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NORMA ABNT NBR

BRASILEIRA ISO
6184-4
Primeira edição
24.09.2007

Válida a partir de
24.10.2007

Sistema de proteção contra explosões


Parte 4: Determinação de eficácia dos
sistemas de supressão de explosões
Explosion protection systems
Part 4: Determination of efficacy of explosion supression systems

Palavras-chave: Prova de explosão. Sistemas de supressão de explosões.


Ensaios. Eficácia.
Descriptors: Explosion proofing. Explosion suppression systems. Tests.
Effectiveness.

ICS 13.230

ISBN 978-85-01-00673-2

Número de referência
ABNT NBR ISO 6184-4:2007
6 páginas
©ABNT 2007
ABNT NBR ISO 6184-4:2007

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Sumário Página

Prefácio Nacional....................................................................................................................................................... iv
0 Introdução ...................................................................................................................................................... v
1 Escopo ............................................................................................................................................................ 1
2 Campo de aplicação ...................................................................................................................................... 1
3 Definições ....................................................................................................................................................... 2
4 Método de ensaio .......................................................................................................................................... 3
4.1 Geral ................................................................................................................................................................ 3
4.2 Aparelhagem .................................................................................................................................................. 3
4.3 Procedimentos de ensaio ............................................................................................................................. 4
4.4 Métodos alternativos ..................................................................................................................................... 5
5 Interpretação dos resultados dos ensaios ................................................................................................. 5
6 Relatório do ensaio ....................................................................................................................................... 5

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ABNT NBR ISO 6184-4:2007

Prefácio Nacional

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Foro Nacional de Normalização. As Normas Brasileiras,
cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB), dos Organismos de Normalização
Setorial (ABNT/ONS) e das Comissões de Estudo Especiais Temporárias (ABNT/CEET), são elaboradas por
Comissões de Estudo (CE), formadas por representantes dos setores envolvidos, delas fazendo parte: produtores,
consumidores e neutros (universidades, laboratórios e outros).

Os Documentos Técnicos ABNT são elaborados conforme as regras da Diretivas ABNT, Parte 2.

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) chama atenção para a possibilidade de que alguns
dos elementos deste documento podem ser objeto de direito de patente. A ABNT não deve ser considerada
responsável pela identificação de quaisquer direitos de patentes.

A ABNT NBR ISO 6184-4 foi elaborada na Comissão de Estudo Especial Temporária de Sistemas de Prevenção
e Proteção contra Explosão (ABNT/CEET-00:001.80). O Projeto circulou em Consulta Nacional conforme
Edital nº 08, de 20.07.2007 a 21.08.2007, com o número de Projeto 00:001.80-001/4.

Esta Norma é uma adoção idêntica, em conteúdo técnico, estrutura e redação, à ISO 6184-4:1985, que foi
elaborada pelo Comitê Técnico (ISO TC 21) Equipment for fire protection and fire fighting, conforme
ISO/IEC Guide 21-1:2005.

A ABNT NBR ISO 6184, sob o título geral “Sistemas de proteção contra explosão”, tem previsão de conter
as seguintes partes:

 Parte 1: Determinação dos índices de explosão dos pós combustíveis no ar;

 Parte 2: Determinação dos índices de explosão dos gases combustíveis no ar;

 Parte 3: Determinação dos índices de explosão das misturas combustível/ar que não sejam as misturas em
pó/ar e gás/ar;

 Parte 4: Determinação da eficácia dos sistemas de supressão de explosão.

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0 Introdução
0.1 Supressão de explosões é um método desenvolvido para espaços confinados ou parcialmente confinados,
assim como volumes fechados (tanques). Deste modo o potencial de explosão é detectado e limitado
no seu estágio inicial, assim limitando a pressão a um valor seguro ou predefinido, de modo a eliminar
ou minimizar o dano.

O desempenho do sistema de supressão de explosões e o seu funcionamento dependem de:

a) natureza e explosividade do material combustível;

b) desenvolvimento de temperatura, pressão, turbulência, característica do escoamento do material etc.;

c) tamanho e geometria do vaso;

d) efetividade da supressão da explosão;

e) desempenho característico do supressor de explosão;

f) escolha dos componentes de supressão para o sistema.

0.2 Este texto é parte integrante desta Parte da ABNT NBR ISO 6184 referente a sistemas de proteção contra
explosões. As outras partes são as seguintes:

 Parte 1: Determinação dos índices de explosão dos pós combustíveis no ar.

 Parte 2: Determinação dos índices de explosão de gases combustíveis no ar.

 Parte 3: Determinação dos índices de explosão de misturas ar/combustível exceto as misturas poeiras, ar
e gás/ar.

0.3 Devem ser reconhecidos os resultados obtidos por meio dos métodos especificados nas outras partes
da ABNT NBR ISO 6184, em relação às medições, interpolações e extrapolações que se referem às condições
definidas no ensaio, representando a generalização de condições de operações típicas.

A validação da adoção de um sistema de supressão de explosão, para um risco específico, pode exigir outros
métodos de trabalho e/ou avaliação teórica. Esta interpretação e aplicação devem ser realizadas por especialistas
em proteção contra explosões.

O estudo de um sistema de supressão de explosão supressão de explosão para áreas de risco não
parametrizadas deve ser realizado por especialistas em proteção contra explosões. Exemplos de riscos não
parametrizados são apresentados a seguir:

a) tanque com dimensionamento com fatores maiores que 2 : 1;

b) tanques parcialmente ventilados;

c) recipientes com aparelhos fixos ou móveis que podem dificultar a distribuição do agente supressor;

d) pressão e temperatura de operação, superiores e inferiores as atmosféricas;

e) alto nível de turbulência ou passagem rápida de produtos;

f) tanques substancialmente maiores ou menores que os adotados na eficácia dos ensaios.

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Sistema de proteção contra explosões


Parte 4: Determinação de eficácia dos sistemas de supressão de explosões

1 Escopo
Esta parte da ABNT NBR ISO 6184 estabelece um método para avaliação dos sistemas de supressão
de explosões em um volume fechado, assim como define critérios para dispositivos de ensaios alternativos usados
para eficácia dos ensaios de supressão da explosão e critérios para aplicação e definição da operação segura
de um sistema de supressão de explosão.

2 Campo de aplicação
Esta parte da ABNT NBR ISO 6184 somente pode ser aplicada a sistemas de supressão de explosão previstos
para proteger vasos fechados ou semifechados, decorrentes da ignição de uma mistura explosiva. Esta Norma
é aplicável para:

a) sistemas que impedem a ignição explosão ou detonação em materiais explosivos ou pirotécnicos;

b) sistemas ou componentes destinados a proteger contra sobrepressão em tanques contendo vapor,


gases comprimidos, gaseificados ou materiais com reação não estável;

c) sistemas ou componentes destinados a proteção contra reação exotérmicas ou reações de polimeração;

d) sistemas de supressão de explosão para dutos ou galerias de minas;

e) sistemas ou componentes definidos especificamente para prevenção da ignição de misturas explosivas.

Pode ser necessária, após a supressão da explosão, a utilização de um sistema de proteção contra fogo,
não previsto no escopo da ABNT NBR ISO 6184, de modo a evitar-se a reignição da planta afetada*.

* NOTA DA TRADUÇÃO: planta afetada pode ser entendida como parte ou totalidade de um processo.

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3 Definições
Para os efeitos desta Norma, aplicam-se as definições contidas nas partes 1, 2 e 3 da ABNT NBR ISO 6184
e as seguintes definições.

3.1 supressor: Artefato contendo um agente supressor de explosão que pode ser liberado pela ação de
uma pressão interna. Esta pressão pode ser armazenada na forma de agente pressurizado ou pode ser obtida
por reação química como ativação de elementos explosivos ou pirotécnicos.

3.2 supressante: Substância contida no supressor que, quando liberada no recipiente, pode suprimir
a evolução da explosão neste recipiente. Três categorias de supressantes são geralmente usadas,
separadamente ou em combinação (pó, água, halon * *).

3.2.1 pó supressante: Pó com propriedades reconhecidas de extinção de chamas, tais como produtos à base
de mono-amônio fosfato, bicarbonato de potássio ou bicarbonato de sódio. Tais supressantes podem conter
aditivos para melhorar o fluxo das propriedades de dispersão e sua efetividade.

3.2.2 água supressante: Água utilizada como agente supressor de explosão. Podem ser incluídos aditivos
à sua composição, de modo a evitar congelamento e/ou melhorar as propriedades de dispersão do supressante.

3.2.3 halon supressante: Hidrocarboneto halogenado com reconhecidas propriedades extinção de fogo, como:

a) bromoclorometano – halon 1011;

b) bromoclorodifluormetano – halon 1211;

c) bromotrifluormetano – halon 1301;

d) dibromotetrafluoretano – halon 2402.

3.3 pressão do agente propolente: Pressão de armazenamento do gás pressurizado (tipicamente nitrogênio)
medida em bar1) .

3.4 carga supressante: Massa ou volume do supressante contido no supressor medido em quilogramas
ou litros.

3.5 sensor de explosão: Elemento sensível a alterações causadas pelo desenvolvimento da explosão
em um ou mais parâmetros ambientais, como pressão, temperatura e/ou radiação.

3.6 detector de explosão: Equipamento ou sistema contendo um ou mais sensores de explosão que responde
quando do desenvolvimento da explosão, de modo a prover um sinal de atuação do supressor de explosão.

3.7 pressão de detecção pA: Pressão acima da pressão de ignição (pi) para o qual um sinal de disparo
é enviado para o supressor (ver Figura 1).

3.8 pressão de explosão suprimida pRED: Máxima sobrepressão acima da pressão de ignição dos reagentes,
registrada em um evento de explosão suprimida (ver Figura 2).

* * NOTA DE TRADUÇÃO: a utilização do halon foi banida no Brasil atendendo ao Protocolo de Montreal, em 1989.
O halon substituído por agentes limpos, como o pentafluoretano.
1)
1 bar = 105 Pa.

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Figura 1

Figura 2

4 Método de ensaio

4.1 Geral

Em geral o aparelho descrito nesta parte da ABNT NBR ISO 6184 é utilizável para avaliação da eficácia
da supressão de explosão de gases e pós explosivos.

4.2 Aparelhagem

4.2.1 O ensaio para estabelecer a eficácia de um sistema de supressão de explosão deve ser realizado
em um dispositivo de ensaio que permita obter os resultados de explosividade não suprimida, proporcionais aos
obtidos em um dispositivo-padrão de 1 m3 para o mesmo material combustível ensaiado.

4.2.2 O aparelho de ensaio padrão de 1m3 descrito nas partes 1, 2 e 3 da ABNT NBR ISO 6184 deve ser
apropriado para os ensaios da eficácia dos sistemas de supressão com as seguintes ressalvas:

a) o volume do ensaio é apropriado somente para os supressores pequenos de explosão;

b) os dispositivos de ignição pirotécnica (energia total 10 kJ) usados para iniciar a explosão de pó podem
disparar detectores muito sensíveis e/ou podem mascarar a eficácia de sistemas de pressão de baixa
detecção.

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4.2.3 O volume do aparelho para ensaios deve ser suficientemente grande, de tal forma que um ou mais
supressor(es) inteiramente carregado(s) de supressor de explosão seja(m) requerido(s), a fim alcançar
concentração mínima projetada de supressante. Vasos esféricos ou cilíndricos, com a relação entre
o comprimento e o diâmetro inferior a 2 : 1 são os preferidos.

4.3 Procedimentos de ensaio

4.3.1 Para determinar a eficácia de um sistema particular de supressão de explosão de um material explosivo,
definido em um volume selecionado de ensaio, um único ensaio é requerido. O sistema de supressão deve ser
instalado no aparelho de ensaio, de acordo com as recomendações do fabricante. A pressão reduzida de explosão
pRED deve ser determinada através do ensaio.

4.3.2 Para determinar a faixa de aplicação de um sistema particular de supressão de explosão contra riscos
de explosão, em um volume selecionado de ensaio, uma série de avaliações deve ser considerada em relação
à explosões de gás e pó, aumentando-se a severidade por meio da variação do K (ver Figura 2).

NOTA A pressão de detecção pA e o número dos supressores são constantes.

4.3.3 Para determinar a faixa de aplicação de determinados supressores de explosão instalados em um volume
selecionado de ensaio, o desempenho deve ser avaliado de acordo com a definição da severidade das explosões,
utilizando-se uma faixa de pressão de detecção pA (ou a resposta equivalente do sensor; ver Figura 3).

NOTA O índice de explosão K e o número de supressores são constantes.

Figura 3

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4.3.4 Para determinar a faixa de aplicação de configurações múltiplas de supressores de explosão, instalados
em grandes volumes de ensaio, seu desempenho deve ser avaliado de acordo com a definição das severidades
das explosões nos volumes de ensaio (ver Figura 4).

NOTA O índice de explosão K e a pressão de detecção pA são constantes.

Figura 4

4.4 Métodos alternativos

As avaliações de eficácia da supressão de explosão podem ser consideradas utilizando equipamentos de ensaio
alternativo e/ou procedimentos de ensaio, desde que estes possam comprovar que tal metodologia apresenta
resultados proporcionais aos obtidos, usando os procedimentos de ensaio definidos em 4.3.

5 Interpretação dos resultados dos ensaios


A determinação da pressão reduzida da explosão, pRED, para um sistema de supressão, define a eficácia deste
sistema, bem como a mínima resistência de projeto da planta industrial na qual um sistema pode ser aplicado.
Os ensaios de acordo com os procedimentos descritos em 4.3.2 a 4.3.4 determinam a faixa de aplicação de
um sistema de supressão de explosão. De tais ensaios é possível afirmar:

a) a explosão mais severa que pode ser suprimida pelo sistema;

b) a pressão máxima da detecção que pode ser usada para suprimir uma explosão definida;

c) a aplicabilidade do resultado dos ensaios a outros volumes;

d) a efetividade do sistema de supressão está correlacionada aos valores medidos de pRED.

6 Relatório do ensaio
O relatório do ensaio deve conter as seguintes informações:

a) esquema dimensional do aparelho de ensaio;

b) volume(s) de ensaios utilizados;

c) natureza do(s) produto(s) explosivo(s);

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d) índices de explosão do(s) produto(s) como especificados nas partes 1, 2 e 3 da ABNT NBR ISO 6184;

e) pressão inicial pi;

f) parâmetros de explosão não suprimidas do(s) produto(s) no(s) volume(s) de ensaio;

g) quantidade, tipo e posição dos supressores de explosão;

h) supressantes;

i) pressão(ões) de detecção pA (ou resposta equivalente do sensor);

j) pressão(ões) do agente propelente do supressor;

k) cargas de supressante em cada um dos supressores;

l) pressão suprimida de explosão pRED;

m) data do ensaio;

n) índice de turbulência (retardo da ignição) tv.

Adicionalmente, o relatório deve incluir todas as observações e informações pertinentes que não puderem ser
inteiramente descritas nas alíneas a) até q) acima. Desvios nos procedimentos de ensaio definidos, quando
necessários, são permitidos, desde que tais desvios sejam exatamente descritos no relatório de ensaio.

Os relatórios de ensaios devem ser certificados em nome do estabelecimento que os realizou, numerados
e datados.

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