Você está na página 1de 12

NORMA ABNT NBR

BRASILEIRA ISO
6184-2
Primeira edição
27.08.2007

Válida a partir de
27.09.2007

Sistemas de proteção contra explosão


Parte 2: Determinação de índices de
explosão de gases combustíveis no ar
Explosion protection systems
Part 2: Determination of explosion indices of combustible gases in air

Palavras-chave: Prova de explosão. Gases de queima. Ensaios. Índices de


explosão.
Descriptors: Explosion proofing. Burning gases. Tests. Explosion index.

ICS 13.230

ISBN 978-85-07-00636-7

Número de referência
ABNT NBR ISO 6184-2:2007
6 páginas
©ABNT 2007
ABNT NBR ISO 6184-2:2007

© ABNT 2007
Todos os direitos reservados. A menos que especificado de outro modo, nenhuma parte desta publicação pode ser reproduzida
ou por qualquer meio, eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia e microfilme, sem permissão por escrito pela ABNT.

Sede da ABNT
Av.Treze de Maio, 13 - 28º andar
20031-901 - Rio de Janeiro - RJ
Tel.: + 55 21 3974-2300
Fax: + 55 21 2220-1762
abnt@abnt.org.br
www.abnt.org.br

Impresso no Brasil

ii ©ABNT 2007 - Todos os direitos reservados


ABNT NBR ISO 6184-2:2007

Sumário Página

Prefácio Nacional....................................................................................................................................................... iv
0 Introdução ....................................................................................................................................................... v
1 Escopo ............................................................................................................................................................ 1
2 Campo de aplicação ...................................................................................................................................... 1
3 Definições ....................................................................................................................................................... 1
4 Método de ensaio .......................................................................................................................................... 3
4.1 Geral ................................................................................................................................................................ 3
4.2 Aparelhagem .................................................................................................................................................. 3
4.3 Procedimento ................................................................................................................................................. 4
4.4 Métodos alternativos de ensaio ................................................................................................................... 6
5 Interpretação dos resultados do ensaio ..................................................................................................... 6
6 Relatório do ensaio ....................................................................................................................................... 6

 NOTA DA TRADUÇÃO: Sumário inserido na Edição Nacional.

©ABNT 2007 - Todos os direitos reservados iii


ABNT NBR ISO 6184-2:2007

Prefácio Nacional

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Foro Nacional de Normalização. As Normas Brasileiras,
cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB), dos Organismos de Normalização
Setorial (ABNT/ONS) e das Comissões de Estudo Especiais Temporárias (ABNT/CEET), são elaboradas por
Comissões de Estudo (CE), formadas por representantes dos setores envolvidos, delas fazendo parte: produtores,
consumidores e neutros (universidades, laboratórios e outros).

Os Documentos Técnicos ABNT são elaborados conforme as regras da Diretiva ABNT, Parte 2.

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) chama atenção para a possibilidade de que alguns dos
elementos deste documento podem ser objeto de direito de patente. A ABNT não deve ser considerada
responsável pela identificação de quaisquer direitos de patentes.

A ABNT NBR ISO 6184-2 foi elaborada na Comissão de Estudo Especial Temporária de Sistemas de Proteção
Contra Explosão (ABNT/CEET-00:001.80). O Projeto circulou em Consulta Nacional conforme Edital nº 05,
de 23.04.2007 a 21.05.2007, com o número de Projeto 00:001.80-001/2.

Esta Norma é uma adoção idêntica, em conteúdo técnico, estrutura e redação, à ISO 6184-2:1985, que foi
elaborada pelo Comitê Técnico (ISO TC 21) Equipment for fire protection and fire fighting, conforme
ISO/IEC Guide 21-1:2005.

A ABNT NBR ISO 6184, sob o título geral “Sistemas de proteção contra explosão”, tem previsão de conter as
seguintes partes:

 Parte 1: Determinação dos índices de explosão dos pós combustíveis no ar;

 Parte 2: Determinação dos índices de explosão dos gases combustíveis no ar;

 Parte 3: Determinação dos índices de explosão das misturas combustível/ar que não sejam as misturas em
pó/ar e gás/ar;

 Parte 4: Determinação da eficácia dos sistemas de supressão de explosão.

iv ©ABNT 2007 - Todos os direitos reservados


ABNT NBR ISO 6184-2:2007

0 Introdução

0.1 A avaliação de medidas requeridas para prover proteção contra riscos de explosão envolvendo misturas de
gás combustível/ar requer primeiramente a determinação da severidade do potencial de explosão destas misturas,
através da mensuração dos índices de explosão. Ao contrário, a mensuração da eficiência e o desempenho dos
sistemas de proteção contra explosão requerem que eles sejam testados contra explosões de severidade
conhecida.

A severidade de uma explosão de gás combustível se dá em função do seguinte:

a) as propriedades físico-químicas do gás combustível;

b) a concentração de gás combustível na mistura gás combustível/ar;

c) a homogeneidade e turbulência da mistura gás combustível/ar;

d) o tipo, a energia e a localização da fonte de ignição;

e) a geometria do recipiente;

f) a temperatura, pressão e umidade da mistura gás combustível/ar;

0.2 Esta parte da ABNT NBR ISO 6184 trata de sistemas de proteção contra explosão. As outras partes são as
seguintes:

Parte 1: Determinação dos índices de explosão dos pós combustíveis no ar.

Parte 3: Determinação dos índices de explosão das misturas combustível/ar que não sejam as misturas pó/ar e
gás/ar.

Parte 4: Determinação da eficácia dos sistemas de supressão de explosão.

0.3 A interpretação dos índices de explosão determinados pelo método especificado nesta parte da ABNT NBR
ISO 6184 e a sua relação com o desenvolvimento das explosões comumente encontrado no risco de explosão
devem ser consideradas. Em particular, o grau de turbulência pode influenciar o risco significativamente. Na
prática, a ligação entre um dado grau de turbulência e um tipo de risco específico é de responsabilidade de
especialistas da área de explosões e de proteção contra explosões.

Dois extremos de turbulência, comumente encontrados em plantas industriais, são:

a) condições de baixa turbulência prevalecendo nos vasos de estocagem;

b) condições de alta turbulência prevalecendo na região de um ventilador extrator;

Deve ser observado que a turbulência pode aumentar de duas maneiras:

a) turbulência intrínseca na planta, sob condições normais de operação, como uma conseqüência das
perturbações dos fluxos de ar;

b) turbulência induzida por obstruções no interior de uma instalação de gás, a qual expande como resultado de
uma explosão.

©ABNT 2007 - Todos os direitos reservados v


NORMA BRASILEIRA ABNT NBR ISO 6184-2:2007

Sistemas de proteção contra explosão


Parte 2: Determinação de índices de explosão de gases combustíveis no ar

1 Escopo

Esta parte da ABNT NBR ISO 6184 especifica um método para determinação de índices de explosão de gases
combustíveis no ar em espaço confinado. Fornece os critérios através dos quais os resultados obtidos utilizando
outros procedimentos de ensaios podem ser correlacionados para fornecer índices de explosão como determinado
pelo método especificado nesta parte da ABNT NBR ISO 6184.

2 Campo de aplicação

Esta parte da ABNT NBR ISO 6184 é aplicável somente para a determinação dos índices de explosão pertinentes
ao desenvolvimento de explosão confinada de gás/ar após ignição dos reagentes. Não se aplica aos índices
pertinentes às condições necessárias para causar a ignição dos reagentes. Se o procedimento experimental
especificado para a determinação dos índices de explosão não resultar na ignição da mistura gás/ar, não se deve
concluir que o gás em questão não pode explodir. A interpretação destes casos deve ser deixada para os
especialistas da área de explosões e de proteção contra explosões.

3 Definições
Para os efeitos desta parte da ABNT NBR ISO 6184, aplicam-se as seguintes definições:

3.1 explosão: Propagação de uma chama em uma pré-mistura de gases combustíveis, pó(s) em suspensão,
vapor(es) combustível, névoa(s), ou mesmo que misturados, em um oxidante gasoso como o ar, em um vaso
fechado, ou substancialmente fechado.

3.2 índice de explosão: Termo numérico, determinado de acordo com os métodos de ensaio especificados
nesta parte da ABNT NBR ISO 6184, o qual caracteriza a explosão contida de uma concentração específica de
reagentes em um vaso com volume de 1 m³.

NOTA A Figura 1 mostra a pressão/curva do tempo, para uma explosão típica, expressa, respectivamente, em bar 1)
e segundos.

3.2.1 índice de explosão pm: Máxima sobrepressão, relativa à pressão no vaso, no momento da ignição obtida
durante uma explosão,

3.2.2 índice de explosão pmáx: Máximo valor do índice de explosão pm determinado por ensaios através de
uma ampla faixa de concentração de reagentes.

1) 5
1 bar = 10 Pa.

©ABNT 2007 - Todos os direitos reservados 1


ABNT NBR ISO 6184-2:2007

3.2.3 índice de explosão K: Constante que define a máxima velocidade de aumento da pressão com o tempo
(dp/dt)m de uma explosão em um volume V, conforme a equação

 dp  1/ 3
K   V
 dt  m

NOTA Sob determinadas circunstâncias, esta equação não é válida para vasos com a relação do comprimento e diâmetro
maior que 2:1 ou com um volume menor que 1 m³.

3.2.4 índice de explosão Kmáx: Máximo valor do índice de explosão K, determinado por ensaios, através de
uma ampla faixa de concentração de reagentes. A violência de uma explosão é avaliada através do valor do Kmáx.

3.3 índice de turbulência: Termo numérico que caracteriza o grau de turbulência em uma condição
experimental sob a qual os índices de explosão são determinados.

3.3.1 índice de turbulência tv (retardo da ignição): Parâmetro experimental definido como o intervalo de
tempo entre o início do procedimento de injeção de gás em um recipiente e a ativação da fonte de ignição.
Caracteriza o grau de turbulência predominante no momento da ignição.

3.3.2 índice de turbulência Tu: Razão do índice de explosão Kmáx, turbulento, determinado conforme especificado
nesta parte da ABNT NBR ISO 6184 para o índice de explosão Kmáx, repouso dos reagentes em repouso.
É dado pela equação

K máx, turbulento
Tu 
K máx, repouso

Figura 1

2 ©ABNT 2007 - Todos os direitos reservados


ABNT NBR ISO 6184-2:2007

4 Método de ensaio

4.1 Geral

A aparelhagem experimental descrita nesta parte da ABNT NBR ISO 6184 foi escolhido como exemplo e é
adequado para a avaliação dos índices de explosão de gases combustíveis no ar.

4.2 Aparelhagem

A aparelhagem é composta essencialmente de uma câmara de explosão cilíndrica com volume interno de 1 m³ e
uma proporção nominal de 1:1, como indicado na Figura 2.

Um recipiente de aproximadamente 5 L é fixado à câmara de explosão, podendo ser pressurizado com ar até 20
bar. Este recipiente possui uma válvula de abertura rápida de 19 mm (3/4”), o que permite a injeção do conteúdo
do recipiente em 10 ms com a abertura da válvula. O recipiente é conectado à câmara de explosão por meio de
um tubo de 19 mm (3/4”) de diâmetro interno constituído de tubulação perfurada em formato semicircular tipo
spray (com furos com diâmetro entre 4 e 6 mm). O número de furos do tubo deve ser escolhido de tal forma que
sua área total de secção transversal seja de aproximadamente 300 mm2 .

Misturas de gás combustível/ar, em repouso ou turbulento, devem ser inflamadas com uma faísca elétrica com
energia de ignição superior a energia mínima de ignição do produto a ser testado.

Por exemplo, a fonte de ignição adequada deve ser uma série de faíscas induzidas, mantidas por 0,5 s.

NOTA A fonte de ignição adequada é produzida, utilizando um transformador de alta voltagem (aproximadamente 300 VA)
com uma saída de 15 kV (valor efetivo).

A distância entre os eletrodos geradores da faísca deve ser normalmente entre 3 mm a 5 mm, devendo estar
localizados no centro geométrico do aparelho de ensaio.

A aparelhagem deve permitir que o retardo de ignição (índice de turbulência tv) possa variar, se necessário, de
ensaio para ensaio.

Para medir a pressão de explosão na câmara, deve ser instalado o sensor de pressão na câmara, conectando-o
ao registrador de pressão.

NOTA Caso seja selecionada uma energia de ignição elevada, é possível que os resultados apresentem valores
diferentes daqueles obtidos, a partir de uma fonte de energia de ignição baixa, como descrito acima.

©ABNT 2007 - Todos os direitos reservados 3


ABNT NBR ISO 6184-2:2007

Figura 2

4.3 Procedimento

4.3.1 Ensaio de explosão de gás em repouso

Preparar a mistura gás/ar na câmara de 1 m3, por exemplo, pelo método das pressões parciais, estando a mistura
resultante na pressão atmosférica. É importante verificar a precisão da composição e a homogeneidade da mistura
gás/ar requerida. Assegurar que a mistura esteja em repouso. Ativar o registrador de pressão e, em seguida,
a fonte de ignição. Após a conclusão do ensaio, purgar a câmara de explosão com ar.
Repetir esse procedimento para várias concentrações de gás para obter curvas de pm em bar e de K em bar
metros por segundo versus a concentração de gás, definidas como porcentagens por volume (% v/v) para
determinar pmáx e Kmáx respectivamente (ver Figura 3).
Deve ser observado que em certos casos, poderão ocorrer instabilidades na combustão como resultado de fatores
de geometria e ignição. Essas instabilidades resultam em curvas de pressão/tempo que não são simétricas com
formato em s, como mostra a Figura 1. Nesses casos, a interpretação de resultados deve ser deixada para
especialistas no campo de explosão e proteção contra explosão.

4.3.2 Ensaios de explosão de gás turbulento

Preparar a mistura gás/ar na câmara de 1 m3 de acordo com o método descrito em 4.3.1. Pressurizar o recipiente
de 5 L com ar em 20 bar. Ativar o registrador de pressão da válvula do recipiente da amostra e em seguida a
fonte de ignição.

Provocar a turbulência da mistura gás/ar, através da injeção de ar comprimido, obtendo um índice de turbulência tv.
Em seguida, aplicar a ignição retardada escolhida, obtendo uma explosão de gás turbulento (ver Figura 4).

NOTA A influência da carga de ar comprimido no final da concentração de gás explosivo deveria ser levada em
consideração. Ao completar cada ensaio, iniciar a purga da câmara de explosão com ar.

4 ©ABNT 2007 - Todos os direitos reservados


ABNT NBR ISO 6184-2:2007

Repetir o procedimento para várias concentrações de gás (ver Figura 3) para obter curvas de pm e de K para
determinar pmáx e Kmáx, respectivamente.

Figura 3

©ABNT 2007 - Todos os direitos reservados 5


ABNT NBR ISO 6184-2:2007

Figura 4

4.4 Métodos alternativos de ensaio

Os índices de explosão de misturas gás/ar podem ser determinados usando equipamentos alternativos de ensaio
e/ou procedimentos de ensaio, desde que provado que a metodologia fornece resultados proporcionais aos
resultados obtidos utilizando aparelho de 1 m3 para um grande número de gases (ver 4.3.1).

5 Interpretação dos resultados do ensaio


Os métodos de ensaio descritos na Seção 4 permitem a determinação dos índices de explosão pmáx e Kmáx para
misturas de gases em repouso e turbulento. Pode-se afirmar, em geral, que a precisão da determinação de pmáx
é de ± 4%. A precisão da determinação Kmáx é dependente das condições de turbulência da mistura durante a
ignição.

6 Relatório do ensaio
O relatório do ensaio deve incluir as seguintes informações:

a) tipo de gás combustível;

b) condições de turbulência (índice de turbulência) ou de repouso;

c) concentração de gás combustível correspondente às medições de pmáx e Kmáx ;

d) índice de explosão pmáx, em bar;

e) índice de explosão Kmáx, em bar metros por segundo;

f) quaisquer desvios do procedimento de ensaio especificado na Seção 4; tais desvios são permitidos, desde
que relatados exatamente;

g) data do ensaio.

6 ©ABNT 2007 - Todos os direitos reservados

Você também pode gostar