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50 Horas

 Identificar, caracterizar, descrever a função e


funcionamento e verificar sistemas de
travagem e seus componentes.

 Diagnosticar, identificar e reparar avarias em


Objetivos

sistemas de travagem.

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Definição de travagem

O sistema de travagem de um veículo é um dos seus sistemas


mais importantes. Sem ele seria praticamente impossível
controlar o veículo dentro dos limites de segurança exigidos.
Travageem

Para tal, torna-se necessário perceber dois conceitos básicos:

Princípio da inércia com Acção – Reacção

Princípio de Aderência

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Definição de travagem

Princípio da inércia Acção – Reacção

Aplicação da força motriz do motor nas rodas (Acção), produzindo uma


Travagem

reacção de contacto dos pneus com o solo (Reacção) produzindo


movimento do automóvel apenas quando o conjunto pneus/asfalto tiver
aderência suficiente.

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Definição de travagem

Princípio de Aderência
Travagem

A força F necessária para iniciar o movimento, determina o


coeficiente de atrito estático, sendo que depois a força
necessária para manter este movimento iniciado por F é inferior
a esta.
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Definição de travagem

Princípio de Aderência
Travagem

Resistência ao rolamento - o veículo permanece imóvel


enquanto a força F não alcançar um certo valor que caracteriza a
resistência ao rolamento.

Resistência devido ao ar – dificuldade da passagem do ar pelos


contornos da viatura (aerodinâmica).
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Cálculo da distância de travagem

É necessário saber:
1
𝐸𝑐 = 2 × m × v 2

Ora sabendo que:


Distância de Travagem

Substituindo, obtemos:

Este trabalho equivale à transformação da totalidade da energia


cinética Ec que o veículo possui, em trabalho da força de travagem que
por sua vez se transforma em calor, forma de energia na qual este
trabalho é finalmente consumido.

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Então:

1
𝐸𝑐 = 2 × m × v 2

Substituindo:
Distância de Travagem

Ora, calculando-se em função da distância d, obtemos a distância de


travagem:

Portanto, a função dos travões é reduzir a velocidade e transformar a


energia dinâmica do veículo em calor, através de fricção.

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 FUNCIONAMENTO DO SISTEMA DE TRAVAGEM HIDRÁULICO
EM GERAL

O efeito básico do sistema hidráulico de travões baseia-se na aplicação da


lei de Pascal, que diz que a pressão que actua sobre um líquido dentro de
um recipiente é propagada uniformemente em todos os sentidos. O Líquido
utilizado nos travões é incompressível.
Travagem

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Os componentes principais de qualquer sistema de travagem hidráulico,
são:

Bomba principal do travão.

Bomba do travão da roda.


Travagem

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Os componentes principais de qualquer sistema de travagem hidráulico,
são:

Pedal do travão.

Sistema de tubos.

Travão da roda.
Travagem

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 Sistema Travagem – Parte Operativa + Parte comando Sistema
Travagem

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Parte
Operativa
Travagem

Sobre cada roda dianteira, existe uma pinça munida de um


cilindro que comporta um pequeno pistão. No interior desta
pinça encontram-se duas placas de suporte dos calços para a
fricção de travagem, um disco de travão solidário com a roda,
de cada um dos lados desse disco estão colocadas os calços
de travão.
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Travagem

Sobre cada roda traseira, dois calços de travão encontram-


se dentro de um tambor solidário com a roda. Um cilindro,
fixo à base do tambor, comporta dois pistões, na
extremidade de cada um dos quais existe um suporte para
os calços de travão.

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Parte de
comando

A acção do condutor sobre o pedal do travão é ampliada por um servofreio


antes de ser transmitida à bomba principal de travagem, esta é responsável
pela introdução no circuito de um fluído sob pressão.
Travagem

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Em cada roda um cilindro/pistão aplica essa pressão sobre os suportes dos
calços de travão, que por sua vez actuam sobre o tambor. O circuito
hidráulico é composto por canalizações rígidas e por canalizações flexíveis.
Este circuito está na maior parte dos casos disposto em diagonal e é
composto por dois circuitos independentes que comandam
respectivamente, uma roda dianteira e uma roda traseira diagonalmente
opostas.
Travagem

Vídeo1
Vídeo2
Vídeo3

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Travagem

Vídeo
Vídeo servofreio

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Travão de estacionamento
A posição da alavanca de comando, é transmitida através de um
compensador e de cabos a cada um dos travões traseiros. A
fixação da alavanca de comando, assegura um esforço constante
de aplicação dos calços de travão sobre os tambores. Na maioria
dos modelos automóveis o reajuste do travão é efectuado
manualmente, directamente no cabo traseiro ou no cabo do
compensador por meio de um dispositivo de ajuste. Os travões
Travagem

traseiros de tambor têm afinação automática; assim, consegue-se


manter um valor constante de folga entre os calços de travão e a
superfície do tambor. Independentemente do desgaste dos
calços, o curso do pedal mantém-se constante.
Circuito Travagem
Travões de disco

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 Sistema Travagem – TRAVÕES DE TAMBOR

O travão de tambor é um tipo de travão por fricção, onde as forças são


aplicadas na superfície interna de um tambor que está acoplado à roda.
Este tambor é normalmente construído em ferro fundido. É frequente
encontrar tambores com alhetas ou nervuras que melhoram a sua rigidez e
facilitam o seu arrefecimento.
Tipos de Travões

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As maxilas actuam contra a superfície interna do tambor, sendo a sua
recuperação para a posição de repouso efectuada por molas
helicoidais.
As maxilas estão cobertas pelos calços (elemento que contacta com o
tambor) e fixas ao prato. Na sua parte superior está alojada a bomba
auxiliar que provoca o movimento de abertura das maxilas. Na parte
inferior está o fulcro (ou articulação) em torno do qual as maxilas
Tipos de Travões

abrem e fecham.

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Travagem

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A força de travagem resultante é derivada da fricção existente entre os
calços da maxila e a superfície interna do tambor. Quando o condutor
alivia o pedal de travão, o circuito hidráulico perde pressão e as molas
de recuperação colocam de novo as maxilas no estado de repouso.
À maxila que exerce maior força de travagem (a da esquerda ou
primária, nº2) dá-se o nome de autotravadora, à maxila que exerce
menor força de travagem (a da direita ou secundária, nº4) dá-se o
Tipos de Travões

nome de hipotravadora.

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Para repartir equitativamente os esforços em ambas as maxilas e em
toda a sua superfície (para obter um maior poder de travagem), e
assegurar uma melhor centragem das maxilas contra o tambor
recorre-se a diversas disposições, tais como:
Utilização de calços com diferentes coeficientes de atrito.
Utilização de calços com espessuras variáveis.
Modificação dos dispositivos de comando (bombas das rodas) das
maxilas.
Tipos de Travões

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Inconvenientes - O desgaste produzido pela fricção entre os calços e o
tambor durante as travagens faz com que os calços fiquem cada vez
mais distantes do tambor na posição de repouso, implicando um tempo
de resposta superior desde o accionamento do pedal.
No sistema manual, a existência de duas cames no prato de fixação
permite a regulação da folga.
O sistema de regulação automático actua através de um pontal de
pressão e de um mecanismo de excêntricos dentado. Após a
Tipos de Travões

desmontagem e a montagem dos travões de tambor, o mecanismo de


regulação automática deve ser recuado. A regulação dos calços é levada
a cabo após a montagem do tambor do travão e após o accionamento
repetido do pedal do travão.

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 Sistema Travagem – TRAVÕES DE DISCO

Os travões de disco são constituídos essencialmente por um disco fixo


no cubo da roda e uma pinça onde se alojam as pastilhas que se
comprimem contra o disco e efectuam a travagem. Os travões de disco
são melhores que os travões de tambor no que respeita à sensibilidade e
ao custo de manutenção. Existem dois tipos de discos, os maciços e os
Tipos de Travões

ventilados.

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Os discos maciços são os mais usualmente utilizados visto
satisfazerem as exigências de travagem normais. Os discos
ventilados são montados em veículos mais potentes visto
disporem de condutas de ar interiores que criam um efeito de
ventilação e consequente arrefecimento. São normalmente
montados apenas nas rodas dianteiras, havendo também em
Tipos de Travões

alguns veículos, nas 4 rodas.

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O material utilizado na construção dos discos de travões deve possuir uma
boa condutibilidade térmica, uma elevada resistência ao aparecimento de
fissuras de origem térmica e à corrosão, uma boa resistência mecânica e
uma boa homogeneidade.
Neste tipo de travão, o disco é submetido em ambas as faces a forças
iguais, evitando assim o empeno do disco e o desgaste irregular das
pastilhas.
Existem três tipos de pinça:
Tipos de Travões

Pinça fixa

Pinça flutuante

Pinça deslizante

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Pinça Fixa - O sistema de travagem com pinça fixa está actualmente em
desuso. Este tipo de pinça possui êmbolos de ambos os lados do disco.
Com o accionamento do travão, o circuito hidráulico exerce pressão sobre
os êmbolos, deslocando-os de encontro ao disco com pressões de contacto
iguais.
Tipos de Travões

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Pinça flutuante - Estas pinças apenas possuem êmbolos de um dos lados.
Quando o pedal de travão é accionado, o êmbolo vai actuar a pastilha de
encontro ao disco; por reacção, o corpo da pinça desloca-se no sentido
contrário, comprimindo também a pastilha existente no lado contrário ao
do êmbolo contra o disco.
Tipos de Travões

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Pinça deslizante - Trata-se de um aperfeiçoamento da pinça flutuante do
travão de disco, com uma profundidade de montagem muito limitada no aro
da roda. Diferenciam-se das anteriores porque nem todo o conjunto se
desloca. A pinça é constituída pelo alojamento do pistão e pelo suporte do
alojamento do pistão, também existe alojamentos de pistão com pistões
duplos.
Tipos de Travões

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O suporte do alojamento está montado no suporte da manga de
eixo (travões das rodas dianteiras) ou na manga de eixo (travões
das rodas traseiras) e aloja os calços dos travões. A fixação do
alojamento do pistão no suporte é feita por meio de pinos de
fixação. No momento do accionamento do travão, o óleo entra
no cilindro do alojamento e empurra o pistão contra o calço
interior que por sua vez vai contra o travão de disco em rotação.
Tipos de Travões

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Esta pressão provocada pelo óleo age não só sobre o pistão, mas
também sobre a base do cilindro e desta forma o alojamento do pistão
desliza simultaneamente sobre o perno-guia na direcção inversa,
enquanto o calço exterior se desloca com a mesma força no sentido do
disco do travão, partindo do lado da rua. Quando o travão é solto, a
folga entre as pastilhas e os discos é reconstituída por meio da força de
retrocesso do anel vedante do pistão.
Tipos de Travões

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Regulação da folga entre as pastilhas e os discos - Quando o condutor
pisa o pedal de travão, a bomba envia óleo contra o pistão das pinças,
empurrando-o de encontro às pastilhas que efectuam a travagem.
Quando o condutor solta o pedal de travão, a pressão no pistão cessa e a
recuperação das pastilhas é feita pelo vedante do pistão que, uma vez
deformado, volta à sua posição de repouso, arrastando consigo o pistão
da bomba. No entanto, as pastilhas ficam sempre a roçar ligeiramente no
disco. Desta forma, quando se volta a pisar o pedal, produz-se
Tipos de Travões

imediatamente uma força de travagem pelo que não necessita de um


mecanismo de regulação para aproximar as pastilhas do disco.

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As vantagens do travão de disco são:
O equilíbrio das pressões em ambas as faces do disco suprime toda a
reacção sobre os eixos do veículo.
A dilatação do disco devido ao aumento de temperatura, tende a diminuir
a folga entre o disco e as pastilhas.
O disco encontra-se ao ar livre, logo, o arrefecimento é facilitado.
Menor peso total.
Maior facilidade de substituição das pastilhas.
Tipos de Travões

As desvantagens do travão de disco são:


Menor eficácia de travagem, para o mesmo diâmetro, devido às menores
superfícies de travagem. (Esta desvantagem é eliminada com a utilização
de êmbolos de maiores dimensões ou em maior número e discos de maior
diâmetro).
Nível de ruído mais elevado, dado que, sendo as pressões aplicadas
superiores, implica a utilização de materiais mais duros.
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 Sistema Travagem – TRAVÕES DE ESTACIONAMENTO

O travão de estacionamento é um sistema totalmente independente dos


anteriores e actua nas rodas traseiras mediante um conjunto de
alavancas tirantes e cabos de aço. É utilizado quando se deseja
imobilizar o veículo por algum tempo, visto que, sendo um sistema
totalmente mecânico, não necessita de pressão hidráulica para actuar.
Pode também ser utilizado como travão de emergência se o sistema de
Tipos de Travões

travagem normal falhar.


Vídeo
São três tipos de travão de estacionamento:
Travões de tambor
Travões de disco
Travões de disco combinados com travões
de tambor

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Travão de estacionamento aplicado ao
tambor constituído por:
Uma alavanca de comando
Cabos dianteiros, cabos traseiros
Compensador
Alavanca oscilante do travão de
Tipos de Travões

estacionamento junto à pastilha


traseira do travão.
Interruptor das luzes avisadoras de
travão de estacionamento accionado.

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Tipos de Travões

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Ao puxar a alavanca de comando, o interruptor avisador solta-se
acendendo desta forma a luz avisadora de travão de estacionamento
no painel. Igualmente, o cabo dianteiro puxa os dois cabos traseiros
que actuam cada um deles sobre a alavanca oscilante de cada tambor
traseiro, ficando desta forma o veículo travado, uma vez que a
alavanca de comando possui um segmento dentado que fixa a sua
posição mantendo o carro travado até nova intervenção do condutor
sobre a alavanca, para o destravar.
Tipos de Travões

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Travão de estacionamento aplicado a travões de disco - O travão de
disco com pinça deslizante do eixo traseiro reúne num só conjunto o
travão de pé hidráulico e o travão de estacionamento mecânico. O
funcionamento do travão de pé é idêntico ao funcionamento da versão
com pinça deslizante, a pinça está equipada com uma alavanca móvel
com um eixo, quando o travão de estacionamento é accionado, a
alavanca age através do eixo e de um excêntrico sobre o parafuso de
afinação do pistão e este pressiona o calço interior do travão contra o
Tipos de Travões

disco do travão, vencendo a pressão das anilhas de mola. Através do


alojamento do pistão móvel, também o calço exterior é pressionado
contra o disco do travão.

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Tipos de Travões

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Travão de estacionamento aplicado a travões de disco combinados
com travões de tambor.
Neste caso, pouco utilizado, o disco do travão e o tambor constituem
uma unidade, o accionamento do travão de pé hidráulico é feito por
meio de uma pinça fixa. O accionamento do travão de
estacionamento de tambor é feito por meio de um cabo e de uma
alavanca oscilante, como anteriormente descrito para o travão de
tambor. A figura mostra um travão combinado de disco e tambor.
Tipos de Travões

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 Sistema Travagem – BOMBA PRINCIPAL DO TRAVÃO

A bomba de travões principal tem como função primária proporcionar a


devida pressão de funcionamento ao circuito para o óleo poder actuar os
êmbolos dos travões e, ainda a de diminuir instantaneamente a pressão no
circuito ao soltar o pedal de travão.
As bombas de travões hoje mais usualmente utilizadas possuem circuitos e
depósitos independentes para assegurar a travagem do veículo no caso de
Tipos de Travões

falha de um dos circuitos. Neste caso o outro assegura a travagem, embora


não sendo tão eficaz.

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Bomba principal de travão de circuito único
A figura mostra uma bomba principal de travão de um cilindro. Esta é
composta por um cilindro (1) dentro do qual se encontra um pistão oco
(2) que forma uma câmara de compensação (B) e está solidário a uma
biela de comando (3). A parte superior do cilindro comunica com um
depósito (4) através de um orifício de alimentação (5) e de um orifício de
dilatação (6).
Tipos de Travões

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No extremo oposto ao comando encontra-se um orifício (7),
ligado ao circuito de alimentação dos travões, que é regulado
pela válvula de duplo efeito (8) mantida na sua sede através da
mola (9) em que no outro extremo se encontra um batente (10)
contra o pistão. O pistão tem pequenos furos que permitem a
comunicação entre os compartimentos (A) e (B) e no extremo da
biela uma junta de estanquicidade (12).
Tipos de Travões

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Em repouso, o orifício de dilatação está aberto e a biela (3) não está em
contacto com o pistão, entre o extremo da biela (3) e do pistão (2) deve
existir um espaço livre (a) de 1 mm no mínimo. Quando o condutor
acciona o pedal, a biela entra em contacto com o pistão empurrando-o
para a esquerda. O curso morto dura até ao momento em que o orifício (6)
é fechado. Continuando o seu movimento para a esquerda, o pistão
pressiona o óleo nas tubagens que o vai deslocar os êmbolos das bombas
das rodas, através da válvula (8). Durante o movimento de aproximação, a
Tipos de Travões

pressão em (A) é ligeiramente superior à tensão da mola (9). Quando os


calços entram em contacto com os discos ou com os tambores, a pressão
cresce e é exercida a força de travagem.

Formador: Fernando Oliveira Ação: 21309/16 45


Quando o condutor tira o pé do pedal do travão, o pistão da bomba volta
imediatamente para a sua posição de repouso devido à acção da mola. No
final do curso, o pistão põe a descoberto o orifício (6), a mola (9) está
regulada de maneira tal que provoca nas canalizações uma pressão
residual na ordem dos 0,7 a 0,9 bar com a finalidade de evitar qualquer
entrada de ar no circuito de travagem.
Tipos de Travões

Formador: Fernando Oliveira Ação: 21309/16 46


Ao actuar o pedal, a pressão a que fica sujeito o óleo dos travões, actua
sobre o pistão intermédio e empurra-o também para a esquerda. Depois
do retentor principal do pistão intermédio passar pelo orifício de
compensação, é estabelecida a mesma relação de pressão em ambas as
câmaras de pressão (circuito de travões 1 e circuito de travões 2).
Tipos de Travões

Formador: Fernando Oliveira Ação: 21309/16 47


Este tipo de bomba permite accionar um dos circuitos de travagem, no
caso de avaria do outro, garantindo a travagem a viatura, embora em
condições um pouco mais difíceis. No caso de uma avaria no circuito de
travões 1, ao pressionar o pedal do travão, a biela do pistão desloca-se
para a esquerda. Devido à fuga existente no circuito 1, o óleo deste
circuito de travões não pode ser submetido a pressão. A força muscular
exercida sobre o pedal do travão pelo condutor, é então mecanicamente
transmitida pela biela do pistão ao pistão intermédio. O circuito de travões
Tipos de Travões

2 permanece assim operacional

Formador: Fernando Oliveira Ação: 21309/16 48


No caso de se verificar uma fuga no circuito de travões 2, não é possível criar
pressão sobre o óleo dos travões deste circuito ao ser pressionado o pedal
do travão. O circuito de travões 1 permanece plenamente operacional. De
notar que em caso de avaria de um dos circuitos de travagem, o curso do
pedal dos travões torna-se mais longo e a distância de travagem aumenta
notoriamente.
Tipos de Travões

Formador: Fernando Oliveira Ação: 21309/16 49


BOMBAS DOS TRAVÕES DAS RODAS
A função das bombas dos travões das rodas é transmitir às maxilas dos
travões a pressão criada na bomba principal do travão de dois circuitos.
Este tipo de bombas poderá ser de simples ou de duplo efeito, sendo estas
últimas aquelas que possuem dois pistões que accionam as duas maxilas,
no caso dos travões de tambor.
Bombas dos travões das rodas de duplo efeito
Este tipo de bombas são compostas por dois pistões opostos de igual
Tipos de Travões

diâmetro ou de diâmetros diferentes. A estanquecidade consegue-se


através de retentores aplicados contra os pistões devido ao efeito de uma
mola.

Formador: Fernando Oliveira Ação: 21309/16 50


Na parte superior do cilindro da bomba encontra-se um orifício obturável
(4) que permite evacuar o ar especialmente depois do enchimento do
circuito de travões, permitindo assim a sua sangragem. Durante a
travagem, o óleo injectado pela bomba principal para as bombas das rodas
provoca a separação dos pistões destas ultimas, que por sua vez vão actuar
sobre os calços dos travões através da peça (5). As extremidades do
cilindro estão protegidas com borrachas guarda-pó (6).
Tipos de Travões

Vídeo

Formador: Fernando Oliveira Ação: 21309/16 51


 Sistema Travagem – SERVOFREIOS

A missão do servofreio é facilitar a acção de travagem, permitindo que


para uma certa intensidade de travagem requerida, o condutor tenha de
desenvolver um menor esforço sobre o pedal de travão.
O servofreio está fixo a um suporte na antepara do compartimento do
motor e encontra-se ligado ao pedal do travão por meio da haste de
accionamento do diafragma. A bomba principal do travão de dois
Tipos de Travões

circuitos está aparafusada ao servofreio.

O principio de funcionamento normal dos servofreios é por diferença de


pressão de ar. Nos veículos ligeiros, a alimentação do servofreio é feita
através da depressão criada pelo motor ou então através de uma bomba
de vácuo.

Formador: Fernando Oliveira Ação: 21309/16 52


Nos veículos a gasolina, a depressão necessária para o funcionamento do
servofreio é retirada do colector de admissão, enquanto que nos veículos
Diesel, como não existe uma depressão significativa no colector de
admissão, é necessária uma bomba de vácuo para o accionamento do
servofreio.
Com o travão não actuado a conduta de ar do exterior (4) está fechada e a
câmara de vácuo (8) está ligada à câmara de actuação (6) por meio da
válvula de disco aberta (3). A mesma pressão existe de ambos os lados do
Tipos de Travões

diafragma (1), a mola de compressão mantém o diafragma (1) na sua


posição de partida.

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Quando o pedal do travão é pressionado (11) a conduta de vácuo (2) entre
a câmara de vácuo (8) e a câmara de actuação (6) é fechada. Durante a
progressão do movimento abre-se a conduta de ar do exterior (4) e a
pressão antes do diafragma (1) começa a aumentar na câmara de actuação
(6). Devido ao vácuo existente na câmara de vácuo (8) e à pressão
atmosférica existente na câmara de actuação (6), é criada uma diferença de
pressão, que acentua a pressão exercida pelo pé em direcção à bomba
principal do travão.
Tipos de Travões

Formador: Fernando Oliveira Ação: 21309/16 54


Qualquer variação mínima da força muscular exercida pelo pé sobre o
pedal do travão (11) causa um aumento ou uma diminuição da diferença de
pressão entre os dois lados do diafragma (1). Na posição de travagem a
fundo, a diferença de pressão (vácuo/pressão atmosférica) que age sobre o
diafragma atinge valores máximos. Assim, consegue-se alcança a maior
assistência possível.
Tipos de Travões

Formador: Fernando Oliveira Ação: 21309/16 55


No interior da conduta de vácuo (10) existe uma válvula unidireccional que
impede a fuga de vácuo do servofreio, tornando possível com o motor
desligado efectuar 3 a 5 travagens. Esta válvula também evita que os vapores
de gasolina cheguem ao diafragma do servofreio, destruindo-o ou
danificando-o.
Tipos de Travões

Formador: Fernando Oliveira Ação: 21309/16 56


 Sistema Travagem – LIMITADORES E REGULADORES DE
TRAVAGEM
Quando se trava um veículo, a maior parte do peso do veículo transfere-se
para o eixo dianteiro, deixando o eixo traseiro com menos aderência (70% /
30%). Por esta razão, a força de travagem não deve ser de igual intensidade
em ambos os eixos, assim torna-se necessário utilizar reguladores de
travagem que corrijam a pressão aplicada nesses pistões bem como
limitadores dessa mesma pressão.
Tipos de Travões

Logo, os limitadores dividem-se em:

Os que actuam em função da desaceleração.


Os que actuam em função da
carga do veículo (mais utilizados
em veículos de mercadorias).

Formador: Fernando Oliveira Ação: 21309/16 57


Válvula de repartição da carga
Geralmente este tipo de válvulas são montadas directamente no eixo
traseiro dos veículos. Encontram-se fixadas no painel do piso do veículo e
ligadas ao corpo do eixo por meio de alavancas e hastes de accionamento.
No caso de veículos com distribuição de circuitos de travões do tipo eixo
dianteiro/eixo traseiro, é suficiente um simples regulador da força de
travagem.
Tipos de Travões

Formador: Fernando Oliveira Ação: 21309/16 58


Em veículos com distribuição diagonal do sistema de travões é montada
uma válvula de repartição da carga com duas unidades de controlo
separadas mas idênticas ou então são montadas paralelamente, no mesmo
alojamento, duas unidades de controlo idênticas. A figura mostra estes
dois tipos de montagens.
Tipos de Travões

Formador: Fernando Oliveira Ação: 21309/16 59


As unidades de controlo da válvula funcionam hidráulica e
independentemente uma da outra. O princípio de funcionamento de uma
válvula de repartição de carga consiste em cada uma das unidades de
controlo reduzir a pressão de travagem dos travões das rodas traseiras, a
pressão de comutação é controlada de forma variável, em função do estado
de carga do eixo traseiro, por meio de uma alavanca exterior (2) e de uma
mola de tensão ou de compressão (5).
Tipos de Travões

Vídeo

Formador: Fernando Oliveira Ação: 21309/16 60


Válvula reguladora da pressão
Esta válvula é um regulador da pressão de travagem com um ponto de
comutação determinado com rosca e é na maior parte das vezes,
aparafusada directamente na ligação roscada de saída para os travões das
rodas traseiras na bomba principal do travão de dois circuitos (não
obstante, pode também ser montada em qualquer outro local do sistema).
Tipos de Travões

Formador: Fernando Oliveira Ação: 21309/16 61


No caso de uma distribuição diagonal dos circuitos de travões, é montada
em ambos os circuitos uma válvula reguladora da pressão para o eixo
traseiro. A fim de evitar confusão, as roscas das válvulas são de diâmetros
diferentes . A pressão de comutação a partir da qual é activada a acção da
válvula é determinada por meio de uma mola de compressão integrada,
que actua sobre o pistão de controlo. Em caso de ultrapassagem da
pressão de comutação, é reduzida a pressão do óleo que atinge os
travões das rodas traseiras.
Tipos de Travões

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Funcionamento
Na posição inicial, o pistão de controlo (11) é deslocado para a direita contra
a união aparafusada (14) por influência da força da mola de compressão (9).
A sede da válvula é pressionada também pela força da mola de compressão
(4) contra o disco de aço. Nesta válvula, as pressões de entrada (1) e de saída
(13) são idênticas até ser alcançada a pressão de comutação.
Tipos de Travões

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Na posição inicial e no início do accionamento dos travões, a pressão do
óleo dos travões gerada na bomba principal do travão actua de forma não
controlada sobre os cilindros dos travões das rodas por meio das passagens
na sede da válvula (2) e do orifício do pistão de controlo (3). Se a pressão de
entrada (1) continua a aumentar, a pressão de saída (4) é reduzida numa
determinada proporção em relação à pressão de entrada (1).
Tipos de Travões

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Pouco antes de alcançar a pressão de comutação determinada, o pistão
de controlo (11) é comprimido contra a mola de compressão (9),
fechando assim a passagem entre a sede da válvula (3) e o pistão de
controlo (11). O aumento posterior da pressão à entrada (1) causa a
abertura e o fecho da passagem. Com a redução de pressão de entrada
(1), a válvula limitadora da pressão de travagem volta à sua posição
inicial
Tipos de Travões

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Válvula limitadora da pressão do travão em função da desaceleração
As válvulas limitadoras da pressão do travão em função da desaceleração
(válvula G), uma por cada circuito de travões, estão montadas no painel do
piso antes do eixo traseiro e formam um determinado ângulo com o plano
horizontal do veículo.
Tipos de Travões

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As válvulas fazem com que, a partir de uma desaceleração de cerca de 0,5 G,
a pressão para os travões das rodas traseiras aumente mais lentamente do
que a pressão para os travões das rodas dianteiras. O ângulo de montagem
pré-estabelecido determina o ponto de actuação das válvulas (início da
redução da pressão dos travões para os travões das rodas traseiras). Com o
accionamento dos travões, o óleo dos travões passa pela esfera (4) através
do orifício (2) e da anilha de passagem (3), através do orifício (8) para a
câmara do pistão e daqui, através do orifício (6), para as bombas dos travões
Tipos de Travões

das rodas.

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Com o aumento da pressão e quando a desaceleração atinge cerca de 0,5 G,
a esfera desloca-se pelo plano inclinado, determinado pelo ângulo de
montagem diminuindo a secção de passagem do óleo ou mesmo tapando o
orifício (8). Começa assim o início da redução da pressão de travagem das
rodas traseiras, com a redução da desaceleração (ao soltar o pedal do travão)
a esfera rola contra a anilha de passagem (3) voltando tudo à situação inicial.
Tipos de Travões

sangramento

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O QUE É O ABS
Para evitar que as rodas fiquem presas durante uma travagem, foi criado o
ABS (anti blocking system), o sistema antiblocagem de rodas. O ABS vai
então controlar toda a travagem. Ao detectar que as rodas vão bloquear,
automaticamente provoca uma sequência rápida de alívio e aperto dos
travões. Deste modo o condutor já pode controlar melhor o carro utilizando
a direcção para se desviar do obstáculo e travar ao mesmo tempo.
Tipos de Travões

VANTAGENS DO SISTEMA ABS


Estabilidade em movimento - O veículo não derrapa durante uma travagem
brusca.
Facilidade de manobra - Pode-se controlar o veículo com a direcção quando
se trava fortemente numa curva. Mesmo que o condutor fixe energicamente
o pé sobre o pedal do travão, o ABS impede o bloquear das rodas. Assim, o
condutor poderá evitar o acidente porque a direcção irá responder às
mudanças efectuadas no volante.
Formador: Fernando Oliveira Ação: 21309/16 69
Travagem menos agressiva para os pneus - Numa travagem em que a roda
bloqueia, o pneu sofre um grande desgaste só na zona de arrasto,
podendo-o danificar definitivamente. Com o sistema ABS, como as rodas
não chegam a bloquear, o pneu sofre um desgaste por igual ao longo da
sua superfície.
Durante a travagem, as rodas diminuem mais rapidamente a sua velocidade
do que a velocidade do veículo. Entende-se por deslizamento de uma roda
a diferença entre a velocidade da roda e a velocidade do veículo. Sob forma
Tipos de Travões

de percentagem o deslizamento é dado por:

Veículo em movimento e roda livre - Coef. de deslizamento 0%


Veículo em movimento e roda bloqueada - Coef. de deslizamento 100%

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Com as rodas bloqueadas o veículo necessita de mais espaço para parar
bem como perde estabilidade direccional
Numa travagem, as rodas do veículo têm maior aderência para coeficientes
de deslizamento entre os 25% a 35% . É esta a função do ABS, a de garantir
coeficientes de deslizamento entre 25% a 35%.

SISTEMA BOSCH Vídeo1 Vídeo2


COMPONENTES - Os principais componentes
do sistema são: Vídeo3 Vídeo4
Tipos de Travões

Unidade Central de Comando Electrónica -


(UCCE)
Unidade Central de Comando Electrohidráulica
- (UCCEH)
Quatro sensores de velocidade (um por cada
roda)
Quatro rodas dentadas (uma por cada roda)

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A Unidade Central de Comando Electrónica é o componente que controla
todo o processo de funcionamento do ABS. Tem influência directa sobre a
unidade central de comando electrohidráulica (UCCEH).
A Unidade Central de Comando Electrohidráulica tem como função variar
a pressão de travagem nas pinças dos travões através de duas
electroválvulas em cada roda.
Os quatro sensores registam a velocidade (angular) de rotação das rodas,
sob forma de sinais electromagnéticos enviando-os para a UCCE
Tipos de Travões

Os restantes elementos que compõem o sistema são:


Tubagem do sistema hidráulico
Tubagem do sistema hidráulico
Interruptor no pedal do travão para indicação de travagem
Luz avisadora de avaria situada no quadro de instrumentos

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Tipos de Travões

Vídeo3 Vídeo4

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Funcionamento dos componentes

GRUPO ELECTROHIDRÁULICO DE COMANDO - O grupo electrohidráulico de


comando é composto por dois componentes:
Unidade Central de Comando Electrónico – (UCCE)
Unidade Central de Comando Electrohidráulico – (UCCEH

A UCCE está ligada à cablagem do sistema por meio de uma junção de


Tipos de Travões

terminais. Com a indicação dos sinais vindos dos sensores e com a ajuda
de programas instalados nas suas memórias, a UCCE controla o
funcionamento da UCCEH. Esta está ligada à bomba dos travões e aos
cilindros das pinças de travão através da tubagem do sistema de travagem.

Formador: Fernando Oliveira Ação: 21309/16 74


UCCE – Unidade Central de Comando Electrónico
Esta unidade é constituída por circuitos com resistências, díodos,
transístores e circuitos integrados.
O “coração” deste aparelho é constituído por dois microprocessadores
(CMOS), os quais executam individualmente o mesmo programa. A eles
chegam os mesmos sinais dos sensores das rodas e quando os resultados
obtidos são idênticos é que a UCCE atribui uma ordem à UCCEH.
Se os resultados são diferentes (existindo uma avaria em algum
Tipos de Travões

componente), o sistema automaticamente coloca-se fora de serviço. Se esta


situação ocorrer, a travagem é feita de modo convencional ou seja, com o
sistema mecânico servo-assistido. Ao mesmo tempo acende-se a luz
avisadora de avaria no painel de instrumentos do veículo. Os dados da
avaria são gravados na memória dos microprocessadores.

Formador: Fernando Oliveira Ação: 21309/16 75


Os microprocessadores calculam a velocidade, a aceleração/desaceleração
das rodas do veículo.
Para que este processo se realize, os sinais de onda quadrada provenientes
do circuito de entrada são transformados em valores numéricos.
Quando as rodas tendem a bloquear, os valores obtidos pelos
microprocessadores comandadas pelos reguladores de corrente das rodas
dianteiras (4) e os das rodas posteriores (5). Estes reguladores geram sinais
de comando que são enviados aos estados finais (6) e (7) os quais fecham à
Tipos de Travões

massa os circuitos das electroválvulas VL – VR (anteriores) e HL – HR


posteriores situadas na UCCEH.

Formador: Fernando Oliveira Ação: 21309/16 76


MÉTODO DE FUNCIONAMENTO DA UNIDADE CENTRAL DE COMANDO
ELECTRÓNICO
Os sinais vindos dos sensores de velocidade são enviados à unidade central de
comando electrónico. Através da frequência de chegada destes sinais, é
calculada a velocidade, aceleração ou desaceleração de cada uma das rodas.
Das leituras das velocidades individuais de cada roda, é calculada a velocidade
do veículo em cada instante.
Tipos de Travões

Numa situação de travagem, as rodas podem desacelerar de modo diferente.


Tendo em conta cada velocidade individual e a velocidade do veículo é
calculado o deslizamento de cada roda.

Formador: Fernando Oliveira Ação: 21309/16 77


UCCEH
Esta unidade é pilotada pela UCCE. Através das instruções dadas pela UCCE,
as electroválvulas deste componente permitem diminuir, manter ou restituir
às pinças dos travões, a pressão imposta pelo condutor no pedal de travão.
O objectivo destas instruções é manter durante a travagem o deslizamento,
aceleração ou desaceleração nos valores óptimos.
Tipos de Travões

Formador: Fernando Oliveira Ação: 21309/16 78


SENSORES DE ROTAÇÃO DAS RODAS
A função dos sensores de velocidade de rotação das rodas é medir três
grandezas fundamentais para o funcionamento correcto do sistema ABS:
• Velocidade da roda
• Aceleração da roda Desaceleração da roda
• Desaceleração da roda
Como foi referido estas grandezas são transmitidas pelos sensores à UCCE.
Esta analisa-os e de acordo com o resultado envia instruções à UCCEH.
Tipos de Travões

Formador: Fernando Oliveira Ação: 21309/16 79


Tipos de Travões

Formador: Fernando Oliveira Ação: 21309/16 80


Tipos de Travões

Formador: Fernando Oliveira Ação: 21309/16 81


LUZ AVISADORA DE AVARIA ABS
A luz avisadora de avaria encontra-se no painel de instrumentos.
Quando se coloca a chave de ignição na posição de marcha, a luz acende-se
durante cerca de dois segundos. Passado este intervalo de tempo, e se o
sistema de controlo não detectar nenhuma avaria, a luz apaga-se.

Se a luz permanecer acesa, então é sinal que existe uma avaria. Caso isso
aconteça, o sistema ABS auto exclui-se, ficando o veículo capacitado com o
Tipos de Travões

sistema de travagem mecânico tradicional.


Quando o veículo inicia a marcha, por volta dos 3 km/h inicia-se um teste
de funcionamento do sistema ABS. Se todos os elementos do sistema
estiverem em perfeitas condições, a luz avisadora permanece apagada. Caso
contrário acende-se.

Formador: Fernando Oliveira Ação: 21309/16 82


DESCRIÇÃO DO FUNCIONAMENTO DO SISTEMA BOSCH

FASE DE AUMENTO DE PRESSÃO


Quando o condutor carrega no pedal do travão, a pressão produzida pela
bomba do travão actua nas pinças dos travões.
À medida que a força de travagem aumenta, produz um aumento da
desaceleração da roda ou seja, aumenta o deslizamento da roda.
Tipos de Travões

Formador: Fernando Oliveira Ação: 21309/16 83


Ao mesmo tempo, o sensor de velocidade de rotação da roda envia para a
UCCE os sinais electromagnéticos. A UCCE analisa esses sinais e calcula o
coeficiente de deslizamento.
Se o coeficiente de deslizamento estiver dentro dos valores óptimos (entre os
20% a 30%), a UCCE não dá nenhuma instrução á UCCEH.
Se o coeficiente de deslizamento estiver fora dos valores óptimos (superior a
30%) ver fase seguinte.
Tipos de Travões

Formador: Fernando Oliveira Ação: 21309/16 84


FASE DE DIMINUIÇÃO DA PRESSÃO
Se a UCCE, ao calcular o coeficiente de deslizamento, verificar que está fora
dos valores óptimos (superior a 30%), ou seja, confirmar que a roda está
com tendência a bloquear, dá instruções à UCCEH através de sinais
eléctricos para reduzir a pressão nas pinças do travão.
A UCCEH, ao receber os sinais eléctricos da UCCE, activa as electroválvulas
de forma a aliviar a pressão do óleo na pinça do travão.
Tipos de Travões

Formador: Fernando Oliveira Ação: 21309/16 85


FASE DE DIMINUIÇÃO DA PRESSÃO
Ao mesmo tempo a UCCE liga a bomba de recuperação para parte do
óleo ser retirado da pinça do travão. Este óleo é enviado novamente
para o circuito principal fazendo com que o condutor sinta uma
trepidação no pedal dos travões. Esta situação é normal.
Em certas versões deste sistema ABS, existem reservatórios de óleo no
circuito principal com a função de diminuir essas trepidações.
Tipos de Travões

Formador: Fernando Oliveira Ação: 21309/16 86


FASE DE MANUTENÇÃO DA PRESSÃO
Logo que os valores de deslizamento voltem aos valores óptimos, a UCCE
dá instruções à UCCEH, através de sinais eléctricos, para manter a pressão
do óleo na pinça do travão.
A UCCEH liga as electroválvulas de modo a que a pressão na pinça do travão
se mantenha. Nesta fase, por mais que o condutor carregue no pedal do
travão, a pressão do óleo na pinça é sempre a mesma
Tipos de Travões

Formador: Fernando Oliveira Ação: 21309/16 87


FASE DE MANUTENÇÃO DA PRESSÃO
Se a roda (de acordo com as condições do piso) aumentar a velocidade, a
UCCE dá instruções à UCCEH para permitir o aumento da pressão na pinça do
travão.
Se a roda diminuir de velocidade de modo a que o valor do coeficiente de
deslizamento esteja fora da gama de valores óptimos, a UCCE dá instruções
para se passar à fase de diminuição da pressão.
Tipos de Travões

Formador: Fernando Oliveira Ação: 21309/16 88


Outros sistemas ABS
Sistema Bendix
• Grupo de pressão de travagem
• Grupo electrobomba
• Grupo electrónico de comando
• Dois indicadores de controlo no quadro de instrumentos
• Uma ficha de diagnóstico
Tipos de Travões

Sistema TEVES
• Um acumulador(1)
• Uma bomba hidráulica (2)
• Um motor eléctrico (3)
• Um pressostato (4)
• Caudal de admissão (5)
• Válvula de purga (6)
• Válvula de segurança (7)
Formador: Fernando Oliveira Ação: 21309/16 89
Sistema Bendix
Logo que o motor entre em funcionamento, o líquido dos travões atravessa a
válvula de não retorno e é enviado ao mesmo tempo para os pressostatos,
acumulador e para o bocal de saída de alta pressão.
Ao ligar a ignição do veículo, se a pressão do óleo estiver abaixo dos 90 bar,
o primeiro pressostato activa a bomba, e no painel dos instrumentos provoca
a iluminação dos indicadores dos travões e ABS. Ultrapassados os 90 bar, a
iluminação desliga-se.
Tipos de Travões

Atingindo a pressão de 180 bar, o óleo faz com que o terceiro pressostato
desligue a bomba de assistência.
Numa travagem, a pressão do óleo no acumulador decresce. Quando atinge
valores inferiores a 160 bar de pressão, o segundo pressostato liga a bomba
de assistência para enviar óleo através do bocal de alimentação para o
acumulador

Formador: Fernando Oliveira Ação: 21309/16 90


O acumulador está dividido em dois compartimentos diferentes,
divididos por uma membrana deformável. Na parte superior encontra-se
um gás (Azoto). A parte inferior tem ligação à bomba hidráulica e tem
como função receber o óleo dos travões.
Tipos de Travões

Este componente tem a função de armazenar o óleo que é enviado pela


bomba a alta pressão. Esta pressão varia entre 160 bar e 180 bar e é
controlada pelos dois pressostatos.
Quando os travões são solicitados, parte do óleo do acumulador é
utilizado para aumentar a pressão nas pinças dos travões.
Formador: Fernando Oliveira Ação: 21309/16 91
Resumidamente:

Logo que o condutor carrega no pé do travão, os distribuidores hidráulicos


fazem com que o óleo sob pressão contido no acumulador alimente as
pinças dos travões. A travagem é feita em dois circuitos cruzados. Cada
circuito é composto por um distribuidor hidráulico e por um compensador
de travagem para as rodas traseiras.
Tipos de Travões

Em caso de alguma avaria o sistema auto exclui-se, ficando o veículo com o


sistema de travagem mecânico servofreio. O sistema tem uma ficha de
diagnóstico que ligada a equipamento próprio num local de assistência
técnica permite detectar uma avaria

Formador: Fernando Oliveira Ação: 21309/16 92


SISTEMA TEVES
A pressão do óleo nas pinças dos travões é regulada por electroválvulas, que
por sua vez, são comandadas por uma unidade central de comando (por vezes
este equipamento é também designado por Calculador) .
Ao calculador, chegam sinais electromagnéticos de quatro sensores que
indicam a de velocidade de rotação das rodas (um sensor por cada roda).
Através destes sinais electromagnéticos, o calculador analisa se alguma roda
está em risco de bloqueio. Se esse risco existir, envia ordens às electroválvulas
Tipos de Travões

no sentido de o evitar.

Após a ligação da ignição à corrente, o calculador recebe uma informação (+)


que desencadeia um ciclo de duas operações sucessivas:
Fase de inicialização (duração aprox. 1,7s)
Teste de nível de líquido dos travões e da pressão do acumulador e controlo
dos contactos (duração aprox 0,9s). Durante estas duas fases a luz do ABS
mantêm-se acesa. Verificado o bom funcionamento do sistema ela apaga-se
Formador: Fernando Oliveira Ação: 21309/16 93
Resumidamente:
Nos travões da frente, o cilindro principal, alimentado pelo grupo de alta
pressão, desloca-se provocando um aumento de pressão no fluido. Este passa
pelo grupo de regulação hidráulica em duas electroválvulas de admissão (uma
para ao travão da roda direita e outra para o travão da roda esquerda) que se
encontram abertas.

Nos travões traseiros, o fluido de travagem proveniente do grupo de alta


Tipos de Travões

pressão, passa no grupo de regulação hidráulica por uma electroválvula de


admissão (que serve os dois travões traseiros). Daí, é enviado para o
compensador de travagem e só depois chega aos travões traseiros.

Formador: Fernando Oliveira Ação: 21309/16 94


 Sistema Travagem – Óleos de travões
É o óleo que desempenha o papel mais importante no accionamento do
sistema de travagem e deve garantir o correcto funcionamento dos travões
em quaisquer condições.
Por esta razão, os óleos de travões utilizados nos automóveis devem possuir
características muito específicas e principalmente oferecer uma grande
estabilidade às pressões e temperaturas a que estão constantemente
submetidos.
Tipos de Travões

Formador: Fernando Oliveira Ação: 21309/16 95


Actualmente, podemos dividir os óleos de travões em três tipos,
“LHM” (citröen), que são lubrificantes minerais de muito baixa
viscosidade comuns para o sistema de travagem circuitos
hidráulicos das suspensões e servo-direcção. Óleos
“Convencionais”, formulados com compostos radicais possuindo
álcool (glicol) – polietilenoglicol ou polipropilenoglicol; e óleos
“Silicones”, fluídos sintéticos a que se adicionam pequenas
Tipos de Travões

quantidades de aditivos para limitar a degradação por efeito da


temperatura e neutralizar as substâncias corrosivas.

Formador: Fernando Oliveira Ação: 21309/16 96


Um óleo de travões deve possuir as seguintes características:
Possuir uma temperatura de ebulição elevada, normalmente entre 230 e
240ºC;
Baixas aptidões higroscópicas, ou seja, baixa capacidade de absorver
humidade, visto que, se a quantidade de água superar os 3%, a temperatura
de ebulição do óleo desce entre 80 a 90ºC, implicando a substituição do
liquido.
Tipos de Travões

Possuir propriedades anticorrosivas que impeçam reacções químicas entre o


óleo e os restantes componentes do circuito. Por esta razão nunca se deve
misturar um óleo mineral com outro sintético.
Adequada viscosidade de modo a assegurar a vedação de pistões e bombas
das rodas.
Fluidez nas baixas temperaturas para assegurar a necessária velocidade de
resposta do sistema de travagem em qualquer condição ambiental.

Formador: Fernando Oliveira Ação: 21309/16 97


Um óleo de travões deve possuir as seguintes características:
Adequado poder lubrificante para um regular movimento das peças sem
provocar desgastes.
Compatibilidade e miscibilidade com outros fluídos para travões com as
mesmas especificações.
Ter baixa toxicidade e irritabilidade.
Não ser nocivo para os elastómetros.
Resistir à oxidação.
Tipos de Travões

Ter boas propriedades dieléctricas.


Ser quimicamente estável à mais alta temperatura e inerte face aos outros
componentes com que contacta.

Formador: Fernando Oliveira Ação: 21309/16 98


Os óleos de travões utilizados actualmente apresentam uma ligeira
degradação no decurso dos primeiros meses de utilização devido às
propriedades higroscópicas que ainda possuem, mas decorrido algum tempo
de utilização obtém-se uma estabilização da taxa de humidade, pelo que não
se torna necessário proceder a uma troca sistemática de óleo.
Quanto à miscibilidade destes diferentes produtos, os produtos à base de
glicol não são miscíveis com os restantes lubrificantes (ex: óleos para motor
ou para transmissões), no entanto são miscíveis entre si independentemente
Tipos de Travões

do seu nível de especificação (DOT 3, DOT 4, etc.)

Os fabricantes aconselham a troca periódica de óleo sempre que estejam


cumpridos 80.000Km ou decorridos 2 anos, dada a função vital de segurança
que desempenha o óleo de travões e sobretudo devido à sua perda de
propriedades com a absorção de humidade.

Formador: Fernando Oliveira Ação: 21309/16 99


A tabela seguinte indica-nos os valores limites de alguns parâmetros, para
três categorias de óleos de travões estabelecidos pela Federal Motor Vehicle
Society Standart
Tipos de Travões

Formador: Fernando Oliveira Ação: 21309/16 100


Materiais de fricção utilizados
Actualmente, na fabricação de tambores para facilitar a dispersão do calor e
para reduzir o peso não amortecido, dá-se preferência aos tambores de
ligas leves, no interior dos quais se monta ou se produz na própria fundição
um anel de fricção em ferro fundido cinzento de granulação fina.

Para reduzir ao mínimo a folga entre os revestimentos e o tambor, é


necessário que o acabamento da superfície interna do anel seja muito
Tipos de Travões

rigoroso. É assim possível obter uma acção de travagem eficaz e uniforme,


sem se produzirem incómodas vibrações durante a travagem. A superfície
exterior do tambor possui quase sempre alhetas de arrefecimento, obtidas
no acabamento oficinal ou por fundição.

O diâmetro do tambor deve ser escolhido de modo a deixar um espaço


suficiente em relação às jantes, para haver uma boa ventilação do próprio
tambor e para impedir que o calor se transmita ao pneu.
Formador: Fernando Oliveira Ação: 21309/16 101
Com efeito, deve-se ter presente que, durante a travagem, como o material
de que são fabricados os calços ou revestimentos de atrito das maxilas é
mau condutor de calor, o tambor aquece e dilata-se em grau superior aos
calços, daqui resulta que, com o travão a quente, se verificará um curso
maior do pedal e se os calços apresentarem grande desgaste, pode
acontecer que não se consiga obter a necessária acção de travagem.

Modo de construção:
Tipos de Travões

Recozedura completa que abrange um aquecimento a 400 ºC, durante 24


horas, seguido de um arrefecimento lento no forno, até à temperatura de
uns 200 ºC. Após a recozedura, esta liga adquire uma boa plasticidade.
Com a finalidade de se evitar o rápido desgaste da extremidade do calço
que entra em contacto com o pistão de comando e da extremidade que
desliza sobre o corpo do cilindro, é necessário aplicar chapas apropriadas
de aço duro, cementado e temperado, nas extremidades do calço,
especialmente se este for de liga leve.
Formador: Fernando Oliveira Ação: 21309/16 102
Os revestimentos de atrito para os travões de tambor são habitualmente
constituídos por aglomerados de fibras de amianto (mais tarde substituído
por Ferodo, por não ser nocivo à saúde humana), entrançadas com fios ou
fragmentos metálicos. A introdução de metais tem a finalidade de aumentar
a resistência à tracção do aglomerado, de facilitar a dispersão do calor e de
reduzir a chiadeira e o desgaste do tambor.

A fabricação de pastilhas para travões de disco, na maioria dos fabricantes


Tipos de Travões

fazem pastilhas em três categorias diferentes, macias, médias e duras.

Formador: Fernando Oliveira Ação: 21309/16 103


As pastilhas macias a sua constituição é apropriada para carros que têm
dificuldades em obter uma travagem eficiente a altas temperaturas, geram
um bom poder de travagem mas com um tempo de duração muito curto.
Este tipo de pastilhas é normalmente usado em carros de peso leve ou em
que os travões são pouco solicitados e consegue-se passar longos períodos
sem travar. Estas pastilhas desenvolvem a máxima fricção imediatamente
após a aplicação dos travões, sem causarem um elevado desgaste dos
discos.
Tipos de Travões

Formador: Fernando Oliveira Ação: 21309/16 104


As pastilhas de dureza média, são concebidas com grande resistência,
desgaste razoavelmente baixo e não necessitam da aplicação de excessiva
pressão sobre o pedal, para se obter uma travagem eficiente. Este é o tipo
de pastilhas mais comum, que se encontram instaladas nos nossos veículos;
o coeficiente de atrito é estável mesmo num leque bastante largo de
temperaturas, originando uma travagem bastante uniforme. Não provocam
grande desgaste dos discos e têm uma duração superior em cerca de 30 a
50%, relativamente às pastilhas macias.
Tipos de Travões

Formador: Fernando Oliveira Ação: 21309/16 105


As pastilhas duras demoram mais a atingir a sua potência de travagem
máxima, porque são concebidas para trabalhar a temperaturas muito
elevadas. São normalmente utilizadas em veículos sujeitos com muita
frequência a grandes travagens (fortes acelerações seguidas de fortes
travagens em curtos espaços em automóveis de modelo desportivos ou
veículos de competição). Com estas pastilhas é exigida ao condutor a
aplicação de uma maior pressão sobre o pedal para obter uma travagem
eficiente
Tipos de Travões

FIM

Formador: Fernando Oliveira Ação: 21309/16 106

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