Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Alvenaria estrutural
Parte 3: Métodos de ensaio
Structural masonry
Part 3: Test methods
©ABNT2020
-VERSÃO EXCLUSIVA PARA PRÉ-VISUALIZAÇÃO-
©ABNT 2020
Todos os direitos reservados. A menos que especificado de outro modo, nenhuma parte desta publicação pode ser
reproduzida ou utilizada por qualquer meio, eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia e microfilme, sem permissão por
escrito da ABNT.
ABNT
Av.Treze de Maio, 13 - 28° andar
20031-901 -Rio de Janeiro- RJ
Tel.: +55 21 3974-2300
Fax:+ 55 21 3974-2346
abnt@abnt.org.br
www.abnt.org.br
Sumário Página
' . .
P r~ f ac:1<> ............................................................................................................................................... 1\f
1 E:!iC:()Jl() . ................ . ........ . ....... . ........ . ....... . •....... . .......•. •...... . .......•. •......•.......•. •...............•. ...... 1
Prefácio
AABNT chama a atenção para que, apesar de ter sido solicitada manifestação sobre eventuais direitos
de patentes durante a Consulta Nacional, estes podem ocorrer e devem ser comunicados à ABNT
a qualquer momento (Lei n° 9.279, de 14 de maio de 1996).
Os Documentos Técnicos ABNT, assim como as Normas Internacionais (ISO e IEC), são voluntários
e não incluem requisitos contratuais, legais ou estatutários. Os Documentos Técnicos ABNT não
substituem Leis , Decretos ou Regulamentos, aos quais os usuários devem atender, tendo precedência
sobre qualquer Documento Técnico ABNT.
Ressalta-se que os Documentos Técnicos ABNT podem ser objeto de citação em Regulamentos
Técnicos. Nestes casos, os órgãos responsáveis pelos Regulamentos Técnicos podem determinar as
datas para exigência dos requisitos de quaisquer Doc1.1mentos Técnicos ABNT.
A ABNT NBR 16868-3 foi elaborada no Comitê Brasileiro da Construção Civil (ABNT/CB-002), pela
Comissão de Estudo de Alvenaria Estrutural (CE-002: 123.01 O) em conjunto com o Comitê Brasileiro
de Cerâmica Vermelha (ABNT/CB-179). O Projeto circulou em Consulta Nacional conforme Edital n° 02,
de 20.02 .2020 a 20.04.2020.
AABNT NBR 16868-3 cancela e substitui as ABNT NBR 15812-3:2017 e ABNT NBR 16522:2016.
Esta ABNT NBR 16868-3:2020 não se aplica aos projetos de construção que tenham sido protocolados
para aprovação no órgão competente pelo licenciamento anteriormente à data de sua publicação
como Norma Brasileira , nem àqueles que venham a ser protocolados no prazo de até 180 dias após
esta data.
A ABNT NBR 16868, sob o título geral "Alvenaria estruturar, tem previsão de conter as seguintes
partes:
Parte 1 : Projeto;
Scope
This Standard specifies test methods for masonry specimens built with c/ay and concrete bricks and
blocks, including prism, sma/1 wa/1 and wa/1-compression /oad testing, and masonry specimens tested
to shear, flexural and flexural-compression loading.
Alvenaria estrutural
Parte 3: Métodos de ensaio
1 Escopo
Esta Norma estabelece os métodos de ensaio de elementos em alvenaria construídos com blocos e tijolos
cerâmicos e de concreto (prisma, pequena parede e parede), submetidos a esforços de compressão axial,
cisalhamento, flexão e flexocompressão.
2 Referências normativas
Os documentos a seguir são citados no texto de tal forma que seus conteúdos, totais ou parciais ,
constituem requisitos para este Documento. Para referências datadas, aplicam-se somente as edições
citadas. Para referências não datadas, aplicam-se as edições mais recentes do referido documento
(incluindo emendas).
ABNT NBR 5738, Concreto - Procedimento para moldagem e cura de corpos de prova
ABNT NBR 6136, Blocos vazados de concreto simples para alvenaria - Requisitos
ABNT NBR 12118, Blocos vazados de concreto simples para alvenaria - Métodos de ensaio
ABNT NBR 13279, Argamassa para assentamento e revestimento de paredes e tetos - Determinação da
resistência à tração na flexão e à compressão
ABNT N BR 15270-1 , Componentes cerâmicos - Blocos e tijolos para alvenaria - Parte 1: Requisitos
ABNT NBR 15270-2, Componentes cerâmicos - Blocos e tijolos para alvenaria - Parte 2: Métodos de
•
ensa1o
ASTM C1197, Test method for in situ measurement of masonry deformability properties using the flatjack
method
3 Termos e definições
Para os efeitos deste documento, aplicam-se os termos e definições da ABNT N BR 16868-1 .
4.1 Aparelhagem
Os corpos de prova devem ter as dimensões que os tornem representativos da estrutura real e devem
ser construídos de forma que sejam minimizadas as influências das variações das características dos
materiais e da mão de obra na resistência das paredes. Não sendo praticável reproduzir as paredes nas
suas dimensões reais, admite-se como sendo corpos de prova representativos aqueles que tenham por
dimensões mínimas 1,20 m x 2,60 m (largura x altura).
4.2.2 Parâmetros
As paredes devem ser ensaiadas aplicando-se cargas uniformemente distribuídas. Isto pode ser
conseguido em um sistema de reação como o mostrado na Figura 1, devendo ser utilizados no mínimo
dois macacos hidráulicos equiespaçados. O sistema de reação e de carregamento deve permitir a
determinação da carga de ruptura com exatidão de 3 %. O uso de um macaco único é permitido apenas
em condição especial de máquina de grande porte e assegurando a distribuição uniforme do
carregamento sobre todas as faces das paredes.
Os encurtamentos médios das paredes devem ser determinados por meio de no mínimo dois
defletômetros , com resolução mínima de 0,01 mm, instalados nas laterais da parede, conforme mostrado
na Figura 1.
Adicionalmente, nas paredes com índice de esbeltez maior que 25, deve ser instalado um defletômetro
no meio do terço superior da parede, para a determinação do deslocamento horizontal desta. Nos casos
em que o índice de esbeltez da parede é menor do que 25, a colocação deste defletômetro é opcional.
Os equipamentos descritos nesta subseção podem ser substituídos por outros que permitam pelo menos
a mesma resolução e posição de leitura.
Dimensões em centímetros
03
·C>
.'"..'
"""
1.. lb = 12\)
J w
Legenda
D defletômetro
t espessura das paredes
Quando houver necessidade do transporte do corpo de prova para a máquina de ensaio, essa operação
deve ser efetuada com as paredes na vertical , sem choques que possam comprometer a integridade do
corpo de prova.
4.3 Procedimentos
As paredes devem ser construídas em ambientes protegidos, com temperatura de (25 ± 10) oc e umidade
relativa do ar de 40% a 90 %.
As paredes devem ser construídas entre duas guias (gabaritos) e com o uso de fio de prumo e nível,
a fim de assegurar a verticalidade.
As paredes devem ser pintadas com cal para realçar as fissuras e para permitir a observação do modo
de ruptura.
Durante a construção das paredes devem ser moldados corpos de prova da argamassa de assentamento
e, se a parede for grauteada, do graute.
A argamassa pode ser colocada sobre toda a superfície útil dos componentes ou apenas nas suas faces
laterais, conforme o elemento real a ser simulado. A espessura das juntas deve ser igual a
(1 O± 3) mm , exceto em casos especiais, onde se pretende simular outras espessuras de juntas. Existindo
armaduras, elas devem ser posicionadas durante o assentamento. Recomenda-se atender a todas as
demais especificações do controle geométrico na produção da alvenaria, indicadas na
ABNT NBR 16868-2.
4.3.3 Amarração
A forma de amarração entre os blocos ou tijolos deve ser a mesma da parede que se quer simular no
laboratório. As paredes estruturais devem ser construídas com os blocos dispostos de forma a ter
-
amarraçao.
o
(3.
<(
N 4.3.4 Grauteamento
~
(f)
> Quando houver o grauteamento, efetuá-lo em etapas de altura não superior a 1,40 m e após no mínimo
' 16 h do término do assentamento dos blocos. O graute deve ser adensado com soquete metálico ou com
~
o._
vibrador apropriado. Demais procedimentos executivos devem atender à ABNT NBR 16868-2.
~ 4.3.5 Capeamento
~
(f)
3
~ As paredes devem ser capeadas conforme descrito a seguir:
~ a) a face superior da parede deve ser regularizada por meio de capeamento com argamassa de
~ resistência à compressão igual ou superior à argamassa de assentamento;
I
b) a superfície onde o capeamento é executado não pode se afastar do plano mais que 0,08 mm para
cada 400 mm;
Sobre este capeamento deve ser colocada uma chapa metálica rígida , se o ensaio for realizado em uma
prensa; ou uma viga metálica rígida de distribuição de carga, se o ensaio for realizado em um pórtico de
reação.
A disposição da argamassa de capeamento (nas paredes longitudinais dos blocos ou sobre toda a área
destes) deve seguir a mesma disposição da argamassa de assentamento.
O periodo de cura para a execução dos ensaios de paredes é de 28 dias, contados a partir do término do
assentamento ou do grauteamento, quando houver.
No entanto, havendo interesse especial, esta data pode ser alterada, visando a simulação de condições
de obra. Na mesma data, devem ser ensaiados a argamassa e o graute (ver 4.4.3 e 4.4.4).
A resistência das paredes deve ser determinada com o resultado de ensaio de no mínimo três corpos de
prova.
A resistência dos blocos ou tijolos deve ser determinada a partir de uma amostra com no mínimo treze
corpos de prova conforme a ABNT NBR 15270-2 para blocos ou tijolos cerâmicos, ou com no mínimo seis
corpos de prova conforme a ABNT NBR 12118 para blocos de concreto.
A argamassa deve ser moldada e ensaiada conforme a ABNT NBR 13279 ou ABNT NBR 16868-2:2020,
Anexo A .
Durante a construção de cada parede, devem ser moldados seis corpos de prova da argamassa de
assentamento. Dois corpos de prova devem ser representativos da argamassa utilizada no terço inferior
das paredes, dois devem ser moldados durante o assentamento das fiadas que constituem o terço central
e os outros dois devem ser representativos da argamassa utilizada no terço superior das paredes. Se as
paredes tiverem dimensões superiores a 1,20 m x 2,60 m, devem ser moldados dois corpos de prova
para cada seis fiadas assentadas. Cada amostra de argamassa corresponde
à quantidade de corpos de prova moldados por parede.
4.4.4 Graute
O graute deve ser moldado conforme a ABNT NBR 5738 e ensaiado conforme a ABNT NBR 5739.
De cada parede grauteada, devem ser moldados seis corpos de prova de graute. Esse número independe
do número de vazios grauteados. Destes corpos de prova, três devem ser representativos da metade
inferior das paredes e os outros devem ser representativos da metade superior, correspondendo às duas
etapas de grauteamento. Se o grauteamento for realizado em mais de duas etapas, devem ser moldados
três corpos de prova em cada etapa. Cada amostra de graute corresponde à quantidade de corpos de
prova moldados por parede.
4.4.5 Prisma
De cada parede, devem ser construídos e ensaiados dois corpos de prova de prisma, conforme a
Seção 6. A amostra é o total de prismas constru ídos e ensaiados.
a) ensaiar todos os corpos de prova, de modo que a carga seja aplicada na direção em que o esforço
deve ocorrer na prática;
d) durante o ensaio, a tensão aplicada na área bruta deve se elevar progressivamente à razão de
(0,05 ± 0,01) MPa/s;
e) inicialmente, aplicar dois ciclos de carga e descarga, até o valor de 50 % da carga de ruptura
estimada;
f) após os ciclos iniciais de carga e descarga, aplicar a carga de forma crescente, em incrementos da
ordem de 1O % do valor da carga de ruptura estimada, sendo feitas leituras dos encurtamentos do
corpo de prova a cada novo incremento de carga, de forma a ser possível traçar o gráfico conforme
a Figura 2. Para a realização das leituras, o tempo de permanência na respectiva posição de
carregamento não pode ser menor que 3 min. As leituras devem ser realizadas até no m ínimo 70 %
da carga de ruptura . O tempo de permanência pode ser alterado em função do tipo de equipamento
de leitura utilizado, devendo neste caso descrever o procedimento adotado no relatório de ensaio;
g) o ensaio deve ser considerado finalizado quando o último incremento de carga levar o corpo de prova
à ruptura .
a) identificação do solicitante;
d) data do assentamento;
f) condições de cura;
h) data do ensaio;
I) valores da área bruta média das paredes, expressos em milímetros quadrados (mm 2);
n) resistências individuais, característica (ver Anexo A) e média das paredes determinadas na área
bruta, expressas em megapascals (MPa), com aproximação decimal e valor do coeficiente de
variação;
o) valores individuais e médios do módulo de deformação secante (Ep), e gráficos traçados durante o
ensaio para cada corpo de prova, conforme mostrado na Fig ura 2. O módulo de deformação secante
(Ep) deve ser calculado no intervalo correspondente a 5 % e 30 % da tensão de ruptura do gráfico,
conforme mostrado Figura 2, de cada corpo de prova;
Tensão (MPa)
500 ~------------~------------~----------~
400 ~------------~--------~--~----------~
300~------------~--~--------~----------~
200 ~----------~~------------~----------~
5.1 Aparelhagem
c) dois extensômetros, no caso de ser necessário avaliar a deformabilidade das pequenas paredes, por
meio da determinação do módulo de deformação (Ep) e do coeficiente de Poisson (vpa).
5.2 Procedimentos
As pequenas paredes devem ser construídas entre duas guias (gabaritos) e com o uso de fio de prumo e
nível, a fim de assegurar a verticalidade.
As pequenas paredes devem ser pintadas com cal para realçar as fissuras e para permitir a observação
do modo de ruptura .
Durante a construção das paredes, devem ser moldados corpos de prova da argamassa de assentamento
e, se a parede for grauteada, do graute.
Recomenda-se que o corpo de prova tenha no mínimo um comprimento (C) equivalente a dois blocos ou
tijolos e altura (H) equivalente a cinco vezes a espessura do bloco ou tijolo, e não inferior a 70 em .
O número de fiadas ao longo da altura deve ser ímpar.
5.2.2.2 Parâmetros
A prensa ou pórtico de reação deve permitir a acomodação dos corpos de prova e das chapas e perfis de
distribuição de carga . A altura mínima útil disponível na prensa deve ser igual à do corpo de prova, mais
a espessura dos capeamentos nas faces, acrescidos de 1 em.
Nos casos em que seja necessário avaliar a deformabilidade das pequenas paredes, por meio da
determinação do módulo de deformação (Ep) e do coeficiente de Poisson ( Vpa ), devem ser instaladas
bases de extensômetros nas duas faces maiores das pequenas paredes. Alternativamente a
determinação do módulo de deformação (Ep) pode ser feita com dois extensômetros instalados
lateralmente, conforme mostrado esquematicamente na Figura 3. Para instrumentação composta por
defletômetros, estes devem ter resolução mínima de 0,01 mm. Os equipamentos descritos podem ser
substituídos por outros que permitam pelo menos a mesma resolução e posição de leitura.
Sentido de
aplicação da carga
Base para
aplicação da
carga
\1
L
Extensômetros
mecamcos
Io Oefletômetros
(3.
<(
N
-'
<(
::J
(f)
>
'
1!! '
o._
<(
:r: L'.:
a:
<(
o._ H/3
~
cn
::J
-'
ü
><
w
o o~ 3/4 L
><(
cn
a:
~
I
/ / / / /Í ' / / / / / / / / /Í ' / / / / / / / / / / / / / /
Figura 3 - Esquema para o ensaio de determinação da resistência de pequenas paredes (fpa),
com a instrumentação para a determinação do m ódulo de deformação (Ep) e do coeficiente de
Poisson (Vpa)
5.2.2.3 Transporte
Quando houver necessidade do transporte do corpo de prova para a máquina de ensaio, esta operação
deve ser efetuada com as paredes na vertical , sem choques que possam comprometer a integridade do
corpo de prova.
A argamassa pode ser colocada sobre toda a superfície útil dos componentes ou apenas nas suas faces
laterais, conforme o elemento real que se quer simular. A espessura das juntas deve ser igual a (1 O ± 3)
mm, exceto em casos especiais, onde se pretende simular outras espessuras de juntas. Existindo
armaduras, elas devem ser posicionadas durante o assentamento. Recomenda-se atender a todas as
demais especificações do controle geométrico na produção da alvenaria, indicadas na
ABNT NBR 16868-2.
5.2.4 Amarração
As pequenas paredes estruturais devem ser construídas com os blocos dispostos de forma a ter
amarração.
5.2.5 Grauteamento
Quando houver o grauteamento, efetuá-lo em etapas de altura não superior a 1,40 me após no mínimo
16 h do término do assentamento dos blocos. O graute deve ser adensado com soquete metálico ou com
vibrador apropriado. Demais procedimentos executivos devem atender à ABNT NBR 16868-2.
5.2.6 Capeamento
Inicialmente, as pequenas paredes devem ser capeadas conforme 6.2.4, porém com espessura máxima
de 1O mm. Sobre este capeamento é colocada uma chapa metálica rígida, se o ensaio for realizado em
uma prensa; ou uma viga metálica rígida de distribuição de carga, se o ensaio for realizado em um pórtico
de reação.
A disposição da argamassa de capeamento (nas paredes longitudinais dos blocos ou sobre toda a área
destes) deve seguir a mesma disposição da argamassa de assentamento.
Após esta fase, as paredes devem ser instrumentadas, caso seja necessário determinar o módulo de
deformação (Ep) e o coeficiente de Poisson ( Vpa).
O período de cura para a execução dos ensaios de pequenas paredes é de 28 dias, contados a partir do
término do assentamento ou do grauteamento, quando houver.
No entanto, havendo interesse especial, esta data pode ser alterada, visando a simulação de condições
de obra. Nesta mesma data devem ser ensaiados a argamassa e o graute.
A resistência das pequenas paredes deve ser determinada com o resultado de ensaio de no mínimo três
corpos de prova.
A resistência dos blocos ou tijolos deve ser determinada a partir de uma amostra com no mínimo treze
corpos de prova conforme a ABNT NBR 15270-2 para blocos ou tijolos cerâmicos, ou com no mínimo seis
corpos de prova conforme a ABNT NBR 12118 para blocos de concreto.
De cada pequena parede, devem ser moldados e ensaiados dois corpos de prova de argamassa,
conforme a ABNT NBR 13279 ou ABNT NBR 16868-2:2020, Anexo A. A amostra de argamassa
corresponde à quantidade total de corpos de prova moldados.
5.3.4 Graute
Dever ser formada uma amostra de corpos de prova de grautes de maneira que de cada pequena parede
grauteada, devem ser moldados dois corpos de prova de graute conforme ABNT NBR 5738, que devem
ser ensaiados conforme a ABNT NBR 5739. A amostra de graute é o total de corpos de prova moldados.
a) ensaiar todos os corpos de prova , de modo que a carga seja aplicada na direção em que o esforço
deve ocorrer na prática;
b) colocar o corpo de prova na prensa ou pórtico, de modo que o seu centro de gravidade esteja no
eixo de carga da prensa ou pórtico;
d) durante o ensaio, a tensão aplicada na área bruta deve se elevar progressivamente à razão de {0,05
± 0,01) MPa/s;
e) opcionalmente, podem ser aplicados dois ciclos de carga e descarga, até o valor de 50 %da carga
de ruptura estimada;
g) o ensaio deve ser considerado finalizado quando o último incremento de carga levar o corpo de prova
à ruptura.
a) identificação do solicitante;
d) data do assentamento;
f) condições de cura;
h) data do ensaio;
k) registros das especificações e resultados de ensaio de resistência à compressão das amostras dos
blocos ou tijolos, argamassa e graute;
I) se as pequenas paredes forem constru ídas na obra, identificação do pavimento representado por
elas;
m) valores da área bruta média das pequenas paredes, expressos em milímetros quadrados (mm 2 ) ;
o) resistências individuais, característica (ver Anexo A) e média, das pequenas paredes determinadas
na área bruta, expressas em megapascals (MPa), com aproximação decimal e valor do coeficiente
de variação;
p) nos ensaios com solicitação da determinação do módulo de deformação (Ep), apresentar os valores
individuais e médios obtidos e gráficos de cada ensaio, conforme mostrado na Figura 2. O módulo
de deformação (Ep) deve ser calculado no intervalo correspondente a 5 % e 30 % da tensão de
ruptura do gráfico, conforme mostrado na Figura 2, de cada corpo de prova;
6.1 Aparelhagem
c) dois extensômetros, no caso de ser necessário aval iar a deformabilidade dos prismas de dois ou
mais blocos por meio da determinação do módulo de deformação (Ep).
Estes equipamentos podem ser substituídos por outros que permitam pelo menos a mesma resolução
conforme 6.2.1 e posição de leitura.
6.2.1 Parâmetros
Os prismas devem ser construídos conforme 6.2.2 a 6 .2.4. Alternativamente, nos casos em que se deseja
saber a resistência de alvenarias já executadas , os prismas podem ser obtidos conforme
Anexo B.
A prensa utilizada para a aplicação dos carregamentos deve permitir a acomodação dos corpos de prova
e das chapas de distribuição de carga, quando elas forem necessárias. A espessura mínima da placa de
apoio deve ser de: 50 mm para carga até 1 000 kN, 75 mm para carga até 2 000 kN, e 100 mm para carga
até 3 000 kN.
A altura mínima útil disponível na prensa deve ser igual ao dobro da altura dos blocos , mais a espessura
da argamassa de assentamento e dos capeamentos nas faces, acrescidos de 1 em.
i Nos casos em que seja necessário avaliar a deformabilidade dos prismas de dois ou mais blocos por
o meio da determinação do módulo de deformação (Ep), podem ser instaladas bases de extensômetros
(3.
<(
N
mecânicos em duas faces dos prismas.
~
oo Alternativamente, a determinação do módulo de deformação (Ep) pode ser feita com dois defletômetros
~ instalados lateralmente, conforme mostrado esquematicamente na Figura 4.
Q.
3
~
~~
Base para
distribuição de carga
Extensores mecânicos
i
Defletômetros
o o
o
.
.
• . .
..
Prisma :
de dois blocos • o
o •
. ' ...
o
Cada corpo de prova é um prisma oco ou cheio, constituído de dois blocos principais sobrepostos e uma
junta de assentamento. No caso de tijolos, o prisma deve ser constituído de quatro tijolos sobrepostos e
três juntas de assentamento, de forma que a altura do prisma seja pelo menos o dobro da largura do
tijolo. Os blocos e tijolos devem ser íntegros e isentos de defeitos.
Os prismas devem ser identificados, limpos e colocados em ambiente protegido que preserve suas
características originais.
a) o capeamento deve ser total (disposto em toda a superfície dos blocos) e apresentar-se plano e
uniforme no momento do ensaio, não sendo permitidos remendos ;
As condições para aceitação de prisma moldado no laboratório são listadas a segu ir:
b) os materiais utilizados na argamassa e no graute devem ser retirados dos lotes de obra;
c) devem ser formadas duas amostras de seis corpos de prova de graute moldados e ensaiados
conforme ABNT NBR 5738 e ABNT NBR 5739, sendo uma amostra moldada na obra e outra no
laboratório;
d) devem ser formadas duas amostra de seis corpos de prova de argamassa moldados e ensaiados
conforme ABNT NBR 13279 ou ABNT NBR 16868-2:2020, Anexo A, sendo uma amostra moldada
na obra e outra no laboratório;
e) as amostras de graute devem ser ensaiadas na mesma idade, devendo o f9k da obra ser no mínimo
igual a 90 % do f9k do laboratório;
f) as amostras de argamassa devem ser ensaiadas na mesma idade, devendo o fa da obra ser no
mínimo igual a 90 % do fa do laboratório. Além disso, os coeficientes de variação dos ensaios de
argamassa , tanto da obra quanto do laboratório, não podem ser superiores a 20 %.
Para o preparo dos prismas, devem ser utilizados níveis, prumo e colher de pedreiro.
Os prismas devem ser preparados sobre uma base plana, indeformável e limpa. Essa base deve ser
impermeável para o caso de prismas cheios, firme e continuamente apoiada, devendo ter no mínimo as
dimensões dos blocos ou tijolos.
Inicialmente, deve-se colocar um bloco ou tijolo sobre a base nivelada. Em seguida, deve ser disposta a
argamassa sobre toda a face do bloco ou tijolo, incluindo todos os septos laterais e transversais. O outro
bloco ou tijolo, do mesmo lote, deve ser assentado sobre a argamassa , evitando-se movimentos
horizontais . Com um martelo de borracha e o auxílio de um nível de prumo, colocar o bloco ou tijolo em
sua posição final, resultando uma junta com (1 O± 3) mm.
6.2.5 Grauteamento
Deve ser removido o eventual acúmulo de argamassa no fundo dos furos a serem preenchidos. O
grauteamento deve ser efetuado após no mínimo 16 h do assentamento. Antes do grauteamento, cada
vazado do prisma deve ser molhado. O graute deve ser vertido dentro dos furos dos blocos e adensado
em duas camadas de 12 golpes por camada, com a haste de socamento conforme ABNT NBR 5738. A
superfície superior do graute deve ser rasada e alisada por meio de colher de pedreiro, e imediatamente
coberta por um filme impermeável.
6.2.6 Capeamento
a) as faces do prisma em contato com as placas da prensa devem ser regularizadas por capeamento
com pasta de cimento, gesso ou argamassa com resistência superior a 70 % da resistência dos
blocos na área líquida;
NOTA Na prática é verificado que capeamento realizado com cimento Portland de alta resistência inicial
(CP V- ARI} está de acordo com o requisito anterior, para blocos usualmente comercializados.
b) a superfície onde o capeamento é executado não pode se afastar do plano mais que 0,08 mm para
cada 400 mm;
Após a construção, os prismas devem ser mantidos imóveis durante pelo menos sete dias.
A data de referência para ensaio é de 28 dias. No caso de ensaios com idade menor, a resistência aos
28 dias deve ser considerada como igual ao do resultado na idade ensaiada. Para prisma de bloco oco,
recomenda-se a data de ensaio aos 14 dias.
6.2.8 Transporte
A movimentação dos prismas não pode ser realizada antes de sete dias de sua execução e, para seu
transporte, os prismas devem ser solidarizados por meio de chapas de madeira, colocadas nos topos
e amarradas por meio de arames ou outro dispositivo, de modo a assegurar a integridade do conjunto.
O transporte não pode ser realizado antes dessa operação ser completada.
a) ensaiar todos os corpos de prova, de modo que a carga seja aplicada na direção do esforço que o
bloco deve suportar durante o seu emprego na alvenaria;
b) colocar o corpo de prova na prensa, de modo que o seu centro de gravidade esteja no eixo de carga
dos pratos da prensa;
e) opcionalmente, podem ser aplicados dois ciclos de carga e descarga, até o valor de 50 %da carga
de ruptura estimada;
g) atingida a carga correspondente a 50 % da carga estimada para a ruptura do corpo de prova, aplicar
o carregamento a uma velocidade que permita que a ruptura aconteça entre 1 min a 2 min (não
incluindo o tempo necessário para carregamento até 50% da carga de ruptura).
a) identificação do solicitante;
d) data do assentamento;
e) data do grauteamento;
f) condições de cura;
g) data do ensaio;
k) valores da área bruta nominal dos prismas, expressos em milímetros quadrados (mm 2 );
m) resistências individuais, característica (ver Anexo A) e média dos prismas, determinadas na área
bruta, expressas em megapascals (MPa), com aproximação decimal, e valor do coeficiente de
variação;
n) nos ensaios com solicitação da determinação do módulo de deformação (Ep) e coeficiente de Poison
( vp), apresentação dos valores individuais e médios obtidos, bem como gráficos de tensão x
deformação de cada ensaio. O módulo de deformação (Ep), secante, deve ser calculado no intervalo
correspondente a 5 % e 30 % da tensão de ruptura do gráfico, conforme mostrado na Figura 2, de
cada corpo de prova;
o) desenho esquemático dos ensaios de prisma, ressaltando direção de carregamento e a posição dos
vazados ou furos dos blocos ou tijolos quando existentes;
Os equipamentos descritos nesta subseção podem ser substituídos por outros que permitam pelo menos
a mesma resolução e posição de leitura.
Os corpos de prova devem ter as dimensões que os tornem representativos da estrutura real , de modo
que sejam minimizadas as influências das variações das características dos materiais e da mão de obra
na resistência das paredes.
Não sendo praticável reproduzir as paredes nas mesmas dimensões reais, admite-se como sendo corpos
de prova representativos aqueles que tenham dimensões mínimas de 1,20 m x 1,20 m, sendo que a
espessura deve ser a mesma da parede real.
7 .2.2 Parâmetros
As paredes devem ser ensaiadas aplicando-se cargas concentradas de compressão segundo uma das
suas diagonais. Este arranjo pode ser conseguido em uma prensa hidraúlica ou com um sistema de
reação conforme mostrado na Figura 5.
O sistema de reação e de carregamento deve permitir a aplicação das cargas com exatidão mínima de 3%.
Os alongamentos e encurtamentos nas faces das paredes devem ser determinados por meio de quatro
aparelhos, instalados nestas faces, cuja resolução deve ser de 0,01 mm, no caso de defletômetros, ou
o-s
20 x 1 para deformação específica no caso do uso de extensômetros.
Em quaisquer dos casos, recomenda-se uma base de medida de no mínimo 500 mm, disposta conforme
indicado na Figura 5.
Dimensões em metros
Estrutura de
DiStribuidor de carga
Parodo
Base rfglda
Dimensões em milímetros
I',',
'
160,00 ,","I
I'
,,, "'v'''
I
I
''
' '
''
I' '
I
I
M
o•
I ',', I' I' I M
.....
I ' ..' . / .,.'~45° I
.....
·-----·~J_J. ___ J
89,00
a) Vista lateral
ll)
(") ....
o ....
....
.,...
M ....
X 25 ~ X 25 ~ X
r= 3x =50 00
b) Vista frontal
c) Perspectiva
7.3 Procedimento
7.3.1 Generalidades
As paredes devem ser construídas em ambiente protegido da incidência de luz solar e de ventos
canalizados. Nestas condições, a temperatura deve ser de (25 ± 1 O) o e a umidade relativa de 40 % c
a 90%.
As paredes devem ser construídas por um mesmo pedreiro e executadas conforme a
ABNT NBR 16868-2.
As paredes devem ser construídas entre duas guias metálicas ou pontaletes de madeira, a fim de
assegurar a sua verticalidade. Deve-se utilizar fio de prumo e nível.
As paredes devem ser pintadas com cal para realçar as fissuras e para permitir a observação do modo
de ruptura .
7 .3.2 Amarração
A forma de amarração entre os blocos deve ser a mesma da parede que se quer simular no laboratório.
7.3.3 Prismas
De cada parede devem ser construídos e ensaiados dois corpos de prova de prisma, conforme a
Seção 6. A amostra é o total de prismas construídos e ensaiados.
7.3.4 Capeamento
Deve ser feito um capeamento dos cantos das paredes para possibilitar a acomodação nos dispositivos
metálicos de carga (ver Figura 6).
O período de cura para a execução dos ensaios de paredes é de 28 dias, contados a partir do término do
assentamento ou do grauteamento, quando houver.
No entanto, havendo interesse especial, esta data pode ser alterada, visando a simulação de condições
de obra. Nesta mesma data devem ser ensaiados a argamassa e o graute.
Nos casos de paredes construídas fora do local em que devem ser ensaiadas , estas podem ser
transportadas para o local do ensaio, desde que nesse transporte não ocorram choques ou esforços que
as danifiquem. Recomenda-se que sejam transportadas na vertical. Não se recomenda o transporte dos
corpos de prova antes de sete dias de idade.
A tensão de cisalhamento convencional ( 'Z'a lv) deve ser determinada com o resultado de ensaio de no
mínimo três corpos de prova .
A resistência dos blocos ou tijolos deve ser determinada a partir de uma amostra com no mínimo treze
corpos de prova, conforme a ABNT NBR 15270-2 para blocos ou tijolos cerâmicos, ou com no mínimo
seis corpos de prova conforme a ABNT NBR 12118 para blocos de concreto.
Para cada parede devem ser moldados no mínimo dois corpos de prova de argamassa. A argamassa
deve ser moldada e ensaiada conforme a ABNT NBR 13279 ou ABNT NBR 16868-2:2020, Anexo A.
A amostra de argamassa corresponde à quantidade total de corpos de prova moldados.
7 .4.4 Graute
De cada parede grauteada, devem ser moldados dois corpos de prova do graute. O graute deve ser
moldado conforme a ABNT NBR 5738 e ensaiado conforme a ABNT NBR 5739. Cada amostra de graute
corresponde à quantidade de corpos de prova moldados por parede.
A carga deve ser aplicada à velocidade de (0,02 + 0,01) MPa/s, em incrementos que possibilitem traçar
a curva, conforme mostrado na Figura 2. Deve-se escolher os incrementos de modo a se ter no mínimo
dez pontos, com o tempo de permanência de cada carregamento não inferior a 3 min. As med idas devem
ser efetuadas até próximo da carga de ruptura. O tempo de permanência pode ser alterado em função do
tipo de equipamento de leitura utilizado, devendo neste caso descrever o procedimento adotado no
relatório de ensaio.
Os resultados devem ser expressos de modo que se possa obter os principais parâmetros indicativos da
resistência e deformabilidade, conforme descrito a seguir:
o
(3. a) cálculo da tensão de cisalhamento convencional ( 1'alv):
<(
N
~
(f)
(0,70 P)
r alv = ...:.-...;._ __:..
>
'
A
~
Q.
~
onde
3
~ A é a média da área bruta (ou líquida) das duas faces contíguas ao carregamento, expressa
~~
em milímetros quadrados (mm 2 ) .
NOTA O cálculo de tensão pode ser a área líquida quando se tratar de componentes vazados, conforme a
I definição da ABNT NBR 15270-1 ou ABNT NBR 6136.
ó.V+ ó.H
Yalv = L
2 o
onde
ó. V é o encurtamento vertical ;
c) módulo de deformação transversal (Galv), deve ser calculado entre 5% e 30% da tensão de ruptura :
G _ 'Z"alv
alv -
Yalv
onde
b) registros das especificações e resultados dos ensaios de resistência à compressão das amostras
dos componentes (blocos, argamassa e graute) e do prisma;
k) fotografias podem ser utilizadas para mostrar as condições gerais dos ensaios e para registrar as
suas eventuais peculiaridades;
8 .1 Aparelhagem
Os equipamentos descritos nesta subseção podem ser substituídos por outros que permitam pelo menos
a mesma resolução e mesma posição de leitura.
Dimensões em centímetros
Eslrutma de reação
,.
o/l
()';
Dimensões em centímetros
Estrutura de reação
-
(")
.s:::.
Macaco hidráulico----.
-
M
.s:::.
Defletômetro
Estrutura de reação
Cavalete de madeira -
(")
.s:::.
-
I()
ai
Os corpos de prova devem ter as dimensões que os tornem representativos da estrutura real , de modo
que sejam minimizadas as influências das variações das características dos materiais e da mão de obra
na resistência das paredes.
Não sendo praticável reproduzir as paredes nas suas dimensões reais, admite-se como sendo corpos de
prova representativos aqueles que tenham por dimensões mínimas 1,20 m x 2,60 m (largura x altura).
8.2.2 Parâmetros
O sistema de reação e de carregamento, em função da natureza das cargas, deve permitir a determinação
da carga de ruptura com exatidão mínima de 3 %. Existindo também carga vertical distribuída sobre a
parede, esta carga deve ser aplicada por no mínimo dois macacos hidráulicos equidistantes em relação
à carga aplicada .
Os deslocamentos horizontais nas paredes devem ser determinados por meio de defletõmetros. No caso
das paredes ensaiadas à flexão simples, é suficiente o emprego de um defletômetro, conforme indicado
na Figura 7 . Tratando-se de flexocompressão, pode-se utilizar um ou mais defletômetros. Recomenda-se
utilizar no mínimo um defletômetro, instalado no meio do vão, conforme indicado na Figura 8.
Os defletômetros devem ter resolução mínima de 0,01 mm.
Nos casos de paredes construídas fora do local em que devem ser ensaiadas, estas paredes podem ser
transportadas para o local do ensaio, desde que neste transporte não ocorram choques ou esforços que
as danifiquem. Recomenda-se que sejam transportadas na vertical.
8.3 Procedimentos
8.3.1 Construção das paredes
As paredes devem ser construídas em ambiente protegido da incidência de luz solar e de ventos
c
canalizados. Nestas condições, a temperatura deve ser de (25 + 1O) o e a umidade relativa de 40 %
a 90%.
As paredes devem ser construídas por um mesmo pedreiro e devem ser executadas de acordo com a
ABNT NBR 16868-2.
As paredes devem ser construídas entre duas guias metálicas ou pontaletes de madeira, com o uso de
fio de prumo e nível, a fim de assegurar a verticalidade destas.
Quando a parede ou painel real a ser representada tiver uma cinta de amarração, esta também deve estar
presente no corpo de prova de ensaio (ver Figuras 7 e 8).
As paredes devem ser pintadas de cal, para realçar as trincas e para permitir a observação do modo de
ruptura.
8.3.2 Amarração
A forma de armação entre os blocos deve ser a mesma da parede que se quer simular o desempenho no
laboratório.
8.3.3 Assentamento
A argamassa pode ser colocada sobre toda a superfície útil dos componentes ou apenas nas faces
laterais destes, conforme o elemento real a ser simulado. A espessura das juntas deve ser igual a
(10 ± 3) mm, a não ser nos casos especiais onde se pretende simular outras espessuras de juntas.
Existindo armaduras, elas devem ser posicionadas durante o assentamento. Recomenda-se atender a
todas as demais especificações do controle geométrico na produção da alvenaria, indicadas na
ABNT NBR 16868-2.
8.3.4 Grauteamento
Quando houver o grauteamento, este dever ser realizado em etapas de altura não superior a 1 ,40 m e
após no mínimo 16 h do término do assentamento dos blocos. O graute deve ser adensado com soquete
metálico ou com vibrador apropriado.
8.3. 5 Capeamento
i No caso do ensaio à flexocompressão, as paredes devem ser capeadas atendendo aos seguintes
-§. requisitos:
<(
N
~ a) a face superior da parede deve ser regularizada por meio de capeamento com argamassa com
(f)
3
Sobre o capeamento, deve ser colocada uma chapa metálica rígida, se o ensaio for realizado em uma
~ prensa; ou uma viga metálica rígida de distribuição de carga, se o ensaio for realizado em um pórtico de
~~ - .
reaçao
i A disposição da argamassa de capeamento (nas paredes longitudinais dos blocos ou sobre toda a área
destes) deve seguir a mesma disposição da argamassa de assentamento.
O período de cura para a execução dos ensaios de paredes é de 28 dias, contados a partir do término do
assentamento ou do grauteamento, quando houver.
No entanto, havendo interesse especial, esta data pode ser alterada , visando a simulação de condições
de obra. Nesta mesma data são ensaiados a argamassa e o graute.
A resistência média à flexão das paredes deve ser determinada com o resultado de ensaio de no mínimo
três corpos de prova.
A resistência dos blocos ou tijolos deve ser determinada a partir de uma amostra com no mínimo treze
corpos de prova, conforme a ABNT NBR 15270-2 para blocos ou tijolos cerâmicos, ou com no mínimo
seis corpos de prova conforme a ABNT NBR 1211 8 para blocos de concreto.
A argamassa deve ser moldada e ensaiada conforme a ABNT NBR 13279 ou ABNT NBR 16868-2:2020,
Anexo A .
Durante a construção de cada parede, devem ser moldados seis corpos de prova da argamassa de
assentamento. Dois corpos de prova devem ser representativos da argamassa utilizada no terço inferior
das paredes, dois devem ser moldados durante o assentamento das fiadas que constituem o terço central
e os outros dois devem ser representativos da argamassa utilizada no terço superior das paredes. Se as
paredes tiverem dimensões superiores a 1 ,20 m x 2,60 m, devem ser moldados dois corpos de prova
para cada seis fiadas assentadas. Cada amostra de argamassa corresponde à quantidade de corpos de
prova moldados por parede.
8.4.4 Graute
O graute deve ser moldado conforme a ABNT NBR 5738 e ensaiado conforme a ABNT NBR 5739.
De cada parede grauteada, devem ser moldados dois corpos de prova de graute. Esse número independe
do número de vazios grauteados. Destes corpos de prova , um deve ser representativo da metade inferior
da parede e o outro deve ser representativo da metade superior, correspondendo às duas etapas de
grauteamento. Se o grauteamento for realizado em mais de duas etapas, deve ser moldado pelo menos
um corpo de prova em cada etapa. A amostra de graute corresponde à quantidade total de corpos de
prova moldados.
8.4.5 Prisma
De cada parede, devem ser construídos e ensaiados dois prismas conforme a Seção 6. A amostra é o
total de prismas construídos e ensaiados.
Inicialmente devem ser aplicados dois ciclos de carga e descarga, próximos a 50 % da carga de ruptura
estimada. Na sequência, as cargas devem ser aplicadas segundo um número de vezes que permita o
traçado do gráfico, conforme mostrado na Figura 2. Sugere-se que o valor de cada incremento de carga
seja 1O % da carga de ruptura provável, com o tempo de permanência de cada incremento não inferior a
3 min. O tempo de permanência pode ser alterado em função do tipo de equipamento de leitura utilizado,
devendo descrever o procedimento adotado no relatório de ensaio.
a) características geométricas das paredes, dos componentes (blocos ou tijolos) e dos prismas, e o
posicionamento dos eventuais furos grauteados;
f) registros das especificações e resultados de ensaio de resistência à compressão das amostras dos
blocos ou tijolos, argamassa e graute, e prisma;
o
(3.
<(
N g) carga de ruptura das paredes;
~
(f)
3
~ k) gráficos de tensão x deformação horizontais, conforme mostrado na Figura 2;
Opcionalmente, pode ser utilizada máquina de ensaio que permita controle de carregamento e precisão
dentro da faixa de ruptura prevista.
Rolete
io
(3.
<(
N
~ Cada corpo de prova deve ser um prisma constituído de cinco blocos ou tijolos, sobrepostos, íntegros e
~ isentos de defeitos.
cn
3
~ Os prismas devem ser preparados sobre uma base plana, indeformável e limpa. A base deve ser
Si. impermeável para o caso de prismas cheios. Essa base, firme e continuamente apoiada, deve ter no
~ mínimo as dimensões dos blocos.
~
i Inicialmente, deve-se colocar um bloco sobre a base nivelada. O outro bloco do mesmo lote deve ser
assentado sobre a camada de argamassa, evitando-se movimentos horizontais. Com um martelo de
borracha e com o auxílio de um nível de prumo, colocar o bloco em sua posição final, resultando em uma
junta com (10 + 3) mm. Assentar os blocos até atingir a altura de cinco blocos ou tijolos.
Logo após o assentamento do último bloco, colocar mais dois blocos sem assentar sobre o prisma, para
servirem como sobrecarga (ver Figura 10). Não movimentar os prismas no período de cura.
O número mínimo de corpos de prova para este ensaio não pode ser inferior a seis.
Dimensões em centímetros
--
·~
_... '
--
---
~~~
---
------
Figura 1 O - Prisma composto por cinco blocos,
com dois blocos de sobrecarga posicionados no topo
Inicialmente, determinar a massa dos blocos ou tijolos que devem ser utilizados para o carregamento,
bem como da prancha de madeira e dos roletes de aço.
Determinar a massa de cada prisma a ser ensaiado ou estimar sua massa, considerando a massa média
dos blocos ou tijolos, sem considerar a argamassa de assentamento.
b) colocar dois blocos ou tijolos sobre superfície plana e nivelada para receberem os roletes de aço em
que se apoiará o prisma, conforme Figuras 9, 11 e 12;
c) apoiar o prisma sobre dois roletes de aço posicionados nos eixos longitudinais dos blocos ou tijolos
extremos;
d) utilizar outros dois roletes de aço, posicionando-os nos eixos dos blocos ou tijolos centrais para apoiar
a prancha que deve servir de apoio para os blocos ou tijolos de carregamento, conforme mostrado
na Figura 12. No caso de uso de máquina de ensaio, a prancha deve ser centralizada com o centro
de carga da máquina e não há necessidade de blocos ou tijolos para carregamento;
e) colocar os blocos ou tijolos sobre a prancha, carregando o prisma sem provocar choques, a uma
velocidade de quatro blocos ou tijolos por minuto (no caso de uso de máquina de ensaio, respeitar a
taxa de carregamento de 500 N/min);
f) formar uma pilha estável com os blocos de carregamento, conforme mostrado na Figura 11;
g) anotar o número de blocos que provocou a ruptura do prisma (ou carga de ruptura da máquina de
ensaio), descrevendo como esta ocorreu.
c:J
- .
b b
L
H altura do prisma
L comprimento livre entre os centros dos roletes de apoio
b distância entre o centro do rolete de apoio e o centro do rolete de aplicação de carga
O valor individual do resultado de cada prisma ensaiado deve ser calculado, considerando a área bruta
dos blocos ou tijolos, conforme as seguintes equações:
onde
a) calcular a resistência à tração na flexão média, considerando, dos resultados obtidos nos ensaios,
apenas metade do número de exemplares, aqueles com resultados de maior valor;
b) descartar os resultados dos corpos de prova cujos valores individuais de resistência à tração na
flexão sejam inferiores a 30 % do valor médio de resistência à tração na flexão, obtido em 9.4 a).
Calcular o valor característico da resistência à tração na flexão dos prismas de blocos ou tijolos, conforme
o Anexo A , utilizando um número mínimo de três corpos de prova de prisma com resultados válidos.
a) identificação do solicitante;
d) data do assentamento;
e) condições de cura;
f) data do ensaio;
g) características geométricas dos prismas, indicando os valores do comprimento (c) e largura (/) do
bloco ou tijolo, e a distância entre o apoio e o ponto de aplicação de carga (b) ;
Anexo A
(normativo)
A resistência característica do elemento de alvenaria calculada com os resultados obtidos nos ensaios
(ver Seções 4 a 9), deve ser igual ou superior à resistência característica especificada pelo projetista
estrutural.
Para amostragem com número de exemplares, n, menor do que vinte e maior ou igual seis, calcular a
resistência característica pela equação descrita a seguir:
fek,est,2 = 0 X fe{1)
fe(1), fe(2), ... fe(n-1), fe(n) são os valores de resistência individual dos corpos de prova da amostra ,
ordenados em ordem crescente;
W de elementos 0
3 0,80
4 0,84
5 0,87
6 0,89
7 0,91
8 0,93
9 0,94
10 0,96
11 0,97
12 0,98
13 0,99
14 1,00
15 1,01
16 e 17 1,02
18 e 19 1,04
Para ensaios com n igual a 3, 4 ou 5, a resistência característica deve ser calculada pela equação descrita
.
a segu1r:
fek,est = 0 X fe(1)
Para ensaios com n maior ou igual a 20, a resistência característica deve ser calculada pela equação
descrita a seguir:
onde
Sn é o desvio-padrão da amostra;
Anexo B
(normativo)
8.1 Princípio
Este método de ensaio consiste na retirada de corpos de prova de elementos (prisma) e componentes
(bloco) de alvenaria estrutural, com a finalidade de realização de contraprova.
8.2 Preparação
Antes da execução da retirada dos corpos de prova, deve-se observar que as retiradas dos corpos de
prova devem ser realizadas sob orientação do projetista de estruturas, em paredes cuja extração não
cause prejuízos ao comportamento da estrutura, como as regiões sob aberturas de janelas ou balcões.
Os corpos de prova devem ser retirados de diferentes regiões para configuração da aleatoriedade da
amostra.
O número de corpos de prova deve ser de seis blocos ou seis prismas por pavimento a ser ensaiado, ou
conforme a orientação do projetista.
8 .3 Execução do ensaio
Para a retirada dos prismas de alvenaria, proceder conforme descrito a seguir:
prisma oco: retirar prismas de três fiadas de altura por um bloco de comprimento, devendo os
blocos das extremidades ser blocos inteiros, conforme mostrado na Figura 8 .1 -a);
prisma grauteado: retirar prismas de duas fiadas de altura por meio bloco de comprimento, com
corte realizado conforme mostrado na Figura 8 .1-b);
b) iniciar a retirada com o corte superior na junta de argamassa sobre o bloco utilizado como topo do
.
pnsma ;
c) em seguida cortar na junta de argamassa abaixo do bloco inferior utilizado como a base do prisma;
d) amarrar o conjunto utilizando pedaços de compensado de madeira sob e sobre os cortes realizados,
envolvendo-os com arame;
e) efetuar os cortes laterais, com o cuidado deste corte ser externo ao septo central dos blocos que são
cortados ao meio, de forma que em ambos os lados este septo permaneça no prisma (ver Figuras
B. 1 e B.2);
f) efetuar os cortes com serra elétrica para materiais pétreos, recomenda-se serra elétrica de disco duplo.
g) transportar os corpos de prova retirados com cuidado para não serem danificados;
I I I I
I I I
I I I
I I I I
I I I Linha de corte
I I I
do co rno de prova
I I I
.I
I
I
I
I
I
I
I
I
I
v
I I
I
\
= f!'
I I I I I I I
I I I I I I
'I I I I I I I
I I I I I I
I I I I I I
I I '
I I I I
I I I I I I I
I I I I I
' I '
I
.I I I
I I I I I I
=!!
I I I I I .' 1
I I I I
I I I
I I I
I I I I
I I I
I I I
I I I I
I I I
I I I
I '
I I I
I I I
'
I I I
I I' I
I I • •
I I I I
I I I I Linha de corte
I I I I
I I I I do corpo de prova
I
I
I
I I I ;r
I I I
I I I .Y
I I I I I I I
I I I I I I I
I I I 1 I I
I I I I I I I
I I I I I I
I I I I I' I
I I I I
I I I I I
I\I I
I
I
I
I
I
I
I
=!!
l ' ' : J .
•
l I I I
I I I I
I I I I
I I I I
I I I I
I I I I
I I I I
I I
I I I I
I I I I
I I I I
I
c
~ .......
~
DI 11 I ..r'
i
·~
Partes Partes das amostras
descartadas Linha de utilizadas para
das amostras corte construção do prisma
I
DI II lO l,ó o
~~
~
~
DI li lO
~ o J1
I
io Amostra cortada e
(3. grauteada na parte
<(
N
-'
oca
<(
::J
(f)
>
'
~
o._
~
<(
o._
~
(f)
::J
-'
ü
><
w
o
><(
(f)
0::
~
i
Quando adotada a alternativa de se retirar blocos e não, o prisma oco, conforme 8.2, a retirada de blocos
de alvenaria, deve se dar conforme descrito a seguir:
a) iniciar a retirada com os cortes superior e inferior da argamassa sobre e sob o bloco;
c) retirar com cuidado os resíduos de argamassa aderidos ao bloco, de forma a não causar danos a
estes;
d) não utilizar ferramentas de percussão, como martelos, marretas, talhadeiras, ponteiras etc.;
f) descartar os blocos que apresentem falhas como fissuras, trincas ou partes quebradas;
h) no caso do ensaio dos blocos, seguir os procedimentos descritos na ABNT NBR 15270-2 ou
ABNT NBR 12118.
Todas as etapas de serviço devem ser supervisionadas de maneira a assegurar a qualidade das amostras
retiradas.
Prismas que apresentem falhas ou destacamento das juntas de argamassa devem ser descartados.
Todos os corpos de prova devem ser adequadamente acondicionados para transporte ao laboratório.