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FACULDADE IBRATE

TAINA DA SILVA DE SOUZA


TURMA 99 – MÓDULO NUTRIÇÃO

ORIENTAÇÕES DIETÉTICAS PARA PACIENTES

Portadores de Lipodistrofia Genoide (L.D.G.)


Embora existam diversas recomendações, sobre a composição dietética,
no combate a lipodistrofia genoide, conhecida como celulite, ainda há muita
controvérsia sobre a temática.
Existem múltiplos fatores que podem contribuir para o aumento ou
diminuição da espessura adipócito. Quando a glicose plasmática, é encontrada
em grande concentração, está sendo realizada uma dieta hiperglicêmica, o que
estimula a lipogênese, por atuar diretamente no processo da liberação da
insulina, e tal hormônio, ser um dos principais fatores hormonais que afetam a
lipogênese, devido a ativação de enzimas glicolíticas e lipogênicas, a dieta rica
em glicose, afeta diretamente no aumento de celulite (WESTMAN, et.al., 2007).
De acordo com Silvestre (2008), afirma que uma dieta baseada numa
baixa ingestão de carboidratos, e consequentemente uma diminuição da glicose
sanguínea, irão auxiliar o metabolismo a promover oxidação de ácidos graxos,
diminuindo seu armazenamento, ocasionando a mobilização do tecido
subcutâneo. Dessa forma, ao se dar preferência ao consumo de carboidratos
complexos ou inserindo fibras alimentares aos carboidratos, utilizados no plano
alimentar, é uma alternativa para evitar picos glicêmicos.
Schneider (2009), afirma que o uso de micronutrientes é fundamental em
uma dieta de combate e diminuição da celulite, pois proporcionam equilíbrio aos
líquidos corporais.
Segundo Arena (2008), o fitoterápico Vitis vinífera L, Semente, pode ser
utilizado no tratamento ao combate a celulite, pois promove a redução da
pressão arterial, atuando na inibição da enzima conversora de angiotensina I e
II. Melhorando a insuficiência venosa crônica, atuando como um poderoso
antioxidante, realizando a depuração de radicais livres e captando radicais
superóxido e hidroxila. Indica ainda o uso do Fuccus visiculosisI, que ocasiona o
aumento do metabolismo de glicose e ácidos graxos, tendo ainda efeito diurético,
além de estimular o trânsito intestinal, diminuindo a absorção de lipídeos.
A Ginkgo biloba, também é um fitoterápico que pode ser utilizado no
tratamento de LDG, essa substancia é capaz de melhorar a vascularização
periférica e cerebral. A ação de diferentes princípios ativos, promove o
incremento do suprimento sanguíneo cerebral, através da vasodilatação e
redução da viscosidade sanguínea, reduzindo a densidade de radicais livres de
oxigênio nos tecidos nervosos (MOTHÉ, et. al, 2006).
Frederico, et.al., (2006), indica a Centella asiática, um fitoterápico,
conhecido pela sua ação anti-inflamatória, homeostática, estimulante do tecido
conjuntivo e vascular, tendo ainda poder cicatrizante na celulite. O autor afirma
ainda que o fitoterápico, tem poder normalizador do tecido conjuntivo, agindo na
celulite como meio intersticial, estimulando a microcirculação, diminuindo o
edema, e agindo na gordura localizada.

Acne
Cordain, et.al. (2002), afirma que para se evitar o aumento de acne, deve-
se evitar o consumo de laticínios e carboidratos de auto índice glicêmico, com
isso diminui-se os níveis de IGF-1, que age, de maneira sinérgica com as
diidrotestosterona, na unidade pilossebácea de indivíduos que possuem genes
predispostos para a acne.
De acordo com Adebamowo, et.al.(2006), a ingestão de derivados do
leite, podem agravar quadros de acne. Embora possuam baixo índice glicêmico,
ocasiona o aumento de IGF-1, ocasionando o surgimento ou agravamento a
acne, sendo maior quando se faz o uso de leite desnatado, o que comprova que
não se deve a gordura do leite.
Além do IFF-1, o leite ainda contém outros hormônios, como estrógeno,
progesterona, precursores andrógenos e esteroides, alguns dos quais implica a
comedogênese (DANBY, 2005).
Dessa forma para que se consiga alcançar uma melhoria do quadro de
acne, deve-se seguir uma dieta livre de lacticínios e carboidratos com alto índice
glicêmico.
Prevenção de estria gestacional
Atualmente são escassos os estudos sobre dietas que possam auxiliar na
prevenção de estria gestacional, acredita-se que deve-se manter uma dieta
pobre em gorduras e carboidratos, e rica em proteínas e substancias
antioxidantes, evitando o sedentarismo e cuidando da pele (KORGAVKAR;
WANG, 2015).

Psoríase
Segundo Wolters (2005), a prevalência e gravidade do quadro de
psoríase, mostra-se melhora e diminuição em períodos de jejum, além disso ao
se fazer uso de dietas hipocalóricas, observa-se uma melhoria significativa nos
sintomas da doença.
De acordo com Ghoreschi, Mrowietz, Rocken (2003), ao diminuir a
ingestão do ácido araquidônico (AA), a produção de eicosanoides inflamatórias
cai. Durante o período de jejum, a ativação das células TCD4 diminui, o que faz
com que se eleve o número e/ou a função da interleucina 4 (citocina anti-
inflamatória) e com a baixa ingestão calórica, reduz-se o estresse oxidativo.
Uma dieta vegetariana, pode ser aliada para a melhoria dos sintomas da
psoríase, pois há a diminuição na ingestão de AA, diminuindo as inflamações
cutâneas. Uma substituição do AA por uma ácido graxo (AG) alternativo, em
especial a eicosapentaenoico (EPA), pode ser metabolizado pelas mesmas vias
enzimáticas do AA (WOLTERS, 2005).
Em um estuo desenvolvido por Ricketts, Rothe, Grant-Kels, (2010),
observou-se uma relação entre o consumo de alimentos que continham glúten e
desenvolvimento da psoríase, além de pacientes, portadores da doença
apresentarem maior prevalência se anticorpos associados a doença celíaca.

Pós-Operatório (cicatrização)
A dieta estabelecida no pós-operatório tem como objetivo evitar déficit
nutricionais, evitar complicações futuras, devendo ser iniciada precocemente de
acordo com a tolerância do paciente (LAMEU, POZIOMYCK, MOREIRA, 2013).
Deve-se fazer uso e imunonutrientes como aginina, nucleotídeos, ômega
3 e antioxidantes no período pós-operatório precoce, afim de diminuir a
incidência de complicações infecciosas. Deve-se realizar a reintrodução da dieta
alimentar precocemente, entre 12 e 24 h após o procedimento cirúrgico, pois O
tempo excessivo de jejum piora a desnutrição e aumenta as chances de
translocação bacteriana intestinal, consequente aumento de complicações,
infecções, do tempo de permanência e dos custos hospitalares (PINHEIRO et
al., 2013; AGUILAR-NASCIMENTO, 2013)

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