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BRASILEIRA ISO
6184-1
Primeira edição
14.05.2007
Válida a partir de
14.06.2007
ICS 13.230
ISBN 978-85-07-00462-2
Número de referência
ABNT NBR ISO 6184-1:2007
6 páginas
©ABNT 2007
ABNT NBR ISO 6184-1:2007
© ABNT 2007
Todos os direitos reservados. A menos que especificado de outro modo, nenhuma parte desta publicação pode ser reproduzida
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Impresso no Brasil
Sumário Página
Prefácio Nacional....................................................................................................................................................... iv
0 Introdução ...................................................................................................................................................... v
1 Escopo ............................................................................................................................................................ 1
2 Campo de aplicação ...................................................................................................................................... 1
3 Definições ....................................................................................................................................................... 1
4 Métodos de ensaio ........................................................................................................................................ 3
5 Interpretação dos resultados ....................................................................................................................... 6
6 Relatório do ensaio ....................................................................................................................................... 6
Prefácio Nacional
A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Fórum Nacional de Normalização. As Normas Brasileiras,
cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB), dos Organismos de Normalização
Setorial (ABNT/ONS) e das Comissões de Estudo Especiais Temporárias (ABNT/CEET), são elaboradas por
Comissões de Estudo (CE), formadas por representantes dos setores envolvidos, delas fazendo parte: produtores,
consumidores e neutros (universidades, laboratórios e outros).
A ABNT NBR ISO 6184-1 foi elaborada pela Comissão de Estudo Especial Temporária de Sistemas de Prevenção
e Proteção Contra Explosão (CEET-00:001.80). O Projeto circulou em Consulta Nacional conforme Edital nº 03,
de 30.03.2007, com o número de Projeto 00:001.80-001/1.
Esta Norma é uma tradução idêntica da ISO 6184-1:1985, que foi elaborada pelo Comitê Técnico Equipment for
fire protection and fire fighting (ISO/TC 21).
A ABNT NBR ISO 6184, sob o título geral “Sistemas de proteção contra explosão”, tem previsão de conter as
seguintes partes:
Parte 3: Determinação dos índices de explosão das misturas combustível/ar que não sejam as misturas
em pó/ar e gás/ar;
0 Introdução
0.1 A avaliação de medidas requeridas para prover proteção contra riscos de explosão envolvendo o
combustível mistura de pó/ar, requer primeiramente a determinação da severidade do potencial de explosão
destas misturas, através da mensuração dos índices de explosão. Ao contrário, a mensuração da eficiência e
desempenho dos sistemas de proteção contra explosão requer que eles sejam testados contra explosões de
severidade conhecida.
c) a homogeneidade e turbulência;
e) a geometria do recipiente;
0.2 Esta parte da ABNT NBR ISO 6184 trata de sistemas de proteção contra explosão. As outras partes são as
seguintes:
Parte 3: Determinação dos índices de explosão das misturas combustível/ar que não sejam as misturas em
pó/ar e gás/ar.
0.3 A interpretação dos índices de explosão determinados pelo método especificado nesta parte da
ABNT NBR ISO 6184 e sua relação com o desenvolvimento das explosões comumente encontrado no risco
de explosão devem ser considerados. Em particular, o grau de turbulência pode influenciar o risco
significativamente. Na prática, a ligação entre um dado grau de turbulência e um tipo de risco específico é
de responsabilidade de especialistas da área de explosões e de proteção contra explosões.
a) turbulência intrínseca na planta, sob condições normais de operação, como uma conseqüência das
perturbações dos fluxos de ar;
b) turbulência induzida por obstruções no interior de uma instalação de gás, o qual expande como o resultado de
uma explosão.
1 Escopo
Esta parte da ABNT NBR ISO 6184 especifica um método para determinação de índices de explosão de pós
combustíveis suspensos no ar em um espaço confinado. Ela fornece o critério através do qual os resultados
obtidos utilizando outros procedimentos de ensaios podem ser correlacionados para fornecer índices de explosão,
como determinado pelo método especificado nesta parte da ABNT NBR ISO 6184.
2 Campo de aplicação
Esta parte da ABNT NBR ISO 6184 é aplicável somente para a determinação dos índices de explosão pertinentes
ao desenvolvimento de explosão de pó/ar em espaço confinado após ignição dos reagentes. Não se aplica a
índices pertinentes às condições necessárias para causar a ignição dos reagentes. Se o procedimento
experimental especificado para a determinação dos índices de explosão não resultar na ignição da mistura pó/ar,
não se deve concluir que o pó em questão não pode explodir. A interpretação destes casos deve ser deixada para
os especialistas da área de explosões e de proteção contra explosões.
3 Definições
Para os efeitos desta parte da ABNT NBR ISO 6184, aplicam-se as seguintes definições.
3.1 explosão: Propagação de uma chama em uma pré-mistura de gases combustíveis, pó(s) em suspensão,
vapor(es) combustível, névoa(s), ou mesmo que misturados, em um oxidante gasoso como o ar, em um vaso
fechado, ou substancialmente fechado.
3.2 índice de explosão: Termo numérico, determinado de acordo com os métodos de ensaio especificados
nesta parte da ABNT NBR ISO 6184, o qual caracteriza a explosão contida de uma concentração específica de
reagentes em um vaso com volume de 1 m³.
NOTA A figura 1 mostra a curva pressão versus tempo, para uma explosão típica, expressa, respectivamente, em bar1) e
segundos.
3.2.1 índice de explosão pm: Máxima sobrepressão, relativa à pressão no vaso, no momento da ignição obtida
durante uma explosão.
3.2.2 índice de explosão pmáx: Máximo valor do índice de explosão pm determinado por ensaios através de
uma ampla faixa de concentração de reagentes.
1) 5
1 bar = 10 Pa.
3.2.3 índice de explosão K: Constante que define a máxima velocidade de aumento da pressão com o tempo
(dp/dt)m de uma explosão em um volume V, conforme a equação
dp 13
K V
dt m
NOTA Sob determinadas circunstâncias, esta equação não é válida para vasos com a relação do comprimento e diâmetro
maior que 2:1 ou com um volume menor que 1 m³.
3.2.4 índice de explosão Kmáx: Máximo valor do índice de explosão K, determinado por ensaios, através
de uma ampla faixa de concentração de reagentes. A violência de uma explosão é avaliada através do valor do Kmáx.
3.3 índice de turbulência: Termo numérico que caracteriza o grau de turbulência em uma condição
experimental sob a qual os índices de explosão são determinados.
3.3.1 índice de turbulência tv (retardo da ignição): Parâmetro experimental definido como o intervalo
de tempo entre o início do procedimento de dispersão do pó em um recipiente e a ativação da fonte de ignição.
Caracteriza o grau de turbulência predominante no momento da ignição.
3.3.2 índice de turbulência Tu: Razão do índice de explosão Kmáx, turbulento determinado conforme especificado
nesta parte da ABNT NBR ISO 6184 para o índice de explosão Kmáx, repouso dos reagentes em repouso. É dado
pela equação:
K máx, turbulento
Tu
K máx, repouso
Figura 1
4 Métodos de ensaio
4.1 Geral
O aparelho descrito nesta parte da ABNT NBR ISO 6184 foi escolhido como aparelho de referência e é adequado
para a avaliação dos índices de explosão dos pós combustíveis com tamanho de partículas que não excedam
63 µm e uma concentração de mistura que não exceda 10% (m/m).
NOTAS
1 Em termos práticos, pós com tamanhos de partículas maiores e/ou taxas de mistura mais elevadas podem ser avaliados
neste aparelho-padrão, desde que o pó em questão possa ser disperso efetivamente dentro da câmara de explosão.
2 A amostra em ensaio deve representar o material em uso no que se refere à distribuição do tamanho de partícula e à
concentração da mistura.
4.2 Aparelho
O aparelho é composto essencialmente de uma câmara de explosão cilíndrica com volume interno de 1 m³ e uma
proporção nominal de 1:1, como indicado na figura 2.
Um recipiente de aproximadamente 5 L é fixado à câmara de explosão, podendo ser pressurizado com ar até 20 bar.
Este recipiente possui uma válvula de abertura rápida de 19 mm (3/4”), o que permite a injeção do conteúdo do
recipiente em 10 ms com a abertura da válvula. O recipiente é conectado à câmara de explosão por meio de um
tubo de 19 mm (3/4”) de diâmetro interno constituído de tubulação em formato semicircular tipo spray (com furos
de diâmetro variando entre 4mm e 6 mm). O número de furos no tubo deve ser selecionado de tal forma que sua
área de seção transversal seja de aproximadamente 300 mm².
A fonte de ignição corresponde a dois atuadores pirotécnicos com energia total de 10 kJ, preparados para entrar
em operação após um retardo de ignição pré-fixado, correspondente ao índice de turbulência, tv, de 0,6 s. A
massa total da fonte de ignição é de 2,4 g, sendo composta de 40% de zircônio metálico, 30% de nitrato de bário e
30% de peróxido de bário. A massa total entra em ignição por meio de um eletrodo. O dispositivo de ignição deve
ser localizado no centro geométrico da câmara de explosão. Um sensor de pressão é instalado para medir a
pressão da câmara de explosão, sendo este sensor conectado a um registrador.
Figura 2
4.3 Procedimento
Colocar a amostra de pó (a massa do pó deve ser tal que possibilite obter a concentração apropriada) dentro do
recipiente de 5 L e pressurizá-lo em 20 bar. Certificar-se de que a câmara de explosão esteja sob pressão
atmosférica. Iniciar o registrador de pressão e acionar então a válvula do recipiente de amostra. Em seguida
acionar o dispositivo de ignição. Após cada ensaio, limpar a câmara de explosão, purgando-a com ar.
Repetir este procedimento para uma vasta quantidade de concentrações de pó, a fim de obter curvas de pm,
em bar, e K, em bar metro por segundo, versus concentração de pós, em quilogramas por metro cúbico, para
determinar pmáx e Kmáx, respectivamente (figura 3).
NOTA A pressão da explosão alcança seus valores máximos se a ignição ocorrer tão logo o pó esteja efetivamente
disperso dentro da câmara de explosão. Para este aparelho, esta condição é obtida com um retardo de ignição (tv) de 0,6 s.
O retardo de ignição (tv) corresponde a um nível específico de turbulência determinado pelo índice de turbulência (Tu), tendo,
portanto, sua influência no valor obtido de Kmáx. Uma vez que certa turbulência é sempre encontrada em uma suspensão pó/ar,
Tu é necessariamente maior do que 1. O efeito de se aumentar tv reflete em diminuir o valor de Kmáx, e vice-versa (figura 4).
Os índices de explosão de uma mistura pó/ar podem ser determinados utilizando-se equipamentos de ensaio
alternativos e/ou procedimentos que comprovem que a metodologia em questão apresente resultados diretos,
ou por meio de cálculos, que são proporcionais (± 20%) aos mesmos resultados obtidos, usando-se o aparelho
de 1 m³ para uma diversidade de no mínimo 5 pós das seguintes faixas de explosibilidade:
NOTA Nos casos em que o aparelho de ensaio não for usado para determinar os índices de explosão de pós dentro de
certas faixas de explosibilidade, é possível reduzir o número de pós testados nessas faixas.
Figura 3
Figura 4
Figura 5
6 Relatório do ensaio
O relatório do ensaio deverá incluir as seguintes informações:
a) natureza do pó;
g) qualquer desvio do procedimento de ensaio especificado na seção 4; tais desvios são permitidos, uma vez
que sejam relatados de maneira exata;
h) data do ensaio;