguns profissionais ainda
denominam as peças de madeira em polegadas próximas do valor equivalente em milímetros, o
que deve ser evitado.

3.3 – Escalas

No decorrer do nosso curso, iremos conhecer melhor as plantas, que constituem os diversos
desenhos que compõe o projeto.

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Estes desenhos são uma representação reduzida daquilo que terá um tamanho real na obra. Esta
redução que os desenhos apresentam deve conter um fator de proporcionalidade entre cada
unidade representada no desenho e o seu equivalente no tamanho verdadeiro. A este fator dá-se
o nome de escala.
Todos os desenhos apresentados numa planta de estruturas devem conter indicada qual foi a
escala que o projetista utilizou-se para representar graficamente aquele elemento.
Imagine que um projetista tem que representar uma viga com 10 metros de comprimento. É obvio
que seria impossível de desenhá-la em tamanho real e ele então lança mão de um fator de
proporcionalidade que foi escolhido, informando que cada metro real da barra corresponderá a 1
centímetro no desenho, isto é, a viga no desenho estaria reduzida em 100 vezes do seu tamanho
natural.
Esta viga se apresentaria no desenho com um comprimento gráfico de 10 cm representando algo
que no tamanho real tem 1000 cm (10 metros). Então uma linha com 10 cm representaria uma
barra com 1000 cm. Se dividirmos os dois números acima por 10, encontraremos uma relação de
1 para 100.
Representa-se este fator de escala como sendo 1:100 (leia-se um para cem), onde o primeiro
número expressa a unidade de desenho e o segundo o valor correspondente em tamanho real.
O instrumento utilizado para medições de desenhos com fator de proporcionalidade é o
escalímetro, que geralmente com seção triangular apresenta seis escalas das mais usuais (1: 125,
1:100, 1:75, 1:50, 1:25 e 1:20).

Vamos exercitar:

Imagine que você está numa obra, sem escalímetro, somente com um “metro duplo articulado” e
tem que determinar o tamanho de uma barra expressa no desenho em escala 1:50.

− Ao medir a linha correspondente a barra você encontra 4,5 cm.


− Proceda então a raciocinar que cada unidade de medida no papel corresponde a 50 unidades
em verdadeira grandeza.
− Portanto cada 1 centímetro no papel, corresponde a 50 centímetros de barra real.
− Como você encontrou 4.5 cm de papel, você deve multiplicar por cinqüenta para encontrar a
medida em cm.
− Pronto! A barra possui 225 cm , ou 2,25 m.

Fizemos menção ao fator de proporcionalidade como um fator de redução, devido ao fato de que
na maioria esmagadora dos desenhos de estruturas, as verdadeiras grandezas são representadas
graficamente em dimensões menores do que a real, no entanto, nada impede que tenhamos um
fator de ampliação para representar um detalhe, como por exemplo, de um furo destinado a
colagem de armaduras para recuperação ou reforço estrutural. Neste caso as escalas se
apresentam com o número relativo a verdadeira grandeza, menor do que a unidade de desenho (
Ex: 2:1; 10:1).

18
4. Conhecendo os elementos estruturais

Ao se executar uma estrutura de concreto ou parte dela, é importante que se conheça não
só o tipo de elemento estrutural, mas também a sua função dentro do conjunto.

A figura que se segue representa uma vista tridimensional típica de uma estrutura de
edificação. Nela encontraremos os quatro elementos principais que a compõe: lajes, vigas, pilares
e fundações.

Figura 2 – Vista tridimensional de uma estrutura

4.1 – As lajes

São os elementos de placa, e são caracterizados por possuírem largura e comprimento bem
maiores do que a espessura. As lajes suportam as cargas de utilização numa edificação.
É sobre elas que atuarão as cargas provenientes das pessoas, dos móveis, do revestimento do
piso, de veículos num pavimento de garagem, e do seu próprio peso que possui um valor
considerável. Só para se ter uma idéia, uma laje com 10 cm de espessura pesa o equivalente a
250 kgf a cada metro quadrado (um quadrado de 1 m x 1 m).

As lajes podem variar quanto ao seu tipo, podendo ser:

− Maciça – Toda a espessura é constituída por concreto.


− Pré moldada – Existem vigotas pré fabricadas que recebem entremeios de tijolo ou isopor e
somente uma fina capa de concreto.
− Nervurada - Um conjunto de nervuras é moldado “in loco” . Normalmente são lajes utilizadas
em grandes vãos.
− Protendida _ Laje onde se utilizam cabos em seu interior que serão tencionados com utilização
de equipamento apropriado.
− Mistas – Combinam soluções anteriores.

A execução de lajes requer dos profissionais, bastante critério, principalmente, no que tange a seu
escoramento. Nas lajes pré-moldadas deverá ser observada se foi estabelecida pelo fabricante a

19
adoção de contra-flecha, visando estabelecer seu nivelamento quando da ocorrência do
carregamento.

Lembre-se

Uma grande parte dos acidentes de trabalho ocorre nas lajes pré-moldadas quando
o operário pisa diretamente sobre o tijolo cerâmico de enchimento.
Atenção!
Previna-se!
Utilize tábuas dispostas convenientemente e devidamente tabicadas. Você é
necessário na obra, não no Hospital.

4.2 - As Vigas

São os elementos que suportarão as lajes, irão travar os pilares e eventualmente desviá-lo de sua
prumada. Sua característica principal é possuir um comprimento bem maior que sua seção (largura
x altura).
As vigas desempenham um papel importante na estabilidade da estrutura quando realizam a
interligação entre pilares. Podem ocorrer situações que exista uma viga sem receber nenhuma
laje, estando a mesma naquela posição para travar pilares numa direção evitando que os mesmo
venham a flambar.
Análogos às lajes, também existem vigas protendidas, comumente utilizadas em pontes e
viadutos; entretanto, seu detalhamento foge ao escopo da presente apostila ficando apenas a
citação para enriquecer os conhecimentos gerais sobre o assunto.
A execução de uma viga requer dos profissionais envolvidos bastante critério com relação ao seu
alinhamento e nivelamento. Deve-se também observar eventuais variações de seção como ocorre
nas vigas misuladas.
A parte das vigas que se prolonga a partir de um apoio sem que nenhum tipo de apoio na sua
outra extremidade é chamada de balanço.
Vigas que interligam fundações isoladas são chamadas Viga Baldrame, enquanto aquelas que
recebem um pilar nascendo em um de seus vão são chamadas Vigas de transição.
Quando uma viga fica totalmente acima da laje , isto é, sua face inferior é coincidente com a face
inferior da laje, dizemos que esta viga é Invertida.
Quando uma viga fica totalmente embutida dentro da laje, ou sua largura é maior do que sua
altura, trata-se de Viga Chata.

4.3 – Os Pilares

São os elementos verticais que receberão as cargas oriundas das vigas. Basicamente são
elementos que trabalham comprimidos.
Nos pilares, o prumo deve ser verificado com rigor, pois dele depende o seu real comportamento
ante as solicitações de carga.

Em edificações correntes devem ser observadas nos pilares as variações de seção entre
pavimentos, bem como a correta posição das esperas no pavimento superior.
Vamos aproveitar a oportunidade para citar um item comum a todos os elementos estruturais,
mas preponderantemente nos pilares, e que deve ser motivo de alerta entre todos os profissionais

20
envolvidos na execução de uma estrutura. Trata-se do cobrimento, que é a camada de concreto
existente entre as barras de aço e a face exposta do elemento estrutural.
Esta camada de concreto não existe ali por acaso ou complemento estético da face do elemento.
Esta camada destina-se a proteção das barras de aço contra o fenômeno da corrosão (oxidação) e
deve seguir rigorosamente a espessura prevista pelo projetista.
Citamos que o mesmo é importante nos pilares principalmente naqueles situados nos pavimentos
de garagem dos edifícios, já que são constantemente molhados na lavagem de pisos e veículos
conduzindo para o interior do concreto, elementos agressivos que permitirão no futuro o
estabelecimento da corrosão. Tal fato torna-se mais crítico em obras situadas em ambientes
próximos ao mar.
Portanto esteja sempre atento na verificação e manutenção destas espessuras, com a utilização
adequada de espaçadores plásticos apropriados para este fim, pois as mesmas tem grande
influencia na vida útil de uma estrutura.

4.4 – As Fundações

As fundações são os elementos estruturais de transferência de todas as cargas suportadas pela


estrutura e sua distribuição no solo. Basicamente subdividem- se em fundações rasas e fundações
profundas.
As fundações rasas são geralmente constituídas por sapatas que podem se isoladas ou contínuas.
As sapatas isoladas recebem apenas o esforço proveniente de um único pilar enquanto as sapatas
continuas podem receber as cargas de dois ou mais pilares ou até mesmo de uma parede contínua
(muito comum em alvenaria estrutural).
As cotas de assentamento das fundações devem seguir rigorosamente os valores estabelecidos no
projeto, já que são frutos das analises de capacidade de suporte do solo e suas condições
geotécnicas.
As cavas das sapatas deverão ser conveniente contidas por pranchões de madeira ou metálicos de
modo a garantir o trabalho sem risco de desmoronamento.

Lembre-se

Não arrisque!
Às vezes um terreno pode parecer bastante estável e no entanto pode romper-se
durante a abertura de uma sapata soterrando o operário. Previna-se!
Escore as cavas convenientemente.

As fundações chamadas profundas necessitam uma grande penetração no solo até


atingirem capacidades de resistência satisfatórias. São caracterizadas pelas estacas
e tubulões.

As estacas mais comuns são do tipo : moldada “in loco” (Frank), metálicas , pré-
moldadas, Strauss e raiz.
Sobre os topos das estacas situam-se os blocos de coroamento que são elementos armados
destinados a distribuir em partes iguais, as cargas dos pilares nas varias estacas contidas num
mesmo bloco.
Os tubulões a céu aberto são fundações profundas com seções, normalmente circulares, bem
maiores do que as estacas. A execução deste tipo de fundação requer uma criteriosa avaliação do

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engenheiro de solos , bem como dos procedimentos de contenção das paredes ao longo das
escavações.

4.5 – Outros elementos estruturais

Merecem destaque dois outros elementos importantes e comumente utilizados, a saber:


Estruturas de Contenção e Reservatórios.
O primeiro engloba todas as estruturas de arrimo como muro em L , muro com contraforte, muros
atirantados, etc ...
A execução de arrimos também deve ser executada com perícia a fim de evitar surpresas, como
deslizamento de talude durante a execução do muro. O acompanhamento de um engenheiro
permanentemente no local é fundamental para a perfeita execução deste tipo de estrutura.
Quanto aos reservatórios, engloba-se as cisternas, caixas d’água, castelos d’água, piscinas e
tanques. Estas estruturas devem ser executadas de modo a evitar um grande número de juntas de
concretagem por constituir-se pontos vulneráveis para infiltrações.
Mais adiante voltaremos a falar sobre cada um desses elementos detalhadamente.

22
5. Plantas de formas e armações

Para a correta execução de uma estrutura de concreto é necessário ter uma boa interpretação dos
desenhos contidos nas plantas. Basicamente existem dois tipos de planta num Projeto Estrutural.

5.1 - Plantas de Formas

O primeiro tipo é a planta de formas, que aparentemente seria de interesse do carpinteiro, mas
que deve ser analisada por todos os profissionais envolvidos na obra. Citemos por exemplo as
interferências existentes entre instalações e estruturas, os encaminhamentos dos eletrodutos
numa laje, a correta disposição das armaduras em seus apoios; estas e muitas outras informações
poderão ser analisadas caso se esteja de posse da planta de formas.
As formas compreendem um planta baixa dos elementos estruturais apresentando a identificação
de cada um deles, bem como as suas dimensões, variações de seção, desníveis, cotas, e demais
informações importantes à sua execução. Deve ainda conter pelo menos um corte em seção a ser
definida pelo projetista, preferencialmente mostrando um pé direito.

Nota: Pé direito = desnível existente entre pavimentos.

De modo geral todos os calculistas adotam a seguinte abreviatura para designar um elemento
estrutural tanto na planta de forma quanto na planta de armaduras.

Pilar = P
Viga = V
Laje = L
Sapata = S
Bloco = B
Estaca = E

Os elementos estruturais serão sempre identificados com um dos prefixos acima, seguidos por um
número que os identificará ao longo de das demais plantas onde o mesmo se encontre.

Ex. : P1 = Pilar 1
V17 = Viga 17

A forma de numerar os elementos estruturais ficará a critério do projetista, ainda que


normalmente seja adotada uma numeração no desenho, crescente de cima para baixo e da
esquerda para a direita.
Os pilares são sempre numerados ao longo de sua prumada. Assim, caso exista continuidade de
um pilar por mais de um pavimento, todos receberão a mesma numeração. As sapatas e blocos
geralmente acompanham a numeração do pilar associado.
Quanto as vigas e lajes, a critério do calculista, as mesmas poderão ser numeradas de maneira
seqüencial ao longo da obra, independente do pavimento em que se encontram. Num prédio
muito grande, este método conduz a números muito altos no elemento estrutural ( ex: V735,
L432,…).
Outro modelo de identificar consiste em numerá-las de maneira análoga ao que fazemos quando
numeramos apartamentos, isto é, todas as vigas iniciadas por 1 ( ex: V101, V102, V103 ) estarão
no primeiro pavimento estrutural e assim sucessivamente.

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É comum também a numeração de maneira seqüencial somente dentro do pavimento. Neste caso
uma viga ou laje pode aparecer com o mesmo número, mas em pavimentos diferentes,
requerendo especial atenção dos carpinteiros e armadores. Este método é bastante utilizado.
Pelo exposto, o profissional deverá inicialmente descobrir que estilo de identificação foi adotado
pelo calculista, para em seguida iniciar a montagem do elemento.

Dicas

Ao abrir uma planta verifique inicialmente na região do título se a mesma


corresponde a obra em questão. Observe também se refere ao pavimento correto.
Algumas plantas de formas em prédios repetitivos às vezes são muito parecidas
umas com as outras, mas podem conter pequenos detalhes imperceptíveis numa
olhada rápida, que podem conduzir a erros se a mesma for trocada.

Uma planta de forma típica tem o aspecto da figura que se segue:

Figura 3 – Figura típica de uma forma ( escala 1:50)

5.2 - Plantas de Armações

É importante que os carpinteiros tenham uma noção sobre as plantas de armação uma vez as
duas atividades (formas e armações) são dependentes entre si. Os detalhamentos das ferragens
estão contidos nas plantas de armações. Cada elemento estrutural tem um detalhe típico onde o
mesmo é identificado com a mesma nomenclatura adotada na planta de formas.
Nestas plantas, as barras são representadas por linhas, devidamente reduzidas de tamanho por
conta da escala que anteriormente foi estudada.
É comum no detalhamento de um elemento estrutural ter-se uma vista numa determinada escala,

24
e um corte com outra.
As plantas que são enviadas para obra, são cópias de uma original que foi desenhada em papel
vegetal ou sulfite, e que ficam guardadas no escritório da empresa ou com o proprietário da obra.
Estas cópias podem ser apresentadas em dois tipos. O primeiro é a copia fotostática (Xerox) em
papel sulfite branco com a parte escrita em preto. O outro tipo é a chamada copia heliográfica que
se apresenta num papel azulado com a parte escrita num tom de azul mais escuro.
Estamos citando estas diferenças porque as copias heliográficas são extremamente sensíveis a luz
solar. Quando expostas ao Sol, vão clareando até perder a legibilidade. Portanto se estiver
operando com estes tipos de copia, evite deixa-las aberta sobre as bancadas por muito tempo,
procurando abri-las na sombra.
Nota: Alguns profissionais têm adotado recentemente, ao invés de uma planta de armações,
produzir um caderno onde cada elemento é detalhado numa folha.

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6. Apresentação do ferramental

O carpinteiro de formas no desenvolvimento de suas atividades utilizará as seguintes ferramentas


principais:

6.1 - Ferramentas para medição:

(metro duplo) (trena) (esquadro)

6.2 - Ferramentas usadas para alinhamento, nivelamento e prumo:

(linha) (prumo de face) (prumo de centro)

(nível de bolha) (régua) (mangueira de nível)

6.3 - Ferramentas usadas para corte:

(torquês) (machadinha) (formão)

(lima grossa) (serrote de ponta)

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(serrote) (arco de serra)

Figura 4 – (serra circular)

6.4 - Outras ferramentas:

(travadeira) (martelo de unha) (pé de cabra)

(enxó) (marreta) (furadeira)

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7. Informações técnicas sobre manuseio das ferramentas

Além do conhecimento o carpinteiro de formas deve dominar o manuseio das ferramentas


anteriormente citadas, sendo necessário saber:

7.1 - Medir e riscar a madeira

Consiste em medir, utilizando o metro ou com a trena e riscar a madeira, usando o lápis e o
esquadro.

Figura 8 - Medir e riscar

Figura 5 – (Marcação da madeira)

Processo de execução:
− Meça a madeira, utilizando o metro, conforme medida estabelecida.
− Marque, com o lápis, o lugar da medida solicitada.
− Coloque e acerte o esquadro na marca feita.
− Risque forte com o lápis, segurando firmemente o esquadro.
− Confira a posição correta do risco, tomando medidas com o metro em toda sua extensão e
confrontando com a medida que foi determinada previamente.

7.2 - Serrar a madeira

Figura 6 – Corte de madeira

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Processo de execução:
− Escolha e assinale a face e o canto mais convenientes.
− Meça na tábua, o comprimento a ser cortado, utilizando o metro.
− Marque a medida solicitada, usando o lápis.
− Risque pela marcação, usando o lápis e o esquadro.
− Apoie a peça sobre o cavalete ou na bancada.
− Inicie o corte junto ao risco marcado, encostando o dedo polegar na lâmina para guiá-la,
puxando o serrote, exercendo nele leve pressão (obs.: o risco deve permanecer na parte
aproveitável da peça).
− Serre aprofundando o corte lentamente junto ao risco marcado, com movimentos de vaivém e
com passadas curtas.
− Após ter aprofundado o corte, afaste o dedo da lâmina para evitar acidentes.
− Serre junto ao risco marcado, segurando o serrote com firmeza, utilizando o seu maior curso
possível, com cadência aproximada de 40 a 60 golpes por minuto.
− Em cortes transversais, a inclinação dever ser de 45º, nos longitudinais de 60º,
aproximadamente.
− O angulo formado pela face da lâmina com a madeira deve ser de 90º.

Figura 7 - Ângulos de corte para o serrote

Evite acidentes:

Não esqueça de afastar o dedo polegar da lâmina, após ter


aprofundado o corte.

Precauções:
− Exerça pressão adequada, apenas no avanço da lamina.
− Deixe o serrote correr livre no retorno.
− No retorno, não puxe o serrote, demasiadamente, pois, ao avançar novamente, a lâmina
poderá flexionar, provocando desvio do risco e inclusive empenar.

Observação:

− Nos cortes muito longos, coloque uma palmeta ou cunha no inicio da parte já serrada, a fim
de evitar que o rasgo se feche e prenda o serrote.

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(figura n.º 4: Colocação de cunha para serrar)

Figura 11 – Cortes extensos

Figura 8 – Cortes extensos

7.3 - Pregar a madeira

Figura 9 – Cortes extensos


Processo de execução:
− Escolha os pregos quanto aos tipos e tamanhos necessários, conforme as peças a serem
pregadas.
− Apóie devidamente as peças numa bancada ou cavalete.
− Aponte os pregos na tábua a ser pregada com uma leve
pancada de martelo.

Evite acidentes:

Não esqueça de afastar os dedos do prego, após ter apontado o mesmo


ma madeira.

Observações:
− A localização dos pregos na tábua, a distancia A, deve ser
aproximadamente, uma distância do seu bordo que
corresponda, mais ou menos, à espessura da tábua B.

Figura 10 – Posição dos pregos

− Procure evitar o alinhamento dos pregos no sentido das fibras


da madeira, a fim de evitar que ela rache. Alterne os pregos ao
lado de um eixo imaginário.
Figura 11 – Alinhamentos

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− Martele os pregos, mantendo-os ligeiramente inclinados
para que penetre na madeira com maior eficiência.

Figura 12 – Inclinações dos pregos

− Martele os pregos com firmeza e precisão, segurando o martelo


pela extremidade do cabo, golpeando com ritmo.

Figura 13 – Firmeza e precisão

− Retire um prego que tenha se envergado, quando necessário,


usando a orelha do martelo (unha), mas calce a ferramenta
com pedaço de madeira de espessura igual à altura livre do
prego. Isto evitará grandes esforços e não forçará o cabo da
ferramenta.

Figura 14 – Retiradas dos pregos

7.4 - Instruções sobre como travar o serrote

Processo de execução:
− Prenda a lâmina do serrote entre dois suportes para possibilitar o
uso conveniente da travadeira.

Figura 15 – Travamento 1

− Com uma régua veja se todos os dentes estão na mesma altura.


Caso contrário; retifique-os passando sobre eles uma lima chata
murça até iguala-los.

Figura 16 – Travamento 2

− Verifique, experimentando, qual o rasgo da travadeira que


corresponde à espessura da lâmina do serrote.

Figura 17 – Travamento 3

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− Introduza a travadeira até a metade do primeiro dente (figura
anterior), aproximadamente, obedecendo ao sentido da inclinação já
existente e incline até ao máximo da metade da espessura da lâmina.

Figura 18 – Travamento 4

− Incline o segundo dente em sentido contrário ao do primeiro, conforme mostra a figura abaixo.

− Prossiga a travação até o final, inclinando todos os outros dentes


sucessiva e alternadamente. Observe se os dentes travados
obedecem ao alinhamento. Os serrotes bem tratados têm as pontas
dos dentes alinhadas.

Figura 19 – Travamento 5

Dicas

Sempre que terminar um trecho do serrote, mude a posição do


mesmo, conservando a parte que está sendo travada no ponto
de melhor fixação.

7.5 - Instruções sobre como afiar o serrote

Figura 20 – Fixação

Processo de execução:
− Prenda a lâmina do serrote na morsa; entre dois suportes de madeira, mantendo os dentes
bem próximos dos suportes a fim de evitar vibrações. Prenda sempre o serrote de maneira que
o cabo do mesmo fique á sua direita.
− Apanhe a lima triângulo de 4” e após verificar se ela está bem encostada no cabo, inicie a
afiação do primeiro dente da ponta do serrote.
− Afie; mantendo a posição da lima em ângulo reto e em sentido transversal ao da lâmina,
conforme figuras abaixo.

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Figura n.º 22
Figura n.º 21

− Movimente a lima, fazendo pressão apenas durante o avanço,


deixando-a correr, livremente, no retorno. Dê tantas passadas
quantas forem necessárias (até verificar que a aresta do dente
ficou cortante), conservando sempre a lima no ângulo de afiação
correto.
O ângulo de corte mais comum é o de 135º.
Figura n.º 23

Dicas
Ao avançar a lima use o seu maior comprimento possível. Aplique o mesmo
processo aos demais dentes, mudando a posição do serrote quando perceber
que a fixação não se apresenta eficiente.

Precaução:

− Mantenha toda atenção no trabalho, para não se ferir nos dentes já afiados.

Evite acidentes:

Não deixe de utilizar luvas ao afiar o serrote.

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8. Construção da bancada para gravatas

Na confecção da bancada para gravatas empregam-se os seguintes materiais:


− Pontaletes de pinho, tábuas de pinho, sarrafos de pinho, pregos 17x21 e 17x27

E as seguintes ferramentas:
− Metro, lápis, esquadro, serrote comum ou serra circular e martelo de unha.

Processo de execução:
− Selecionar as madeira que serão utilizadas (pontaletes, tábuas e sarrafos).
− Medir e riscar as madeiras.
− Serrar a madeira de acordo com as medidas.
− Marcar com esquadro nas travessas superiores maiores a posição de cada pé .
− Pregar os pés nas travessas superiores maiores, nas marcas estabelecidas, formando painéis.
− Unir os dois painéis através das travessas superiores menores.
− Marcar a posição as travessas inferiores e os sarrafos nos pés da bancada.
− Pregar as travessas inferiores e os sarrafos (mãos francesas).
− Pregar as tábuas nas travessas superiores maiores , formando um tabuado.
− Veja a figura que se segue:

Figura 24 - Bancada de gravatas

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Peça
Denominações e observações Material e dimensões
Nº Quant.
1 6 Pé de bancada Pontalete de pinho 8 x 8 x 80
2 2 Travessa superior maior Tábua de pinho 2,5 x 30 x 230
3 3 Travessa superior menor Tábua de pinho 2,5 x 30 x 45
4 3 Travessa inferior Sarrafo de pinho 2,5 x 10 x 50
5 4 Mão francesa Sarrafo de pinho 2,5 x 10 x 119
6 2 Tabuado Tábua de pinho 2,5 x 30 x 250
7 14 Guia Sarrafo de pinho 2,5 x 5 x 50
8 1 Encosta Tábua de pinho 2,5 x 15 x 60

Figura 25- Madeira para bancada de gravatas, com medidas.

− Marcar os espaços das gravatas, deixando livre o intervalo de 37,5 centímetros entre as guias.
− Pregar as guias para as gravatas, nas marcações, respeitando os intervalos internos de 2,5
centímetros.
− Pregar o encosto ou batente a 15,0 centímetros da borda da bancada.

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9. Confecção de formas para blocos

Na confecção de formas para sapatas e/ou blocos empregam-se os seguintes materiais:


− Tábuas de pinho, sarrafos de pinho, pregos 17x21 e 17x27

E as seguintes ferramentas:
− Metro, lápis, esquadro, serrote comum ou serra circular e martelo de unha, machadinha.

Processo de execução:
− Selecionar as madeiras que serão utilizadas (tábuas e sarrafos).
− Marcar a madeira de acordo com a planta da forma.
− Chanfrar as estacas com a machadinha.
− Serrar a madeira dos painéis das gravatas e das mãos francesas.
− Medir a posição da gravata e marcar no painel.
− Acrescentar, nos painéis de testa, as espessuras dos painéis laterais.
− Armar a forma da sapata e/ou bloco.
1. Pregar um painel de testa ao lateral.
2. Repita a operação quanto aos outros painéis.
3. Concluir a montagem da forma
− Acertar o esquadro.
− Pregar as pontas das gravatas de reforço, mantendo a forma dentro do esquadro.
− Locar a forma de bloco, de acordo com a planta.
− Cravar as estacas rentes ao painel.
− Comprimir as mãos francesas entre a forma e as estacas.
− Pregar as escoras laterais (mãos francesas) nas estacas.

Figura 29 - Forma para Sapatas

Figura 26 - Forma para Sapatas

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10. Confecção da forma para as cintas

Na confecção de formas para cintas empregam-se os seguintes materiais:


− Tábuas de pinho, sarrafos de pinho, pregos 17x21 e 17x27

E as seguintes ferramentas:
− Metro, lápis, esquadro, serrote comum ou serra circular e martelo de unha.

Processo de execução:

10.1 - Preparar as madeiras da forma da cinta.

− Selecionar as madeiras que serão utilizadas (tábuas e sarrafos).


− Marcar a madeira de acordo com a planta da forma.
− Serrar as madeiras na serra circular ou serrote comum.
− Não esqueça de acrescentar na medida dos painéis laterais a espessura da madeira do fundo.

10.2 - Preparar o fundo da forma da cinta.

− Colocar as gravatas nas marcações da bancada.


− Marcar a posição da tábua de fundo da cinta nas gravatas.
− Colocar a tábua do fundo da cinta sobre as gravatas.
− Encostar a tábua do fundo da cinta no batente da bancada e acerte sobre as marcações das
gravatas.
− Pregar a tábua do fundo da cinta nas gravatas, formando o painel de fundo da cinta.

10.3 - Preparar os painéis laterais da forma da cinta.

− Colocar as gravatas nas marcações da bancada.


− Marcar a posição da tábua lateral da cinta nas gravatas.
− Colocar a tábua referente a lateral da cinta sobre as gravatas.
− Encostar a tábua lateral da cinta no batente da bancada e acerte nas marcações das gravatas.
− Pregar a tábua lateral da cinta nas gravatas, formando o painel lateral da cinta.
− Refazer os passos anteriores para o segundo painel da cinta.

10.4 - Montar a forma da cinta.

− Pregar um painel lateral com o fundo da cinta


− Fixar as gravatas, utilizando os pregos em posição alternada.
− Pregar o outro painel lateral ao fundo da cinta.

10.5 - Montar a forma da cinta sobre os blocos ou pilares.

− Medir e marcar nos blocos ou pilares a entrada da cinta.


− Serrar os painéis dos blocos ou pilares na marca.
− Colocar a cinta cobre os blocos ou pilares.
− Pregar a cinta nos blocos ou pilares.

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Figura 27 - Planta e vista lateral da forma de cinta

Figura 28 - Elevação da forma de cinta sobre bloco e pilar

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11. Confecção da forma para os pilares

Na confecção de formas para os pilares empregam-se os seguintes materiais:


− Tábuas de pinho ou chapas compensadas, sarrafos de pinho, pregos 17x21 e 17x27

E as seguintes ferramentas:
− Metro, lápis, esquadro, serrote comum ou serra circular e martelo de unha.

11.1 - Processo de execução com tábuas de pinho.

11.1.1 - Preparar a forma do pilar.

− Selecionar as madeiras que serão utilizadas (tábuas e sarrafos).


− Marcar a madeira de acordo com a planta da forma.
− Serrar as madeiras na serra circular ou serrote comum.
− Não esqueça de acrescentar na medida do painel lateral a espessura da madeira do outro
painel lateral.

11.1.2 - Preparar os painéis externos do pilar.

− Colocar as gravatas nas marcações da bancada.


− Marcar a posição da tábua lateral do pilar nas gravatas.
− Colocar a tábua referente a lateral do pilar sobre as gravatas.
− Encostar a tábua lateral do pilar no batente da bancada e acerte nas marcações das gravatas.
− Pregar a tábua lateral do pilar nas gravatas, formando o painel externo lateral do pilar.
− Refazer os passos anteriores para o outro painel externo do pilar.

11.1.3 - Preparar os painéis internos do pilar.

− Colocar as gravatas nas marcações da bancada.


− Marcar a posição da tábua lateral do pilar nas gravatas.
− Colocar a tábua referente a lateral do pilar sobre as gravatas.
− Encostar a tábua lateral do pilar no batente da bancada e acerte nas marcações das gravatas.
− Pregar a tábua lateral do pilar nas gravatas, formando o painel interno lateral do pilar.
− Refazer os passos anteriores para o outro painel interno do pilar.

11.1.4 - Montar a forma

− Pregar um painel externo sobre um painel interno, formando um canto.


− Comprove com o esquadro o angulo de 90º formado pelos dois painéis.
− Fixar as gravatas, utilizando os pregos em posição alternada e de cima para baixo.
− Pregar o outro painel externo ao outro painel interno, repetindo os passos anteriores.
− Unir os cantos pregando dos dois painéis em “L”, pregando as gravatas e os painéis.
− Abrir a janela de limpeza da coluna.
− Fazer a locação do pilar.
− Aprumar o pilar utilizando o prumo de face ou nível de bolha.
− Escorar o pilar com uma mão francesa.

39
Figura 29 - Boca
para viga

Figura 31 - Forma
para o pilar com
tábuas.

Figura 30 - Janela
para limpeza.

40
11.2 – Processo de execução com chapas de compensado.

11.2.1 - Preparar a forma do pilar.

− Selecionar as madeiras que serão utilizadas (chapas compensadas e sarrafos).


− Marcar a madeira de acordo com a planta da forma.
− Serrar as madeiras na serra circular ou serrote comum.
− Não esqueça de acrescentar na medida do painel lateral a espessura da madeira do outro
painel lateral.

11.2.2 - Preparar os painéis externos do pilar.

− Colocar as gravatas nas marcações da bancada.


− Marcar as posições das costelas sobre as gravatas.
− Pregar as costelas nas gravatas formando um estrado.
− Marcar a posição da chapa compensada lateral do pilar nas costelas.
− Colocar a chapa compensada referente a lateral do pilar sobre as costelas.
− Encostar a chapa compensada lateral do pilar no batente da bancada e acerte nas marcações
das costelas.
− Pregar a chapa compensada lateral do pilar nas costelas, formando o painel externo lateral do
pilar.
− Refazer os passos anteriores para o outro painel externo do pilar.

11.2.3 - Preparar os painéis internos do pilar.

− Colocar as gravatas nas marcações da bancada.


− Marcar as posições das costelas sobre as gravatas.
− Pregar as costelas nas gravatas formando um estrado.
− Marcar a posição da chapa compensada lateral do pilar nas costelas.
− Colocar a chapa compensada referente a lateral do pilar sobre as costelas.
− Encostar a chapa compensada lateral do pilar no batente da bancada e acerte nas marcações
das costelas.
− Pregar a chapa compensada lateral do pilar nas costelas, formando o painel interno lateral do
pilar.
− Refazer os passos anteriores para o outro painel interno do pilar.

11.2.4 - Montar a forma

− Pregar um painel externo sobre um painel interno, formando um canto.


− Comprove com o esquadro o angulo de 90º formado pelos dois painéis.
− Fixar as gravatas, utilizando os pregos em posição alternada e de cima para baixo.
− Pregar o outro painel externo ao outro painel interno, repetindo os passos anteriores.
− Unir os cantos pregando dos dois painéis em “L”, pregando as gravatas e os painéis.
− Abrir a janela de limpeza da coluna.
− Fazer a locação do pilar.
− Aprumar o pilar utilizando o prumo de face ou nível de bolha.
− Escorar o pilar com uma mão francesa.

41
Figura 35 - Forma de pilar utilizando chapas compensadas.

Peça
Denominações e observações Material e dimensões
Nº Quant.
1 2 Painel maior Chapa de compensado 1,2 x 52,4 x 220
2 16 Gravata Sarrafo de pinho 2,5 x 10 x 87,4
3 6 Costela Sarrafo de pinho 2,5 x 10 x 220
4 2 Painel menor Chapa de compensado 1,2 x 10 x 220
5 4 Costela Sarrafo de pinho 2,5 x 5 x 220
6 8 Gravata Sarrafo de pinho 2,5 x 10 x 49,4
Prego 18 x 29

Figura 32 - Forma de pilar utilizando chapas de compensado.

42
12. Confecção da forma para as vigas que apoiarão a laje

Na confecção de formas para as vigas empregam-se os seguintes materiais:


− Tábuas de pinho ou chapas de compensado, sarrafos de pinho, pontaletes, pregos 17x21 e
17x27.

E as seguintes ferramentas:
− Metro, lápis, esquadro, serrote comum ou serra circular e martelo de unha.

12.1 – Processo de execução utilizando tábuas de pinho.

12.1.1 - Preparar a forma da viga.

− Selecionar as madeiras que serão utilizadas (tábuas , sarrafos e pontaletes).


− Marcar a madeira de acordo com a planta da forma.
− Serrar as madeiras na serra circular ou serrote comum.
− Não esqueça de acrescentar na medida dos painéis laterais a espessura da madeira do fundo.

12.1.2- Preparar o fundo da viga.

− Colocar as gravatas nas marcações da bancada.


− Marcar a posição da tábua do fundo da viga nas gravatas.
− Colocar a tábua referente do fundo da viga sobre as gravatas.
− Encostar a tábua do fundo da viga no batente da bancada e acerte nas marcações das
gravatas.
− Pregar a tábua do fundo da viga nas gravatas, formando o painel do fundo da viga.

12.1.3 - Preparar os painéis laterais da viga.

− Colocar as gravatas nas marcações da bancada.


− Marcar a posição da tábua lateral da viga nas gravatas.
− Colocar a tábua referente a lateral da viga sobre as gravatas.
− Encostar a tábua lateral da viga no batente da bancada e acerte nas marcações das gravatas.
− Pregar a tábua lateral da viga nas gravatas, formando o painel lateral da viga.
− Refazer os passos anteriores para o outro painel da viga.

12.1.4 - Montar a forma da viga.

− Pregar um painel lateral com o fundo.


− Fixar as gravatas, utilizando os pregos em posição alternada.
− Pregar o outro painel lateral ao fundo.
− Verificar a horizontalidade do fundo da viga no sentido longitudinal e no sentido transversal.
− Marcar nos pilares o nível da viga, utilizando mangueira de nível.
− Colocar a forma da viga nos pilares, encaixando-a nas “bocas” deixadas nos pilares.
− Escorar a viga com pontaletes de madeira ou com escoras metálicas.
− Cunhar os pontaletes e aprumar as escoras.
− Pregar mãos francesas para escorar os painéis laterais da viga ou trava-las na laje.

43
Figura 33 - Forma de viga utilizando tábuas de pinho.

12.2 – Processo de execução utilizando chapas de compensado.

12.2.1 - Preparar a forma da viga

− Selecionar as madeiras que serão utilizadas (chapas compensadas, sarrafos e pontaletes).


− Marcar a madeira de acordo com a planta da forma.
− Serrar as madeiras na serra circular ou serrote comum.
− Não esqueça de acrescentar na medida dos painéis laterais a espessura da madeira do fundo.

44
12.2.2 - Preparar o fundo da viga.

− Colocar as gravatas nas marcações da bancada.


− Marcar as posições das costelas sobre as gravatas.
− Pregar as costelas nas gravatas formando um estrado.
− Marcar a posição da chapa compensada de fundo da viga nas costelas.
− Colocar a chapa compensada referente ao fundo da viga sobre as costelas.
− Encostar a chapa compensada de fundo da viga no batente da bancada e acerte nas
marcações das costelas.
− Pregar a chapa compensada de fundo da viga nas costelas, formando o painel de fundo da
viga.

12.2.3 - Preparar os painéis laterais da viga.

− Colocar as gravatas nas marcações da bancada.


− Marcar as posições das costelas sobre as gravatas.
− Pregar as costelas nas gravatas formando um estrado.
− Marcar a posição da chapa compensada lateral da viga nas costelas.
− Colocar a chapa compensada referente a lateral da viga sobre as costelas.
− Encostar a chapa compensada lateral da viga no batente da bancada e acerte nas marcações
das costelas.
− Pregar a chapa compensada lateral da viga nas costelas, formando o painel lateral da viga.
− Refazer os passos anteriores para o outro painel lateral da viga.

12.2.4 - Montar a forma da viga.

− Pregar um painel lateral com o fundo.


− Fixar as gravatas, utilizando os pregos em posição alternada.
− Pregar o outro painel lateral ao fundo.
− Verificar a horizontalidade do fundo da viga no sentido longitudinal e no sentido transversal.
− Marcar nos pilares o nível da viga, utilizando mangueira de nível.
− Colocar a forma da viga nos pilares, encaixando-a nas “bocas” deixadas nos pilares.
− Escorar a viga com pontaletes de madeira ou com escoras metálicas.
− Cunhar os pontaletes e aprumar as escoras.
− Pregar mãos francesas para escorar os painéis laterais da viga ou trava-las na laje.

45
Figura 37 - Forma de viga utilizando chapas compensadas.

Peça
Denominações e observações Material e dimensões
Nº Quant.
1 1 Painel lateral externo Chapa de compensado 1,2 x 31,2 x 156,6
2 4 Gravata Sarrafo de pinho 2,5 x 10 x 48,7
3 1 Painel lateral interno Chapa de compensado 1,2 x 22 x 156,6
4 4 Gravata Sarrafo de pinho 2,5 x 10 x 39,5
5 1 Painel de fundo Chapa de compensado 1,2 x 12 x 159
6 4 Gravata Sarrafo de pinho 2,5 x 10 x 49,4
7 7 Costela Sarrafo de pinho 2,5 x 5 x 156,6

Figura 34 - Forma de viga utilizando chapas compensadas.

46
13. Confecção da forma para as vigas invertidas

Na confecção de formas para as vigas empregam-se os seguintes materiais:


− Tábuas de pinho ou chapas de compensado, sarrafos de pinho, pontaletes, pregos 17x21 e
17x27

E as seguintes ferramentas:
− Metro, lápis, esquadro, serrote comum ou serra circular e martelo de unha.

13.1 – Processo de execução utilizando tábuas de pinho.

13.1.1 - Preparar a forma da viga.

− Selecionar as madeiras que serão utilizadas (tábuas, sarrafos e pontaletes).


− Marcar a madeira de acordo com a planta da forma.
− Serrar as madeiras na serra circular ou serrote comum.
− Não esqueça de acrescentar na medida dos painéis laterais a espessura da madeira do fundo.

13.1.2 - Preparar o fundo da viga.

− Colocar as gravatas nas marcações da bancada.


− Marcar a posição da tábua do fundo da viga nas gravatas.
− Colocar a tábua referente do fundo da viga sobre as gravatas.
− Encostar a tábua do fundo da viga no batente da bancada e acerte nas marcações das
gravatas.
− Pregar a tábua do fundo da viga nas gravatas, formando o painel do fundo da viga.

13.1.3 - Preparar os painéis laterais da viga.

− Colocar as gravatas nas marcações da bancada.


− Marcar a posição da tábua lateral da viga nas gravatas.
− Colocar a tábua referente a lateral da viga sobre as gravatas.
− Encostar a tábua lateral da viga no batente da bancada e acerte nas marcações das gravatas.
− Pregar a tábua lateral da viga nas gravatas, formando o painel lateral da viga.
− Refazer os passos anteriores para o outro painel da viga.

13.1.4 - Montar a forma da viga.

− Pregar um painel lateral com o fundo.


− Fixar as gravatas, utilizando os pregos em posição alternada.
− Pregar o outro painel lateral ao fundo.
− Verificar a horizontalidade do fundo da viga no sentido longitudinal e no sentido transversal.
− Marcar nos pilares o nível da viga, utilizando mangueira de nível.
− Colocar a forma da viga nos pilares, encaixando-a nas “bocas” deixadas nos pilares.
− Escorar a viga com pontaletes de madeira ou com escoras metálicas.
− Cunhar os pontaletes e aprumar as escoras.
− Pregar mãos francesas para escorar os painéis laterais da viga ou trava-las na laje.

47
Figura 38 - Forma de viga invertida utilizando tábuas de pinho.

Figura 35 - Forma de viga invertida utilizando tábuas de pinho.

48
13.2 – Processo de execução utilizando chapas de compensado

13.2.1 - Preparar a forma da viga.

− Selecionar as madeiras que serão utilizadas (chapas compensadas, sarrafos e pontaletes).


− Marcar a madeira de acordo com a planta da forma.
− Serrar as madeiras na serra circular ou serrote comum.
− Não esqueça de acrescentar na medida dos painéis laterais a espessura da madeira do fundo.

13.2.2 - Preparar o fundo da viga.

− Colocar as gravatas nas marcações da bancada.


− Marcar as posições das costelas sobre as gravatas.
− Pregar as costelas nas gravatas formando um estrado.
− Marcar a posição da chapa compensada de fundo da viga nas costelas.
− Colocar a chapa compensada referente ao fundo da viga sobre as costelas.
− Encostar a chapa compensada de fundo da viga no batente da bancada e acerte nas
marcações das costelas.
− Pregar a chapa compensada de fundo da viga nas costelas, formando o painel de fundo da
viga.

13.2.3 - Preparar os painéis laterais da viga.

− Colocar as gravatas nas marcações da bancada.


− Marcar as posições das costelas sobre as gravatas.
− Pregar as costelas nas gravatas formando um estrado.
− Marcar a posição da chapa compensada lateral da viga nas costelas.
− Colocar a chapa compensada referente a lateral da viga sobre as costelas.
− Encostar a chapa compensada lateral da viga no batente da bancada e acerte nas marcações
das costelas.
− Pregar a chapa compensada lateral da viga nas costelas, formando o painel lateral da viga.
− Refazer os passos anteriores para o outro painel lateral da viga.

13.2.4 - Montar a forma da viga.

− Pregar um painel lateral com o fundo.


− Fixar as gravatas, utilizando os pregos em posição alternada.
− Pregar o outro painel lateral ao fundo.
− Verificar a horizontalidade do fundo da viga no sentido longitudinal e no sentido transversal.
− Marcar nos pilares o nível da viga, utilizando mangueira de nível.
− Colocar a forma da viga nos pilares, encaixando-a nas “bocas” deixadas nos pilares.
− Escorar a viga com pontaletes de madeira ou com escoras metálicas.
− Cunhar os pontaletes e aprumar as escoras.
− Pregar mãos francesas para escorar os painéis laterais da viga ou trava-las na laje.

49
Peça
Denominações e observações Material e dimensões
Nº Quant.
1 1 Painel externo Chapa de compensado 1,2 x 30 x 330
2 1 Painel interno Chapa de compensado 1,2 x 22 x 330
3 5 Costela Sarrafo de pinho 1,2 x 5 x 330
4 7 Gravata Sarrafo de pinho 2,5 x 5 x 40
Figura n.º 39 - Forma de viga inv5ertida utilizando
7 chapas compensadas.
Gravata Sarrafo de pinho 2,5 x 5 x 40
6 7 Gravata Sarrafo de pinho 2,5 x 5 x 40
7 1 Sarrafo Pinho 2,5 x 10 x 330
8 4 Tensores Ferro CA 25 Ø 3/16” – 145cm
9 7 Loca-de-lobo Pinho 2,5 x 10 x 35
10 4 Separador Ferro CA 25 Ø 1/2” – 12cm
11 2 Guia Sarrafo de pinho 2,5 x 5 x 330
Prego 18 x 24
Prego 15 x 15

Figura n.º 36 - Forma de viga invertida utilizando chapas compensadas.


50
14. Confecção de um estrado para receber uma laje

Na confecção de formas para as vigas empregam-se os seguintes materiais:


− Chapas de compensado, sarrafos de pinho, pontaletes, pregos 17x21 e 17x27

E as seguintes ferramentas:
− Metro, lápis, esquadro, serrote comum ou serra circular e martelo de unha.

14.1 – Processo de execução utilizando chapa de compensado.

14.1.1 - Preparar as madeiras para o estrado da laje.

− Selecionar as madeiras que serão utilizadas (chapas compensadas, sarrafos e


pontaletes).
− Marcar a madeira de acordo com a planta da forma.
− Serrar as madeiras na serra circular ou serrote comum.
− Não esqueça de acrescentar na medida do painéis laterais a espessura da madeira
do fundo.

14.1.2 - Preparar o estrado.

− Marcar nas gravatas das vigas as posições das guias.


− Pregar as guias nas gravatas.
− Distribuir os travessões sobre as guias.
− Fazer o escoramento do tabuado com pontaletes de 8x8.
− Fazer um escoramento utilizando uma guia longarina, escoras e calços no centro do
vão do tabuado.
− Aprumar e travar todo o conjunto com sarrafos
− Pregar as guias nas escoras.
− Pregar as travessas nas guias.
− Pregar a chapa compensada sobre nas travessas.
− Nivelar o tabuado através das cunhas.
− Fixe as cunhas.

51
Figura 40 - Tabuado para laje utilizando chapas compensada.

Peça
Denominações e observações Material e dimensões
Nº Quant.
1 5 Escora Pontalete de pinho 8 x 8 x 190
2 7 Travessão Pontalete de pinho 8 x 8 x 212
3 2 Guia Sarrafo de pinho 2,5 x 10 x 324
4 1 Guia (longarina) Pontalete de pinho 8 x 8 x 324
5 10 Cunha (pontalete) Sarrafo 2,5 x 8 x 15
Prego 18 x 27
Prego 15 x 15

Figura 37 – Tabuado para laje utilizando chapas de compensado.

52
Figura 41 - Forma de laje.

Peça
Denominações e observações Material e dimensões
Nº Quant.
6 3 Tabuado Chapa de compensado 1,2 x 110 x 220
Prego 18 x 27
Prego 15 x 15

Figura 38 - Forma de laje.

53
15. Confecção da forma para a escada com dois lances e um patamar

Na confecção de formas para as escadas empregam-se os seguintes materiais:


− Chapas compensadas, sarrafos de pinho, pontaletes, pregos 17x21 e 17x27

E as seguintes ferramentas:
− Metro, lápis, esquadro, serrote comum ou serra circular e martelo de unha.

15.1 – Processo de execução utilizando chapas de compensado.

15.1.1 - Preparar as madeiras para a forma da escada.

− Selecionar as madeiras que serão utilizadas (chapas de compensado, sarrafos e pontaletes).


− Marcar a madeira de acordo com a planta da escada.
− Serrar as madeiras na serra circular ou serrote comum.
− Não esqueça de acrescentar na medida dos painéis laterais a espessura da madeira do fundo.

15.1.2 - Preparar o estrado que vai servir como fundo da escada.

− Marcar nas gravatas das vigas as posições das guias.


− Pregar as guias nas gravatas.
− Distribuir os travessões sobre as guias.
− Fazer o escoramento do tabuado com pontaletes de 8x8, tanto nos lances (inclinados) como
no patamar (horizontal).
− Aprumar e travar todo o conjunto com sarrafos
− Pregar as guias nas escoras.
− Pregar as travessas nas guias.
− Pregar a chapa compensada sobre nas travessas.
− Nivelar o tabuado do patamar através das cunhas.

15.1.3 - Preparar os painéis laterais.

− Marcar as alturas dos degraus nos painéis externos já cortados conforme a planta da forma.
− Marcar as medidas dos degraus no lado interno dos painéis, utilizando o metro e esquadro.
− Pregar os painéis externos no tabuado.
− Pregar externamente um sarrafo de pressão paralelo ao painel externo.

15.1.4 - Preparar os degraus.

− Colocar os espelhos dos degraus, depois de feitas as armações de ferro (deixando altura para
a passagem do concreto e escorando os espelhos).
− Pregar os chapuzes ligando os painéis laterais e os extremos espelhos dos degraus.
− Pregar os calços no centro dos espelhos dos degraus.

54
Peça
Denominações e observações Material e dimensões
Nº Quant.
1 14 Travessa Pontalete de pinho 8 x 8 x 105
6 2 Guia Sarrafo de pinho 2,5 x 10 x 178
7 2 Guia Sarrafo de pinho 2,5 x 10 x 96
8 2 Escora Chapa de compensado 8 x 8 x 125
10 1 Tabuado Tábua de pinho 1,2 x 80 x 118,5
Prego 18 x 27
Prego 15 x 15

Figura 39 - Tabuado para escada utilizando chapas de compesado.

55
Peça
Denominações e observações Material e dimensões
Nº Quant.
1 14 Travessa Pontalete de pinho 8 x 8 x 105
5 1 Tabuado Chapa de compensado 1,2 x 50 x 80
6 2 Guia Sarrafo de pinho 2,5 x 10 x 178
7 2 Guia Sarrafo de pinho 2,5 x 10 x 96
8 2 Escora Pontalete de pinho 8 x 8 x 125
9 1 Tabuado Chapa de compensado 1,2 x 80 x 173
10 1 Tabuado Chapa de compensado 1,2 x 80 x 118,5
11 1 Painel Tábua de pinho 2,5 x 30 x 160
12 1 Painel Tábua de pinho 2,5 x 30 x 143
13 2 Painel Tábua de pinho 2,5 x 30 x 190
14 8 Calço Tábua de pinho 2,5 x 17 x 35
15 10 Espelho Tábua de pinho 2,5 x 17 x 80
16 20 Chapuz Sarrafo de pinho 2,5 x 10 x 17
17 3 Sarrafo de pressão Sarrafo de pinho 2,5 x 10 x 118
18 1 Painel Tábua de pinho 2,5 x 30 x 202
19 1 Chapuz Sarrafo de pinho 2,5 x 10 x 35

Figura 40 - Forma para escada utilizando chapas de compensado.

56
16. Escadas, considerações gerais e cálculos

A determinação da largura mínima das escadas é encontrada nos Códigos de Obras de cada
cidade.
Por exemplo, na cidade de São Paulo o Código de Obras estabelece a largura mínima de 1,00m
(um metro) para as casas de habitação particular e de 1,20m (um metro e vinte centímetros) para
os prédios comerciais ou residências, sem elevador.
As escadas de edifícios de mais de dois pavimentos deverão ser feitas com materiais
incombustíveis, por exemplo: o concreto armado.
A existência de elevador em um edifício não dispensa a construção de escada.
A parte horizontal de um degrau, denomina-se piso do degrau e a parte vertical perpendicular ao
piso é conhecida por espelho do degrau.

h = espelho

p = piso

Figura 44 - Piso e espelho do degrau da escada.


Figura 41 - Piso e espelho do degrau da escada.

Dados experimentais fizeram concluir que a altura mais recomendável para o espelho de um
degrau é de 0,19 m (dezenove centímetros). A largura do piso, raramente ultrapassa 0,30 m.
(trinta centímetros).
B. Condell, arquiteto francês, estabeleceu uma fórmula empírica que permite calcular a largura do
piso em função da altura do espelho ou vice-versa. Esta fórmula é a seguinte:

p + 2 h = 0 ,64 m isto é.

Segundo Condell: a largura do piso do degrau mais duas vezes a altura do espelho do degrau é
igual a 0,64 m. (sessenta e quatro centímetros), isto é igual à largura de um passo simples.
Desta fórmula, tirando o valor da largura do piso do degrau (p), temos:

p = 0,64 m - 2h

Tendo em vista que o melhor valor para a altura do espelho do degrau (h) é 0,19m (dezenove
centímetros), temos:

p = 0,64m - 2 x 0,19m
p=0,64m - 0,38m

57
p = 0,26m
Assim, a melhor largura do piso do degrau (p) é igual a vinte e seis centímetros.
Para calcular o valor da altura do espelho do degrau (h) em função do valor de da largura do piso
do degrau (p), devemos utilizar a seguinte fórmula:

0 , 64 − P
h= 2

OBSERVAÇÕES:

− As escadas com mais de 19 (dezenove) degraus deverão ter um patamar.


− A largura do patamar é a mesma da escada e o seu comprimento é quase sempre igual a
largura, a fim de facilitar a mudança de direção da escada. O patamar divide a escada em
dois lances.

patamar

Figura 42 - Escada com patamar.

− As escadas de caracol só serão toleradas quando servirem de comunicação a lugares não


destinados a permanência prolongada.
− É obrigatório o uso do corrimão nas escadas cujo ângulo de aclive for superior ou igual a
largura do piso.
− Quando h = p, isto é, a altura do espelho é igual à largura do piso, o angulo de aclive é 45º.
− Quando h for maior que p, isto é, o espelho for maior que o piso, o ângulo será maior que
45º e, será obrigatória a utilização de corrimão.
− Deve-se considerar sempre livre todo o espaço compreendido por uma paralela à linha de
aclive dos degraus e afastado dela no mínimo de dois metros (2,00 m).

Figura 43 - Altura mínima da escada.

58
17. Confecção da forma para a caixa d’água (reservatório elevado)

Na confecção de formas para as caixas d’água empregam-se os seguintes materiais:


− Chapas de compensado, sarrafos de pinho, pontaletes, pregos 17x21 e 17x27

E as seguintes ferramentas:
− Metro, lápis, esquadro, serrote comum ou serra circular e martelo de unha.

17.1 - Processo de execução utilizando chapas de compensado.

17.1.1 - Preparar as madeiras para a forma da caixa d’água.

− Selecionar as madeiras que serão utilizadas (chapas de compensado, sarrafos e pontaletes).


− Marcar a madeira de acordo com a planta da caixa d’água.
− Serrar as madeiras na serra circular ou serrote comum.
− Não esqueça de acrescentar na medida dos painéis laterais a espessura da madeira do fundo.

17.1.2 - Preparar os painéis externos dos pilares para caixa d’água.

− Colocar as gravatas nas marcações da bancada.


− Marcar as posições das costelas sobre as gravatas.
− Pregar as costelas nas gravatas formando um estrado.
− Marcar a posição da chapa de compensado lateral do pilar nas costelas.
− Colocar a chapa de compensado referente a lateral do pilar sobre as costelas.
− Encostar a chapa de compensado lateral do pilar no batente da bancada e acerte nas
marcações das costelas.
− Pregar a chapa de compensado lateral do pilar nas costelas, formando o painel externo lateral
do pilar.
− Refazer os passos anteriores para o outro painel externo do pilar.

17.1.3 - Preparar os painéis internos dos pilares para caixa d’água.

− Colocar as gravatas nas marcações da bancada.


− Marcar as posições das costelas sobre as gravatas.
− Pregar as costelas nas gravatas formando um estrado.
− Marcar a posição da chapa de compensado lateral do pilar nas costelas.
− Colocar a chapa de compensado referente a lateral do pilar sobre as costelas.
− Encostar a chapa de compensado lateral do pilar no batente da bancada e acerte nas
marcações das costelas.
− Pregar a chapa de compensado lateral do pilar nas costelas, formando o painel interno lateral
do pilar.
− Refazer os passos anteriores para o outro painel interno do pilar.

59
17.1.4 - Montar a forma dos pilares para caixa d’água.

− Pregar um painel externo sobre um painel interno, formando um canto.


− Fixar as gravatas, utilizando os pregos em posição alternada e de cima para baixo.
− Pregar o outro painel externo ao outro painel interno, repetindo os passos anteriores.
− Unir os cantos pregando dos dois painéis em “L”, pregando as gravatas e os painéis.
− Abrir a janela de limpeza da coluna.
− Fazer a locação do pilar.
− Aprumar o pilar utilizando o prumo de face ou nível de bolha.
− Escorar o pilar com uma mão francesa.

17.1.5 - Preparar o estrado que vai servir como fundo da caixa d’água.

− Pregar as guias nos pilares.


− Distribuir os travessões sobre as guias.
− Fazer o escoramento do tabuado com pontaletes de 8x8.
− Aprumar e travar todo o conjunto com sarrafos
− Pregar as escoras nas travessas.
− Pregar as guias nas escoras apoiando os travessões na parte interna do reservatório.
− Pregar a chapa de compensado sobre as travessas.
− Nivelar o tabuado do patamar através das cunhas.

17.1.6 - Preparar os painéis laterais da caixa d’água.

− Colocar as gravatas nas marcações da bancada.


− Marcar as posições das costelas sobre as gravatas.
− Pregar as costelas nas gravatas formando um estrado.
− Marcar a posição da chapa de compensado lateral do painel nas costelas.
− Colocar a chapa de compensado referente ao painel lateral sobre as costelas.
− Encostar a chapa de compensado do painel lateral no batente da bancada e acerte nas
marcações das costelas.
− Pregar a chapa de compensado do painel lateral nas costelas, formando os painéis da caixa
d’água.

17.1.7 - Montar os painéis laterais sobre o tabuado de fundo da caixa d’água.

− Montar os painéis laterais já preparados.


− Pregar os painéis laterais no tabuado do reservatório.
− Pregar externamente um sarrafo de pressão paralelo ao painel externo.

60
17.1.8 - Preparar a tampa da caixa d’água.

− Colocar as gravatas nas marcações da bancada.


− Marcar as posições das costelas sobre as gravatas.
− Pregar as costelas nas gravatas formando um estrado.
− Marcar a posição da chapa de compensado da tampa nas costelas.
− Colocar a chapa de compensado referente à tampa sobre as costelas.
− Encostar a chapa de compensado do tampo no batente da bancada e acerte as marcações das
costelas.
− Pregar a chapa de compensado do tampo nas costelas, formando os painéis da caixa d’água.

17.1.9 - Montar os painéis da tampa da caixa d’água sobre os seus painéis laterais.

− Montar o painel da tampa já preparada.


− Escorar os painéis da tampa sobre as escoras do tabuado de fundo da caixa d’água.
− Pregar os painéis da tampa do reservatório nos painéis.
− Aprumar, travar e escorar todos os painéis.

61
Peça
Denominações e observações Material e dimensões
Nº Quant.
5 4 Costela e guia Sarrafo de pinho 2,5 x 10 x 220
6 6 Travessão Pontalete de pinho 8 x 8 x 420
7 10 Escora Pontalete de pinho 8 x 8 x 78
8 4 Escora Pontalete de pinho 8 x 8 x 220
9 2 Painel Chapa de compensado 1,2 x 110 x 220
14 8 Guia Sarrafo de pinho 2,5 x 10 x 420
Prego 18 x 24
Prego 15 x 15

Figura 44 - Forma dos pilares e tabuado de reservatório elevado.

62
Peça
Denominações e observações Material e dimensões
Nº Quant.
5 4 Costela e guia Sarrafo de pinho 2,5 x 10 x 220
6 10 Travessão Pontalete de pinho 8 x 8 x 420
7 10 Escora Pontalete de pinho 8 x 8 x 78
8 4 Escora Pontalete de pinho 8 x 8 x 220
9 2 Painel Chapa de compensado 1,2 x 110 x 220
14 8 Guia Sarrafo de pinho 2,5 x 10 x 420
Prego 18 x 24
Prego 15 x 15

Figura 45 - Forma dos pilares, tabuado e painéis de reservatório elevado.

63
Peça
Denominações e observações Material e dimensões
Nº Quant.
6 10 Travessão Pontalete de pinho 8 x 8 x 420
8 16 Escora Pontalete de pinho 8 x 8 x 220
14 8 Guia Sarrafo de pinho 2,5 x 10 x 420
Prego 18 x 24
Prego 15 x 15

Figura 46- Formas dos pilares e tabuado do reservatório elevado

64
18. Confecção de forma do muro de arrimo

Na confecção de formas do muro de arrimo empregam-se os seguintes materiais:


− Tábuas, sarrafos de pinho, pontaletes, pregos 17x21 e 17x27

E as seguintes ferramentas:
− Metro, lápis, esquadro, serrote comum ou serra circular e martelo de unha.

18.1 – Processo de execução utilizando tábuas.

18.1.1 - Preparar as madeiras para a forma do muro de arrimo.

− Selecionar as madeiras que serão utilizadas (tábuas, sarrafos e pontaletes).


− Marcar a madeira de acordo com a planta do muro de arrimo.
− Serrar as madeiras na serra circular ou serrote comum.
− Não esqueça de acrescentar na medida dos painéis laterais a espessura da madeira do fundo.

18.1.2 - Preparar os painéis dos pilares do muro de arrimo.

− Colocar as gravatas nas marcações da bancada.


− Marcar as posições das costelas sobre as gravatas.
− Pregar as costelas nas gravatas formando um estrado.
− Marcar a posição das tábuas do pilar nas costelas.
− Colocar as tábuas referentes a lateral do pilar sobre as costelas.
− Encostar as tábuas laterais do pilar no batente da bancada e acerte nas marcações das
costelas.
− Pregar as tábuas laterais do pilar nas costelas, formando os painéis laterais do pilar.

18.1.3 - Preparar os painéis do muro de arrimo.

− Colocar as costelas nas marcações da bancada.


− Pregar as costelas nas guias formando um estrado.
− Marcar a posição as tábuas dos painéis nas costelas.
− Colocar as tábuas dos painéis sobre as costelas.
− Encostar as tábuas dos painéis no batente da bancada e acertar nas marcações das costelas.
− Pregar as tábuas dos painéis nas costelas, formando os painéis do muro de arrimo.

18.1.4 - Montar a forma dos muros de arrimo.

− Montar os pilares e os painéis do muro de arrimo.


− Pregar os painéis dos pilares e os painéis do muro de arrimo.
− Fixar as costelas e as gravatas, utilizando os pregos em posição alternada e de cima para
baixo.
− Aprumar os painéis utilizando o prumo de face ou nível de bolha.
− Escorar os painéis com uma mão francesa.

65
Peça
Denominações e observações Material e dimensões
Nº Quant.
1 14 Costela Pontalete de pinho 8 x 8 x 172
2 8 Travessa Pontalete de pinho 8 x 8 x 250
3 6 Painel para parede Tábua de pinho 2,5 x 30 x 300
Prego 18 x 27

Figura 47 – Painel externo da forma do muro de arrimo.

66
Peça
Denominações e observações Material e dimensões
Nº Quant.
1 14 Costela Pontalete de pinho 8 x 8 x 172
2 8 Travessa Pontalete de pinho 8 x 8 x 250
3 6 Painel para parede Tábua de pinho 2,5 x 30 x 300
4 2 Painel para pilar Tábua de pinho 2,5 x 30 x 180
5 16 Gravata Tábua de pinho 2,5 x 10 x 65
6 2 Painel para pilar Sarrafo de pinho 2,5 x 20 x 180
7 6 Gravata Sarrafo de pinho 2,5 x 10 x 55
8 1 Painel para pilar Tábua de pinho 2,5 x 20 x 250
9 6 Painel para pilar Tábua de pinho 2,5 x 30 x 250

Figura 48 – Painel externo e interno e pilares do muro de arrimo

67
19. Destinação de resíduos

TIPOS DE RESÍDUO CUIDADOS REQUERIDOS ACONDICIONAMENTO INICIAL ACONDICIONAMENTO FINAL

Blocos de concreto, blocos cerâmicos, argamassas, Privilegiar soluções de destinação que


envolvam a reciclagem dos resíduos, de modo a
outros componentes cerâmicos, concreto, tijolos e Em pilhas formadas próximas aos locais de geração, nos Preferencialmente em caçambas
permitir seu aproveitamento como agregado. respectivos pavimentos. estacionárias.
assemelhados.

Em bombonas sinalizadas e revestidas internamente por saco


Preferencialmente em baias sinalizadas,
Para uso em caldeira, garantir separação da de ráfia (pequenas peças) ou em pilhas formadas nas
Madeira podendo ser utilizadas caçambas
serragem dos demais resíduos de madeira. proximidades da própria bombona e dos dispositivos para
estacionárias.
transporte vertical (grandes peças).
Plásticos (sacaria de embalagens, aparas de tubulações Máximo aproveitamento dos materiais contidos e Em bombonas sinalizadas e revestidas internamente por saco
Em bags sinalizados.
etc.) a limpeza da embalagem. de ráfia.
Em bombonas sinalizadas e revestidas internamente por saco
Papelão (sacos e caixas de embalagens dos insumos Proteger de intempéries. Em bags sinalizados ou em fardos,
de ráfia, para pequenos volumes. Como alternativa para
utilizados durante a obra) e papéis (escritório) mantidos ambos em local coberto.
grandes volumes: bags ou fardos.
Em bombonas sinalizadas e revestidas internamente por saco
Metal (ferro, aço, fiação revestida, arame etc.) Não há. Em baias sinalizadas.
de ráfia ou em fardos.
Baia para acúmulo dos sacos contendo o
Serragem Ensacar e proteger de intempéries. Em sacos de ráfia próximos aos locais de geração.
resíduo.
Em caçambas estacionárias, respeitando
Em pilhas formadas próximas aos locais de geração dos
Gesso de revestimento, placas acartonadas e artefatos Proteger de intempéries. condição de segregação em relação aos
resíduos, nos respectivos pavimentos.
resíduos de alvenaria e concreto.
Eventualmente em pilhas e, preferencialmente, para imediata
Em caçambas estacionárias,
Examinar a caracterização prévia dos solos para remoção (carregamento dos caminhões ou caçambas
Solos preferencialmente separados dos resíduos
definir destinação. estacionárias logo após a remoção dos resíduos de seu local
de alvenaria e concreto.
de origem).
Telas de fachada e de proteção Não há. Dispor em local de fácil acesso e solicitar
Recolher após o uso e dispor em local adequado.
imediatamente a retirada ao destinatário.
EPS (Poliestireno expandido) – exemplo: isopor Confinar, evitando dispersão. Quando em pequenos pedaços, colocar em sacos de ráfia. Baia para acúmulo dos sacos contendo o
Em placas, formar fardos. resíduo ou fardos.
Manuseio com os cuidados observados pelo fabricante do
Resíduos perigosos presentes em embalagens plásticas
Maximizar a utilização dos materiais para a insumo na ficha de segurança da embalagem ou do elemento Em baias devidamente sinalizadas e para
e de metal, instrumentos de aplicação como broxas,
redução dos resíduos a descartar. contaminante do instrumento de trabalho. Imediato uso restrito das pessoas que, durante
pincéis, trinchas e outros materiais auxiliares como
transporte pelo usuário para o local de acondicionamento suas tarefas, manuseiam estes resíduos.
panos, trapos, estopas etc.
final.
Restos de uniforme, botas, panos e trapos sem
Não há. Disposição nos bags para outros resíduos. Em bags para outros resíduos.
contaminação por produtos químicos.

68
Destino de Resíduos (Cont.)

TIPOS DE RESÍDUO REMOÇÃO DOS RESÍDUOS DESTINAÇÃO

Áreas de Transbordo e Triagem, Áreas para reciclagem ou


Blocos de concreto, blocos cerâmicos, argamassas, outros Aterros de resíduos da construção civil licenciadas pelos órgãos
Caminhão com equipamento poliguindaste ou caminhão com caçamba basculante,
competentes; os resíduos classificados como classe A (blocos,
componentes cerâmicos, concreto, tijolos e assemelhados. sempre coberto com lona.
telhas, argamassa e concreto em geral) podem ser reciclados
para uso em pavimentos e concretos sem função estrutural.
Caminhão com equipamento poliguindaste, caminhão com caçamba basculante ou Atividades econômicas que possibilitem a reciclagem destes
Madeira caminhão com carroceria de madeira, respeitando as condições de segurança para resíduos, a reutilização de peças ou o uso como combustível em
a a acomodação da carga na carroceria do veículo, sempre coberto com lona. fornos ou caldeiras.
Caminhão ou outro veículo de carga, desde que os bags sejam retirados fechados
Empresas, cooperativas ou associações de coleta seletiva que
Plásticos (sacaria de embalagens, aparas de tubulações etc.) para impedir mistura com outros resíduos na carroceria e dispersão durante o
comercializam ou reciclam estes resíduos.
transporte.
Caminhão ou outro veículo de carga, desde que os bags sejam
Papelão (sacos e caixas de embalagens dos insumos Empresas, cooperativas ou associações de coleta seletiva que
retirados fechados para impedir mistura com outros resíduos na
utilizados durante a obra) e papéis (escritório) comercializam ou reciclam estes resíduos.
carroceria e dispersão durante o transporte
Metal (ferro, aço, fiação revestida, arame etc.) Caminhão preferencialmente equipado com guindaste para Empresas, cooperativas ou associações de coleta seletiva que
elevação de cargas pesadas ou outro veículo de carga. comercializam ou reciclam estes resíduos.
Caminhão ou outro veículo de carga, desde que os sacos ou bags sejam retirados Reutilização dos resíduos em superfícies impregnadas com óleo
Serragem
fechados para impedir mistura com outros resíduos para absorção e secagem, produção de briquetes (geração de
na carroceria e dispersão durante o transporte energia) ou outros usos.
Caminhão com equipamento poliguindaste ou caminhão com É possível a reciclagem e/ou aproveitamento pelo fabricante ou
Gesso de revestimento, placas acartonadas e artefatos
caçamba basculantes, sempre coberto com lona. empresas de reciclagem.
Desde que não estejam contaminados, destinar a pequenas
Solos Caminhão com equipamento poliguindaste ou caminhão com
áreas de aterramento ou em aterros de resíduos da construção
caçamba basculantes, sempre coberto com lona.
civil, ambos devidamente licenciados pelos órgãos competentes.
Caminhão ou outro veículo de carga, com cuidado para Possível reaproveitamento para a confecção de bags e sacos ou
Telas de fachada e de proteção
contenção da carga durante o transporte. até mesmo por recicladores de plásticos.
Caminhão ou outro veículo de carga, desde que os sacos ou bags sejam retirados Possível destinação para empresas, cooperativas ou associações
EPS (Poliestireno expandido) – exemplo: isopor fechados para impedir mistura com outros resíduos de coleta seletiva que comercializam, reciclam ou aproveitam
na carroceria e dispersão durante o transporte para enchimentos.
Resíduos perigosos presentes em embalagens plásticas e de
metal, instrumentos de aplicação como broxas, pincéis, Encaminhar para aterros licenciados para recepção de resíduos
Caminhão ou outro veículo de carga, sempre coberto.
trinchas e outros materiais auxiliares como panos, trapos, perigosos.
estopas etc.
Restos de uniforme, botas, panos e trapos sem contaminação Veículos utilizados na coleta pública dos resíduos domiciliares, obedecidos os Empresas, cooperativas ou associações de coleta seletiva que
por produtos químicos. limites estabelecidos pela legislação municipal competente. comercializam ou reciclam estes resíduos.

69
20. Referências Bibliográficas

CARDÃO, Celso. Técnicas da construção. 6. ed. Belo Horizonte, Edições Engenharia e


Arquitetura, 1983. 2 v. il.

EQUIPE ATLAS, Manuais de Legislação – Segurança e Medicina do Trabalho, 1997, 16v, 38


edição, São Paulo, SP.

FUNDACENTRO. Acessos temporários de madeira. São Paulo, 1991. (Série Engenharia Civil,
2).

FUNDACENTRO. Medidas de proteção coletiva contra quedas de altura. São Paulo, 1991.
(Série Engenharia Civil, 3).

SENAI-GB. Carpinteiro de formas. Guanabara, 1968. l v. il. (Projeto Construção Civil)

SENAI-RJ. CFP de Construção Civil. Tecnologia de construção I. Rio de Janeiro, 1993, 29 p. il.

SENAI-RJ. Diretoria de Tecnologia. Gerência de Produtos de Construção Civil. Execução de


formas de madeira para concreto. Rio de Janeiro, 2001. 82 p. il.

Sinduscon-SP. Gestão de resíduos da construção civil. São Paulo, 2005. 48pg


(A experiência do Sinduscon-SP).

71
firjan.com.br/publicacoes
136

Firjan-SENAI

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