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Mecânica Sistema

de Transmissão

Série Automotiva
Mecânica Sistema
de Transmissão

Série Automotiva
Expediente
Firjan – Federação das Indústrias do estado do Rio de Janeiro

Presidente
Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira

Superintendente da Firjan SESI / Diretor Regional da Firjan SENAI


Diretor Executivo de Operações
Alexandre dos Reis

Gerência Geral de Educação


Gerente
Regina Malta

Gerência de Desenvolvimento e Tecnologias Educacionais


Gerente
Allain Fonseca

Coordenador da Divisão de Plataformas e Recursos Educacionais


Othon Gomes Lucas Neto

Eletricidade Básica Automotiva


Ficha Técnica 2008

Coordenação
Vera Regina Costa Abreu

Elaboração
Almir Pires dos Santos
Jaime José Gomes Moreira
Fábio Barreto de Abreu

Projeto Gráfico e Editoração - 2020


Luis Gustavo Costa Gama

www.firjan.com.br
Av. Graça Aranha, 1
Centro, Rio de Janeiro
Mecânica Sistema
de Transmissão

Série Automotiva
Sumário

Palavra inicial..........................................................................................................................9

Introdução.............................................................................................................................. 13

Embreagem............................................................................................................................ 13
Definição, localização............................................................................................................. 13
Funcionamento......................................................................................................................... 16

Caixa de mudanças............................................................................................................. 18
Tipos............................................................................................................................................. 19
Constituição.............................................................................................................................. 20
Acionamento...............................................................................................................................21
Alavanca de mudanças...........................................................................................................21
Relação de transmissão.........................................................................................................23
Árvores da caixa de mudanças mecânica....................................................................... 27
Conjunto sincronizador...........................................................................................................28
Funcionamento da caixa de mudanças............................................................................29
Caixa de transferência............................................................................................................33

Sistema de transmissão ....................................................................................................34


Definição.....................................................................................................................................34
Tipos.............................................................................................................................................35

Eixo motor ............................................................................................................................ 46


Finalidade...................................................................................................................................47
Constituição...............................................................................................................................47
Transmissão angular................................................................................................................47
Diferencial...................................................................................................................................49

Árvore de transmissão....................................................................................................... 55
Características e constituição..............................................................................................55
Junta universal (cruzeta).........................................................................................................55
Junta elástica........................................................................................................................... 56
Sumário

Semi-árvore........................................................................................................................... 56
Finalidade.................................................................................................................................. 56
Tipos............................................................................................................................................ 56

Referências bibliográficas................................................................................................ 63
Palavra inicial

Olá! A Firjan SENAI agradece pela sua escolha e dá boas-vindas a vocês!

A dinâmica social dos tempos de globalização exige dos profissionais atualização


constante. Mesmo as áreas tecnológicas de ponta ficam obsoletas em ciclos cada vez
mais curtos, trazendo desafios que são renovados a cada dia e tendo como conseqüência
para a educação a necessidade de encontrar novas e rápidas respostas.

Nesse cenário impõe-se a educação continuada,exigindo que os profissionais


busquem atualização constante, durante toda a sua vida – e os docentes e alunos da
Firjan SENAI incluem-se nessas novas demandas sociais. É preciso, pois, promover,
tanto para docentes como para alunos da Educação Profissional, as condições que
propiciem o desenvolvimento de novas formas de ensinar e de aprender, favorecendo
o trabalho de equipe, a pesquisa, a iniciativa e a criatividade, entre outros, ampliando
suas possibilidades de atuar com autonomia, de forma competente.
9

Assim, não cabe mais a utilização de materiais didáticos únicos e que não apresen-
tam flexibilidade. Este material constitui-se numa base de dados a ser consultada pelos
docentes e alunos, uma dentre várias fontes que podem ser usadas. Portanto, aos dados
aqui apresentados é preciso somar outros, resultantes de pesquisas realizadas por
docentes e alunos, bem como é importante propiciar situações de aprendizagem
estimulantes e desafiadoras.

Reforça essa indicação a constatação de que também na área de Eletromecânica


Automotiva ocorrem rápidas mudanças, com evolução constante dos modelos de au-
tomóveis, que é necessário acompanhar, buscando atualização em fontes diversificadas,
principalmente nos Manuais de Uso e de Reparações que acompanham os modelos.

Eletricidade Básica Automotiva


Mecânica Sistema
de Transmissão
Introdução

Desde o início da invenção do automóvel, os fabricantes de veículos, em todo o mun-


do, têm investido em tecnologia. Isto tem contribuído para o progresso do conjunto de
transmissão, cujos componentes têm passado por freqüentes inovações. Esses avanços são
importantes, pois de nada adiantaria um torque gerado por um motor de alta tecnologia
se o sistema que o transmite às rodas não fosse, também ele, alvo do avanço tecnológico.

A transmissão evoluiu junto com a história do automóvel. Em 1895, os irmãos


Lanchester lançaram o eixo de transmissão. Na mesma década, lançaram também a
caixa de mudanças deengrenagens planetárias e a transmissão por eixo cardan. Mais
tarde, a transmissão automática era lançada nos Estados Unidos por Sturtevant.

Os sistemas de transmissão são desenvolvidos em função da potência, torque do


motor e comodidade do condutor do veículo. É importante ressaltar, além disso, que o
aprimoramento das transmissões se deve, basicamente, às competições automobilísticas.

13

Embreagem

Definição, localização
É um conjunto de peças articuladas para ligar e desligar o motor do sistema de
transmissão, e efetuar a passagem progressiva do torque do motor, permitindo uma saí-
da suave do veículo.
A embreagem localiza-se entre a caixa de mudanças e o volante do motor.
O projeto desse conjunto de peças (fig. 1) é específico para cada veículo e é cal-
culado em função de muitas variáveis que irão determinar o dimensionamento de seus
componentes. Entre essas variáveis estão a potência do motor e a relação de marchas
no câmbio.
O tipo de embreagem mais utilizado é o com mono-disco a seco.

Mecânica Sistema de Transmissão


Principais componentes

Figura 1

14

Platô – especificação
Também faz parte da embreagem o platô, que pode ser especificado em relação ao
sistema de pressão ou ao sistema de acionamento.

Quanto ao sistema de pressão


- Platô com molas helicoidais:

Figura 2
- Platô com molas tipo membrana (diafragma):

Figura 3

Quanto ao sistema de acionamento:


- Mecânico – haste e alavancas:

Figura 4

15

- Cabo:

Figura 5

Mecânica Sistema de Transmissão


- Hidráulico

Figura 6

Funcionamento
16
Quando a embreagem está aplicada, a pressão exercida pelas molas do platô com-
prime o disco entre o volante do motor e a placa de pressão do platô.

Figura 7
Ao pisar no pedal da embreagem, o cabo aciona a alavanca que comprime o colar
contra o platô, fazendo com que a placa de pressão se afaste do disco, liberando-o.

Figura 8

Desta forma, é desfeita a ligação entre o motor e o sistema de transmissão.

Disco de embreagem
É um disco de aço, montado na extremidade do eixo primário, de maneira tal que
17
permite seu deslizamento sobre esse eixo. Em suas faces de trabalho estão fixadas, at-
ravés de rebites, duas guarnições construídas com material de alto coeficiente de atrito.
Em alguns casos, são efetuados entalhes sobre a superfície externa das guarnições, para
permitir a dispersão dos resíduos provenientes do próprio desgaste normal, e impedir
uma diminuição do coeficiente de atrito, o que prejudicaria o bom funcionamento do
conjunto da embreagem.

Figura 9

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Para que o acoplamento do conjunto da embreagem seja suave, o disco é provido
de um dispositivo de amortecimento de golpes. (fig. 10)

Figura 10

18 O disco interno está fixado ao cubo estriado, enquanto o disco externo está fixado
ao disco da embreagem. Entre os três discos (dois externos e um interno), são formadas
sedes que abrigam molas de absorção de esforços, geralmente em quantidades que
variam de quatro a oito.

Estas molas têm a função de permitir um certo movimento entre os discos externos
e interno, de maneira que sejam absorvidos esforços de torção que se verificam no mo-
mento do engate entre a chapa de pressão, o disco da embreagem e o volante do motor.

Caixa de mudanças

Quando o veículo está em movimento, as resistências que se opõem a ele são as


mais variadas e provêm do ar, do solo, do atrito dos pneus, e ainda, do seu próprio peso.
É de acordo com elas que o torque fornecido pelo motor deve variar.

A caixa de mudanças tem o objetivo de fornecer o torque às rodas motrizes, de


acordo com a resistência que se opõe ao veículo.
A multiplicação do torque efetua-se por desmultiplicação do movimento, ou seja,
da velocidade de rotação das peças de transmissão. Essa desmultiplicação possi-
bilita também efetuar marchas reduzidas, deixando o motor girar nos limites do seu
regime normal.

Tipos
Mecânica
- Não compacta

Figura 11

19

- Compacta

Figura 12

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Automática

Figura 13

Constituição
20 A caixa de mudanças mecânica é constituída basicamente pelos elementos identifi-
cados na figura 14.

Figura 14
Acionamento
O acionamento da caixa de mudanças é feito por uma alavanca que pode estar lo-
calizada na coluna de direção (fig. 15) ou no console entre os bancos dianteiros (fig. 16).
Esta alavanca aciona diretamente os mecanismos internos da caixa de mudanças. (fig. 17)

Alavanca de mudanças
Esta alavanca destina-se, também, a acionar ou um conjunto de hastes (fig. 18) ou ca-
bos (fig. 19) que levarão o movimento até os dispositivos internos da caixa de mudanças.

O acionamento por cabos tem a vantagem de ser mais suave e não provocar ruídos.
Coluna de direção

Figura 15

21

Figura 16

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Mecanismos internos da caixa de mudanças

Figura 17

Figura 18

22

Figura 19
Relação de transmissão

Conceitos básicos
A engrenagem que recebe o movimento do motor é denominada motora e a
outra, movida. Os fatores que determinam a relação de transmissão entre elas são os
seus diâmetros e os respectivos números de dentes. Em um par de engrenagens se dá
a inversão de rotação. (fig. 20)

Figura 20

23

Em uma engrenagem, cada dente atua como uma alavanca. Sendo assim, para en-
grenagens maiores ou menores altera-se a alavanca e, por conseqüência, o torque. (fig. 21)

Princípio da alavanca nas engrenagens

Figura 21

Mecânica Sistema de Transmissão


Graças a uma simples alavanca (em cima), é possível deslocar uma grande carga
com um pequeno esforço. As engrenagens funcionam como uma série de alavancas
sucessivas (embaixo). A engrenagem maior, embora rode mais lentamente, desenvolve
um maior esforço.

Definição e cálculo
A relação de transmissão (i) é fator que determina a rotação de saída em um
sistema de transmissão. Seu cálculo é feito da seguinte maneira:

Nº de dentes engrenagem movida


Relação de transmissão =
Nº de dentes engrenagem motora

Figura 22

24

Sistema de redução
É aquele em que o número de dentes da engrenagem motora é menor que o da
engrenagem movida.

O cálculo da relação de transmissão será feito pela fórmula já indicada.

Assim, supondo uma engrenagem movida de 30 dentes e uma motora de 15, teremos:
movida 30 dentes
i= =2
motora 15 dentes

ou seja, haverá uma relação de transmissão que pode ser indicada:


i = 2:1
Sistema multiplicador
É aquele em que o número de dentes da engrenagem motora é maior do que o
da engrenagem movida (fig. 23). Desse modo, se a engrenagem movida é de 15 dentes
e a motora de 30, o cálcul de i será:

movida 15 dentes
i= = 0,5
motora 30 dentes

Haverá então uma relação de transmissão que pode ser indicada:


i = 0,5 : 1

Figura 23

25

Sistema prise direta


As engrenagens movida e motora possuem o mesmo número de dentes.

movida 30 dentes
i= = = i=1 : 1
motora 30 dentes

Quando o conjunto de engrenagens de uma transmissão for formado por dois


pares de engrenagens, o cálculo da relação de transmissão será o seguinte: (fig. 24)

Mecânica Sistema de Transmissão


Figura 24

Neste exemplo, a rotação diminui seis vezes, tendo o torque aumentado na mes-
26 ma proporção.

Marcha curta ou longa

Esta expressão identifica uma relação de transmissão entre a engrenagem movi-


da e a motora.

Se, por exemplo, a relação de transmissão ( i ), em um determinado par de engre-


nagens é de 4 : 1; , isto significa dizer que a engrenagem motora deverá completar 4
voltas para quea movida complete apenas uma.

É possível encurtar ou alongar a relação final de transmissão que seja original:


4:1 . Quando se deseja maior torque em arrancadas, é necessário ter uma relação de
marchas mais curtas (ex.caminhão fora de estrada). Nesse caso, deve-se colocar uma
engrenagem motora com menor número de dentes ou uma movida com maior núme-
ro de dentes.
Caso o motor seja preparado para desempenhar maior potência que o original,
deve ser utilizada uma relação de marcha mais alongada, bastando optar por um par
de engrenagens capaz de aumentar a velocidade final, ideal para auto-estrada.

Árvores da caixa de mudanças mecânica


As caixas de mudanças mecânicas geralmente utilizam duas (fig. 25)

Figura 25

27

ou três árvores. (fig 26)

Figura 26

Mecânica Sistema de Transmissão


Engrenagens
Tipos
As engrenagens utilizadas na caixa de mudanças têm dentes no formato helicoidal
e, algumas vezes, no formato reto (na marcha à ré) (fig. 27)

Figura 27

As engrenagens de dentes retos provocam um ruído característico em função de um

28 acasalamento imperfeito dos seus dentes. Já as engrenagens de dentes helicoidais têm


um funcionamento silencioso em função de um bom deslizamento dos dentes, e de sem-
pre terem mais de um dente engrenado ao mesmo tempo.

Conjunto sincronizador
O engrenamento das marchas no veículo deve ser feito sem trancos ou atritos que
danifiquem os dentes das engrenagens.
Para que isso ocorra, há um conjunto sincronizador. (fig. 28)

Figura 28
Luva
No momento em que é engrenada uma marcha sincronizada, sua luva atua sobre o
anel sincronizador que é pressionado de encontro ao cone da engrenagem e, por atrito,
iguala sua velocidade, de forma a ocorrer um engrenamento suave. O anel sincronizador
realiza um contato inicial, igualando a rotação da luva com a rotação da engrenagem
para o engate definitivo.

A luva é fabricada em aço ou em liga de manganês e cromo. Ela recebe um trata-


mento térmico que a protege contra desgastes e garante o bom funcionamento nas tro-
cas de marchas.
(fig. 29)

Figura 29

29

Garfos
O garfo é construído em ferro fundido com as pontas, que funcionam na luva, revesti-
das com uma fina camada de cobre e alumínio anti-atrito, o que evita o desgaste. (fig. 30)

Figura 30

Funcionamento da caixa de mudanças


A caixa de mudanças é composta de algumas marchas para a frente, uma à ré e
ponto morto.

Mecânica Sistema de Transmissão


Primeira velocidade

Figura 31

A primeira velocidade é baixa e de muito torque, ou seja, menor engrenagem da ár-


vore primária, com a maior da árvore secundária.

Segunda velocidade

Figura 32
30

É uma marcha de velocidade maior que a primeira, com torque do motor menor.
Isso ocorre porque ela resulta de uma menor redução.
Terceira velocidade

Figura 33

A terceira velocidade, assim como as outras, vai aumentando as engrenagens da ár-


vore primária e diminuindo o diâmetro e o número de dentes das engrenagens da árvore
secundária, estabelecendo, desse modo, uma relação de redução menor.

Prise direta
Nas caixas de mudanças que trabalham com três árvores, geralmente a quarta ve- 31
locidade é chamada de prise direta, já que a velocidade de saída é igual à de entrada.

Figura 34

Sobremarcha
Modernamente, os veículos de passeio têm caixa de mudanças com sobremarcha
(overdrive), isto é, apresentam na última marcha uma velocidade de saída maior que a
de entrada.

Mecânica Sistema de Transmissão


Isso quer dizer que a velocidade da árvore secundária é maior que a
apresentada pela árvore primária.

A vantagem da sobremarcha é que o veículo alcança maior velocidade


com menor rotação do motor. Desta forma, há um menor consumo de com-
bustível e aumento da vida útil do motor.

Marcha à ré

Figura 35

32

É obtida através de uma engrenagem intermediária, que inverte o sen-


tido de rotação da árvore secundária.

Ponto morto
Quando em ponto morto, o movimento de rotação da árvore primária
chega somente até a árvore intermediária.

Figura 36
Caixa de transferência
Os automóveis, na sua maioria, têm duas rodas motrizes (o motor aciona as rodas dian-
teiras ou as traseiras).

Quando a neve, o gelo ou a lama tornam o piso escorregadio, as rodas motrizes po-
dem não aderir suficientemente ao solo, provocando a derrapagem de uma ou das duas
rodas motrizes.

Com a utilização da tração total (tração nas 4 rodas), os pneus aderem melhor ao
piso escorregadio, já que todo o peso do automóvel é utilizado na tração.

Figura 37

33

A caixa de transferência distribui a tração para as rodas de acordo com a vontade


do motorista.

Funcionamento
O movimento vindo da caixa de mudanças entra na caixa de transferência, e daí é
enviado aos eixos dianteiro e traseiro.

Mecânica Sistema de Transmissão


Figura 38

Obs.: Na utilização deste material, é importante consultar literatura específica da


marca do veículo que será reparado.
34

Sistema de Transmissão

Definição
A transmissão é um conjunto de dispositivos utilizados para transmitir a força pro-
duzida no motor às rodas motrizes, para que o veículo entre em movimento.

Figura 1
Tipos
Transmissão mecânica convencional

Figura 2

Transmissão mecânica compacta

Figura 3

35

A transmissão mecânica compacta reúne, em um só conjunto, o motor, a embrea-


gem, a caixa de mudanças e o diferencial, formando o conjunto moto-propulsor que dis-
pensa a utilização da transmissão articulada.

Localização
A transmissão compacta pode estar localizada na parte dianteira ou traseira do veículo.

Figura 4

Mecânica Sistema de Transmissão


Montagem
A transmissão pode estar montada:
longitudinalmente, sendo necessário o uso de um mecanismo que fará o desvio na
direção do movimento num ângulo de 90º.
Instalação longitudinal

Figura 5

transversalmente, não sendo necessária nenhuma alteração na direção do movi-


36 mento, pois os eixos estão paralelos aos eixos das rodas.

Figura 6

Funcionamento (transmissões mecânicas convencional e compacta)


A embreagem liga ou desliga progressivamente a rotação e o torque do motor em
relação ao restante do sistema de transmissão. Esse controle é feito por intermédio do
pedal da embreagem.
A caixa de mudanças recebe a rotação e o torque transmitido do motor pela em-
breagem. Através de um conjunto de engrenagens, essa rotação e torque podem ser
modificados ou não, sendo depois transmitidos da caixa de mudanças para a trans-
missão articulada.

A variação da rotação e do torque tem a finalidade de possibilitar ao veículo:


- uma maior velocidade, se as condições de carga e o piso permitirem;
- mais força, isto é, maior torque do motor com velocidade menor, quando
necessário.

Transmissão automática
Com o objetivo de dar maior comodidade ao motorista e aumentar a suavidade na
transmissão da potência e torque do motor às rodas motrizes, foi criado na Inglaterra, na
década de 30, um sistema de embreagem hidráulica, e mais tarde, nos Estados Unidos,
um câmbio totalmente automático, que vem sendo desenvolvido ao longo dos anos.

Figura 7

37

Nas construções mais modernas, as transmissões automáticas são comandadas por


uma central eletrônica.

Constituição
Basicamente a transmissão automática é constituída por dois conjuntos: conversor
de torque e caixa de mudanças.

Mecânica Sistema de Transmissão


Figura 8

O conversor de torque age como um conjunto extra de engrenagens, antes que a


ação do motor chegue à caixa de mudanças.

Figura 9
38
O conversor de torque substitui a embreagem na transmissão automá-tica, e é con-
stituído pelos componentes destacados na fig.10

Figura 10

39

Funcionamento
A bomba hidráulica que está presa ao volante do motor gira solidária a ele quando
o motor está em funcionamento, criando uma pressão hidráulica, que, de acordo com
a rotação, irá acionar a turbina. O movimento da turbina é passado para a árvore pri-
mária da caixa de mudanças. Entre a bomba e a turbina fica posicionado o reator, que
tem como função direcionar o fluxo do óleo de acordo com a rotação do motor.

Mecânica Sistema de Transmissão


Em baixas rotações, o reator está
Vista esquemática de um conversor

Figura 11

40

parado e direciona o fluxo de óleo, que retorna à bomba. Em conseqüência, verifi-


ca-se um aumento do torque gerado pelo motor que faz girar a turbina. (fig. 12)

Figura 12
À medida que a rotação da turbina aumenta, o reator começa a girar.
Quando turbina, reator e bomba atingem velocidades iguais, não há deflexão do
fluxo de óleo (fig. 13) e o torque na saída do conversor passa a ser igual ao da entrada.

Figura 13

Caixa de mudanças automática


Constituição
A caixa de mudanças automática estrutura-se de acordo com o que se mostra na fig. 14. 41

Figura 14

Mecânica Sistema de Transmissão


Característica
A caixa de mudanças automática geralmente utiliza conjuntos de engrenagens
epicicloidais ou planetárias que são compostos de uma engrenagem central planetária,
à volta da qual se movem engrenagens satélites. Estas giram sobre a planetária, e dentro
de uma coroa circular dentada no seu interior, e estão apoiadas num eixo tipo “U”.
Trem epicicloidal simples

Figura 15

42
Para obter o número necessário de combinações de engrenagens e, com isso, variar o
torque e a rotação de saída, a caixa de mudanças automática utiliza vários trens epicicloidais.

Funcionamento
A potência e o torque provenientes do conversor chegam até a caixa por intermédio
da árvore primária e serão ligados e desligados do conjunto epicicloidal pela embrea-
gem de discos múltiplos, que é acionada pela pressão hidráulica.

Figura 16
A pressão hidráulica é criada por duas bombas que estão dentro da caixa e são
acionadas independentemente pelas árvores primária e secundária.
Com essa combinação, em qualquer

Figura 16

Funciomento da embreagem de discos múltiplos

circunstância o óleo tem pressão suficiente para atuar, através das válvulas dis-
tribuidoras, sobre as embreagens e os freios de cinta. (fig. 17)

Figura 17

43

Engrenamento do trem epicicloidal


Primeira velocidade.

Figura 18

Mecânica Sistema de Transmissão


A embreagem de marcha à frente é acionada. A energia proveniente do conversor
faz girar a coroa circular do primeiro grupo planetário. Deste modo, as engrenagens
satélites movimentam a engrenagem planetária no sentido oposto. Esta irá movimen-
tar o segundo grupo planetário, fazendo que as satélites girem em torno do seu próprio
eixo, já que o suporte das planetárias do segundo grupo está fixo, pela ação da cinta
de frenagem. O movimento das satélites é passado à coroa circular, e daí, à árvore se-
cundária.
As demais marchas seguem o princípio de funcionamento da primeira.
Segunda velocidade. (fig. 19)

Figura 19

44

Prise direta. (fig. 20)

Figura 20
Marcha à ré. (fig. 21)

Figura 21

Na transmissão automática, a troca de marchas é feita automa-ticamente, por mei-


os hidráulicos ou eletrônicos.

É possível seqüenciar a posição da alavanca de mudanças de acordo com a neces-


sidade do condutor. Assim:
P - Estacionamento 45
R - Marcha à ré
N - Ponto morto
D - Velocidade à frente totalmente automática

3, 2 e 1 - Posições que limitam a seleção das mudanças, em situações específicas.


Transmissão automática tipo ECVT.

Figura 22

Mecânica Sistema de Transmissão


A sigla ECVT significa Eletronic Continuous variable transmission, ou seja: Trans-
missão com variação contínua de relações.

Esse tipo de transmissão automática foi recentemente desenvolvido e adotado em


alguns modelos de veículos, como Fiat Panda e Punto.

Caracteriza-se por um variador com polias expansíveis, com diâmetro útil variável,
ligado a uma correia especial, formada por alguns anéis internos que aumentam a re-
sistência à tração por uma série de plaquetas de aço que se inserem neles. É como se a
transmissão tivesse um número infinito de conexões. A polia é dividida em duas partes
que se afastam quando o diâmetro útil diminui (a correia, que tem uma secção trape-
zoidal, nesse caso trabalha mais intensamente). Obviamente, à diminuição do diâmet-
ro de envolvimento da polia motora deve corresponder um aumento proporcional do
diâmetro útil da polia movida e vice-versa. Dessa forma, obtém-se a transmissão do
movimento com uma gama infinita de relações, sem “trancos”, como ocorre nos câmbios
mecânicostradicionais. O controle desse sistema de transmissão é confiado a uma cen-
traleletrônica que leva em conta a velocidade do veículo e o regime de rotação do mo-

46 tor, necessários para mantê-lo sempre dentro do melhor campo no que diz respeito ao
rendimento e desempenho.

Eixo motor

Podemos distinguir, nos veículos, as rodas motrizes das não motrizes.

As rodas motrizes estão ligadas a um eixo, do qual recebem a rotação e o torque


provenientes do motor.

Nos veículos de tração traseira, as rodas motrizes estão no eixo motriz traseiro. Esse eixo
é responsável tanto pelo deslocamento do veículo quanto pela sustentação da carroceria.

É comum falar-se de eixo dianteiro e traseiro dos veículos, mas como hoje a maioria
dos modelos utiliza suspensões independentes, é mais correto referirse a trem dianteiro e
a trem traseiro.
Finalidade
O eixo motriz traseiro tem a finalidade de apoiar a suspensão traseira, transmitir o
torque motriz para as rodas e suportar os esforços laterais.

Constituição
Figura 1

Transmissão angular
47
Finalidade
A transmissão angular tem como finalidades:
- causar a transmissão de rotações entre duas árvores perpendiculares entre si.

Figura 2

- estabelecer a redução permanente da velocidade de rotação do motor para as


rodas motrizes.
Constituição

Mecânica Sistema de Transmissão


Figura 3

Tipos
- helicoidal: quando coincidem as linhas de centro do pinhão e da coroa.

Figura 4

48

- hipoidal: quando não ocorre essa coincidência.

Figura 5
Funcionamento
O movimento do motor chega ao pinhão e daí é passado à coroa. Por ter a coroa
maior número de dentes que o pinhão, cria-se uma relação de redução permanente, que
varia de acordo com o veículo, sua utilização e a potência do motor.

A relação de redução pode ser considerada longa ou curta. Essas expressões identi-
ficam uma mudança na relação de transmissão entre o pinhão e a coroa.

Se, por exemplo, a relação de transmissão (i), em um determinado conjunto de pin-


hão e coroa é de 4:1, isto significa que o pinhão deverá completar 4 voltas para que a
coroa complete apenas uma.

É possível encurtar ou alongar a relação final de transmissão a partir da 4:1 original.


Assim, quando se deseja maior torque em arrancadas, é necessário ter uma relação de
marchas mais curta, e no caso de se desejar maior velocidade final, deve-se optar por
uma relação mais longa.

Desse modo, para alongar uma marcha que originalmente tinha uma relação de 4:1, 49
basta optar por um conjunto de pinhão e coroa capaz de aumentar a velocidade final,
ficando, por exemplo, i=3,890:1 . Isto significa que foi utilizada uma coroa com menor
número de dentes que a original.

Caso se deseje encurtar a marcha, basta proceder de maneira contrária, ou seja, au-
mentar o número de dentes da coroa, resultando, por exemplo, numa relação de 4,195:1 .

Diferencial
Finalidade
O diferencial tem como finalidade permitir que as rodas motrizes possam girar com
rotação diferente umas das outras, quando o veículo faz curva.

Mecânica Sistema de Transmissão


Constituição

Figura 6

Funcionamento
O movimento do pinhão é passado à coroa, e desta à caixa do diferencial, que o
transmite às engrenagens satélites por intermédio do seu eixo. Essas engrenagens movi-
mentam as planetárias, que enviam o movimento às semi-árvores que, por sua vez, movi-
mentam as rodas.
50
Figura 7

Quando o veículo se movimenta em linha reta, as engrenagens satélites fazem ape-


nas movimento de translação, fazendo girar as planetárias na mesma velocidade. (fig. 8)
Deslocamento numa reta. O suporte gira com a roda de coroa; os satélites, que não
giram em torno do seu eixo, acionam os planetários.

Figura 8

Quando o veículo faz uma curva, as engrenagens satélites, além do movimento de


translação, passam a girar sobre o seu próprio eixo. Esse movimento em falso dessas en-
grenagens provoca uma diferença de rotação entre as planetárias.

51
Descrevendo uma curva. Quando o planetário cônico do lado de dentro da curva
roda mais lento

Figura 9

Mecânica Sistema de Transmissão


Tipos
Autoblocante
Nos veículos de alto desempenho, a adoção do diferencial autoblocante, como o do
Maserati Quattroporte, ajuda a melhorar o comportamento na estrada, sobretudo quan-
do o carro é levado ao limite.

Figura 10

Define-se como autoblocante o diferencial concebido para evitar que, no caso da


52
perda de aderência de uma das rodas motrizes, esta gire em falso, enquanto a outra
transmite ao solo uma força motriz quase nula. Esse tipo de diferencial é geralmente usa-
do em carros de competição e nos modelos de alta performance.

Bloqueio de diferencial
Esquema do bloqueio do diferencial do Lancia Dedra de tração integral.

Figura 11
É usado nos veículos com tração nas quatro rodas, para impedir que em condições
de pouca aderência, como piso com lama ou neve, uma das rodas de um mesmo eixo
gire em falso, enquanto a outra fica parada devido à intervenção do diferencial. Trata-se
de um sistema de bloqueio que faz girarem solidárias as duas semi-árvores que saem do
diferencial, tornando-o inoperante. É como se as rodas fossem unidas a um único eixo.
Este dispositivo é acionado através de comandos eletrônicos e a vácuo, de acordo com
as necessidades de operação.

Ferguson
Corte transversal de uma junta Ferguson: os discos condutores, que se alternam aos
conduzidos, estão em evidência. Trata-se de uma junta hidráulica freqüentemente usada
nos carros de tração integral.

Figura 12

53

É uma junta hidráulica geralmente usada nos automóveis com tração integral. Este
dispositivo pode ser colocado numa posição central e servir como diferencial longitudi-
nal ou pode ser instalado ao lado do diferencial transversal posterior, assumindo a tarefa
de dispositivo de bloqueio, ou melhor, de limitador de desligamento.

Torsen

Figura 13

Mecânica Sistema de Transmissão


Termo que designa “torque sensível”. Trata-se de um diferencial sensível ao torque que o
reparte de modo automático, entre as duas semi-árvores que saem dele, levando em conta
as diferentes aderências existentes nas duas rodas. O torsen trabalha segundo o princípio do
parafuso sem fim, que permite a transmissão do movimento em um único sentido.
Este dispositivo melhora a estabilidade direcional do veículo.

Tração integral
Tração integral é o termo usado para definir os veículos com tração nas quatro ro-
das motrizes. A tração integral pode ser “permanente” ou “manual”.

No primeiro caso, está sempre ligada ao motor. No segundo, um dos eixos pode tor-
nar-se menos motriz por meio de um sistema de comando acionado pelo motorista. Para
indicar modelos de tração integral, usam-se siglas com “4WD” e “4x4”. Nos veículos desse
tipo, uma vez que se utilizam dois diferenciais transversais, é necessário compensar even-
tuais diferenças na velocidade de rotação dos eixos. Por isso, recorre-se a um diferencial
longitudinal ou central, que também tem a função de repartir o torque. Para que o veí-
culo possa rodar em condições-limite, com só uma roda dotada de aderência suficiente,

54 empregam-se diferenciais com sistemas de bloqueio.

Figura 14
Árvore de transmissão

Características e constituição
Os veículos com sistema de transmissão convencional utilizam uma árvore de trans-
missão tubular oca, balanceada, com juntas universais e junta elástica nas suas extremi-
dades para transmitir o movimento da caixa de mudanças ao eixo motor.

Figura 15

55

Junta universal (cruzeta)


Figura 16

1. rolamentos de agulha
2. vedadores
3. anéis de trava
4. cruzeta
5. graxeira

Ajunta universal permite a variação de ângulo da árvore de transmissão em relação


à caixa de mudanças e ao eixo motor.

Mecânica Sistema de Transmissão


Junta elástica

Figura 17

A junta elástica compensa a variação do comprimento da árvore em função das


oscilações sofridas pelo eixo traseiro durante a movimentação do veículo.

Figura 18

56

Semi-árvore

Finalidade
A semi-árvore tem como finalidade transmitir o movimento do conjunto diferencial
às rodas motrizes.

Tipos
Com extremidades fixas
As semi-árvores com as extremidades fixas são utilizadas nos veículos com sistema
de transmissão convencional, estão ligadas às engrenagens planetárias do diferencial, e
transmitem o movimento destas às rodas motrizes.
Figura 19

O posicionamento da semi-árvore no interior do eixo motor determina que esse eixo


possa ser classificado como eixo semiflutuante ou como eixo ¾ flutuante.

Eixo semiflutuante

No eixo semiflutuante cada uma das semi-árvores é apoiada, na sua extremidade


interior, sobre um rolamento que também serve de apoio ao diferencial. Na extremidade
exterior, encontra-se um rolamento entre a semi-árvore e o tubo do eixo.
57

A semi-árvore suporta os esforços de flexão impostos pelo peso do veículo e trans-


mite torque às rodas.

O semi-eixo apóia-se em rolamentos cônicos situados no interior da bainha do dif-


erencial.

Figura 20

Mecânica Sistema de Transmissão


Eixo ¾ flutuante.
No eixo ¾ flutuante, o posicionamento interno das semi-árvores é idêntico ao semi-
flutuante. O rolamentoexterior, contudo, encontra-se entre ocubo da roda e o tubo da
carcaça do eixo, de maneira a poder suportar o peso do veículo. A semi-árvore fica su-
jeita à flexão apenas quando o automóvel descreve uma curva.

Num eixo totalmente flutuante, são utilizados dois rolamentos entre cada cubo e a car-
caça do eixo, que suporta não só o peso do veículo mas também as forças geradas quando
este descreve uma curva. Este tipo de eixo é geralmente utilizado em veículos de carga.

O rolamento exterior encontra-se montado entre o cubo da roda e a bainha do difer-


encial.

Figura 21

58

Com extremidades móveis (homocinéticas)


Juntas homocinéticas

Figura 22
As juntas homocinéticas são utilizadas em semi-árvores, quando suas extremidades
são articuladas. Quando o veículo está em movimento, em um terreno acidentado ou em
uma curva, os eixos das rodas deslizam ou oscilam (sobem e descem) com rapidez devi-
do à suspensão.

As juntas homocinéticas têm a finalidade de compensar essas oscilações, além de


possibilitarem o esterçamento das rodas dianteiras em função da mudança da direção
imposta pelo motorista.

Estas juntas são construídas para suportar as solicitações de aceleração e desacel-


eração do veículo, transmitindo o movimento de rotação às rodas motrizes. (fig. 23)

Figura 23

59

Constituição da semi-árvore

Figura 24

Mecânica Sistema de Transmissão


Constituição da junta homocinética

Figura 25

Funcionamento
As juntas homocinéticas são utilizadas entre duas árvores para permitir que ambas
girem juntas e com a mesma velocidade, não importando o ângulo que formem.

As esferas localizadas dentro do separador (sino) permitem que as juntas trabalhem


em ângulos.
60

As juntas homocinéticas podem ser fixas ou deslizantes, e se localizam próximo do


cubo da roda e da caixa de mudanças.

Em alguns veículos, é utilizada, no lado do câmbio, uma junta tripóide. Esta junta se
aloja dentro da engrenagem planetária do diferencial e funciona compensando a mu-
dança de ângulo e as variações axiais provenientes das mudanças de angulação.

Figura 26
Nos veículos com motor transversal, as semi-árvores têm comprimentos diferentes: a
maior, geralmente, utiliza uma massa amortecedora, que tem como finalidade balancear
e amortecer vibrações.

Figura 27

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Mecânica Sistema de Transmissão


Referências bibliográficas
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Assistência Técnica, [s.d.].

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Técnica, [s.d.].

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Departamento de Pós-vendas, [s.d.]. (Treinamento de serviço – veículo).

10.JORNAL DA TARDE, KLICK EDITORA (ed.). Conheça seu carro. [São Paulo,
s.d.]. Suplemento.

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automóvel, II, 6).

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[s.ed.], 1986.

13.SENAI-RJ. Departamento Nacional. Divisão de Ensino e Treinamento.


Mecânico de automóveis. Rio de Janeiro, 1984. (Série Metódica Ocupacional).

Mecânica Sistema de Transmissão


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