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PRIMEIROS SOCORROS

BÁSICOS

Formadora: Lígia Vilaça


HIGIENE E SAÚDE
• Saúde é “o estado de completo bem-estar físico, mental
e social e não apenas a ausência de doença”. (OMS,
1948)
• Factores determinantes da condição de saúde:
– Biológicos (idade, sexo, características individuais, meio físico)
– Meio socio-económico e cultural (níveis de ocupação, acesso à
educação formal, hábitos e formas de relacionamento, etc.)
• São poucos os determinantes da condição de saúde que
não podem ser modificados por nós através da adopção
de estilos de vida saudáveis.
TEORIA DAS NECESSIDADES
BÁSICAS (Virgínia Anderson, 1956)
• As necessidades encontram-se inter-relacionadas,
sendo que a satisfação de qualquer uma delas difere de
pessoa para pessoa, variando com os factores
psicológicos, sociais e culturais e com a percepção do
indivíduo. As 14 necessidades são:
– Respirar normalmente
– Comer e beber adequadamente
– Eliminar os resíduos corporais
– Mover-se e manter posturas correctas
– Dormir e descansar
– Vestir-se e despir-se, seleccionando o vestuário adequado
TEORIA DAS NECESSIDADES
BÁSICAS (Virgínia Anderson, 1956)
– Manter a temperatura corporal, adaptando o vestuário e
modificando o ambiente
– Manter a higiene e protecção da pele
– Evitar perigos ambientais e impedir que prejudiquem os outros
– Comunicar com os outros, expressando emoções,
necessidades, receios e opiniões
– Viver segundo crenças e valores
– Trabalhar de forma a obter realização e satisfação
– Praticar desporto ou participar em diferentes actividades
recreativas
– Aprender, descobrir ou satisfazer a curiosidade que conduz ao
desenvolvimento normal e à saúde utilizando os meios
disponíveis.
TEORIA DA HIERARQUIA DAS
NECESSIDADES (Maslow, 1943)
• Na teoria da motivação, as
necessidades humanas estão
organizadas e dispostas em
níveis, numa hierarquia de
importância e de influência,
numa pirâmide, em cuja base
estão as necessidades mais
baixas (necessidades
fisiológicas) e no topo, as
necessidades mais elevadas
(as necessidades de auto-
realização).
HIGIENE INDIVIDUAL
• A higiene é o conjunto de meios para manter as
condições corporais favoráveis à saúde.
• Higiene refere-se ao estado geral de limpeza do corpo e
da roupa das pessoas, incluindo, também, a postura no
dia-a-dia, o sono, o repouso e a prática de actividade
física.
• Os hábitos de higiene diários incluem não só a lavagem
corporal mas também o tipo de alimentação, vestuário e
calçado, a postura no dia-a-dia, as horas de sono diárias
e a prática de exercício físico.
HIGIENE CORPORAL
• A higiene corporal compreende as medidas que
asseguram a limpeza do corpo em geral, e os
cuidados específicos de certas zonas corporais.
• Tem como objectivo eliminar os restos de
células envelhecidas do revestimento cutâneo,
suores e outras secreções corporais, poeiras e
outras sujidades, maus odores e prevenir
doenças.
HIGIENE CORPORAL
• A protecção do corpo e a manutenção da saúde são
também asseguradas através do vestuário e do calçado,
pois são eles que protegem o organismo contra as
variações de temperatura, exposição ao sol e outros
factores que agridem o corpo.
• O vestuário e o calçado devem ser confortáveis para
permitir uma boa postura. Também devem estar sempre
limpos, principalmente as peças que entram em
contacto directo com a pele – roupa interior.
LAVAGEM DAS MÃOS
• Como lavar as mãos:
– Molhar muito bem as mãos e antebraços com
água corrente, quente e potável;
– Ensaboar bem as mãos com o sabão líquido,
lavando bem os espaços interdigitais, as
palmas das mãos, os polegares e os
antebraços, através da técnica palma com
palma e palma com dorso;
– Lavar as unhas com escova própria, se
necessário (que deverá ser rejeitada entre as
utilizações);
– Passar por água corrente, quente e potável
para remover todo o sabão;
– Secar as mãos com toalhetes de papel
descartável
DOENÇAS RELACIONADAS COM
DEFICIENTE HIGIENE CORPORAL
• Além de fundamental para o intercâmbio social, a higiene do corpo é
também importante para a saúde. Inúmeras doenças, principalmente da
pele, DERMATOSES, FOLICULITES, e MICOSE DE PRAIA, por exemplo,
decorrem de falta de higiene.
• A pele está sujeita a uma grande quantidade de doenças como resultado
da falta de asseio agravada por factores ligados à idade, ao sexo, ambiente
habitacional, trabalho e transporte, e outras condições.
• As dermatoses encontradas são principalmente as piodermites, que são
infecções inflamatórias directamente provocadas por bactérias nas diversas
camadas da pele, além de certas verminoses e micoses. Resultam de
contágio e são transmissíveis por contacto, sendo mais frequentemente
incidentes durante a época mais quente e húmida do ano.
HIGIENE ORAL
• A Higiene Oral é considerada a melhor forma de prevenção de cáries e
outros problemas dentários e das gengivas, além de ajudar a prevenir o mau
hálito.
• A lavagem dos dentes e da boca tem como objectivo a remoção de restos
alimentares após a refeição para prevenir problemas da boca, assim como
para melhorar o sabor dos alimentos e prevenir o mau hálito. Por estes
aspectos a lavagem dos dentes, boca e língua deve ser efectuada após
acordar, após cada refeição e antes de dormir.
• Para a higienização dos dentes, boca e língua deve usar-se uma escova
adequada às características individuais da boca em termos de dimensão e
resistência, um dentrífico adequado, fio dentário e um elixir e deve proceder-
se à lavagem de todas as superfícies dentárias e da língua durante 2 a 3
minutos.
• Deve procurar-se um dentista regularmente, preferencialmente uma vez/ano.
SAÚDE E ALIMENTAÇÃO
• A alimentação e os hábitos alimentares influenciam
o estado de saúde de um indivíduo, pois os
alimentos são constituídos por nutrientes essenciais
para as funções vitais do nosso organismos.
• Esses nutrientes são as vitaminas e sais minerais,
os hidratos de carbono, as proteínas e os lípidos.
• Existem dois aspectos da alimentação que são
importantes e devem ser considerados: a qualidade
e quantidade.
SAÚDE E ALIMENTAÇÃO
• A alimentação deve ser variada e equilibrada e
estar associada a um estilo de vida activo.
• O sedentarismo e a alteração nos padrões e
hábitos alimentares com recurso a alimentos e
refeições pré-confeccionadas são factores
condicionantes para a prevalência de obesidade
e de doenças associadas como as doenças
cardiovasculares e cancro.
RODA DOS ALIMENTOS
• A Roda dos Alimentos Portuguesa foi
criada em 1977 para a Campanha de
Educação Alimentar “Saber comer é saber
viver” mas a evolução dos conhecimentos
científicos e as diversas alterações na
alimentação dos portugueses levaram à
construção da sua nova imagem.
RODA DOS ALIMENTOS
• É composta por 7 grupos de alimentos
de diferentes dimensões cujo tamanho
indica a proporção de peso com que
cada um deles deve estar presente na
alimentação diária:
– Cereais e derivados, tubérculos – 28%
– Hortícolas – 23%
– Fruta – 20%
– Lacticínios – 18%
– Carnes, pescado e ovo – 5%
– Leguminosas – 4%
– Gorduras e óleos – 2%
RODA DOS ALIMENTOS
• Cada um dos grupos apresenta funções e
características nutricionais específicas, pelo que todos
eles devem estar presentes na alimentação diária, não
devendo ser substituídos entre si.
• Dentro de cada grupo estão reunidos alimentos
nutricionalmente semelhantes, podendo e devendo ser
regularmente substituídos uns pelos outros de modo a
assegurar a necessária variedade.
• A água, imprescindível à vida, encontra-se no centro da
Roda para realçar a sua importância e aconselhar o seu
consumo abundante (entre 1,5 e 3 litros por dia).
RODA DOS ALIMENTOS
• De uma forma simples, a nova Roda dos Alimentos
transmite as orientações para uma Alimentação
Saudável, isto é, uma alimentação:
– completa - comer alimentos de cada grupo e beber água
diariamente;
– equilibrada - comer em maior quantidade os alimentos que se
encontram nos grupos maiores e em menor os que se
encontram nos grupos menores, cumprindo o número de
porções recomendado; e
– variada - comer alimentos diferentes dentro de cada grupo
variando diariamente, semanalmente e nas diferentes épocas do
ano.
HIGIENE ALIMENTAR
• A Higiene Alimentar compreende não só uma
alimentação completa, variada e equilibrada, mas
também que cumpra as regras de armazenamento,
higienização e preparação dos alimentos, a sua correcta
confecção e a posterior conservação.
• Algum erro numa destas etapas pode ser prejudicial
para a saúde do indivíduo. Devido a este aspecto,
actualmente, há entidades que regulamentam este
sector.
REFEIÇÕES VARIADAS
• Tendo em conta o atrás exposto para uma alimentação de
qualidade devemos:
– Seleccionar os alimentos adequados e variados e confeccioná-los de
forma a não alterar e aproveitar as suas propriedades;
– Durante a preparação e confecção dos alimentos devemos ter atenção
à sua descontaminação e prevenir a sua contaminação. Para evitar
esta última deve-se preparar os diferentes alimentos crus e cozinhados
em recipientes diferentes;
– As quantidades alimentares a cada refeição devem respeitar as
proporções da Roda dos Alimentos, ao longo das várias refeições do
dia (de preferência 6 refeições diárias fraccionadas);
– Preferencialmente a ingestão de água deve ser entre as refeições e
devem evitar-se refrigerantes à refeição. Bebidas alcoólicas devem ser
ingeridas com moderação e preferencialmente à refeição.
ERROS ALIMENTARES
• Os principais erros alimentares
prendem-se com 3 aspectos:
– Selecção dos alimentos
– Confecção dos alimentos
– Padrão alimentar
HIGIENE SEXUAL
• A higiene sexual pressupõe não só a higiene da
região genito-urinária, assim como,
comportamentos sexuais saudáveis.
• A multiplicidade de parceiros numa relação
sexual sem medidas preventivas de doenças
sexualmente transmissíveis (DST) incorre numa
higiene sexual inadequada e em riscos para a
saúde individual.
HIGIENE SEXUAL – PREVENÇÃO

• Higiene feminina e masculina diárias e


adequadas às necessidades individuais e
circunstanciais.
• Manutenção de um parceiro sexual.
• Consulta regular com Ginecologista ou
Urologista para vigilância adequada.
• Uso de preservativo na relação sexual.
VIGILÂNCIA DA SAÚDE SEXUAL

• A vigilância da saúde sexual deve ter igual


importância tanto para o homem como
para a mulher. As medidas preventivas
necessárias são:
– Auto-exame da mama e testículo
– Vigilância dos órgãos sexuais secundários
– Planeamento familiar
HIGIENE MENTAL
• A Higiene Mental compreende o equilíbrio físico,
psicológico, emocional e espiritual do organismo.
• A adopção de estilos de vida saudáveis que respeitem o
ritmo, resistência e exigências de cada indivíduo são
essenciais para uma correcta higiene mental.
• A saúde mental está muito relacionada com a saúde
física e uma correcta gestão dos compromissos e
cumprir com as horas de sono e repouso são essenciais
para a manutenção de uma saúde física e mental.
DOENÇA MENTAL
• A mente é uma entidade do organismo humano que o
comanda e se existir algum desequilíbrio em alguma das
partes ocorre uma doença física ou mental.
• As perturbações da saúde mental (psiquiátricas)
compreendem as alterações do pensamento, das
emoções e do comportamento. Estas perturbações são
causadas por interacções complexas entre
circunstâncias físicas, psicológicas, socio-culturais e
hereditárias.
ETIOLOGIA DA DOENÇA
MENTAL
• A doença mental e comportamental possui etiologia variada, indo
desde os factores orgânicos aos essencialmente psicológicos.
• O trabalho só foi reconhecido, de forma mais efectiva, como
passível de associação com doença mental, nas últimas três
décadas, principalmente com o crescimento da Ergonomia.
• O diagnóstico da doença mental é difícil, principalmente na sua
relação com o trabalho, devido à sua natureza multifactorial; à maior
observância de sintomatologia física em relação com outras
patologias, que não psiquiátricas; e à não aceitação por parte do
doente da sua situação e reconhecimento que necessita de ajuda e
a procure.
ETIOLOGIA DA DOENÇA
MENTAL
• As causas da doença mental na sua relação ao
trabalho prendem-se com o ambiente e as
condições de trabalho.
• Portanto podemos supor que o ambiente e
condições de trabalho também devem influir no
comportamento das pessoas e, por conseguinte
influenciar as relações interpessoais e
supostamente os resultados das empresas em
todos os sentidos.
FACTORES DE RISCO
• Os factores de risco para a doença mental
relacionados com o trabalho são:
– Condições de trabalho (riscos químicos, físicos e
ergonómicos)
– Organização do trabalho (horário, tarefas, qualidade
e produtividade no trabalho)
– Gestão inadequada do pessoal
– Insegurança no emprego (risco de desemprego)
– Violência no trabalho (física e psicológica).
AMBIENTE DE TRABALHO E
SAÚDE
• A Higiene do Trabalho está relacionada com as condições ambientais de
trabalho que asseguram a saúde física e mental e com as condições de
bem-estar das pessoas.
• Do ponto de vista de saúde física, o local de trabalho constitui a área de
acção da higiene do trabalho, envolvendo aspectos ligados à exposição do
organismo humano a agentes externos como ruído, ar, temperatura,
humidade, luminosidade e equipamentos de trabalho. Assim um ambiente
saudável de trabalho deve envolver condições ambientais físicas que
actuem positivamente sobre todos os órgãos dos sentidos humanos, como
visão, audição, tacto, olfacto, e paladar.
• Do ponto de vista de saúde mental, o ambiente de trabalho deve envolver
condições psicológicas e sociológicas saudáveis e que actuem
positivamente sobre o comportamento das pessoas, evitando impactos
emocionais como o stress.
CONDIÇÕES DE TRABALHO
• As condições de trabalho são todos os condicionantes a
que o trabalhador está sujeito após um contracto de
trabalho e no decurso da sua actividade profissional e
que influenciam a sua satisfação e desempenho e saúde
no trabalho.
• As condições de trabalho estão interligadas com o
ambiente de trabalho, mas são mais abrangentes
entrando no âmbito de gestão do trabalho com vista à
melhoria da qualidade, produtividade e competitividade.
CONDIÇÕES DE TRABALHO
• Local de trabalho (todo o lugar em que o trabalhador se encontra, ou donde ou para onde
deve dirigir-se em virtude do seu trabalho, e em que esteja, directa ou indirectamente, sujeito ao
controlo do empregador)

• Horário de trabalho (fixo, flexível, nocturno, etc.)


• Remuneração (vencimento, prémios, etc.)
• Ritmo de trabalho (execução de tarefas em função do tempo)
• Organização do trabalho (revalorização profissional, etc.)
• Tipo de tarefas (monótonas e repetitivas, operações complexas, com exigências físicas,
psicológicas entre outras)

• Recursos materiais e humanos disponíveis


• Recurso a equipamento de protecção individual
• Participação em acções de formação
• Apoio e cooperação por parte dos seus colegas de trabalho
• Participação em órgãos de direcção
HIGIENE, SAÚDE E SEGURANÇA
NO TRABALHO
• Higiene do trabalho é um conjunto de normas e procedimentos que visa à
protecção da integridade física e mental do trabalhador, preservando-o dos
riscos de saúde inerentes às tarefas do cargo e ao ambiente físico onde
são executadas.
• A higiene do trabalho tem carácter eminentemente preventivo, pois
objectiva a saúde e o conforto do trabalhador, evitando que adoeça e se
ausente provisória ou definitivamente do trabalho. Os principais objectivos
são:
1 – Eliminar as causas das doenças profissionais;
2 – Reduzir os efeitos prejudiciais provocados pelo trabalho em
pessoas doentes ou portadoras de defeitos físicos;
3 – Prevenir o agravamento de doenças e de lesões;
4 – Manter a saúde dos trabalhadores e aumentar a produtividade por
meio de controle do ambiente de trabalho.
HIGIENE, SAÚDE E SEGURANÇA
NO TRABALHO
• Saúde no trabalho integra além da vigilância médica, o
controlo dos agentes físicos, sociais e mentais que
possam afectar a saúde dos trabalhadores,
representando uma considerável evolução face às
metodologias tradicionais da medicina do trabalho.
• A segurança do trabalho propõe-se combater, do
ponto de vista não médico, os acidentes de trabalho,
quer eliminando as condições inseguras do ambiente,
quer educando os trabalhadores a utilizarem medidas
preventivas.
ACIDENTE DE TRABALHO
• Acidente do trabalho é “o que ocorre
pelo exercício do trabalho a serviço da
empresa, provocando lesão corporal ou
perturbação funcional que cause a morte,
a perda ou redução da capacidade para o
trabalho, permanente ou temporária...”
DOENÇAS PROFISSIONAIS
• Doenças profissionais são aquelas que são
adquiridas na sequência do exercício do
trabalho em si.
• Doenças do trabalho são aquelas decorrentes
das condições especiais em que o trabalho é
realizado. Ambas são consideradas como
acidentes do trabalho, quando delas decorrer a
incapacidade para o trabalho.
DOENÇAS PROFISSIONAIS
• Doenças pulmonares graves, de pele, tumores ou outras
intoxicações provocadas por poeiras, por fumos e pela utilização
inadequada de certos produtos: diluentes, colas, vernizes e
pesticidas.
• Doenças resultantes da exposição ao ruído para além de certos
limites, da transmissão às vibrações ou exposição às radiações
ultra-violetas (ultravioleta – soldadura).
• Doenças osteoarticulares, se o trabalhador estiver por tempo
prolongado em posições incómodas, fizer movimentos repetitivos e
fizer movimentação manual de cargas pesadas em posição
incorrecta.
ERGONOMIA
• Ergonomia é a ciência que procura alcançar o
ajustamento mútuo ideal entre o homem e o seu
ambiente de trabalho.
• Segundo um conceito Ergonómico a execução
de tarefas deve ser feita com o mínimo de
consumo energético de modo a sobrar
"atenção" para o controlo das tarefas e dos
produtos, assim como para a protecção do
próprio trabalhador.
POSTURA
• A melhor postura será
aquela na qual os
segmentos do corpo
estejam equilibrados
numa posição de menor
tensão (esforço) e de
maior suporte
(estabilidade).
AS “MÁS POSTURAS” PODEM
PROVOCAR
CONSELHOS PARA A POSIÇÃO
DE SENTADO
• Regule a altura do assento à sua altura.
• Nunca se sente na ponta da cadeira,
chegue-se bem para trás.
• Os pés têm de ficar apoiados no chão,
evitando a compressão das massas
musculares das coxas, caso contrário utilize
o apoio para os pés.
• Regule a altura do encosto, bem como a
sua inclinação para a frente e para trás, de
modo a utiliza-lo sempre correctamente.
• O encosto permite a manutenção da
curvatura lombar, reduz a tensão muscular
e alivia a fadiga.
CONSELHOS NA POSIÇÃO DE

• Os pés devem estar orientados num
ângulo de 30º, aproximadamente,
voltados para o exterior, com os
calcanhares distantes cerca de 20 cm.
• Deve apoiar-se nos dois pés, e o peso
deve estar distribuído,
homogeneamente, por ambas as
pernas.
CONSEQUÊNCIAS DE UMA
POSTURA INCORRECTA
• A imobilização da posição de pé provoca:
– Alterações osteo-articulares: cifose dorsal, escoliose
estrutural, dores nas articulações.
– Aumento da pressão intradiscal (coluna vertebral).
– Fadiga muscular.
– Aumento da pressão venosa dos membros inferiores:
dilatação das veias das pernas, inflamação das veias
das pernas, inflamação dos vasos das pernas e
formação de trombos.
LEVANTAMENTO E
TRANSPORTE DE CARGAS
1. Levantamento de cargas
• Aproximar-se da carga.
• Manter a coluna vertebral
direita.
• Flectir os joelhos.
• Usar a força das pernas
• Procurar manter cargas
simétricas usando as duas
mãos.
• A carga a elevar deve
situar-se a 40/50 cm do
solo.
LEVANTAMENTO E
TRANSPORTE DE CARGAS
2. Transporte de cargas
• Manter a carga na
vertical.
• Manter a carga o mais
próximo possível do
corpo, a altura da
cintura.
• Usar cargas simétricas,
conservando os dois
braços estendidos.
CONSELHOS
• Para diminuir a fadiga e os acidentes de
trabalho:
– Adoptar uma boa posição de trabalho
– Usar o peso do corpo
– Usar meios auxiliares (luvas, ganchos,
cordas, correias, carros de transporte, etc.)
– Trabalhar em equipa
PLANO NACIONAL DE
VACINAÇÃO
Importância do seu cumprimento
VACINAÇÃO
• A vacinação é uma forma de fortalecer o organismo
contra determinadas infecções.
• Em Portugal, administram-se vacinas desde o início do
século XIX, designadamente a anti-variólica, mas foi
apenas a partir de 1965, com a criação do Programa
Nacional de Vacinação (PNV) que os ganhos em saúde
foram significativos.
• Tem como objectivo, para além da prevenção individual,
o controlo ou mesmo a erradicação das doenças
evitáveis pela vacinação da comunidade.
ESQUEMA DE VACINAÇÃO

• Em 2006:
– VIP – substituição da vacina oral contra a poliomielite (vírus vivo atenuado) pela vacina injectável (vírus inactivado).
– DTPa – substituição da vacina de "célula completa" contra a tosse convulsa (DTP) pela vacina "acelular" (DTPa), que origina menos efeitos
colaterais.
– O novo PNV inclui ainda duas vacinas tetravalentes (DTPaHib e DTPaVIP) e uma vacina pentavalente (DTPaHibVIP), que permitem reduzir o
número total de inoculações ("injecções").
– Inclusão no PNV da vacina contra a doença invasiva por Neisseria meningitidis do serogrupo C − Meningite C (MenC)
• Em Setembro de 2008 será incluída no PNV uma vacina contra infecções pelo Vírus do Papiloma Humano (VPH). Esta vacina será
aplicada a raparigas a partir dos 13 anos de idade
IMPORTANTE
• O cumprimento do PNV é uma medida de saúde
individual e colectiva que ajuda no combate a
várias doenças infecciosas.
• No ingresso ao mundo do trabalho é importante
apresentar o Boletim de Vacinas em dia.
• Na idade adulta, a vacina que se mantém é a
vacina contra o tétano (10 em 10 anos) e a
vacina da gripe sazonal (anualmente), ou outras
vacinas que sejam incluídas no PNV.
HIGIENE E LIMPEZA DA
EMBARCAÇÃO
HIGIENE E LIMPEZA DA
EMBARCAÇÃO
• As embarcações têm características e funções
específicas que levam a cuidados de higiene e limpeza
com vista à manutenção da Saúde Pública.
• As características de uma embarcação que propiciam
problemas de Saúde Pública são:
– Local de trabalho de grande grupo de pessoas;
– Construção de madeira ou metal, com deficiente iluminação em
alguns locais, humidade e frio noutros, exposição ao sol, etc.;
– Locais de armazenamento de alimentos;
– Ligações transfronteiriças;
– Permanecerem longos períodos de tempo a navegar.
HIGIENE E LIMPEZA DA
EMBARCAÇÃO
• A sua importância para a Saúde Pública,
no que respeita às suas funções são:
– Transporte de cargas e passageiros;
– Pesca e preparação, armazenamento e
transporte do pescado;
– Turismo e lazer.
ACTIVIDADES DO MARINHEIRO
DE TRÁFEGO LOCAL
• O Marinheiro/a de 2ª Classe do Tráfego Local é o/a profissional que executa diversas
tarefas necessárias à condução, limpeza e conservação de embarcações marítimas
de navegação interior, nomeadamente, rebocadores, barcaças e batelões, bem
como as tarefas relacionadas com o transporte e conservação de mercadorias a
bordo:
– Governa a embarcação, segundo instruções recebidas e tendo em conta os equipamentos
de navegação, as sinalizações e o estado das águas;
– Participa no abastecimento da embarcação com materiais e combustíveis e colabora no
embarque, arrumação e desembarque de mercadorias;
– Procede à limpeza e conservação da embarcação e respectivo equipamento executando
reparações simples, sempre que necessário;
– Zela pela segurança da embarcação e dos passageiros, quando for caso disso, fiscalizando
as mercadorias transportadas e verificando os sistemas de salvamento e a aparelhagem de
extinção de incêndios;
– Amarra e desamarra, de acordo com instruções recebidas, a embarcação quando da
acostagem e desacostagem e opera o equipamento de fundear;
– Executa trabalhos de marinharia e arte de marinheiro, manejando cabos e cordas;
Comunica superiormente os acontecimentos não habituais, elaborando eventualmente
relatórios.
CONCEITOS
• Limpeza: consiste na remoção de sujidade visível dos
artigos por meio de acção mecânica, e no estado de
asseio dos artigos e de superfícies, reduzindo a
população microbiana no ambiente, mediante a
aplicação de processos químicos, mecânicos ou
térmicos, num determinado período de tempo.
• Desinfecção: é um processo de destruição de
microorganismos patogénicos, na forma vegetativa,
presente em superfícies inertes, mediante aplicação de
agentes físicos e químicos.
CONCEITOS
• Desinfestação: é qualquer processo físico ou químico
por meio do qual se destroem ou eliminam animais
sinantrópicos, causadores de doenças, que se
encontram no corpo de uma pessoa, na roupa, no
ambiente ou em animais domésticos.
• Desinsetização: é a operação praticada para controlar
ou eliminar insectos em todas as formas evolutivas.
• Vectores: é a designação dada aos animais que
transmitem doenças ao ser humano através dos seus
dejectos.
CONTROLO DE ROEDORES
• As diferentes fases contidas no processo de controlo de roedores são:
– Inspecção: consiste na inspecção da área a ser controlada, levantando-se
informações e dados a respeito da situação encontrada, para melhor conhecer e
orientar as medidas que virão à seguir.
– Identificação: consiste na identificação da(s) espécie(s) infestante(s), o que
fornecerá, através do conhecimento de sua biologia e comportamento,
orientações a respeito do controle a ser estabelecido.
– Medidas Correctivas e Preventivas (Anti-Ratização): é o conjunto de medidas
que visam dificultar ou até mesmo impedir a penetração, instalação e a
proliferação de roedores. Basicamente, compreende a eliminação dos meios
que propiciem aos roedores acesso ao alimento, abrigo e água.
– Desratização: é o conjunto de medidas empregadas para eliminar roedores, por
métodos mecânicos (ratoeiras e gaiolas), biológicos (por exemplo, gatos, outros
animais predadores e utilização de bactérias letais aos roedores) ou químicos
(uso de raticidas).
INSPECÇÃO SANITÁRIA
• Inspecção Sanitária: é a investigação no
local, da existência ou não, de factores de
risco sanitário, que poderão produzir
agravo à saúde individual ou colectiva, e
ou ao meio ambiente, incluindo a
verificação de documentos.
ACTIVIDADES DA AUTORIDADE
DA SAÚDE
• À autoridade de saúde compete executar as seguintes
actividades de vigilância e inspecção nas embarcações:
a) Visitas de saúde e concessão de livre prática às
embarcações ou navios;
b) Inspecção e certificação de navios relativas a
desratização, desinsectização e estado sanitário de
embarcações ou navios;
c) Desembaraço de saúde e de sanidade de
embarcações ou navios.
(Artigo 51º do Decreto-Lei n.º 273/2000 de 9 de Novembro)
PROCEDIMENTOS
• A desinfecção, a desinfestação, a desratização e as demais
operações sanitárias deverão ser praticadas:
a) sem ocasionar incómodo desnecessários às pessoas sem nenhum
dano à saúde das mesmas;
b) sem acarretar avarias nas estruturas dos barcos nem na sua
maquinaria e equipamentos;
c) sem dar lugar a nenhum risco de incêndio.
• Quando essas operações forem praticadas sobre cargas,
mercadorias, bagagem, contentores e outros objectos adoptar-se-
ão as precauções para evitar qualquer acidente.
• Deverão ser adoptados, quando existentes, procedimentos e
métodos recomendados pela Organização.
PROCEDIMENTOS
• À chegada de uma embarcação infectada ou suspeita
de infecção, a autoridade sanitária poderá aplicar as
seguintes medidas:
a) desinsetização e vigilância de qualquer suspeito por um
tempo máximo de seis dias a partir da data da chegada;
b) desinsetização e, caso necessário, desinfecção
i. da bagagem das pessoas infectadas ou suspeitas, e
ii. de todos os demais objectos, como peças usadas de roupa
branca ou roupa de cama, e de qualquer parte da embarcação
que considere contaminada.
PROCEDIMENTO
• O processo de desinfecção, desinfestação e
desratização deve ser prestado por entidades
especializadas e licenciadas para e em portos
qualificados para o procedimento.
• Após o processo será emitido um certificado válido por 6
meses e prorrogado até mais 1 mês. Quando se
verifique pelas autoridades competentes o não
cumprimento destas orientações será executado o
procedimento no porto que se encontre.
BIBLIOGRAFIA
• ASSOCIAÇÃO EMPRESARIAL DE PORTUGAL
– Manual de Formação: Higiene e Segurança no
Trabalho.
• DECRETO–LEI N.º 273/2000 de 9 de
Novembro. Diário da República I Série–A, n.º
259.
• PORTAL DE SAÚDE PÚBLICA –
[www.saudepublica.web.pt/index.html].

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