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Sistema

de Climatização

Série Automotiva
Sistema de Climatização

Série Automotiva
Expediente
Firjan – Federação das Indústrias do estado do Rio de Janeiro

Presidente
Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira

Superintendente da Firjan SESI / Diretor Regional da Firjan SENAI


Diretor Executivo de Operações
Alexandre dos Reis

Gerência Geral de Educação


Gerente
Regina Malta

Gerência de Desenvolvimento e Tecnologias Educacionais


Gerente
Allain Fonseca

Coordenador da Divisão de Plataformas e Recursos Educacionais


Othon Gomes Lucas Neto

Sistema de Climatização
Ficha Técnica 2008

Coordenação
Vera Regina Costa Abreu

Elaboração
Almir Pires dos Santos
Jaime José Gomes Moreira
Fábio Barreto de Abreu

Projeto Gráfico e Editoração - 2020


Luis Gustavo Costa Gama

www.firjan.com.br
Av. Graça Aranha, 1
Centro, Rio de Janeiro
Sistema
de Climatização

Série Automotiva
Sumário

Palavra inicial ........................................................................................................................ 9


Sistema de climatização ................................................................................................... 11
Introdução .............................................................................................................................. 13
Princípios básicos de refrigeração ............................................................................... 14
Sistema de climatização ................................................................................................... 16
Constituição ................................................................................................................. 16
Localização e funcionamento dos componentes ............................................ 16
Lubrificante ................................................................................................................. 24

Circuito de ar ....................................................................................................................... 25
Função recirculação ........................................................................................................... 27
Função ar quente ................................................................................................................ 28
Circuito elétrico ................................................................................................................... 29
Funcionamento .......................................................................................................... 29

Referências bibliográficas ............................................................................................. 33


Palavra inicial

Olá! A Firjan SENAI agradece pela sua escolha e dá boas-vindas a vocês!

A dinâmica social dos tempos de globalização exige dos profissionais atualização


constante. Mesmo as áreas tecnológicas de ponta ficam obsoletas em ciclos cada vez
mais curtos, trazendo desafios que são renovados a cada dia e tendo como conseqüência
para a educação a necessidade de encontrar novas e rápidas respostas.

Nesse cenário impõe-se a educação continuada,exigindo que os profissionais


busquem atualização constante, durante toda a sua vida – e os docentes e alunos da
Firjan SENAI incluem-se nessas novas demandas sociais.

É preciso, pois, promover, tanto para docentes como para alunos da Educação
Profissional, as condições que propiciem o desenvolvimento de novas formas de
ensinar e de aprender, favorecendo o trabalho de equipe, a pesquisa, a iniciativa
9
e a criatividade, entre outros, ampliando suas possibilidades de atuar com autonomia,
de forma competente.

Assim, não cabe mais a utilização de materiais únicos e que não apresentam flexib-
ilidade. Este material constitui-se numa base de dados a ser consultada pelos docentes
e alunos, uma dentre várias fontes que podem ser usadas. Portanto, aos dados aqui
apresentados é preciso somar outros, resultantes de pesquisas realizadas por docentes
e alunos, bem como é importante propiciar situações de aprendizagem estimulantes e
desafiadoras.

Reforça essa indicação a constatação de que também na área de Eletromecânica


Automotiva ocorrem rápidas mudanças, com evolução constante dos modelos de au-
tomóveis, que é necessário acompanhar, buscando atualização em fontes diversificadas,
principalmente nos Manuais de Uso e de Reparações que acompanham os modelos.

Sistemas de Freios
Sistema
de Climatização
Introdução

O sistema de climatização contribui de maneira determinante para o conforto e o


bem-estar do condutor e passageiros de um veículo. Isto é ainda mais importante nos
países quentes e úmidos, pois este sistema permite maior segurança na direção, haja
vista que se pode andar com os vidros do veículo fechados, e o sistema retira a umidade
que se deposita no pára-brisa.

Como ocorreu com os demais sistemas eletromecânicos do segmento automotivo,


o de climatização experimentou, também, grandes transformações, incorporando, com
bastante ênfase, os grandes avanços permitidos com a aplicação da eletrônica.

O desenvolvimento e uso do gás R134a, introduzido no circuito refrigerante desse


sistema, responde às preocupações a respeito do meio ambiente, e mais especificamente
à preocupação com a camada de ozônio, que protege a Terra dos raios solares
ultravioleta, e que vem diminuindo sensivelmente nos últimos anos.

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As variações de temperatura externa e da velocidade de marcha do veículo são
algumas das causas que dão lugar a variações da temperatura no habitáculo.

A instalação de climatização automática que equipa os veículos modernos, cujo


funcionamento é regulado por uma central eletrônica, encarrega-se de manter constante
o valor de temperatura estabelecido para manter as condições ambientais desejadas
no interior do veículo, e é um dos exemplos do desenvolvimento dos sistemas de
climatização utilizando a alta tecnologia.

O assunto é vasto. Este material, apenas o introduz no mundo da climatização.


Pesquise à vontade em outras literaturas, e tudo se tornará mais simples.

Sistemas de Freios
Princípios Básicos de Refrigeração

Em primeiro lugar é preciso compreender o que significa a palavra frio. Na reali-


dade, frio não existe. Existe apenas mais ou menos calor. O frio absoluto, que é a com-
pleta ausência de calor, ocorre a 273 ºC abaixo de zero (– 460ºF). Qualquer temperatura
acima desta, contém algum calor.

Sabendo que o sistema de climatização não produz frio, e, sim, mais calor e menos
calor, vejamos o que é calor. Há duas espécie de calor: o calor sensível e o calor latente.

· Calor sensível – é o que se pode sentir e medir com o termômetro.

· Calor latente – que é também chamado de calor oculto,


não pode ser medido com termômetro, mas pode ser calculado.
Assim, quando se remove a umidade do ar, a sua temperatura
sensível não se altera, entretanto o calor aumenta: o calor latente
está presente, mas não podemos senti-lo.

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Figura 1
O sistema de climatização
do automóvel tem a ver com ambas
as espécies de calor: sensível
e latente. (fig 1)

O calor, tanto o sensível como


o latente, não pode ser desfeito.
No entanto, pode-se aproveitá-lo
para conforto pessoal, transferindo-o
de um lugar para outro, ou de um
objeto para o outro.

O calor se transfere automaticamente de um objeto mais quente para outro mais


frio, mas o contrário não acontece.
No sistema de climatização do automóvel, não é o ar frio que é trazido para dentro,
mas, sim, o calor que é retirado do ar interno e transferido para o externo.
O calor do interior do automóvel é absorvido pelo refrigerante existente no sistema.
Este é bombeado pelo compressor para o condensador, onde, então, o calor é removido
do refrigerante e transferido para o ar externo. (fig 2)

Figura 2

Como já foi dito, o sistema de climatização do veículo não esfria o ambiente interno,
mas transfere o calor e a umidade do interior do veículo para a parte externa.
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O que vai transportar o calor para fora é o refrigerante, atualmente o gás R134a, que
evapora a uma temperatura de 0ºC. Isto quer dizer que no momento da evaporação, a
temperatura será muito fria. Desse modo, qualquer calor será sempre absorvido por este
gás refrigerante.

A transferência do calor é feita por duas pressões e duas temperaturas: uma alta
pressão com alta temperatura e uma baixa pressão com baixa temperatura. Quando a
temperatura desce, a pressão baixa. Sempre que houver uma alteração de temperatura,
haverá alteração de pressão, embora nem sempre se possa medir com um termômetro
essa alteração da temperatura. É importante conhecer essa relação entre temperatura
e pressão, para usar devidamente o aparelho de serviço quando se instala um ar
condicionado em um veículo ou se presta serviço a um que o possua.

No automóvel, a pressão é modificada por meio de um compressor. Este bombeia o


gás refrigerante do evaporador, a uma baixa pressão, para o condensador, a uma alta
pressão. Em um lado do sistema, o compressor é a linha divisória entre o lado de baixa
pressão e o de alta pressão do sistema.

Sistemas de Freios
O tubo calibrador regula o fluxo de refrigerante para o evaporador. Antes de passar
por esse tubo, o refrigerante está sob alta pressão. Ao chegar ao evaporador pela
vaporização ocorrida através do tubo calibrador, passa para baixa pressão, atingindo
o outro lado do sistema.

Sistema de Climatização

Constituição

1. Compressor – pressiona o gás por todo o sistema.

2. Condensador – transforma o gás em líquido.

3. Válvula ou tubo de expansão – faz evaporar o refrigerante.

4. Evaporador – efetua a troca de calor

5. Acumulador – filtra e retém a umidade. (fig. 3)

16 Figura 3

Localização e funcionamento dos componentes

Compressor
O compressor está localizado na parte dianteira do motor. Com êmbolos na
posição horizontal, o seu acionamento é feito através de um disco excêntrico integrado
no eixo.
Possui válvulas de entrada e de saída ou do tipo válvulas de controle. O movimento
é recebido através da polia acoplada com embreagem eletromagnética. (fig. 4)

Figura 4

O compressor é responsável pela circulação do gás refrigerante em todo o sistema,


sugando-o do evaporador de baixa pressão e pressurizando-o ao condensador, em alta
pressão.
A embreagem eletromagnética é montada na polia, que faz o compressor funcionar, 17
somente quando desejado, através da corrente elétrica de 12 V da bateria. Essa corrente
é proveniente dos relés, termostato, interruptores de baixa e alta pressão do sistema.

Condensador
O condensador está localizado em frente ao radiador do sistema de arrefecimento
do motor. A finalidade do condensador, como o próprio nome diz, é condensar
(liquefazer) o gás refrigerante que provém do compressor em alta pressão e alta
temperatura, na forma de vapor.

Para que haja perda de temperatura no gás refrigerante, é necessário que o gás do
estado líquido passe para o estado de vapor (evaporação ou expansão do refrigerante
líquido). Para que haja a expansão (evaporação) é necessário que o gás esteja no estado
líquido e conveniente que o mesmo esteja sem calor e sob alta pressão.

Sistemas de Freios
Quando o gás se expande dentro da serpentina do evaporador, absorve o cal-
or trazido do compartimento interno do veículo, através do ar soprado pelo motor do
ventilador do ar condicionado. Esse gás que absorveu o calor será sugado pelo
compressor e forçado para o condensador, para cujas canaletas passará o calor e
delas, conseqüentemente, para a atmosfera.

Nesse momento, o gás refrigerante R12 ou R134a já estará em estado líquido sob
alta pressão, e seguirá até a válvula ou orifício de expansão, localizada na entrada do
evaporador. (fig. 5)

Figura 5 - Ciclo de refrigeração

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Evaporador
Geralmente localizado no curvão do painel dianteiro direito do compartimento de
passageiro, o evaporador é o componente que retira o calor do ar de dentro do veículo
e o transfere para o refrigerante através dos tubos da serpentina, por intermédio de um
motor do ventilador elétrico.

O gás refrigerante (FREON 12 ou R134a), proveniente do condensador em estado


líquido e em alta pressão, é recebido pela válvula ou pelo tubo de expansão, localizados
na entrada do evaporador, onde se inicia a serpentina.
O evaporador consiste de tubos, aletas e placas laterais, montadas com coletores
de entrada e saída. A serpentina está alojada na caixa do evaporador. Esta caixa, por
sua vez, deve conter uma espécie de dreno na parte externa e inferior do veículo, para
que se escoe, do compartimento de passageiros, a água que se forma naturalmente pela
condensação do próprio ar interno. (fig. 6)

Figura 6

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Válvula e tubo de expansão


A evaporação ou expansão do refrigerante (FREON 12 ou R134a) se dá quando o gás
liquefeito passa da linha de alta pressão para a de baixa, pelo orifício minúsculo calibra-
do ou pela válvula com orifício variável. Nesse momento, o gás refrigerante liquefeito se
evapora (se expande), e a temperatura cai.

Sistemas de Freios
A expansão do refrigerante (evaporação) pode ocorrer por duas vias distintas: pelo
orifício pré-calibrado ou pela válvula de orifício variável. (fig. 7)

Figura 7

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O orifício pré-calibrado não sofre variação com o fluxo de refrigerante FREON 12 ou


R134a; mas a válvula de expansão tem o seu orifício alterado de acordo com a tempera-
tura do evaporador (frio) ao qual é interligada. Dentro dessa válvula há um tubo sensitivo
também acionado pela pressão da linha de alta.

A evaporação que se dá através da válvula de expansão variável faz com que ela
funcione da seguinte maneira : à medida que vai aumentando o calor, a válvula auto-
maticamente vai fechando seu orifício e faz expandir mais o refrigerante, enquanto se
abaixa mais a temperatura. À medida que vai diminuindo o calor, a válvula irá auto-
maticamente abrindo o seu orifício, agindo ao contrário: assim, diminuindo a passagem,
há maior evaporação; aumentando a passagem, a evaporação é menor.
Uma parte da refrigeração é, pois, controlada. A outra parte, junto com o sistema
em que é utilizado o tubo de expansão, será estudada posteriormente, na parte do
circuito elétrico.

Acumulador
O acumulador fica localizado entre o evaporador e o compressor ou entre o con-
densador e o evaporador. Suas funções, na realidade são várias: reservatório, filtro e
desidratador. Para essa última função ele possui, interiormente, a bolsa com o material
chamado de sílica-gel ou dissecante (desidratante). Esse material tem a capacidade de
absorver e reter a umidade que porventura tenha penetrado, em forma de ar, no instante
da carga do refrigerante e tenha formado água pelo processo de condensação.

O acumulador também tem a função de centrifugar as partículas de impurezas.


Quando o refrigerante flui da entrada, as partículas sólidas irão atingir o cone defletor
e serão centrifugadas para a periferia e, em seguida, sedimentadas no fundo do
acumulador. (fig. 8)

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Figura 8

1. passador

2. filtro

3. agente de desidratação

Sistemas de Freios
Ventilador do ar condicionado
Trabalha como soprador e tem a função de fazer a circulação do ar, aspirando-o do
compartimento de passageiros com calor e umidade, e soprando-o contra a serpentina
do evaporador. Para essa serpentina serão transferidos o calor e a umidade que, em
seguida, serão devolvidos através dos difusores centrais e laterais pelo painel dianteiro.

Figura 9
O ventilador é um motor elétrico,
acionado pelo interruptor geralmente
de três, quatro ou de cinco velocidades,
localizado no painel junto à caixa
do evaporador e controlado
pelo motorista. (fig. 9)

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Interruptor triplo (pressostato de 3 níveis)


Instalado na linha de alta pressão, esse interruptor tem a função de ativar o fun-
cionamento do eletroventilador para resfriar o condensador e o radiador do líquido de
arrefecimento do motor.

Isto se faz necessário, quando o veículo estiver parado num congestionamento e for
insuficiente ou faltar o fluxo de ar provocado pelo movimento do veículo, sendo, então,
acionado o sistema de climatização. Neste caso, para se efetuar a condensação do
fluido, é acionada a ventilação forçada através do eletroventilador do radiador.
O fechamento do contato é feito com a pressão estabelecida pelo fabricante, que
varia de 15 a 19 bar. Esse interruptor (pressostato) tem, também, a função de desligar a
bobina eletromagnética do compressor em duas circunstâncias:

1 - quando a pressão do fluido refrigerante (lado de alta pressão)


atingir limites perigosos acima de 25 a 30 bar, aproximadamente,
por causa do não funcionamento do eletroventilador do radiador
ou apesar de sua ação;

2 - quando a pressão do fluido refrigerante atingir um valor abaixo


de 2,5 bar aproximadamente, por causa de um vazamento
ou porque a temperatura externa está abaixo de 10ºC,
não existindo condições de carga térmica suficiente
para fazer evaporar o fluido.

Em ambos os casos, abre-se o contato. (fig. 10)

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Figura 10

Sistemas de Freios
Interruptor do eletroventilador do radiador
Instalado no radiador dos veículos com ou sem sistema de climatização, tem a
função de controlar a temperatura do motor do veículo, mantendo-a em limites ideais
de funcionamento.

Figura 11 - 1 e 2 Interruptores de temperatura


do líquido de arrefecimento

24

Lubrificante

O mecanismo do compressor precisa estar protegido com óleo muito especial, prin-
cipalmente no que respeita a seu ponto de congelamento, que deve ser bastante baixo.
Não se deve usar um lubrificante que não seja específico, pois ele poderá congelar den-
tro do sistema e causar corrosão nos componentes e danos no compressor. No caso do
sistema do ar condicionado com refrigerante R134a, o lubrificante deve ser do tipo
sintético, que deve ser colocado no sistema na quantidade especificada de acordo com
o tipo e modelo do veículo.
Quando o sistema está em funcionamento, o lubrificante circula nele todo junto
com o gás refrigerante sendo, portanto, distribuído e encontrado um pouco em cada
componente.
Na substituição de algum componente, é preciso drenar o lubrificante nele contido,
e medi-lo para que seja colocada a mesma quantidade no novo a ser usado. Consulte o
manual de operações.
Obs.: Os lubrificantes utilizados nos sistemas de climatização são diferentes:

· o que utiliza o FREON R12 usa óleo com base mineral.

· o que utiliza o gás R134a usa óleo com base sintética.

Não se pode misturar os componentes ou equipamentos de um sistema com os de


outro, pois isto poderá causar danos ao sistema.

Circuito de Ar

Já se estudou que o gás que circula no sistema é pressionado pelo compressor,


instalado no motor do veículo. O ar refrigerado ou aquecido circulante no interior do
veículo é produzido por um eletroventilador instalado na caixa de ventilação, que se
constitui dos componentes indicados na figura 12:

1. filtro antipólen;

2. evaporador;
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3. radiador aquecedor;

4. eletroventilador;

5. registro de passagem de água. (fig. 12)

Figura 12

Sistemas de Freios
O comando do sistema é feito por interruptores e botões localizados na frente da

caixa de ar. (fig. 13)

Figura 13

O botão da esquerda atua sobre o registro de mistura, fazendo variar a quantidade


de água quente proveniente do motor que entra no radiador aquecedor.

O botão da direita atua nos difusores de ar para direcioná-lo na posição desejada.


A tecla ou interruptor abaixo, à esquerda, serve para ligar o sistema. A tecla ou
interruptor abaixo, à direita, serve para comandar a função recirculação. O sistema
possui um filtro especial contra pó/pólen constituído, por fora, de fibras de poliéster,

26 e por dentro, de fibras de policarbonato, as quais estão carregadas eletrostaticamente.


(fig. 14)

Figura 14
O controle do estado do filtro deve ser efetuado anualmente, de preferência no
início do período mais quente.

Se o veículo trafega habitualmente em cidades ou terrenos poeirentos, o controle


deve ser feito com maior freqüência. A falta da substituição ou a instalação incorreta
do filtro pode reduzir consideravelmente a eficácia do sistema de climatização.

Função Recirculação

Esta função possibilita a retirada do ar de dentro do veículo para ser tratado,


impedindo assim, a entrada do ar externo, o qual, em algumas condições, pode ser
indesejado, devido ao mau cheiro, à fumaça, a túneis não arejados, etc...

A recirculação também é útil no funcionamento do condicionador de ar. Em caso


de uso prolongado do mesmo, com o carro em movimento e a temperatura externa
elevada, se a temperatura do interior do carro está estabilizada num valor satisfatório, 27
a ativação da recirculação permite uma economia do sistema de climatização. De
qualquer forma, para a troca de ar necessária, é preciso não deixar a recirculação
ligada por muito tempo, pois isso tornará o ar dentro do veículo muito seco.

A portinhola utilizada na função da recirculação poderá ser de comando elétrico

ou manual.

Sistemas de Freios
Função Ar Quente

Ao acionar o botão para esta função, é aberto o registro da água do radiador da


caixa de ar. Neste momento, a água do radiador do motor do veículo passa a circular,
aquecida pelo motor. O ar, ao passar pelo radiador da caixa de ar com água aquecida,
também se aquece, aquecendo o ambiente. (fig. 15)

Figura 15

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Obs.: Para melhor entendimento do funcionamento do circuito elétrico, sugere-se
que, além da leitura do texto, o estudo seja paralelamente acompanhado da
interpretação do esquema.

Circuito Elétrico

Funcionamento

Na caixa de ar do climatizador (29) apresentado na figura 16, estão colocados alguns


componentes elétricos que regulam seu funcionamento.

É bom lembrar que a mistura de ar quente/frio e a sua distribuição para os difusores


são reguladas de modo mecânico, através de cabos.

A lâmpada (B), fig. 16, ilumina os comandos quando as luzes de posição estão
acesas. O eletroventilador da caixa de ar (A) é acionado “sob chave” com 12V pela linha
29
de fusível (19), fig. 15, da caixa de fusível (53), fig. 15; o acionamento com 4 velocidades
diferentes é feito através do comutador ( C), fig. 16, que é ligado a um difusor de tensão.

Figura 16

Sistemas de Freios
A função de recirculação do ar de dentro do veículo é feita através do atuador (G),
fig. 16, comandado pelo interruptor (F), fig. 16, e alimentado “sob chave” com 12 V pela
linha do fusível (16), fig. 15, da caixa de fusíveis (53). Um led situado no próprio interruptor
sinaliza a ativação desta função.

Através do interruptor (E), fig. 16, é ativado o sistema do ar condicionado e, particu-


larmente, o compressor. Este interruptor também possui um led, que sinaliza o seu acio-
namento. Este sinal de ativação do compressor, também de 12V “sob chave” na linha do
fusível (16), fig.15, é interrompido pelo contato térmico (H), fig. 16, que intervém quando
a temperatura no evaporador alcança valores muito baixos (3ºC aproximadamente).

Quando é comandada a ativação do compressor através do interruptor (E), o relé


(D), fig. 16, fixado também na caixa de ar, é alimentado e comanda o funcionamento
do eletroventilador da caixa de ar (A). Este relé funciona somente para o inserimento
da 1ª velocidade.

Montados em um suporte especial, estão 4 relês (15), fig. 17, alimentados com 12V

30 “sob chave”, pela linha do fusível (16), fig. 15, e também com uma alimentação direta da
bateria. (fig. 17)

Figura 17
O relê (15—4), fig. 15, comanda a ativação do compressor, alimentando a bobina
eletromagnética (17), fig. 15, do compressor.

O sinal de comando de 12 V proveniente da caixa de ar (29), atravessa o pressostato


de 3 níveis (6), fig. 15, que interrompe o funcionamento do compressor em caso de a
pressão do circuito estar muito baixa ou muito alta. Este mesmo sinal, proveniente
da caixa de ar (29), após atravessar o pressostato (6), chega até a central de injeção/
ignição (135—136), fig. 15, que adapta a rotação do motor, devido ao acionamento
do compressor. A central de injeção/ignição, então, reenvia este sinal para comandar
o funcionamento do compressor.

Quando a central de injeção/ignição percebe que está sendo exigida uma maior
potência do motor (borboleta aceleradora além de um determinado limite) ela mesma
providencia a interrupção do funcionamento do compressor.

O pressostato (6), através de um outro contato, comanda a ativação do eletroventi-


lador de arrefecimento do motor (5), fig. 15, quando a ventilação no condensador é insu-
ficiente e a pressão do circuito de alta pressão sobe acima de 15 bar aproximadamente. 31
Neste caso, o pressostato (b) envia um sinal de massa ao relé de retardo (15—1) fig. 15.
Este relé é excitado por este sinal no terminal “P” e comanda, em seguida, o seu terminal
“30”, fig. 15, o relé (15—2) e, em seguida, o eletroventilador de arrefecimento do motor na
1ª velocidade. Após um tempo de retardo de 8 a 12 segundos, se o sinal do pressostato
permanecer, será comandado o terminal “86” do relé (15—3), fig. 15, acionando a 2ª ve-
locidade do eletroventilador de arrefecimento do motor, enquanto que depois de 3 a 10
mili-segundos, o relé (15—2) é desligado. Assim que a pressão cair a um valor de 11 bar
aproximadamente, o eletroventilador de arrefecimento do motor será desligado.

O relé (15— 2) também aciona o eletroventilador de arrefecimento do motor (5)


quando é excitado através do sinal de massa do 1º contato do interruptor termostático
(18), fig. 15. Este sinal atravessa a resistência (7), fig. 15 , fazendo funcionar o eletroventila-
dor de arrefecimento do motor (5) na 1ª velocidade. O relé (15—3) aciona o eletroventila-
dor (5) na 2ª velocidade. Este é excitado pelo sinal de massa do 2º contato do interruptor
termostático (18) e comanda diretamente, também com um sinal de massa, o eletroven-
tilador (5) que funciona na 2ª velocidade. Rever o esquema apresentado na fig. 15, neste
capítulo.

Sistemas de Freios
Referências Bibliográficas
• GENERAL MOTORS (Brasil). Ar condicionado Vectra.
São Paulo: Departamento de Pós-venda, [s.d.]. (Treinamento de serviço – veículo).

• ______. 56T sistema eletrônico de carroçaria e diagnóstico.


São Paulo: Departamento de Pós-venda, [s.d.]. (Treinamento de serviço – veículo).

• JORNAL DA TARDE, KLICK EDITORIA (ed.) Conheça seu carro.


[São Paulo, s.d.]. Suplemento.

• SELEÇÕES DO READERS DIGEST (ed.) O livro do automóvel.


São Bernardo do Campo, 1986.

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Sistemas de Freios
firjan.com.br/publicacoes
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Firjan-SENAI

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