Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Automotiva
Série Automotiva
Repintura
Automotiva
Série Automotiva
Expediente
Firjan – Federação das Indústrias do estado do Rio de Janeiro
Presidente
Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira
Repintura Automotiva
Ficha Técnica 2008
Coordenação
Vera Regina Costa Abreu
Elaboração
Docentes do CFP de Niterói
www.firjan.com.br
Av. Graça Aranha, 1
Centro, Rio de Janeiro
Repintura
Automotiva
Série Automotiva
Sumário
Repintura Automotiva
Sistema de Pulverização
por Sucção
Sistema de Pulverização por Sucção
13
Repintura Automotiva
As partes que compõem a pistola podem ser visualizadas na fig. 2, a seguir apresentada.
1. anel de retenção
2. copa de ar
3. conjunto do bico de fluido
4. desviador
5. parafuso prisioneiro do gatilho
6. parafuso do gatilho
7. válvula de ajuste do leque
8. agulha do fluido
9. mola
10. gaxeta
11. bulha
12. parafuso de ajuste da agulha
13. corpo da pistola
14. parafuso de Allen
15. niple de entrada de ar
16. gatilho
17. bucha
18. gaxeta
19. niple de entrada de fluido
14 20. contraporca
21. conjunto da válvula de ar
Este tipo de pistola leva acoplado, diretamente no seu corpo, o recipiente de material
(ver a fig. 5).
Mas pode, também, ser identificado pelo bico de fluido que se projeta ligeiramente
para fora da capa.
Para ser mantida em perfeito estado de funcionamento, a pistola deve passar por
limpeza e desobstrução das passagens de ar e de fluido logo após o seu uso. Devem-se
lubrificar as agulhas e suas gaxetas com óleo fino (SAE 10). As molas devem ser untadas
com vaselina pura. Periodicamente, ou conforme o uso, deve-se proceder à verificação
de todos os componentes, reparando-os ou substituindo os que estiverem danificados
ou desgastados.
Repintura Automotiva
Recipiente
Figura 7 - Recipiente
16
Inspecionando
PROCESSO DE EXECUÇÃO
1° passo: Limpar as peças
a. Lavá-las com redutor de segunda, usando um pedaço de pano
e uma escova apropriada.
17
b. Secar as peças utilizando ar comprimido isento de umidade.
Repintura Automotiva
3° passo: Verificar a válvula de ar
a. Examinar a pressão da mola e ver se está empenada.
b. Verificar se a haste da válvula esta empenada e se a válvula se encontra gasta
ou com fissura.
c. Verificar se a gaxeta está desgastada.
Montando a pistola
Figura 8 - Válvula de ar
19
• Lubrificar a gaxeta com óleo fino.
Repintura Automotiva
3° passo: Colocar o gatilho
a. Encaixar o gatilho na frente do ressalto da agulha e no corpo da pistola,
de modo que os furos coincidam (ver fig. 10).
4° passo: Colocar a mola e o parafuso de ajuste da agulha de fluido (ver fig. 11)
5° passo: Atarraxar o bico de fluido com a mão e apertá-lo com a chave múltipla
6° passo: Atarraxar a capa de ar, sem forçar a rosca, para não danificá-la
Testar a Pistola
PROCESSO DE EXECUÇÃO
1° passo: Preparar a pistola
a. Colocar a pistola sobre a bancada (conjunto).
b. Afrouxar o grampo da tampa do recipiente e retirar a pistola (ver fig. 12).
Repintura Automotiva
c. Encher, com água, o recipiente até a sua curva (ver fig. 13).
Figura 13 - Recipiente
Figura 15
Figura 16
Repintura Automotiva
O quadro a seguir apresenta uma síntese das etapas de operação do sistema de
pulverização por sucção estudado neste tema.
Roteiro de Trabalho
24
Decapagem
de Pintura
Decapagem de Pintura
Para executar esse tipo de serviço, o profissional deve ter sempre à sua disposição
os equipamentos e materiais básicos a seguir relacionados.
Acessórios de Segurança
Óculos, máscara, luvas e avental são essenciais para proteger a saúde do profissional
contra os riscos existentes tanto nos produtos da pintura, quanto no processo de remoção
dos diversos tipos de tinta.
Repintura Automotiva
Óculos e máscara
Figuras 1 e 2
Deve-se usá-la sempre que se
manuseiam a lixadeira e produtos
químicos, ácidos ou cáusticos,
ou quando se remove a pintura
por meio de raspagem, para evitar
ser atingido por fragmentos
nos olhos.
28
Quando a máscara é usada apenas contra a pulverização, o filtro deve ser substituí-
do sempre que se encontre impregnado de partículas que dificultem a respiração. Sendo
a máscara usada contra emanações, o filtro de material ativado (cápsula) deve ser
substituído segundo as recomendações do fabricante.
Sua principal finalidade é proteger tanto as mãos quanto a parte do corpo, até a
29
altura dos joelhos, dos produtos da pintura e, especialmente, da remoção, quando se
usa o processo químico.
Esses equipamentos devem ser rasgados ou perfurados. Para serem conservadas,
as luvas devem ser bem lavadas e secas. É recomendável pulverizá-las com talco, ao
serem usadas e guardadas.
São os pincéis, raspadores e escovas de aço, que servem para retirar as pinturas das
superfícies, e as espátulas, que, além disso, são usadas para efetuar o emassamento,
geralmente nas repinturas.
Embora não seja uma ferramenta típica do pintor, a lima também costuma ser
utilizada com freqüência, para retificar a espátula.
Repintura Automotiva
Pincéis e Trinchas
30
As trinchas são normalmente retangulares, e seu tamanho é relacionado com a lar-
gura dos tipos, que varia de 25mm a 50mm (1’’ a 2’’). Seus pêlos podem ser da mesma
origem e qualidade dos pincéis, porém podem, ainda, ser classificadas, pela espessura
do tufo, em:
• simples;
• meia-dupla;
• dupla;
• tripla;
• quádrupla.
As espátulas são lâminas de aço temperado, flexíveis e que podem ter ou não cabo.
Servem para raspagem ou emassamento em pintura. O cabo pode ser de madeira
ou de plástico. A lâmina é lisa e tem o gume com o chanfro arredondado de um só lado.
As de cabo plástico são mais leves e com lâminas de maior flexibilidade, sendo mais
apropriadas para o emassamento de superfícies planas. O tamanho das espátulas varia
de acordo com a largura da lâmina, que pode ser de 12mm a 30mm. Espátula sem cabo
é uma lâmina de aço com dois cantos arredondados que formam as costas (fig. 9).
Figura 9 - Espátula
É normalmente mais flexível que a espátula de cabo e, por isso, mais adequada ao
emassamento de superfícies curvas.
Repintura Automotiva
O gume é chanfrado como na espátula de cabo, e o tamanho varia de acordo com
a largura da lâmina, que vai de 100mm a 300mm (4” até 12”). As espátulas devem ser
mantidas limpas e recobertas com uma película de óleo, para evitar a ferrugem.
O gume das espátulas deve ser retificado e afiado periodicamente com lima murça.
Lima murça
Figura 10 - Lima
32
Existe grande variedade de limas quanto à forma, tamanho e picado. Este último
pode, ainda, ser simples ou cruzado. E, dependendo do número de dentes por centímetro,
as limas podem ser denominadas bastardas ou murças.
Figura 11 - Raspador
33
Escova de aço
• com cabo;
• sem cabo.
Repintura Automotiva
Servem para remover restos de pintura, especialmente nas reentrâncias, onde outras
ferramentas não têm acesso. Também são utilizadas para a remoção das camadas mais
grossas da oxidação das superfícies metálicas. Para manter as escovas em bom estado
de uso, não se deve pressioná-las demasiadamente, para não empenar os fios. Também
devem ser limpas e secas, ao terminar a operação, para evitar que se oxidem.
Removendo a Pintura
Figuras 15 e 16
c. Raspar com movimento para a frente, fazendo pressão com o raspador
sobre a pintura, e retornar sem fazer pressão. O ritmo da raspagem deve
ser de quarenta golpes por minuto aproximadamente.
d. Evitar riscar a superfície.
São dissolventes, como a nafta, benzina, querosene, redutor e álcool, que se usam
com a estopa, para eliminar gorduras e restos de tinta: o espanador, usado para retirar 35
a poeira e restos sólidos, e o estilete, para desobstruir os orifícios dos equipamentos de
pulverização.
Dissolventes
São líquidos – e alguns, como a nafta, a benzina e o querosene, são derivados do
petróleo – que dissolvem as graxas e óleos. O álcool é de origem vegetal e serve para a
limpeza de pequenos engorduramentos, como os deixados pelas mãos nas superfícies
em fase de pintura.
O redutor, originado de acetatos, oxida as gorduras, eliminado-as totalmente,
sendo, por isso, essencial na limpeza das superfícies a pintar.
Repintura Automotiva
Estopa
É de origem vegetal e se obtém do aproveitamento de fios e tecidos, formando um
aglomerado. Quando os fios são selecionados e alvejados, obtém-se a estopa de primei-
ra qualidade. Quando não, a estopa é de segunda qualidade e apresenta fios de origem
diferente, com tinturas diversas e até mesmo corpos estranhos.
Emprega-se na limpeza de modo geral, podendo-se esfregá-la a seco ou com
dissolventes nas superfícies a limpar. Por razões econômicas, a limpeza “grossa” deve ser
feita com estopa de segunda, e as demais aplicações com estopa de primeira qualidade,
especialmente quando se tratar de limpeza para acabamento.
Estiletes
Podem ser de madeira, náilon ou metais macios, e servindo para desobstruir os ori-
fícios ou passagens de fluido e de ar dos equipamentos de pintura. Deve-se, para isso,
escolhê-los com o diâmetro apropriado para cada orifício.
Espanadores
Constituídos de um corpo de madeira leve e roliça com cerdas implantadas.
36
Figura 17 - Espanador
Usados para retirar a poeira e os restos sólidos resultantes da remoção das pinturas,
servindo apenas como auxiliares nas limpeza em geral.
PROCESSO DE EXECUÇÃO
1° passo: Aplicar o removedor, com uma trincha de pêlo comum, sobre a pintura
Figura 18
37
Repintura Automotiva
3° passo: Neutralizar o removedor, friccionando uma estopa embebida
em nafta sobre a superfície
Removedor líquido
Composto de álcool, acetona, acetato de anila ou parafina ou cera, para reduzir a
evaporação.
Emprego
Serve para dissolver e remover os produtos da pintura.
Características
Líquido de cheiro ativo, altamente inflamável e volátil.
Condições de uso
Aplica-se com a trincha sobre as superfícies pintadas, deixando atuar por 15 a 20
minutos, após o que se retira a pintura com o auxílio de espátula.
Desoxidantes líquidos
São ácidos e dissolventes enérgicos apropriados para remover a oxidação das
superfícies metálicas, evitando, assim, que ela se propague, e permitindo que os produtos
da pintura tenham efetiva aderência à chapa. Os ácidos podem ser nítrico, sulfúrico e
clorídrico (muriático).
Condições de uso
Aplicam-se preferivelmente em soluções aquecidas, sendo, por isso, mais usados
em fábricas, pois são mais eficientes, quando se faz o banho por imersão.
Os produtos conhecidos como desoxidantes líquidos são dissolventes enérgicos
à base de acetato. Empregam-se a frio, sendo aplicados com trinchas.
39
z Precaução • Ao usar qualquer desses produtos químicos, o operador
deve se proteger com luvas, avental de borracha
e óculos próprios. Deve, também, evitar a aproximação
do fogo e centelhas, no caso de desoxidante líquido.
Palha de aço
É obtida pela ação de uma ferramenta de corte sobre uma chapa de aço doce
enrolada, num processo semelhante ao torneamento. Produzem-se duas qualidades: a
grossa e a fina. A grossa é usada na remoção da película de tinta por outros meios de
remoção. Quando usada a seco, oxida-se com facilidade, perdendo suas qualidades.
Utilizada com querosene, além de ser mais eficiente, não se oxida, podendo ser guardada
para uso futuro.
A fina é usada para remover o brilho da tinta, na execução de filetes, letras, etc.,
junto à fita que isola a pintura, para permitir a boa aderência da tinta de sobreposição.
Também se usa para remover sujeiras e partículas de tinta provenientes da pulverização
nas superfícies cromadas, metais e vidros.
Repintura Automotiva
Preparação
de Superfícies
Metálicas
Preparação de Superfícies Metálicas
3 Desengordurar a superfície
4 Fosfatizar a superfície
É preciso destacar, ainda, que a preparação das superfícies metálicas requer o uso
de uma série de materiais, a seguir relacionados, para que o profissional possa executar
o trabalho de forma segura e eficiente.
Repintura Automotiva
A desoxidação é muito importante não só para impedir que a oxidação prossiga,
destruindo as partes atingidas, como também para permitir que a pintura seja durável.
PROCESSO DE EXECUÇÃO
1° passo: Aplicar o desoxidante ou ácido muriático sobre a superfície,
fazendo uso de óculos de proteção, luvas e avental de borracha
44
2° passo: Remover o desoxidante ou ácido
a. Esfregar uma porção de estopa embebida em dissolvente
sobre toda a superfície.
b. Repetir o subpasso anterior pelo menos três vezes.
Lixas
45
Repintura Automotiva
Modernamente, os grãos abrasivos são fabricados de carbureto de silício (Carbo-
rundum) ou de óxido de alumínio (Durexite e Alundum). As lixas apresentam-se em forma
de folhas, geralmente retangulares, de 27,5cm × 22,5cm, para uso manual, e discos para
uso com máquina (lixadeira), com diâmetro de 18cm ou 23cm, os quais possuem um furo
central normalizado para fixação ao flange da máquina.
Disco (Uso
Folhas (Uso Manual)
em Máquina
Lixas N° Grão
Para Madeira Para Metais De Água Remoção
600
Tintas Fino
500
Surfacers
400
Vernizes
380
360
320
Aplainamento 380
46
de massa 280
rápida 240
220
Aplicações
180
120
Aplainamento 100
Madei crua de massa 80
e tintas sintética 60
50
40
Desoxidação 36 Oxidação
Aplainamento e outros usos 24 de metais
de massas 20
Aplainamento 16 Pintura sobre
de massa plástica metais
Grosso
• As lixas de água não devem ser usadas a seco, mas sempre molhadas
com água ou querosene, para melhorar seu rendimento.
• As lixas para metais podem ser usadas a seco ou molhadas com querosene.
A lixadeira elétrica é uma máquina na qual um disco abrasivo (lixa), girando em alta
velocidade, permite o lixamento rápido e eficiente nas superfícies, com o objetivo de
desoxidar ou remover a pintura.
Aqui é apresentada apenas a do tipo portátil, de disco, de uso freqüente nos serviços
de pintura.
47
Figura 4
Repintura Automotiva
O flange é acoplado ao eixo do motor por meio de um conjunto de engrenagens,
através das quais se obtêm a mudança de direção do movimento do eixo para o flange
em 90º bem como a redução da velocidade dele.
As especificações mais usuais são:
• peso 4,8kg;
O cabo elétrico não deve apresentar falhas de isolamento, devendo ter fio-terra,
para permitir ligação da carcaça à terra.
48
Prende-se nele uma tira de lixa com a mão ou por meio de ranhuras existentes
no próprio taco, de tal modo que recubra uma das faces maiores e fique com a parte
abrasiva voltada para fora.
Figura 7 - Lixador com taco de borracha Figura 6 - Lixador com taco de madeira
Repintura Automotiva
PROCESSO DE EXECUÇÃO
1° passo: Montar o disco abrasivo na lixadeira
a. Colocar a lixadeira sobre a bancada.
b. Bloquear, com a chave de boca, o eixo principal da máquina,
sob o suporte da lixa.
Figura 8
Figura 9
Figura 10
51
b. Ligar a lixadeira.
c. Lixar a superfície, movimentando a lixadeira em espiral no sentido
da rotação do disco, inclinando-a ligeiramente para o lado do avanço
e fazendo leve pressão com ela contra a chapa.
Repintura Automotiva
Lixando Manualmente
A operação de lixar caracteriza-se pela ação de friccionar com a lixa uma superfície,
desgastando-a, com a finalidade de eliminar ferrugem ou oxidação, e pinturas, bem
como aplainar e polir.
52 zAtenção • A dobra deve ser feita com a parte abrasiva para dentro.
Figuras 12 e 13
b) Friccionar a lixa sobre a superfície em movimentos de vaivém, deslocando-a
por toda a área, e lixar, até obter o resultado desejado.
zAtenção • A lixa de água deve ser usada sempre molhada com água,
podendo-se, para isso, manter uma esponja ou pano
embebido na água, aplicados sobre a superfície a lixar.
Desengordurando 53
PROCESSO DE EXECUÇÃO
1° passo: Retirar a primeira camada, esfregando com uma porção de pano seco
a superfície a ser desengordurada.
Repintura Automotiva
2° passo: Proceder ao desengorduramento
a. Esfregar a superfície com uma porção de pano embebida em dissolvente.
b. Enxugar a superfície com pano seco e limpo.
2 Desengordurar a superfície
3 Aplicar a tinta-base
4 Limpar a pistola
Repintura Automotiva
Primers – Variados Tipos e Indicações
Existem vários tipos de tinta-base, cada qual com uma aplicação distinta, adequada
ao tipo de pintura e às condições mais ou menos fvoráveis do ambiente, determinadas
por agentes químicos da atmosfera e do tempo, a que se submeterão as superfícies
pintadas.
Emprego
Além de servirem para evitar a corrosão ou oxidação dos metais, têm utilidade para
proporcionar boa adesão de outros produtos que complementem uma pintura.
As tintas-base mais usadas em repintura a pistola são primer de óxido de nitrocelu-
58
lose e sintético, cromato de zinco sintético e de nitrocelulose, bem como wash primer,
tratados mais adiante.
Características
Apresentam-se em estado líquido e viscoso. Têm cheiro idêntico ao das tintas de
acabamento da mesma base, o que as identifica. São de cores variadas e geralmente
não-tóxicas.
Características
Contém, em sua composição, óxido de ferro, e sua coloração é vermelho-óxida,
tornando-se semifosco depois de aplicado. Tem cheiro idêntico ao da acetona e não
é tóxico.
Emprego
É apropriado à aplicação sobre ferro, quando se necessita de uma repintura com
certa rapidez, sendo empregado, com muita freqüência, em repintura de automóveis,
servindo de suporte para outros produtos de base de nitrocelulose.
Condições de uso
Para sua aplicação, deve-se diluí-lo com redutor de segunda, até a viscosidade
de 12 a 15 segundos no copo Ford n.º 4, com 2,8 a 3,15kg/cm de pressão, apenas em
uma demão.
Características 59
Também apresenta, em sua composição, óxido de ferro. Tem cheiro idêntico ao do
óleo de linhaça e depois de seco torna-se fosco. Não é tóxico.
Emprego
Deve ser aplicado em superfície de ferro ou galvanizada, depois de tratada
para pintura.
Esta tinta-base oferece melhor garantia à pintura, pois, devido à sua composição,
apresenta maior aderência.
Pode servir de suporte para às tintas de acabamento de base de nitrocelulose, uma
vantagem com relação a outras tintas-base, cuja aplicação se denomina mista.
Condições de uso
Para aplicação com pistola de sucção, recomendam-se pressões entre 2,1 a 2,8kg/cm
(com viscosidade baixa), sendo a referida tinta diluída com diluente sintético, para não
perder sua propriedade.
Repintura Automotiva
O tempo de secagem superficial é de uma a duas horas e, final, de seis a oito horas.
Os primers de óxido de nitrocelulose e sintético são acondicionados em recipiente
de 0,473 litro (um oitavo de galão) e 0,946 litro (um quarto de galão), 3,785 litros (um
galão) e 18,225 litros (cinco galões).
O recipiente deve ser bem fechado e guardado em lugar fresco e seco.
Características
Pode ser de base sintética ou de nitrocelulose, apresentando-se nas cores amarela
ou verde, tornando-se semifosco depois de seco.
Emprego
É anticorrosivo e permite a aderência de outros produtos da pintura sobre o alumínio
ou ferro galvanizado.
60 Condições de uso
É de aplicação demorada, porém tem as vantagens de possuir melhor aderência e
servir de suporte a produtos de outras bases, isto é, de aplicação mista. Pode ser apli-
cado com pistola de pressão ou sucção, e, neste caso, recomenda-se a pressão de 2,1 a
2,8kg/cm. O tempo de secagem superficial é de uma a duas horas, e, final de seis a oito
horas ao ar livre.
Condições de uso
É de aplicação rápida, podendo ser aplicado pelos dois sistemas; no de pressão,
recomendam-se 2,8 a 3,5kg/cm. Seu tempo de secagem superficial é de 15 a 30 minutos,
e, final, de duas a três horas ao ar livre.
Acondicionamento
É acondicionado em recipientes de 0,473 litro a 18,225 litros.
Wash primer
É um primer de lavagem, constituído de solução de ácido fosfórico misturada, no
momento do emprego com uma tinta extremamente diluída, baseada em resina de
polivinibutiral pigmentada com tetroxicromato de zinco.
Uma vez reunidos e em contato com os metais, estes elementos produzem uma
ionização que inibe a corrosão, tornando a superfície passiva. Formam uma camada
altamente superficial aliada a permanente elasticidade de película.
Emprego
Deve ser aplicado sobre qualquer superfície metálica, substituindo com vantagem
a fosfatização.
Condições de uso
Aplica-se a pistola de sucção com 2,1 a 3,5kg/cm em uma só demão. Seca em 20
minutos ao ar, podendo ser levado à estufa a 50ºC.
Para isso, mistura-se a base com o diluente ácido na proporção recomendada pelo
fabricante, deixando a mistura uns 30 minutos em repouso. A seguir, ela deve ser empre-
gada dentro do período de vida útil de oito a dez horas, após o que não se recomenda 61
seu uso.
Em condições normais de uso, é tóxico, mas, em contacto com a pele, convém lavar
logo com água devido à ação do diluente ácido.
Acondicionamento
Os dois componentes (base + ácido) são acondicionados em separado e, assim,
podem ser armazenados por tempo indefinido.
O ácido é embalado em recipientes de vidro, e a base em lata, ambos nas medidas
de um galão ou 3.785 litros.
Repintura Automotiva
Aplicando Tintas e Vernizes – Tintabase
Primer (com Equipamento de Sucção)
PROCESSO DE EXECUÇÃO
1° passo: Diluir a tinta ou verniz
a. Abrir a lata com abridor apropriado, suspendendo sucessivamente,
em vários pontos, a tampa dela.
b. Mexer bem a tinta, até que fique homogênea.
c. Depositar uma porção da tinta ou verniz em recipiente apropriado.
d. Diluí-la, adicionando-lhe o diluente indicado e mexendo novamente.
Figura 2
Repintura Automotiva
c. Dar passadas sucessivas e semi-sobrepostas com movimentos alternado
(fig. 3).
Figura 3
64
• No manuseio de tintas, vernizes e diluentes, evitar
a aproximação do fogo e de centelhas elétricas,
por serem produtos altamente inflamáveis.
Limpando o Equipamento de Pulverização
por Sucção
PROCESSO DE EXECUÇÃO
1° passo: Limpar a capa de ar
a. Retirar a capa de ar.
b. Limpar a capa de ar, imergindo-a em diluente, e retirá-la depois de alguns
minutos.
c. Soprar a capa de ar com ar comprimido isento de umidade, e desobstruir
os orifícios com um estilete macio, se necessário.
Repintura Automotiva
Aplicação de Massa
em Superfícies
Metálicas
Aplicação de Massa
em Superfícies Metálicas
1 Desengordurar a superfície
2 Aplicar tinta-base
3 Limpar a pistola
4 Emassar a superfície
5 Aplainar a superfície
6 Aplicar o selador
7 Limpar a pistola
69
A execução segura e eficiente de cada uma dessas etapas exige que o profissional,
além do conhecimento da técnica de emassamento, também tenha à sua disposição os
itens a seguir relacionados.
Repintura Automotiva
Conhecendo as Massas para Pintura
São produtos para pintura fabricados com talco especial, secantes sólidos e líquidos,
acetatos e resinas minerais ou artificiais. A finalidade das massas é permitir eliminar as
irregularidades das superfícies a pintar.
Características
Contém, na sua composição, acetatos altamente voláteis que lhe conferem a
característica de secagem rápida.
Emprego
Aplica-se sobre o primer da mesma base, para corrigir pequenas irregularidades,
70
no máximo em quatro demãos bem-pressionadas, e no repasse (após a primeira
demão de tinta de acabamento), em duas demãos apenas.
Não é indicada como base ou enchimento de grandes irregularidades, pois tende
a apresentar rachaduras, rebaixamentos e bolhas que prejudicam a pintura.
Condições de uso
Esta massa vem pronta para a aplicação. Quando se apresenta endurecida pelo
tempo de armazenamento ou pela evaporação do solvente, adicionar pequenas
quantidades de surfacer da mesma base puro, e não os diluentes ou o primer.
O tempo de secagem, dependendo da marca e condições atmosféricas, varia de
10 a 15 minutos entre cada demão e de duas a três horas para a secagem final ao ar livre.
Conservação
O recipiente não deve ser mantido aberto, para evitar a evaporação dos compo-
nentes voláteis e o conseqüente endurecimento, devendo, por isso, ser bem fechado para
armazenamento.
Acondicionamento
Apresenta-se em embalagens de um quarto de galão, nas cores branca e cinza.
Emprego
É adequada para eliminar grandes irregularidades das superfícies. Pode ser apli-
cada em cinco ou seis demãos, bem-pressionadas, com espaços de 20 a 30 minutos.
A secagem final leva de seis a oito horas ao ar livre. Aplica-se sobre superfícies prepara-
das com primer da mesma base ou sobre as tintas de acabamento devidamente lixadas.
Condições de uso
Para ser usada, a massa sintética deve ser previamente mexida, misturando bem 71
seus componentes. Quando se apresenta endurecida devido ao prolongado tempo de
armazenamento ou a evaporação dos solventes, adicionar pequenas quantidades de
surfacer sintético puro, e não o diluente (redutor) ou primer.
Conservação
O recipiente não deve ser mantido aberto, para evitar a evaporação dos compo-
nentes voláteis e o conseqüente endurecimento, devendo ser completado com água e
vedado para armazenamento.
Acondicionamento
Apresenta-se nas embalagens de 3,785 litros, 0,947 litro e 0,473 litro, nas cores
branca, cinza-claro e cinza-escuro. Tem o cheiro característico do óleo de linhaça, o
que permite distingui-la de outras massas.
Repintura Automotiva
Massa plástica
É a massa elaborada com resinas poliéster, usada para encher as superfícies
que não sejam obrigatoriamente desamassadas (lanternadas) e apresentem grande
dificuldade de reparo.
Emprego
Substitui com vantagem o enchimento com estanho, que, além de mais caro,
exige a aplicação com calor, o que prejudica a pintura adjacente e,
posteriormente, a pintura no local de sua aplicação devido à ação corrosiva
dos desoxidantes empregados.
Esta massa, quando submetida à ação do catalisador e exposta ao ar,
transforma-se num corpo sólido e insolúvel.
Condições de uso
Para a sua aplicação deve-se calcular a quantidade necessária e adicionar
a ela o catalisador na proporção de trinta gotas (em dias quentes, vinte gotas)
para cada 100g de massa.
Conservação
Não guardar restos de massa com catalisador, nem introduzir a espátula
com ela no recipiente da massa pura.
Acondicionamento
Apresenta-se nas embalagens de 0,947 litro, trazendo uma bisnaga
do catalisador com a quantidade necessária. Deve ser guardada em lugar
fresco (menos de 25ºC) e escuro, para preservar o catalisador.
Características
Dependendo do fabricante, apresenta-se nas cores cinza-escura,
rosa e verde, cujas tonalidades, após a ação do catalisador,
tornam-se mais fortes, com exceção do cinza, que fica mais claro.
z Precaução • Tomar cuidado ao manusear o catalisador,
evitando seu contato com a boca e os olhos.
Consiste em aplicar a massa com uma espátula, espalhando-a com pressão sobre
uma superfície previamente preparada.
PROCESSO DE EXECUÇÃO
1° passo: Homogeneizar a massa
a. Abrir a lata com abridor apropriado, suspendendo a tampa sucessivamente
em vários pontos.
73
b. Mexer bem a massa, até ficar homogênea.
Figura 1
Repintura Automotiva
c. Chanfrar, arredondando o fio da espátula somente em um lado (fig. 2).
Figura 2
74
Caso I – aplicando massa sintética rápida
PROCESSO DE EXECUÇÃO
1° passo: Colocar a massa na espátula
a. Retirar uma porção de massa com a espátula de cabo.
b. Remover a massa de uma das faces, passando-a para outra face,
usando a segunda espátula.
c. Repetir o subpasso b, pressionando a massa contra a lâmina da primeira
espátula, até sentir que está mais consistente e sem cair.
Figura 3 e 4
Repintura Automotiva
3° passo: Aplicar as outras demãos, repetindo o segundo passo
76
PROCESSO DE EXECUÇÃO
1° passo: Preparar a massa
a. Retirar uma porção de massa do recipiente com uma espátula de aço
que tenha cabo e esteja completamente limpa.
b. Colocar a porção de massa sobre uma superfície completamente limpa,
plana e lisa.
c. Fazer com a espátula uma cavidade no centro da porção de massa.
d. Pingar na cavidade a quantidade de catalisador recomendada
pelo fabricante.
e. Misturar bem a massa com o catalisador, usando espátula.
77
Repintura Automotiva
Aplainamento
de Superfícies
Emassadas
Aplainamento de Superfícies Emassadas
2 Preparar a superfície
3 Aplainar a superfície
As demais ordens de execução são tratadas, com mais detalhes, ao longo do estudo
deste tema.
Repintura Automotiva
Usando as Mãos para Aplainar
Aplainar superfícies emassadas é uma operação manual que se executa com a lixa
presa a um bloco de madeira ou de borracha dura. Consiste em friccioná-la sobre uma
superfície emassada, desbastando-a, até torná-la plana.
PROCESSO DE EXECUÇÃO
1° passo: Dividir a lixa de acordo com o tamanho do lixador
2° passo: Eliminar as rebarbas da massa nas beiradas da peça,
usando uma espátula de aço com cabo, se necessário
3° passo: Colocar a lixa no bloco e segurá-la, conforme mostra a fig. 1
Figura 1
82
Selador (Surfacer)
Selador de nitrocelulose
Características
O selador de nitrocelulose apresenta-se em estado líquido e viscoso, tendo um odor
idêntico ao da acetona, e sendo de cor branca e cinza-claro ou escuro. Não é tóxico.
Emprego
O selador de nitrocelulose é também aplicado sobre a tinta-base primer sintética,
agindo como veículo de separação na pintura mista, aquela que, iniciada com sintética,
pode ter acabamento em tinta de nitrocelulose.
Pode, também, ser aplicado sobre madeira, papelão, Duratex, usando a mesma
técnica de aplicação.
Repintura Automotiva
Condições de uso
Para facilitar sua aplicação, deve ser diluído com redutor de segunda em viscosidade
de média a alta, coado, aplicado em uma demão sobre a tinta-base primer e em duas a
três demãos sobre massas com 40 a 50 libras de pressão, aguardando o intervalo de 10
a 15 minutos entre cada demão. O tempo de secagem do surfacer de nitrocelulose é de
15 a 30 minutos superficialmente e, definitivamente, de três a quatro horas.
Selador sintético
Características
O selador sintético apresenta-se em estado líquido-viscoso, tendo cheiro idêntico ao
do óleo de linhaça. É de cor branca e cinza-clara ou escura. Não é tóxico.
Emprego
Pode ser aplicado, também, como tinta-base primer sobre superfícies metálicas de
ferro ou aço, bem como madeira, papelão, Duratex e Eucatex. É mais apropriado a servir
Para pintar, utilizar tintas; para criar, usar sua imaginação. Eis, exatamente, o assunto
a ser abordado neste tema, que apresenta três tipos de tinta – suas principais característi-
cas, indicações para uso e formas de aplicação – e duas técnicas de pintura bastante
usuais, ou seja, separar cores e sobrepor tintas.
1 Desengordurar a superfície
2 Lixar o selador
87
3 Aplicar a tinta de acabamento
4 Limpar a pistola
Repintura Automotiva
A tinta de nitrocelulose é também conhecida como tinta rápida, tinta laca e tinta
duco. Sua origem e os principais componentes estão contidos no diagrama que se segue.
Emprego
Características
Condições de uso
Para aplicação com pistola de pressão, diluí-la com redutor de primeira em visco-
sidade de 16 a 18 segundos, no copo Ford no 4 (viscosidade média), com pressão de ar
de 60 a 70 libras, pressão no tanque de 18 a 20 libras, com vazão de tinta de 800ml/
minuto (200ml em 15 segundos). Aplicar sempre coada com quatro ou cinco demãos
de intervalo de 5 a 10 minutos. Pode haver uma variação de proporção quanto à
aplicação, dependendo do fabricante.
Para aplicação com pistola de sucção, esse tipo de tinta deve ser usado à pressão
de 40 a 50 libras, em quatro a cinco demãos, dependendo do poder de cobertura da
tinta. A primeira demão deve ser dada com viscosidade média. Deixar secar de 5 a 10
minutos e repassar com massa rápida se for necessário. Depois de seca e aplainada,
recobrir a massa com uma demão de surfacer, devendo esta, depois de seca e lixada,
ser recoberta com a tinta de acabamento, tendo a mesma viscosidade da primeira
demão, homogeneizando a superfície.
O diluente a ser usado, para baixar a viscosidade desse tipo de tinta de acabamen-
to, é o redutor (Thinner) de primeira ou de melhor qualidade. Na aplicação da referida
tinta, o filme torna-se, às vezes, leitoso ao secar. Tal fenômeno, geralmente chamado
“nevado”, “gelado” ou “geada”, acontece em dias úmidos ou chuvosos, quando, após a
aplicação da tinta e o conseqüente resfriamento da superfície devido à evaporação
rápida do redutor, condensa-se a umidade do ar na tinta e não sai durante a secagem 89
do filme.
Repintura Automotiva
Acondicionamento
Encontra-se embalada em recipientes de 0,473 litro, 0,946 litro, 18,722 litros, 205 litros
e 942 litros.
90
Emprego
Esse tipo de tinta é geralmente aplicado em superfícies em que não seja necessário
um acabamento aprimorado, sendo de fácil aplicação. É usada em pintura à pistola para
aplicações em coletivos, em peças e acessórios de automóveis, bem como na confecção
de filetes decorativos e letreiros. Aplica-se, também, em eletrodomésticos, mobiliário,
máquinas e utensílios industriais.
Tipos
• extra-rápido;
• martelado.
Características
Apresenta-se em estado líquido-viscoso, em várias cores e tonalidades, tendo
cheiro semelhante ao do óleo de linhaça, e sendo volátil e de secagem
relativamente lenta. Não é tóxico e não aceita retoque nem polimento.
Condições de uso 91
Para facilitar a aplicação do esmalte sintético comum e do extra-rápido,
diluí-los com diluentes especiais para sintéticos na proporção de 10 a 30%
à viscosidade de média a alta, com 30 a 40 libras de pressão, em duas
demãos, devendo a primeira ser aplicada com rapidez, somente para
“empoeirar” a superfície, a fim de evitar possível escorrimento da segunda
demão, a principal. Aplicá-los de modo convencional, com o intervalo
de 5 a 10 minutos.
Repintura Automotiva
Conservação
Guardá-lo em lugar seco e fresco. Não usando todo o conteúdo, limpar bem
o encaixe da tampa, para evitar a entrada de ar no recipiente, o que ocasiona
o endurecimento da tinta, inutilizando-a.
Acondicionamento
Encontra-se no comércio embalada em recipientes de 18,722 litros, 3,785 litros,
0,946 litro, 0,473 litro e 0,236 litro.
Martelado
Características
É de grande efeito decorativo, boa aderência, dispensando tinta-base
(primers) e emassamento. Só deve ser aplicado a pistola.
Mostra-se de dureza elevada e de alto brilho, não sendo tóxico.
Seca ao ar livre ou em estufa.
92
O esmalte sintético martelado é um tipo de fabricação moderna
especial de grande aceitação nas aplicações industriais de pintura
e repintura pulverizada. Em sua composição, são mais empregados
pigmentos metálicos de alumínio.
Condições de uso
Para sua aplicação, diluir com diluente próprio para martelado,
com 10% dele apenas, para facilitar a pistolagem e acelerar a secagem.
Usar de 40 a 50 libras de pressão e aplicar somente em uma demão
uniforme. A secagem é de 3 a 5 horas ao ar livre, dependendo
das condições atmosféricas, e na estufa, de 30 minutos.
Acondicionamento
Encontram-se embalados em recipientes de 0,946 litro e 3,785 litros.
Pintando com Tinta-base Poliéster
(Equipamento por Sucção)
Emprego
Características
Repintura Automotiva
As etapas do trabalho de pintura com tinta-base poliéster, usando equipamento de
sucção, estão relacionadas no quadro a seguir.
1 Desengordurar a superfície
2 Lixar manualmente
3 Aplicar o selador
4 Limpar a pistola
5 Lixar o selador
7 Limpar a pistola
São tiras de papel crepom, parafinado, que contêm goma em uma das faces. As fitas
adesivas também são chamadas de fitas gomadas ou fitas-cola.
Servem para delimitar as superfícies a pintar, isolando as outras, de modo que não
sejam atingidas pela pulverização ou outros produtos da pintura.
Quando se trata de grandes áreas, usa-se papel para cobri-las, fixando-o, porém,
com a fita adesiva, a qual, entretanto, deve ser aplicada de modo a prender e delimitar
a superfície a pintar.
A fita de papel crepom tem como característica principal a elasticidade no sentido
do comprimento, que lhe permite acompanhar as curvas de grandes raios num mesmo
plano (fig. 1).
Figura 1
A goma não endurece, o que permite que a fita seja retirada com facilidade e sem
prejudicar o material da superfície.
Apresenta-se em rolos de 55m, e as larguras mais usadas são 10mm, 19mm, 25mm
e 50mm. 95
A fita de papel parafinado é especial para e execução de filetes. Sua característica
principal é permitir o destacamento de pequenas faixas longitudinais correspondentes
à largura do filete que se deseja pintar (fig. 2).
Figura 2
Repintura Automotiva
Protegendo superfícies com fita adesiva
Consiste em cobrir com a fita adesiva as partes de uma superfície, quando não se
deseja que sejam pintadas, ou para permitir a sobreposição de cores em desenhos,
faixas e filetes, como pode ser visto mais adiante.
No caso das superfícies grandes, usam-se fita e papel apropriados, para simplificar
a operação.
PROCESSO DE EXECUÇÃO
1° passo: Selecionar a fita quanto à largura e qualidade adequadas
2° passo: Aplicar a fita adesiva
a. Riscar, se necessário, para fazer a divisão das cores, usando um lápis macio.
b. Desenrolar uns 5cm da fita e aplicá-la, pressionando-a com uma das mãos,
sobre o alumínio da parte a proteger.
97
Pintando com Separação de Cores
1 Fazer a separação
2 Preparar a superfície
3 Aplicar a tinta
Repintura Automotiva
É importante destacar, ainda, que o processo de separação de cores requer os
materiais a seguir relacionados.
• Produtos: pano para limpeza; álcool; lixa de água; borracha; palha de aço fina
(tipo Bombril); redutor de primeira e de segunda; tule de náilon; fitas adesivas;
papel especial; lápis preto; tinta de nitrocelulose.
Sobrepondo Tintas
PROCESSO DE EXECUÇÃO
1° passo: Desengordurar a superfície, limpando-a com pano embebido em álcool
2° passo: Fazer a marcação do desenho ou decoração com lápis macio
Repintura Automotiva
Polimento
Manual
Polimento manual
• Ferramenta: espanador.
103
Produtos de Acabamento
São os polidores e ceras que se aplicam sobre pinturas recentes ou já usadas, com
a finalidade de realçar o brilho e protegê-las contra a ação do tempo. Também se utiliza
glicerina, para proteger as borrachas e pneus, resguardando-os contra o ressecamento.
Polidores
Repintura Automotiva
A pasta fina é mais usada na recuperação ou restauração da pintura, desencar-
dindo-a e realçando seu brilho. As pastas são aplicadas por meio de algodão industrial
umedecido com querosene, para evitar o ressecamento causado pela fricção. Aplicam-se
sobre as tintas de nitrocelulose, laca acrílica e nitrossintética, podendo ser usadas, tam-
bém, para polir e limpar metal, plástico e fórmica. Encontram-se acondicionadas em
recipientes de 0,947 litro (um quarto de galão) ou 0,473 litro (um oitavo de galão) e 3,785
litros (um galão).
104 contém uma substância oleosa que, além de permitir a aplicação de cera impermeabi-
lizadora, é usada especialmente para desencardir pinturas claras. O polidor de aca-
bamento impermeabilizante, além de apresentar algumas características do tipo seco,
contém silicone, que impermeabiliza a superfície, dispensando o uso de cera. Este pro-
duto não se presta para desencardir as pinturas. Os polidores líquidos têm consistência
leitosa, devendo ser agitados antes do uso. Vêm acondicionados em recipientes de 3,785
litros (um galão), 0,947 litro (um quarto de galão) e 0,473 litro (um oitavo de galão).
Cera impermeabilizadora
É um líquido viscoso e incolor, solúvel em água, álcool e acetona, usado para evitar
o ressecamento das borrachas em geral, logo após a sua limpeza, especialmente quando
se utiliza o redutor. Usa-se diluída em álcool, na proporção de três partes de álcool e uma
de glicerina. É acondicionada em recipientes de até 120 litros.
Algodão
ou Envernizadas
Esta operação deve ser realizada com a pasta e o líquido, ou somente com este,
quando se tratar de recuperar o brilho de pinturas antigas. Executa-se tanto como fase
de acabamento da maioria das pinturas novas, quanto para conservação.
Repintura Automotiva
PROCESSO DE EXECUÇÃO
1° passo: Aplicar o polidor
a. Separar três porções de algodão com 50g cada uma aproximadamente.
b. Retirar os corpos estranhos que se encontrem no algodão.
c. Agitar bem o recipiente com o polidor, se este for líquido.
d. Colocar o polidor no algodão.
e. Friccionar o polidor sobre a superfície pintada, fazendo movimentos
de vaivém, com pequena pressão manual, em direção longitudinal
ou transversal à peça.
107
Repintura Automotiva
firjan.com.br/publicacoes
110
Firjan-SENAI