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UAM - Estruturas de Concreto Armado

Estruturas de Concreto Armado I e II


Dimensionamento e Detalhamento

Prof. Claydson M. Moro

São Paulo

Fevereiro/2021
UAM - Estruturas de Concreto Armado

Sumário
1 MATERIAIS............................................................................................................................................. 10
1.1 CONCRETO .................................................................................................................................10
1.1.1 Massa Específica....................................................................................................................10
1.1.2 Propriedades Mecânicas .........................................................................................................10
1.1.3 Valores Característicos ...........................................................................................................18
1.1.4 Valores de Cálculo (Item 12.3 da NBR-6118/14) ......................................................................18
1.1.5 Coeficientes de ponderação das resistências no estado-limite ultimo (ELU)..............................19
1.2 AÇOS ...........................................................................................................................................21
1.2.1 Aços de Armadura Passiva .....................................................................................................21
1.2.2 Características das Barras ......................................................................................................21
1.2.3 Barras e fios conforme NBR-7480/07 ......................................................................................21
1.2.4 Valores de coeficiente de aderência ........................................................................................25
1.2.5 Valores de Cálculo (Item 12.3 da NBR-6118/14) ......................................................................25
1.2.6 Propriedades mecânicas .........................................................................................................26
2 CRITÉRIOS DE PROJETO ...................................................................................................................... 27
2.1 DURABILIDADE DAS ESTRUTURAS ...........................................................................................27
2.1.1 Classe de agressividade ambiental, cobrimento e qualidade do concreto .................................28
2.1.2 Fissuração e proteção das armaduras .....................................................................................30
2.2 Estádios de solicitação ..................................................................................................................31
2.2.1 Estádio I .................................................................................................................................31
2.2.2 Estádio 2 ................................................................................................................................32
2.2.3 Estádio 3 ................................................................................................................................33
2.3 Domínios de Deformação na Seção Transversal ............................................................................34
2.3.1 Domínio 2a .............................................................................................................................34
2.3.2 Domínio 2b .............................................................................................................................34
2.3.3 Domínio 3 ...............................................................................................................................35
2.3.4 Domínio 4 ...............................................................................................................................36
2.3.5 Domínio 4a .............................................................................................................................36
2.3.6 Domínio 5 ...............................................................................................................................36
2.4 AÇÕES PARA CÁLCULO NA EDIFICAÇÕES................................................................................37
2.4.1 Nomenclatura das Cargas .......................................................................................................37
2.4.2 Cargas Permanentes ..............................................................................................................37
2.4.3 Ações Variáveis ......................................................................................................................40
2.4.4 Cargas Móveis........................................................................................................................41
2.4.5 Ações Variáveis Indiretas ........................................................................................................42
2.4.6 Ações dinâmicas.....................................................................................................................43
2.5 Materiais.......................................................................................................................................44
2.5.1 Pesos de componentes construtivos........................................................................................46
2.6 Redução de cargas variáveis conforme NBR-6120/19 ....................................................................56
3 PRÉ-DIMENSIONAMENTO ..................................................................................................................... 59
3.1 Lajes ............................................................................................................................................59
3.1.1 Classificação quanto a direção ................................................................................................59
3.1.2 Vão efetivos............................................................................................................................59
3.1.3 Altura útil para lajes ................................................................................................................60
3.1.4 Pré-dimensionamento das lajes...............................................................................................61
3.1.5 Altura útil para lajes em balanço ..............................................................................................61
3.1.6 Cálculo da altura (h) da laje.....................................................................................................62
3.1.7 Espessuras Mínimas ...............................................................................................................62
3.2 Vigas ............................................................................................................................................62
3.2.1 Vão teórico .............................................................................................................................62
3.2.2 Pré-dimensionamento das Vigas .............................................................................................63
3.3 Pilares ..........................................................................................................................................65
3.4 Método Simplificado ......................................................................................................................66
3.5 Método Melhorado ........................................................................................................................67
4 ESTADOS LIMITES E COMBINAÇÕES NAS AÇÕES .............................................................................. 68
4.1 Estado Limite Ultimo (ELU) ...........................................................................................................68
4.2 Estado Limite de Serviço (ELS) .....................................................................................................68
4.3 Combinações da Ações.................................................................................................................68
4.3.1 Generalidades ........................................................................................................................68
4.3.2 Combinações últimas ..............................................................................................................69
4.3.3 Coeficientes de ponderação das ações no estado-limite último (ELU).......................................69
4.3.4 Combinações Últimas Usuais ..................................................................................................71
4.3.5 Combinações de Serviço ........................................................................................................72
4.3.6 Coeficientes de ponderação das resistências no estado-limite de serviço (ELS) .......................73
5 DIMENSIONAMENTO A FLEXÃO SIMPLES EM CONCRETO ARMADO ................................................. 74
5.1 Seção Retangular à Flexão ...........................................................................................................74
5.1.1 Diagrama de tensões no Concreto ..........................................................................................75

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5.1.2 Modelo de Flexão – Formulação geral utilizando 𝒚 = 𝝀𝒙 e 𝜶𝒄...................................................75


5.1.3 Modelo de Flexão - Dimensionamento - Para fck  50 MPa, λ=0,8 e αc=0,85 ............................79
5.1.4 Momento Resistente ...............................................................................................................80
5.1.5 Linha neutra para fck > 50 MPa ................................................................................................81
5.2 Condições de Dutilidade................................................................................................................82
5.3 Seção Retangular com Armadura Dupla ........................................................................................83
5.4 Seção “T” à Flexão........................................................................................................................85
5.4.1 Hipótese I – Compressão na Mesa ..........................................................................................85
5.4.2 Hipótese II – Compressão na Alma..........................................................................................86
6 ANÁLISE DE ELEMENTOS SUBMETIDOS À FORÇA CORTANTE .......................................................... 88
6.1 Mecanismos Resistentes Internos .................................................................................................88
6.2 Modelo de Cálculo I ......................................................................................................................88
6.2.1 Verificação da compressão diagonal do concreto.....................................................................88
6.2.2 Cálculo da armadura transversal .............................................................................................89
6.3 Área mínima .................................................................................................................................91
6.4 Condições de Disposição das armaduras ......................................................................................91
6.5 Modelo de Cálculo II .....................................................................................................................92
6.5.1 Verificação da compressão diagonal do concreto.....................................................................92
6.5.2 Cálculo da armadura transversal .............................................................................................93
6.6 Armadura de Suspensão ...............................................................................................................94
7 DISPOSIÇÕES GERAIS.......................................................................................................................... 96
7.1 Aderência .....................................................................................................................................96
7.1.1 Valores de resistência de aderência ........................................................................................96
7.2 Ancoragem das Armaduras ...........................................................................................................97
7.2.1 Ancoragem por aderência .......................................................................................................97
7.2.2 Comprimento de ancoragem básico ........................................................................................97
7.2.3 Comprimento de ancoragem necessário ..................................................................................98
7.2.4 Ganchos das armaduras de tração e Diâmetros dos pinos de dobramento das barras ..............99
7.2.5 Ganchos para estribos .......................................................................................................... 100
7.3 EMENDAS.................................................................................................................................. 102
7.3.1 Tipos .................................................................................................................................... 102
7.3.2 Emendas por luvas rosqueadas ou prensada......................................................................... 104
7.3.3 Emendas por solda ............................................................................................................... 105
7.4 Distribuição longitudinal............................................................................................................... 107
7.4.1 Armaduras de tração na flexão simples, ancoradas por aderência .......................................... 107
7.4.2 Processo de determinação do comprimento das barras tracionadas ....................................... 107
7.5 ANCORAGEM NO APOIO .......................................................................................................... 110
8 ESTADOS LIMITES DE SERVIÇO (ELS) ............................................................................................... 111
8.1 Momento de Fissuração .............................................................................................................. 111
8.2 Homogeneização da seção ......................................................................................................... 112
8.3 Parâmetros no Estádio II Puro ..................................................................................................... 112
8.3.1 Determinando a posição da linha neutra no Estádio II ............................................................ 113
8.3.2 Momento de Inércia no Estádio II .......................................................................................... 114
8.4 Deformação ................................................................................................................................ 115
8.4.1 Flechas Imediata em lajes e vigas de concreto armado .......................................................... 115
8.4.2 Flechas Diferidas ao longo do tempo ..................................................................................... 116
8.4.3 Limites de deslocamento dos elementos estruturais ............................................................... 117
8.5 Estado-limite de fissuração.......................................................................................................... 118
8.5.1 Determinação de 𝝈𝒔𝒊 ............................................................................................................ 118
8.5.2 Valor Limite .......................................................................................................................... 119
9 LAJES121
9.1 Introdução .................................................................................................................................. 121
9.2 Definição .................................................................................................................................... 121
9.3 Laje Maciça ................................................................................................................................ 121
9.3.1 Classificação quanto a direção .............................................................................................. 121
9.3.2 Vão efetivos.......................................................................................................................... 123
9.3.3 Altura útil para lajes .............................................................................................................. 123
9.3.4 Espessuras Mínimas ............................................................................................................. 124
9.4 Vinculação .................................................................................................................................. 125
9.4.1 Tipos de Lajes ...................................................................................................................... 128
9.5 Reação das Lajes em vigas......................................................................................................... 129
9.5.1 Método das Áreas - Charneiras Plásticas .............................................................................. 129
9.6 Lajes armadas em uma direção ................................................................................................... 132
9.6.1 Lajes em Balanço ................................................................................................................. 134
9.6.2 Lajes armadas em uma direção com duas bordas livres......................................................... 134
9.7 Momentos Fletores Solicitantes ................................................................................................... 135
9.7.1 Lajes armadas em duas direções .......................................................................................... 135
9.7.2 Compatibilização dos momentos ........................................................................................... 137

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9.8 Dimensionamento à Flexão ......................................................................................................... 138


9.9 Detalhamento das Armaduras ..................................................................................................... 139
9.9.1 Armaduras longitudinais mínimas e máximas......................................................................... 139
9.9.2 Armaduras Máximas ............................................................................................................. 139
9.9.3 Armaduras Mínimas .............................................................................................................. 139
9.9.4 Determinação da quantidade e espaçamento ........................................................................ 140
9.9.5 Representação gráfica das formas das lajes e respectivas armaduras.................................... 141
9.10 Força cortante em laje e Elementos Lineares com 𝒃𝒘 ≥ 𝟓𝒅 (item 19.4.1 da NBR-6118/14) .......... 143
9.10.1 Lajes sem armadura para força cortante ................................................................................ 144
9.10.2 Lajes com armadura para força cortante ................................................................................ 145
9.11 Flechas....................................................................................................................................... 145
9.12 Limite de abertura de Fissura ...................................................................................................... 145
10 VIGAS146
10.1 Vão teórico ................................................................................................................................. 146
10.2 Altura Útil das Vigas (d) ............................................................................................................... 146
10.3 Dimensionamentos ..................................................................................................................... 147
10.3.1 Dimensionamento à Flexão ................................................................................................... 147
10.3.2 Dimensionamento à Força Cortante ...................................................................................... 148
10.3.3 Dimensionamento de vigas com seção “T”............................................................................. 148
10.3.4 Consideração da Mesa Colaborante ...................................................................................... 148
10.4 Detalhamento dos elementos Lineares ........................................................................................ 151
10.4.1 Armaduras longitudinais mínimas e máximas......................................................................... 151
10.4.2 Armaduras Máximas ............................................................................................................. 151
10.4.3 Armaduras Mínimas .............................................................................................................. 151
10.4.4 Armadura de Pele ................................................................................................................. 151
10.4.5 Alocação das Armaduras ...................................................................................................... 152
10.5 Representação gráfica das formas das vigas e respectivas armaduras ......................................... 153
10.6 Instabilidade lateral ..................................................................................................................... 154
10.7 Flechas....................................................................................................................................... 155
10.8 Limite de abertura de Fissura ...................................................................................................... 156
11 PILARES............................................................................................................................................... 157
11.1 Dimensões Mínima ..................................................................................................................... 157
11.2 Momento Mínimo ........................................................................................................................ 158
11.3 Determinação da Esbeltez (𝝀) e Esbeltez reduzida (𝝀𝟏) ............................................................... 158
11.3.1 Determinação do valor de 𝜶𝒃 deve ser obtido conforme estabelecido a seguir: ...................... 159
11.4 Classificação quanto a esbeltez................................................................................................... 161
11.5 Cálculo dos Momentos de 2º ordem locais ................................................................................... 162
11.5.1 Método do pilar padrão com curvatura aproximada ................................................................ 162
11.5.2 Método do pilar padrão com rigidez κ aproximada.................................................................. 163
11.6 Detalhamento dos elementos Lineares ........................................................................................ 164
11.6.1 Armadura Mínima ................................................................................................................. 164
11.6.2 Armadura Máxima................................................................................................................. 164
11.6.3 Determinação da Armadura Longitudinal ............................................................................... 164
11.6.4 Armadura Transversal........................................................................................................... 165
11.6.5 Proteção contra flambagem das barras ................................................................................. 165
11.6.6 Espaçamentos Máximos ....................................................................................................... 166
11.6.7 Recomendações de Distribuição ........................................................................................... 167
11.6.8 Representação gráfica em projeto ......................................................................................... 167
12 Escadas ................................................................................................................................................ 169
12.1 Dimensões ................................................................................................................................. 169
12.1.1 Dimensionamento de degraus e patamares ........................................................................... 169
12.1.2 Largura................................................................................................................................. 170
12.1.3 Larguras mínimas das escadas ............................................................................................. 170
12.2 Cargas........................................................................................................................................ 171
12.2.1 Peso Próprio......................................................................................................................... 171
12.2.2 Sobrecarga........................................................................................................................... 171
12.2.3 Revestimento........................................................................................................................ 172
12.3 Esquema Estrutural..................................................................................................................... 172
12.3.1 Escada de um Lance ............................................................................................................ 172
12.3.2 Escada em dois lances ......................................................................................................... 173
12.4 Exemplo de cálculo ..................................................................................................................... 174
12.4.1 Carregamentos ..................................................................................................................... 174
12.4.2 Esquema estrutural ............................................................................................................... 174
12.4.3 Determinação do 𝒉𝒎 ............................................................................................................ 175
12.4.4 Diagramas de esforços solicitantes........................................................................................ 176
12.4.5 Dimensionamentos - ELU...................................................................................................... 177
12.4.6 – Verificações em Serviço – ELS - CQP ................................................................................ 178
12.4.7 – Verificações em Serviço – ELS-W - CF ............................................................................... 179

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12.4.8 Detalhamento ....................................................................................................................... 182


13 FUNDAÇÕES........................................................................................................................................ 183
13.1 SAPATAS ................................................................................................................................... 183
13.1.1 Definição .............................................................................................................................. 183
13.1.2 Comportamento estrutural ..................................................................................................... 183
13.1.3 Estimativa de dimensões de sapata com carga centrada ....................................................... 186
13.1.4 Balanços (abas) iguais nas duas direções ............................................................................. 186
13.1.5 Balanços não iguais nas duas direções ................................................................................. 187
13.1.6 Pressões de contato – hipoteses sapatas rígidas ................................................................... 188
13.1.7 Verificação de estabilidade da sapata.................................................................................... 191
13.1.8 Determinação da armadura das sapatas................................................................................ 192
13.1.9 Verificação da tensão resistente de compressão diagonal do concreto no contorno do pilar .... 195
14 ANEXO A - RESUMOS.......................................................................................................................... 196
14.1 Pré-Dimensionamento................................................................................................................. 196
14.1.1 Lajes .................................................................................................................................... 196
14.1.2 Lajes em balanço.................................................................................................................. 196
14.2 Flexão ........................................................................................................................................ 197
14.3 Calculo da Armadura Transversal ................................................................................................ 198
14.3.1 Modelo I ............................................................................................................................... 198
14.3.2 Área mínima ......................................................................................................................... 198
14.3.3 Condições de Disposição das armaduras .............................................................................. 198
14.4 Ganchos e ancoragem ................................................................................................................ 199
14.4.1 Armaduras Longitudinais ou de tração ................................................................................... 199
14.4.2 Ganchos para Estribos .......................................................................................................... 201
14.5 Comprimento de ancoragem ....................................................................................................... 202
14.5.1 Comprimento de ancoragem Básico ...................................................................................... 202
14.5.2 Comprimento de ancoragem necessário ................................................................................ 202
14.6 Tabelas ...................................................................................................................................... 204
14.6.1 Tabela de Reação................................................................................................................. 204
14.6.2 Tabela de Momentos (Czerny) .............................................................................................. 205
14.6.3 Ábacos admensionais para dimensionamento ....................................................................... 206
15 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ....................................................................................................... 217

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Lista de Figuras

Fig. 1.1 - Curva de Gauss para a resistência do concreto à compressão ...........................................................11


Fig. 1.2 - Ensaio à tração Direta .......................................................................................................................12
Fig. 1.3 – Ensaio de tração por compressão diametral ......................................................................................12
Fig. 1.4 - Mecanismos de ensaio para tração na flexão .....................................................................................13
Fig. 1.5 - Ruptura fora do terço médio...............................................................................................................14
Fig. 1.6 - Módulo de deformação tangente inicial (𝐄𝐜𝐢) e deformação secante (𝐄𝐜𝐬) ...........................................16
Fig. 1.7 – Deformações longitudinais e transversais ..........................................................................................17
Fig. 1.8 – Tela de aço soldado CA-50 ou CA-60................................................................................................23
Fig. 1.9 – Treliças em barras/fios de aço e como espaçadoras de armadura de laje...........................................24
Fig. 1.10 – Barras de aço CA-25 e CA-50 / 60 ..................................................................................................25
Fig. 2.1 - Gráfico Momento x Curvatura correlacionado com os estádios. ..........................................................31
Fig. 2.2 - Comportamento do concreto na flexão pura (Estádio I) .......................................................................32
Fig. 2.3 - Comportamento do concreto na flexão pura (Estádio II) ......................................................................32
Fig. 2.4 - Comportamento do concreto na flexão pura (Estádio III) .....................................................................33
Fig. 2.5 - Peso próprio considerado para 1m² de laje.........................................................................................38
Fig. 2.6 - Camadas de revestimento do Piso .....................................................................................................38
Fig. 2.7 - Altura da alvenaria.............................................................................................................................39
Fig. 2.8 - Enchimento de laje rebaixada ............................................................................................................40
Fig. 2.9 – Multiplicadores de cargas variáveis – Exemplo com um tipo de uso ...................................................57
Fig. 2.10 – Multiplicadores de cargas variáveis – Exemplo com dois e três tipos de uso .....................................58
Fig. 2.11 – Multiplicadores de cargas variáveis – Exemplo de edificação com grupos de pavimentos com diferentes
áreas e mesmo tipo de uso ..............................................................................................................................58
Fig. 3.1 - Vão efetivo ou teórico ........................................................................................................................60
Fig. 3.2 - Vão efetivo ou teórico ........................................................................................................................63
Fig. 3.3 - Áreas de influência dos pilares...........................................................................................................65
Fig. 5.1 - Simplificação - Linearização das tensões de compressão no concreto ................................................75
Fig. 6.1 - Treliça Clássica de Mörsch-Ritter .......................................................................................................88
Fig. 6.2 - Modelo I e Modelo II de cálculo ..........................................................................................................88
Fig. 6.3 - Espaçamentos Smáx e Stmáx................................................................................................................92
Fig. 6.4 - Viga apoiada diretamente e Viga apoiada indiretamente .....................................................................95
Fig. 6.5 - Distribuição das Armaduras de Suspensão ........................................................................................95
Fig. 7.1 - Situações de boa e má aderência ......................................................................................................96
Fig. 7.2 - Aderência por atrito ...........................................................................................................................97
Fig. 7.3 – Aderência por meio de dispositivos Mecânicos - 𝜂1 ...........................................................................97
Fig. 7.4 - Ancoragem com barras transversais soldadas....................................................................................99
Fig. 7.5 - Diâmetros de dobramento................................................................................................................ 100
Fig. 7.6 - Diâmetros de dobramento para estribos ........................................................................................... 101
Fig. 7.7 - Exemplos de dobras de estribos para barras de Ø6,3 e Ø8mm ......................................................... 101
Fig. 7.8 - Emenda por traspasse - Barras de alta aderência (CA-50)................................................................ 102
Fig. 7.9 - Emenda por traspasse - Barras Lisas (CA-25) .................................................................................. 102
Fig. 7.10 - Consideração de emendas por traspasse na mesma seção ............................................................ 103
Fig. 7.11 – Etapas de prensagem com uma barras (esquerda) e duas barras (direita) ...................................... 104
Fig. 7.12 - Barra devidamente prensada ......................................................................................................... 105
Fig. 7.13 - Vista luva em corte, mostrando a prensagem e o pino rosqueado ................................................... 105
Fig. 7.14 – Luvas embutidas em barras dentro do concreto ............................................................................. 105
Fig. 7.15 – Cobertura do diagrama de força de tração solicitante pelo diagrama resistente .............................. 107
Fig. 9.1 - Laje armada em uma só direção ...................................................................................................... 122
Fig. 9.2 - Laje armada em duas direções ........................................................................................................ 122
Fig. 9.3 - Vão efetivo ou teórico ...................................................................................................................... 123
Fig. 9.4 - Representação dos tipos de apoio ................................................................................................... 125
Fig. 9.5 - Viga de borda como apoio simples para laje..................................................................................... 126
Fig. 9.6 - Laje em balanço engastada na viga de apoio ................................................................................... 126
Fig. 9.7 - Lajes adjacentes com espessuras muito diferentes .......................................................................... 126
Fig. 9.8 - Momento elástico na continuidade das lajes decorrente dos momentos fletores negativos diferentes . 127
Fig. 9.9 - Caso específico de vinculação ......................................................................................................... 127
Fig. 9.10 – Tipos de lajes de acordo com as vinculações ................................................................................ 129

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Fig. 9.11 - Definição das áreas de influência de carga para cálculo das reações de apoio nas vigas de borda das
lajes armadas em duas direções .................................................................................................................... 130
Fig. 9.12 - Momentos fletores em lajes armadas em uma direção .................................................................... 132
Fig. 9.13 – Laje armada em uma direção sobre apoio simples e carregamento uniforme .................................. 132
Fig. 9.14 - Laje armada em uma direção sobre apoio simples ......................................................................... 133
Fig. 9.15 - Laje armada em uma direção biengastada e carregamento uniforme .............................................. 133
Fig. 9.16 -Laje em balanço armada em uma direção ....................................................................................... 134
Fig. 9.17 - Laje armada em uma direção com as bordas livres......................................................................... 134
Fig. 9.18 - Momentos das lajes sem balanceamento ....................................................................................... 137
Fig. 9.19 - Compatibilização dos Momentos .................................................................................................... 138
Fig. 9.20 - Representação das armaduras inferiores das lajes em 3D .............................................................. 141
Fig. 9.21 – Representação das armaduras superiores das lajes em 3D ........................................................... 141
Fig. 9.22 - Representação das armaduras superiores e inferiores das lajes e suas respectivas distribuições .... 142
Fig. 9.23 – Comprimento de ancoragem necessário ........................................................................................ 144
Fig. 10.1 - Vão efetivo ou teórico .................................................................................................................... 146
Fig. 10.2 – Altura útil (d) para uma camada ou mais camadas de armaduras ................................................... 147
Fig. 10.3 – Altura útil (d) para duas camadas ou mais camadas de armaduras não simétricas.......................... 147
Fig. 10.4 - Largura da mesa colaborante......................................................................................................... 150
Fig. 10.5 – Largura efetiva com abertura......................................................................................................... 150
Fig. 10.6 - Disposição das Armaduras de Pele ................................................................................................ 152
Fig. 10.7 - Alocação das barras na seção transversal da viga.......................................................................... 152
Fig. 10.8 - Detalhamento para corte e dobra ................................................................................................... 153
Fig. 10.9 - Tabela resumo de aço ................................................................................................................... 154
Fig. 10.10 – Representação renderizada da armadura .................................................................................... 154
Fig. 11.1 - (a) Momento tracionando fibras opostas, (b) Momentos tracionando a mesma fibra ......................... 159
Fig. 11.2 - Momentos de 1º ordem dos Pilares ................................................................................................ 162
Fig. 11.3 - Momentos de 2º ordem dos Pilares ................................................................................................ 162
Fig. 11.4 - Proteção contra a flambagem da barras ......................................................................................... 166
Fig. 11.5 - Representação gráfica da locação das barras para corte e dobra.................................................... 167
Fig. 11.6 - Representação renderizada das armaduras dos pilares .................................................................. 168
Fig. 11.7 - Exemplo de ligação da armadura entre andares – Vistas frontal e lateral ........................................ 168
Fig. 12.1 – Altura e largura do degrau (com e sem bocel) ................................................................................ 169
Fig. 12.2 – Lanço mínimo e compimento de patamar ...................................................................................... 170
Fig. 12.3 - Altura média da escada ................................................................................................................. 171
Fig. 12.4 - Escada em um lance ..................................................................................................................... 172
Fig. 12.5 - Carregamento da Escada aplicada ao modelo ................................................................................ 175
Fig. 12.6 - Diagrama de momento no ELS-CQP.............................................................................................. 178
Fig. 12.7 - Área de envolvimento das barras ................................................................................................... 180
Fig. 13.1 – Dimensões da sapata ................................................................................................................... 183
Fig. 13.2 – Vistas 3D das sapatas .................................................................................................................. 184
Fig. 13.3 - Trajetória das tensões principais e tensão de tração uniforme na sapata rígida não alongada.......... 184
Fig. 13.4 - Momento fletor na Sapata Flexível ................................................................................................. 185
Fig. 13.5 - Distribuições das pressões no solo em sapata sob carga centrada ................................................. 185
Fig. 13.6 - Dimensões das sapatas - Abas iguais ............................................................................................ 187
Fig. 13.7 – Fundação retangular submetida a uma carga vertical e a dois momentos ....................................... 188
Fig. 13.8 - Dimensões da fundação, direção das excentricidade e carga aplicadas .......................................... 188
Fig. 13.9 – Exemplo de distribuição das tensões nas estremidades da sapata ................................................. 190
Fig. 13.10 - Esquema de carregamentos ........................................................................................................ 191
Fig. 13.11 - Exemplo de armadura de sapata com os arranques dos pilares .................................................... 192
Fig. 13.12 – Bielas de compressão e tirantes Tx ............................................................................................. 193
Fig. 13.13 - Seção de referência S1a, relativa a direção A da sapata............................................................... 193
Fig. 13.14 - Esquema Estrutural para a aba da sapata .................................................................................... 194
Fig. 13.15 - Esquema estrutural desmembrado em duas figuras. (1) Retangular (2) Triangular......................... 194
Fig. 13.16 - Esquema estrutural simplificado para a aba da sapata .................................................................. 194
Fig. 13.17 – Superfície de contorno para deterinação de 𝝉𝒔𝒅 .......................................................................... 195

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Lista de tabelas

Tab. 1.1 – Resistências a tração do concreto .................................................................................................... 15


Tab. 1.2 - Valores Estimados de Módulo de Elasticidade em função da resistência característica à compressão do
concreto (considerando granito como agregado graúdo) ................................................................ 17
Tab. 1.3 - Valores dos Coeficientes 𝛾𝑐 e 𝛾𝑠 ...................................................................................................... 20
Tab. 1.4 - Características das Barras................................................................................................................ 21
Tab. 1.5 - Características dos Fios ................................................................................................................... 22
Tab. 1.6 – Tabela de tela soldada nervurada ................................................................................................... 22
Tab. 1.7 – Tabela de treliças em fios / barras soldadas ..................................................................................... 24
Tab. 1.8 - Valores de coeficiente de aderência 𝜂1 ............................................................................................. 25
a armaduras para concreto armado .................................................................................................................. 26
Tab. 2.1 - Classes de Agressividade Ambiental (CAA) ...................................................................................... 28
Tab. 2.2 - Correspondência entre classe de agressividade e a qualidade do concreto........................................ 28
Tab. 2.3 - Correspondência entre a classe de agressividade ambiental e o cobrimento nominal para c=10mm . 29
Tab. 2.4 - Exigências de durabilidade relacionadas à fissuração e a proteção da armadura, em função das classes
de agressividade ambiental ........................................................................................................... 30
Tab. 2.5 - Nomenclatura das Cargas ................................................................................................................ 37
Tab. 2.6 - Peso específico dos materiais de construção .................................................................................... 44
Tab. 2.7 – Alvenarias ....................................................................................................................................... 46
Tab. 2.8 – Divisórias e caixilhos ....................................................................................................................... 47
Tab. 2.9 – Revestimentos de pisos e impermeabilizações ................................................................................. 47
Tab. 2.10 – Enchimentos ................................................................................................................................. 47
Tab. 2.11 - Valores característicos nominais das cargas variáveis (continua) ..................................................... 48
Tab. 2.11 - (continuação) ................................................................................................................................. 49
Tab. 2.11 - (continuação) ................................................................................................................................. 50
Tab. 2.11 - (continuação) ................................................................................................................................. 51
Tab. 2.11 - (continuação) ................................................................................................................................. 52
Tab. 2.11 - (continuação) ................................................................................................................................. 53
Tab. 2.11 - (continuação) ................................................................................................................................. 54
Tab. 2.11 - (conclusão) .................................................................................................................................... 55
Tab. 2.12 – Carga variáveis adicionais para consideração de paredes divisórias sem posição definida em projeto
..................................................................................................................................................... 56
Tab. 2.13 – Multiplicador 𝛼𝑛 das cargas variáveis ............................................................................................. 56
Tab. 3.1 – Exemplo de composição de cargas para cada área de influência de pilar .......................................... 67
Tab. 4.1 - Coeficiente γf = γf1. γf3 ................................................................................................................... 70
Tab. 4.2 - Coeficiente γf2 ................................................................................................................................ 70
Tab. 4.3 - Combinações últimas ....................................................................................................................... 71
Tab. 4.4 - Combinações de serviço................................................................................................................... 72
Tab. 5.1 - Valores de 𝜆 e 𝛼𝑐 ............................................................................................................................. 74
Tab. 5.2 - Valores de 𝑋 e 𝐴𝑠 para concretos de fck > 50 MPa............................................................................. 81
Tab. 7.1 - Comprimento de ancoragem básico (cm) para aço CA-50 e concretos até 50 MPa ............................ 98
Tab. 7.2 - Comprimento de ancoragem básico (cm) para aço CA-25 e concretos até 50 MPa ............................ 98
Tab. 7.3 - Diâmetro dos pinos de dobramento (D) ............................................................................................. 99
Tab. 7.4 - Diâmetro dos pinos de dobramento para estribos (Dt) ..................................................................... 100
Tab. 7.5 - Valores do coeficiente 𝛼𝑜𝑡 .............................................................................................................. 103
Tab. 8.1 - Valores do coeficiente 𝜉 em função do tempo.................................................................................. 116
Tab. 8.2 - Limites de deslocamento ................................................................................................................ 117
Tab. 8.3 - Exigências de durabilidade relacionadas à fissuração e a proteção da armadura, em função das classes
de agressividade ambiental ......................................................................................................... 119
Tab. 9.1 - Valores do coeficiente adicional 𝛾𝑛 para lajes em balanço ............................................................... 125
Tab. 9.2 - Critério para bordas parcialmente engastada e/ou parcialmente apoiada ......................................... 128
Tab. 9.3 - Tabela de reações de apoio em Lajes com carga uniforme .............................................................. 131
Tab. 9.4 - Tabela de Czerny ........................................................................................................................... 136
Tab. 9.5 - Valores mínimos para armaduras passivas aderentes ..................................................................... 139
Tab. 9.5 - Valores mínimos para armaduras passivas aderentes (continuação)................................................ 140
Tab. 9.6 - Taxas mínima de armadura de flexão para vigas e lajes .................................................................. 140
Tab. 9.7 – Tabela de Barras (Posição, Diâmetro, Comprimento e Comprimento total) ...................................... 143
Tab. 9.8 – Tabela Resumo (Posição, Diâmetro, Comprimento total e Peso Total) ............................................ 143

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Tab. 10.1 - Taxas mínima de armadura de flexão para vigas ........................................................................... 151
Tab. 10.2 - Valores de βfl................................................................................................................................ 155
Tab. 11.1 – Valores de 𝛾𝑛 para pilares e pilares-parede com b entre 14 e 19 cm ............................................. 157
Tab. 11.2 – Dimensões mínima de pilares entre 14 e 19 cm - 𝐴𝑐 ≥ 360 𝑐𝑚² .................................................... 157

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1 MATERIAIS
1.1 CONCRETO
1.1.1 Massa Específica

A NBR-6118/14, explicita no item 1.2, que a norma se aplica a concretos normais com
massa específica seca maior do que 2000 kg/m³ não excedendo 2800 kg/m³, do grupo I de
resistência (C20 a C50), e do grupo II de resistência (C55 a C90), conforme classificação da
ABNT NBR 8953.
Porém, para efeito de cálculo, a NBR-6118/14, considera para concreto simples o valor
de 2400 kg/m³ e para concreto armado 2500 kg/m³. Quando conhecida a massa específica
do concreto simples, pode-se adotar como a massa do concreto armado, a massa específica
do concreto simples acrescida de 100 kg/m³ a 150 kg/m³.

1.1.2 Propriedades Mecânicas

De acordo com PINHEIRO (2006), as propriedades mecânicas do concreto são:


resistência a compressão, resistência a tração, e módulo de elasticidade. Essas
propriedades são determinadas a partir de ensaios, executados em condições específicas.
Na falta de ensaios específicos pode-se adotar as resistências a compressão para cada
classe, resistências a tração conforme item 1.1.2.2, e módulos de elasticidade conforme item
1.1.2.6, e vale destacar que todos os ensaios de caracterização dos matérias são utilizados a
unidade MPa para caracterização.

1.1.2.1 Resistência a Compressão

A resistência a compressão simples, denominada 𝒇𝑪 , é uma característica mecânica o


na qual nos guiamos para todos os dimensionamentos apresentados na norma NBR-6118/14,
sendo que a partir dele estima-se o módulo de elasticidade e as resistências a tração do
concreto.
Para estima-la em um lote de concreto, são moldados corpos de prova para ensaio segundo
a NBR-5738 – Moldagem e cura de corpos de prova cilíndricos ou prismáticos, ensaiados de
acordo com os parâmetros da NBR-5739 – Concreto – Ensaio de compressão de corpos-de-
prova cilíndricos.
O corpo-de-prova utilizado como padrão no Brasil, são corpos cilíndricos de 15cm de
diâmetro de 30 cm de altura, tendo como idade média de referência para ensaio de 28 dias.
Após um grande número de corpos-de-prova, pode ser feito um gráfico com os valores
obtidos de fc versus a quantidade de corpos-de-prova relativos a determinado valor de 𝑓𝑐 ,

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também denominada de densidade de frequência. A curva encontrada denomina-se Curva


Estatística de Gauss ou Curva de distribuição normal, conforme Fig. 1.1 apresentada abaixo.

Fig. 1.1 - Curva de Gauss para a resistência do concreto à compressão


Fonte: PINHEIRO (2006)

Através da curva de Gauss, podemos extrair dois valores de suma importância: 𝒇𝒄𝒎
sendo a resistência média a compressão, e o 𝑓𝑐𝑘 como a resistência característica.
Sendo fcm é a media aritmética dos valores de 𝑓𝑐𝑐 para um conjunto de corpos-de-
prova ensaiados, podemos determinar a resistência característica por meio da fórmula:

𝒇𝒄𝒌 = 𝒇𝒄𝒎 − 𝟏, 𝟔𝟓𝒔

O desvio padrão 𝒔 corresponde a distância entre a abcissa de 𝑓𝑐𝑚 e do ponto de


inflexão da curva, ponto onde a curva muda de concavidade.
O valor de 1,65 corresponde ao quantil de 5%, ou seja, apenas 5% dos corpos de
prova terão resistência menor que 𝑓𝑐𝑘 (𝑓𝑐 < 𝑓𝑐𝑘 ), desta forma com 95% de corpos-de-prova
com resistência acima de 𝑓𝑐𝑘 .
Podemos definir então sendo o 𝑓𝑐𝑘 como o valor das resistências que tem 5% de
probabilidade de não ser alcançado, em ensaios de corpos-de-prova de um determinado lote
de concreto.

1.1.2.2 Resistência a tração

A resistência a tração indireta 𝑓𝑐𝑡,𝑠𝑢𝑝 e a resistência à tração na flexão 𝑓𝑐𝑡,𝑓 , devem ser
obtidos em ensaios realizados segundo as ABNT NBR 7222 e ABNT NBR 1214,
respectivamente. Neste ensaio é aplicada uma carga de tração axial, até a ruptura, em corpos
de prova de concreto simples. A central é retangular, medindo 9 cm por 15 cm, e as
extremidades são quadradas de lado 15cm.

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Fig. 1.2 - Ensaio à tração Direta


Fonte: PINHEIRO (2006)

1.1.2.3 Resistência a tração na compressão diametral (spliting test)

O ensaio de compressão diametral é realizado feito com corpos-de-prova cilíndricos


de 15 cm de diâmetro e 30 cm de altura, colocado numa prensa com o eixo horizontal entre
pratos, sendo aplicada uma força até a sua ruptura tração indireta (ruptura por fendilhamento).
Este ensaio é o mais utilizado, e foi desenvolvido por um brasileiro, Lobo Carneiro em 1947,
também conhecimento como ensaio brasileiro.

Fig. 1.3 – Ensaio de tração por compressão diametral


Fonte: PINHEIRO (2006)

De acordo com a NBR-7222/11, a resistência à tração por compressão diametral deve


ser calculada pela expressão:

2. F
fct,sp =
πdl

Onde:
fct,sp é a resistência à a tração por compressão diametral, em MPa;
F é a força máxima obtida no ensaio, expresso em newtons (N);
d é o diâmetro do corpo de prova, expresso em milímetros (mm);
l é o comprimento do corpo de prova, expresso em milímetros (mm).

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1.1.2.4 Ensaio de tração na flexão

O ensaio de tração na flexão é realizado com corpos-de-prova prismáticos, sendo


carregamentos aplicados em duas seções simétricas até que ocorra a ruptura. Este ensaio
pode ser conhecido também como por “carregamentos nos terços”, pelo fato das seções
serem carregadas se encontrarem nos terços dos vãos.

Fig. 1.4 - Mecanismos de ensaio para tração na flexão


Fonte: NBR-12142 – Figura 1 (2010)

A resistência de tração na flexão deve ser calculada de acordo com a seguinte


equação:
F. 𝑙
fct,f =
b. d2

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Caso a ruptura ocorra fora do terço médio, a uma distância deste não superior a 5%
de l, calcular a resistência de tração na flexão pela expressão:
3. F. a
fct,f =
b. d2

Onde:
fct,f é a resistência de tração a flexão, expressa em megapascals (MPa);
F é a força registrada pela maquina de ensaio, expressa em newtons (N);
𝑙 é a dimensão do vão entre os apoios, expressa em milímetros (mm);
b é a largura média do corpo de prova, expressa em milímetros (mm);
d é a altura média do corpo de prova, expressa em milímetros (mm);
a é a distância média entre a linha de ruptura na face tracionada e a linha correspondente
ao apoio mais próximo, em milímetros (mm). Ver Fig. 1.5.

Fig. 1.5 - Ruptura fora do terço médio


Fonte: NBR-12142 – Figura 2 (2010)

1.1.2.5 Relação aproximadas obtidas através dos ensaios

A resistência a tração direta fct pode ser considerada igual a 0,9. fct,sp ou 0,7. fct,f, ou
seja, 0,9 da compressão diametral, ou 0,7 do ensaio tração na flexão como coeficientes de
conversão.
Na falta de ensaios, as resistências a tração direta podem ser obtidas a partir da
resistência à compressão fck .
fctk,inf = 0,7. fct,m
fctk,sup = 1,3. fct,m
- Para concreto de classe até C50
2
fct,m = 0,3. fck 3
- Para concretos de classes C55 até C90
fct,m = 2,12. ln. (1 + 0,11. fck )

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Fct,m e fck são expressos em megapascal (MPa).


Onde:
fct,m resistência do concreto a tração média;
fctk,inf resistência do concreto a tração na flexão;
fctk,sup resistência do concreto a tração indireta.
fctd resistência do concreto a tração de cálculo;
2
fctk,inf 0,7. fct,m 0,21. fck 3
fctd = = =
𝛾𝑐 1,4 1,4

Desta forma, obtem-se:

Tab. 1.1 – Resistências a tração do concreto

fck fct,m fctk,inf fctd


(MPa) MPa kN/cm² MPa kN/cm² MPa kN/cm²

20 2,210 0,221 1,547 0,155 1,105 0,110


25 2,565 0,256 1,795 0,180 1,282 0,128
30 2,896 0,287 2,028 0,203 1,449 0,145
35 3,210 0,321 2,247 0,225 1,605 0,160
40 3,509 0,351 2,456 0,246 1,754 0,175
45 3,795 0,380 2,657 0,266 1,898 0,190
50 4,072 0,407 2,850 0,285 2,036 0,204
55 4,140 0,414 2,898 0,290 2,070 0,207
60 4,300 0,430 3,010 0,301 2,150 0,215
70 4,586 0,459 3,210 0,321 2,293 0,229
80 4,839 0,484 3,387 0,339 2,419 0,242
90 5,064 0,506 3,545 0,354 2,532 0,253
Fonte: Autor (2017)

1.1.2.6 Módulo de Elasticidade

O modulo de deformação tangente inicial (Eci ) deve ser obtido segundo o método de
ensaio estabelecido na NBR-8522/08 - Concreto - Determinação do módulo estático de
elasticidade à compressão, sendo considerado o módulo de deformação tangente inicial,
obtido na idade de 28 dias.
Quando não forem realizados os ensaios, pode-se estimar o valor do módulo de
elasticidade inicial usando as expressões descritas na NBR-6118/14, item 8.2.8, conforme a
seguir:
Eci = αE . 5600√fck para fck de 20 MPa até 50 MPa;

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1
3 fck 3
Eci = 21,5. 10 . αE . ( 10 + 1,25) para fck de 55 MPa até 90 MPa;

Sendo:

αE = 1,2 para basalto e diabásio;


αE = 1,0 para granito e gnaisse;
αE = 0,9 para calcário;
αE = 0,7 para arenito;

Eci e fck são dados em Megapascal (MPa);


Eci módulo de deformação tangencial inicial.

Ecs

Fig. 1.6 - Módulo de deformação tangente inicial (𝐄𝐜𝐢) e deformação secante (𝐄𝐜𝐬 )
Fonte: PINHEIRO (2006)

O módulo de deformação secante pode ser obtido segundo o método de ensaio


estabelecido na NBR-8522/08, ou estimado pela expressão:

Ecs = αi . Eci

Sendo:
fck
αi = 0,8 + 0,2 . ≤ 1,0
80

Ecs módulo de deformação secante

Valores estimados de módulo de elasticidade em função da resistência característica


à compressão do concreto (considerando o uso de granito como agregado graúdo), conforme
Tab. 1.2.

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Tab. 1.2 - Valores Estimados de Módulo de Elasticidade em função da resistência característica à


compressão do concreto (considerando granito como agregado graúdo)
Classe de
C20 C25 C30 C35 C40 C45 C50 C60 C70 C80 C90
Resistência
Eci
25 28 31 33 35 38 40 42 43 45 47
(GPa)
Ecs
21 24 27 29 32 34 37 40 42 45 47
(GPa)

αi 0,85 0,86 0,88 0,89 0,90 0,91 0,93 0,95 0,98 1,00 1,00

Fonte: Tabela 8.1 da NBR-6118/14, pg. 25.

Os módulos de elasticidade em uma idade menor que 28 dias pode ser avaliado pelas
expressões a seguir, substituindo fck por fcj:
f (t) 0,5
Eci (t) = [ cf ] × Eci , para os concretos com fck de 20 MPa a 45 MPa;
c

f (t) 0,3
Eci (t) = [ cf ] × Eci, para os concretos com fck de 50 MPa a 90 MPa;
c

Onde:
Eci (t) é a estimativa do módulo de elasticidade do concreto em uma idade entre 7 dias e 28
dias.
fc (t) é a resistência a compressão do concreto na idade em que se pretende estimar o
módulo de elasticidade, em megapascal (MPa).

1.1.2.7 Coeficiente de Poisson e módulo de Elasticidade Transversal

O coeficiente de Poisson é a relação entre a deformação longitudinal do concreto


causada por uma carga uniaxial aplicada em sua direção, resultando em uma deformação
transversal com sinal contrário. (Fig. 1.7).

Fig. 1.7 – Deformações longitudinais e transversais


Fonte: PINHEIRO, MUZARDO E SANTOS (2004)

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Porém no item 8.2.9 da NBR-6118/14, admite-se que para tensões de compressão


menores que 0,5.fc e tensões de tração menores que fct , o coeficiente de Poisson 𝜐, pode ser
tomado igual a 0,2.

De forma geral, pode-se admitir que o módulo de elasticidade transversal seja igual a:

Ecs
Gc =
2. (1 + υ)

Admitindo-se um coeficiente de Poisson de 0,2, pode-se escrever o módulo de


elasticidade transversal da seguinte maneira:

Ecs Ecs Ecs


Gc = → →
2. (1 + 0,2) 2. (1,2) 2,4

1.1.3 Valores Característicos

“Os valores característicos 𝑓𝑘 das resistências são os que, em um lote de material, têm
uma determinada probabilidade de serem ultrapassados, no sentido desfavorável da
segurança.
Usualmente é de interesse a resistência inferior 𝑓𝑘,𝑖𝑛𝑓 , cujo o valor é menor que a
resistência média 𝑓𝑚 , embora as vezes haja interesse na resistência superior 𝑓𝑘,𝑠𝑢𝑝 , cujo o
valor é maior que 𝑓𝑚 .
Para efeitos desta norma, a resistência característica inferior é admitida como sendo o
valor que tem apenas 5% de probabilidade de não ser atingido pelos elementos de um dado
lote de material. (NBR 6118/14 – Item 12.2)”.

1.1.4 Valores de Cálculo (Item 12.3 da NBR-6118/14)


1.1.4.1 Resistência de Cálculo do concreto

No item 12.3.3 da NBR-6118/14, descreve como caso específico da resistência de


cálculo (fcd ), alguns detalhes adicionais são necessários, conforme descrito a seguir:
a) Quando a verificação se faz em data 𝑗 igual ou superior a 28 dias, adota-se a
expressão:

𝑓𝑐𝑘
𝑓𝑐𝑑 =
𝛾𝑐

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Onde:
𝑓𝑐𝑑 é a resistência de calculo do concreto;
𝑓𝑐𝑘 é resistência característica do concreto, conforme classe de resistência;
𝛾𝑐 é o coeficiente de ponderação conforme Tab. 1.3.

Nesse caso, o controle da resistência à compressão do concreto deve ser feito aos 28
dias, de forma a confirmar o valor de 𝑓𝑐𝑘 adotado no projeto:

b) Quando a verificação se faz em data 𝑗 inferior a 28 dias, adota-se a expressão:

𝑓𝑐𝑘𝑗 𝑓𝑐𝑘
𝑓𝑐𝑑 = ≅ 𝛽1 .
𝛾𝑐 𝛾𝑐

Sendo 𝛽1 a relação entre 𝑓𝑐𝑘𝑗 ⁄𝑓𝑐𝑘 dada por:


1⁄
𝛽1 = 𝑒𝑥𝑝 {𝑠 [1 − (28⁄𝑡)
2
]}

Onde:
S = 0,38 para concreto de cimento CPIII e IV;
S= 0,25 para concreto de cimento CPI e II;
S= 0,20 para concreto de cimento CPV-ARI.
𝑡 é a idade efetiva do concreto, expressa em dias.

Essa verificação deve ser feita aos 𝑡 dias, para as cargas aplicadas até essa data.
No caso, o controle de resistências à compressão do concreto deve ser feito em duas
datas, aos 𝑡 dias e aos 28 dias, de forma a confirmar os valores de 𝑓𝑐𝑘𝑗 e 𝑓𝑐𝑘 adotados no
projeto.

1.1.5 Coeficientes de ponderação das resistências no estado-limite ultimo (ELU)

Conforme apresentado mais detalhadamente no capítulo 4, o estado limite ultimo é


quando os elementos estruturais atingem sua capacidade limite ao esgotamento, apresentam
perdas de estabilidade. Para os materiais, os coeficientes de ponderação levam em
consideração variabilidade de resultados, processo produtivo e processo executivo.
Os valores para verificação no estado-limite último estão indicados na Tab. 1.3.

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Tab. 1.3 - Valores dos Coeficientes 𝛾𝑐 e 𝛾𝑠


Concreto Aço
Combinações a
𝜸𝒄 𝜸𝒔

Normais 1,4 1,15

Especiais ou de Construção 1,2 1,15

Excepcionais 1,2 1,0


a
Para combinações normais, especiais ou de construção, e excepcionais ver item 4.3.2.

Fonte: NBR-6118 – Tabela 12.1 (2014)

Para a execução dos elementos estruturais nos quais sejam previstas condições
desfavoráveis (por exemplo, más condições de transporte, ou adensamento manual, ou
concretagem deficiente por concentração de armadura), o coeficiente 𝛾𝑐 deve ser multiplicado
por 1,1.

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1.2 AÇOS
1.2.1 Aços de Armadura Passiva

Nos projetos de estruturas de concreto armado deve ser utilizado aço classificado pela
ABNT NBR 7480, com valor característico da resistência ao escoamento nas categorias CA-
25, CA-50 e CA-60. Os diâmetros e seções transversais nominais devem ser os estabelecidos
pela NBR-7480, conforme apresentado na Tab. 1.4.

1.2.2 Características das Barras


1.2.2.1 Massa Específica
Pode-se adotar para a massa específica do aço de armadura passiva o valor de 7850 kg/m³.

1.2.2.2 Módulo de Elasticidade – Es

Na falta de ensaios ou valores fornecidos pelo fabricante, o módulo de elasticidade do aço


pode ser admitido igual a 210 GPa ou 21000 kN/cm².

1.2.3 Barras e fios conforme NBR-7480/07

Tab. 1.4 - Características das Barras

Diâmetro Massa e tolerância por unidade


Valores Nominais
Nominal de comprimento

Área da Seção
Massa Máxima variação
Barras Área da Seção utilizadas para Perímetro
Nominal permitida para a
(mm) (cm²) projeto (cm)
kg/m massa nominal
(cm²)

6,3 0,245 ± 7% 0,312 0,31 1,98

8,0 0,395 ± 7% 0,503 0,50 2,51

10,0 0,617 ± 6% 0,785 0,79 3,14

12,5 0,963 ± 6% 1,227 1,23 3,93

16,0 1,578 ± 5% 2,011 2,01 5,03

20,0 2,466 ± 5% 3,142 3,14 6,28

22,0 2,984 ± 4% 3,801 3,80 6,91

25,0 3,853 ± 4% 4,909 4,91 7,85

32,0 6,313 ± 4% 8,042 8,04 10,05

40,0 9,865 ± 4% 12,566 12,6 12,57

Fonte: Adaptado de NBR-7480– Tabela B.1 – Anexo B (2007)

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Tab. 1.5 - Características dos Fios

Diâmetro Massa e tolerância por unidade de


Valores Nominais
Nominal comprimento

Massa Área da
Fios Máxima variação permitida Perímetro
Nominal Seção
(mm) para a massa nominal (cm)
kg/m (cm²)

2,4 0,036 ± 6% 0,045 0,75

3,4 0,071 ± 6% 0,091 1,07

3,8 0,089 ± 6% 0,113 1,19

4,2 0,109 ± 6% 0,139 1,32

4,6 0,130 ± 6% 0,166 1,45

5,0 0,154 ± 6% 0,196 1,57


5,5 0,187 ± 6% 0,238 1,73

6,0 0,222 ± 6% 0,283 1,88

6,4 0,253 ± 6% 0,322 2,01

7,0 0,302 ± 6% 0,385 2,20

8,0 0,395 ± 6% 0,503 2,51

9,5 0,558 ± 6% 0,709 2,98

10,0 0,617 ± 6% 0,785 3,14

Fonte: Adaptado de NBR-7480 – Tabela B.2 – Anexo B (2007)

1.2.3.1 Tela de aço soldado


Tab. 1.6 – Tabela de tela soldada nervurada

Long. Transv. Long. Transv. Long. Transv. Rolo/ Largura Comp. kg/m² kg/
Designação
(cm) (cm) (mm) (mm) (cm²/m) (cm²/m) Painel (m) (m) peça
Q 61 15 15 3,4 3,4 0,61 0,61 PAINEL 2,45 6 0,97 14,25
Q 75 15 15 3,8 3,8 0,75 0,75 PAINEL 2,45 6 1,21 17,81
Q 92 15 15 4,2 4,2 0,92 0,92 PAINEL 2,45 6 1,48 21,76
Q 113 10 10 3,8 3,8 1,13 1,13 PAINEL 2,45 6 1,8 26,46
Q 138 10 10 4,2 4,2 1,38 1,38 PAINEL 2,45 6 2,2 32,34
Q 159 10 10 4,5 4,5 1,59 1,59 PAINEL 2,45 6 2,52 37,04
Q 196 10 10 5 5 1,96 1,96 PAINEL 2,45 6 3,11 45,72
Q 246 10 10 5,6 5,6 2,46 2,46 PAINEL 2,45 6 3,91 57,48
Q 283 10 10 6 6 2,83 2,83 PAINEL 2,45 6 4,48 65,86
Q 335 15 15 8 8 3,35 3,35 PAINEL 2,45 6 5,37 78,94
Q 396 10 10 7,1 7,1 3,96 3,96 PAINEL 2,45 6 6,28 92,32
Q 503 10 10 8 8 5,03 5,03 PAINEL 2,45 6 7,97 117,16
Q 636 10 10 9 9 6,36 6,36 PAINEL 2,45 6 10,09 148,32
Q 785 10 10 10 10 7,85 7,85 PAINEL 2,45 6 12,46 183,16

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Long. Transv. Long. Transv. Long. Transv. Rolo/ Largura Comp. kg/m² kg/
Designação
(cm) (cm) (mm) (mm) (cm²/m) (cm²/m) Painel (m) (m) peça
T 92 30 15 4,2 4,2 0,46 0,92 PAINEL 2,45 6 1,12 16,53
T 113 30 10 3,8 3,8 0,38 1,13 PAINEL 2,45 6 1,22 17,89
T 138 30 10 4,2 4,2 0,46 1,38 PAINEL 2,45 6 1,49 21,86
T 159 30 10 4,5 4,5 0,53 1,59 PAINEL 2,45 6 1,71 25,09
T 196 30 10 5 5 0,65 1,96 PAINEL 2,45 6 2,11 31,02
T 246 30 10 5,6 5,6 0,82 2,46 PAINEL 2,45 6 2,64 38,81
T 283 30 10 6 6 0,94 2,83 PAINEL 2,45 6 3,03 44,54
T 335 30 15 6 8 0,94 3,35 PAINEL 2,45 6 3,45 50,72
T 396 30 10 6 7,1 0,94 3,96 PAINEL 2,45 6 3,92 57,67
T 503 30 10 6 8 0,94 5,03 PAINEL 2,45 6 4,76 69,97

L 113 10 30 3,8 3,8 1,13 0,38 PAINEL 2,45 6 1,21 17,72


L 138 10 30 4,2 4,2 1,38 0,46 PAINEL 2,45 6 1,47 21,64
L 159 10 30 4,5 4,5 1,59 0,53 PAINEL 2,45 6 1,69 24,84
L 196 10 30 5 5 1,96 0,65 PAINEL 2,45 6 2,09 30,72
L 246 10 30 5,6 5,6 2,46 0,82 PAINEL 2,45 6 2,62 38,51
L 283 10 30 6 6 2,83 0,94 PAINEL 2,45 6 3 44,1
L 335 10 30 8 6 3,35 0,94 PAINEL 2,45 6 3,48 51,16
L 396 10 30 7,1 6 3,96 0,94 PAINEL 2,45 6 3,91 57,48
L 503 10 30 8 6 5,03 0,94 PAINEL 2,45 6 4,77 70,12
L 636 10 30 9 6 6,36 0,94 PAINEL 2,45 6 5,84 85,85
L 785 10 30 10 6 7,85 0,94 PAINEL 2,45 6 7,03 103,34

R 138 10 15 4,2 4,2 1,38 0,92 PAINEL 2,45 6 1,83 26,9


R 159 10 15 4,5 4,5 1,59 1,06 PAINEL 2,45 6 2,11 31,02
R 196 10 15 5 5 1,96 1,3 PAINEL 2,45 6 2,6 38,22
R 246 10 15 5,6 5,6 2,46 1,64 PAINEL 2,45 6 3,26 47,92
R 283 10 15 6 6 2,83 1,88 PAINEL 2,45 6 3,74 55,04

M 138 10 20 4,2 4,2 1,38 0,69 PAINEL 2,45 6 1,65 24,26


M 159 10 20 4,5 4,5 1,59 0,79 PAINEL 2,45 6 1,9 27,93
M 196 10 20 5 5 1,96 0,98 PAINEL 2,45 6 2,34 34,4
M 246 10 20 5,6 5,6 2,46 1,23 PAINEL 2,45 6 2,94 43,22
M 283 10 20 6 6 2,83 1,41 PAINEL 2,45 6 3,37 49,54
M 396 10 20 7,1 7,1 3,96 1,98 PAINEL 2,45 6 4,73 69,46

Fonte: Catálogo Gerdau (2019)

Fig. 1.8 – Tela de aço soldado CA-50 ou CA-60


Fonte: Catálogo Gerdau (2019)

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1.2.3.2 Treliças em fios/barras de aço

As treliças de aço são comumente utilizadas para lajes treliçadas pré-moldadas como
elementos estruturais, formando-se vigotas de apoio aos blocos ou enchimentos EPS. São
utilizadas também para fins não estruturais para pisos e lajes maciças em concreto como
espaçadores, ou ainda para pavimentos de concreto para acomodar barras de transferência.
Banzo Superior

Diagonal

Banzo Inferior

Fig. 1.9 – Treliças em barras/fios de aço e como espaçadoras de armadura de laje


Fonte: UNICOM (2020)

Tab. 1.7 – Tabela de treliças em fios / barras soldadas

Designação Diametros (mm)


Peso Altura
Designação conforme
(kg/m) (cm) Banzo Banzo
NBR-14862 Diagonal
superior Inferior
TG 8 L TR 08644 0,735 8 6,0 4,2 4,2
TG 8 M TR 08645 0,821 8 6,0 4,2 5,0
TG 12 M TR 12645 0,886 12 6,0 4,2 5,0
TG 12 R TR 12646 1,016 12 6,0 4,2 6,0
TG 16 L TR 16745 1,032 16 7,0 4,2 5,0
TG 16 R TR 16746 1,168 16 7,0 4,2 6,0
TG 20 L TR 20745 1,111 20 7,0 4,2 5,0
TG 20 R TR 20756 1,446 20 7,0 5,0 6,0
TG 25 L TR 25856 1,686 25 8,0 5,0 6,0
TG 25 R TR 25857 1,855 25 80 5,0 7,0

Fonte: Catálogo Gerdau (2019)

1.2.3.3 Designação conforme NBR-14862

A nomenclatura das treliças conforme norma, é apresentada da seguintes forma


𝑇𝑅 𝐴𝐴 𝐵 𝐶 𝐷, onde:

𝑇𝑅 é a abreviação de treliça;

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𝐴𝐴 é altura da treliça em centímetros, sem casas decimais;


𝐵 é o banzo superior da treliça em milímetros, sem casas decimais;
𝐶 é a diagonal da treliça em milímetros, sem casas decimais;
𝐷 é banzo inferior da treliça em milímetros, sem casas decimais;

1.2.4 Valores de coeficiente de aderência


Tab. 1.8 - Valores de coeficiente de aderência 𝜂1

Categoria Aço Tipo de Superfície 𝜂1

CA-25 Lisa 1,00

CA-50 / CA-60 Nervurada 2,25

CA-60 Entalhada 1,40

Fonte: adaptado de NBR-6118 – Tabela 8.3 (2014)

Fig. 1.10 – Barras de aço CA-25 e CA-50 / 60


Fonte: Catálogo Gerdau (2019)

1.2.5 Valores de Cálculo (Item 12.3 da NBR-6118/14)


1.2.5.1 Resistência de Cálculo do aço
Para a determinação da resistência de calculo do aço, neste caso armadura passiva,
pode ser tomado como:
𝑓𝑦𝑘
𝑓𝑦𝑑 =
𝛾𝑠

Onde:
𝑓𝑦𝑑 é a resistência de calculo do aço;
𝑓𝑦𝑘 é resistência característica do aço, conforme Tab. 1.9;
𝛾𝑠 é o coeficiente de ponderação conforme Tab. 1.3.

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1.2.6 Propriedades mecânicas


1.2.6.1 Barras ou fios

Tab. 1.9 - Propriedades mecânicas exigíveis de barras e fios de aço destinados


a armaduras para concreto armado

Valores mínimos de tração


Resistência
característica Alongamento Alongamento
Limite de
após ruptura total na força
Categoria de resistência b
escamento a em 10 Ø c máxima d
𝑓𝑠𝑡
A Agt
𝑓𝑦𝑘
Mpaf
% %
MPae
CA-25 250 1,20 𝑓𝑦 18 -

CA-50 500 1,08 𝑓𝑦 8 5

CA-60 600 1,05 𝑓𝑦 5 -


Valor característico do limite superior de escoamento 𝑓𝑦𝑘 da ABNT 6118 obtido a partir do LE ou δe
a
da ABNT NBR ISO 6892

b O mesmo que resistência convencional à ruptura ou resistência convencional à tração (LR ou δt da


ABNT NBR ISO 6892).
c Ø é o diamentro nominal da barra.

d O alongamento deve ser atendido através do critério de alongamento após ruptura (A) ou
alongamento total na força máxima (Agt).
e Para efeitos práticos de aplicação desta Norma, pode-se admitir 1MPa ≅ 0,1 kgf/mm² = 0,1 kN/cm²

f 𝑓𝑠𝑡 mínimo de 660 MPa.

Fonte: adaptado da NBR-7480 – Tabela B.3 (2007)

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2 – Critérios de Projeto

2 CRITÉRIOS DE PROJETO
2.1 DURABILIDADE DAS ESTRUTURAS

Em sua grande maioria, a estruturas de concreto são definidas como estruturas de grande
durabilidade, porém a sua durabilidade ao longo dos anos depende de uma série de fatores
para que este conceito esteja correto.
O concreto pode ser dividido em três categorias:
a) Concreto armado: as tensões de tração são transferidas para as armaduras passivas,
sendo o concreto encarregado de todas as tensões de compressão. A resistência a
tração do concreto é desprezada;
b) Concreto simples ou não armado: as tensões de tração atuantes na estrutura ou
elemento estrutural, são inferiores à resistência a tração do concreto, não havendo a
necessidade da utilização de armadura;
c) Concreto protendido: armaduras ativas são utilizadas para anular as tensões de
tração do concreto.
Cada tipo de concreto é analisado de forma diferente, cabendo ao engenheiro projetá-la
de forma durável, verificando todos os estados limites de serviço.
O concreto por ser menos suscetível as degradações ao meio que o aço, o concreto entra
para envolver as barras e proteger o aço de agentes externos. Conforme RELVAS (2015),
para os aços entrarem em processo de corrosão, já é suficiente o simples contato com a
umidade e o oxigênio (oxidação/corrosão). O material concreto, pela sua constituição básica
de cimento Portland, areia, brita e água, é naturalmente alcalino, criando um meio protetivo
para a armadura, contra a sua corrosão. Para que isto ocorra, os agregados que compõem o
concreto devem estar livres de agentes químicos/contaminantes/agressivos, que interfiram
nas características do concreto.
O concreto por sua vez, não é um solido perfeito, apresenta poros após a evaporação da
água presente na argamassa, ganhando uma porosidade dependendo de sua composição
(agua/cimento), desta forma sujeita a efeitos de capilaridade, permeabilidade. Esta
porosidade apresentada, possibilita a penetração de agentes agressivos que podem vir a
atingir as armaduras provocando sua deterioração.
A NBR-6118 (2014), com base nesta filosofia, estabelece critérios mais rigorosos para a
espessura mínima de envolvimento das armaduras (C min) conforme Tab. 2.3, denominado
cobrimento. Estes critérios ficam separados em quatro classes de agressividade ambiental
(Tab. 2.1), determinando requisitos mínimos de cobrimento, resistência e relação de adição
de água (a/c) conforme Tab. 2.2.

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2 – Critérios de Projeto

2.1.1 Classe de agressividade ambiental, cobrimento e qualidade do concreto

Tab. 2.1 - Classes de Agressividade Ambiental (CAA)

Classificação geral do
Classe de Agressividade Risco de deterioração
Agressividade tipo de Ambiente para
Ambiental da estrutura
efeito de projeto

Rural
I Fraca Insignificante
Submersa
II Moderada Urbana a,b Pequeno
Marinha a
III Forte Grande
Industrial a,b
Industrial a,c
IV Muito Forte Elevado
Respingos de Maré
a Pode-se admitir um microclima com uma classe de agressividade ambiental mais branda (uma classe
acima) para ambiente internos secos (salas, dormitórios, banheiros, cozinhas e áreas de serviço de
apartamentos residenciais e conjuntos comerciais ou ambientes com concreto revestido com argamassa
e pintura.
b Pode-se admitir uma classe de agressividade mais branda (uma classe acima) em obras e regiões de
clima seco, com umidade média relativa do ar menor ou igual a 65%, partes da estrutura protegidas de
chuva em ambientes predominantemente secos ou regiões onde raramente chove.
c Ambiente quimicamente agressivos, tanques industriais, galvanoplastia, branqueamento em industrias
de celulose e papel, armazéns de fertilizantes, indústrias químicas.

Fonte: NBR-6118 - Tabela 6.1 (2014)

Tab. 2.2 - Correspondência entre classe de agressividade e a qualidade do concreto

Classe de agressividade Ambiental


Concreto a TIPO b,c
I II III IV

Relação água / CA ≤ 0,65 ≤ 0,60 ≤ 0,55 ≤ 0,45


cimento em massa CP ≤ 0,60 ≤ 0,55 ≤ 0,50 ≤ 0,45

Classe de Concreto CA ≥ C20 ≥ C25 ≥ C30 ≥ C40


(ABNT NBR 8953) CP ≥ C25 ≥ C30 ≥ C35 ≥ C40
Consumo de
cimento por metro
cúbico de concreto CA e CP ≥ 260 ≥ 280 ≥ 320 ≥ 360
kg/m³
(ABNT NBR 12655)
a
O concreto empregado na execução das estruturas deve cumprir com os requisitos estabelecidos na
ABNT NBR 12655.
b
CA corresponde a componentes e elementos estruturais de concreto armado.
c
CP corresponde a componentes e elementos estruturais de concreto protendido.

Fonte: NBR-6118 - Tabela 7.1 (2014)

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2 – Critérios de Projeto

Tab. 2.3 - Correspondência entre a classe de agressividade ambiental e o cobrimento nominal para
c=10mm

Classe de agressividade Ambiental


Componente ou I II III IV c
Tipo de Estrutura
elemento
Cobrimento Nominal
mm

Laje b 20 25 35 45
Viga/Pilar 25 30 40 50
Concreto Armado
Elementos
Estruturais em 30 40 50
contato com Solo d
Concreto Laje 25 30 40 50
Protendido a Viga/Pilar 30 35 45 55
a Cobrimento nominal da bainha ou dos fios, cabos e cordoalhas. O cobrimento da armadura passiva deve
respeitar os cobrimentos para concreto armado.
b Para a face superior de lajes e vigas que serão revestidas com argamassa de contrapiso, com
revestimentos finais secos tipo carpete e madeira, com argamassa de revestimento e acabamento, como
pisos de elevado desempenho, piso cerâmicos, pisos asfálticos e outros, as exigências desta Tabela,
podem ser substituídas pelas indicações abaixo, respeitando o cobrimento nominal ≥ 15mm.

a) cnom ≥  barra;
b) cnom ≥  feixe = n = √𝑛
c) cnom ≥ 0,5  bainha

c Nas superfícies expostas a ambientes agressivos, com reservatórios, estações de tratamento de água e
esgoto, condutos de esgoto, canaletas de efluentes e outras obras em ambientes químicos e
intensamente agressivos, devem ser atendidos os cobrimentos da classe de agressividade IV.
d Nos trechos de pilares em contato com solo junto com elementos de fundação, a armadura deve ter
cobrimento nominal ≥ 45mm.

Fonte: NBR-6118 - Tabela 7.2 (2014)

Deve-se destacar que:


- Para garantir o cobrimento mínimo (Cmin), o projeto e a execução devem considerar
o cobrimento nominal (Cnom), que é o cobrimento mínimo acrescido da tolerância de execução
(c). Assim as dimensões das armaduras e os espaçadores devem respeitar os cobrimentos
nominais, estabelecidos na Tab. 2.3, para c=10mm. (Item 7.4.7.2, NBR-6118/14)
- Quando houver um controle adequado de qualidade e limites rígidos de tolerância da
variabilidade das medidas durante a execução, pode ser adotado o valor de c=5mm, mas a
exigência de controle rigoroso deve ser explicitada em projeto. Permite-se, então, a redução
dos cobrimentos nominais, prescritos na Tab. 2.3, em 5mm. (Item 7.4.7.4, NBR-6118/14)

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2 – Critérios de Projeto

2.1.2 Fissuração e proteção das armaduras

O aparecimento ou não de fissuras nas seções de concreto armado, estão relacionados


diretamente com os Estados Limites de Serviço (ELS), sendo que os critérios de
dimensionamento estão no item 8 deste material. As fissurações são previstas nas estruturas
de concreto armado, e estes limites de abertura de fissura estão de acordo com sua classe
de agressividade ambiental (CAA) apresentados na Tab. 2.4.

Tab. 2.4 - Exigências de durabilidade relacionadas à fissuração e a proteção da armadura,


em função das classes de agressividade ambiental
Combinação de
Tipo de Concreto Classe de agressividade Exigência relativas
ações em serviço a
estrutural ambiental (CAA) à fissuração
utilizar
Concreto Simples CAA I a CAA IV Não há -
CAA I ELS-W wk ≤ 0,4mm

Concreto armado CAA II e CAA III ELS-W wk ≤ 0,3mm Combinação frequente

CAA IV ELS-W wk ≤ 0,2mm

Concreto Protendido
Pré-tração com CAA I ou
Nível 1 ELS-W wk ≤ 0,2mm Combinação frequente
pós-tração com CAA I e II
(Protensão Parcial)

Verificar as duas condições abaixo


Concreto Protendido Pré-tração com CAA II ou
Nível 2 pós-tração com CAA III e ELS-F Combinação frequente
(Protensão limitada) IV
Combinação quase-
ELS-Da)
permanente
Verificar as duas condições abaixo
Concreto Protendido
Pré-tração com CAA III e
Nível 3 ELS-F Combinação rara
IV
(Protensão completa)
ELS-Da) Combinação frequente
A critério do projetista, o ELS-D pode ser substituído pelo ELS-DP com 𝑎𝑝 = 50𝑚𝑚 (distância entre a
a)
região tracionada a face da bainha metálica)

Notas:

1) As definições de ELS-W, ELS-F e ELS-D encontram-se no item


Para classes de agressividade ambiental CAA III e IV, exige-se que as cordoalhas não aderentes
2) tenham proteção especial na região de suas ancoragens.
No projeto de lajes lisas e cogumelos protendidas, basta ser atendido o ELS-F para a combinação
3) frequente das ações, em todas as classe de agressividade ambiental.

Fonte: NBR-6118 - Tabela 13.4 (2014)

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2 – Critérios de Projeto

2.2 Estádios de solicitação

Estádios é um procedimento para se caracterizar o comportamento da seção de


concreto da aplicação de carregamentos, iniciando-se em zero e indo até a ruptura. O
concreto por ser um material muito heterogêneo, apresenta diferentes comportamentos ao
longo do seu aumento de curvatura, abrindo fissuras e alterando suas características de
trabalhabilidade, podendo ser distinguidas em três fases distintas: Estádio I, Estádio 2 e
Estádio 3.
A Fig. 2.1 abaixo demonstra os estádios de acordo com o aumento de momento x
curvatura.

Fig. 2.1 - Gráfico Momento x Curvatura correlacionado com os estádios.

2.2.1 Estádio I

No estádio I pode-se dizer que a peça se comporta como um material elástico linear,
respeitando a lei de hook, onde as tensões normais que surgem são de baixa magnitude e
desta forma o concreto conseguindo resistir aos esforços de tração. Desta forma podemos
definir em duas etapas:
- Estádio 1a M<Mr0
Comportamento elástico linear, com resistência a tração (fct ) menor que as
forças de tração na peça

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2 – Critérios de Projeto

- Estádio 1b Mr0<M<Mrn
A fibra tracionada do concreto atinge a resistência a tração do concreto (fct ),
dando início a plastificação do concreto e sua fissuração progressiva, não resultando em um
digrama linear;

Fig. 2.2 - Comportamento do concreto na flexão pura (Estádio I)


Fonte: PINHEIRO (2006)

Devido à baixa resistência do concreto a tração, percebe-se a inviabilidade da


utilização de estádio para dimensionamento.
É no estádio I que determinamos o momento de fissuração (M r), sendo este o limite
para a separação entre o estádio I e estádio II. Desta forma, com as fissuras estabilizadas, e
a peça fissurada, encerra-se o estádio I.

2.2.2 Estádio 2

Para este nível de carregamento, a peça se encontra em um estado fissurado o


concreto não possui nenhuma resistência a tração, apresentando uma abertura crescente das
fissuras, porém ainda assim apresentando um comportamento elástico-linear (Mr<M<Mu).

Fig. 2.3 - Comportamento do concreto na flexão pura (Estádio II)


Fonte: PINHEIRO (2006)

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2 – Critérios de Projeto

O estádio II, de forma simplificada, serve para a verificação da peça em serviço,


devendo ser usada nos estados limites de abertura de fissura (ELS-W) e estado limite de
deformação excessiva (ELS-DEF).

Com a evolução dos carregamentos, a fissuras caminham no sentido da borda


comprimida, fazendo com as tensões das armaduras cresçam devido à perda de rigidez da
peça, podendo atingir o escoamento. O estádio II termina com a plastificação do concreto
comprimido.

2.2.3 Estádio 3

No estádio III, a zona comprimida do concreto encontra-se em processo de plastificação


crescente e em eminência de ruptura. Desta forma, admite-se que o diagrama de tensões no
concreto seja parabólico-retangular, também conhecido como parábola-retângulo. Neste
estádio que é feito o dimensionamento das peças para ELU, e adotamos as simplificações
propostas pela norma NBR- 6118/14, conforme demonstrado no item Erro! Fonte de r
eferência não encontrada..

Fig. 2.4 - Comportamento do concreto na flexão pura (Estádio III)


Fonte: PINHEIRO (2006)

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2 – Critérios de Projeto

2.3 Domínios de Deformação na Seção Transversal


2.3.1 Domínio 2a
No domínio 2, a ruptura se dá por deformação plástica excessiva do aço, com
deformação máxima de 10%0, portanto σs=fyd. A Deformação do concreto para o sub-domínio
2a varia de 0 a 2,0%0.
0,002 0,01
=
x (d − x)
0,002(d − x) = 0,01x
0,002d − 0,002x = 0,01x
0,002d = 0,012x
0,002
d=x
0,012
0,167d = x - x = 0,167d
x
ou d
= 0,167

2.3.2 Domínio 2b
A Deformação do concreto para o sub-domínio 2b varia de 2,0 a 3,5%0

0,0035 0,01
=
x (d − x)
0,0035(d − x) = 0,01x
0,0035d − 0,0035x = 0,01x
0,0035d = 0,0135x
0,0035
d=x
0,0135
0,259d = x - x = 0,259d ou
x
= 0,259
d

De maneira geral, podemos utilizar apenas o Domínio 2a e 2b, apenas como domínio
2, conforme classificado pela NBR-6118 (2014).

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2 – Critérios de Projeto

2.3.3 Domínio 3

𝜎𝑠 = 𝐸𝑠. 𝜀𝑠
𝜎𝑠 = 𝑓𝑦𝑑
fyd
εyd = Es
Deformação específica de escoamento do aço de cálculo
fyk
fyd resistência de cálculo do aço fyd = γs

Es Modulo de elasticidade do aço Es= 21000 kN/cm² ou 210 GPa


ᵞs Coeficiente de ponderação do aço = 1,15
Para aço CA-25 Para aço CA-50 Para aço CA-60
fyk = 25 kN/cm² fyk = 50 kN/cm² fyk = 60 kN/cm²

25 50 60
1,15 1,15 1,15
εyd = = 0,00103 εyd = = 0,00207 εyd = = 0,00248
21000 21000 21000

Devido a linearidade dos diagramas, determina-se os limites de dimensionamento por


semelhança de triângulos:
Para aço CA-25 Para aço CA-50 Para aço CA-60
0,0035 0,00103 0,0035 0,00207 0,0035 0,00248
= = =
𝑥 (𝑑 − 𝑥) 𝑥 (𝑑 − 𝑥) 𝑥 (𝑑 − 𝑥)
0,0035(𝑑 − 𝑥) = 0,00103𝑥 0,0035(𝑑 − 𝑥) = 0,00207𝑥 0,0035(𝑑 − 𝑥) = 0,00248𝑥
0,0035𝑑 − 0,0035𝑥 = 0,00103𝑥 0,0035𝑑 − 0,0035𝑥 = 0,00207𝑥 0,0035𝑑 − 0,0035𝑥 = 0,00248𝑥
0,0035𝑑 = 0,00453𝑥 0,0035𝑑 = 0,00557x 0,0035𝑑 = 0,00598𝑥
0,0035 0,0035 0,0035
𝑑=𝑥 𝑑=𝑥 𝑑=𝑥
0,00453 0,00557 0,00598
0,772𝑑 = 𝑥 0,628𝑑 = 𝑥 0,585𝑑 = 𝑥
𝑥 = 0772𝑑 ou 𝑥 = 0,628𝑑 ou 𝑥 = 0,585𝑑 ou
𝑥 𝑥 𝑥
= 0,772 = 0,628 = 0,585
𝑑 𝑑 𝑑

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2.3.4 Domínio 4

2.3.5 Domínio 4a

2.3.6 Domínio 5

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2.4 AÇÕES PARA CÁLCULO NA EDIFICAÇÕES


2.4.1 Nomenclatura das Cargas
Tab. 2.5 - Nomenclatura das Cargas

Carga Carga Concentrada Carga Distribuída

Permanente Peso Próprio 𝐺𝑝𝑝 𝑔𝑝𝑝


Outras 𝐺𝑋𝑋𝑋 𝑔𝑥𝑥𝑥
Acidental Q q
Perm.+Acidental P p
𝐺𝑋𝑋𝑋 𝑋𝑋𝑋 , pode ser descrito como 𝑎𝑙𝑣 , 𝑒𝑛𝑐ℎ , 𝑟𝑒𝑣. , etc.

Fonte: Autor (2020)

2.4.2 Cargas Permanentes

2.4.2.1 Peso Próprio

O peso próprio nas edificações é ligado diretamente ao peso específicos dos materiais
(Tab. 2.6), sendo desta forma todos calculados de acordo com o volume do material x peso
específico. Porém as composições das cargas variam de acordo com cada elemento a ser
dimensionado, sendo que alguns carregamentos serão por m², e outros por metro linear.

2.4.2.2 Lajes

O peso próprio das lajes, é formado pelo peso do concreto armado formado pela laje
maciça. Em sua grande maioria, as lajes maciças possuem espessura constante, desta forma
suas cargas são distribuídas na área da laje, e para um metro quadrado de laje pode ser
calculado da seguinte forma:
𝑔𝑝𝑝 = 𝛾𝑐𝑜𝑛𝑐 . ℎ

Sendo:
g pp peso próprio da laje, em kN/m²;
γconc peso específico do concreto, sendo 25 kN/m³ para concreto armado, conforme
item 1.1.1.
h altura da laje, em metros (m).

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2 – Critérios de Projeto

Fig. 2.5 - Peso próprio considerado para 1m² de laje

2.4.2.3 Vigas

As vigas são elementos lineares, e todos os diagramas de esforços internos


solicitantes são determinados através de barras carregadas com cargas lineares, pontuais,
e/ou variáveis linearmente. Desta forma, a composição de carregamento de peso próprio para
as vigas, será realizado através de cargas por metro linear, conforme apresentado a seguir:

𝑔𝑝𝑝 = 𝑏. ℎ. 𝛾𝑐𝑜𝑛𝑐.
𝑘𝑁 𝑘𝑁
𝑔𝑝𝑝𝑣𝑖𝑔𝑎 = 𝑏(𝑚 ) . ℎ(𝑚 ). 𝛾𝑐𝑜𝑛𝑐 ( 3
) = 𝑔𝑝𝑝 ( )
𝑚 𝑚

2.4.2.4 Revestimento de Lajes

Os revestimentos são determinados de acordo com os materiais empregados sobre o


piso ou parede, e da mesma forma que a laje, são aplicados em grandes áreas, especificados
em cargas por m².

Pela expressão geral, podemos calcular:

g rev. = e1 γ1 + e2 γ2 + ⋯ + en γn

Fig. 2.6 - Camadas de revestimento do Piso

Pesos Específicos adotados para alguns revestimentos podem ser consultados na Tab.
2.6.

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2 – Critérios de Projeto

Para revestimentos de piso e impermeabilização padronizados por tipo de uso, ver Tab.
2.9.

As alvenarias estão são essenciais para a vedação de nossas edificações, sendo estas
preferencialmente alocadas sob as vigas. Para a determinação das cargas lineares de
alvenaria, temos:

Fig. 2.7 - Altura da alvenaria

g alv. = 𝑏𝑎𝑙𝑣 . ℎ𝑎𝑙𝑣 . 𝛾𝑎𝑙𝑣


ou
g alv. = 𝑏𝑎𝑙𝑣 . (𝑃𝑎 𝑃 − ℎ𝑣𝑖𝑔𝑎 ). 𝛾𝑎𝑙𝑣
Para a utilização de valores pré-estabelecidos pela NBR-6120/19, ver Tab. 2.7,
devendo ser calculado da seguinte forma:
g alv. = ℎ𝑎𝑙𝑣 . 𝑃𝑒𝑠𝑜 𝑡𝑎𝑏𝑒𝑙𝑎𝑑𝑜

2.4.2.5 Enchimento de laje

Os enchimentos de laje eram muito usuais antigamente, onde banheiros eram


executados com lajes rebaixadas para a instalação do redes de esgoto, não sendo muito
comum nos dias de hoje onde os esgotos são instalados no teto do pavimento de baixo. Porém
se tornam necessários em casos específicos ou utilizados apenas como elementos
arquitetônicos, tais como:
- jardins de inverno, onde há a necessidade de criação de camadas de britas drenantes;
- preenchimento em cinasita (argila expandida) em áreas externas de lajes para melhor
conforto térmico e/ou jardins de inverno;
- desníveis entre pavimentos que necessitam ser corrigidos, etc.

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2 – Critérios de Projeto

Para peso específico aparente conforme NBR-6120 (2019), ver Tab. 2.10.

Fig. 2.8 - Enchimento de laje rebaixada

g ench. = 𝑒. γench.

2.4.3 Ações Variáveis


2.4.3.1 Ações variáveis diretas

As ações variáveis diretas são constituídas pelas cargas acidentais previstas para o
uso da construção, pela ação do vento e da água, respeitando as prescrições feitas por
normas específicas.

2.4.3.2 Cargas acidentais previstas para o uso da construção

As cargas acidentais correspondem a ações variáveis, onde é estimado seus esforços,


e não atuando em todo tempo da estrutura, normalmente correlacionadas a:
- cargas verticais de uso de construção conforme mostrada na Tab. 2.11;
- cargas móveis, considerando o impacto vertical, de numero de faixas e adicional;
- impacto lateral;
- força longitudinal de frenagem ou aceleração;
- força centrifuga.

2.4.3.3 Ação do Vento

As pressões dinâmicas de vento nas edificações devem ser consideradas, devendo


de forma recomendativa a utilização da NBR 6123/88, ou a apostila 1 de estruturas metálicas
UAM, ações dos ventos nas edificações.

2.4.3.4 Ação da água (Item 11.4.1.3 – NBR-6118/14)

O nível da água adotado para cálculo dos reservatórios, tanques, decantadores e


outros deve ser igual ao máximo possível com o sistema de extravasão, considerando apenas
o coeficiente 𝛾𝑓 = 𝛾𝑓3 = 1,2, conforme ABNT NBR-8681 (item 11.7 e 11.8). Nas estruturas em

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2 – Critérios de Projeto

que a água possa ficar retida, deve ser considerada a presença de uma lamina de água
correspondente ao nível da drenagem efetivamente garantida pela construção.

2.4.3.5 Ações variáveis durante a construção (Item 11.4.1.4 – NBR-6118/14 )

As estruturas em que todas as fases construtivas não tenham sua segurança garantida
pela verificação da obra pronta devem ser incluídas no projeto de verificações das fases
construtivas mais significativas e sua influência na fase final.
A verificação de cada uma dessas fases deve ser feita considerando a parte da estrutura
já executada e as estruturas provisórias auxiliares com seus respectivos pesos próprios. Além
disso devem ser consideradas as cargas acidentais de execução.

2.4.4 Cargas Móveis

Estas ações também são conhecidas como trem-tipo, sendo caracterizadas pelo
arranjo de cargas pontuais (𝑄) e cargas uniformente distribuídas (𝑞), sobre os elementos
estruturais. A NBR-7188/13 no item 5, especifica os coeficientes para as cargas móveis como:

𝑄 = 𝑃. 𝐶𝐼𝑉. 𝐶𝑁𝐹. 𝐶𝐼𝐴


𝑞 = 𝑝. 𝐶𝐼𝑉. 𝐶𝑁𝐹. 𝐶𝐼𝐴

𝑃 é a carga estática concentrada aplicada no nível do pavimento (kN);


𝑝 é a carga uniformemente distribuída , aplicada no nível do pavimento (kN/m²);
𝐶𝐼𝑉 coeficiente de impacto vertical;
𝐶𝑁𝐹 coeficiente do número de faixas;
𝐶𝐼𝐴 coeficiente de impacto adicional.

2.4.4.1 Coeficiente de impacto vertical (CIV) (Item 5.1.2.1 – NBR-7188/13)

O coeficiente de impacto vertical é causado principalmente pelos efeitos dinâmicos de


cargas móveis, provenientes de tráfegos (veículos e pedestres). Estes coeficientes podem ser
definidos como:
𝐶𝐼𝑉 = 1,35, para estruturas com vão menor do que 10,0m;
20
𝐶𝐼𝑉 = 1 + 1,06. (𝐿𝑖𝑣+50), para estruturas com vão entre 10,0m e 200,0m;

Onde:

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2 – Critérios de Projeto

𝐿𝑖𝑣 é o vão em em metros para o cálculo de 𝐶𝐼𝑉, conforme o tipo de estrutura;


Sendo:
𝐿𝑖𝑣 usado para estruturas de vão isostático. 𝐿𝑖𝑣: média aritimética dos vãos nos
casos de vãos contínuos;
𝐿𝑖𝑣 é o comprimento do próprio balanço para estruturas em balanço;
𝐿 é o vão expresso em metros.
Para estruturas com vãos acima de 200,0m, deve ser realizado estudo específico para
a consideração da amplificação dinâmica e definição do coeficiente vertical.

2.4.4.2 Coeficiente de número de faixas (CNF) (Item 5.1.2.2 – NBR-7188/13)

As cargas moveis características, definidas no item 2.4.4, devem ser ajustadas pelo
coeficiente do número de faixas no tabuleiro, conforme descrito abaixo:

𝐶𝑁𝐹 = 1 − 0,05. (𝑛 − 2) > 0,9

𝑛 é o número (inteiro) de faixas de tráfego rodoviário a serem carregadas sobre


um tabuleiro transversal contínuo. Acostamento e faixas de segurança não são
faixas de tráfego da rodovia.

2.4.4.3 Coeficiente de impacto adicional (CIA) (Item 5.1.2.3 – NBR-7188/13)

Os esforços das cargas móveis devem ser majorados na região das juntas estruturais
e extremidades da obra. Todas as seções dos elementos estruturais a uma distância
horizontal, normal a junta, inferior a 5,0m para cada lado da junta ou descontinuidade
estrutural, deve ser dimensionadas com os esforços das cargas móveis majoradas pelo
coeficiente de impacto adicional, conforme definido abaixo:

𝐶𝐼𝐴 = 1,25, para obras em concreto ou mistas;


𝐶𝐼𝐴 = 1,15, para obras em aço.

2.4.5 Ações Variáveis Indiretas


2.4.5.1 Variações uniforme de temperatura (item 11.4.2.1 - NBR-6118/14)

A variação da temperatura da estrutura, causada globalmente para variação da


temperatura da atmosfera e pela insolação direta, é considerada uniforme. Ela depende do

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2 – Critérios de Projeto

local de implantação da construção, e das dimensões dos elementos estruturais que a


compõem.
De maneira genérica podem ser adotados os seguintes valores:
a) Para elementos estruturais cuja a menor dimensão não seja superior a 50 cm, deve
ser considerada uma oscilação de temperatura em torno da média de 10ºC a 15ºC;
b) Para elementos estruturais maciços ou ocos, com os espaços vazios inteiramente
fechados, cuja menor dimensão seja a 70 cm, admite-se que essa oscilação seja
reduzida respectivamente para 5ºC a 10ºC;
c) Para elementos estruturais cuja a menor dimensão esteja entre 50cm e 70cm,
admite-se que seja feita uma interpolação linear entre os valores acima indicados.

A escolha de um valor entre esses dois limites pode ser feita considerando-se 50% da
diferença entre as temperaturas médias de verão e inverno, no local da obra.

2.4.5.2 Variações não uniformes de temperatura

Nos elementos estruturais em que a temperatura possa ter distribuição


significativamente diferente da uniforme, devem ser considerados os efeitos dessa
distribuição. Na falta de dados mais precisos, pode ser admitida uma variação linear entre os
valores da temperatura adotados, desde que a variação de temperatura considerada entre
uma face e outra da estrutura não seja inferior a 5ºC.

2.4.6 Ações dinâmicas

Quando a estrutura, pelas condições de uso, está sujeita a choques e vibrações, os


respectivos efeitos devem ser considerados na determinação das solicitações e a
possibilidade de fadiga deve ser considerada no dimensionamento dos elementos estruturais.
Podem ser consideradas como ações dinâmicas, as ações:
- ações dos ventos, conforme NBR-6123 (1988);
- ações sísmicas, conforme NBR-15421 (2006);
- ações provocadas por maquinas rotativas, com frequências de trabalho pré-
determinada;

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2 – Critérios de Projeto

2.5 Materiais

De acordo com a NBR-6120/19, na falta de determinação experimental mais rigorosa,


podem ser utilizadas as Tab. 2.6 a Tab. 2.10 para os valores característicos experimentais
mínimos dos pesos dos componentes construtivos, além do peso próprio da estrutura. Para
os valores indicados por uma faixa de variação, na falta de determinação experimental mais
rigorosa, pode se considerar o valor médio (indicado entre parênteses).

Tab. 2.6 - Peso específico dos materiais de construção


Peso específico
Materiais aparente 𝛾𝑎𝑝
(kN/m³)
Arenito 21 a 27 (24)
Ardosia 28
Basalto, diorito e gabro 27 a 31 (29)
1 Rochas naturais Gnaisse 30
Granito, sienito, pórfiro 27 a 30 (28,5)
Lava Basáltica 24
Mármore e Calcáreo 28
Outros calcários 20
Taquilito 26
Bloco de concreto vazado (função estrutural, classe A e B, ABNT
14
NBR-6136)
Bloco cerâmico vazado com paredes vazadas (função estrutural,
12
ABNT NBR 15270-1)
Blocos cerâmicos vazados com paredes maciças (função
14
estrutural, ABNT NBR 15270-1)
Blocos Artificiais e Blocos cerâmicos maciços 18
2
pisos Blocos de concreto celular auto-clavado (Classe C25 – ABNT
5,5
NBR 13438)
Blocos de vidro 9
Blocos sílico-calcáreo 20
Lajotas cerâmicas 18
Porcelanato 23
Terracota 21
Argamassas de cal, cimento e areia 19
Argamassa de cal 12 a 18 (15)
Argamassa de cimento e areia 19 a 23 (21)
Argamassa de gesso 12 a 18 (15)
Argamassas e
3 Argamassa autonivelante 24
concretos
Concreto simples 24
Concreto armado 25
Nota: Os pesos específicos de argamassas e concretos são
validos no estado endurecido

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2 – Critérios de Projeto

Tab. 2.6 - Peso específico dos materiais de construção (continuação)


Aço 77 a 78,5 (77,8)
Alumínio e ligas 28
Bronze 83 a 85 (84)
Chumbo 112 a 114 (113)
Cobre 87 a 89 (88)
4 Metais
Estanho 74
Ferro forjado 76
Ferro fundido 71 a 72,5 (72,8)
Latão 83 a 85 (84)
Zinco 71 a 72 (71,5)
Madeiras naturais (umidade U = 12 %)
Cedro 5
Pinho 5
Quarubarana 6
Louro, Imbuia, Pau-óleo 6,5
Angelim araroba, Angelim pedra, Cafearana, louro preto 7
Branquilho, Casca grossa, Castelo, Guaiçara, Oiticica amarela 8
Guajuvirá, Guatambu, Grápia 8

Canafístula, Capiúba, Guarapa Roraima, Guarucaia,


9
Mandioqueira

Eucalipto, Tatajuba 10
Angico, Cabriúva 10
5 Madeiras
Champanhe, Ipê, Jatobá, Sucupira 11

Angelim Ferro, Angelim Pedra Verdadeiro, Catiúba,


12
Maçaranduba

Coníferas ‒ classificação ABNT NBR 7190 (U=12%)


Madeira maciça classe resistência C20 5
Madeira maciça classe resistência C25 5,5
Madeira maciça classe resistência C30 6
Dicotiledôneas ‒ classificação ABNT NBR 7190 (U=12%)
Madeira maciça classe resistência C20 6,5
Madeira maciça classe resistência C30 8
Madeira maciça classe resistência C40 9,5
Madeira maciça classe resistência C60 10
Madeira laminada colada
Compensado de resinosas 4
Compensado de painéis lamelados
5,5
(laminboard e blockboard)
Aglomerados de partículas
ligados por resinas sintéticas 7 a 8 (7,5)
ligados por cimento 12
OSB e produtos similares
7
(flakeboard e waferboard)

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2 – Critérios de Projeto

Tab. 2.6 - Peso específico dos materiais de construção (conclusão)


Aglomerados de fibras
duro (hardboard), corrente e temperado 10
5 Madeiras
de média densidade (MDF) 8
brando (softboard) 4

Fonte: NBR-6120 - Tabela 1 (2019)

2.5.1 Pesos de componentes construtivos


Tab. 2.7 – Alvenarias
Espessura Peso por revestimento por
Materiais nominal do face (kN/m²)
elemento (cm)
0 cm 1 cm 2 cm
Alvenaria Estrutural
Bloco de concreto vazado 14 2,0 2,3 2,7
(Classes A e B – ABNT NBR 6136) 19 2,7 3,0 3,4
Bloco cerâmico vazado com paredes maciças
14 2,0 2,3 2,7
(Furo vertical - ABNT NBR 15270-1)
9 1,1 1,5 1,9
Bloco cerâmico vazado com paredes vazadas 11,5 1,4 1,8 2,2
(Furo vertical - ABNT NBR 15270-1) 14 1,7 2,1 2,5
19 2,3 2,7 3,1
9 1,6 2,0 2,4
Tijolo cerâmico maciço 11,5 2,1 2,5 2,9
(ABNT NBR 15270-1) 14 2,5 2,9 3,3
19 3,4 3,8 4,2
9 1,1 1,5 1,9
Bloco sílico-calcário vazado
14 1,5 1,9 2,3
(Classe E - ABNT NBR 14974-1)
19 1,9 2,3 2,7
11,5 1,9 2,3 2,7
Bloco sílico-calcário perfurado
14 2,1 2,5 2,9
(Classes E, F e G - ABNT NBR 14974-1)
17,5 2,8 3,2 3,6
Alvenaria de Vedação
6,5 1,0 1,4 1,8
9 1,1 1,5 1,9
Bloco de concreto vazado
11,5 1,3 1,7 2,1
(Classe C – ABNT NBR 6136)
14 1,4 1,8 2,2
19 1,8 2,2 2,6
9 0,7 1,1 1,6
Bloco cerâmico vazado 11,5 0,9 1,3 1,7
(Furo horizontal - ABNT NBR 15270-1) 14 1,1 1,5 1,9
19 1,4 1,8 2,3
7,5 0,5 0,9 1,3
10 0,6 1,0 1,4
Bloco de concreto celular autoclavado 12,5 0,8 1,2 1,6
(Classe C25 – ABNT NBR 13438) 15 0,9 1,3 1,7
17,5 1,1 1,5 1,9
20 1,2 1,6 2,0
Bloco de Vidro (decorativo, sem resistência ao fogo) 8 0,8 - -
Nota: Na composição de pesos de alvenarias desta tabela foi considerado os seguintes critérios:
- argamassa de assentamento vertical e horizontal de cal, cimento e areia com 1 cm de espessura e peso específico de 19 kN/m³;
- revestimento com peso específico de 19 kN/m³;
- proporção de meio bloco para cada 3 blocos inteiros;
- sem preenchimento de vazios (com graute, etc.)

Fonte: NBR-6120 - Tabela 2 (2019)

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2 – Critérios de Projeto

Tab. 2.8 – Divisórias e caixilhos


Espessura nominal
Peso
Materiais do elemento
(kN/m²)
(cm)
Drywall (composição: montantes metálicos, quatro chapas com 12,5
mm de espessura cada e isolamento acústico com lã de rocha ou lã de 7 a 30 0,5
vidro com 50 mm de espessura)
Divisórias retráteis (exceto divisórias com vidro) 7 a 12 0,6
Caixilhos, incluindo vidro simples (espessura 4 mm):
- de alumínio, 0,2
-
- de ferro, 0,3
- que vão de piso a piso, com h ≤ 4,0 m 0,4
Fachadas com pele de vidro, fachadas unitizadas Validar conforme caso

Fonte: NBR-6120 - Tabela 3 (2019)

Tab. 2.9 – Revestimentos de pisos e impermeabilizações


Espessura
Materiais Peso
(cm) (kN/m²)
Impermeabilização com manta asfáltica simples (apenas manta com 15 % de 0,3 0,08
sobreposição e pintura asfáltica, sem camada de regularização nem proteção 0,4 0,10
mecânica) 0,4 0,11
Piso elevado interno com placas de aço, sem revestimento (até 30 cm de
- 0,5
altura)
Piso elevado interno com placas de polipropileno, sem revestimento (até 30 cm
- 0,15
de altura)
Revestimentos de pisos de edifícios residenciais e comerciais (𝛾𝑎𝑝−𝑚 = 20 5 1,0
kN/m3) 7 1,4
Revestimentos de pisos de edifícios industriais 5 1,7
(𝛾𝑎𝑝−𝑚 = 34 kN/m3) 7 2,4
Impermeabilizações em coberturas com manta asfáltica 10 1,8
e proteção mecânica, sem revestimento (𝛾𝑎𝑝−𝑚 = 18 kN/m3) 15 2,7

Fonte: NBR-6120 - Tabela 4 (2019)

Tab. 2.10 – Enchimentos


Peso específico aparente 𝛾𝑎𝑝
Materiais
(kN/m³)
Entulho de obra, caliça 15
Blocos de concreto celular autoclavado 6,5
Argila expandida 5 a 7 (6)
Concreto leve (com argila expandida) 17 a 19 (18)
Solo 16 a 20 (18)
Polistireno Expandido (EPS) alta densidade 0,3

Fonte: NBR-6120 - Tabela 7 (2019)

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2 – Critérios de Projeto

Tab. 2.11 - Valores característicos nominais das cargas variáveis (continua)


Carga
Carga
Distribuída
concentrada
Local Uniformemente
(kN)
(kN/m²)

Áreas de acesso público, circulações,sanitários 5 -


Lojas, duty free 5 -
Controle de passaportes, segurança,raios X 5 -
Restituição de bagagens (não inclui o peso próprio dos
5 -
Aeroportos a equipamentos)
Áreas administrativas 5 -
Manipulação de bagagens (não inclui o peso próprio dos
10 -
equipamentos)
Áreas sujeitas ao tráfego de veículos (ver NBR-6120/19
item 6.6)
Arquibancadas e Com assentos fixos 4 -
tribunas a,b Com assentos móveis 5 -
d
Barrilete 1,5
Áreas técnicas em geral (fora da projeção dos
3 -
equipamentos), exceto barrilete
Sala de ventiladores, pressurização, exaustores 3 -
Sala de ar-condicionado (fan coil) 4 -
Sala de painéis elétricos de baixa tensão 4 -
Sala de gerador e transformador (com leiaute) 3 -
Sala de gerador e transformador (sem leiaute) 10 -
Sala de no-breaks 7,5 -
Áreas
Sala de baterias 10 -
Técnicas a,c
CPD (centro de processamento de dados) 5 -
Casa de máquinas de elevador de passageiros (v ≤ 1,0
30 e,f g
m/s)
Casa de máquinas de elevador de passageiros (v > 1,0
50 e,f g
m/s)
Poço de elevador de passageiros 50 f -
Poço de plataforma de elevação motorizada para h
2,5 -
pessoas com mobilidade reduzida
OBS: As cargas devem ser validadas caso a caso, porém
com os valores mínimos indicados nesta Tabela.

Balcões, Residencial 2,5 -


sacadas, Comercial, corporativos e escritórios 3 -
varandas e Com acesso público (hotéis, hospitais, escolas, teatros
terraços i,j 4 -
etc.)
Escritórios 2,5 -
Sanitários 2 -
Salas de diretoria e gerencia 2,5 -
Bancos, Cofre (validar caso a caso, respeitando
30 -
agencias o valor mínimo indicado nesta Tabela)
bancarias Agência (área de atendimento ao público) 3 -
instituições Regiões de arquivos deslizantes 5 -
financeiras a
Região de terminais de autoatendimento, caixas k
12
eletrônicos
Áreas técnicas (ver item Áreas Técnicas nesta Tabela)
Centro de processamento de dados (ver Áreas técnicas)

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2 – Critérios de Projeto

Tab. 2.11 - (continuação)


Carga
Carga
Distribuída
Local concentrada
Uniformemente
(kN)
(kN/m²)
Sala de leitura (sem estantes) 3 -
Sala de leitura (com estantes) 4 -
6 kN/m² para
estantes até
2,2m de altura
+ 2 kN/m² por
Sala com estantes de livros l -
metro de altura
a
Bibliotecas de estante que
ultrapassar
2,2m
Regiões de arquivos deslizantes 5 -
Salas administrativas 2,5 -
Sanitários 2 -
Corredores 3 -
Plateia com assentos fixos 4 -
Centro de
Platéia com assentos móveis 5 -
convenções e
locais de reunião Sanitários 2 -
de pessoas a, Acessos, corredores 5 -
teatros a,
Plataformas (assembleias) 5 -
igrejas a
Palco (área de apresentação) 5 -
Acesso exclusivo de pessoas 5 -
Área de estandes de exposição 10 m -
Centros de
m
Exposição a Área de exposição de veículos e equipamentos 30 -
OBS: As cargas devem ser validadas caso a caso, porém
com os valores mínimos indicados nesta Tabela.
Cinemas a Plateia com assentos fixos 4 -
(não inclui
Sanitários 2 -
cinemas de
shopping center) Acesso, corredores 4 -
Refeitórios 3 -
Sala de assembleia com assentos fixos 4 -
Sala de assembleia com assentos móveis 5 -
Academia 5 -
Salão de esportes 5 -
Salão de danças 5 -
Salão de bilhar, sala de jogos 3 -
a
Clubes Pista de boliche 4 -
Sanitários, vestiários 2 -
Cozinhas 3 -
Depósitos 5 -
Salas administrativas 2,5 -
Corredores 3 -
Quadras esportivas 5 -
Lavanderias (ver item nesta Tabela)

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2 – Critérios de Projeto

Tab. 2.11 - (continuação)


Carga
Carga
Distribuída
Local concentrada
Uniformemente
(kN)
(kN/m²)
g
Com acesso apenas para manutenção ou inspeção 1
g
Com placas de aquecimento solar ou fotovoltaicas 1,5
Coberturas a,g,n,o Outros usos: conforme o item pertinente
desta Tabela.
OBS: Cargas para estruturas de Concreto armado, mistas
de aço e concreto e alvenaria estrutural. Outras coberturas:
ver 6.4 da NBR-6120/19.
Validar caso a caso, respeitando o valor mínimo indicado
Cozinhas não 3 -
nesta Tabela
residenciais a
Câmara fria 5 -
7,5 kN/m² até
2,5 m de altura
de estoque +3
Validar caso a caso, respeitando o valor mínimo indicado q
kN/m² por
nesta Tabela
metro de altura
de estoque
Depósitos de excedente p
uso geral a Locais sujeitos ao acúmulo de mercadorias,incluindo q
7,5
zonas de acesso
Materiais de armazenagem (ver 6.9 da NBR-6120/19)
Supermercados (ver item nesta Tabela)
OBS: As cargas devem ser validadas caso a caso, porém
com os valores mínimos indicados nesta Tabela.
Dormitórios 1,5 -
Sala, copa, cozinha 1,5 -
Sanitários 1,5 -
Despensa, área de serviço e lavanderia 2 -
a
Quadras esportivas 5 -
Salão de festas, salão de jogos 3a -
a
Áreas de uso comum 3 -
Edificios Academia 3a -
Residenciais Forro acessíveis apenas para manutenção e
0,1 a,r -
sem estoque de materiais
a
Sótão 2 -
Corredores dentro de unidades autônomas 1,5 -
Corredores de uso comum 3 -
Depósitos 3 -
Áreas técnicas (ver item nesta Tabela)
Jardins (ver item nesta Tabela)
Salas de uso geral e sanitários 2,5 -
Regiões de arquivos deslizantes 5 -
Edifícios Call center 3 -
comerciais, Corredores dentro de unidades
2,5 -
corporativos e de autônomas
escritórios Corredores de uso comum 3 -
Áreas técnicas (ver item nesta Tabela)
Jardins (ver item nesta Tabela)

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2 – Critérios de Projeto

Tab. 2.11 - (continuação)


Carga
Carga
Distribuída
Local concentrada
Uniformemente
(kN)
(kN/m²)
(item 6.8 NBR- (item 6.8 NBR-
Áreas de produção, processos, manufatura etc. 6120/19) 6120/19)
Refeitórios 3 -
Sanitários, vestiários 2 -
Cozinhas 3 -
Edicações
industriais a,s Salas administrativas 2,5 -
Corredores 3 -
Áreas técnicas (ver item nesta Tabela)
OBS: As cargas devem ser validadas caso a caso, porém
com os valores mínimos indicados nesta Tabela.

Hospitais 3 -
Residenciais, hotéis (dentro de unidades autônomas) 2,5 -
Residenciais, hotéis (uso comum) 3 -
Edifícios comerciais, clubes, escritórios, bibliotecas 3 -
Centros de exposição 5 -
Escadas e Centros de convenções e locais de reunião de pessoas,
5 -
passarelas t teatros, igrejas
Escolas 3 -
Cinemas, centros comerciais, shopping centers 4 -
Servindo arquibancadas 5 -
Com acesso público 3 -
Sem acesso público 2,5 -
Auditório com assentos fixos 4 -
Auditório com assentos móveis 5 -
Corredor 3 -
Sala de aula 3 -
Salas administrativas 2,5 -
Dormitórios 2,5 -
Cafés, restaurantes 3 -
Escola, Salão de esportes, academia 5 -
instituições de Salão de danças 5 -
ensino a Sanitários, vestiários 2 -
Cozinhas 3 -
Depósitos 5 -
Laboratórios 3 -
Regiões de arquivos deslizantes 5 -
Quadras esportivas 5 -
Biblioteca (ver item nesta Tabela)
Áreas técnicas (ver item nesta Tabela)
Acessos, escadas, corredores e plataformas (estações q
5
de trens, metrôs, ônibus, portos)
Estação de
Aeroportos (ver item nesta Tabela)
passageiros a
Áreas sujeitas ao tráfego de veículos (ver item 6.6 da
NBR-6120/19)

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2 – Critérios de Projeto

Tab. 2.11 - (continuação)


Carga
Carga
Distribuída
Local concentrada
Uniformemente
(kN)
(kN/m²)
Acessíveis apenas para manutenção e sem estoque de
Forros 0,1 a,r -
materiais
Garagens,
Ver item 6.6.1 da NBR-6120/19 - -
estacionamentosa
Ginásio de
5 -
esportes a
Helipontos a Ver item 6.7 da NBR-6120/19 - -
Dormitórios, enfermaria, sala de
2
recuperação, sanitários
Sala de raios X, sala de cirurgia 3a
Laboratório 3a
Corredores 3
Sala de refeições, café, restaurante 3a
20 kN/m2 até 3
m de altura de
Hospitais estoque + 5
Depósitos kN/m2 por
metro de altura
de estoque
excedente a,p
Salas administrativas 2,5
Áreas técnicas (ver item nesta Tabela)
OBS: As cargas devem ser validadas caso a caso, porém
com os valores mínimos indicados nesta Tabela.

Dormitórios 1,5 -
Sanitários dentro de unidades autônomas 1,5 -
Demais sanitários, vestiários 2 -
a
Salão de esportes, academia 5 -
Salão de festas, salão de jogos 3a -
a
Áreas de uso comum 3 -
Corredores de unidades autônomas 1,5 -
Corredores de uso comum 3 -
Hotéis
Restaurante 3a -
a
Sala de assembleia com assentos fixos 4 -
a
Sala de assembleia com assentos móveis 5 -
Cozinhas 3a -
a
Depósitos 5 -
Salas administrativas 2,5 -
Áreas técnicas (ver item nesta Tabela)
Lavanderias (ver item nesta Tabela)
Celas 3 -
Instituições Corredores 3 -
Penais a Sanitários 2 -
Salas administrativas 2,5 -
Com possibilidade de acesso de pessoas 3 -
Jardins a,u Sem possibilidade de acesso de pessoas (somente
1 -
acesso de manutenção)

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2 – Critérios de Projeto

Tab. 2.11 - (continuação)


Carga
Carga
Distribuída
Local concentrada
Uniformemente
(kN)
(kN/m²)
Incluindo equipamentos 3 -
Laboratórios a OBS: As cargas devem ser validadas caso a caso, porém
com os valores mínimos indicados nesta Tabela.

Incluindo equipamentos 3 -
Lavanderias não
residências a OBS: As cargas devem ser validadas caso a caso, porém
com os valores mínimos indicados nesta Tabela.

Circulações e lojas em geral 4 -


Lojas com mezanino metálico (inclui o peso próprio do
7,5 20 v
mezanino e sua carga de uso)
Mezanino metálico (apenas carga de uso) 2 -
Praça de alimentação - área de público 5 -
Praça de alimentação - área de cozinhas e serviços 7,5 -
Cinema e teatro (apenas carga de uso, plateia com
4 -
Lojas a, centros assentos fixos)
comerciais a, Cinema e teatro (acessos e corredores) 4 -
shopping w
Cinema e teatro (piso que o suporta) 12,5 50 v
centers a
Sanitários 2 -
Depósitos 5 -
Salas administrativas 2,5 -
Região de terminais de autoatendimento, caixas k
12
eletrônicos
Supermercados (ver item nesta Tabela)
Áreas técnicas (ver item nesta Tabela)
Áreas de exposição 3 -
Sanitários 2 -
Depósitos 5 -
Museus a,
galerias de arte a Salas administrativas 2,5 -
Acessos, corredores 5 -
OBS: As cargas devem ser validadas caso a caso, porém
com os valores mínimos indicados nesta Tabela.
Salão 3 -
Sanitários 2 -
a
Restaurantes Depósitos 5 -
Salas administrativas 2,5 -
Cozinha (ver item nesta Tabela)

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2 – Critérios de Projeto

Tab. 2.11 - (continuação)


Carga
Carga
Distribuída
Local concentrada
Uniformemente
(kN)
(kN/m²)
Salão de vendas com gôndolas, balcões com ou sem
8 q
refrigeração
20 kN/m2 até 3
m de altura de
estoque + 3
q,z
Salão de vendas com porta-paletes kN/m2 por
metro de altura
de estoque
excedente p

20 kN/m2 até 3
m de altura de
estoque + 5
q,z
Depósitos (com ou sem porta-paletes) kN/m2 por
Supermercadosa,y metro de altura
de estoque
excedente p

Padaria, açougue, peixaria, frios e demais áreas de q


8
manipulação de alimentos
q
Área de caixas (check outs) 4
Sanitários 2 -
Salas administrativas 2,5 -
Região de terminais de autoatendimento, caixas k
12
eletrônicos
Salas-cofre, salas-forte 10 x -
Áreas técnicas (ver item nesta Tabela)
Sem acesso ao público 11,5 -
Com acesso ao público 3 -
Residenciais, hotéis, hospitais (uso comum) 3 -
Edifícios comerciais, corporativos e de escritórios 3 -
Vestíbulos
(acessos) a Clubes, escolas, bibliotecas 3 -
Centros de convenções e locais de
5 -
reunião de pessoas, teatros, igrejas
Cinemas, centros comerciais, shopping centers 4 -
Servindo arquibancadas 5 -
a Redução de cargas variáveis não permitida.

b Deve-se considerar forças horizontais conforme 6.3 da NBR-6120/19. Devem ser verificados os efeitos dinâmicos.

Deve-se verificar o trajeto dos equipamentos até o local definitivo, para instalação ou manutenção. A carga móvel
correspondente ao equipamento e veículo de transporte podem ser consideradas como especiais, conforme a ABNT
NBR 8681. Deve ser avaliada a possibilidade de movimentação dos equipamentos e seus componentes dentro da área
c técnica. Caso se disponha do leiaute dos equipamentos, é possível substituir a carga distribuída indicada pela carga
máxima em operação dos equipamentos e suas bases, juntamente com a carga uniformemente distribuída indicada fora
da projeção dos equipamentos. Para elevadores sem casa de máquinas, deve-se considerar o peso máximo em
operação dos equipamentos atuando nos seus pontos de apoio, conforme o projeto do elevador.

d Prever cargas devido a tanques, reservatórios, bombas etc. (com suas respectivas bases), distribuídas na área da
projeção desses itens.
e Carga na projeção do poço do elevador.

f As forças impostas pelo motor, guias, para-choques, polias etc., a serem fornecidas pelo fabricante do elevador de
passageiros, devem ser calculadas conforme a ABNT NBR NM 207.
g Para o teto da casa de máquinas de elevadores, verificar a necessidade de prever cargas concentradas variáveis para
os ganchos de suspensão dos equipamentos (mínimo 40 kN por gancho).

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2 – Critérios de Projeto

Tab. 2.11 - (conclusão)

h Carga variável, não inclui o peso próprio da plataforma elevatória.

i Conforme o caso, deve-se prever cargas adicionais devido a mudanças futuras, por exemplo: fechamento com vidro,
nivelamento do piso, mudança de uso etc.

j Nas bordas de balcões, varandas, sacadas e terraços com guarda-corpo, prever carga variável de 2 kN/m, além do
peso próprio do guarda-corpo. Considerar também forças horizontais variáveis conforme 6.3 da NBR-6120/19.

k Deve-se verificar a ação dos equipamentos como carga concentrada, representada por uma carga uniformemente
distribuída de 18,5 kN/m2 apenas na projeção dos equipamentos (0,9 m x 0,6 m).

l A carga se aplica a salas de estantes com dupla face, não móveis e: a) profundidade máxima de 30 cm em cada face;
b) linhas paralelas de estantes separadas por corredor com no mínimo 90 cm de largura.

m Carga característica nominal mínima, devendo ser aumentada conforme a expectativa de peso dos itens a serem
expostos e eventual tráfego de veículos.
n Inclui tampas de reservatórios de concreto armado no topo de edifícios.
o Verificar possibilidade de acúmulo de água, conforme 5.5 da NBR-6120/19.

p Altura de estoque corresponde ao pé-direito máximo disponível para empilhamento de produtos. Pode ser limitado por
forros ou outros dispositivos que impeçam o empilhamento de produtos além da altura prevista.

q Pode ser necessário verificação específica para ações de equipamentos especiais, conforme o caso. Havendo
possibilidade de tráfego de empilhadeiras ou similares, a estrutura deve ser verificada conforme 6.6.2 da NBR-6120/19.

r Para forros inacessíveis e sem possibilidade de estoque de materiais, não é necessário considerar cargas variáveis
devido ao uso.

s Devido à grande variabilidade de cargas em edificações industriais, é imprescindível validar as cargas efetivas que
atuam sobre a estrutura, segundo os usos das áreas específicas.

Nas escadas com trechos em balanço, devem ser verificados os efeitos da alternância das cargas. Para degraus
isolados em balanço ou biapoiados, calcular o degrau com carga concentrada de 2,5 kN aplicada na posição mais
t desfavorável. A verificação com carga concentrada deve ser feita separadamente, sem consideração simultânea da
carga variável uniformemente distribuída. Passarelas não inseridas nas edificações não fazem parte do escopo desta
Norma, devendo-se consultar a ABNT NBR 7188.

u Para cargas de uso, além das cargas permanentes (impermeabilização, solo e plantio). Deve ser previsto sistema de
drenagem adequado.

v Pode-se considerar a carga concentrada aplicada em uma área de 20 cm x 20 cm (Qk ≤ 20 kN) ou 30 cm x 30 cm (Qk >
20 kN). O valor da carga concentrada pode ser alterado conforme o caso.

w Inclui carga de uso, estrutura da arquibancada e outros usos sob a arquibancada. Validar conforme o projeto e
expectativas de utilização.

x Caso as salas-forte ou salas-cofre estejam detalhadas em projeto (incluindo as espessuras de piso, teto e paredes), a
carga variável devido ao uso pode ser adotada como 2,5 kN/m2.

Fonte: NBR-6120 - Tabela 10 (2019)

A NBR-6120 (2019) ainda prevê que para alvenarias com peso próprio da parede
acabada superior a 3,0 kN/m, a respectiva carga linear deve ser considerada como
permanente, segundo a posição de projeto.
Quando forem previstas paredes divisórias sem posição definida em projeto, sobre
estruturas com adequada capacidade de distribuição dos esforços solicitantes, pode-se
considerar, além dos demais carregamentos, uma carga uniformemente distribuída adicional
conforme a Tab. 2.12. A consideração dessa carga adicional pode ser dispensada para
pavimentos cuja carga variável de projeto seja maior ou igual a 4,0 kN/m 2, exceto para
alvenarias com peso próprio da parede acabada superior a 3,0 kN/m.

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2 – Critérios de Projeto

Tab. 2.12 – Carga variáveis adicionais para consideração de paredes divisórias sem posição
definida em projeto
Peso próprio (𝑔𝑎𝑙𝑣 𝑜𝑢 𝑔𝑝𝑝 ) da parede acabada Carga adicional
kN/m kN/m²

𝑔𝑎𝑙𝑣 ≤ 1,0 0,5


1,0 < 𝑔𝑎𝑙𝑣 ≤ 2,0 0,75
2,0 < 𝑔𝑎𝑙𝑣 ≤ 3,0 1,0
𝑔𝑎𝑙𝑣 > 3,0 Não permitido

Fonte: NBR-6120 - Tabela 11 (2019)

2.6 Redução de cargas variáveis conforme NBR-6120/19

A NBR 6120/19 prevê uma redução nos esforços solicitantes em pilares e fundações, que
suportem 𝒏 andares acima do elemento em questão, com conjuntos de pisos adjacentes com
o mesmo tipo de uso, o valor da carga variável de uso pode ser multiplicado por um coeficiente
de redução 𝛼𝑛 , conforme a Tab. 2.13. As reduções adotadas devem ser registradas nos
documentos do projeto.

Tab. 2.13 – Multiplicador 𝛼𝑛 das cargas variáveis

Numeros de piso que atuam sobre o elemento Multiplicador 𝛼𝑛 das cargas variáveis

1a3 1,0
4 0,8
5 0,6
6 ou mais 0,4

Fonte: NBR-6120 - Tabela 19 (2019)

Não é permitida a redução das cargas variáveis de garagens, reservatórios, coberturas,


jardins, depósitos de explosivos e inflamáveis e áreas de estoque em geral, áreas de
armamentos, áreas técnicas, instalações nucleares, indústrias, estádios, teatros e cinemas,
passarelas, assembleias com assentos fixos ou móveis e demais áreas cujas cargas variáveis
não sejam redutíveis, conforme itens indicados na Tab. 2.11.
Para edificações com diferentes tipos de uso, a cada conjunto de pisos adjacentes de
mesmo tipo de uso, pode ser aplicado o critério de redução de cargas variáveis da Tab. 2.13.
As Fig. 2.9 e Fig. 2.10 apresentam exemplos de consideração dos multiplicadores das
cargas variáveis para edificações com um ou mais tipos de uso, onde:

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2 – Critérios de Projeto

Uso 1, Uso 2, Uso 3 tipos de uso dos pavimentos;


c.v.n.r. pavimento inteiro ocupado por carga variável não redutível;
𝑞𝑘 carga variável atuante em cada pavimento.

A presença de pavimentos inteiramente ocupados por carga variável não redutível, entre
pavimentos com carga variável redutível, não interrompe a sequência dos multiplicadores das
cargas variáveis do grupo de pavimentos.
Em pavimentos com carga variável redutível, havendo regiões com cargas variáveis não
redutíveis, os multiplicadores das cargas variáveis devem ser aplicados apenas às cargas
redutíveis.
Para pavimentos com um mesmo tipo de uso, grupos de pavimentos com diferentes áreas
devem ser considerados como grupos distintos para consideração dos multiplicadores das
cargas variáveis,conforme exemplifica a Fig. 2.11.

Cobertura 1,0 𝑥 𝑞𝑘
Ático 1,0 𝑥 𝑞𝑘
Cobertura 1,0 𝑥 𝑞𝑘 Uso 1 1,0 𝑥 𝑞𝑘
Ático 1,0 𝑥 𝑞𝑘 Uso 1 1,0 𝑥 𝑞𝑘
Uso 1 1,0 𝑥 𝑞𝑘 Uso 1 1,0 𝑥 𝑞𝑘
Uso 1 1,0 𝑥 𝑞𝑘 Uso 1 0,8 𝑥 𝑞𝑘
Uso 1 1,0 𝑥 𝑞𝑘 c.v.n.r 1,0 𝑥 𝑞𝑘
Uso 1 0,8 𝑥 𝑞𝑘 c.v.n.r 1,0 𝑥 𝑞𝑘
Uso 1 0,6 𝑥 𝑞𝑘 Uso 1 0,6 𝑥 𝑞𝑘
Uso 1 0,4 𝑥 𝑞𝑘 Uso 1 0,4 𝑥 𝑞𝑘
Uso 1 0,4 𝑥 𝑞𝑘 Uso 1 0,4 𝑥 𝑞𝑘
Uso 1 0,4 𝑥 𝑞𝑘 Uso 1 0,4 𝑥 𝑞𝑘
Uso 1 0,4 𝑥 𝑞𝑘 Uso 1 0,4 𝑥 𝑞𝑘
Térreo 1,0 𝑥 𝑞𝑘 Térreo 1,0 𝑥 𝑞𝑘

Garagens 1,0 𝑥 𝑞𝑘 Garagens 1,0 𝑥 𝑞𝑘

Fig. 2.9 – Multiplicadores de cargas variáveis – Exemplo com um tipo de uso


Fonte: NBR-6120 - Figura 12 (2019)

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2 – Critérios de Projeto

Cobertura 1,0 𝑥 𝑞𝑘
Cobertura 1,0 𝑥 𝑞𝑘 Ático 1,0 𝑥 𝑞𝑘
Ático 1,0 𝑥 𝑞𝑘 Uso 1 1,0 𝑥 𝑞𝑘
Uso 1 1,0 𝑥 𝑞𝑘 Uso 1 1,0 𝑥 𝑞𝑘
Uso 1 1,0 𝑥 𝑞𝑘 Uso 1 1,0 𝑥 𝑞𝑘 Uso 3 1,0 𝑥 𝑞𝑘
Uso 1 1,0 𝑥 𝑞𝑘 Uso 1 0,8 𝑥 𝑞𝑘 Uso 3 1,0 𝑥 𝑞𝑘
Uso 1 0,8 𝑥 𝑞𝑘 c.v.n.r 1,0 𝑥 𝑞𝑘 Uso 3 1,0 𝑥 𝑞𝑘
Uso 1 0,6 𝑥 𝑞𝑘 Uso 1 0,6 𝑥 𝑞𝑘 Uso 3 0,8 𝑥 𝑞𝑘
Uso 1 0,4 𝑥 𝑞𝑘 Uso 1 0,4 𝑥 𝑞𝑘 Uso 3 0,6 𝑥 𝑞𝑘
Uso 2 1,0 𝑥 𝑞𝑘 Uso 2 1,0 𝑥 𝑞𝑘 Uso 3 0,4 𝑥 𝑞𝑘
Uso 2 1,0 𝑥 𝑞𝑘 Uso 2 1,0 𝑥 𝑞𝑘 Uso 3 0,4 𝑥 𝑞𝑘
Uso 2 1,0 𝑥 𝑞𝑘 Uso 2 1,0 𝑥 𝑞𝑘 Uso 3 0,4 𝑥 𝑞𝑘
Uso 2 0,8 𝑥 𝑞𝑘 Uso 2 0,8 𝑥 𝑞𝑘 Uso 3 0,4 𝑥 𝑞𝑘
Uso 2 0,6 𝑥 𝑞𝑘 Uso 2 0,6 𝑥 𝑞𝑘 Uso 3 0,4 𝑥 𝑞𝑘
Uso 2 0,4 𝑥 𝑞𝑘 Uso 2 0,4 𝑥 𝑞𝑘 Uso 3 0,4 𝑥 𝑞𝑘
Uso 2 0,4 𝑥 𝑞𝑘 Uso 2 0,4 𝑥 𝑞𝑘 Uso 3 0,4 𝑥 𝑞𝑘
Uso 2 0,4 𝑥 𝑞𝑘 Uso 2 0,4 𝑥 𝑞𝑘 Uso 3 0,4 𝑥 𝑞𝑘
Térreo 1,0 𝑥 𝑞𝑘 Térreo 1,0 𝑥 𝑞𝑘
Garagens 1,0 𝑥 𝑞𝑘 Garagens 1,0 𝑥 𝑞𝑘

Fig. 2.10 – Multiplicadores de cargas variáveis – Exemplo com dois e três tipos de uso
Fonte: NBR-6120 - Figura 13 (2019)

Cobertura 1,0 𝑥 𝑞𝑘
Ático 1,0 𝑥 𝑞𝑘
Uso 1 1,0 𝑥 𝑞𝑘
Uso 1 1,0 𝑥 𝑞𝑘
Uso 1 1,0 𝑥 𝑞𝑘
Uso 1 0,8 𝑥 𝑞𝑘
Uso 1 0,6 𝑥 𝑞𝑘
Uso 1 0,4 𝑥 𝑞𝑘
Uso 1 0,4 𝑥 𝑞𝑘
Uso 1 1,0 𝑥 𝑞𝑘
Uso 1 1,0 𝑥 𝑞𝑘
Uso 1 1,0 𝑥 𝑞𝑘
Uso 1 0,8 𝑥 𝑞𝑘
Uso 1 0,6 𝑥 𝑞𝑘
Uso 1 0,4 𝑥 𝑞𝑘
Térreo 1,0 𝑥 𝑞𝑘
Garagens 1,0 𝑥 𝑞𝑘
Fig. 2.11 – Multiplicadores de cargas variáveis – Exemplo de edificação com grupos de pavimentos com
diferentes áreas e mesmo tipo de uso
Fonte: NBR-6120 - Figura 14 (2019)

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3 – Pré-dimensionamento

3 PRÉ-DIMENSIONAMENTO

O pré-dimensionamento dos elementos estruturais é necessário para que se possa ter


conhecimento das dimensões iniciais dos elementos, desta forma podendo determinar o peso
próprio da estrutura, sendo esta uma das primeiras parcelas considerada no cálculo das
ações.
O conhecimento das dimensões permite determinar os vãos equivalentes e as rigidezes,
desta forma podendo determinar as rigidezes das ligações, e determinar as redistribuições
dos momentos.

3.1 Lajes

3.1.1 Classificação quanto a direção

As lajes armadas em uma direção, são aquelas que apresentam uma proporção entre
o lado maior (𝑙𝑦 ), e o lado menor (𝑙𝑥 ) é maior que 2, podendo ser transcrito como:
𝑙𝑦
λ= >2
𝑙𝑥
Sendo: 𝑙𝑦 vão maior
𝑙𝑥 vão menor

As lajes armadas em duas direções, são aquelas onde a proporção entre o lado maior
(𝑙𝑦 ), e o lado menor (𝑙𝑥 ) é menor ou igual a 2, podendo ser transcrito como:
𝑙𝑦
λ= ≤2
𝑙𝑥
Sendo: 𝑙𝑦 vão maior
𝑙𝑥 vão menor

3.1.2 Vão efetivos

Os vãos efetivos (Lef), também conhecido como vão teórico (L), das lajes nas direções
principais para cálculo, são determinados conforme a seguir, considerando que os apoios são
suficientemente rígidos quanto a translação vertical (NBR-6118/14 – Item 14.7.2.2).
L = l0 + a1 + a2:
t1
a1
2 Menor entre os dois valores
0,3.h
t2.
a2 2

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3 – Pré-dimensionamento

Fig. 3.1 - Vão efetivo ou teórico

É muito comum em lajes que se utilize os eixos das vigas como vão efetivo, porém em
alguns casos onde as vigas de borda apresentam uma largura excessiva, ou lajes que
engastam em maciços de concreto, pode-se realizar as considerações apresentadas acima.

3.1.3 Altura útil para lajes

a) Laje Armada em duas Direções

b) Laje Armada em uma Direção

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3 – Pré-dimensionamento

3.1.4 Pré-dimensionamento das lajes

A altura útil das lajes pode ser estimada conforme equação abaixo:

∑ Leng
d = L. (0,028 − 0,006. )
U
U Perímetro da laje
∑ Leng Somatória dos comprimentos de lados engastados da laje
L Lx
0,67.Ly Menor entre os dois valores

d altura útil de cálculo

De maneira geral, podemos escrever da seguinte maneira:


1 1 ∑ Leng
d = L. ( − . )
35,71 166,66 U
∑ Leng
Caso todos os lados da laje sejam engastados, temos a fração U
=1, obtendo desta

forma:
1 L
d = L. (0,028 − 0,006.1) ou d = L. (0,022), podendo ser escrito como d = L. (45,45) = 45,45.
∑ Leng
Caso todos os lados da laje sejam apoiados, temos a fração =0, obtendo desta
U

forma:
1 L
d = L. (0,028 − 0,006.0) ou d = L. (0,028), podendo ser escrito como d = L. ( )= .
35,71 35,71

L L
Desta forma podemos dizer que a altura útil da laje (d), varia de 35,71 a 45,45, sendo o L

o menor valor entre Lx e 0,67.Ly.


Lx
Algumas bibliografias indicam pré-dimensionamento de lajes maciças como 40, porém
L L
como podemos perceber, os valores apresentados de pré-dimensionamento variam de 35 a 45
Lx
aproximadamente, ou seja, sendo um valor intermediário ao apresentado nas formulações
40

acima. O pré-dimensionamento apresentado torna a estimativa da altura útil um pouco mais


refinada, variando de acordo com o número de engastes da que a laje possui.

3.1.5 Altura útil para lajes em balanço

d = 2. L𝑏𝑎𝑙 . (0,028)

L𝑏𝑎𝑙 Comprimento do balanço da laje

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3 – Pré-dimensionamento

3.1.6 Cálculo da altura (h) da laje

h = d + c + ∅ (Laje Armada em duas Direções)


h = d + c + 2 (Laje Armada em uma Direção)

Nesta fase de projeto, iremos estimar um diâmetro de barra, sendo que adota-se
ø=10mm por uma questão de praticidade nos cálculos.

3.1.7 Espessuras Mínimas

A NBR-6118/14, indica no item 13.2.4 os limites mínimos de espessura a seguir:

- 7 cm para laje de cobertura não em balanço;


- 8 cm para lajes de piso não em balanço;
- 10 cm para lajes em balanço;
- 10 cm para lajes que suportem veículos de peso total menor ou igual a 30 kN;
- 12 cm para lajes que suportem veículos de peso total maior que 30 kN;
- 16 cm para lajes lisas e 14 cm para lajes cogumelo, sendo estas lajes fora do capitel,
em um sistema de laje/pilar.

Vale notar que estas espessuras são mínimas, sendo que as espessuras finais vão
depender da classe de agressividade ambiental (CAA), sendo desta forma os cobrimentos (C)
que irão definir a espessura final. Como podemos notar na Tab. 2.3, os cobrimentos nominais
variam de acordo com a classe de agressividade ambiental, podendo chegar até a 45mm.
Estes cobrimentos impactam diretamente nas espessuras das lajes, onde as alturas finais
devem permitir uma boa acomodação das barras dentro do concreto, bem como se faz
necessária a verificação das flechas imediatas e progressivas.

3.2 Vigas
3.2.1 Vão teórico

Vão livre (𝐿0 ) é a distância entre as faces dos apoios. O vão efetivo ( 𝑙𝑒𝑓 ), também

conhecido como vão teórico (𝐿 ), pode ser calculado por:

𝐿 = 𝑙0 + 𝑎1 + 𝑎2:

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3 – Pré-dimensionamento

t1⁄
𝑎1 { 2
0,3. ℎ
𝑎2 𝑡2⁄
2

No entanto, é usual adotar o vão teórico como sendo, simplesmente, a distância entre
os eixos dos apoios. Este modelo acaba se tornando mais utilizados quando temos vigas
engastadas em pilares parede, que possuem dimensões muito grandes.
Nas vigas em balanço, vão livre é a distância entre a extremidade livre e a face externa
do apoio, e o vão teórico é a distância até o centro do apoio.

Fig. 3.2 - Vão efetivo ou teórico

3.2.2 Pré-dimensionamento das Vigas

As vigas não devem apresentar largura menor que 12cm. Esse limite pode ser
reduzido, respeitando-se um mínimo absoluto de 10cm em casos excepcionais, sendo
obrigatoriamente respeitadas as seguintes condições (item 13.2.2 da NBR6118, 2014):
- alojamento das armaduras e suas interferências com as armaduras de outros
elementos estruturais, respeitando os espaçamentos e coberturas
estabelecidos nessa Norma;
- lançamento e vibração do concreto de acordo com a NBR-14931/04 – Execução de
Estruturas de Concreto - Procedimento. Sempre que possível, a largura das vigas deve ser
adotada de maneira que elas fiquem embutidas nas paredes.
Porém, nos casos de grandes vãos ou de tramos muito carregados, pode ser
necessário adotar larguras maiores. Nesses casos, procura-se atenuar o impacto na
arquitetura do edifício.
De forma grosseira, podemos estimar as alturas das vigas conforme a seguir:
- tramos intermediários: ℎ𝑒𝑠𝑡 = 𝐿0 /12

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3 – Pré-dimensionamento

- tramos extremos ou vigas bi-apoiadas: ℎ𝑒𝑠𝑡 = 𝐿0 /10


- balanços: ℎ𝑒𝑠𝑡 = 𝐿0 /5
As vigas não podem invadir os espaços de portas e de janelas. Considera-se a abertura
de portas com 2,20m de altura.
Para simplificar o cimbramento, procura-se padronizar as alturas das vigas. Não é usual
adotar mais que duas alturas diferentes. Tal procedimento pode, eventualmente, gerar a
necessidade de armadura dupla, em alguns trechos. Os tramos mais carregados, e
principalmente os de maiores vãos, devem ter suas flechas verificadas posteriormente. De
forma recomendativa, não adota-se vigas com altura menor que 25cm.

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3 – Pré-dimensionamento

3.3 Pilares

O pré-dimensionamento dos pilares deve ser previsto para suportar todas as cargas
verticais da edificação, e junto com as vigas, formar pórticos de contraventamento capazes
de resistir aos esforços horizontais, em sua grande maioria causada por pressões dinâmicas
de ventos. Para isso, deve-se separar cada pilar por áreas de influência, desta forma
estimando suas cargas atuantes.
De uma maneira simplificada, podemos considerar que a metade de cada vão efetivo
entre pilares forma sua área de influência, e todas cargas contidas nesta área de influência é
resistida pelo pilar em questão, conforme apresentado na Fig. 3.3.

Fig. 3.3 - Áreas de influência dos pilares

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3 – Pré-dimensionamento

As cargas atuantes em cada uma das áreas de influência dos pilares, são compostas
de todas cargas permanentes e variáveis atuantes na região. Desta forma, deveríamos
contabilizar os pesos próprios das vigas, lajes, revestimentos, alvenaria e a sobrecarga
atuante conforme a utilização da edificação.
Para exemplo hachurado na Fig. 3.3, teríamos:

F = PPViga + PPLaje + PPrev. + PPalv. + Sobrecarga

3.4 Método Simplificado

O método simplificado considera que todo o carregamento que está dentro da área de
influência é uma carga uniformemente distribuída, podendo ser utilizada uma carga padrão.
Neste processo, a somatória de cargas permanentes (peso próprio da estrutura, revestimento,
alvenaria), e cargas acidentais (sobrecarga de utilização) é uma carga média 𝐹.
Para a utilização de fins residenciais e comerciais, podemos adotar uma carga de 𝐹 =
𝑘𝑁 𝑘𝑁
10 𝑚2
a 12 𝑚2
, sendo desta forma teríamos:

Ftotal = F. Ainf . (Nandares + 0,7)

Para a determinação das dimensões do pilar, devemos adotar uma tensão admissível
com relação a capacidade de compressão máxima do concreto, conforme equação abaixo:

fcd
σadm. =
2

Sendo:
𝑓𝑐𝑘
𝑓𝑐𝑑 =
1,4

𝐹
Sabendo-se que 𝜎 = 𝐴, podemos estimar as dimensões do pilar (bxh) fixando uma das

dimensões (b), e determinado a outra dimensão (h), conforme a seguir:

𝐹 𝑓𝑐𝑑 𝐹 𝑓𝑐𝑑 𝐹
𝜎= → = → =
𝐴 2 𝐴 2 𝑏. ℎ

𝐹
ℎ= 𝑓𝑐𝑑
𝑏. 2

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3 – Pré-dimensionamento

Onde:
𝐹𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 é a carga total atuante na área de influência, multiplicada pelo número de andares,
sendo 0,7 a carga relativa a caixa d’água, ou seja, 70% do pavimento tipo;
𝜎𝑎𝑑𝑚. é a tensão admissível do concreto para o pré-dimensionamento, expressa em kN/cm²;
𝑓𝑐𝑑 é a resistência de cálculo do concreto, expressa em kN/cm²;
ℎ é a maior dimensão do pilar, expressa em cm;
𝑏 é a menor dimensão do pilar, expressa em cm;

Este método apresenta uma consideração muito errônea das alvenaria presentes nas
áreas de influência, apresentado números muito elevados em grandes áreas, e muito pequeno
em pequenas áreas, ou ainda considerando em áreas que nem possuem alvenarias. Porém,
de qualquer forma, pode-se utilizar como uma estimativa rápida.

3.5 Método Melhorado

No método melhorado, se faz necessário a determinação exata de todas as cargas


presentes na área de inflência (Ainf ), determinando desta forma para cada área uma carga
distribuída uniformemente (kN/m²), e não adotando uma carga padrão entre 10 a 12 𝑘𝑁/𝑚².
Todos os carregamentos devem estar em kN/m², desta forma para os elementos lineares,
tais como as vigas e alvenarias, divide-se pela área de influência para se obter uma carga
distribuída uniformente pela área, conforme exemplo abaixo:

𝑃𝑃𝑙𝑎𝑗𝑒 = ℎ. 𝛾𝑐𝑜𝑛𝑐. (𝑘𝑁/𝑚²);


𝑃𝑃𝑟𝑒𝑣. = ℎ. 𝛾𝑟𝑒𝑣. (𝑘𝑁/𝑚²);
𝑏.ℎ.𝐿.𝛾𝑐𝑜𝑛𝑐.
𝑃𝑃𝑣𝑖𝑔𝑎 = (𝑘𝑁/𝑚²);
Ainf
𝑏.ℎ.𝐿.𝛾𝑎𝑙𝑣.
𝑃𝑃𝑎𝑙𝑣 = (𝑘𝑁/𝑚²);
Ainf

𝑆𝑜𝑏. = 𝑄 (𝑘𝑁/𝑚²) (𝑘𝑁/𝑚²) Conforme Tab. 2.11.

Para a determinação das dimensões do pilar, adota-se as mesmas condições


apresentadas em 3.4.
Conforme apresentado anteriormente, podemos compor uma tabela de cargas de tal
forma que cada pilar apresentaria seus devidos carregamentos, de acordo com a Tab. 3.1.

Tab. 3.1 – Exemplo de composição de cargas para cada área de influência de pilar
A inf 𝑃𝑃𝑙𝑎𝑗𝑒 𝑃𝑃𝑟𝑒𝑣. 𝑃𝑃𝑣𝑖𝑔𝑎 𝑃𝑃𝑎𝑙𝑣 𝑆𝑜𝑏. F N Ftotal σadm. b h
Pilares
(m²) (kN/m²) (kN/m²) (kN/m²) (kN/m²) (kN/m²) (kN/m²) (andares) (kN) (kN/cm²) (cm) (cm)

P.X

Fonte: Autor

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4 – Estados limites e Combinações das Ações

4 ESTADOS LIMITES E COMBINAÇÕES NAS AÇÕES

4.1 Estado Limite Ultimo (ELU)

A segurança das estruturas de concreto deve sempre ser verificada em relação aos
seguintes estados-limites últimos:
- Perda de equilíbrio da estrutura, admitida como corpo rígido.
- Esgotamento da capacidade resistente da estrutura, no seu todo ou em parte, devido
às solicitações normais tangenciais;
- Esgotamento da capacidade resistente da estrutura, no seu todo ou em parte,
considerando os efeitos de segunda ordem;
- Colapso progressivo;
- Esgotamento da capacidade resistente da estrutura, no seu todo ou em parte,
considerando a exposição ao fogo, conforme ABNT NBR 15200;
- Esgotamento da capacidade resistente da estrutura, considerando ações sísmicas, de
acordo com a ABNT NBR 15421.

4.2 Estado Limite de Serviço (ELS)

Estados-limites de serviço são aqueles relacionados ao conforto do usuário e à


durabilidade, aparência e boa utilização das estruturas, seja em relação aos usuários, seja
em relação às máquinas e aos equipamentos suportados pela estrutura.
A segurança das estruturas de concreto pode exigir a verificação de alguns estados
limites de serviço conforme item 8.
Em construções especiais, podem ser necessários outras verificações não previstas
pela NBR 6118, sendo avaliado a cada caso.

4.3 Combinações da Ações


4.3.1 Generalidades

Um carregamento é definido pela combinação das ações que têm probabilidade não
desprezíveis de atuarem simultaneamente sobre a estrutura, durante período pré-
estabelecido.
A combinação das ações deve ser feita de forma que possam ser determinados os
efeitos mas desfavoráveis para a estrutura; a verificação da segurança em relação aos
estados-limites últimos e aos estados-limites de serviço deve ser realizada em função de
combinações últimas e de serviço respectivamente.

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4 – Estados limites e Combinações das Ações

4.3.2 Combinações últimas

Uma combinação última, pode ser classificada como normal, especial ou de


construção;

4.3.2.1 Combinações últimas Normais

Em cada combinação devem estar incluídas as ações permanentes e a ação variável


principal, com seus valores característicos e demais ações variáveis, consideradas
secundárias, com seus valores reduzidos de combinação.

4.3.2.2 Combinações últimas especiais ou de construção

Em cada combinação devem estar presentes as ações permanentes e a ação variável


especial, quando existir, com seus valores característicos e as demais ações variáveis com a
probabilidade não desprezível, de ocorrência simultânea, com seus valores reduzidos de
combinação.

4.3.2.3 Combinações últimas excepcionais

Em cada combinação devem figurar as ações permanentes e a ação variável


excepcional, quando existir, com seus valores representativos e demais ações variáveis com
probabilidade não desprezível de ocorrência simultânea, com seus valores reduzidos de
combinação. Nesse caso se enquadram, entre outras, sismo e incêndio.

4.3.3 Coeficientes de ponderação das ações no estado-limite último (ELU)

Os valores-base para a verificação são apresentados nas Tab. 4.1 e Tab. 4.2, para
γf1 . γf3 e γf2 , respectivamente.

Para elementos estruturais esbeltos críticos para a segurança da estrutura, como


pilares e pilares-paredes, com espessura inferior a 19 cm e lajes em balanço com espessura
inferior a 19 cm, os esforços solicitantes de cálculo devem ser multiplicados pelo coeficiente
de ajustamento (γn ). Para valores γn , ver Tab. 9.1 e Tab. 11.1, sendo o γn para lajes e pilares
respectivamente.

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4 – Estados limites e Combinações das Ações

Tab. 4.1 - Coeficiente γf = γf1 . γf3

Ações

Combinações Permanentes Variáveis Protensão Recalque de


de ações (g) (q) (p) apoio e retração

D F G T D F D F
Normais 1,4a 1,0 1,4 1,2 1,2 0,9 1,2 0
Especiais de
1,3 1,0 1,2 1,0 1,2 0,9 1,2 0
Construção
Excepcionais 1,2 1,0 1,0 0 1,2 0,9 0 0
onde:
D é desfavorável, F é favorável, G representa as cargas variáveis em geral e T é a temperatura
a Para as cargas permanentes de pequena variabilidade, como o peso próprio das estruturas,
especialmente pré-moldadas, esse coeficiente pode ser reduzido para 1,3.

Fonte: NBR-6118 - Tabela 11.1 (2014)

Tab. 4.2 - Coeficiente γf2

ᵞf2
Ações
Ψ0 Ψ1 a 𝛹2

Locais em que não há predominância de


peso de equipamentos que permanecem
fixos por longos períodos de tempo, nem
0,5 0,4 0,3
elevadas concentrações de pessoas b

Cargas acidentais
em edifícios
Locais em que há predominância de
peso de equipamentos que permanecem
fixos por longos períodos de tempo, ou
0,7 0,6 0,4
de elevadas concentrações de pessoas c

Biblioteca, arquivos, oficinas e garagens 0,8 0,7 0,6

Pressão dinâmica do vento nas


Vento estruturas em geral
0,6 0,3 0

Variação uniforme de temperatura em


Temperatura relação à média anual local
0,6 0,5 0,3

Passarelas de Pedestres 0,6 0,4 0,3


Cargas móveis e Pontes rodoviárias 0,7 0,5 0,3
seus efeitos Pontes ferroviárias não especializadas 0,8 0,7 0,5
dinâmicos Pontes ferroviárias especializadas 1,0 1,0 0,6
Vigas de rolamento de pontes rolantes 1,0 0,8 0,5
a Para valores de Ψ1 relativos a pontes e principalmente para problemas de fadiga, ver seção 23 da
NBR-6118/14.
b Edifícios residenciais
c Edifícios comerciais, de escritórios, estações e edifícios públicos.

Fonte: NBR-8681 - Tabela 6 (pg.13, 2003)

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4 – Estados limites e Combinações das Ações

4.3.4 Combinações Últimas Usuais


Tab. 4.3 - Combinações últimas

Combinações
Ultimas Descrição Cálculo das Solicitações
(ELU)
Esgotamento da
capacidade
resistente para
𝐹d = γg Ʃ𝐹gk + γεg 𝐹εgk + 𝛾𝑞 (𝐹𝑞1𝑘 + 𝛴𝛹0𝑗 𝐹𝑞𝑗𝑘 ) + 𝛾𝜀𝑞 𝛹0𝜀 𝐹𝜀𝑞𝑘
elementos
estruturais de
concreto armado
Esgotamento da
capacidade Deve ser considerada, quando necessário, a força de protensão
Normais resistente para como carregamento externo com os valores Pkmáx e Pkmín para a
elementos força desfavorável e favorável, respectivamente, conforme definido
estruturais de na seção 9 da NBR-6118/14
concreto protendido

𝑆(𝐹𝑠𝑑 ) ≥ 𝑆(𝐹𝑛𝑑 )
Perda de Equilíbrio 𝐹𝑠𝑑 = 𝛾𝑔𝑠 𝐺𝑠𝑘 + 𝑅𝑑
como corpo Rígido
𝐹𝑛𝑑 = 𝛾𝑔𝑛 𝐺𝑛𝑘 + 𝛾𝑞 𝑄𝑛𝑘 − 𝛾𝑞𝑠 𝑄𝑠,𝑚𝑖𝑛 , onde: 𝑄𝑛𝑘 = 𝑄1𝑘 + 𝛴𝛹0𝑗 𝑄𝑗𝑘

Especiais ou
de construção 𝐹d = γg 𝐹gk + γεg 𝐹εgk + 𝛾𝑞 (𝐹𝑞1𝑘 + 𝛴𝛹0𝑗 𝐹𝑞𝑗𝑘 ) + 𝛾𝜀𝑞 𝛹0𝜀 𝐹𝜀𝑞𝑘
b

Excepcionais b 𝐹d = γg 𝐹gk + γεg 𝐹εgk + 𝐹𝑞1𝑒𝑥𝑐 + 𝛾𝑞 𝛴𝛹0𝑗 𝐹𝑞𝑗𝑘 + 𝛾𝜀𝑞 𝛹0𝜀 𝐹𝜀𝑞𝑘
𝐹d é o valor de cálculo das ações para combinações última;
𝐹gk representa as ações permanentes diretas;
representa as ações indiretas permanentes como retração 𝐹εgk e variáveis com a
𝐹𝜀𝑘
temperatura 𝐹𝜀𝑞𝑘 ;
𝐹𝑞𝑘 representa as ações variáveis das quais 𝐹𝑞1𝑘 é escolhida como principal;
γg , γεg , 𝛾𝑞 , 𝛾𝜀𝑞 ver Tab. 4.1;
𝛹0𝑗 , 𝛹0𝜀 ver Tab. 4.2;
𝐹𝑠𝑑 representa as ações estabilizantes;
𝐹𝑛𝑑 representa as ações não-estabilizantes;
𝐺𝑠𝑘 é o valor característico da ação permanente estabilizante;
𝑅𝑑 é o esforço resistente considerado estabilizante, quando houver;
𝐺𝑛𝑘 é o valor característico da ação permanente instabilizante;
𝑚

𝑄𝑛𝑘 = 𝑄1𝑘 + ∑ 𝛹0𝑗 𝑄𝑗𝑘 ;


𝑗=2
𝑄𝑛𝑘 é o valor característico das ações variáveis instabilizantes;
𝑄1𝑘 é o valor característico das ação variável instabilizante considerada principal;
𝛹0𝑗 𝑒 𝑄𝑗𝑘 são as demais ações variáveis instabilizantes, consideradas com seu valor reduzido;
é o valor característico mínimo da ação variável estabilizante que acompanha obrigatória-
𝑄𝑠,𝑚𝑖𝑛 mente uma ação variável instabilizante;
a No caso geral, devem ser consideradas inclusive combinações onde o efeito favorável das cargas permanentes seja
reduzido pela consideração de γg = 1,0. No caso de estruturas usuais de edifícios, essas combinações que
consideram γg reduzido (1,0) não precisam ser consideradas.
b Quando 𝐹𝑞1𝑘 ou 𝐹𝑞1𝑒𝑥𝑐 atuarem em tempo muito pequeno ou tiverem probabilidade de ocorrência muito baixa, 𝛹0𝑗
pode ser substituído por𝛹2𝑗 . Este pode ser o caso para ações sísmicas e situação de incêndio.

Fonte: NBR-6118 - Tabela 13 (2014)

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4 – Estados limites e Combinações das Ações

4.3.5 Combinações de Serviço

São classificados de acordo com sua permanência na estrutura e devem ser


verificadas como estabelecido a seguir, conforme item 11.8.3 da NBR-6118/14:
a) quase permanentes: podem atuar durante grande parte do período de vida da estrutura, e
sua consideração pode ser necessária na verificação do estado-limite de deformações
excessivas;

b) frequentes: repetem-se muitas vezes durante o período de vida da estrutura, e sua


consideração pode ser necessária na verificação dos estados-limites de formação de
fissura, de abertura de fissuras e de vibrações excessivas. Podem também ser
consideradas para verificações de estados-limites de deformações excessivas
decorrentes de vento ou temperatura que podem comprometer as vedações.

c) raras: ocorrem algumas vezes durante o período de vida da estrutura, e sua consideração
pode ser necessária na verificação do estado-limite de formação de fissuras.

Tab. 4.4 - Combinações de serviço

Combinações
de Serviço Descrição Cálculo das Solicitações
(ELS)

Combinações
Nas combinações quase permanente de
quase serviço, todas as ações variáveis são
Permanente de consideradas com seus valores quase 𝐹d,ser = Σ 𝐹gi,k + 𝛴𝛹2𝑗 𝐹𝑞𝑗,𝑘
serviço permanentes 𝛹2 𝐹𝑞𝑘
(CQP)
Nas combinações frequentes de serviço, a
Combinações ação variável principal Fq1 é tomada com o
frequentes de seu valor frequente 𝛹1 𝐹𝑞1,𝑘 e todas as 𝐹d,ser = Σ 𝐹gi,k + 𝛹1𝑗 𝐹𝑞1,𝑘 + 𝛴𝛹2𝑗 𝐹𝑞𝑗,𝑘
serviço demais ações variáveis são tomadas com
(CF) seus valores quase permanentes 𝛹2 𝐹𝑞𝑘

Nas combinações raras de serviço, a ação


Combinações variável principal Fq1 é tomada com seu valor
raras de serviço característico 𝐹𝑞1,𝑘 e todas as demais ações 𝐹d,ser = Σ 𝐹gi,k + 𝐹𝑞1,𝑘 + 𝛴𝛹1𝑗 𝐹𝑞𝑗,𝑘
(CR) são tomadas com seus valores frequentes
𝛹1 𝐹𝑞𝑘
Onde:
𝐹d,ser é o valor de cálculo das ações para combinações de serviço;
𝐹𝑞1𝑘 é o valor característico das ações variáveis principais diretas;

𝛹1 é o fator de redução de combinação frequente para ELS;


𝛹2 é o fator de redução de combinação quase permanente para ELS.

Fonte: NBR-6118 – Tabela 11.4 (2014)

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4 – Estados limites e Combinações das Ações

4.3.6 Coeficientes de ponderação das resistências no estado-limite de serviço (ELS)

Os limites estabelecidos para os estados-limites de serviço (ver item 8), não necessitam
de minoração, portanto, 𝛾𝑚 = 1,0.

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5 – Dimensionamento à Flexão

5 DIMENSIONAMENTO A FLEXÃO SIMPLES EM CONCRETO ARMADO


5.1 Seção Retangular à Flexão

No item 17.2.2 da NBR-6118/14 – Hipóteses básicas, recomenda as seguintes hipóteses para


o dimensionamento em concreto armado, com armaduras passivas:

a) a seções transversais se mantém planas após a deformação;


b) a deformação das barras passivas aderentes em tração ou compressão deve ser a
mesma do concreto e em seu entorno, quando houver a necessidade de armadura dupla;
c) a distribuição de tensões no concreto é feita de acordo com o diagrama de parábola-
retângulo, com tensão de pico igual a 𝛼𝑐 . 𝑓𝑐𝑑 . Esse diagrama pode ser substituído pelo
retângulo de profundidade 𝑦 = 𝜆 . 𝑥, onde o parâmetro 𝜆 pode ser tomado igual a:

- 𝜆 = 0,8 ,para 𝑓𝑐𝑘 ≤ 50 𝑀𝑃𝑎;


(𝑓𝑐𝑘 − 50)⁄
- 𝜆 = 0,8 − [ 400] ,para 𝑓𝑐𝑘 > 50 𝑀𝑃𝑎.

- 𝛼𝑐 . 𝑓𝑐𝑑
- 𝛼𝑐 = 0,85, 𝑓𝑐𝑘 ≤ 50 𝑀𝑃𝑎;
(𝑓𝑐𝑘 − 50)⁄
- 𝛼𝑐 = 0,85 . [1 − 200 ] , para 𝑓𝑐𝑘 > 50 𝑀𝑃𝑎.

Desta forma, obtemos:

Tab. 5.1 - Valores de 𝜆 e 𝛼𝑐


𝑓𝑐𝑘
𝜆 1/𝜆 𝛼𝑐
MPa
≤ 50 0,8000 1,250 0,8500
55 0,7875 1,270 0,8287
60 0,7750 1,290 0,8075
65 0,7625 1,311 0,7862
70 0,7500 1,333 0,7650
75 0,7375 1,356 0,7437
80 0,7250 1,379 0,7225
85 0,7125 1,403 0,7012
90 0,7000 1,428 0,6800
Fonte: Autor (2017)

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5 – Dimensionamento à Flexão

5.1.1 Diagrama de tensões no Concreto

αc.fcd

λ.X

Fig. 5.1 - Simplificação - Linearização das tensões de compressão no concreto


Fonte: Adaptado de PAPPALARDO (2004)

5.1.2 Modelo de Flexão – Formulação geral utilizando 𝒚 = 𝝀𝒙 e 𝜶𝒄

0,5x
c

c.fcd
y=x

y=x
x

Rcd=c.bw.x.fcd
d-0,5x
d

Mu
Md
As As s Rsd=As.s

s

bw

Encurtamento Alongamento

Área Comprimida por 𝑦 = λ. x

Fonte: Adaptado de Projeto Fapesp - LEM


Admitindo-se para o concreto:
𝐹 𝑅𝑐𝑑 𝑅𝑐𝑑
𝜎= → → 𝜎 = 𝑓𝑐𝑑 → 𝑓𝑐𝑑 = → 𝑅𝑐𝑑 = 𝛼𝑐 . 𝑓𝑐𝑑 . 𝐴
𝐴 𝐴 𝐴
𝐴 = 𝜆. 𝑥. 𝑏𝑤

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5 – Dimensionamento à Flexão

Admitindo-se para o aço:


𝐹 𝑅𝑠𝑑 𝑅𝑠𝑑
𝜎= → → 𝜎 = 𝑓𝑦𝑑 → 𝑓𝑦𝑑 = → 𝑅𝑠𝑑 = 𝑓𝑦𝑑 . 𝐴𝑠
𝐴 𝐴 𝐴

Equilíbrio
Forças
𝑅𝑐𝑑 = 𝑅𝑠𝑑 ou 𝛼𝑐 . 𝑏𝑤 . 𝜆. 𝑥. 𝑓𝑐𝑑 = 𝐴𝑠 . 𝜎𝑠𝑑 𝐸𝑞. 1

Momentos ( 𝑀𝑢/𝑟 - Momento Ultimo ou Momento Resistente)

𝑀𝑢/𝑟 = 𝑅𝑠𝑑 . (𝑑 − 0,5. 𝜆. 𝑥) ou 𝑀𝑢/𝑟 = 𝑅𝑐𝑑 (𝑑 − 0,5. 𝜆. 𝑥)

𝑀𝑢/𝑟 = 𝐴𝑠 . 𝑓𝑦𝑑 . (𝑑 − 0,5. 𝜆. 𝑥) ou 𝑀𝑢/𝑟 = 𝛼𝑐 . 𝑏𝑤 . 𝜆. 𝑋. 𝑓𝑐𝑑 (𝑑 − 0,5. 𝜆. 𝑥) 𝐸𝑞. 2𝑎 𝑒 2𝑏

Onde:
𝑥 altura da linha neutra em cm;
𝜆 profundidade da linha neutra conforme 𝑓𝑐𝑘 ;
𝛼𝑐 efeito Rüsch para cada 𝑓𝑐𝑘 ;
𝑑 altura útil em cm;
𝐴𝑠 área de aço cm²;
𝜎𝑠𝑑 tensão atuante no aço em kN/cm²;
𝑅𝑠𝑑 força de tração no aço em kN;
𝑏𝑤 largura da peça e/ou elemento comprimido em cm;
𝑅𝑐𝑑 esforço resistente de cálculo no concreto em kN;
𝑓𝑐𝑑 tensão máxima de cálculo do concreto em kN/cm²;

Isolando X:
𝑀𝑑 = αc . 𝑏𝑤 . 𝜆. 𝑥. 𝑓𝑐𝑑. (𝑑 − 0,5. 𝜆. 𝑥)

𝑀𝑑
𝜆. 𝑥. (𝑑 − 0,5. 𝜆. 𝑥) =
(αc . 𝑏𝑤 . 𝑓𝑐𝑑 )

𝑀𝑑
𝑑. 𝜆. 𝑥. −0,5. 𝜆2 . 𝑥 2 =
(αc . 𝑏𝑤 . 𝑓𝑐𝑑 )

𝑀𝑑
𝑑. 𝜆. 𝑥 − 0,5. 𝜆2 . 𝑥 2 − . (−1)
(αc . 𝑏𝑤 . 𝑓𝑐𝑑 )

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5 – Dimensionamento à Flexão

𝑀𝑑
0,5. 𝜆2 . 𝑥 2 − 𝑑. 𝜆. 𝑥 +
(αc . 𝑏𝑤 . 𝑓𝑐𝑑 )

Resolvendo Equação de 2° grau:

a= 0,5. 𝜆2
b= −𝑑. 𝜆
𝑀𝑑
c= (α
c .𝑏𝑤 .𝑓𝑐𝑑 )

−𝑏 ± √𝑏2 − 4𝑎𝑐
𝑥=
2𝑎

𝑀𝑑
d. λ ± √𝑑2 λ2 − 4.0,5. 𝜆2 . (α
c .𝑏𝑤 .𝑓𝑐𝑑 )
𝑥=
2.0,5. 𝜆2

2.𝑀𝑑.𝜆2
d. λ ± √𝑑2 λ2 −
αc .𝑏𝑤 .𝑓𝑐𝑑
𝑥=
1,0. 𝜆2

2.𝑀𝑑.𝜆2
d. λ ± √𝑑2 λ2 −
αc .𝑏𝑤 .𝑓𝑐𝑑
𝑥=
𝜆2

2.𝑀𝑑.𝜆2
d. λ √𝑑2 λ2 − α
c .𝑏.𝑓𝑐𝑑
𝑥= ±
𝜆2 𝜆2
Retirando o 𝑑 2 λ2 de dentro da raiz:

d 1 2. 𝑀𝑑
𝑥= ± 2 √(1 − ) . d 2 . 𝜆2
𝜆 𝜆 αc . 𝑏𝑤 . 𝑑2 . 𝑓𝑐𝑑

d d. λ 2. 𝑀𝑑
𝑥= ± 2 √1 −
𝜆 𝜆 αc . 𝑏𝑤 . 𝑑2 𝑓𝑐𝑑

d d 2. 𝑀𝑑
𝑥= ± √1 −
𝜆 𝜆 αc . 𝑏𝑤 . 𝑑2 𝑓𝑐𝑑

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5 – Dimensionamento à Flexão

𝑑
Isolando 𝜆

d 𝑀𝑑
𝑥 ′ = (1 + 1√1 − )
𝜆 0,5. αc . 𝑏𝑤 . 𝑑2 𝑓𝑐𝑑

d 𝑀𝑑
𝑥 ′′ = (1 − 1√1 − )
𝜆 0,5. αc . 𝑏𝑤 . 𝑑2 𝑓𝑐𝑑

Utilizando a opção válida x'', pois apresenta a linha neutra dentro da seção calculada.

d 𝑀𝑑
𝑥 = [1 − (√1 − )] Eq. 3
𝜆 0,5. αc . 𝑏𝑤 . 𝑑2 . 𝑓𝑐𝑑

Utilizando a Equação 2a:

𝑀𝑑
𝐴𝑠 = 𝑓 Eq. 4
𝑦𝑘
𝛾𝑠
. (𝑑 − 0,5. 𝜆. 𝑥)

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5 – Dimensionamento à Flexão

5.1.3 Modelo de Flexão - Dimensionamento - Para fck  50 MPa, λ=0,8 e αc=0,85

0,4.x
c
x .fcd

x
x
Rcd=0,85.bw.0,8.x.fcd
Rcd=0,68.bw.x.fcd

d-0,4.x
d
Md Mu
As As s Rsd=As.s

 s

bw

Encurtamento Alongamento

Área Comprimida por 𝑦 = 0,8. X

Fonte: Adaptado de Projeto Fapesp - LEM


Como a grande maioria de nossas edificações possuem concreto menores que 50
MPa, utilizaremos a formulação com os valores de 𝜆 = 0,8 e 𝛼𝑐 = 0,85, conforme mostrado
abaixo.

Admitindo-se para o concreto:


𝐹 𝑅𝑐𝑑 𝑅𝑐𝑑
𝜎= → → 𝜎 = 𝑓𝑐𝑑 → 𝑓𝑐𝑑 = → 𝑅𝑐𝑑 = 0,85. 𝑓𝑐𝑑 . 𝐴
𝐴 𝐴 𝐴
𝐴 = 0,8. 𝑥. 𝑏𝑤

Admitindo-se para o aço:


𝐹 𝑅𝑠𝑑 𝑅𝑠𝑑
𝜎= → → 𝜎 = 𝑓𝑦𝑑 → 𝑓𝑦𝑑 = → 𝑅𝑠𝑑 = 𝑓𝑦𝑑 . 𝐴𝑠
𝐴 𝐴 𝐴

Equilíbrio para 𝜆 = 0,8 e 𝛼𝑐 = 0,85


Forças para
𝑅𝑠𝑑 = 𝑓𝑦𝑑 . 𝐴𝑠 e 𝑅𝑐𝑑 = 0,85. 𝑓𝑐𝑑 . 0,8. 𝑥. 𝑏𝑤 → 𝑅𝑐𝑑 = 0,68. 𝑓𝑐𝑑 . 𝑥. 𝑏𝑤 Eq. 5
𝑅𝑠𝑑 = 𝑅𝑐𝑑 ou 0,68. 𝑓𝑐𝑑 . 𝑥. 𝑏𝑤 = 𝑓𝑦𝑑 . 𝐴𝑠

Momentos (Mu - Momento Ultimo ou Mr - Momento Resistente)


𝑀𝑢 = 𝑅𝑠𝑑 (𝑑 − 0,4. 𝑥) ou 𝑀𝑢 = 𝑅𝑐𝑑 (𝑑 − 0,4. 𝑥)
𝑀𝑢 = 𝐴𝑠 . 𝑓𝑦𝑑 (𝑑 − 0,4. 𝑥) ou 𝑀𝑢 = 0,68. 𝑏𝑤 . 𝑋. 𝑓𝑐𝑑 (𝑑 − 0,4. 𝑥) Eq. 6

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5 – Dimensionamento à Flexão

Onde:
𝑥 altura da linha neutra em cm;
𝑑 altura útil em cm;
𝐴𝑠 área de aço cm²;
𝜎𝑠𝑑 tensão atuante no aço em kN/cm²;
𝑅𝑠𝑑 força de tração no aço em kN;
𝑏𝑤 largura da alma de uma viga ou da área comprimida;
𝑅𝑐𝑑 esforço resistente de cálculo no concreto em kN;
𝑓𝑐𝑑 tensão máxima de cálculo do concreto em kN/cm²;

Substituindo 𝜆 = 0,8 e 𝛼𝑐 = 0,85, obtemos:

d 𝑀𝑑
𝑥= [1 − (√1 − )]
0,8 0,5.0,85. 𝑏𝑤 . 𝑑2 𝑓𝑐𝑑
Eq. 7
𝑀𝑑
𝑥 = 1,25. 𝑑 [1 − (√1 − )]
0,425. 𝑏𝑤 . 𝑑 2 𝑓𝑐𝑑

Substituindo 𝜆 = 0,8 e 𝛼𝑐 = 0,85 na Equação 5:


𝑀𝑑
𝐴𝑠 = 𝑓𝑦𝑘
. (𝑑 − 0,5.0,8. 𝑥)
𝛾𝑠
Eq. 8
𝑀𝑑
𝐴𝑠 = 𝑓𝑦𝑘
𝛾𝑠
. (𝑑 − 0,4. 𝑥)

5.1.4 Momento Resistente

Admitindo-se 𝑅𝑠𝑑 = 𝑅𝑐𝑑 , temos:

0,68. 𝑏𝑤 . 𝑥. 𝑓𝑐𝑑 = 𝐴𝑠. 𝜎𝑠𝑑

Conhecendo a quantidade de armadura empregada, pode utilizar a Eq. 5 isolando o


𝑋. Desta forma obtemos:
𝐴𝑠 . 𝜎𝑠𝑑
𝑋= Eq. 9
0,68. 𝑏𝑤 . 𝑓𝑐𝑑

Desta maneira nos permite verificar se a peça encontra-se no Domínio 4 (𝑥 > 0,658. 𝑑),
ou se ainda a armadura de compressão 𝐴𝑠 ’ (𝑥 > 0,45. 𝑑) se faz necessária.

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5 – Dimensionamento à Flexão

Para a determinação do momento ultimo ou resistente (𝑀𝑢/𝑟 ), utiliza-se a Eq. 6,


obtendo-se a Eq. 10, conforme abaixo:

𝑀𝑢/𝑟 = 0,68. 𝑏𝑤 . 𝑥. 𝑓𝑐𝑑 (𝑑 − 0,4. 𝑥)


ou Eq. 10
𝑀𝑢/𝑟 = 𝐴𝑠 . 𝑓𝑦𝑑 (𝑑 − 0,4. 𝑥)

5.1.5 Linha neutra para fck > 50 MPa

Substituindo-se os valores 𝜆 e αc apresentados na Tab. 5.1, obtemos as seguintes equações


para cada 𝑓𝑐𝑘 :

Tab. 5.2 - Valores de 𝑋 e 𝐴𝑠 para concretos de fck > 50 MPa

fck Linha Neutra Área de Aço


(MPa) x As

𝑀𝑑 𝑀𝑑
55 𝑋 = 1,270. 𝑑 [1 − (√1 − )] 𝐴𝑠 =
0,414. 𝑏𝑤 . 𝑑2 𝑓𝑐𝑑 𝑓𝑦𝑑 . (𝑑 − 0,394. X)

𝑀𝑑 𝑀𝑑
60 𝑋 = 1,290. 𝑑 [1 − (√1 − )] 𝐴𝑠 =
0,404. 𝑏𝑤 . 𝑑2 𝑓𝑐𝑑 (𝑑
𝑓𝑦𝑑 . − 0,388. 𝑋)

𝑀𝑑 𝑀𝑑
65 𝑋 = 1,311. 𝑑 [1 − (√1 − )] 𝐴𝑠 =
0,393. 𝑏𝑤 . 𝑑2 𝑓𝑐𝑑 𝑓𝑦𝑑 . (𝑑 − 0,381. 𝑋)

𝑀𝑑 𝑀𝑑
70 𝑋 = 1,333. 𝑑 [1 − (√1 − )] 𝐴𝑠 =
0,383. 𝑏𝑤 . 𝑑2 𝑓𝑐𝑑 𝑓𝑦𝑑 . (𝑑 − 0,375. 𝑋)

𝑀𝑑 𝑀𝑑
75 𝑋 = 1,356. 𝑑 [1 − (√1 − )] 𝐴𝑠 =
0,372. 𝑏𝑤 . 𝑑2 𝑓𝑐𝑑 𝑓𝑦𝑑 . (𝑑 − 0,369. 𝑋)

𝑀𝑑 𝑀𝑑
80 𝑋 = 1,379. 𝑑 [1 − (√1 − )] 𝐴𝑠 =
0,361. 𝑏𝑤 . 𝑑2 𝑓𝑐𝑑 (𝑑
𝑓𝑦𝑑 . − 0,362. 𝑋)

𝑀𝑑 𝑀𝑑
85 𝑋 = 1,403. 𝑑 [1 − (√1 − )] 𝐴𝑠 =
0,351. 𝑏𝑤 . 𝑑2 𝑓𝑐𝑑 𝑓𝑦𝑑 . (𝑑 − 0,356. 𝑋)

𝑀𝑑 𝑀𝑑
90 𝑋 = 1,428. 𝑑 [1 − (√1 − )] 𝐴𝑠 =
0,340. 𝑏𝑤 . 𝑑2 𝑓𝑐𝑑 𝑓𝑦𝑑 . (𝑑 − 0,350. 𝑋)

Fonte: Autor (2017)

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5 – Dimensionamento à Flexão

5.2 Condições de Dutilidade

A capacidade resistente das seções de concreto estão ligadas diretamente com a


posição da linha neutra 𝑋/𝑑, quanto menor for a posição da linha neutra maior será sua
capacidade.
Para que as vigas e lajes tenham um comportamento dútil adequado, a posição da linha
neutra no ELU, deve obedecer os seguintes limites:

- 𝑥/𝑑 ≤ 0,45, para concretos com 𝑓𝑐𝑘 ≤ 50𝑀𝑃𝑎;


- 𝑥/𝑑 ≤ 0,35, para concretos com 50 < 𝑓𝑐𝑘 ≤ 90 𝑀𝑃𝑎.

Esses limites podem ser alterados se forem utilizados detalhes especiais de armaduras,
como, por exemplo, os que produzem confinamento nessas regiões. Caso estes limites sejam
ultrapassados, deverá ser adotada uma armadura de compressão para auxilio da zona
comprimida, e desde que esteja dentro do domínio 3 (conforme descrito abaixo). Ver
dimensionamento no item 5.3.
Conforme item 17.2.3 da NBR-6118/14, preconiza que em vigas, para se garantir boas
condições de dutilidade, deve-se respeitar a posição da linha neutra (𝑥/𝑑) conforme
demonstrado acima, sendo necessária a adoção de uma armadura de compressão (armadura
dupla). A introdução da armadura de compressão para garantir o atendimento de valores
menores da posição da linha neutra (𝑥), que estejam no domínio 2 ou 3, não conduz a
elementos estruturais com ruptura frágil. A ruptura frágil está associada a posições da linha
neutra no domínio 4, com ou sem armadura de compressão.

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5 – Dimensionamento à Flexão

5.3 Seção Retangular com Armadura Dupla

0,4.x
c

.fcd

d'

d'
R'sd
d

x
As' As'

x
Rcd=0,85.bw.0,8.x.fcd + As'.s'
Rcd=0,68.bw.x.fcd + As'.s'

d-0,4.x
d
d-d'

Md Mu
As As s Rsd=As.s

 s

bw

Encurtamento Alongamento

Área Comprimida por 𝑦 = 0,45. d


Fonte: Adaptado de Projeto Fapesp - LEM

Equilíbrio 𝜆 = 0,8 e 𝛼𝑐 = 0,85

Equilíbrio das forças


Rcd = 0,68. bw . x. fcd + A 𝑠 ’. σ𝑠 ’
Rsd = A𝑠 . f𝑦𝑑 Eq.10

Equilíbrio de Momentos
Mu = Rcd(d − 0,4x) + R′sd(d − d′ )
Mu = 0,68. bw . x. fcd (d − 0,4x) + A𝑠 ’. σ𝑠 ’(d − d′ ) 𝐸𝑞. 11

Mu = A𝑠1 . f𝑦𝑑 (d − 0,4x) + A𝑠2 . f𝑦𝑑 (d − d′ )

𝑥
Tendo como limite de ductilidade 𝑑
≤ 0,45 para 𝑓𝑐𝑘 ≤ 50𝑀𝑃𝑎, estabelecido pelo item
14.6.4.3 da NBR-6118/14, temos:

M𝑤𝑑 = 0,68. bw . x. fcd (d − 0,4x) → 0,68. bw . x. fcd (d − 0,4.0,45. d)

∆Md = As’. σs’(d − d’) 𝐸𝑞. 12

M𝑤𝑑 = A𝑠1 . f𝑦𝑑 (d − 0,4.0,45. d)


Mu = A𝑠1 . f𝑦𝑑 (d − 0,4.0,45. d) + A𝑠2 . f𝑦𝑑 (d − d′ ) { 𝐸𝑞. 13
∆Md = 𝐴𝑠2 . f𝑦𝑑 (d − d′ )

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5 – Dimensionamento à Flexão

Assim fica conhecida a parcela do momento resistente para 0,45. 𝑑 (M𝑤𝑑 ), determinando desta
forma o momento residual (∆𝑀𝑑 ):

∆𝑀𝑑 = 𝑀𝑑 − 𝑀𝑤𝑑

Através da Eq.13, isolando o As , obtemos:

Mwd
As1 = fyk 𝐸𝑞. 14
γs
. (d − 0,4. x)

∆Md
As2 = fyk 𝐸𝑞. 15
γs
. (d − d′ )

Como 𝑥 = 0,45. 𝑑, tem-se no domínio 3, podemos determinar a deformação da


armadura superior (As’), desta forma determinando a tensão de trabalho da mesma (σ’𝑠 ). Por
semelhança de triângulos, obtêm-se:

 =
c εc ε′ s
=
(0,45. d) (0,45. d − d′ )
0,45.d-d' d'

εc . (0,45. d − d′ )
d

d

As' As'
' = ε′ s
s
(0,45. d)
d

Sabendo que εc = 0,0035, obten-se


ε′ s :
As As
0,0035. (0,45. d − d′ )
 s = ε′ s
bw (0,45. d)
Encurtamento Alongamento

Seguindo o diagrama σsd x εs, podemos determinar a tensão atuando na armadura (σ′ sd )
sabendo que Es = 21000 kN⁄cm2 , conforme mostrado abaixo:

σ′ sd σ′ sd
Es = ε′ s
→ ε′ s = Es
σ′ sd = ε′ s . Es

Es = 21.000 kN⁄cm2

E por fim, através da Eq. 12, isolando o As’ e já conhecendo o σ′ sd , obtemos a


armadura de compressão As’:

∆Md
= A′ s
σ′ sd . (d − d ′)

Desta forma, temos as armaduras como:

As = As1 + A s2 Armadura Inferior 𝐸𝑞. 16

∆Md
A′ s = Armadura Superior 𝐸𝑞. 17
σ′ ′
sd . (d − d )

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5 – Dimensionamento à Flexão

5.4 Seção “T” à Flexão


5.4.1 Hipótese I – Compressão na Mesa

x
c
bf .fcd

x
Rcfd=0,85.fcd.bf .0,8.X
hf

Rcfd=0,68.fcd.bf .X

d-0,4.X
d

d
Md Mu
As As s Rsd=As.s

 s

bw

Encurtamento Alongamento

Quando a compressão se apresenta apenas na mesa, ou seja, ℎ𝑓 > 0,8. 𝑥, a seção deve ser
calculada como retangular conforme figura acima, sendo determinada conforme a seguir:

Resultante do concreto na mesa colaborante R cfd = 0,85. fcd . bf . 0,8. X


R cfd = 0,68. fcd . bf . x 𝐸𝑞. 18

Equações de equilíbrio das forças: R sd = fyd . A s e R cd = 0,68. fcd . x. bw


R sd = R cd
0,68. fcd . x. bw = fyd . As

Equações de equilíbrio de momentos: Mcfd = Rcfd . (d − 0,4. x)


Mcfd = 0,68. fcd . bf . x. (d − 0,4. x) 𝐸𝑞. 19
Mcfd = Rsd . (d − 0,4. x)
Mcfd = fyd . As . (d − 0,4. x) 𝐸𝑞. 20

Utilizando-se a equação 19, obtemos a mesma formulação utilizada para seção retangular,
utilizando-se apenas a mesa como área comprimida. Ao invés de utilizarmos o 𝑏𝑤, utiliza-se o
𝑏𝑓 como largura comprimida, resultado:

𝑀𝑑
𝑥 = 1,25. 𝑑 [1 − (√1 − 0,425.𝑏 2 𝑓𝑐𝑑 )] Eq.21
𝑓 .𝑑

𝑀𝑑
𝐴𝑠 = 𝑓 Eq.22
𝑦𝑑 .(𝑑−0,4.𝑥)

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5 – Dimensionamento à Flexão

5.4.2 Hipótese II – Compressão na Alma


 c
bf .fcd

1 1 Rcfd=0,85.fcd(bf -bw).hf
hf

x
2

x
Rcwd=bw.0,8.x.0,85.fcd
Rcwd=0,68.bw.x.fcd

d-0,5.hf
d

d
Md Mu
As As s Rsd=As.s

 s

bw

Encurtamento Alongamento

Desta forma, se a altura comprimida for menor ou igual a espessura da laje (ℎ𝑓 ), tem-se uma
seção retangular de armadura simples, devendo ser dimensionada com largura comprimida
igual a bf. Porém quando a altura comprimida (𝑦 = 0,8. 𝑥) for maior que hf, a forma da zona
comprimida tem forma de “T”, devendo ser feita conforme figura acima e equações a seguir:

Resultante do concreto na mesa colaborante R cfd = 0,85. fcd (bf − bw ). hf


Resultante do concreto na alma R cwd = 0,85. fcd . bw . (0,8. x) = 0,68. fcd . bw . x

Equações de equilíbrio de momentos:

Mu = Md = Mcfd + Mcwd
Mcfd = R cfd . (d − hf ⁄2) Mcfd = 0,85. fcd (bf − bw ). hf . (d − hf ⁄2)
Mcwd = R cwd . (d − 0,4 x) Mcwd = 0,68. fcd . bw . x. (d − 0,4 x)

Desta forma, o residual de momento é absorvido pela parte 2, que esta é uma seção
retangular bw por d, portanto devendo ser calculado da seguinte forma:

Mcwd = Md − Mcfd

Mcwd
x = 1,25. d [1 − (√1 − )]
0,425. bw . d2 fcd

Definida a posição da linha neutra, obtém-se a resultante do concreto da alma, através da


seção 2.

R sd = As . fyd = R cfd + R cwd

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5 – Dimensionamento à Flexão

R cfd + R cwd
As =
fyd

Ou podemos determinar as áreas de aço, da seguinte forma:

Mcfd = As1 . fyd . (d − hf ⁄2) Mcfd


As1 =
fyd . (d − hf ⁄2)
Mcwd = As2 . fyd . (d − 0,4 x) Mcwd
As2 =
fyd . (d − 0,4 x)

Sendo:

A s = As1 + A s2

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6 – Elementos Submetidos à Força Cortante

6 ANÁLISE DE ELEMENTOS SUBMETIDOS À FORÇA CORTANTE

Fig. 6.1 - Treliça Clássica de Mörsch-Ritter


Fonte: PAPPALLARDO (2004)

6.1 Mecanismos Resistentes Internos

Na Fig. 6.2, demonstra graficamente as diferenças entre o modelo de cálculo I e II,

Fig. 6.2 - Modelo I e Modelo II de cálculo


Fonte: PAPPALLARDO (2004)

6.2 Modelo de Cálculo I

6.2.1 Verificação da compressão diagonal do concreto

Independente da armadura transversal adotada, deve-se verificar a condição:

𝑉𝑠𝑑 ≤ 𝑉𝑟𝑑2

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6 – Elementos Submetidos à Força Cortante

𝑉𝑠𝑑 é a força solicitante de cálculo, neste caso com os fatores de ponderação ᵞf.Vsd;
𝑉𝑟𝑑2 é a força cortante resistente de cálculo, relativa à a ruína da biela; no modelo I
Vrd2 = 0,27. αv2 . f𝑐𝑑 . b𝑤 . d
𝑓𝑐𝑘 𝑓𝑐𝑘
𝛼𝑣2 = (1 − 250) , e fck expresso em MPa ou 𝛼𝑣2 = (1 − 25
) em kN/cm²

𝛼𝑣2 coeficiente redutor de resistência;

6.2.2 Cálculo da armadura transversal

Além da verificação da compressão diagonal do concreto, deve ser satisfeita a


condição:
𝑉𝑠𝑑 ≤ 𝑉𝑟𝑑3
𝑉𝑟𝑑3 = 𝑉𝑐 + 𝑉𝑠𝑤

Onde:

𝑉𝑟𝑑3 é a força cortante resistente de cálculo, relativa a ruína por tração diagonal;
𝑉𝑐 é a parcela de força cortante absolvida por mecanismos complementares ao
de treliça (resistência ao cisalhamento da seção sem armadura transversal);
𝑉𝑠𝑤 é a parcela de força absorvida pela armadura transversal;

Para o cálculo da armadura transversal considera-se 𝑉𝑟𝑑3 = 𝑉𝑠𝑑 , resultando:

𝑉𝑠𝑤 = 𝑉𝑠𝑑 − 𝑉𝑐

a) Cálculo de Vc

𝑉𝑐0 = 0,6. 𝑓𝑐𝑡𝑑 . 𝑏𝑤 . 𝑑

2⁄
0,21.𝑓 3
𝑐𝑘
fctk,inf 1,4
fctd = γc
= 10
ver item 1.1.2.2 (Valor em kN/cm²)

Onde:

𝑓𝑐𝑡𝑑 resistência à tração de cálculo do concreto, em MPa;


𝑉𝑐 = 0 nos elementos estruturais tracionados quando a linha neutra se situa
fora da seção;
𝑉𝑐 = 𝑉𝑐0 na flexão simples e na flexo-tração com a linha neutra cortando a seção;
𝑀0
𝑉𝑐 = 𝑉𝑐0 (1 + 𝑀 ) ≤ 2. 𝑉𝑐0 na flexo-compressão.
𝑠𝑑,𝑚𝑎𝑥

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6 – Elementos Submetidos à Força Cortante

b) Cálculo da Armadura Transversal

De acordo com o modelo I:

𝐴𝑠𝑤 𝐴𝑠𝑤 𝑉𝑠𝑤


𝑉𝑠𝑤 = ( ) . 0,9. 𝑑. 𝑓𝑦𝑤𝑑 . (𝑠𝑒𝑛𝛼 + 𝑐𝑜𝑠𝛼 ) → ( )=
𝑠 𝑠 0,9. 𝑑. 𝑓𝑦𝑤𝑑 . (𝑠𝑒𝑛𝛼 + 𝑐𝑜𝑠𝛼 )

Onde:
Asw é a área da seção transversal dos estribos;
𝑠 é o espaçamento dos estribos, medido segundo o eixo longitudinal do
elemento estrutural;
α é a inclinação dos estribos em relação ao eixo longitudinal do elemento
estrutural, podendo-se tomar 45º ≤ α ≤ 90º;
b𝑤 largura média da alma, medida ao longo da altura útil da seção;
fywd é a resistência de cálculo ao escoamento do aço da armadura transversal,
não excedendo 435 MPa;
M0 é o valor do momento fletor que anula a tensão normal de compressão na
borda da seção (tracionada por Msd,max ), provocada pelas forças normais
de diversas origens concomitantes com Vsd , sendo essa tensão calculada
com valores de 𝛾𝑓 = 1,0; os momentos correspondentes a essas forças
normais não podem ser considerados no cálculo da tensão, pois são
considerados Msd.
Msd,max é o momento fletor de calculo máximo no trecho em análise, que pode ser
tomado como o de maior valor no semitramo considerado;

c) Decalagem de força no banzo tracionado

Quando a armadura longitudinal de tração for determinada através do equilíbrio de


esforços na seção normal ao eixo do elemento estrutural, os efeitos provocados pela
fissuração oblíqua podem ser substituídos no cálculo pela decalagem do diagrama de
força no banzo tracionado, dado pela expressão:

𝑉𝑠𝑑,𝑚𝑎𝑥
𝑎𝑙 = 𝑑. [ (1 + 𝑐𝑜𝑡𝑔 𝛼 ) − 𝑐𝑜𝑡𝑔 𝛼] ≤ 𝑑
2. (𝑉𝑠𝑑,𝑚𝑎𝑥 − 𝑉𝑐𝑜 )

Onde:
𝑎𝑙 = 𝑑, para |𝑉𝑠𝑑,𝑚𝑎𝑥 | ≤ |𝑉𝑐 |
𝑎𝑙 ≥ 0,5𝑑, no caso geral;
𝑎𝑙 ≥ 0,2𝑑, para estribos inclinados a 45º.

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6.3 Área mínima


𝐴𝑠𝑤 𝑓𝑐𝑡,𝑚
𝜌𝑠𝑤 = ≥ 0,2
𝑏𝑤 . 𝑆. 𝑠𝑒𝑛𝛼 𝑓𝑦𝑤𝑘

Onde:
𝑓𝑦𝑤𝑘 é a resistência característica ao escoamento do aço da armadura transversal;
𝑓𝑐𝑡,𝑚 resistência média à tração do concreto, ver item 1.1.2.2;

Podendo ser expresso da seguinte forma:

𝐴𝑠𝑤 𝑏𝑤 . 𝑓𝑐𝑡,𝑚 . 𝑠𝑒𝑛𝛼


≥ 0,2
𝑆 𝑓𝑦𝑤𝑘

6.4 Condições de Disposição das armaduras

Os estribos para forças cortantes devem ser fechados através de um ramo horizontal,
envolvendo as barras da armadura longitudinal de tração, e ancorados na face oposta.
Quando esta face também puder estar tracionada, o estribo deve ter o ramo horizontal nessa
região, ou complementado por meio de barra adicional.
O espaçamento mínimo entre estribos, medido do eixo longitudinal do elemento
estrutural, deve ser suficiente para permitir a passagem do vibrador, garantindo um bom
adensamento da massa. O espaçamento máximo deve atender às seguintes condições:

- Se 𝑉𝑠𝑑 ≤ 0,67. 𝑉𝑟𝑑2 , então 𝑆𝑚𝑎𝑥 = 0,6 . 𝑑 ≤ 300𝑚𝑚


- Se 𝑉𝑠𝑑 > 0,67. 𝑉𝑟𝑑2 , então 𝑆𝑚𝑎𝑥 = 0,3 . 𝑑 ≤ 200𝑚𝑚

O espaçamento transversal entre ramos sucessivos da armadura constituída por estribos não
pode exceder os seguintes valores:

- Se 𝑉𝑑 ≤ 0,20. 𝑉𝑟𝑑2 , então 𝑆𝑡,𝑚𝑎𝑥 = 𝑑 ≤ 800 𝑚𝑚


- Se 𝑉𝑑 > 0,20. 𝑉𝑟𝑑2 , então 𝑆𝑡,𝑚𝑎𝑥 = 0,6. 𝑑 ≤ 350 𝑚𝑚

Outras condições devem ser respeitadas quanto ao diâmetro dos estribos, conforme item:

- Ø𝑡 ≥ 5𝑚𝑚;
- Ø𝑡 ≥ 4,2 𝑚𝑚, para quando os estribos são formados por telas soldadas, desde de que
respeite todas as condições de corrosão da armadura;

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- Ø𝑡 ≤ 𝑏𝑤 /10
- Barras de CA-25 não devem possuir Ø > 12𝑚𝑚.

Fig. 6.3 - Espaçamentos Smáx e Stmáx

6.5 Modelo de Cálculo II

O modelo II admite diagonais de compressão inclinadas de θ em relação ao eixo


longitudinal do elemento estrutural, com θ variável livremente entre 30º e 45º. Admite ainda
que a parcela complementar Vc sofra redução com o aumento de V sd.

6.5.1 Verificação da compressão diagonal do concreto

Independente da armadura transversal adotada, deve-se verificar a condição:

𝑉𝑠𝑑 ≤ 𝑉𝑟𝑑2
𝑉𝑠𝑑 é a força solicitante de cálculo, neste caso com os fatores de ponderação ᵞf.Vsd;
𝑉𝑟𝑑2 é a força cortante resistente de cálculo, relativa à a ruína da biela; no modelo II
𝑉𝑟𝑑2 = 0,54. 𝛼𝑣2 . 𝑓𝑐𝑑. 𝑏𝑤. 𝑑. 𝑠𝑒𝑛2 𝜃 (𝑐𝑜𝑡𝑔𝛼 + 𝑐𝑜𝑡𝑔𝜃)
fck 𝑓𝑐𝑘
αv2 = (1 − 250) , e fck expresso em MPa ou 𝛼𝑣2 = (1 − 25
) em kN/cm²

𝛼𝑣2 coeficiente redutor de resistência;

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6.5.2 Cálculo da armadura transversal

Além da verificação da compressão diagonal do concreto, deve ser satisfeita a


condição:
Vsd ≤ Vrd3
VRd3 = Vc + Vsw

Onde:

𝑉𝑟𝑑3 é a força cortante resistente de cálculo, relativa a ruína por tração diagonal;
𝑉𝑐 é a parcela de força cortante absolvida por mecanismos complementares ao
de treliça (resistência ao cisalhamento da seção sem armadura transversal);
𝑉𝑠𝑤 é a parcela de força absorvida pela armadura transversal;

No cálculo da armadura transversal considera-se Vrd3 = Vsd, resultando:

𝑉𝑠𝑤 = 𝑉𝑠𝑑 − 𝑉𝑐

d) Cálculo de Vc1

Onde:

𝑉𝑐0 = 0 nos elementos estruturais tracionados quando a linha neutra se situa


fora da seção;
Vc = Vc1 na flexão simples e na flexo-tração com a linha neutra cortando a seção;
M0
Vc = Vc1 (1 + ) ≤ 2. Vc0 na flexo-compressão.
Msd,max

𝑉𝑐1 = 𝑉𝑐0 quando Vsd ≤ Vc0;


𝑉𝑐1 = 0 quando Vsd = Vrd2;

Para valores intermediários entre Vc1= Vc0 e Vc1= 0, deve-se interpolar linearmente,
conforme ilustrado na Fig. 6.2 - Modelo I e Modelo II de cálculo.

Desta forma, por interpolação linear, obtém-se:

(𝑉𝑟𝑑2 − 𝑉𝑠𝑑 )
𝑉𝑐1 = 𝑉𝑐𝑜 .
(𝑉𝑟𝑑2 − 𝑉𝑐𝑜 )

e) Cálculo da Armadura Transversal

De acordo com o modelo II:

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𝐴𝑠𝑤
𝑉𝑠𝑤 = ( ) . 0,9. 𝑑. 𝑓𝑦𝑤𝑑 . (𝑐𝑜𝑡𝑔 𝛼 + 𝑐𝑜𝑡𝑔 𝜃). 𝑠𝑒𝑛 𝛼
𝑠

Asw
Isolando s
, obtemos:
𝑉𝑠𝑤 𝐴𝑠𝑤
=( )
0,9. 𝑑. 𝑓𝑦𝑤𝑑 . (𝑐𝑜𝑡𝑔 𝛼 + 𝑐𝑜𝑡𝑔 𝜃). 𝑠𝑒𝑛 𝛼 𝑠

Onde:
Asw á a área da seção transversal dos estribos;
𝑆 é o espaçamento dos estribos, medido segundo o eixo longitudinal do elemento
estrutural;
α é a inclinação dos estribos em relação ao eixo longitudinal do elemento
estrutural, podendo-se tomar 45º ≤ α ≤ 90º;
θ é o ângulo da biela de compressão variando entre 30º ≤ θ ≤ 45º
b𝑤 largura média da alma, medida ao longo da altura útil da seção;
fywd é a resistência característica ao escoamento do aço da armadura transversal;

f) Deslocamento do diagrama de momentos fletores

Se forem mantidas as condições estabelecidas em 6.2.2 c), o deslocamento do


diagrama de momento fletores, deve ser:

𝑎𝑙 = 0,5. 𝑑 (𝑐𝑜𝑡𝑔 𝜃 − 𝑐𝑜𝑡𝑔 𝛼 )

Onde:

𝑎𝑙 ≥ 0,5. 𝑑, no caso geral;


𝑎𝑙 ≥ 0,2𝑑, para estribos inclinados a 45º.

6.6 Armadura de Suspensão

Em geral as vigas ficam apoiada em pilares. Neste caso diz-se que os pilares constituem
apoios do tipo direto. Porém em muitos casos, as vigas podem se apoiar em vigas, desta
forma constituindo apoios indiretos.

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6 – Elementos Submetidos à Força Cortante

Fig. 6.4 - Viga apoiada diretamente e Viga apoiada indiretamente

Fig. 6.5 - Distribuição das Armaduras de Suspensão


Fonte: PAPPALLARDO (2004)
𝒉𝑰 𝑹𝒅
𝑨𝒔𝒖𝒔𝒑 = ( ).
𝒉𝑰𝑰 𝒇𝒚𝒘𝒅

ℎ𝐼 viga apoiada indiretamente em outra viga;


ℎ𝐼𝐼 viga de sustentação;
𝑅𝑑 Reação da viga apoiada indiretamente;
𝑓𝑦𝑤𝑑 resistência de cálculo das armaduras utilizadas para suspensão.

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7 - Disposições Gerais

7 DISPOSIÇÕES GERAIS
7.1 Aderência

Fig. 7.1 - Situações de boa e má aderência


Fonte: PINHEIRO APUD PROMON (2003)

7.1.1 Valores de resistência de aderência

fbd = η1 . η2 . η3 . fctd

Sendo:
2
fctk,inf 0,7.fct,m 0,21.fck3
fctd = 𝛾𝑐
= 1,4
= 1,4
ver item 1.1.2.5.

𝜂1 – Condições de aderência devido a nervura das barras (ver Fig. 7.3)


𝜂1 1,0 para barras lisas (CA-25);
𝜂1 1,4 para barras entalhadas (CA-60);
𝜂1 2,25 para barras nervuradas (CA-50).

𝜂2 – Condições de aderência devido a porosidade do concreto (ver Fig. 7.1)


𝜂2 1,0 para situações de boa aderência;
𝜂2 0,7 para situações de má aderência);

𝜂3 – Condições de aderência devido ao  da barra


𝜂3 1,0 para  < 32mm;

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7 - Disposições Gerais

𝜂3 (132 - )/100, para  ≥ 32mm;

 é o diâmetro da barra, expresso em milímetros.

7.2 Ancoragem das Armaduras


7.2.1 Ancoragem por aderência

Rstd

Fig. 7.2 - Aderência por atrito


Fonte: FUSCO (2013)

Fig. 7.3 – Aderência por meio de dispositivos Mecânicos - 𝜂1


Fonte: FUSCO (2013)

7.2.2 Comprimento de ancoragem básico

Define-se comprimento de ancoragem básico como o comprimento reto de uma barra


de armadura passiva necessário para ancorar a força-limite Rstd=As.fyd nessa barra, admitindo-
se, ao longo desse comprimento, resistência uniforme e igual a f bd, conforme Fig. 7.2.

lb. π. d. fbd = As . fyd


π.d2
Sendo As = 4
, obtemos:

π. d2
lb. π. d. fbd = . fyd
4
Simplificando, temos:
d fyd
lb = .
4 fbd
ou
∅ fyd
lb = . ≥ 25Ø
4 fbd

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7 - Disposições Gerais

Tab. 7.1 - Comprimento de ancoragem básico (cm) para aço CA-50 e concretos até 50 MPa
fck (MPa) 20 25 30 35 40 45 50
fctd (kN/cm²) 0,111 0,128 0,145 0,160 0,175 0,190 0,204
Aderênci a BA MA BA MA BA MA BA MA BA MA BA MA BA MA
fbd (kN/cm²) 0,249 0,174 0,289 0,202 0,326 0,228 0,361 0,253 0,395 0,276 0,427 0,299 0,458 0,321
Barra (mm) / lb (ø) 44 ø 62 ø 38 ø 54 ø 33 ø 48 ø 30 ø 43 ø 28 ø 39 ø 25 ø 36 ø 25 ø 34 ø

6,3 28 39 24 34 21 30 19 27 17 25 16 23 16 21
8 35 50 30 43 27 38 24 34 22 31 20 29 20 27
10 44 62 38 54 33 48 30 43 28 39 25 36 25 34
12,5 55 78 47 67 42 60 38 54 34 49 31 45 31 42
16 70 100 60 86 53 76 48 69 44 63 40 58 40 54
20 87 125 75 108 67 95 60 86 55 79 50 73 50 68
22 96 137 83 118 73 105 66 95 61 87 55 80 55 75
25 109 156 94 135 83 119 75 107 69 98 63 91 63 85
32 140 200 121 172 107 152 96 138 88 126 80 116 80 108

Tab. 7.2 - Comprimento de ancoragem básico (cm) para aço CA-25 e concretos até 50 MPa
fck (MPa) 20 25 30 35 40 45 50
fctd (kN/cm²) 0,111 0,128 0,145 0,160 0,175 0,190 0,204
Aderênci a BA MA BA MA BA MA BA MA BA MA BA MA BA MA
fbd (kN/cm²) 0,111 0,077 0,128 0,090 0,145 0,101 0,160 0,112 0,175 0,123 0,190 0,133 0,204 0,143
Barra (mm) / lb (ø) 49 ø 70 ø 42 ø 61 ø 38 ø 54 ø 34 ø 48 ø 31 ø 44 ø 29 ø 41 ø 27 ø 38 ø

6,3 31 44 27 38 24 34 21 30 20 28 18 26 17 24
8 39 56 34 48 30 43 27 39 25 35 23 33 21 31
10 49 70 42 61 38 54 34 48 31 44 29 41 27 38
12,5 61 88 53 76 47 67 42 60 39 55 36 51 33 48
16 79 112 68 97 60 86 54 77 50 71 46 65 43 61
20 98 140 85 121 75 107 68 97 62 89 57 82 53 76
22 108 155 93 133 83 118 74 106 68 97 63 90 59 84
25 123 176 106 151 94 134 85 121 77 111 72 102 67 95
32 157 225 136 194 120 172 108 155 99 142 92 131 85 122

BA – Boa Aderência
MA – Má Aderência

7.2.3 Comprimento de ancoragem necessário

Os comprimentos de ancoragem podem ser reduzidos dependendo de como a barras


está ancorada no concreto, e a quantidade de armadura utilizada para a força de tração
calculada.
𝐴𝑠,𝑛𝑒𝑐
𝑙𝑏,𝑛𝑒𝑐 = 𝛼. 𝑙𝑏 ≥ 𝑙𝑏,𝑚𝑖𝑛
𝐴𝑠,𝑒𝑓

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7 - Disposições Gerais

𝛼 = 1,0 para barras sem gancho;


𝛼 = 0,7 para barras tracionadas com gancho, com cobrimento no plano normal ao do
gancho ≥ 3 ;
𝛼 = 0,7 quando houver barras transversais soldadas, conforme Fig. 7.4;
𝛼 = 0,5 quando houver barras transversais soldadas e gancho, com cobrimento no
plano normal ao do gancho ≥ 3 , conforme Fig. 7.4.

Fig. 7.4 - Ancoragem com barras transversais soldadas


Fonte: NBR-6118/14 – Figura 9.1
𝑙𝑏,𝑚𝑖𝑛 Comprimento de ancoragem mínimo, podendo ser:
- 0,3. 𝑙𝑏
- 10 Ø
- 100 𝑚𝑚

7.2.4 Ganchos das armaduras de tração e Diâmetros dos pinos de dobramento das
barras

Os diâmetros internos da curvatura dos ganchos das armaduras longitudinais de


tração deve ser pelo menos igual ao estabelecido na Tab. 7.3.
As barras lisas (CA-25) devem sempre ser semicirculares.

Tab. 7.3 - Diâmetro dos pinos de dobramento (D)

Bitola Tipo de Aço


mm CA-25 CA-50 CA-60
<20 4ø 5ø 6ø
≥20 5ø 8ø -

Fonte: NBR-6118 - Tabela 9.1 (2014)

No item 9.4.2.3 da NBR-6118-14, recomenda-se que em ganchos de extremidade da


armadura longitudinal podem ser:

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7 - Disposições Gerais

- em ângulo reto, com ponte reta de comprimento não inferior a 8 Ø.


- em ângulo de 45º (interno), com ponta reta de comprimento não inferior a 4 Ø;
- semicirculares, com ponta reta de comprimento não inferior a 2 Ø;

A Fig. 7.5 ilustra a três situações descritas acima.

4
Ø

D D D
Ø

Ø
l1 l1 l1

Fig. 7.5 - Diâmetros de dobramento

7.2.5 Ganchos para estribos

Os ganchos de estribos podem ser:

a) semicirculares ou em ângulo de 45º (interno), com ponta reta de comprimento igual a


5Ø𝑡, porém não inferior a 5 cm;
b) em ângulo reto, com ponta reta de comprimento maior ou igual a 10øt, porém não
inferior a 7cm (este tipo de gancho não pode ser utilizado para barras e fios lisos CA-
25)
O diâmetro interno da curvatura dos estribos deve ser no mínimo igual ao valor dado na
Tab. 7.4.

Tab. 7.4 - Diâmetro dos pinos de dobramento para estribos (Dt)

Bitola Tipo de Aço


mm CA-25 CA-50 CA-60
≤ 10 3 Ø𝑡 3 Ø𝑡 3 Ø𝑡
10 < Ø < 20 4 Ø𝑡 5 Ø𝑡 -
≥ 20 5 Ø𝑡 8 Ø𝑡 -

Fonte: NBR-6118 - Tabela 9.2 (2014)

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5
>5 Ø 5 Øt
cm t >5cm

>7cm
10 Øt
Dt Dt Dt
Ø

Ø
l1 l1 l1

Fig. 7.6 - Diâmetros de dobramento para estribos

As rfiguras abaixo representam as dimensões para estribos de Ø6,3mm e Ø 8mm,


sendo logo abaixo das figuras apresentado a dimensão retangular do estribo fechado, com
comprimento adicional dos trechos curvos e retos de dobra para cada situação.

ESTRIBO DE Ø 6,3 ESTRIBO DE Ø 8

1,57 2,00
5c

5c
m

m
Ri=0,945 Ri=0,945 Ri=1,20 Ri=1,20
7cm

8cm
Ø6,3

Ø6,3

Ø8,0

Ø8,0
1,89 1,89 2,40 2,40

4,7
3,7

2,
5 15
3,
l1 l1 l1 l1

Ø8
Ø6,3
Ø6,3

Ø8

Ø6,3 Ø6,3 Ø8,0 Ø8,0

+16 +14 +18 +15

Fig. 7.7 - Exemplos de dobras de estribos para barras de Ø6,3 e Ø8mm

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7.3 EMENDAS
7.3.1 Tipos

A NBR-6118/14 item 9.5, descreve algumas emendas mais comuns no mercado,


conforme transcrito a seguir.
- por traspasse;
- por luvas com preenchimento metálico, rosqueada ou prensada
- por solda;
- por outros dispositivos devidamente justificados;

7.3.1.1 Por traspasse

Emendas de barras de barras tracionadas são feitas apenas pela justaposição de


duas barras ao longo do comprimento de transmissão 𝑙𝑜 . No caso de barras de barras de alta
aderência (CA-50), o uso de ganchos é facultativo, e no caso de barras lisas (CA-25), este
uso é obrigatório.

Fig. 7.8 - Emenda por traspasse - Barras de alta aderência (CA-50)

Fig. 7.9 - Emenda por traspasse - Barras Lisas (CA-25)

Nas emendas por traspasse, a transmissão de esforços é feita por solicitações


tangenciais no concreto situado entre as barras, com a mobilização de bielas comprimidas de
concreto e o aparecimento de tensões transversais de tração. (FUSCO, 2013).
As barras a serem emendas podem ser colocadas bem próximas umas das outras. No
caso de barras de alta aderência, com nervuras e saliências, as barras podem ser postas em
contato direto, pois a presença das saliências garante o envolvimento da argamassa. De
forma a garantir a locação das barras, estas podem ser amarradas com arames recosidos
para manter a posição durante a concretagem.

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7.3.1.2 Comprimento de traspasse de barras tracionadas, isoladas

Tendo a distância livre entre as barras emendadas compreendida entre 0 e 4ø, o


comprimento do trecho de traspasse para barras tracionadas deve ser:

lot = αot . lb,nec ≥ lot,mín

lot,mín 0,3. αot . lb maior valor


15∅
200 𝑚𝑚
αot é o coeficiente função da porcentagem de barras emendadas na mesma seção;

Tab. 7.5 - Valores do coeficiente 𝛼𝑜𝑡


Barras emendadas na mesma seção
≤20 25 33 50 >50
%

Valores de 𝛼𝑜𝑡 1,2 1,4 1,6 1,8 2,0

Fonte: NBR-6118 - Tabela 9.4 (2014)

Consideram-se como mesma seção transversal as emendas que se superpõe ou cujas


as extremidades mais próximas estejam afastadas de menos de 20% do comprimento de
traspasse.
Quando as barras têm diâmetros diferentes, o comprimento de traspasse deve ser
calculado pela barra de maior diâmetro.

Fig. 7.10 - Consideração de emendas por traspasse na mesma seção


Fonte: adaptado de NBR-6118- Figura 9.3 (2014, pg.42.)

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7.3.1.3 Comprimento por traspasse de barras comprimidas, isoladas

Quando as barras estiverem comprimidas, adotar as seguintes expressões para cálculo


do comprimento de traspasse:

loc = lb,nec ≥ loc,mín

loc,mín 0,6. lb maior valor


15∅
200mm

7.3.2 Emendas por luvas rosqueadas ou prensada

As emendas por luvas rosqueadas ou prensadas, devem ter a resistência da emenda


atendidas de acordo com as normas específicas. Na ausência destes, a resistência deve ser
no mínimo 15% maior que a resistência de escoamento da barra a ser emendada, obtida em
ensaio.
Há muitos fabricantes de luvas no mercado, cada um com um tecnologia e/ou formas
diferenciadas. Abaixo são apresentados alguns tipos de luvas rosqueadas e prensadas
presentes no mercado.

Fig. 7.11 – Etapas de prensagem com uma barras (esquerda) e duas barras (direita)
Fonte: RUDLOFF, Catálogo de Emendas (2011)

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Fig. 7.12 - Barra devidamente prensada


Fonte: RUDLOFF, Catálogo de Emendas (2011)

Fig. 7.13 - Vista luva em corte, mostrando a prensagem e o pino rosqueado


Fonte: RUDLOFF, Catálogo de Emendas (2011)

Os métodos de montagem são variados, sendo avaliado a cada caso. Muito utilizadas
no concreto pré-moldado, deixando desta forma a montagem pronta para ser realizada, sem
a necessidade de solda de campo, que muitas vezes não se apresentam de forma adequada.

Fig. 7.14 – Luvas embutidas em barras dentro do concreto


Fonte: RUDLOFF, Catálogo de Emendas (2011)

7.3.3 Emendas por solda

As emendas por solda devem respeitar as normas específicas quanto ao tipo de


composição química, quanto às operações de soldagem que devem atender às

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especificações de controle de aquecimento e resfriamento da barra (NBR-6118/14 – Item


9.5.4).
Para as soldas de barras, deve-se atender as seguintes condições:

- de topo, por caldeamento, para bitolas ≥ 10mm;

- de topo, com eletrodo, para bitolas ≥ 20mm;

- por traspasse com pelo menos dois cordões de solda longitudinais, cada uma deles
com comprimento não inferior a 5Ø, afastados de no mínimo 5Ø;

- com outras barras justapostas (cobrejuntas), com cordões de solda longitudinais,


fazendo-se coincidir o eixo baricentrico do conjunto com eixo longitudinal das barras
emendadas, devendo cada cordão ter comprimento de pelo menos 5Ø.

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7.4 Distribuição longitudinal


7.4.1 Armaduras de tração na flexão simples, ancoradas por aderência

O trecho da extremidade da barra de tração, considerado ancoragem, tem inicio da


seção teórica, onde sua tensão 𝜎𝑠 começa a diminuir (força de tração na barra da armadura
começa a ser transferida para o concreto). Deve-se prolongar pelo menos 10ø além do ponto
teórico de tensão 𝜎𝑠 nula, não podendo em caso algum, ser inferior ao comprimento
necessário estipulado em 7.2.3. Assim, na armaduras longitudinais de tração dos elementos
estruturais solicitados por flexão simples, o trecho de ancoragem da barras deve ter inicio no
𝑀𝑠𝑑⁄
ponto A (Fig. 7.15), do diagrama de forças 𝑅𝑠𝑑 = 𝑧, decalado do comprimento 𝑎𝑙 ,
conforme 6.2.2 c). Esse diagrama equivale ao diagrama de forças corrigido 𝐹𝑠𝑑,𝑐𝑜𝑟 . Se a barras
não for dobrada, o trecho de ancoragem deve prolongar-se além do ponto B, no mínimo 10ø.
Se a barra for dobrada, o inicio do dobramento pode coincidir com o ponto B, conforme
Fig. 7.15.

Fig. 7.15 – Cobertura do diagrama de força de tração solicitante pelo diagrama resistente

7.4.2 Processo de determinação do comprimento das barras tracionadas

1º Passo
Dividir o diagrama de momentos fletores no estado limite ultimo (𝑀𝑢/𝑟 ), pela
quantidade de barras pré-estabelecidas no dimensionamento à flexão.

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2º Passo
Traçar o diagrama de momentos deslocados (𝑎𝑙 ), conforme item 6.2.2 c), e estender
as barras até o encontro do diagrama.

3º Passo
Para determinar o comprimento da barra 1, deve-se prolongar a barra 2 10Ø além do
ponto B, inserir o comprimento de lb,nec a partir do ponto A, determinando lb,nec conforme item
7.2.3. Compara-se a projeção de 10Ø além do ponto B, com lb,nec , adotando-se a maior
dimensão entre os dois pontos.

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4º Passo
Após a determinação da barra 1, adota-se o mesmo procedimento para a barras 2,
prolongando-se 10Ø além do ponto B, que agora é referente a barra 3. Compara-se as
dimensões entre lb,nec e 10Ø da barras 3, a adota-se a maior dimensão.

5º Passo
Com a barras 1 e 2 com os comprimentos definidos, determinar a barra 3 e 4 com os
mesmos procedimentos.

Barra 3

Barra 4

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7 - Disposições Gerais

7.5 ANCORAGEM NO APOIO


7.5.1.1 Ancoragem da armadura de tração nas seções de apoio

𝑎𝑙
Fsd = ( ) . Vd + Nd
d

Onde:

𝑉𝑑 é a força cortante no apoio;


𝑁𝑑 é a força de tração no apoio eventualmente existente;
𝐹𝑠𝑑 é o esforço a se ancorado;

A área de aço neste caso é calculada pela equação:

𝐹𝑠𝑑
𝐴𝑠,𝑐𝑎𝑙𝑐 =
𝑓𝑦𝑑

7.5.1.2 Ancoragem da armadura de tração no apoio

𝑙𝑏,𝑛𝑒𝑐 , conforme item 7.2.3


𝑙𝑏𝑒,𝑚𝑖𝑛 {(𝑟 + 5,5Ø), onde r é o raio de curvatura dos ganchos, conforme definido na Tab. 7.3
60 𝑚𝑚

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8 – Estados Limites de Serviço - ELS

8 ESTADOS LIMITES DE SERVIÇO (ELS)


8.1 Momento de Fissuração

Conforme item 17.3 da NBR-6118/14, as estruturas em sua grande maioria, trabalham


parcialmente no estádio I e parcialmente no estádio II. A separação entre estes dois
comportamentos é definida pelo momento de fissuração. Esse momento pode ser calculado
pela seguinte expressão:
𝑀
𝜎= .y
Ic t
𝜎𝑟 = α. fct

Substituindo, obtem-se:

𝑀𝑟 α . fct . Ic
α. fct = . yt → = 𝑀𝑟
Ic yt

α. fct . Ic
Mr =
yt

Sendo:
α = 1,2 para seções T ou duplo T;
α = 1,3 para seções I ou T invertido;
α = 1,5 para seções retangulares.

Onde:

α é o fator que correlaciona aproximadamente a resistência a tração na flexão


com a resistência a tração direta;
𝜎𝑟 é a tensão de tração limite na fibra em análise;
yt é a distância do centro de gravidade da seção à fibra mais tracionada;
Ic é o momento de inércia da seção bruta de concreto;
fct é a resistência à tração direta do concreto, conforme item 1.1.2.2, sendo:
2
0,3.fck3
fct,m = em kN/cm², para estado limite de deformação excessiva;
10
2
0,21.fck3
fctk,inf = 10
em kN/cm², para estado limite de formação de fissura;

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8 – Estados Limites de Serviço - ELS

8.2 Homogeneização da seção

Conforme descrito por PINHEIRO (2006), os elementos de concreto armado por serem
formados por dois materiais diferentes – concreto e aço - com propriedades diferentes, é
necessário homogeneizar a seção para determinados cálculos. Essa homogeneização é feita
substituindo-se a área de aço por uma correspondente de concreto, obtida a partir da área de
aço As, multiplicando-a por αe = Es ⁄E𝑐𝑠 .

8.3 Parâmetros no Estádio II Puro


xII/3
c

c=Ecs. c
XII

XII
Rc

d-XII/3
d

d-XII

Md,ser

As As Rs=As.si

 s

bw

Encurtamento Alongamento

Equações de Compatibilidade Equações Constitutivas


𝜀𝑐 𝜀𝑠 𝜎𝑐 = 𝐸𝑐𝑠 . 𝜀𝑐
=
𝑥𝐼𝐼 𝑑 − 𝑥𝐼𝐼
𝜀𝑐. (𝑑 − 𝑥𝐼𝐼 )
𝜀𝑐. (𝑑 − 𝑥𝐼𝐼 ) 𝜎𝑠 = 𝐸𝑠 . 𝜀𝑠 → 𝐸𝑠 .
𝜀𝑠 = 𝑥𝐼𝐼
𝑥𝐼𝐼

Equações de Equilíbrio Equações dos Esforços

𝑏. 𝑥𝐼𝐼 . 𝜎𝑐 𝑏. 𝑥𝐼𝐼 . 𝐸𝑐𝑠 . 𝜀𝑐 𝑅𝑐 = 𝑅𝑠


𝑅𝑐 = →
2 2 𝑀 = 𝑅𝑐 . 𝑍 = 𝑅𝑠 . 𝑍
Onde:
𝜀𝑐. (𝑑 − 𝑥𝐼𝐼 ) 𝑥𝐼𝐼
𝑅𝑠 = 𝐴𝑠 . 𝜎𝑠 → 𝐴𝑠 . 𝐸𝑠 . 𝑍=𝑑−
𝑥𝐼𝐼 3

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8 – Estados Limites de Serviço - ELS

8.3.1 Determinando a posição da linha neutra no Estádio II

𝑅𝑐 = 𝑅𝑠
𝑏. 𝑥𝐼𝐼 . 𝐸𝑐𝑠 . 𝜀𝑐 𝜀𝑐. (𝑑 − 𝑥𝐼𝐼 )
= 𝐴𝑠 . 𝐸𝑠 .
2 𝑥𝐼𝐼
𝑏. 𝑥𝐼𝐼 𝜀𝑐. (𝑑 − 𝑥𝐼𝐼 )
= 𝐴𝑠 . 𝐸𝑠 .
2 𝐸𝑐𝑠 . 𝜀𝑐 . 𝑥𝐼𝐼

Adotando-se:
Es
αe =
E𝑐𝑠
𝑏. 𝑥𝐼𝐼 (𝑑 − 𝑥𝐼𝐼 )
= 𝐴𝑠 . αe .
2 𝑥𝐼𝐼

𝑏. 𝑥𝐼𝐼 2
= 𝐴𝑠 . αe . (𝑑 − 𝑥𝐼𝐼 )
2

2. 𝐴𝑠 . αe . (𝑑 − 𝑥𝐼𝐼 )
𝑥𝐼𝐼 2 =
𝑏

2. 𝐴𝑠 . αe . (𝑑 − 𝑥𝐼𝐼 )
𝑥𝐼𝐼 2 − =0
𝑏
2. 𝐴𝑠 . αe . 𝑥𝐼𝐼 2. 𝐴𝑠 . αe . 𝑑
𝑥𝐼𝐼 2 + −
𝑏 𝑏

Resolvendo a equação de 2º grau:

𝑎=1

2. 𝐴𝑠 . αe
𝑏=
𝑏
2. 𝐴𝑠 . αe . 𝑑
𝑐=−
𝑏

−𝑏 ± √𝑏2 − 4𝑎𝑐
𝑥𝐼𝐼 =
2𝑎

2.𝐴𝑠 .αe 2.𝐴𝑠.αe 2 2.𝐴𝑠 .αe.𝑑


− 𝑏
± √( 𝑏
) − 4.1. −
𝑏
𝑥𝐼𝐼 =
2.1

2
2. 𝐴𝑠 . αe √(2.𝐴𝑠.αe ) + 4. 2.𝐴𝑠 .αe.𝑑
𝑏 𝑏
𝑥𝐼𝐼 = − ±
2. 𝑏 2

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2.𝑏.𝑑 2.𝐴𝑠 .αe 2


2. 𝐴𝑠 . αe √(1 + 𝐴𝑠 .αe
).(
𝑏
)
𝑥𝐼𝐼 = − ±
2. 𝑏 2

2. 𝐴𝑠 . αe 2. 𝐴𝑠 . αe 2. 𝑏. 𝑑
𝑥𝐼𝐼 = − ±( ) . √(1 + )
2. 𝑏 2. 𝑏 𝐴𝑠 . αe

𝐴𝑠 . αe 2. 𝑏. 𝑑
𝑥𝐼𝐼 = [−1 ± 1. √1 + ]
𝑏 𝐴𝑠 . αe
Admitindo-se a opção valida:

As . αe 2. b. d
xII = [−1 + √1 + ]
b A s . αe

Sendo:

b seção transversal da viga de concreto;


xII linha neutra no estádio II;
As é a área de aço da armadura de flexão;
d é a altura de cálculo;
Es é o módulo de elasticidade do aço, 𝐸𝑠 = 21000 𝑘𝑁⁄𝑐𝑚 2

Ecs é o módulo de elasticidade secante do concreto, conforme item 1.1.2.6.

8.3.2 Momento de Inércia no Estádio II

𝐼𝑐𝑥 = 𝛴𝐼𝑖𝑥 + 𝛴(𝐴𝑖 . 𝑑𝑖 2 )


𝐼𝑖𝑥 é o momento de inércia de cada uma das seções;
𝐴𝑖 área de cada seção 𝑖 ;
𝑑𝑖 distância entre o CG da peça 𝑖 (𝑦𝑖 ) ao centro de gravidade total da peça 𝑦𝑖𝑛𝑓 ou 𝑦𝑠𝑢𝑝

O momento de inércia no estádio II pode ser determinado pela seguinte equação,


desprezando-se a área de concreto inferior a linha neutra X𝐼𝐼 , pelo fato da peça estar em um
estado fissurado.

b. X𝐼𝐼 3
Ic =
12
𝐴𝑖𝑐 = b. X𝐼𝐼
X𝐼𝐼
𝑑𝑖𝑐 =
2

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𝐴𝑖𝑠 = As . αe
𝑑𝑖𝑠 = (d − xII )

Ic Inércia da seção de concreto comprimida;


𝐴𝑖𝑐 Área da seção de concreto;
𝑑𝑖𝑐 Distância entre o CG da seção comprimida de concreto a linha neutra X𝐼𝐼 ;
𝐴𝑖𝑠 = As . αe Área de aço com coeficiente de homogeneização;
𝑑𝑖𝑠 Distância entre o CG da armadura a linha neutra X𝐼𝐼 ;

III = Ic + 𝐴𝑖𝑐 . (𝑑𝑖𝑐 )2 + 𝐴𝑖𝑠 (𝑑𝑖𝑠 )2

b. X𝐼𝐼 3 X𝐼𝐼 2
III = + b. X𝐼𝐼 . ( ) + As . αe (d − xII )2
12 2

b. X𝐼𝐼 3 b. X𝐼𝐼 3
III = + + As . αe (d − xII )2
12 4

Resultando em:

3
b. xII
III = + As . αe (d − xII )2
3

8.4 Deformação
8.4.1 Flechas Imediata em lajes e vigas de concreto armado

Para uma avaliação aproximada da flecha imediata, pode-se usar a expressão de


rigidez equivalente, também conhecida como fórmula de Branson:

Mr 3 Mr 3
(EI)eq,t0 = E𝑐𝑠 {( ) . Ic + [1 − ( ) ] . III } ≤ Ecs . Ic
Ma Ma
Onde:
Ic é inércia da seção bruta de concreto;
III é o momento de inércia da seção fissurada do concreto no estádio II,
Ma é o momento fletor na seção crítica do vão considerado, ou seja, o momento máximo
no vão para vigas bi apoiadas ou contínuas e momentos no apoio para balanços, para
a combinação de ações consideradas nesta avaliação;

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Mr é o momento de fissuração do elemento estrutural, cujo o valor deve ser reduzido pela
metade no caso de utilização de barras lisas;
Ecs é o módulo de elasticidade secante do concreto, conforme item 1.1.2.6.

8.4.2 Flechas Diferidas ao longo do tempo

A flecha adicional diferida, decorrente das cargas de longa duração em função da


fluência, pode ser calculada de maneira aproximada pela multiplicação da flecha imediata pelo
fator 𝛼𝑓 dado pela expressão:

Δξ
αf =
1 + 50ρ′

As′
ρ′ =
bd

Δξ = ξ(t) − ξ(t 0 )

ξ é o coeficiente em função do tempo, que pode ser obtido diretamente na Tab. 8.1, ou
ser obtido pelas expressões a seguir:

ξ(t) = 0,68(0,996)t . t 0,32 para t < 70 meses

ξ(t) = 2 para t ≥ 70 meses

Tab. 8.1 - Valores do coeficiente 𝜉 em função do tempo

Tempo (t)
0 0,5 1 2 3 4 5 10 20 40 ≥70
meses
Coeficiente
0 0,54 0,68 0,84 0,95 1,04 1,12 1,36 1,64 1,89 2
𝜉(𝑡)
Fonte: NBR-6118 – Tabela 17.1 (2014)

A flecha final deve ser obtida através da multiplicação da flecha imediata por (1 + 𝛼𝑓 ),
conforme a seguir:

af = ai . (1 + αf )

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8.4.3 Limites de deslocamento dos elementos estruturais

Os limites de deslocamento dos elementos estruturais em concreto armado, está


estabelecido na tabela 13.3 da NBR-6118/14, apresentado neste capítulo na Tab. 8.2. Estes
limites de deslocamento são os máximos que podem ser atingidos após serem determinadas
as flechas diferidas dos elementos em concreto.

Tab. 8.2 - Limites de deslocamento

Razão da Deslocamento a Deslocamento-


Tipo de Efeito Exemplo
Limitação considerar Limite
Deslocamentos
visíveis em 𝑙
Visual Total
Aceitabilidade elementos 250
sensorial estruturais
Vibrações Devido as Cargas 𝑙
Outro
sentidas no piso Acidentais 350
Superfícies
Coberturas em 𝑙 a
que devem Total
varandas 250
drenar água
Pavimentos l⁄ b
que devem Ginásios e
Total 350 + contraflecha
Efeitos Estruturais Ocorrido após a 𝑙
permanecer pistas de boliche
em serviço construção do piso
planos 600
Elementos que De acordo com
Ocorrido após
suportam recomendação do
Laboratórios nivelamento do
equipamentos fabricante do
equipamento
sensíveis equipamento
Alvenaria, 𝑙 c
Após a construção da e 10mm e
caixilho e 500
parede θ=0,0017 rad d
revestimentos
Divisórias leves
Ocorrido após a 𝑙 c
e caixilhos e 25mm
instalação da divisória 250
Efeitos em telescópios
Elementos não Paredes Provocado pela a ação
Movimento 𝐻 𝐻
estruturais do vento para e 850𝑖 e entre
lateral de 1700
combinação frequente pavimentos f
edifícios
(Ψ1=0,30)
Movimentos
Provocado pela diferença 𝑙 g
térmicos e 15mm
de temperatura 400
verticais
a
As superfícies devem ser suficientemente inclinadas ou o deslocamento previsto compensado por contraflechas, de
modo a não se ter acúmulo de água
b
Os deslocamentos podem ser parcialmente compensados pelas especificações de contraflechas. Entretanto a
𝑙
atuação isolada da contraflecha não pode ocasionar um desvio do plano maior que
300
c
O vão 𝑙 deve ser tomado na direção na qual a parede ou divisória se desenvolve.

d
Rotação dos elementos que suportam a parede

e
𝐻 é a altura total do edifício e 𝐻𝑖 o desnível entre dois pavimentos vizinhos

f
Esse limite aplica-se ao deslocamento lateral entre dois pavimentos consecutivos, devido à atuação de ações
horizontais. Não podem ser incluídos ao deslocamentos devidos a deformações axiais no pilares. O limite também se
aplica ao deslocamento vertical relativo das extremidades de lintéis conectados a duas paredes de contraventamento,
quando 𝐻𝑖 representa o comprimento do lintel.
g
O valor 𝑙 refere-se à distância entre pilar externo e o primeiro pilar interno.

Fonte: NBR-6118 – Tabela 13.3 (2014)

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8.5 Estado-limite de fissuração

Na seção 17.3.3 da NBR-6118/14, estipula os critérios e os limites de abertura de fissura


em nos elementos estruturais em concreto.

∅i σsi 3σsi
wk =
12,5η1 Esi fctm

∅i σsi 4
wk = ( + 45)
12,5η1 Esi ρri

A cri é a área de região de envolvimento protegida pela barra ∅i;


Esi é o módulo de elasticidade do aço da barra considerada, de diâmetro ∅i;
∅i é o diâmetro da barra que protege a região de envolvimento considerada;
ρri é a taxa de armadura passiva ou ativa aderente em relação a área da região de
𝐴𝑠
envolvimento (Acri ), podendo ser expresso da seguinte forma ρri = A ;
cri

σsi é a tensão de tração no centro de gravidade da armadura considerada, calculada no


estádio II.
η1 é o coeficiente de conformação superficial, conforme item 7.1.1.
𝜂1=1,0 barras lisas (CA-25);
𝜂1=1,4 para barras entalhadas (CA-60);
𝜂1=2,25 para barras nervuradas (CA-50/CA-60).

8.5.1 Determinação de 𝝈𝒔𝒊

Conforme demonstrado no item 8.3, utilizando um diagrama triangular de tensões,


podemos extrair os valores de 𝑅𝑠 e o braço 𝑍, resultando em:

𝑅𝑠 = 𝐴𝑠 . 𝜎𝑠𝑖 e 𝑀 = 𝑅𝑐 . 𝑍 = 𝑅𝑠 . 𝑍
𝑥𝐼𝐼
𝑍=𝑑−
3

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O momento em estádio II pode ser escrito da seguinte forma, sendo determinado o a tensão
atuante para a armadura pré-determinada 𝜎𝑠𝑖 :
 Equilíbrio de momento:

xII/3
c

c=Ecs. c

𝑥𝐼𝐼
𝑀𝑑,𝑠𝑒𝑟 = 𝑅𝑠. (𝑑 − )
3

XII
Rc
𝑥𝐼𝐼
𝑀𝑑,𝑠𝑒𝑟 = 𝐴𝑠 . 𝜎𝑠𝑖 . (𝑑 − )
3

d-XII/3
d

d-XII

Md,ser

As Rs=As.si Isolando 𝜎𝑠𝑖 , obtem-se:


𝑀𝑑,𝑠𝑒𝑟
s
𝜎𝑠𝑖 = 𝑥𝐼𝐼
𝐴𝑠 . (𝑑 − 3
)
Encurtamento Alongamento

8.5.2 Valor Limite

Em função da classe de agressividade ambiental, a abertura máxima característica wk


das fissuras é dada pela Tab. 8.3.
Tab. 8.3 - Exigências de durabilidade relacionadas à fissuração e a proteção da armadura,
em função das classes de agressividade ambiental
Combinação de
Tipo de Concreto Classe de agressividade Exigência relativas à
ações em serviço a
estrutural ambiental (CAA) fissuração
utilizar
Concreto Simples CAA I a CAA IV Não há -
CAA I ELS-W wk ≤ 0,4mm
Concreto armado CAA II e CAA III ELS-W wk ≤ 0,3mm Combinação frequente
CAA IV ELS-W wk ≤ 0,2mm
Concreto Protendido
Pré-tração com CAA I ou
Nível 1 ELS-W wk ≤ 0,2mm Combinação frequente
pós-tração com CAA I e II
(Protensão Parcial)
Verificar as duas condições abaixo
Concreto Protendido
Pré-tração com CAA II ou ELS-F Combinação frequente
Nível 2
pós-tração com CAA III e IV
(Protensão limitada) Combinação quase-
ELS-Da)
permanente
Verificar as duas condições abaixo
Concreto Protendido
Nível 3 Pré-tração com CAA III e IV ELS-F Combinação rara
(Protensão completa)
ELS-Da) Combinação frequente
A critério do projetista, o ELS-D pode ser substituído pelo ELS-DP com 𝑎𝑝 = 50𝑚𝑚 (distância entre a região
a)
tracionada a face da bainha metálica)
Notas:
1) As definições de ELS-W, ELS-F e ELS-D encontram-se no item
Para classes de agressividade ambiental CAA III e IV, exige-se que as cordoalhas não aderentes tenham
2) proteção especial na região de suas ancoragens.
No projeto de lajes lisas e cogumelos protendidas, basta ser atendido o ELS-F para a combinação frequente
3) das ações, em todas as classe de agressividade ambiental.

Fonte: NBR-6118 – Tabela 13.4 (2014)

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8 – Estados Limites de Serviço - ELS

Os limites são indicativos, sendo que em determinados casos podem ser adotados
limites de abertura de fissura menores que aos indicados. em presença de água ou regiões
de agressividade marítima ou química, podem ser adotados limites de 0,1mm, limites estes
indicados em normas internacionais tais como ACI-224.

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9 – Lajes

9 LAJES
9.1 Introdução
Ao longo deste item, serão estudas lajes maciças, sendo esta a laje mais utilizada na
construção civil.
As lajes maciças retangulares apoiadas em suas quatro bordas, são as lajes mais
comumente utilizadas no concreto armado.

9.2 Definição
De acordo com BASTOS (2015), lajes são classificadas como elementos planos
bidimensionais, que são aqueles onde duas dimensões de mesma grandeza, o comprimento
e a largura, são da mesma ordem de grandeza e muito maiores que a terceira dimensão, a
espessura. As lajes também são chamadas de elementos de superfície, ou placas.
As lajes têm por finalidade receber a maior parte das ações verticais de uma estrutura
e transmiti-las para as vigas. Estas ações podem ser causadas por pessoas, móveis,
maquinários, equipamentos, etc, variando de acordo com o uso e/ou finalidade da edificação.
Em sua grande maioria, estas ações são perpendiculares ao plano da laje, podendo ser
distribuídas por área (sobrecarga), linearmente distribuídas (paredes), ou forças concentradas
(equipamentos pendurados ou pilares conectados diretamente nas lajes).
Estas ações são normalmente distribuídas para os bordos das lajes, porém podem ser
distribuídas diretamente para os pilares, conhecidas como lajes lisas. As lajes lisas podem
apresentar problemas de punção, devido à alta concentração de cargas em apenas um ponto
da laje.

9.3 Laje Maciça


As lajes maciças, são as lajes compostas em toda a sua espessura por concreto,
contendo armaduras longitudinais em uma ou nas duas direções para a flexão, e raramente
armaduras transversais.

9.3.1 Classificação quanto a direção


9.3.1.1 Lajes armadas em uma direção

As lajes armadas em uma direção, são aquelas que apresentam uma proporção entre
o lado maior (𝑙𝑦 ), e o lado menor (𝑙𝑥 ) é maior que 2, podendo ser transcrito como:
𝑙𝑦
λ= >2
𝑙𝑥
Sendo: 𝑙𝑦 vão maior
𝑙𝑥 vão menor

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9 – Lajes

𝑙𝑥

𝑙𝑦

Fig. 9.1 - Laje armada em uma só direção

Os esforços de maior magnitude ocorrem no sentido do menor vão da laje (𝑙𝑥 ), sendo
denominado de sentido principal da laje. No outro sentido (𝑙𝑦 ), a intensidade dos esforços
solicitantes ocorrem de maneira bem menor, podendo ser desprezada na maioria dos casos.
Os esforços e as flechas podem ser determinados adotando-se uma faixa de 1m da
laje segundo a direção principal da laje, de calculá-la como uma viga de largura de 1m e h
como a altura da laje.

9.3.1.2 Lajes armadas em duas direções

As lajes armadas em duas direções, são aquelas onde a proporção entre o lado maior
(𝑙𝑦 ), e o lado menor (𝑙𝑥 ) é menor ou igual a 2, podendo ser transcrito como:
𝑙𝑦
λ= ≤2
𝑙𝑥
Sendo: 𝑙𝑦 vão maior
𝑙𝑥 vão menor

𝑙𝑥

𝑙𝑦

Fig. 9.2 - Laje armada em duas direções

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9 – Lajes

9.3.2 Vão efetivos

Os vãos efetivos (Lef), também conhecido como vão teórico (L), das lajes nas direções
principais para cálculo, são determinados conforme a seguir, considerando que os apoios são
suficientemente rígidos quanto a translação vertical (NBR-6118/14 – Item 14.7.2.2).
L = l0 + a1 + a2:
t1
a1 2 Menor entre os dois valores
0,3.h
t1
a2 2 Menor entre os dois valores
0,3.h

Fig. 9.3 - Vão efetivo ou teórico

É muito comum em lajes que se utilize os eixos das vigas como vão efetivo, porém em
alguns casos onde as vigas de borda apresentam uma largura excessiva, ou lajes que
engastam em maciços de concreto, pode-se realizar as considerações apresentadas acima.

9.3.3 Altura útil para lajes

a) Laje Armada em duas Direções

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9 – Lajes

b) Laje Armada em uma Direção

Desta forma determinamos o h conforme a seguir:

h = d + c + ∅ (Laje Armada em duas Direções)


h = d + c + 2 (Laje Armada em uma Direção)

Nesta fase de projeto, iremos estimar um diâmetro de barra, sendo que adota-se
ø=10mm por uma questão de praticidade nos cálculos.

9.3.4 Espessuras Mínimas

A NBR-6118/14, indica no item 13.2.4 os limites mínimos de espessura a seguir:

- 7 cm para laje de cobertura não em balanço;


- 8 cm para lajes de piso não em balanço;
- 10 cm para lajes em balanço;
- 10 cm para lajes que suportem veículos de peso total menor ou igual a 30 kN;
- 12 cm para lajes que suportem veículos de peso total maior que 30 kN;
- 16 cm para lajes lisas e 14 cm para lajes cogumelo, sendo estas lajes fora do capitel,
em um sistema de laje/pilar.

Vale notar que estas espessuras são mínimas, sendo que as espessuras finais vão
depender da classe de agressividade ambiental (CAA), sendo desta forma os cobrimentos (C)
irão definir a espessura final. Como podemos notar na Tab. 2.1, os cobrimentos nominais
variam de acordo com a classe de agressividade ambiental, podendo chegar até a 45mm.
Estes cobrimentos impactam diretamente nas espessuras das lajes, onde as alturas finais
devem permitir uma boa acomodação das barras dentro do concreto, bem como se faz
necessária a verificação das flechas imediatas e progressivas.

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9 – Lajes

No dimensionamento das lajes em balanço, os esforços solicitantes de cálculo a serem


considerados devem ser multiplicados por um coeficiente adicional 𝛾𝑛 , de acordo com o
indicado na Tab. 9.1.

Tab. 9.1 - Valores do coeficiente adicional 𝛾𝑛 para lajes em balanço

h
≥19 18 17 16 15 14 13 12 11 10
(cm)

𝛾𝑛 1,00 1,05 1,10 1,15 1,20 1,25 1,30 1,35 1,40 1,45

Onde:
γn = 1,95 − 0,05. h
h é a altura da laje, expressa em centímetros (cm).
NOTA O coeficiente 𝛾𝑛 deve majorar os esforços solicitantes finais de cálculo nas lajes em
balanço, quando de seu dimensionamento.

Fonte: NBR-6118/14 - Tabela 13.2

9.4 Vinculação

Esta etapa consiste em determinar as vinculações das bordas de apoio da laje, sendo
separadas basicamente em três tipo: borda livre, borda simplesmente apoiadas e borda
engastada.

Fig. 9.4 - Representação dos tipos de apoio


Fonte: BASTOS (2015)

a) Bordas simplesmente apoiadas

As lajes com bordas de apoios simples surgem onde não existem ou não se admite
continuidade da laje com outras lajes vizinhas. O apoio pode ser uma parede ou uma viga
de concreto.
No caso de vigas de concreto de dimensões usuais, estas não possuem rigidez a torção
suficiente para não impedir a rotação, deformando-se, e acompanhando pequenas
rotações da laje, o que acaba adquirindo a concepção teórica do apoio simples.

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Fig. 9.5 - Viga de borda como apoio simples para laje


Fonte: BASTOS (2015)
b) Engaste perfeito

O engaste perfeito surge no caso de lajes em balanço, como marquises e varandas, etc.
É considerado também nas bordas onde há continuidade entre duas lajes vizinhas.

Fig. 9.6 - Laje em balanço engastada na viga de apoio


Fonte: BASTOS (2015)

Quando duas lajes contínuas possuem espessuras muito diferentes, como mostrado
na Fig. 9.7, pode ser mais coerente considerar a laje L2, engastada na L1, porém a lajes L1
de maior espessura apenas apoiada na borda comum entre as lajes.

Fig. 9.7 - Lajes adjacentes com espessuras muito diferentes


Fonte: BASTOS (2015)

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c) Engaste Elástico

Conforme descrito por BASTOS (2015), os casos de apoios intermediários de lajes


contínuas surgem momentos fletores negativos devido à continuidade das lajes. A
ponderação feita entre os diferentes valores de momentos fletores que surgem nesses apoios
conduz ao engastamento elástico (Fig. 9.8). No entanto, para efeito de cálculo inicial dos
momentos fletores M𝐿1 e 𝑀𝐿2 , as lajes que apresentam continuidade devem ser consideradas
perfeitamente engastadas nos apoios intermediários.

Fig. 9.8 - Momento elástico na continuidade das lajes decorrente dos momentos fletores negativos
diferentes
Fonte: BASTOS (2015)

Pode ocorrer, por exemplo, uma borda com uma parte engastada e a outra apoiada, como
mostrado na Fig. 9.9, uma possível aproximação pode ser realizada conforme

𝑙𝑥

𝑙𝑦1 𝑙𝑦2

𝑙𝑦

Fig. 9.9 - Caso específico de vinculação

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Tab. 9.2 - Critério para bordas parcialmente engastada e/ou parcialmente apoiada
𝑙𝑦
𝑙𝑦1 ≤ Considera-se a borda totalmente apoiada
3
Calculam-se os esforços para as duas situações – borda
𝑙𝑦 2. 𝑙𝑦
< 𝑙𝑦1 ≤ totalmente apoiada e borda totalmente engastada – e
3 3
adotam-se os maiores valores no dimensionamento.
2. 𝑙𝑦
𝑙𝑦1 ≥ Considera-se a borda totalmente engastada
3
Fonte: PINHEIRO (2003)

No caso de lajes armadas em uma direção, pode-se considerar uma situação


específica para cada trecho, determinando os momentos no trecho apoiado e engastado como
trecho separados. Desta forma obteríamos momentos positivos e negativos diferentes em
cada trecho, resultando consequentemente em armaduras diferentes.

9.4.1 Tipos de Lajes


A seguir, na Fig. 9.10, são apresentados os tipos de lajes de acordo as vinculações
nas bordas, e suas respectivas combinações possíveis. As respectivas numerações estão de
acordo com as Tab. 9.3 e Tab. 9.4.

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Fig. 9.10 – Tipos de lajes de acordo com as vinculações

9.5 Reação das Lajes em vigas

Assim como no cálculo dos momentos fletores e flechas, as reações das lajes nas
bordas, as lajes serão analisadas em função de serem armadas em uma ou em duas direções.
No caso das lajes armadas em uma direção, as reações de apoio são determinadas
conforme uma viga suposta de b=100cm. Para as lajes armadas em duas direções, elas
podem ser determinadas conforme o método das áreas, conforme item 9.5.1.

9.5.1 Método das Áreas - Charneiras Plásticas

A NBR-6118, item 14.7.6, permite as aproximações de distribuição de cargas para o


cálculo das reações de apoio das lajes conforme o método de charneiras plásticas, também
conhecido como método das áreas.
O item 14.7.6.1 da NBR-6118/14, para o cálculo das reações de apoio das lajes maciças
retangulares com carga uniforme, podem ser feitas as seguintes aproximações:
a) as reações em cada apoio são correspondentes às cargas atuantes nos triângulos
ou trapézios determinados através das charneiras plásticas correspondentes à
análise efetivada com os critérios de análise plástica, sendo que essas reações
podem ser, de maneira aproximada, consideradas uniformemente distribuídas sobre
os elementos estruturais que lhe servem de apoio;
b) quando a análise plástica não for efetuada, as charneiras podem ser aproximadas
por retas inclinadas, a partir dos vértices, com os seguintes ângulos:
- 45º entre dois apoios do mesmo tipo;
- 60º a partir do apoio considerado engastado, se o outro for considerado
simplesmente apoiado;
- 90º a partir do apoio, quando a borda vizinha for livre.

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Fig. 9.11 - Definição das áreas de influência de carga para cálculo das reações de apoio nas vigas de
borda das lajes armadas em duas direções
Fonte: BASTOS (2015)

As reações das lajes nas vigas podem ser determinadas de acordo com a seguinte
expressão:
𝐴𝑖 . 𝑃
𝑅𝑖 =
𝐿𝑒𝑓
Onde:
𝑅𝑖 reação da laje referente a área indicada, em kN/m;
𝑃 carga distribuída uniformemente, em kN/m²;
𝐴𝑖 área de influência para a referida viga, em m²;
𝐿𝑒𝑓 vão efetivo da viga 𝑖 a ser carregada, em metros (m).

As reações das lajes nas vigas podem ser determinadas conforme Tab. 9.3, sendo
determinada da seguinte forma:

𝑝. 𝑙𝑥
𝑉=𝜈
10

Onde:

V é a reação da laje na viga, em kN/m;


𝜈 é o coeficiente tabelado em função de 𝜆 = 𝑙𝑦 ⁄𝑙𝑥 , onde:
𝜈𝑥 reação nos apoios simples perpendiculares à direção de 𝑙𝑥 ;
𝜈𝑦 reação nos apoios simples perpendiculares à direção de 𝑙𝑦 ;
𝜈′ 𝑥 reação nos apoios engastados perpendiculares à direção de 𝑙𝑥 ;
𝜈′𝑦 reação nos apoios engastados perpendiculares à direção de 𝑙𝑦 ;
p é a carga distribuída uniformemente sobre a laje, em kN/m²;
𝑙𝑥 é o menor vão da laje, em metros (m).

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Tab. 9.3 - Tabela de reações de apoio em Lajes com carga uniforme


TIPO Reações de Apoio em Laje com carga uniforme (Método das Áreas ) Rea ções
𝑙𝑥 l a do menor a poi a do

𝑙𝑦 enga s ta do
𝑝. 𝑙 𝑥
l a do ma i or p= ca rga di s tri bui da uni formemente 𝑉=
10

TIPO l y/l x 1 1,05 1,1 1,15 1,2 1,25 1,3 1,35 1,4 1,45 1,5 1,55 1,6 1,65 1,7 1,75 1,8 1,85 1,9 1,95 2 >2
νx 2,50 2,62 2,73 2,83 2,92 3,00 3,08 3,15 3,21 3,28 3,33 3,39 3,44 3,48 3,53 3,57 3,61 3,65 3,68 3,72 3,75 5,00
𝑙𝑥 A1 νy 2,50 2,50 2,50 2,50 2,50 2,50 2,50 2,50 2,50 2,50 2,50 2,50 2,50 2,50 2,50 2,50 2,50 2,50 2,50 2,50 2,50 2,50
𝑙𝑦 ν'x - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
ν'y - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
l y/l x 1 1,05 1,1 1,15 1,2 1,25 1,3 1,35 1,4 1,45 1,5 1,55 1,6 1,65 1,7 1,75 1,8 1,85 1,9 1,95 2 >2
νx 1,83 1,92 2,01 2,1 2,2 2,26 2,38 2,47 2,56 2,64 2,72 2,8 2,87 2,93 2,99 3,05 3,1 3,15 3,2 3,25 3,29 5
𝑙𝑥 A2 νy 2,75 2,8 2,85 2,88 2,91 2,94 2,95 2,96 2,96 2,96 2,96 2,96 2,96 2,96 2,96 2,96 2,96 2,96 2,96 2,96 2,96 2,96
𝑙𝑦 ν'x - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
ν'y 4,02 4,1 4,17 4,22 4,27 4,3 4,32 4,33 4,33 4,33 4,33 4,33 4,33 4,33 4,33 4,33 4,33 4,33 4,33 4,33 4,33 4,33
l y/l x 1 1,05 1,1 1,15 1,2 1,25 1,3 1,35 1,4 1,45 1,5 1,55 1,6 1,65 1,7 1,75 1,8 1,85 1,9 1,95 2 >2
νx 1,44 1,52 1,59 1,66 1,73 1,8 1,88 1,95 2,02 2,09 2,17 2,24 2,31 2,38 2,45 2,53 2,59 2,63 2,72 2,78 2,83 5
𝑙𝑥 A3 νy - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

𝑙𝑦 ν'x - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
ν'y 3,56 3,66 3,75 3,84 3,92 3,99 4,06 4,12 4,17 4,22 4,25 4,28 4,3 4,32 4,33 4,33 4,33 4,33 4,33 4,33 4,33 4,33
l y/l x 1 1,05 1,1 1,15 1,2 1,25 1,3 1,35 1,4 1,45 1,5 1,55 1,6 1,65 1,7 1,75 1,8 1,85 1,9 1,95 2 >2
νx 2,75 2,82 2,89 2,95 3,01 3,06 3,11 3,16 3,2 3,24 3,27 3,31 3,34 3,37 3,4 3,42 3,45 3,47 3,5 3,52 3,54 4,38
𝑙𝑥 B1 νy 1,83 1,83 1,83 1,83 1,83 1,83 1,83 1,83 1,83 1,83 1,83 1,83 1,83 1,83 1,83 1,83 1,83 1,83 1,83 1,83 1,83 1,83
ν'x 4,02 4,13 4,23 4,32 4,41 4,48 4,55 4,62 4,68 4,74 4,79 4,84 4,89 4,93 4,97 5,01 5,05 5,09 5,12 5,15 5,18 6,25
𝑙𝑦
ν'y - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
l y/l x 1 1,05 1,1 1,15 1,2 1,25 1,3 1,35 1,4 1,45 1,5 1,55 1,6 1,65 1,7 1,75 1,8 1,85 1,9 1,95 2 >2
νx 2,17 2,27 2,36 2,45 2,53 2,6 2,63 2,73 2,78 2,84 2,89 2,93 2,98 3,02 3,06 3,09 3,13 3,16 3,19 3,22 3,25 4,38
𝑙𝑥 B2 νy 2,17 2,17 2,17 2,17 2,17 2,17 2,17 2,17 2,17 2,17 2,17 2,17 2,17 2,17 2,17 2,17 2,17 2,17 2,17 2,17 2,17 2,17

𝑙𝑦 ν'x 3,17 3,32 3,46 3,58 3,7 3,8 3,9 3,99 4,08 4,15 4,23 4,29 4,36 4,42 4,48 4,53 4,58 4,63 4,67 4,71 4,75 6,25
ν'y 3,17 3,17 3,17 3,17 3,17 3,17 3,17 3,17 3,17 3,17 3,17 3,17 3,17 3,17 3,17 3,17 3,17 3,17 3,17 3,17 3,17 3,17
l y/l x 1 1,05 1,1 1,15 1,2 1,25 1,3 1,35 1,4 1,45 1,5 1,55 1,6 1,65 1,7 1,75 1,8 1,85 1,9 1,95 2 >2
νx 1,71 1,79 1,88 1,96 2,05 2,13 2,22 2,3 2,37 2,44 2,5 2,56 2,61 2,67 2,72 2,76 2,8 2,85 2,89 2,92 2,96 4,38
𝑙𝑥 B3 νy - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

𝑙𝑦 ν'x 2,5 2,63 2,75 2,88 3 3,13 3,25 3,36 3,47 3,57 3,66 3,75 3,83 3,9 3,98 4,04 4,11 4,17 4,22 4,28 4,33 6,25
ν'y 3,03 3,08 3,11 3,14 3,16 3,17 3,17 3,17 3,17 3,17 3,17 3,17 3,17 3,17 3,17 3,17 3,17 3,17 3,17 3,17 3,17 3,17
l y/l x 1 1,05 1,1 1,15 1,2 1,25 1,3 1,35 1,4 1,45 1,5 1,55 1,6 1,65 1,7 1,75 1,8 1,85 1,9 1,95 2 >2
νx - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
𝑙𝑥 C1 νy 1,44 1,44 1,44 1,44 1,44 1,44 1,44 1,44 1,44 1,44 1,44 1,44 1,44 1,44 1,44 1,44 1,44 1,44 1,44 1,44 1,44 1,44

𝑙𝑦 ν'x 3,56 3,63 3,69 3,74 3,8 3,85 3,89 3,93 3,97 4 4,04 4,07 4,1 4,13 4,15 4,18 4,2 4,22 4,24 4,26 4,28 5
ν'y - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
l y/l x 1 1,05 1,1 1,15 1,2 1,25 1,3 1,35 1,4 1,45 1,5 1,55 1,6 1,65 1,7 1,75 1,8 1,85 1,9 1,95 2 >2
νx - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
𝑙𝑥 C2 νy 1,71 1,71 1,71 1,71 1,71 1,71 1,71 1,71 1,71 1,71 1,71 1,71 1,71 1,71 1,71 1,71 1,71 1,71 1,71 1,71 1,71 1,71

𝑙𝑦 ν'x 3,03 3,12 3,21 3,29 3,36 3,42 3,48 3,54 3,59 3,64 3,69 3,73 3,77 3,81 3,84 3,87 3,9 3,93 3,96 3,99 4,01 5
ν'y 2,5 2,5 2,5 2,5 2,5 2,5 2,5 2,5 2,5 2,5 2,5 2,5 2,5 2,5 2,5 2,5 2,5 2,5 2,5 2,5 2,5 2,5
l y/l x 1 1,05 1,1 1,15 1,2 1,25 1,3 1,35 1,4 1,45 1,5 1,55 1,6 1,65 1,7 1,75 1,8 1,85 1,9 1,95 2 >2
νx - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
𝑙𝑥 C3 νy - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

𝑙𝑦 ν'x 2,50 2,62 2,73 2,83 2,92 3,00 3,08 3,15 3,21 3,28 3,33 3,39 3,44 3,48 3,53 3,57 3,61 3,65 3,68 3,72 3,75 5,00
ν'y 2,50 2,50 2,50 2,50 2,50 2,50 2,50 2,50 2,50 2,50 2,50 2,50 2,50 2,50 2,50 2,50 2,50 2,50 2,50 2,50 2,50 2,50

Fonte: adaptado de PINHEIRO (2003)

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9 – Lajes

9.6 Lajes armadas em uma direção

As lajes armadas em uma direção, de forma simplificada é considerado que os


esforços mais preponderantes atuem apenas na direção de menor vão da laje, atuando de
forma que a laje seja considerada uma viga de largura constante de um metro (100 cm),
segundo a direção principal. Os momentos fletores na direção secundária são desprezados,
por serem de pouca significância.

Fig. 9.12 - Momentos fletores em lajes armadas em uma direção


Fonte: BASTOS (2015)

A seguir, nas figuras Fig. 9.13, Fig. 9.14 e Fig. 9.15, são apresentados o três casos de
possíveis vinculações quando são considerados apoios simples e engastes perfeitos. São
indicadas as equações de cálculo para os momentos fletores e flechas imediatas, para
carregamentos uniformemente distribuídos.

Fig. 9.13 – Laje armada em uma direção sobre apoio simples e carregamento uniforme
Fonte: BASTOS (2015)

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9 – Lajes

Fig. 9.14 - Laje armada em uma direção sobre apoio simples


e engaste perfeito e carregamento uniforme
Fonte: BASTOS (2015)

Fig. 9.15 - Laje armada em uma direção biengastada e carregamento uniforme


Fonte: BASTOS (2015)

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9.6.1 Lajes em Balanço

As lajes em balanço, tais como lajes de varandas e marquises, são casos de lajes
armadas em uma direção, que devem ser calculadas como vigas em balanço com largura
constantes de um metro (100 cm), e no sentido da menor vão.

Reação:
𝑅 = 𝑃. 𝐿𝑏𝑎𝑙

Momento:

𝑃. 𝐿𝑏𝑎𝑙 2
𝑀=
2

Fig. 9.16 -Laje em balanço armada em uma direção

9.6.2 Lajes armadas em uma direção com duas bordas livres


Para casos de lajes armadas em uma direção com as duas bordas livres, conforme
Fig. 9.17, o cálculo pode ser realizado considerando a laje com largura de um metro
(b=100cm), como uma viga contínua na direção do vão dos apoios.

Fig. 9.17 - Laje armada em uma direção com as bordas livres


Fonte: BASTOS (2015)

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9.7 Momentos Fletores Solicitantes

Os momentos fletores e as flechas das lajes são determinados de acordo com o tipo de
comportamento da laje. No caso das lajes armadas em uma direção, sendo a maior parte de
seus esforços solicitantes trabalhem na menor direção da laje, esta será calculada como uma
viga. As lajes armadas em duas direções, por apresentarem esforços significativos nas duas
direções, podem ser aplicadas diferentes teorias, como a Teoria da Elasticidade e das
Charneiras plásticas.

9.7.1 Lajes armadas em duas direções

As lajes armadas em duas direções, apoiadas nos quatro lados, possuem processos
mais complexos para a obtenção dos esforços solicitantes quando comparado aos métodos
para as lajes armadas em uma direção.
Para o caso desta apostila, serão utilizadas as tabelas de Czerny (Tab. 9.4), sendo
utilizadas para as lajes apoiadas nas quatro bordas, com carregamentos uniformemente
distribuídos sobre elas. Para a obtenção dos esforços, serão utilizadas as seguintes
equações:

𝑝. 𝑙𝑥2 𝑝. 𝑙𝑥2
𝑚𝑥 = 𝑚′𝑥 =
𝛼𝑥 𝛽𝑥
𝑝. 𝑙𝑥4
𝑎𝑖 =
𝛼2 . 𝐸. ℎ 3
𝑝. 𝑙𝑥2 𝑝. 𝑙𝑥2
𝑚𝑦 = 𝑚′𝑦 =
𝛼𝑦 𝛽𝑦

Sendo:

𝑚𝑥 momento positivo na direção 𝑙𝑥 da laje, em kN.m;


𝑚𝑦 momento positivo na direção 𝑙𝑦 da laje, em kN.m;
𝑚′𝑥 momento negativo na direção 𝑙𝑥 da laje, em kN.m;
𝑚′𝑦 momento negativo na direção 𝑙𝑦 da laje, em kN.m;
𝑝 carregamento distribuído uniformemente sobre a laje, em kN/m²;
𝛼𝑥 , 𝛽𝑥 coeficientes para cálculo dos momentos fletores em 𝑙𝑥 de acordo com 𝜆 = 𝑙𝑦 ⁄𝑙𝑥 ;
𝛼𝑦 , 𝛽𝑦 coeficientes para cálculo dos momentos fletores em 𝑙𝑦 de acordo com 𝜆 = 𝑙𝑦 ⁄𝑙𝑥 ;
𝑎𝑖 flecha imediata da laje;
𝐸 módulo de elasticidade secante (𝐸𝑐𝑠 ), conforme item 1.1.2.6.

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Tab. 9.4 - Tabela de Czerny


TIPO TABELA DE CÁCULOS DE LAJES (Czerny, coeficiente de poisson nulo) Momentos Fl echa
𝑙𝑥 l a do menor a poi a do 𝑝. 𝑙2𝑥
𝑚′𝑥 =
𝑝. 𝑙2𝑥
𝑚𝑥 = 𝛽𝑥 𝑝. 𝑙4𝑥
𝛼𝑥
𝑙𝑦 l a do ma i or p= ca rga di s tri bui da uni formemente enga s ta do 𝑎=
𝛼2. 𝐸. ℎ 3
𝑝. 𝑙2𝑥 𝑝. 𝑙2𝑥
𝑚𝑦 = 𝑚′𝑦 =
𝛼𝑦 𝛽𝑦

TIPO 𝑙 𝑦⁄ 𝑙𝑥 1,00 1,05 1,10 1,15 1,20 1,25 1,30 1,35 1,40 1,45 1,50 1,55 1,60 1,65 1,70 1,75 1,80 1,85 1,90 1,95 2,00 3,00
α2 20,5 18,7 17,1 15,8 14,7 13,7 13 12,4 11,8 11,2 10,8 10,4 10 9,7 9,4 9,2 8,9 8,7 8,6 8,4 8,2 6,7
αx 27,2 24,5 22,4 20,7 19,1 17,8 16,8 15,8 15 14,3 13,7 13,2 12,7 12,3 11,9 11,5 11,3 11 10,8 10,6 10,4 8
𝑙𝑥 A1 αy 27,2 27,5 27,9 28,4 29,1 29,9 30,9 31,8 32,8 33,8 34,7 35,4 36,1 36,7 37,3 37,9 38,5 38,9 39,4 39,8 40,3 40
𝑙𝑦 βx - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
βy - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
𝑙 𝑦⁄ 𝑙𝑥 1,00 1,05 1,10 1,15 1,20 1,25 1,30 1,35 1,40 1,45 1,50 1,55 1,60 1,65 1,70 1,75 1,80 1,85 1,90 1,95 2,00 3,00
α2 29,9 26,5 23,7 21,4 19,5 18 16,6 15,5 14,5 13,7 12,8 12,3 11,7 11,2 10,8 10,4 10,1 9,7 9,5 9,2 9 6,7
αx 41,2 36,5 31,9 28,3 25,9 23,4 21,7 20,1 18,8 17,5 16,6 15,7 15 14,3 13,8 13,2 12,8 12,3 12 11,6 11,4 8
𝑙𝑥 A2 αy 29,4 29 28,8 28,8 28,9 29,2 29,7 30,2 30,8 31,6 32,3 33 33,6 34,3 34,9 35,6 36,2 36,9 37,5 38,2 38,8 38,8
𝑙𝑦 βx - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
βy 11,9 11,3 10,9 10,4 10,1 9,8 9,6 9,3 9,2 9 8,9 8,8 8,7 8,6 8,5 8,5 8,4 8,4 8,3 8,3 8,2 8
𝑙 𝑦⁄ 𝑙𝑥 1,00 1,05 1,10 1,15 1,20 1,25 1,30 1,35 1,40 1,45 1,50 1,55 1,60 1,65 1,70 1,75 1,80 1,85 1,90 1,95 2,00 3,00
α2 43,5 37,6 33 29,2 26,1 23,5 21,4 19,6 18,1 16,8 15,6 14,7 13,9 13,1 12,5 11,9 11,4 10,9 10,5 10,2 9,9 6,7
𝑙𝑥 A3 αx 62,5 52,6 45,5 40 35,7 31,3 28,6 25,6 23,8 22,2 20,4 18,9 17,9 16,9 15,9 15,2 14,7 13,9 13,3 12,8 12,5 8
𝑙𝑦 αy 35,7 33,3 33,3 32,3 31,3 31,3 31,3 31,3 31,3 31,3 32,3 32,3 33,3 34,5 34,5 35,7 37 38,5 40 41,7 41,7 41,7
βx - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
βy 14,3 13,3 12,7 12 11,5 11,1 10,8 10,3 10 9,7 9,5 9,3 9,2 9 8,9 8,8 8,7 8,6 8,5 8,4 8,4 8
𝑙 𝑦⁄ 𝑙𝑥 1,00 1,05 1,10 1,15 1,20 1,25 1,30 1,35 1,40 1,45 1,50 1,55 1,60 1,65 1,70 1,75 1,80 1,85 1,90 1,95 2,00 3,00
α2 29,9 28 26,3 24,9 23,8 22,8 22 21,2 20,6 20,1 19,6 19,2 18,8 18,5 18,2 18 17,8 17,6 17,4 17,2 17,1 16,7
𝑙𝑥 B1 αx 31,3 29,4 27 25,6 24,4 23,3 22,2 21,7 20,8 20,4 19,6 19,2 18,9 18,5 18,2 17,9 17,9 17,5 17,5 17,2 17,2 14,3
𝑙𝑦 αy 41,7 43,5 45,5 47,6 50 50 52,6 52,6 55,6 55,6 55,6 55,6 55,6 58,8 58,8 58,8 58,8 58,8 58,8 58,8 58,8 58,8
βx 11,9 11,4 10,9 10,5 10,2 9,9 9,7 9,4 9,3 9,1 9 8,9 8,8 8,7 8,6 8,5 8,4 8,3 8,3 8,3 8,3 8
βy - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
𝑙 𝑦⁄ 𝑙𝑥 1,00 1,05 1,10 1,15 1,20 1,25 1,30 1,35 1,40 1,45 1,50 1,55 1,60 1,65 1,70 1,75 1,80 1,85 1,90 1,95 2,00 3,00
α2 39,7 35,6 33,1 30,4 28,7 27,1 25,7 24,5 23,5 22,6 21,8 21,2 20,7 20,2 19,7 19,3 18,9 18,6 18,3 18,1 17,8 16,7
𝑙𝑥 B2 αx 43,5 38,5 35,7 32,3 30,3 27,8 26,3 25 24,4 23,3 22,2 21,7 20,8 20,4 20 19,6 19,2 18,9 18,5 18,2 17,9 14,3
𝑙𝑦 αy 40 41,7 41,7 43,5 43,5 45,5 47,6 50 50 52,6 52,6 55,6 55,6 55,6 55,6 55,6 58,8 58,8 58,8 58,8 58,8 58,8
βx 14,3 13,3 12,7 12 11,5 11,1 10,8 10,3 10 9,8 9,6 9,4 9,2 9,1 8,9 8,8 8,7 8,6 8,5 8,4 8,4 8
βy 14,3 13,9 13,5 13,3 13,2 12,8 12,8 12,7 12,7 12,5 12,3 12,3 12,3 12,2 12,2 12,2 12,2 12,2 12,2 12,2 12,2 12,2
𝑙 𝑦⁄ 𝑙𝑥 1,00 1,05 1,10 1,15 1,20 1,25 1,30 1,35 1,40 1,45 1,50 1,55 1,60 1,65 1,70 1,75 1,80 1,85 1,90 1,95 2,00 3,00
α2 53,2 47,2 42,4 38,5 35,2 32,5 30,4 28,5 27 25,6 24,4 23,5 22,6 21,9 21,2 20,7 20,2 19,7 19,3 18,9 18,6 16,7
𝑙𝑥 B3 αx 55,6 52,6 45,5 41,7 37 34,5 32,3 29,4 27,8 28,3 25 24,4 23,3 22,7 21,7 21,3 20,4 20 19,6 19,2 18,9 14,3
𝑙𝑦 αy 43,5 43,5 43,5 43,5 45,5 45,5 47,6 47,6 50 52,6 55,6 58,8 62,5 66,7 71,4 76,9 76,9 83,3 90,9 100 100 100
βx 18,2 16,7 15,4 14,5 13,5 12,7 12,2 11,6 11,2 10,9 10,6 10,3 10,1 9,9 9,7 9,5 9,4 9,2 9 8,9 8,8 8
βy 16,1 15,4 14,7 14,3 13,9 13,5 13,3 13,2 13 12,8 12,7 12,7 12,7 12,5 12,5 12,3 12,3 12,3 12,3 12,3 12,3 12,3
𝑙 𝑦⁄ 𝑙𝑥 1,00 1,05 1,10 1,15 1,20 1,25 1,30 1,35 1,40 1,45 1,50 1,55 1,60 1,65 1,70 1,75 1,80 1,85 1,90 1,95 2,00 3,00
α2 43,5 41,5 39,8 38,5 37,5 36,4 35,7 35,1 34,6 34,1 33,7 33,3 33,1 32,8 32,6 32,5 32,4 32,3 32,2 32,1 31,9 31,3
𝑙𝑥 C1 αx 35,7 33,3 31,3 30,3 29,4 28,6 27,8 27 26,3 26,3 25,6 25,6 25 25 25 24,4 24,4 24,4 24,4 24,4 24,4 23,8
𝑙𝑦 αy 62,5 62,5 66,7 71,4 71,4 71,4 71,4 76,9 76,9 76,9 76,9 76,9 76,9 76,9 76,9 76,9 76,9 76,9 76,9 76,9 76,9 76,9
βx 14,3 13,9 13,5 13,2 13 12,7 12,7 12,3 12,3 12,2 12,2 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12
βy - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
𝑙 𝑦⁄ 𝑙𝑥 1,00 1,05 1,10 1,15 1,20 1,25 1,30 1,35 1,40 1,45 1,50 1,55 1,60 1,65 1,70 1,75 1,80 1,85 1,90 1,95 2,00 3,00
α2 53,2 49,5 46,7 44,2 42,4 40,8 39,5 38,3 37,3 36,5 35,7 35,1 34,6 34 33,6 33,2 33 32,8 32,6 32,5 32,4 31,3
𝑙𝑥 C2 αx 43,5 40 38,5 35,7 33,3 32,3 31,3 30,3 29,4 28,6 27,8 27 26,3 26,3 25,6 25 25 25 25 24,4 24,4 23,8
𝑙𝑦 αy 55,6 58,8 58,8 62,5 66,7 66,7 71,4 71,4 71,4 71,4 76,9 76,9 76,9 83,3 83,3 83,3 83,3 90,9 90,9 90,9 100 100
βx 16,1 15,4 14,7 14,3 13,9 13,5 13,2 12,8 12,7 12,7 12,5 12,3 12,3 12,2 12,2 12 12 12 12 12 12 12
βy 18,2 17,9 17,9 17,5 17,5 17,5 17,5 17,5 17,5 17,5 17,5 17,5 17,5 17,5 17,5 17,5 17,5 17,5 17,5 17,5 17,5 17,5
𝑙 𝑦⁄ 𝑙𝑥 1,00 1,05 1,10 1,15 1,20 1,25 1,30 1,35 1,40 1,45 1,50 1,55 1,60 1,65 1,70 1,75 1,80 1,85 1,90 1,95 2,00 3,00
α2 65,8 59,9 55,2 51,3 48,3 45,7 43,5 41,7 40,3 38,9 37,9 36,9 36,1 35,5 34,8 34,4 34 33,7 33,3 33,1 32,9 31,3
αx 55,6 50 45,5 41,7 40 37 34,5 33,3 32,3 30,3 29,4 28,6 27,8 27,8 27 26,3 26,3 25,6 25,6 25 25 23,8
𝑙𝑥 C3 αy 55,6 58,8 58,8 62,5 66,7 71,4 71,4 76,9 83,3 90,9 90,9 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100
𝑙𝑦 βx 19,2 18,2 17,2 16,4 15,4 14,9 14,5 14,1 13,7 13,3 13,2 13 12,8 12,7 12,5 12,3 12,3 12,2 12 12 12 12
βy 19,2 18,9 18,5 18,2 17,9 17,9 17,5 17,5 17,5 17,5 17,5 17,5 17,5 17,5 17,5 17,5 17,5 17,5 17,5 17,5 17,5 17,5

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9 – Lajes

9.7.2 Compatibilização dos momentos

Ao determinarmos os momentos fletores nas lajes isoladamente, os momentos fletores


negativos nas bordas comuns entre duas lajes contínuas, geralmente são diferentes. A NBR
6118 (item 14.7.6.2) permite que seja feita uma compatibilização dos momentos fletores
negativos: “Quando houver predominância de cargas permanentes, as lajes vizinhas podem
ser consideradas isoladas, realizando-se a compatibilização dos momentos sobre os apoios
de forma aproximada. No caso de análise plástica, a compatibilização pode ser realizada
mediante alteração das razões entre momentos de borda e vão, em procedimento iterativo,
até a obtenção de valores equilibrados nas bordas. Permite-se, simplificadamente, a adoção
do maior valor de momento negativo em vez de equilibrar os momentos de lajes diferentes
sobre uma borda comum.”
Uma prática muito comum brasileira utilizada a anos, e consolidada para a
compatibilização dos momentos fletores negativos é tomado como:

𝑚′2
< 0,6 → 0,8. 𝑚′1
𝑚′1
𝑚′ ≥ ,com 𝑚′1 > 𝑚′2
𝑚′2 𝑚′1 + 𝑚′2
≥ 0,6 →
{𝑚′1 2

Após a compatibilização dos momentos fletores negativos, devemos compatibilizar os


momentos fletores positivos com os valores excedentes dos momentos negativos, da seguinte
forma:

L1 m'1 L2 L3
m'2 m' 3
m'2

m1 m2 m3

Fig. 9.18 - Momentos das lajes sem balanceamento

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momentos não
compatibilizados m'1
m' 3
m'2 m'2

m1 m2 m3

momentos m' b
compatibilizados m' a

m1 +(m'1-m' a)/2 m2+(m'2-m' a)/2+(m'2-m' b)/2 m3+(m'3-m' b)/2

Fig. 9.19 - Compatibilização dos Momentos

9.8 Dimensionamento à Flexão

O dimensionamento à flexão deverá ser realizado conforme item Erro! Fonte de r


eferência não encontrada. desta apostila, sendo tomado:
𝑏𝑤 = 100𝑐𝑚, sendo dimensionado para o momento balanceado para uma faixa de 100 cm.

- Para qualquer fck :

d 𝑀𝑑 d 𝑀𝑑
𝑥 = [1 − (√1 − )] → 𝑥 = [1 − (√1 − )]
𝜆 0,5. αc . 𝑏𝑤 . 𝑑2 𝑓𝑐𝑑 𝜆 0,5. αc . 100. 𝑑2 𝑓𝑐𝑑

𝑀𝑑
𝐴𝑠 = 𝑓𝑦𝑘
𝛾𝑠
. (𝑑 − 0,5. 𝜆. 𝑥)

- Para fck ≤ 50MPa:

𝑀𝑑 𝑀𝑑
𝑥 = 1,25. 𝑑 [1 − (√1 − )] → 𝑥 = 1,25. 𝑑 [1 − (√1 − )]
0,425. 𝑏𝑤 . 𝑑2 𝑓𝑐𝑑 0,425.100. 𝑑2 𝑓𝑐𝑑

𝑀𝑑
𝐴𝑠 =
𝑓𝑦𝑑 . (𝑑 − 0,4. 𝑋)

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9.9 Detalhamento das Armaduras


9.9.1 Armaduras longitudinais mínimas e máximas

“Os princípios básicos para o estabelecimento de armaduras máximas e mínimas são


os dados em 17.3.5.1. Como as lajes armadas nas duas direções têm outros mecanismos
resistentes possíveis, os valores mínimos das armaduras positivas são reduzidos em relação
aos definidos para elementos estruturais lineares.” (NBR 6118, 19.3.3.1).

9.9.2 Armaduras Máximas

Sobre a armadura máxima, a NBR 6118 (17.3.5.2.4) diz que “A soma das armaduras
de tração e de compressão (𝐴𝑠 + 𝐴’𝑠 ) não pode ter valor maior que 4 % 𝐴𝑐 , calculada na
região fora da zona de emendas, devendo ser garantidas as condições de ductilidade
requeridas em 14.6.4.3.”

A s + A′s ≤ 4% Ac

9.9.3 Armaduras Mínimas

Para um melhor desempenho no controle da fissuração e à ductilidade a flexão, são


necessários valores mínimos de armadura passiva. Estas estão apresentadas na Tab. 9.5.

Tab. 9.5 - Valores mínimos para armaduras passivas aderentes


Elementos
Elementos estruturais com
Estruturais sem Elementos estruturais com
Armadura armadura ativa não
armaduras armadura ativa aderente
aderente
ativas
Armaduras
𝜌𝑠 ≥ 𝜌𝑚í𝑛 𝜌𝑠 ≥ 𝜌𝑚í𝑛 − 𝜌𝑝 ≥ 0,67. 𝜌𝑚í𝑛 𝜌𝑠 ≥ 𝜌𝑚í𝑛 − 0,5. 𝜌𝑝 ≥ 0,67. 𝜌𝑚í𝑛
Negativas
Armaduras
negativas de borda 𝜌𝑠 ≥ 0,67𝜌𝑚í𝑛
sem continuidade
Armaduras
positivas de lajes
𝜌𝑠 ≥ 0,67𝜌𝑚í𝑛 𝜌𝑠 ≥ 0,67𝜌𝑚í𝑛 − 𝜌𝑝 ≥ 0,5. 𝜌𝑚í𝑛 𝜌𝑠 ≥ 𝜌𝑚í𝑛 − 0,5. 𝜌𝑝 ≥ 0,5. 𝜌𝑚í𝑛
armadas nas duas
direções

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Tab. 9.5 - Valores mínimos para armaduras passivas aderentes (continuação)


Armadura positiva
(principal) de lajes
𝜌𝑠 ≥ 𝜌𝑚í𝑛 𝜌𝑠 ≥ 𝜌𝑚í𝑛 − 𝜌𝑝 ≥ 0,5. 𝜌𝑚í𝑛 𝜌𝑠 ≥ 𝜌𝑚í𝑛 − 0,5. 𝜌𝑝 ≥ 0,5. 𝜌𝑚í𝑛
armadas em uma
direção
Armadura positiva
𝐴𝑠 ⁄𝑠 ≥ 20 % da armadura principal
(secundária) de
𝐴𝑠 ⁄𝑠 ≥ 0,9𝑐𝑚 2 /𝑚 -
lajes armadas em
𝜌𝑠 ≥ 0,5. 𝜌𝑚í𝑛
uma direção
Onde:
𝐴𝑠 𝐴𝑝
𝜌𝑠 = e 𝜌𝑝 = 𝑏
𝑏𝑤 . ℎ 𝑤 .ℎ

Os valores de 𝜌𝑚í𝑛 se encontram na Tab. 9.6

Fonte: NBR-6118/14 – Tabela 19.1

Tab. 9.6 - Taxas mínima de armadura de flexão para vigas e lajes

Forma de Valores de 𝜌𝑚í𝑛 (Asmin/Ac)


Seção
20 25 30 35 40 45 50 55 60 65 70 75 80 85 90

Retangular 0,150 0,150 0,150 0,164 0,179 0,194 0,208 0,211 0,219 0,226 0,233 0,239 0,245 0,251 0,256

Fonte: NBR-6118 – Tabela 17.3 (2014)

9.9.4 Determinação da quantidade e espaçamento

Para a determinação da quantidade de barras para a faixa de 1m de laje, determinamos


da seguinte maneira:

𝐴𝑠
𝑛=
𝐴𝑠∅

100
𝑆=
(𝑛 − 1)

Onde:

𝐴𝑠 área total de aço para a faixa de um metro de laje, em cm²;

𝐴𝑠∅ área de aço de uma barra, em cm²;

𝑛 número de barras calculadas, sendo um número inteiro arredondado para cima;

𝑆 espaçamento entre barras, sempre arrendondando para baixo;

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9.9.5 Representação gráfica das formas das lajes e respectivas armaduras

As armaduras das lajes são geralmente demonstradas em planta, onde as barras


superiores são demonstradas com os ganchos para baixo, e as barras inferiores são
demonstradas com os ganchos para cima. Cotas laterais de distribuição são adicionadas para
demonstrar onde a distribuição de cada barra começa e termina, e adicionalmente indicando
qual a posição está na parte superior e inferior da laje, facilitando a montagem das respectivas
armaduras em campo. Na Fig. 9.22 abaixo, é apresentado um modelo mais usual de
distribuição e representação das armaduras, e nas Fig. 9.20 e Fig. 9.21 sua distribuição em
3D.

Fig. 9.20 - Representação das armaduras inferiores das lajes em 3D

Fig. 9.21 – Representação das armaduras superiores das lajes em 3D

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Fig. 9.22 - Representação das armaduras superiores e inferiores das lajes e suas respectivas distribuições

Abaixo é apresentado nas Tab. 9.7 e Tab. 9.8 a representação da posição, quantidade,
comprimento, peso, e a soma total. A representação das tabelas são separadas em duas
tabelas distintas, onde na tabela de barras, é separado por posição para facilitar a montagem,
corte e dobra; e tabelas resumo, onde é apresentado por diâmetro de barra para compra e
quantificação por peso.

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Tab. 9.7 – Tabela de Barras (Posição, Diâmetro, Comprimento e Comprimento total)


TABELA DE BARRAS
N. Ø (mm) Quant. (un.) Comp. (cm) Comp. Total (cm)
1 6,3 89 137 12193
2 6,3 10 1068 10680
3 6,3 63 74 4662
4 6,3 37 165 6105
5 6,3 26 1108 28808
6 6,3 27 268 7236
7 6,3 60 265 15900
8 6,3 21 668 14028
9 6,3 6 868 5208
10 6,3 47 210 9870
11 6,3 26 552 14352
12 6,3 42 120 5040
13 6,3 41 452 18532
14 6,3 38 260 9880
15 6,3 21 1189 24969
16 6,3 47 160 7520
17 6,3 26 668 17368
18 6,3 9 548 4932
19 6,3 21 72 1512

Tab. 9.8 – Tabela Resumo (Posição, Diâmetro, Comprimento total e Peso Total)
RESUMO DE AÇO - CA-50
Massa Nominal
N. Ø (mm) Comp. Total (m) Peso Total (kg)
(kg/m)
1 6,3 121,93 0,245 29,87
2 6,3 106,8 0,245 26,17
3 6,3 46,62 0,245 11,42
4 6,3 61,05 0,245 14,96
5 6,3 288,08 0,245 70,58
6 6,3 72,36 0,245 17,73
7 6,3 159 0,245 38,96
8 6,3 140,28 0,245 34,37
9 6,3 52,08 0,245 12,76
10 6,3 98,7 0,245 24,18
11 6,3 143,52 0,245 35,16
12 6,3 50,4 0,245 12,35
13 6,3 185,32 0,245 45,40
14 6,3 98,8 0,245 24,21
15 6,3 249,69 0,245 61,17
16 6,3 75,2 0,245 18,42
17 6,3 173,68 0,245 42,55
18 6,3 49,32 0,245 12,08
19 6,3 15,12 0,245 3,70
TOTAL 536,05

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9.10 Força cortante em laje e Elementos Lineares com 𝒃𝒘 ≥ 𝟓𝒅 (item 19.4.1 da NBR-
6118/14)
9.10.1 Lajes sem armadura para força cortante

As lajes maciças ou nervuradas podem ser dispensadas da utilização de armaduras


transversal para resistir as forças de tração oriundas da força cortante, quando a força cortante
de cálculo, a uma distância d da face do apoio, obedecer a expressão:

Vsd ≤ VRd1

Sendo a força cortante resistente de cálculo dada por:

VRd1 = [τRd . k. (1,2 + 40. ρ1 ) + 0,15. σcp ]. bw . d

Onde:

τRd = 0,25. fctd

fctk.inf⁄
fctd = γc

As1
ρ1 = ,não maior que |0,02|;
bw . d
Nsd
σcp =
Ac

k é um coeficiente que tem os seguinte valores:


- para elementos onde 50% da armadura inferior não chega até o apoio: k = |1|;
- para demais casos: k = |1,6 − d|, não menor que |1|, com d em metros.
τRd é a tensão resistente de cálculo do concreto ao cisalhamento;
A s1 é a armadura de tração que se estende até não menos que d + lb,nec além da seção
considerada, com lb,nec definido em 7.2.3, e na
bw é a largura mínima da seção ao longo da altura útil d;
Nsd é a força longitudinal na seção devida à protensão ou carregamento (a compressão é
considerada como sinal positivo).

Fig. 9.23 – Comprimento de ancoragem necessário


Fonte: Figura 19.1, NBR-6118 (2014)

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9 – Lajes

9.10.2 Lajes com armadura para força cortante

Aplica-se os critérios estabelecidos no item 6 desta apostila.

A resistência dos estribos pode ser considerada com os seguintes valores máximos,
sendo permitida a interpolação linear:

- 250 MPa, para lajes com espessura até 15cm;


- 435 MPa (fywd ), para lajes com espessura maior que 35 cm.

9.11 Flechas

As flechas elásticas nas lajes podem ser determinadas em lajes armadas em uma
direção conforme item 9.3.1.1, e lajes armadas em duas direções de acordo com o item 9.7.1.
Para as flechas imediatas, devem ser determinadas conforme item 8.4.1 caso a seção
em análise tenho ultrapassado o momento de fissuração determinado conforme item 8.1.
A flecha total da laje deverá estar de acordo com as flechas limites descritos no item
8.4.3, e devem ser comparadas com as fechas diferidas conforme item 8.4.2.

9.12 Limite de abertura de Fissura

A determinação de abertura de fissura, deverá ser determinada conforme item 8.5, e


comparadas com o limite de abertura de fissura conforme item 8.5.2.

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12 – Vigas

10 VIGAS
10.1 Vão teórico

Vão livre (𝐿0 ) é a distância entre as faces dos apoios. O vão efetivo (𝐿𝑒𝑓 ), também
conhecido como vão teórico (𝐿), pode ser calculado por:
𝐿 = 𝐿0 + 𝑎1 + 𝑎2:
t1
𝑎1 { 2 𝑀𝑎𝑖𝑜𝑟 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒 𝑜𝑠 𝑑𝑜𝑖𝑠 𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟𝑒𝑠
0,3. ℎ
t2 .
𝑎2 2

No entanto, é usual adotar o vão teórico como sendo, simplesmente, a distância entre
os eixos dos apoios. Este modelo acaba se tornando mais utilizados quando temos vigas
engastadas em pilares parede, que possuem dimensões muito grandes.
Nas vigas em balanço, vão livre é a distância entre a extremidade livre e a face externa
do apoio, e o vão teórico é a distância até o centro do apoio.

Fig. 10.1 - Vão efetivo ou teórico

10.2 Altura Útil das Vigas (d)

A altura útil das vigas podem ser definidas como a altura que atua efetivamente na viga
após a mesma atingir seu estado fissurado (Estádio II), onde a mesma não possui mais a
capacidade de resistir aos esforços de tração impostos, fazendo que as armaduras atuem até
aos limites pré-estabelecidos nos domínios de deformação (ver item 2.3). Desta forma a altura
útil (d), está compreendida entre a parte comprimida da peça até o centro geométrico das
armaduras quando há apenas uma camada de armadura ou mais de uma camada, ver Fig.
10.2.

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12 – Vigas

Fig. 10.2 – Altura útil (d) para uma camada ou mais camadas de armaduras

De forma aproximada, pode ser adotado o mesmo conceito caso as armaduras não
possuam distribuição simétrica, para que não seja necessário o cálculo do CG das armaduras,
sempre arredondando a favor da segurança, ou seja, com um menor d conforme Fig. 10.3.

Fig. 10.3 – Altura útil (d) para duas camadas ou mais camadas de armaduras não simétricas

As considerações acima podem ser adotadas, desde que o centro de gravidade do


conjunto de armaduras, não possua um desvio maior que 10% . ℎ em relação ao centro de
gravidade da armadura mais distante, sempre medidas normalmente e em relação a linha
neutra.

10.3 Dimensionamentos
10.3.1 Dimensionamento à Flexão

O dimensionamento à flexão deverá ser realizado conforme item 5 desta apostila, sendo
tomado como:

- Para qualquer fck :

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12 – Vigas

d 𝑀𝑑 d 𝑀𝑑
𝑥 = [1 − (√1 − 2
)] → 𝑥 = [1 − (√1 − )]
𝜆 0,5. αc . 𝑏𝑤 . 𝑑 . 𝑓𝑐𝑑 𝜆 0,5. αc . b𝑤 . 𝑑2 . 𝑓𝑐𝑑

𝑀𝑑
𝐴𝑠 = 𝑓𝑦𝑘
𝛾𝑠
. (𝑑 − 0,5. 𝜆. 𝑥)

- Para fck ≤ 50MPa:

𝑀𝑑 𝑀𝑑
𝑥 = 1,25. 𝑑 [1 − (√1 − 2
)] → 𝑥 = 1,25. 𝑑 [1 − (√1 − )]
0,425. 𝑏𝑤 . 𝑑 . 𝑓𝑐𝑑 0,425. b𝑤 . 𝑑2 . 𝑓𝑐𝑑

𝑀𝑑
𝐴𝑠 =
𝑓𝑦𝑑 . (𝑑 − 0,4. 𝑋)

10.3.2 Dimensionamento à Força Cortante

O dimensionamento à força cortante deve ser determinado conforme item 0 desta


apostila, podendo ser utilizado o Modelo I ou Modelo II conforme a necessidade.
Devem ser respeitados as armaduras mínimas, conforme item 6.3, e espaçamentos
máximos (𝑆𝑚𝑎𝑥 ), conforme item 6.4.

10.3.3 Dimensionamento de vigas com seção “T”

As vigas em seção “T” são muito utilizadas em estruturas de concreto armado, onde
seu emprego é muito comum em elementos de concreto pré-moldado, com lajes e vigas
maciças, ou em lajes treliçadas pré-moldadas, conforme demonstrado

10.3.4 Consideração da Mesa Colaborante

De acordo com o item 14.6.2.2 da NBR-6118/14, a consideração da seção T pode ser


feita para estabelecer as distribuições de esforços internos, tensões, deformações e
deslocamentos da estrutura, de uma forma mais realista. A partir desta premissa, podemos
considerar que a laje e a viga, desde que haja perfeita união, trabalham como uma seção “T”,
neste caso, a laje utilizando uma parcela de sua seção (𝑏1 , 𝑏2) para a compressão. Isto dá se
nome de mesa colaborante, onde a parte da laje trabalha como mesa superior contribuindo
para compressão, consequentemente reduzindo a linha neutra.
A largura colaborante bf deve ser dada pela largura da viga 𝑏𝑤 , acrescida de no máximo
10 % da distância 𝑎 entre os pontos de momento fletor nulo, para cada lado da viga em que
haja laje colaborante.

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12 – Vigas

10.3.4.1 Largura da mesa colaborante

A distância 𝑎 pode se estimada, em função do comprimento 𝑙 do tramo considerado,


como se apresenta a seguir:

- viga simplesmente apoiada: 𝑎 = 1,00 𝑙

- tramo com momento em uma só extremidade: 𝑎 = 0,75 𝑙

- tramo com momentos nas duas extremidades: 𝑎 = 0,60 𝑙

- tramo em balanço: 𝑎 = 2,00 𝑙

Alternativamente, a determinação da distância 𝑎 pode ser feito ou verificado


diretamente nos diagramas de momentos fletores na estrutura.
No caso de vigas contínuas, permite-se calcula-las com uma mesa colaborante única
para todas as seções, inclusive nos apoios sob momentos negativos, desde que essa largura
seja calculada a partir do trecho de momentos positivos onde a largura resulte mínima.
Devem ser respeitados os limites 𝑏1 e 𝑏3, conforme indicado na Fig. 10.4.

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𝑏1 ≤ 0,5. 𝑏2 𝑏1 ≤ 0,1. 𝑎
𝑏3 ≤ 𝑏4 𝑏3 ≤ 0,1. 𝑎

Fig. 10.4 - Largura da mesa colaborante


Fonte: NBR-6118 – Figura 14.2 (2014)

Quando a laje apresentar aberturas ou interrupções na região da mesa colaborante, a


variação da largura efetiva (𝑏𝑒𝑓 ) da mesa de respeitar o máximo 𝑏𝑓 e limitações impostas pelas
aberturas, conforme mostra a Fig. 10.5.

Fig. 10.5 – Largura efetiva com abertura


Fonte: NBR-6118 – Figura 14.3 (2014)

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10.4 Detalhamento dos elementos Lineares


10.4.1 Armaduras longitudinais mínimas e máximas

“Os princípios básicos para o estabelecimento de armaduras máximas e mínimas são


os dados em 17.3.5.1. Como as lajes armadas nas duas direções têm outros mecanismos
resistentes possíveis, os valores mínimos das armaduras positivas são reduzidos em relação
aos definidos para elementos estruturais lineares.” (NBR 6118, 19.3.3.1).

10.4.2 Armaduras Máximas

Sobre a armadura máxima, a NBR 6118 (17.3.5.2.4) diz que “A soma das armaduras
de tração e de compressão (𝐴𝑠 + 𝐴’𝑠 ) não pode ter valor maior que 4 % 𝐴𝑐 , calculada na
região fora da zona de emendas, devendo ser garantidas as condições de ductilidade
requeridas em 14.6.4.3.”

A s + A′s ≤ 4% Ac

10.4.3 Armaduras Mínimas

Para um melhor desempenho no controle da fissuração e à ductilidade a flexão, são


necessários valores mínimos de armadura passiva. Estas estão apresentadas na Tab. 10.1.

Tab. 10.1 - Taxas mínima de armadura de flexão para vigas

Forma de Valores de ρmin (Asmin/Ac)


Seção
20 25 30 35 40 45 50 55 60 65 70 75 80 85 90

Retangular 0,150 0,150 0,150 0,164 0,179 0,194 0,208 0,211 0,219 0,226 0,233 0,239 0,245 0,251 0,256

Fonte: NBR-6118 – Tabela 17.3 (2014)

10.4.4 Armadura de Pele

A armadura de pele se faz necessária em vigas com 60 cm ou mais, atendendo os


requisitos abaixo:
− 0,10% 𝑑𝑎 𝐴𝑐,𝑎𝑙𝑚𝑎 em cada face da alma da viga, com espaçamento ≤ 20𝑐𝑚;
- 𝐴𝑠 𝑝𝑒𝑙𝑒,𝑚𝑎𝑥 = 5,0 𝑐𝑚²/𝑚 por face.
- As armaduras de tração e compressão não podem ser computadas como armaduras
de pele.

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12 – Vigas

Fig. 10.6 - Disposição das Armaduras de Pele

10.4.5 Alocação das Armaduras

A correta disposição das armaduras se faz necessária que não haja problema de
concretagem (“bicheiras”), e tenha espaço suficiente para a correta vibração do concreto,
preenchendo do espaço que se deseja concretar.
Na figura 60, é mostrado os espaços mínimos recomendados para alocação das barras.

Valores Recomendáveis para


vigas de grande porte, com
previsão de grande número de
emendas por traspasse:
dagregado≤ 2,5cm
ah ≥ 3 cm
av ≥ 2 , 2cm
a = 6cm + 

Fig. 10.7 - Alocação das barras na seção transversal da viga


Fonte: adaptado de FUSCO (2013)

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12 – Vigas

≥1Ø av
ah ≥ 2,0cm av 1Ø 1Ø
2,0cm ≥
≥ 1,2 Øagregado ah 2,0cm

a largura livre para a passagem do vibrador


- obrigatório para armadura inferiores com mais de 3 camadas;
- para armaduras superiores, sempre deve ser previsto a passagem do vibrador.
- os espaçamentos variam de acordo com o vibrador disponível em obra. (25mm a
63mm)
c cobrimento nominal das armaduras (ver Tab. 2.3) ;
ø diâmetro da armadura longitudinal;
øt diâmetro dos estribos.

10.5 Representação gráfica das formas das vigas e respectivas armaduras

As representações gráficas das armaduras, tem por sua finalidade principal a execução
das mesmas in-loco, onde as barras possam ser cortadas e dobradas conforme suas posições
especificadas em projeto.
Abaixo são apresentadas uma forma de representação usual para as vigas.

Fig. 10.8 - Detalhamento para corte e dobra

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12 – Vigas

Fig. 10.9 - Tabela resumo de aço

Fig. 10.10 – Representação renderizada da armadura

Como apresentado na Fig. 10.8, as armaduras estão representadas em vista frontal,


sendo apresentadas no sentido de montagem. As armaduras da posição N.2, são as
armaduras superiores, e as armaduras da posição N.3, N.4 e N.5, são as armaduras inferiores.
As posições N.3 e N.4, são barras de comprimento menor, pois suas dimensão foram
determinadas conforme item 7.4.2, pag. 107, onde utilizamos apenas o comprimento
necessário para o cobrimento do diagrama de momentos. As barras de posição N.5 e N.2,
além de terem a função estrutural de absorção das trações nas fibras, servem para dar apoio
para a montagem dos estribos, também conhecidos como “porta-estribos”.

10.6 Instabilidade lateral

A segurança à instabilidade lateral de vigas deve ser garantida através de procedimentos


apropriados.
Como procedimento aproximado pode-se adotar, para vigas de concreto, com armaduras
passivas ou ativa, sujeitas a flambagem lateral, as seguintes condições:

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12 – Vigas

- 𝑏 ≥ 𝐿0 /50
- 𝑏 ≥ 𝛽𝑓𝑙 . ℎ

Onde:
𝑏 é a largura da zona comprimida;
ℎ é a altura total da viga;
𝐿0 é o comprimento do flange comprimido, medido entre os suportes que garantam o
contraventamento lateral;
𝛽𝑓𝑙 é o coeficiente que depende da forma da viga (ver Tab. 10.2)

Tab. 10.2 - Valores de βfl

Tipologia da Viga βfl

0,40

0,20

Fonte: NBR-6118 - Tabela 15.1 (2014)

10.7 Flechas

As flechas elásticas nas lajes podem ser determinadas em lajes armadas em uma
direção conforme item 9.3.1.1, e lajes armadas em duas direções de acordo com o item 9.7.1.
Para as flechas imediatas, devem ser determinadas conforme item 8.4.1 caso a seção
em análise tenho ultrapassado o momento de fissuração determinado conforme item 8.1.
A flecha total da laje deverá estar de acordo com as flechas limites descritos no item
8.4.3, e devem ser comparadas com as fechas diferidas conforme item 8.4.2, sendo utilizadas
as deformações obtidas pela combinação quase-permanente de serviço (ELS-DEF), conforme
item 4.2.

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12 – Vigas

10.8 Limite de abertura de Fissura

A determinação de abertura de fissura, deverá ser determinada conforme item 8.5, e


comparadas com o limite de abertura de fissura conforme item 8.5.2, devendo ser utilizada as
combinações frequentes de serviço (ELS-W), conforme item 4.2.

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11 – Pilares

11 PILARES
11.1 Dimensões Mínima

A NBR-6118/14, no item 13.2.3, recomenda que a seção transversal de pilares e pilares-


parede maciços, qualquer que seja sua forma, não pode apresentar dimensão menor que 19
cm.
Em casos especiais, permite-se a consideração de dimensões entre 19 cm e 14 cm,
desde que se multipliquem os esforços solicitantes de cálculo a serem considerados
no dimensionamento por um coeficiente adicional 𝛾𝑛 , de acordo como indicado na Tab. 11.1.
Em qualquer caso não se permite seção de pilar com área inferior a 360 cm².
Para condições onde haja a necessidade de se executar pilares com largura (𝑏) menor
que 19 cm, deve adotar o coeficiente 𝛾𝑛 como ponderação adicional conforme equação abaixo
ou como demonstrado na Tab. 11.1.

𝛾𝑛 = 1,95 − 0,05𝑏

Tab. 11.1 – Valores de 𝛾𝑛 para pilares e pilares-parede com b entre 14 e 19 cm

𝑏 (cm) 19 18 17 16 15 14

𝛾𝑛 1,0 1,05 1,10 1,15 1,20 1,25

b é a menor dimensão da seção transversal do pilar, expressa em centímetros (cm)

Fonte: NBR-6118 - Tabela 13.1 (2014)

Tab. 11.2 – Dimensões mínima de pilares entre 14 e 19 cm - 𝐴𝑐 ≥ 360 𝑐𝑚²

𝑏 (𝑐𝑚) 19 18 17 16 15 14

ℎ (𝑐𝑚) 19 20 22 23 24 26

𝑏 é a menor dimensão da seção transversal do pilar, expressa em centímetros (cm)


ℎ é a maior dimensão da seção transversal do pilar, expressa em centímetros (cm)

Fonte: NBR-6118 - Tabela 13.1 (2014)

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11 – Pilares

11.2 Momento Mínimo

Para o dimensionamento de pilares, deve-se estimar um momento mínimo inicial,


levando em consideração problemas executivos. Estas variações podem ocorrer devida as
locações dos pilares, e/ou devido a variabilidade da dimensão do pilar ao ser executado.

𝑀1𝑑,𝑚𝑖𝑛 = 𝑁𝑑 . [0,015 + 0,03. ℎ]

3% da seção como desvio de execução na direção considerada

1,5 cm de excentricidade devido ao erro de execução expresso em metros


𝑁𝑑 força axial de calculo;

ℎ medida do pilar na direção analisada, expressa em metros;

11.3 Determinação da Esbeltez (𝝀) e Esbeltez reduzida (𝝀𝟏 )

𝐾. 𝑙𝑒
𝜆=
𝑖
Sendo:

𝐼
𝑖=√
𝐴

𝑙𝑒 é o comprimento de flambagem;
𝑖 é o raio de giração da seção, podendo ser em x e em y;
𝐼 é o momento de inércia da seção transversal do pilar em relação ao eixo principal de
inércia da direção considerada;
𝐴 é a área da seção transversal do pilar.

Considerando a seção do pilar como retangular, obtemos:

𝑏. ℎ 3
𝐼= e 𝐴 = 𝑏. ℎ
12

𝑏.ℎ 3

𝑖=√ 12
𝑏. ℎ

Simplificando, temos:

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11 – Pilares

𝑏. ℎ 3 ℎ2 ℎ ℎ
𝑖=√ → √ → →
12. 𝑏. ℎ 12 √12 3,46

Desta maneira, podemos dizer que:


𝑙𝑒 𝑙𝑒
𝜆 = ℎ → 𝜆 = 3,46.

3,46

O valor de 𝜆1 pode ser calculado conforme expressão a seguir:


𝑒1
25 + 12,5 ℎ
𝜆1 =
𝛼𝑏
onde 35 ≤ 𝜆1 ≤ 90

11.3.1 Determinação do valor de 𝜶𝒃 deve ser obtido conforme estabelecido a seguir:

Fig. 11.1 - (a) Momento tracionando fibras opostas, (b) Momentos tracionando a mesma fibra

(a) (b)

𝛼𝑏 . 𝑀𝑎 + 𝑀𝑏 𝑀𝑎 + 𝑀𝑏 𝛼𝑏 . 𝑀𝑎 − 𝑀𝑏 𝑀𝑎 − 𝑀𝑏
= =
0,6. 𝐿𝑒 𝐿𝑒 0,6. 𝐿𝑒 𝐿𝑒

(𝛼𝑏 . 𝑀𝑎 + 𝑀𝑏 ) . 𝐿𝑒 = (𝑀𝑎 + 𝑀𝑏 ). 0,6. 𝐿𝑒 (𝛼𝑏 . 𝑀𝑎 − 𝑀𝑏 ) . 𝐿𝑒 = (𝑀𝑎 − 𝑀𝑏 ). 0,6. 𝐿𝑒

(𝛼𝑏 . 𝑀𝑎 + 𝑀𝑏 ) = (𝑀𝑎 + 𝑀𝑏 ). 0,6 (𝛼𝑏 . 𝑀𝑎 − 𝑀𝑏 ) = (𝑀𝑎 − 𝑀𝑏 ). 0,6

𝛼𝑏 . 𝑀𝑎 + 𝑀𝑏 = 0,6. 𝑀𝑎 + 0,6. 𝑀𝑏 𝛼𝑏 . 𝑀𝑎 − 𝑀𝑏 = 0,6. 𝑀𝑎 − 0,6. 𝑀𝑏

𝛼𝑏 . 𝑀𝑎 = 0,6. 𝑀𝑎 + 0,6. 𝑀𝑏 − 𝑀𝑏 𝛼𝑏 . 𝑀𝑎 = 0,6. 𝑀𝑎 − 0,6. 𝑀𝑏 + 𝑀𝑏

0,6. 𝑀𝑎 + 0,6. 𝑀𝑏 − 𝑀𝑏 0,6. 𝑀𝑎 − 0,6. 𝑀𝑏 + 𝑀𝑏


𝛼𝑏 = 𝛼𝑏 =
𝑀𝑎 𝑀𝑎

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11 – Pilares

0,6. 𝑀𝑎 − 0,4. 𝑀𝑏 0,6. 𝑀𝑎 + 0,4. 𝑀𝑏


𝛼𝑏 = 𝛼𝑏 =
𝑀𝑎 𝑀𝑎

0,6. 𝑀𝑎 0,4. 𝑀𝑏 0,6. 𝑀𝑎 0,4. 𝑀𝑏


𝛼𝑏 = − 𝛼𝑏 = +
𝑀𝑎 𝑀𝑎 𝑀𝑎 𝑀𝑎

𝑀𝑏 𝑀𝑏
𝛼𝑏 = 0,6 − 0.4 𝛼𝑏 = 0,6 + 0,4.
𝑀𝑎 𝑀𝑎

Desta forma, pode-se definir o fator 𝛼𝑏 como o coeficiente que multiplicado pelo maior
valor de momento (𝑀𝑎 ) do pilar em módulo (podendo ser do topo ou da base), se obtém o
valor do momento a 0,4 . 𝐿𝑒 próximo ao maior momento (𝑀𝑎 ).

a) Para pilares biapoiados sem cargas transversais:

𝑀𝑏
𝛼𝑏 = 0,6 + 0,4 ≥ 0,4
𝑀𝑎

Sendo 1,0 ≥ 𝛼𝑏 ≥ 0,4

𝑀𝑎 maior valor, em módulo, dos momentos atuantes nas extremidades do pilar.


𝑀𝑏 valor do outro momento, positivo se tracionar a mesma face que M a,e negativo caso
contrário.

Caso |𝑀𝑎 |< |𝑀1𝑑,𝑚𝑖𝑛 | temos, 𝛼𝑏 = 1,0.

b) Para pilares biapoiados com cargas transversais significativas ao longo da altura:

𝛼𝑏 = 1,0

c) Para pilares em balanço:

𝑀𝑐
𝛼𝑏 = 0,8 + 0,2 ≥ 0,85
𝑀𝑎

Sendo 1,0 ≥ 𝛼𝑏 ≥ 0,85

𝑀𝑎 é o momento de 1º ordem no engaste;


𝑀𝑐 é o momento de 1º ordem no meio do pilar em balanço.

Para pilares biapoiados e em balanço com momentos menores que o momento mínimo
estabelecido em :

𝛼𝑏 = 1,0

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11 – Pilares

11.4 Classificação quanto a esbeltez

Após determinada a esbeltez (𝜆) e a esbeltez reduzida (𝜆1 ), deve-se identificar onde
está enquadrado o 𝜆, respeitando os seguintes critérios:

- 𝜆 > 𝜆1 > 35 deve-se considerar efeitos de 2º ordem;


- 𝜆 > 90 deve-se considerar fluência;

Para os métodos de dimensionamento, deve-se considerar 𝜆 dentro dos limites:

- 𝜆 < 200 para qualquer método de dimensionamento;


- 𝜆 < 90 para os métodos de pilar padrão com curvatura aproximada e com
rigidez κ aproximada;
- 𝜆 < 140 para o método de pilar padrão acoplado aos diagrama de M, N e 1/r.

O Quadro 13.1 exemplifica os critérios apresentados acima.

Quadro 11.1 - Consideração da esbeltez (𝝀) para a necessidade de determinação dos efeitos de 2º ordem
e limites dos métodos de dimensionamento

0 35 < 𝜆1 90 140 200


Consideração dos efeitos de 2º ordem

Consideração de Fluência

Método Geral

Método do Pilar Padrão com curvatura aproximada

Método do Pilar Padrão com rigidez κ aproximada

Método do Pilar Padrão acoplado aos diagramas M, N, 1/r

Fonte: EPUSP (2001)

Para todos os efeitos, os pilares devem ter índice de esbeltez menor ou igual a 200 (𝜆 ≤
200). Apenas no caso de elementos pouco comprimidos com força normal menor que
0,10. fcd . Ac , o índice de esbeltez pode ser maior que 200.

Para pilares com índice de esbeltez maiores que 140 (𝜆 ≥ 140), na análise dos dos
efeitos locais de de 2ª ordem, devem-se multiplicar os esforços solicitantes finais de cálculo
por um coeficiente adicional:

( )
𝛾𝑛1 = 1 + [0,01. 𝜆 − 140 ⁄1,4]

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11 – Pilares

11.5 Cálculo dos Momentos de 2º ordem locais

A determinação de 2º ordem local é feita através de métodos aproximados considerando


um pilar retangular preferencialmente com momentos opostos (pilar padrão), onde pode-se
estimar uma curvatura do pilar (curvatura aproximada), ou uma rigidez concreto-aço (rigidez
aproximada). Desta forma, permite estimar uma deformação (e), que multiplicada pela normal
(N), obtemos uma novo momento (𝑀𝑑,𝑡𝑜𝑡 ), ou momento de 2º ordem.
Vale ressaltar que os momentos não são apenas de 2º ordem, e sim, de infinita ordem,
que terminariam apenas quando se estabiliza-se as deformações e a diferença entre as
iterações de momentos fossem quase nulas.
Mhtopo Mbtopo

Mhbase Mhbase
h h

Fig. 11.2 - Momentos de 1º ordem dos Pilares

M2 M2

M2 M2
0,6.Le
0,4.Le

h h

Fig. 11.3 - Momentos de 2º ordem dos Pilares

11.5.1 Método do pilar padrão com curvatura aproximada

Neste método estima-se que a curvatura do pilar seja senoidal, onde temos a
excentricidade 𝑒2 em função da curvatura:

𝑙𝑒𝑥,𝑦 2 1
𝑒2𝑥,𝑦 =( ).
10 𝑟𝑥,𝑦

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11 – Pilares

No item 15.8.3.3.2 da NBR-6118/14, a curvatura na seção crítica (1/𝑟) pode ser


avaliada pela seguinte expressão aproximada:

1 0,005 0,005
= ≤
𝑟 ℎ. (𝜈 + 0,5) ℎ

Onde:

𝑁𝑑
𝜈=
(𝐴𝑐 . 𝑓𝑐𝑑 )

ℎ é altura da seção na direção considerada;


𝜈 é a força normal adimensional;
𝐴𝑐 é a área de concreto;
𝑁𝑑 é a força normal de cálculo e/ou combinada em ELU.

O momento total máximo na seção considerada do pilar deve ser calculado pela
seguinte expressão:

𝑀𝑑,𝑡𝑜𝑡 = 𝛼𝑏 . 𝑀1𝑑,𝐴 + 𝑁𝑑 . 𝑒2𝑥,𝑦

Desta forma obtemos:


𝑙𝑒𝑥,𝑦 2 1
𝑀𝑑,𝑡𝑜𝑡 = 𝛼𝑏 . 𝑀1𝑑,𝐴 + 𝑁𝑑 . ( ).
10 𝑟𝑥,𝑦

Podendo ser escrito da seguinte forma, caso respeite a condição de ser menor que
0,005⁄ℎ:
𝑙𝑒𝑥,𝑦 2 0,005
𝑀𝑑,𝑡𝑜𝑡 = 𝛼𝑏 . 𝑀1𝑑,𝐴 + 𝑁𝑑 ( ).
10 ℎ. (𝜈 + 0,5)

11.5.2 Método do pilar padrão com rigidez κ aproximada

O momento total máximo no pilar deve ser calculado a partir da majoração no momento
da 1º ordem pela expressão.
𝛼𝑏 . 𝑀1𝑑,𝐴
𝑀𝑑,𝑡𝑜𝑡 = 𝜆2
1 − 120 𝜅⁄
𝜈

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11 – Pilares

𝑀𝑅𝑑,𝑡𝑜𝑡
𝜅𝑎𝑝𝑟𝑜𝑥. = 32 (1 + 5. )𝜈
ℎ. 𝑁𝑑

O cálculo pode ser feito interativamente com as equações acima, geralmente


necessitando de apenas 2 a 3 iterações. No entanto, pode-se substituir a segunda equação
na primeira equação, desta forma obtendo-se:

𝑎 = 5. ℎ𝑥,𝑦
2
𝑁𝑠𝑑 . 𝑙𝑒2𝑥,𝑦
𝑎. 𝑀𝑆𝑑,𝑡𝑜𝑡 + 𝑏. 𝑀 + 𝑐 = 0 2
𝑥,𝑦 𝑆𝑑,𝑡𝑜𝑡𝑥,𝑦 𝑏 = ℎ𝑥,𝑦 . 𝑁𝑠𝑑 − − 5. ℎ𝑥,𝑦 . 𝛼𝑏 . 𝑀1𝑑,𝐴𝑥,𝑦
320
2
{ 𝑐 = −𝑁𝑠𝑑 . ℎ𝑥,𝑦 . 𝛼𝑏 . 𝑀1𝑑,𝐴𝑥,𝑦

−𝑏 ± √𝑏2 − 4𝑎𝑐
𝑀𝑑,𝑡𝑜𝑡 =
2𝑎

11.6 Detalhamento dos elementos Lineares


11.6.1 Armadura Mínima

A armadura longitudinal mínima, deve ser:

𝑁𝑑
𝐴𝑠,𝑚í𝑛 = (0,15 ) ≥ 0,004. 𝐴𝑐
𝑓𝑦𝑑

11.6.2 Armadura Máxima

𝐴𝑠,𝑚á𝑥 = 0,08. 𝐴𝑐

A máxima armadura permitida em pilares deve considerar inclusive a sobreposição de


armadura existente em regiões de emenda.

11.6.3 Determinação da Armadura Longitudinal

Um dos meios para a determinação da armadura longitudinal é através de ábacos,


onde determina-se o momento admensional (𝜇), a normal admensional (𝜈), para a extração
da taxa de armadura (𝜔), conforme fórmulas a seguir:

𝑁𝑑 . 𝑒0 𝑀𝑑
𝜇= =
𝐴𝑐 . ℎ. 𝑓𝑐𝑑 𝐴𝑐 . ℎ. 𝑓𝑐𝑑

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11 – Pilares

𝑁𝑐𝑑
𝜈=
𝐴𝑐 . 𝑓𝑐𝑑

𝐴𝑠,𝑡𝑜𝑡 . 𝑓𝑦𝑑
𝜔=
𝐴𝑐 . 𝑓𝑐𝑑

Extraindo 𝜔 do ábaco, podemos escrever a fórmula da seguinte forma para


determinarmos o 𝐴𝑠,𝑡𝑜𝑡 :

𝐴𝑐 . 𝑓𝑐𝑑 . 𝜔
𝐴𝑠,𝑡𝑜𝑡 =
𝑓𝑦𝑑

O ábacos podem ser encontrados nos anexos, item 14.6.3.

11.6.4 Armadura Transversal

De acordo com a NBR-6118/14, item 18.4.3, a armadura transversal de pilares,


constituída por estribos, e quando for o caso, por grampos suplementares, devem ser
colocadas em toda a altura do pilar, sendo obrigatória sua colocação na região do cruzamento
com vigas e lajes.
O diâmetro dos estribos (Ø𝑡 ) em pilares não pode ser inferior a 5mm nem a ¼ do diâmetro
da barra isolada (Ø𝑙 ) ou diâmetro equivalente do feixe que constitui a armadura longitudinal.
O espaçamento longitudinal entre estribos, medido na direção do eixo do pilar, e servem
principalmente para:
- garantir o posicionamento das barras;
- impedir a flambagem das barras longitudinais;
- garantir a costura da emendas das barras longitudinais em pilares tradicionais;
Ø𝑙
- Øt ≥ 5mm e Øt ≥ 4
;

11.6.5 Proteção contra flambagem das barras

Sempre que houver a possibilidade de flambagem das barras da armadura, que


geralmente ocorrem em elementos comprimidos, devem ser tomadas precauções para evita-
la. Os estribos poligonais garantem a proteção contra a flambagem das barras longitudinais
em seus cantos e por eles abrangidas, situadas no máximo à distância de 20 Ø𝑡 do canto.

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11 – Pilares

Caso haja mais de duas barras, ou barras fora da distância de 20 Ø𝑡 , deve-se complementar
com estribos adicionais.

Fig. 11.4 - Proteção contra a flambagem da barras

11.6.6 Espaçamentos Máximos

Os espaçamento entre estribos (𝑆𝑡 ), deve ser igual ou inferior ao menor dos seguintes
valores:
- 200 mm;
- menor dimensão da seção (b);
- 24 Ø para CA-25;
- 12 Ø para CA-50.

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11 – Pilares

11.6.7 Recomendações de Distribuição

Utilizar:

𝑆𝑡
𝑁𝑜 𝑡𝑜𝑝𝑜 𝑒 𝑛𝑎 𝑏𝑎𝑠𝑒
4
𝑆𝑡
𝑁𝑜 𝑝𝑟𝑖𝑚𝑒𝑖𝑟𝑜 𝑡𝑟𝑎𝑚𝑜
2
𝑆𝑡 𝑁𝑜 𝑟𝑒𝑠𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒 𝑑𝑜 𝑝𝑖𝑙𝑎𝑟

11.6.8 Representação gráfica em projeto

A representação gráfica dos projetos podem ser apresentadas das seguintes forma as
seguir:

Fig. 11.5 - Representação gráfica da locação das barras para corte e dobra

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11 – Pilares

Fig. 11.6 - Representação renderizada das armaduras dos pilares

Fig. 11.7 - Exemplo de ligação da armadura entre andares – Vistas frontal e lateral

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14 – Escadas

12 Escadas
12.1 Dimensões
12.1.1 Dimensionamento de degraus e patamares

Conforme preconizado na NBR-9077/01 e Instrução técnica do corpo de Bombeiros de


São Paulo, IT-11/18 (Instrução Técnica do Corpo de Bombeiros do Estado de São Paulo), os
degraus devem ter:

A. Devem ter altura h (ver Fig. 12.1) compreendida entre 16 a 18 cm, com tolerância de
0,5 cm;
B. Devem ter largura b (ver Fig. 12.1) dimensionada pela formula de Blondel:
C. 63cm ≤ (2h + b) ≤ 64cm
D. ser balanceados quando o lanço da escada for curvo (escada em leque) ou em espiral,
quando se tratar de escadas para mezaninos e áreas privativas, caso em que a medida
do degrau (largura do degrau) será feita segundo a linha de percurso e a parte mais
estreita desses degraus ingrauxidos não tenha menos de 15 cm para lanço curvo e 7
cm para espiral; Ter, num mesmo lanço, larguras e alturas iguais e, em lanços
sucessivos de uma mesma escada, diferenças entre alturas de degraus de, no
máximo, 0,5cm;
E. ter, num mesmo lanço, larguras e alturas iguais e, em lanços sucessivos de uma
mesma escada, diferenças entre as alturas de degraus de, no máximo, 5 mm;
F. ter balanço da quina do degrau sobre o imediatamente inferior com o valor máximo de
1,5 cm (Fig. 12.1);
G. quando possuir bocel (nariz), deve ter no máximo 1,5 cm da quina do degrau sobre o
imediatamente inferior (Fig. 12.1).

Fig. 12.1 – Altura e largura do degrau (com e sem bocel)


Fonte: NBR-9077 - Fig. 4 (2001, pag. 9)

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14 – Escadas

O comprimento dos patamares deve ser conforme formula:

p = (2h + b). n + b

Onde:
p é o comprimento do patamar;
n é um número inteiro (1,2 e 3) de lances, quando se tratar de escada reta, medido na
direção do trânsito.

A largura dos patamares de ser no mínimo, igual à largura da escada, quando a mudança
de direção da escada sem degraus engrauxidos, não se aplicando no caso da fórmula anterior.
O lanço máximo entre dois patamares consecutivos, não deve ultrapassar 3,7 m de altura,
sendo que quando há menos de 3 degraus entre patamares, estes devem estar sinalizados
na borda dos degraus e prever iluminação de emergência de aclaramento acima deles.

Fig. 12.2 – Lanço mínimo e compimento de patamar


Fonte: NBR-9077 - Fig. 5 (2001, pag. 10)

12.1.2 Largura
12.1.3 Larguras mínimas das escadas

As larguras mínimas das saídas de emergência, sendo estas escadas, rampas ou


descargas, para ocupações em geral, devem ser de 1,20 m.
Para outras categorias de ocupação, tais como hospitais, locais de alta ocupação,
centro de convenção, e etc, consultar a NBR-9077/01 e IT-11/14 do corpo de bombeiros do
estados de São Paulo.

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14 – Escadas

12.2 Cargas
12.2.1 Peso Próprio

O peso próprio das escadas deve ser determinado de acordo com a altura média da
laje da escada (ℎ𝑚 ), conforme demonstrado abaixo:
𝑔𝑝𝑝 = ℎ𝑚 . 𝛾𝑐𝑜𝑛𝑐

ℎ𝑣 = cos 𝛼 peso próprio laje
ℎ𝑒
peso próprio degraus
2
ℎ𝑒
ℎ𝑚 = ℎ𝑣 +
2
ℎ ℎ𝑒
ℎ𝑚 = +
cos 𝛼 2

Fig. 12.3 - Altura média da escada

A espessura da laje pode ser fixada em função do comprimento do vão, de acordo com
a seguinte tabela:
Tab. 12.1 – Espessura das Lajes de acordo com Vão
Vão (m) Espessura (cm)
L≤ 3,0m 10
3,0m ≤ L ≤ 4,0m 12
4,0m ≤ L ≤ 5,0m 14
5,0m ≤ L ≤ 6,0m 16
Fonte: CAMPOS (2011)

12.2.2 Sobrecarga

A sobrecarga das escadas devem seguir a NBR-6120, ou de acordo com Tab. 2.11 - ,
pag. 48.

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14 – Escadas

12.2.3 Revestimento

O revestimento das lajes das escadas, podem ser considerados conforme Tab. 2.9,
onde pode-se adotar a carga de revestimento de forma simplificada, para quando não há
dados disponíveis.

12.3 Esquema Estrutural

As escadas podem formas diversas, sendo apresentado a seguir alguns tipos mais
comuns de escadas.
12.3.1 Escada de um Lance

Composta por apenas um lance de degraus para vencer a altura de piso-a-piso.

Fig. 12.4 - Escada em um lance

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12.3.2 Escada em dois lances

Composta por dois lances de escada, com um patamar de descanso intermediário.

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12.4 Exemplo de cálculo


12.4.1 Carregamentos

Para a escada abaixo, será considerado:


Materiais:
Concreto fck 25MPa 2,5 kN/cm²
Aço fyk 500 MPa 50 kN/cm²
Sobrecarga com acesso ao público 3,0 kN/m²
Revestimento (6cm) 1,2 kN/m²
Laje 16 cm Vão entre 5,21m ≥ 5,0m

12.4.2 Esquema estrutural

288
𝑙𝑖 = = 5,208 = 5,21𝑚
sin 33,568

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12.4.3 Determinação do 𝒉𝒎

Determinação da quantidade de espelhos:


𝐻 = 288 𝑐𝑚
ℎ𝑒 = 18 𝑐𝑚
288
𝑁𝑒 = = 16 𝑒𝑠𝑝𝑒𝑙ℎ𝑜𝑠
18

Adotando uma pisada de b=27 cm

63cm ≤ (2.18 + 27) = 63 ≤ 64cm OK!

Determinação de α:
288
tan 𝛼 = = 0,6636 = 33,568°
434

Conforme item 12.2.1, o ℎ𝑚 deve ser determinado:

ℎ ℎ𝑒
ℎ𝑚 = +
cos 𝛼 2
16
ℎ𝑣 = = 19,20 𝑐𝑚
cos 33,568

𝑔𝑝𝑝 = 0,282𝑥25 = 7,05 𝑘𝑁/𝑚²


𝑔𝑟𝑒𝑣 = 1,20 𝑘𝑁/𝑚²
𝑔𝑠𝑜𝑏 = 3,00 𝑘𝑁/𝑚²
𝑔+𝑞 = 11,25 𝑘𝑁/𝑚²

Fig. 12.5 - Carregamento da Escada aplicada ao modelo

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12.4.4 Diagramas de esforços solicitantes

𝑀𝑘 = 31,8 𝑘𝑁. 𝑚/𝑚

𝑉𝑘 = 24,4 𝑘𝑁

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12.4.5 Dimensionamentos - ELU


12.4.5.1 Dimensionamento à Flexão
Adotando-se
d= 16 – 2,5 – 0,5 = 13 cm

31,8𝑥1,4𝑥100
𝑥 = 1,25.13 [1 − (√1 − 2,5)] = 3,12cm
0,425.100. 132 1,4

𝑥 3,11
= = 0,240 𝐷𝑜𝑚í𝑛𝑖𝑜 2𝑏
𝑑 13
31,8𝑥1,4𝑥100
𝐴𝑠 = 50 = 8,71 𝑐𝑚²
. (13 − 0,4.3,12)
1,15

Adotando Ø 10mm
8,62
𝑁= = 10,91 = 11 𝑏𝑎𝑟𝑟𝑎𝑠
0,79
100
𝑆= = 10 𝑐𝑚
(11 − 1)
Adotando Ø 12,5mm
8,71
𝑁= = 7,08 = 8 𝑏𝑎𝑟𝑟𝑎𝑠
1,23
100
𝑆= = 14,28 𝑐𝑚 = 16 𝑐𝑚
(8 − 1)

12.4.5.2 Verificação à força cortante

Vsd = 1,4x24,4 = 34,16 kN ≤ VRd1

Sendo a força cortante resistente de cálculo dada por:

VRd1 = [τRd . k. (1,2 + 40. ρ1 ) + 0,15. σcp ]. bw . d

σcp = 0 Não existe força de protensão


fctk.inf⁄
τRd = 0,25. fctd = 0,25. γc = 0,03206 𝑘𝑁/𝑐𝑚²

9,84 ,não maior que |0,02|;


ρ1 = = 0,007569
100.13

k = |1,6 − 0,13| = 1,47

VRd1 = [0,03206.1,47. (1,2 + 40. 0,007569) + 0]. 100.13 = 92,06 kN

Vsd = 33,88 kN ≤ VRd1 = 92,06 − 𝑂𝑘!

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12.4.6 – Verificações em Serviço – ELS - CQP


Adotando-se residencial 𝜓2 = 0,3
𝑔𝑝𝑝 = 0,282𝑥25 = 7,05 𝑘𝑁/𝑚²
𝑔𝑟𝑒𝑣 = 1,20 𝑘𝑁/𝑚²
𝑔𝑠𝑜𝑏 = 3,00 . 0,3 = 0,90 𝑘𝑁/𝑚²
𝑔+𝑞 = 9,15 𝑘𝑁/𝑚²

Fig. 12.6 - Diagrama de momento no ELS-CQP

α. fct . Ic 1,5.0,256.34133,33
Mr = = = 1638,4𝑘𝑁. 𝑐𝑚 = 16,38 𝑘𝑁. 𝑚
yt 8

Mr = 16,38 𝑘𝑁. 𝑚 < 𝑀𝑠𝑑 = 25,6 𝑘𝑁. 𝑚 – Estádio II


21000
αe = = 8,69
2415

9,84.8,69 2.100.13
xII = [−1 + √1 + ] = 3,93 𝑐𝑚
100 9,84 . 8,69

100. 3,933
III = + 9,84.8,69(13 − 3,93)2 = 9046,95 𝑐𝑚 4
3
16,38 3 16,38 3
(EI)eq,t0 = 2415. {( ) . 34133,33 + [1 − ( ) ] . 9046,95} ≤ Ecs . Ic
25,9 25,9

(EI)eq,t0 = 2415. {8634,18 + 6758,48} ≤ Ecs . Ic


(EI)eq,t0 = 2415. {15392,66} ≤ 2415.22866,67
(EI)eq,t0 = 37173281,96 ≤ 55223008,05

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(EI)eq,t0 37173281,96
(E)eq,t0 = = = 1089,06 𝑘𝑁/𝑐𝑚²
Ic 34133,33

Flecha imediata com módulo de elasticidade (E)eq,t0, inserido no FTOOL.

ai = 1,64 𝑐𝑚

2 meses

Δξ = 2 − 0,84 = 1,16

Δξ 1,16
αf = ′
= = 1,16
1 + 50ρ 1+0

af = ai . (1 + αf ) = 1,64. (1 + 1,16) = 3,54 𝑐𝑚

521
af lim = = 2,08 𝑐𝑚
250

Utilizar contra-flecha mínima de 1,46 cm. Adotado 1,5 cm.

12.4.7 – Verificações em Serviço – ELS-W - CF


Adotando-se residencial 𝜓2 = 0,3
𝑔𝑝𝑝 = 0,282𝑥25 = 7,05 𝑘𝑁/𝑚²
𝑔𝑟𝑒𝑣 = 1,20 𝑘𝑁/𝑚²
𝑔𝑠𝑜𝑏 = 3,00 . 0,4 = 1,20 𝑘𝑁/𝑚²
𝑔+𝑞 = 9,45 𝑘𝑁/𝑚²

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Fig. 12.7 - Área de envolvimento das barras

∅i σsi 3σsi
wk =
12,5η1 Esi fctm
∅i σsi 4
wk = ( + 45)
12,5η1 Esi ρri
∅i = 1,25𝑐𝑚
26,7 . 100
𝜎𝑠𝑖 = 3,93
= 23,21 𝑘𝑁/𝑐𝑚²
9,84. (13 − 3
)
9,84
ρri = = 0,007872
100.12,5
2⁄
fctm = 0,3. 25 3 = 2,565 𝑀𝑃𝑎 = 0,256 𝑘𝑁/𝑐𝑚²
1,25 23,21 3. 23,21
wk1 = = 0,0067𝑐𝑚 = 0,06 𝑚𝑚
12,5 . 2,25 21000 0,256

1,25 23,21 4
wk2 = ( + 45) = 0,0271𝑐𝑚 = 0,271𝑚𝑚
12,5 . 2,25 21000 0,007872

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Sendo os limite estabelecidos na Tab. 2.4 ou Tab. 8.3 conforme abaixo:


CAA II e CAA III ELS-W wk ≤ 0,3mm

Ok. Atende para os dois parâmentros de determinação de abertura de fissura.

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12.4.8 Detalhamento

0,15 Conforme Tab. 9.5, pg. 139.


A s,min = . 100.16 = 2,40cm2 /m
100 Armadura Positiva – Lajes em uma direção.
2,40
N= = 4,8 = 5 A s⁄s ≥ 20 % da armadura principal
0,50
100 A s⁄s ≥ 0,9cm2 /m
S= = 25 cm
(5 − 1) ρs ≥ 0,5. ρmín

Armadura negativa de borda sem continuidade A s = 9,84 . 0,2 = 1,97cm2 /m


1,97
ρs ≥ 0,67ρmín N= = 6,35 = 7
0,31
ρs ≥ 0,67 . 2,40 = 1,61 cm2 /m
100
1,61 S= = 16,6 = 16 cm
N= = 5,19 = 6 (7 − 1)
0,31
Ø6,3 c/ 16cm
100
s= = 20 cm
(6 − 1)

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13 – Fundações

13 FUNDAÇÕES
13.1 SAPATAS

13.1.1 Definição

De acordo com o item 22.6 da NBR-6118/14, as sapatas são “estruturas de volume usadas
para transmitir ao terreno as cargas de fundação, no caso fundação direta”. A seguir serão
explanadas alguns conceitos previsto pela NBR-6118/14 referentes as fundações diretas.

13.1.2 Comportamento estrutural

Quando se verifica a expressão a seguir, pode-se considerar que a sapata é tida como rígida,
caso contrário a sapata será flexível.

(𝑎 − 𝑎𝑝 ) (𝑏 − 𝑏𝑝 )
ℎ≥ 𝑜𝑢 ℎ≥
3 3
ℎ/3
ℎ1 { 15 𝑐𝑚
𝑖𝑛𝑐𝑙𝑖𝑛𝑎çã𝑜 1/3

Onde:
ℎ é a altura da sapata, Fig. 13.1;
𝑎 é a dimensão da sapata em determinada direção;
𝑎𝑝 é a dimensão do pilar em determinada dimensão;

Fig. 13.1 – Dimensões da sapata

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13 – Fundações

Para as sapatas rígidas pode-se admitir plana a distribuição de tensões normais no contato
sapata-terreno, caso não disponha de informações mais detalhadas a respeito.

Fig. 13.2 – Vistas 3D das sapatas

13.1.2.1 Sapatas Rígidas

O comportamento estrutural pode ser caracterizado por:


a) Trabalho à flexão nas duas direções, admitindo-se que, para cada uma delas, a tração
na flexão seja uniformemente distribuída na largura correspondente a sapata.
b) O trabalho ao cisalhamento também em duas direções, não apresentando ruptura pro
tração diagonal, e sim por compressão diagonal verificada conforme item 13.1.9. Isso
ocorre porque a saparta rígida fica inteiramente dentro do cone hipotético de punção,
não havendo, portanto, possibilidade física de punção.

Fig. 13.3 - Trajetória das tensões principais e tensão de tração uniforme na sapata rígida não alongada
Fonte: BASTOS (2016)

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13.1.2.2 Sapatas Flexíveis


Embora de uso mais raro, essas sapatas são utilizadas para fundação de cargas pequenas e
solos relativamente fracos. Seu comportamento se caracteriza por:
a) Trabalho a flexão nas duas direções, não sendo possível admitir tração na flexão
uniformemente distribuída na largura correspondente da sapata. A concetração de
flexão junto ao pilar deve ser em principio avaliada;
b) Trabalho de cisalhamento que pode ser descrito pelo fenômeno de punção.

Fig. 13.4 - Momento fletor na Sapata Flexível


Fonte: BASTOS (2016)

A distribuição plana de tensões no contato sapata-solo deve ser verificada.

Fig. 13.5 - Distribuições das pressões no solo em sapata sob carga centrada
Fonte: BASTOS (2016)

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13.1.3 Estimativa de dimensões de sapata com carga centrada

Para a determinação das abas das sapatas possuam balanços de dimensões iguais,
ou semelhantes, procura-se adotar as dimensões A e B de modo onde os momentos fletores
não sejam muito diferentes nas duas direções (𝐶𝑎 ≅ 𝐶𝑏 ).

Adotando-se 𝐶𝑎 = 𝐶𝑏 , obtemos:

𝑎 − 𝑎𝑝 = 𝑏 − 𝑏𝑝
𝑎 − 𝑏 = 𝑎𝑝 − 𝑏𝑝

A área de apoio ou da base da sapata pode ser determinada como:

𝑁𝑔𝑘 + 𝑁𝑞𝑘
𝐴=
𝜎𝑎𝑑𝑚

Onde:
𝑁𝑔𝑘 carga vertical devida às ações permanentes, valor característico*;
𝑁𝑞𝑘 carga vertical devida às ações variáveis, valor característico;
𝜎𝑎𝑑𝑚 tensão admissível do solo.
* as cargas permanentes a serem consideradas são: peso próprio da sapata, peso próprio advindo da
estrutura, e solo acima da sapata.

A NBR-6122/10, item 5.6, recomenda-se que para que seja considerado o peso próprio
da sapata, pode-se adotar 5% da carga vertical permanente, desta forma adotando:

1,05. 𝑁𝑔𝑘 + 𝑁𝑞𝑘


𝐴=
𝜎𝑎𝑑𝑚

Após a determinação das dimensões da sapata, deve-se adicionar ao 𝑁𝑔𝑘 , o peso


próprio da sapata para a determinação exata da tensão atuante (𝜎𝑚á𝑥 ) em primeira estimativa.

13.1.4 Balanços (abas) iguais nas duas direções

Os procedimentos abaixo descritos por BASTOS (2016), pode-s estimar as dimensões


das sapatas, adotando-se como premissa as abas iguais.

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Fig. 13.6 - Dimensões das sapatas - Abas iguais

A área da base da sapata pode ser determinada por 𝐴 = 𝑎. 𝑏, sendo:


𝐴
𝑎=
𝑏

Considerando os balanços iguais, (𝐶𝑎 = 𝐶𝑏 ), obtemos:


𝐴
𝑎 − 𝑏 = 𝑎𝑝 − 𝑏𝑝 𝑏
− 𝑏 = 𝑎𝑝 − 𝑏𝑝

Multiplicando-se por b e resolvendo a equação de segundo grau tem-se:


𝐴 − 𝑏2 = (𝑎𝑝 − 𝑏𝑝 ). 𝑏

1 1 2
𝑏 = (𝑏𝑝 − 𝑎𝑝 ) + √ (𝑏𝑝 − 𝑎𝑝 ) + 𝐴
2 4

13.1.5 Balanços não iguais nas duas direções

Para estes casos, (𝐶𝑎 ≠ 𝐶𝑏 ), recomenda-se a seguinte relação de proporção entre os


lados:
𝑎
≤ 3,0
𝑏

Considerando 𝑅 como a relação entre os lados, tem-se:

𝑎
= 3,0 → 𝑎 = 𝑏. 𝑅
𝑏

𝐴 = 𝑎. 𝑏 → 𝐴 = 𝑏. 𝑅. 𝑏

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𝐴
𝑏=√
𝑅

13.1.6 Pressões de contato – hipoteses sapatas rígidas

De acordo com VELLOSO (2004), adotando-se a hipotese de Winkler, uma sapata


rígida tem variação linear das pressões de contato. Isso porque o movimento de corpos rígidos
acarretam uma variação linear dos recalques, que por sua vez são proporcianais as pressões.

13.1.6.1 Fundação retangular submetida a uma carga vertical e a dois momentos

Para este caso, deve-se determinar a excentricidade tanto para x (dimensão a), e
quanto para y (dimensão b), e verificar as seguintes possibilidades de excentricidade e em
que zona está alocada.

Fig. 13.7 – Fundação retangular submetida a uma carga vertical e a dois momentos
Fonte: adaptado de VELLOSO (2004)

Fig. 13.8 - Dimensões da fundação, direção das excentricidade e carga aplicadas

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a) Resultante de excentricidade cai na Zona 1 (Nucleo central):

𝑀
𝑒𝑎,𝑏 = → 𝑒𝑎,𝑏 . 𝑁 = 𝑀
𝑁

Sabendo:
𝑁 𝑀𝑎 𝑀𝑏
𝜎= ± ±
𝐴 𝑊𝑎 𝑊𝑏
Sendo:
𝐼
𝑊=
𝑦𝑠𝑢𝑝,𝑖𝑛𝑓
𝑊 módulo resistente da seção;
𝐼 momento de inércia;
𝑦𝑠𝑢𝑝,𝑖𝑛𝑓 distancia do CG a fibra superior (𝑦𝑠𝑢𝑝 ) ou fibra inferior (𝑦𝑖𝑛𝑓 ).

Considerando a sapata de seção retangular, obtemos:

𝑎. 𝑏3 𝑏. 𝑎3
𝐼= 𝑜𝑢
12 12
𝑏.𝑎 3
12 𝑏. 𝑎2
𝑊𝑎 = →
𝑎/2 6
𝑎.𝑏 3
12 𝑎. 𝑏2
𝑊𝑏 = →
𝑏/2 6

𝑁 𝑀𝑎 𝑀𝑏
𝜎= ± 𝑎.𝑏2 ± 𝑏.𝑎2
𝐴
6 6
𝑁 𝑀𝑎 𝑀𝑏 𝑁 𝑀𝑎 𝑀𝑏 𝑁 6. 𝑒𝑎 . 𝑁 6. 𝑒𝑏 . 𝑁 𝑁 𝑁 6. 𝑒𝑎 𝑁 6. 𝑒𝑏
𝜎= ± 𝑏.𝑎2 ± 𝑎.𝑏2 → ± 𝑏.𝑎.𝑎 ± 𝑎.𝑏.𝑏 → ± ± → ± . ± .
𝐴 𝐴 𝐴 𝐴. 𝑎 𝐴. 𝑏 𝐴 𝐴 𝑎 𝐴 𝑏
6 6 6 6

𝑁
Isolando 𝐴 :
𝑁 6. 𝑒𝑎 6. 𝑒𝑏
𝜎𝑚𝑖𝑛,𝑚𝑎𝑥 = (1 ± ± )
𝐴 𝑎 𝑏

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Fig. 13.9 – Exemplo de distribuição das tensões nas estremidades da sapata

𝑁 6. 𝑒𝑎 6. 𝑒𝑏 𝑁 6. 𝑒𝑎 6. 𝑒𝑏
𝜎𝐴 = (1 − − ) 𝜎𝐵 = (1 + − )
𝐴 𝑎 𝑏 𝐴 𝑎 𝑏
𝑁 6. 𝑒𝑎 6. 𝑒𝑏 𝑁 6. 𝑒𝑎 6. 𝑒𝑏
𝜎𝐷 = (1 − + ) 𝜎𝐶 = (1 + + )
𝐴 𝑎 𝑏 𝐴 𝑎 𝑏

b) Se a resultante de excentricidade cair na Zona 2 (Zona Externa)


Esta situação é inadmissível, sendo assim a fundação devendo ser redimensionada.

c) Se a resultante de excentricidade cair na Zona 3:

𝑏 𝑏 𝑏2
𝑠= ( + √ 2 − 12)
12 𝑒𝑏 𝑒𝑏

3 𝑎 − 2𝑒𝑎
𝑡𝑔𝛼 = .
2 𝑠 + 𝑒𝑏

12𝑁 𝑏 + 2𝑠
𝜎𝑚𝑎𝑥 =
𝑏. 𝑡𝑔𝛼 𝑏 + 12. 𝑠 2
2

d) Se a resultante de excentricidade cair na Zona 4:

𝑎 𝑎 𝑎
𝑡= ( + √ 2 − 12)
12 𝑒𝑎 𝑒𝑎

3 𝑏 − 2𝑒𝑏
𝑡𝑔𝛽 = .
2 𝑡 + 𝑒𝑎

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12𝑁 𝑎 + 2𝑡
𝜎𝑚𝑎𝑥 =
𝑎. 𝑡𝑔𝛽 𝑎 + 12. 𝑡 2
2

e) Se a resultante de excentricidade cai na Zona 5:

𝑒𝑎 𝑒𝑏
𝛼= +
𝑎 𝑏
𝑁
𝜎𝑚𝑎𝑥 = 𝛼[12 − 3,9. (6𝛼 − 1)(1 − 2𝛼 )(2,3 − 2𝛼 )]
𝑎. 𝑏

Em qualquer um dos casos, devemos limitar a 1,3. 𝜎𝑎𝑑𝑚 , ou seja:


𝜎𝑚𝑎𝑥 ≤ 1,3. 𝜎𝑎𝑑𝑚

Devendo ser considerada neste caso que a sapata esteja na Zona 1, ou seja, 𝑒𝑎 ≤ 1/6 e
𝑒𝑏 ≤ 1/4.

13.1.7 Verificação de estabilidade da sapata

Fig. 13.10 - Esquema de carregamentos

a) Verificação ao tombamento (rotação em torno do ponto A)

- Momento estabilizante 𝑚𝑒𝑠𝑡. 𝑎 = 𝑵′ . 𝑎⁄2 𝑚𝑒𝑠𝑡.𝑏 = 𝑵′ . 𝑏⁄2


- Momento destabilizante 𝑚𝑑𝑒𝑠𝑡. 𝑎,𝑏 = 𝑀𝑎,𝑏

𝑚𝑒𝑠𝑡.𝑎,𝑏
𝐹𝑆 = ≥ 1,5
𝑚𝑑𝑒𝑠𝑡.𝑎,𝑏

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b) Verificação ao deslizamento

2 2
- Força estabilizante= (atrito) + (coesão) 𝐹𝑒𝑠𝑡. = 𝑁. 𝑡𝑔 ( ∅) + 𝑎. ( . 𝐶)
3 3

- Força desestabilizante 𝐹𝑑𝑒𝑠𝑒𝑠. = 𝐻

𝐹𝑒𝑠𝑡.𝑎,𝑏
𝐹𝑆 = ≥ 1,5
𝐹𝑑𝑒𝑠𝑡.𝑎,𝑏

13.1.8 Determinação da armadura das sapatas

As armaduras inferiores das sapatas podem ser dimensionadas quando as sapatas


𝑒 𝑒𝑏 1
encontram-se totalmente comprimidas ( 𝑎𝑎 + 𝑏
) ≤ , onde as excentricidades encontram-se
6
𝑒 𝑒𝑏 1
no núcleo central (Zona 1), ou quando não estão totalmente comprimidas ( 𝑎𝑎 + 𝑏
)≥ .
6

Fig. 13.11 - Exemplo de armadura de sapata com os arranques dos pilares

13.1.8.1 Método de Biela tirante para sapata rígida com carga axial centrada

𝑁(𝑎 − 𝑎𝑝 ) 1,61. 𝑇𝑥
𝑇𝑥 = 𝐴𝑠𝑥 =
8𝑑 𝑓𝑦𝑑
𝑁(𝑏 − 𝑏𝑝 ) 1,61. 𝑇𝑦
𝑇𝑦 = 𝐴𝑠𝑦 =
8𝑑 𝑓𝑦𝑑

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Fig. 13.12 – Bielas de compressão e tirantes Tx

13.1.8.2 Verificação do concreto armado – Sapata Rígida - Flexão

A flexão pode ser verificada nas seções de referência 𝑆1𝑎 ou 𝑆1𝑏 , conforme Fig. 13.13:

O momento fletor (M1), deve ser calculado na S1 contendo 3 parcelas:


- Momento devido a tensão dos solo (𝜎𝑚𝑎𝑥 );
- Momento devido ao peso da aba; σ1
- Momento devido ao peso do solo sobre a aba.

Fig. 13.13 - Seção de referência S1a, relativa a direção A da sapata

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Fig. 13.14 - Esquema Estrutural para a aba da sapata

Fig. 13.15 - Esquema estrutural desmembrado em duas figuras. (1) Retangular (2) Triangular

𝑅1 = 𝜎1 . (𝐶𝑎 + 0,15. 𝑎𝑝) (𝐶𝑎 + 0,15. 𝑎𝑝)


𝑥1 =
2
(𝐶𝑎 + 0,15. 𝑎𝑝) 2. (𝐶𝑎 + 0,15. 𝑎𝑝)
𝑅2 = 𝜎2 . 𝑥2 =
2 3
𝑀1𝑎𝑑 = (𝑅1. 𝑋1 + 𝑅2. 𝑋2). 𝑏

Simplificadamente pode-se utilizar a 𝜎𝑚𝑎𝑥 , considerando o diagrama de tensões como


retangular, desta forma resultando em uma viga em balanço com uma carga uniformente
distribuída.

Fig. 13.16 - Esquema estrutural simplificado para a aba da sapata

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(𝐶𝑏 + 0,15. 𝑏𝑝)2 (𝐶𝑏 + 0,15. 𝑏𝑝)2


𝑀1𝑎𝑑 = 𝜎𝑎 . .𝑏 𝑀1𝑏𝑑 = 𝜎𝑏 . .𝑎
2 2

A armadura principal pode ser quantificada através das seguintes expressões:


𝑀1𝑎𝑑 𝑀1𝑏𝑑
𝐴𝑠𝑎 = 𝐴𝑠𝑏 =
(0,85. 𝑑𝑎 ). 𝑓𝑦𝑑 (0,85. 𝑑𝑏 ). 𝑓𝑦𝑑

13.1.9 Verificação da tensão resistente de compressão diagonal do concreto no


contorno do pilar

Esta verificação deve ser feita no contorno do pilar, em sapatas com ou sem armadura.
Deve-se ter:

𝜏𝑠𝑑 ≤ 𝜏𝑅𝑑2 = 0,27. 𝛼𝑣 . 𝑓𝑐𝑑

Onde:
𝑁𝑠𝑑
𝜏𝑠𝑑 =
𝑈. 𝑑

𝑓𝑐𝑘⁄
𝛼𝑣 = (1 − 250), com 𝑓𝑐𝑘 em MPa;

𝑁𝑠𝑑 axial máxima do pilar;


𝑈 perímetro do pilar;
𝑑 altura útil;
𝑓𝑐𝑑 resistência do concreto de cálculo.

Fig. 13.17 – Superfície de contorno para deterinação de 𝝉𝒔𝒅

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14 – Anexos

14 ANEXO A - RESUMOS
14.1 Pré-Dimensionamento
14.1.1 Lajes

∑ Leng
d = L. (0,028 − 0,006. )
U
U Perímetro da laje
∑ Leng Somatória dos comprimentos de lados engastados da laje
L Lx
0,67.Ly Menor entre os dois valores

d altura útil de cálculo

14.1.2 Lajes em balanço


d = 2. L𝑏𝑎𝑙 . (0,028)

L𝑏𝑎𝑙 Comprimento do balanço da laje

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14 – Anexos

14.2 Flexão
Valores de λ e αc
fck (MPa) λ 1/λ αc
≤ 50 0,8000 1,250 0,8500
55 0,7875 1,270 0,8287
60 0,7750 1,290 0,8075
65 0,7625 1,311 0,7862
70 0,7500 1,333 0,7650
75 0,7375 1,356 0,7437
80 0,7250 1,379 0,7225
85 0,7125 1,403 0,7012
90 0,7000 1,428 0,6800

Equação Geral Linha Neutra

d 𝑀𝑑
𝑥 = [1 − (√1 − )]
𝜆 0,5. αc . 𝑏𝑤 . 𝑑2 𝑓𝑐𝑑

Determinação do As - Geral
𝑀𝑑
𝐴𝑠 = 𝑓𝑦𝑘
. (𝑑 − 0,5. λ. 𝑋)
𝛾𝑠

Momentos (Mu - Momento Ultimo ou Mr - Momento Resistente)


Mu = Rsd (d - 0,5.λ.x) ou Mu=Rcd (d - 0,5.λ.x)
Mu = As.fyd (d-0,5.λx) ou Mu = αc.bw.λ.x.fcd (d - 0,5.λ.x)

Equação Linha Neutra - 𝜶𝒄 = 𝟎, 𝟖𝟓 e 𝝀 = 𝟎, 𝟖

𝑀𝑑
𝑥 = 1,25. d [1 − (√1 − )]
0,425. 𝑏. 𝑑2 𝑓𝑐𝑑

Determinação do As
𝑀𝑑
𝐴𝑠 = 𝑓𝑦𝑘
. (𝑑 − 0,4. 𝑋)
𝛾𝑠

Momentos (Mu - Momento Ultimo ou Mr - Momento Resistente)


Mu = Rsd (d - 0,4x) ou Mu=Rcd (d - 0,4x)
Mu = As.fyd (d-0,4x) ou Mu = 0,68.bw.x.fcd (d - 0,4x)

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14 – Anexos

14.3 Calculo da Armadura Transversal


14.3.1 Modelo I
Vsd ≤ Vrd2
Vrd2 = 0,27. αv2 . fcd. bw. d
fck fck
αv2 = (1 − 250) , e fck expresso em MPa ou αv2 = (1 − 25 ) em kN/cm²

a) Cálculo da armadura transversal


Vsd ≤ Vrd3
VRd3 = Vc + Vsw
No cálculo da armadura transversal considera-se Vrd3 = Vsd, resultando:
Vsw = Vsd − Vc

b) Cálculo de Vc
Vc0 = 0,6. fctd . bw . d

Vc0= 0 nos elementos estruturais tracionados quando a linha neutra se situa


fora da seção;
Vc= Vc0 na flexão simples e na flexo-tração com a linha neutra cortando a seção;
c) Cálculo da Armadura Transversal
Asw
Vsw = ( ) . 0,9. d. fywd . (senα + cosα)
s

14.3.2 Área mínima


Asw fct,m
ρsw = ≥ 0,2
b𝑤 . S. senα fywk
Asw b𝑤 . fct,m . senα
≥ 0,2
S fywk
14.3.3 Condições de Disposição das armaduras

- Se Vd ≤ 0,67.Vrd2, então Smax= 0,6.d ≤ 300 mm


- Se Vd > 0,67.Vrd2, então Smax= 0,3.d ≤ 200 mm
- Se Vd ≤ 0,20.Vrd2, então St,max= d ≤ 800 mm
- Se Vd > 0,20.Vrd2, então St,max= 0,6.d ≤ 350 mm

- t ≥ 5mm;
- t ≥ 4,2, para quando os estribos são formados por telas soldadas, desde de que
respeite todas as condições de corrosão da armadura;
- t ≤ bw/10
- Barras de CA-25 não devem possuir  > 12mm.

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14 – Anexos

14.4 Ganchos e ancoragem


14.4.1 Armaduras Longitudinais ou de tração
BARRA DE Ø 6,3

2,20
> 1,30

>
2,
5
Ri=1,57 Ri=1,57

>5
Ri=1,57

> 7,2
Ø6,3

Ø6,3

Ø6,3
3,15 3,15 3,15

7,0
5,3
5
3,
l1 l1 l1

BARRA DE Ø 8,0
2,8
> 1,60

>
3,
2
Ri=2,0 Ri=2,0
> 6,5

Ri=2,0
> 9,3

4,00 4,00 4,00

9,0
Ø8

Ø8

Ø8
6,8

5
4,
l1 l1 l1

BARRA DE Ø 10,0
3,5
> > 2,0
4,
0
Ri=2,5 Ri=2,5
> 8,0

Ri=2,5
> 11,5
Ø10

Ø10

Ø10

5,00 5,00 5,00 11


8,3
5
5,

l1 l1 l1

BARRA DE Ø 12,5
4,4
> > 2,5
5,
0
Ri=3,12 Ri=3,12
> 10

Ri=3,12
> 14,4
Ø12,5

Ø12,5

Ø12,5

6,25 6,25 6,25


14
5
10,
0
7,

l1 l1 l1

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14 – Anexos

BARRA DE Ø 16
5,6
> = 3,5
6,
5
Ri=4,0 Ri=4,00

> 13
Ri=4,00
Ø16

Ø16

Ø16
8,00 8,00 8,00

18
5
13,
9
l1 l1 l1

BARRA DE Ø 20
10 >
8, > 4,0
0
Ri=8,0 Ri=8,0
> 16

Ri=8,00
Ø20

Ø20

Ø20
16,0 16,0 16,0

32
24
16

l1 l1 l1

BARRA DE Ø 22
11
> > 4,5
9
Ri=9,0 Ri=9,0
> 18

Ri=9,0
Ø22

Ø22

Ø22

18,0 18,0 18,0

36
27
18

l1 l1 l1

BARRA DE Ø 25
12,5
> > 5,0
10
Ri=10,0 Ri=10,0
> 20

Ri=10,0
Ø25

Ø25

Ø25

20,0 20,0 20,0


40
30
20

l1 l1 l1

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14 – Anexos

14.4.2 Ganchos para Estribos


ESTRIBO DE Ø 6,3 ESTRIBO DE Ø 8

1,57 2,00

5c

5c
m

m
Ri=0,945 Ri=0,945 Ri=1,20 Ri=1,20

8cm
7cm
Ø6,3

Ø6,3

Ø8,0

Ø8,0
1,89 1,89 2,40 2,40

4,7
3,7

15
5
2,

3,
l1 Ø6,3 l1 l1 l1

Ø8
Ø6,3

Ø8
Ø6,3 Ø6,3 Ø8,0 Ø8,0

+16 +14 +18 +15

ESTRIBO DE Ø 10 ESTRIBO DE Ø 12,5

2,5 4,37

6,
5c

5c
m

m
Ri=1,50 Ri=1,50 Ri=3,125 Ri=3,125

12,5cm
10cm

Ø12,5

Ø12,5
Ø10

Ø10

3,00 3,00 6,25 6,25

3
6,0

10,
4,
0 90
6,
l1 l1 l1 l1
Ø10

Ø12,5
Ø10

Ø12,5

Ø10 Ø10 Ø12,5 Ø12,5

+23 +17 +30 +25

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14 – Anexos

14.5 Comprimento de ancoragem


14.5.1 Comprimento de ancoragem Básico

∅ fyd
lb = . ≥ 25
4 fbd

Comprimento de ancoragem básico (cm) para aço CA-50 e concretos até 50 MPa
fck (MPa) 20 25 30 35 40 45 50
fctd (kN/cm²) 0,111 0,128 0,145 0,160 0,175 0,190 0,204
Aderênci a BA MA BA MA BA MA BA MA BA MA BA MA BA MA
fbd (kN/cm²) 0,249 0,174 0,289 0,202 0,326 0,228 0,361 0,253 0,395 0,276 0,427 0,299 0,458 0,321
Barra (mm) / lb (ø) 44 ø 62 ø 38 ø 54 ø 33 ø 48 ø 30 ø 43 ø 28 ø 39 ø 25 ø 36 ø 25 ø 34 ø

6,3 28 39 24 34 21 30 19 27 17 25 16 23 16 21
8 35 50 30 43 27 38 24 34 22 31 20 29 20 27
10 44 62 38 54 33 48 30 43 28 39 25 36 25 34
12,5 55 78 47 67 42 60 38 54 34 49 31 45 31 42
16 70 100 60 86 53 76 48 69 44 63 40 58 40 54
20 87 125 75 108 67 95 60 86 55 79 50 73 50 68
22 96 137 83 118 73 105 66 95 61 87 55 80 55 75
25 109 156 94 135 83 119 75 107 69 98 63 91 63 85
32 140 200 121 172 107 152 96 138 88 126 80 116 80 108

Comprimento de ancoragem básico (cm) para aço CA-25 e concretos até 50 MPa
fck (MPa) 20 25 30 35 40 45 50
fctd (kN/cm²) 0,111 0,128 0,145 0,160 0,175 0,190 0,204
Aderênci a BA MA BA MA BA MA BA MA BA MA BA MA BA MA
fbd (kN/cm²) 0,111 0,077 0,128 0,090 0,145 0,101 0,160 0,112 0,175 0,123 0,190 0,133 0,204 0,143
Barra (mm) / lb (ø) 49 ø 70 ø 42 ø 61 ø 38 ø 54 ø 34 ø 48 ø 31 ø 44 ø 29 ø 41 ø 27 ø 38 ø

6,3 31 44 27 38 24 34 21 30 20 28 18 26 17 24
8 39 56 34 48 30 43 27 39 25 35 23 33 21 31
10 49 70 42 61 38 54 34 48 31 44 29 41 27 38
12,5 61 88 53 76 47 67 42 60 39 55 36 51 33 48
16 79 112 68 97 60 86 54 77 50 71 46 65 43 61
20 98 140 85 121 75 107 68 97 62 89 57 82 53 76
22 108 155 93 133 83 118 74 106 68 97 63 90 59 84
25 123 176 106 151 94 134 85 121 77 111 72 102 67 95
32 157 225 136 194 120 172 108 155 99 142 92 131 85 122

BA – Boa Aderência
MA – Má Aderência

14.5.2 Comprimento de ancoragem necessário

A s,nec
lb,nec = α. lb ≥ lb,min
As,ef

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14 – Anexos

α=1,0 para barras sem gancho;


α=0,7 para barras tracionadas com gancho, com cobrimento no plano normal ao do gancho
≥ 3 ;
α=0,7 quando houver barras transversais soldadas;
α=0,5 quando houver barras transversais soldadas e gancho, com cobrimento no plano
normal ao do gancho ≥ 3 .
lb,min Comprimento de ancoragem mínimo, podendo ser:
- 0,3.lb
- 10 
- 100 mm

Prof. Claydson Moro 203


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14.6 Tabelas
14.6.1 Tabela de Reação
TIPO Reações de Apoio em Laje com carga uniforme (Método das Áreas ) Rea ções
𝑙𝑥 l a do menor a poi a do

𝑙𝑦 enga s ta do
𝑝. 𝑙 𝑥
l a do ma i or p= ca rga di s tri bui da uni formemente 𝑉=
10

TIPO l y/l x 1 1,05 1,1 1,15 1,2 1,25 1,3 1,35 1,4 1,45 1,5 1,55 1,6 1,65 1,7 1,75 1,8 1,85 1,9 1,95 2 >2
νx 2,50 2,62 2,73 2,83 2,92 3,00 3,08 3,15 3,21 3,28 3,33 3,39 3,44 3,48 3,53 3,57 3,61 3,65 3,68 3,72 3,75 5,00
𝑙𝑥 A1 νy 2,50 2,50 2,50 2,50 2,50 2,50 2,50 2,50 2,50 2,50 2,50 2,50 2,50 2,50 2,50 2,50 2,50 2,50 2,50 2,50 2,50 2,50
𝑙𝑦 ν'x - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
ν'y - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
l y/l x 1 1,05 1,1 1,15 1,2 1,25 1,3 1,35 1,4 1,45 1,5 1,55 1,6 1,65 1,7 1,75 1,8 1,85 1,9 1,95 2 >2
νx 1,83 1,92 2,01 2,1 2,2 2,26 2,38 2,47 2,56 2,64 2,72 2,8 2,87 2,93 2,99 3,05 3,1 3,15 3,2 3,25 3,29 5
𝑙𝑥 A2 νy 2,75 2,8 2,85 2,88 2,91 2,94 2,95 2,96 2,96 2,96 2,96 2,96 2,96 2,96 2,96 2,96 2,96 2,96 2,96 2,96 2,96 2,96
𝑙𝑦 ν'x - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
ν'y 4,02 4,1 4,17 4,22 4,27 4,3 4,32 4,33 4,33 4,33 4,33 4,33 4,33 4,33 4,33 4,33 4,33 4,33 4,33 4,33 4,33 4,33
l y/l x 1 1,05 1,1 1,15 1,2 1,25 1,3 1,35 1,4 1,45 1,5 1,55 1,6 1,65 1,7 1,75 1,8 1,85 1,9 1,95 2 >2
νx 1,44 1,52 1,59 1,66 1,73 1,8 1,88 1,95 2,02 2,09 2,17 2,24 2,31 2,38 2,45 2,53 2,59 2,63 2,72 2,78 2,83 5
𝑙𝑥 A3 νy - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

𝑙𝑦 ν'x - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
ν'y 3,56 3,66 3,75 3,84 3,92 3,99 4,06 4,12 4,17 4,22 4,25 4,28 4,3 4,32 4,33 4,33 4,33 4,33 4,33 4,33 4,33 4,33
l y/l x 1 1,05 1,1 1,15 1,2 1,25 1,3 1,35 1,4 1,45 1,5 1,55 1,6 1,65 1,7 1,75 1,8 1,85 1,9 1,95 2 >2
νx 2,75 2,82 2,89 2,95 3,01 3,06 3,11 3,16 3,2 3,24 3,27 3,31 3,34 3,37 3,4 3,42 3,45 3,47 3,5 3,52 3,54 4,38
𝑙𝑥 B1 νy 1,83 1,83 1,83 1,83 1,83 1,83 1,83 1,83 1,83 1,83 1,83 1,83 1,83 1,83 1,83 1,83 1,83 1,83 1,83 1,83 1,83 1,83
ν'x 4,02 4,13 4,23 4,32 4,41 4,48 4,55 4,62 4,68 4,74 4,79 4,84 4,89 4,93 4,97 5,01 5,05 5,09 5,12 5,15 5,18 6,25
𝑙𝑦
ν'y - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
l y/l x 1 1,05 1,1 1,15 1,2 1,25 1,3 1,35 1,4 1,45 1,5 1,55 1,6 1,65 1,7 1,75 1,8 1,85 1,9 1,95 2 >2
νx 2,17 2,27 2,36 2,45 2,53 2,6 2,63 2,73 2,78 2,84 2,89 2,93 2,98 3,02 3,06 3,09 3,13 3,16 3,19 3,22 3,25 4,38
𝑙𝑥 B2 νy 2,17 2,17 2,17 2,17 2,17 2,17 2,17 2,17 2,17 2,17 2,17 2,17 2,17 2,17 2,17 2,17 2,17 2,17 2,17 2,17 2,17 2,17

𝑙𝑦 ν'x 3,17 3,32 3,46 3,58 3,7 3,8 3,9 3,99 4,08 4,15 4,23 4,29 4,36 4,42 4,48 4,53 4,58 4,63 4,67 4,71 4,75 6,25
ν'y 3,17 3,17 3,17 3,17 3,17 3,17 3,17 3,17 3,17 3,17 3,17 3,17 3,17 3,17 3,17 3,17 3,17 3,17 3,17 3,17 3,17 3,17
l y/l x 1 1,05 1,1 1,15 1,2 1,25 1,3 1,35 1,4 1,45 1,5 1,55 1,6 1,65 1,7 1,75 1,8 1,85 1,9 1,95 2 >2
νx 1,71 1,79 1,88 1,96 2,05 2,13 2,22 2,3 2,37 2,44 2,5 2,56 2,61 2,67 2,72 2,76 2,8 2,85 2,89 2,92 2,96 4,38
𝑙𝑥 B3 νy - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

𝑙𝑦 ν'x 2,5 2,63 2,75 2,88 3 3,13 3,25 3,36 3,47 3,57 3,66 3,75 3,83 3,9 3,98 4,04 4,11 4,17 4,22 4,28 4,33 6,25
ν'y 3,03 3,08 3,11 3,14 3,16 3,17 3,17 3,17 3,17 3,17 3,17 3,17 3,17 3,17 3,17 3,17 3,17 3,17 3,17 3,17 3,17 3,17
l y/l x 1 1,05 1,1 1,15 1,2 1,25 1,3 1,35 1,4 1,45 1,5 1,55 1,6 1,65 1,7 1,75 1,8 1,85 1,9 1,95 2 >2
νx - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
𝑙𝑥 C1 νy 1,44 1,44 1,44 1,44 1,44 1,44 1,44 1,44 1,44 1,44 1,44 1,44 1,44 1,44 1,44 1,44 1,44 1,44 1,44 1,44 1,44 1,44

𝑙𝑦 ν'x 3,56 3,63 3,69 3,74 3,8 3,85 3,89 3,93 3,97 4 4,04 4,07 4,1 4,13 4,15 4,18 4,2 4,22 4,24 4,26 4,28 5
ν'y - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
l y/l x 1 1,05 1,1 1,15 1,2 1,25 1,3 1,35 1,4 1,45 1,5 1,55 1,6 1,65 1,7 1,75 1,8 1,85 1,9 1,95 2 >2
νx - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
𝑙𝑥 C2 νy 1,71 1,71 1,71 1,71 1,71 1,71 1,71 1,71 1,71 1,71 1,71 1,71 1,71 1,71 1,71 1,71 1,71 1,71 1,71 1,71 1,71 1,71

𝑙𝑦 ν'x 3,03 3,12 3,21 3,29 3,36 3,42 3,48 3,54 3,59 3,64 3,69 3,73 3,77 3,81 3,84 3,87 3,9 3,93 3,96 3,99 4,01 5
ν'y 2,5 2,5 2,5 2,5 2,5 2,5 2,5 2,5 2,5 2,5 2,5 2,5 2,5 2,5 2,5 2,5 2,5 2,5 2,5 2,5 2,5 2,5
l y/l x 1 1,05 1,1 1,15 1,2 1,25 1,3 1,35 1,4 1,45 1,5 1,55 1,6 1,65 1,7 1,75 1,8 1,85 1,9 1,95 2 >2
νx - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
𝑙𝑥 C3 νy - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

𝑙𝑦 ν'x 2,50 2,62 2,73 2,83 2,92 3,00 3,08 3,15 3,21 3,28 3,33 3,39 3,44 3,48 3,53 3,57 3,61 3,65 3,68 3,72 3,75 5,00
ν'y 2,50 2,50 2,50 2,50 2,50 2,50 2,50 2,50 2,50 2,50 2,50 2,50 2,50 2,50 2,50 2,50 2,50 2,50 2,50 2,50 2,50 2,50

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14.6.2 Tabela de Momentos (Czerny)


TIPO TABELA DE CÁCULOS DE LAJES (Czerny, coeficiente de poisson nulo) Momentos Fl echa
𝑙𝑥 l a do menor a poi a do 𝑝. 𝑙2𝑥
𝑚′𝑥 =
𝑝. 𝑙2𝑥
𝑚𝑥 = 𝛽𝑥 𝑝. 𝑙4𝑥
𝛼𝑥
𝑙𝑦 l a do ma i or p= ca rga di s tri bui da uni formemente enga s ta do 𝑎=
𝛼2. 𝐸. ℎ 3
𝑝. 𝑙2𝑥 𝑝. 𝑙2𝑥
𝑚𝑦 = 𝑚′𝑦 =
𝛼𝑦 𝛽𝑦

TIPO 𝑙 𝑦⁄ 𝑙𝑥 1,00 1,05 1,10 1,15 1,20 1,25 1,30 1,35 1,40 1,45 1,50 1,55 1,60 1,65 1,70 1,75 1,80 1,85 1,90 1,95 2,00 3,00
α2 20,5 18,7 17,1 15,8 14,7 13,7 13 12,4 11,8 11,2 10,8 10,4 10 9,7 9,4 9,2 8,9 8,7 8,6 8,4 8,2 6,7
αx 27,2 24,5 22,4 20,7 19,1 17,8 16,8 15,8 15 14,3 13,7 13,2 12,7 12,3 11,9 11,5 11,3 11 10,8 10,6 10,4 8
𝑙𝑥 A1 αy 27,2 27,5 27,9 28,4 29,1 29,9 30,9 31,8 32,8 33,8 34,7 35,4 36,1 36,7 37,3 37,9 38,5 38,9 39,4 39,8 40,3 40
𝑙𝑦 βx - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
βy - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
𝑙 𝑦⁄ 𝑙𝑥 1,00 1,05 1,10 1,15 1,20 1,25 1,30 1,35 1,40 1,45 1,50 1,55 1,60 1,65 1,70 1,75 1,80 1,85 1,90 1,95 2,00 3,00
α2 29,9 26,5 23,7 21,4 19,5 18 16,6 15,5 14,5 13,7 12,8 12,3 11,7 11,2 10,8 10,4 10,1 9,7 9,5 9,2 9 6,7
αx 41,2 36,5 31,9 28,3 25,9 23,4 21,7 20,1 18,8 17,5 16,6 15,7 15 14,3 13,8 13,2 12,8 12,3 12 11,6 11,4 8
𝑙𝑥 A2 αy 29,4 29 28,8 28,8 28,9 29,2 29,7 30,2 30,8 31,6 32,3 33 33,6 34,3 34,9 35,6 36,2 36,9 37,5 38,2 38,8 38,8
𝑙𝑦 βx - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
βy 11,9 11,3 10,9 10,4 10,1 9,8 9,6 9,3 9,2 9 8,9 8,8 8,7 8,6 8,5 8,5 8,4 8,4 8,3 8,3 8,2 8
𝑙 𝑦⁄ 𝑙𝑥 1,00 1,05 1,10 1,15 1,20 1,25 1,30 1,35 1,40 1,45 1,50 1,55 1,60 1,65 1,70 1,75 1,80 1,85 1,90 1,95 2,00 3,00
α2 43,5 37,6 33 29,2 26,1 23,5 21,4 19,6 18,1 16,8 15,6 14,7 13,9 13,1 12,5 11,9 11,4 10,9 10,5 10,2 9,9 6,7
𝑙𝑥 A3 αx 62,5 52,6 45,5 40 35,7 31,3 28,6 25,6 23,8 22,2 20,4 18,9 17,9 16,9 15,9 15,2 14,7 13,9 13,3 12,8 12,5 8
𝑙𝑦 αy 35,7 33,3 33,3 32,3 31,3 31,3 31,3 31,3 31,3 31,3 32,3 32,3 33,3 34,5 34,5 35,7 37 38,5 40 41,7 41,7 41,7
βx - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
βy 14,3 13,3 12,7 12 11,5 11,1 10,8 10,3 10 9,7 9,5 9,3 9,2 9 8,9 8,8 8,7 8,6 8,5 8,4 8,4 8
𝑙 𝑦⁄ 𝑙𝑥 1,00 1,05 1,10 1,15 1,20 1,25 1,30 1,35 1,40 1,45 1,50 1,55 1,60 1,65 1,70 1,75 1,80 1,85 1,90 1,95 2,00 3,00
α2 29,9 28 26,3 24,9 23,8 22,8 22 21,2 20,6 20,1 19,6 19,2 18,8 18,5 18,2 18 17,8 17,6 17,4 17,2 17,1 16,7
𝑙𝑥 B1 αx 31,3 29,4 27 25,6 24,4 23,3 22,2 21,7 20,8 20,4 19,6 19,2 18,9 18,5 18,2 17,9 17,9 17,5 17,5 17,2 17,2 14,3
𝑙𝑦 αy 41,7 43,5 45,5 47,6 50 50 52,6 52,6 55,6 55,6 55,6 55,6 55,6 58,8 58,8 58,8 58,8 58,8 58,8 58,8 58,8 58,8
βx 11,9 11,4 10,9 10,5 10,2 9,9 9,7 9,4 9,3 9,1 9 8,9 8,8 8,7 8,6 8,5 8,4 8,3 8,3 8,3 8,3 8
βy - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
𝑙 𝑦⁄ 𝑙𝑥 1,00 1,05 1,10 1,15 1,20 1,25 1,30 1,35 1,40 1,45 1,50 1,55 1,60 1,65 1,70 1,75 1,80 1,85 1,90 1,95 2,00 3,00
α2 39,7 35,6 33,1 30,4 28,7 27,1 25,7 24,5 23,5 22,6 21,8 21,2 20,7 20,2 19,7 19,3 18,9 18,6 18,3 18,1 17,8 16,7
𝑙𝑥 B2 αx 43,5 38,5 35,7 32,3 30,3 27,8 26,3 25 24,4 23,3 22,2 21,7 20,8 20,4 20 19,6 19,2 18,9 18,5 18,2 17,9 14,3
𝑙𝑦 αy 40 41,7 41,7 43,5 43,5 45,5 47,6 50 50 52,6 52,6 55,6 55,6 55,6 55,6 55,6 58,8 58,8 58,8 58,8 58,8 58,8
βx 14,3 13,3 12,7 12 11,5 11,1 10,8 10,3 10 9,8 9,6 9,4 9,2 9,1 8,9 8,8 8,7 8,6 8,5 8,4 8,4 8
βy 14,3 13,9 13,5 13,3 13,2 12,8 12,8 12,7 12,7 12,5 12,3 12,3 12,3 12,2 12,2 12,2 12,2 12,2 12,2 12,2 12,2 12,2
𝑙 𝑦⁄ 𝑙𝑥 1,00 1,05 1,10 1,15 1,20 1,25 1,30 1,35 1,40 1,45 1,50 1,55 1,60 1,65 1,70 1,75 1,80 1,85 1,90 1,95 2,00 3,00
α2 53,2 47,2 42,4 38,5 35,2 32,5 30,4 28,5 27 25,6 24,4 23,5 22,6 21,9 21,2 20,7 20,2 19,7 19,3 18,9 18,6 16,7
𝑙𝑥 B3 αx 55,6 52,6 45,5 41,7 37 34,5 32,3 29,4 27,8 28,3 25 24,4 23,3 22,7 21,7 21,3 20,4 20 19,6 19,2 18,9 14,3
𝑙𝑦 αy 43,5 43,5 43,5 43,5 45,5 45,5 47,6 47,6 50 52,6 55,6 58,8 62,5 66,7 71,4 76,9 76,9 83,3 90,9 100 100 100
βx 18,2 16,7 15,4 14,5 13,5 12,7 12,2 11,6 11,2 10,9 10,6 10,3 10,1 9,9 9,7 9,5 9,4 9,2 9 8,9 8,8 8
βy 16,1 15,4 14,7 14,3 13,9 13,5 13,3 13,2 13 12,8 12,7 12,7 12,7 12,5 12,5 12,3 12,3 12,3 12,3 12,3 12,3 12,3
𝑙 𝑦⁄ 𝑙𝑥 1,00 1,05 1,10 1,15 1,20 1,25 1,30 1,35 1,40 1,45 1,50 1,55 1,60 1,65 1,70 1,75 1,80 1,85 1,90 1,95 2,00 3,00
α2 43,5 41,5 39,8 38,5 37,5 36,4 35,7 35,1 34,6 34,1 33,7 33,3 33,1 32,8 32,6 32,5 32,4 32,3 32,2 32,1 31,9 31,3
𝑙𝑥 C1 αx 35,7 33,3 31,3 30,3 29,4 28,6 27,8 27 26,3 26,3 25,6 25,6 25 25 25 24,4 24,4 24,4 24,4 24,4 24,4 23,8
𝑙𝑦 αy 62,5 62,5 66,7 71,4 71,4 71,4 71,4 76,9 76,9 76,9 76,9 76,9 76,9 76,9 76,9 76,9 76,9 76,9 76,9 76,9 76,9 76,9
βx 14,3 13,9 13,5 13,2 13 12,7 12,7 12,3 12,3 12,2 12,2 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12
βy - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
𝑙 𝑦⁄ 𝑙𝑥 1,00 1,05 1,10 1,15 1,20 1,25 1,30 1,35 1,40 1,45 1,50 1,55 1,60 1,65 1,70 1,75 1,80 1,85 1,90 1,95 2,00 3,00
α2 53,2 49,5 46,7 44,2 42,4 40,8 39,5 38,3 37,3 36,5 35,7 35,1 34,6 34 33,6 33,2 33 32,8 32,6 32,5 32,4 31,3
𝑙𝑥 C2 αx 43,5 40 38,5 35,7 33,3 32,3 31,3 30,3 29,4 28,6 27,8 27 26,3 26,3 25,6 25 25 25 25 24,4 24,4 23,8
𝑙𝑦 αy 55,6 58,8 58,8 62,5 66,7 66,7 71,4 71,4 71,4 71,4 76,9 76,9 76,9 83,3 83,3 83,3 83,3 90,9 90,9 90,9 100 100
βx 16,1 15,4 14,7 14,3 13,9 13,5 13,2 12,8 12,7 12,7 12,5 12,3 12,3 12,2 12,2 12 12 12 12 12 12 12
βy 18,2 17,9 17,9 17,5 17,5 17,5 17,5 17,5 17,5 17,5 17,5 17,5 17,5 17,5 17,5 17,5 17,5 17,5 17,5 17,5 17,5 17,5
𝑙 𝑦⁄ 𝑙𝑥 1,00 1,05 1,10 1,15 1,20 1,25 1,30 1,35 1,40 1,45 1,50 1,55 1,60 1,65 1,70 1,75 1,80 1,85 1,90 1,95 2,00 3,00
α2 65,8 59,9 55,2 51,3 48,3 45,7 43,5 41,7 40,3 38,9 37,9 36,9 36,1 35,5 34,8 34,4 34 33,7 33,3 33,1 32,9 31,3
αx 55,6 50 45,5 41,7 40 37 34,5 33,3 32,3 30,3 29,4 28,6 27,8 27,8 27 26,3 26,3 25,6 25,6 25 25 23,8
𝑙𝑥 C3 αy 55,6 58,8 58,8 62,5 66,7 71,4 71,4 76,9 83,3 90,9 90,9 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100
𝑙𝑦 βx 19,2 18,2 17,2 16,4 15,4 14,9 14,5 14,1 13,7 13,3 13,2 13 12,8 12,7 12,5 12,3 12,3 12,2 12 12 12 12
βy 19,2 18,9 18,5 18,2 17,9 17,9 17,5 17,5 17,5 17,5 17,5 17,5 17,5 17,5 17,5 17,5 17,5 17,5 17,5 17,5 17,5 17,5

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14.6.3 Ábacos admensionais para dimensionamento

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