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XL ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO

“Contribuições da Engenharia de Produção para a Gestão de Operações Energéticas Sustentáveis”


Foz do Iguaçu, Paraná, Brasil, 20 a 23 de outubro de 2020.

Desempenho econômico-financeiro do setor


mineral brasileiro e as crises de 2008 e 2014: uma
análise das empresas produtoras e beneficiadoras
listadas na B3

Ana Luiza Cordeiro Pereira (UFLA)


analuizacordeiro96@gmail.com

Renata Veloso Santos Policarpo (IFMG)


renataveloso@ifmg.edu.br

Ícaro Guilherme Félix da Cunha (IFMG)


icaro_cunha@yahoo.com

Ao considerar os impactos das condições macroeconômicas de mercado


sobre o desempenho das organizações e consequentemente dos setores
em que estão inseridas, torna-se necessária a análise do desempenho
das organizações não só em períodos de crescimento, bem como em
tempos de recessão econômica. Nesse sentido, o presente estudo tem por
objetivo analisar o desempenho econômico-financeiro das mineradoras
atuantes com extração e beneficiamento de minerais listadas na Brasil,
Bolsa, Balcão (B3) diante das crises de 2008 e 2014. Foi realizada uma
pesquisa de abordagem majoritariamnete qualitativa e descritiva, e
empregada como técnica de coleta de dados a pesquisa documental e
entrevitas semiestruturadas. Os documentos utilizados referem-se aos
relatórios anuais da administração das empresas MMX e Vale referentes
ao período de 2007 a 2017. Sobre as entrevistas, foram realizadas com
dois membros da Federação da Indústria do Estado de Minas Gerais
(FIEMG), ambos pertencentes a Superintendência de Ambiente de
Negócios. Percebeu-se que as crises de 2008 e 2014 não trouxeram
impactos negativos expressivos às empresas analisadas, sendo que
grande parte dos movimentos no que tange ao desempenho ocorreram
em consonância com questões internas à organização, ou ligadas
diretamente ao segmento em específico, como a queda do preço do
minério em 2014.

Palavras-chave: Perfomance, mineração, crise econômica, produção e


beneficiamento de minerais.
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1. Introdução
A mensuração do posicionamento das organizações se relaciona às questões gerenciais e
estratégicas das empresas. Para isso, surgem técnicas de avalição e análise, podendo-se destacar
a análise das demonstrações financeiras, em que, mede-se o desempenho empresarial, com o
intuito de fornecer à parte estratégica e aos stakeholders, informações que auxiliem na tomada
de decisão (RAMIAH; XU; MOOSA, 2015).
Matarazzo (2017) afirma que com o decorrer do tempo e ampliação da necessidade de
informações pelos stakeholders, a análise das demonstrações evoluiu, sendo caracterizada por
maior confrontamento e comparação entre os dados, o que induziu a geração de indicadores
(WERNKE; LEMBECK, 2004; GITMAN; ZUTTER, 2014). Sobre isso, os autores afirmam
que a mensuração e análise de indicadores se mostra relevante ao fornecer de maneira
sintetizada parâmetros de avaliação para diversos agentes relacionados a empresa. Isso porque,
ao relacionarem dados presentes nas demonstrações financeiras, principalmente no Balanço
Patrimonial (BP) e Demonstração de Resultados do Exercício (DRE), disponibilizam
informações sobre a capacidade financeira, de retorno e desempenho (ROSS; WESTERFIELD;
JORDAN, 2012).
Assim, e ao considerar os impactos das condições macroeconômicas de mercado sobre o
desempenho das organizações e consequentemente dos setores em que estão inseridas, torna-se
necessária a análise do desempenho das organizações e dos fatores impactantes sobre ele não
só em períodos de crescimento, bem como em tempos de recessão econômica, que tendem a
ser os momentos que requerem maior atenção no que diz respeito a gestão administrativa e
estratégica (SEMEDO, 2014; KRIVKA, 2014). Assim, o presente estudo tem por objetivo
analisar o desempenho econômico-financeiro das mineradoras listadas na Brasil, Bolsa, Balcão
(B3) nos períodos pré e pós crise de 2008 e 2014.

2. Referencial Teórico: Indicadores de desempenho econômico-financeiro


Matarazzo (2008) e Fenyvesa, Tarnóczia e Zsidó (2015) afirmam que indicadores financeiros
dizem respeito a relações apresentadas nos valores entre contas ou grupo de contas das
demonstrações financeiras, que possibilitam a análise do estado econômico-financeiro de uma
empresa e servem como parâmetro para diversas transações organizacionais, como obtenção de
financiamentos, taxas de juros, retorno a acionistas, entre outros (ORAZALIN; MAHMOOD,
2018). Iudícibus (2017) complementa, ao salientar que, possibilitam ao analista vislumbrar e
avaliar o que aconteceu no passado, fornecem condições para realização de projeções futuras,
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e permitem analisar de maneira concisa e integrada uma considerável quantidade de dados


(SCARPEL; MILIONI, 2001). Ademais, evidenciam a capacidade de cumprimento de
obrigações, a rentabilidade da empresa, aspectos da situação financeira e econômica, bem como
o posicionamento frente ao mercado a que está inserida, facilitando a avaliação e comparação
do desempenho por parte dos acionistas, credores e administradores do negócio (GITMAN;
ZUTTER, 2014).
Gitman e Zutter (2014) elucidam que para realização da análise comparativa por meio dos
indicadores de desempenho econômico-financeiro, existem três formas: análise em corte
transversal, análise de séries temporais e análise combinada. A última, de maior interesse para
o estudo, associa as outras duas técnicas, e propicia a avaliação sobre a tendência do
comportamento de um indicador ao longo do tempo em relação a apresentada por outras
empresas do setor.
Os indicadores de desempenho econômico-financeiro podem ser divididos em cinco grupos:
liquidez, atividade, endividamento, lucratividade, valor de mercado (GITMAN; ZUTTER,
2014). Entretanto, Maté-Sánchez-Val, López-Hernandez e Mur-Lacambra (2017) juntamente
com Soboh, Lansink, Giesen e Van-Dijk (2009) indicam como as categorias mais
representativas para a dimensão econômico-financeira das empresas: liquidez, que mostra a
capacidade de cumprimento de obrigações; endividamento, que busca expressar o montante de
capital de terceiros empregado no negócio e rentabilidade, que expressa a capacidade de
geração de retorno pela empresa.

3. Metodologia
O presente estudo se caracteriza como de abordagem majoritariamente qualitativa. Apesar de
fazer uso de dados quantitativos, busca trabalhá-los com o intuito de identificar seu significado,
captar suas essências, explicações acerca da origem, relações e mudanças (BLUHM et al., 2011;
TRIVIÑOS, 2012; MARTINS; THEÓPHILO, 2016). Quando enfatizados os objetivos,
classifica-se como descritiva, ao buscar descrever o comportamento dos fenômenos analisados
(TRIVIÑOS, 2012).
A primeira técnica de coleta de dados empregada foi a Pesquisa Documental, nos relatórios
anuais da administração das empresas, MMX e Vale, referentes ao período de 2007 a 2017.
Essas empresas são listadas na B3, no setor Materiais Básicos, subsetor Mineração e segmento
Minerais Metálicos, atuando principalmente na extração e beneficiamento de minério (B3,
2018). Quanto ao procedimento metodológico, empregou-se a análise combinada de
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indicadores econômico-financeiros, tanto a análise em série temporal de uma única


organização, quanto a comparação entre resultados das empresas. A escolha dos indicadores
levou em consideração a representatividade dos indicadores de liquidez, endividamento e
rentabilidade ante a dimensão financeira e econômica das empresas (MATÉ-SÁNCHEZ-VAL;
LÓPEZ-HERNANDEZ; MUR-LACAMBRA, 2017; SOBOH et al., 2009). Os dados foram
obtidos pelas demonstrações financeiras, pós-correções, publicados no relatório de
administração do ano seguinte.
O Quadro 1 evidencia os indicadores envolvidos no estudo, sua definição, as fórmulas
empregadas e os autores utilizados como referência. Para tratamento dos dados foi utilizado o
software Excel 2010®.

Quadro 1 – Indicadores empregados no estudo.

Fonte: Próprios autores com base nos autores dispostos no próprio quadro.

Para aprofundar a análise dos resultados numéricos, fez-se uso da entrevista semiestruturada,
em que questionamentos iniciais levam a novas questões, consequentes e relacionadas às
respostas (TRIVIÑOS, 2012; MANZINI, 1990; 1991). Foram realizadas e transcritas duas
entrevistas, em outubro de 2019, com dois membros da Federação da Indústria do Estado de
Minas Gerais (FIEMG), Superintendência de Ambiente de Negócios, Gerência de Estudos
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Econômicos, sendo o primeiro ocupante do cargo de Gerente de Estudos Econômicos e o


segundo, Analista de Estudos Econômicos. O roteiro foi dividido em duas partes: inicialmente
buscou-se entender a economia brasileira em termos gerais, em relação às duas crises. Em
seguida, foram feitos questionamentos acerca dos impactos das crises sobre o desempenho do
setor de mineração, sua importância, e fatores internos e externos a que está sujeito.

4. Resultados e discussões
4.2. Desempenho econômico-financeiro: MMX e Vale
4.2.1. Liquidez
Ao comparar a liquidez corrente das empresas (FIGURAS 13 e 14), nota-se que a Vale
apresentou maior indicador em praticamente todos anos, com exceção de 2007, em que teve o
menor valor de toda série. A Figura 13 expõe a liquidez corrente da MMX. Observou-se que a
empresa apresentou valor superior a um, somente em quatro dos onze anos analisados, o que
pressupõe dificuldade de cumprimento de obrigações com período inferior a doze meses. Em
2008 e 2009 a empresa apresentou quedas sequenciais no indicador, ocasionadas
principalmente pela redução no ativo circulante, com destaque para contas de caixa e
equivalentes de caixa de ambos os anos, além dos estoques, referentes a 2009.
Como ano com maior liquidez (2,36) corrente, aponta-se 2010. Nesse ano ocorreu redução do
passivo circulante, destacando-se os valores destinados a empréstimos e financiamentos.
Ressalta-se ainda o ano de 2013, apesar da ampliação do passivo circulante, demonstrou
crescimento no indicador, em consequência da ampliação dos ativos circulantes gerada pela
venda de ativos, inclusive de unidades produtivas, como a de Corumbá. Isso a fim de
reorganizar as contas da empresa, que em 2013 passou por sérias dificuldades financeiras,
geradas pelos impactos advindos da crise financeira do Grupo EBX, como a suspensão de
limites de crédito anteriormente aprovados e as renovações de empréstimos que foram
vencendo ao longo do ano (MMX Mineração e Metálicos S.A., 2014).
Os anos seguintes, com exceção de 2015, em que ocorreu uma modesta ampliação, foram
marcados por decréscimos. Em 2017, obteve-se o menor indicador (0,14) da série, em
decorrência de queda na maior parte dos ativos circulantes, principalmente caixa e equivalentes
de caixa. Ressalta-se ainda, que em 2014, a Companhia enfrentou agravamento da situação
financeira, que levou a sua subsidiária MMX Sudeste Mineração S.A. ajuizar pedido de
Recuperação Judicial, que foi aprovado e homologado em 2015. Não obstante, em 2016 ocorreu

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a alienação da UPI Mina, e em 2017 foi aprovada pela Assembléia Geral de Credores, aditivo
ao plano original referente à forma de venda da UPI Fazendas e UPI Terminais (MMX
Mineração e Metálicos S.A., 2015:2018). Dessa forma, percebe-se que os sérios problemas
enfrentados pela empresa a partir de 2013 acabaram por impactar em suas contas.

Figura 13 - Liquidez Corrente MMX

Fonte: Dados da pesquisa

Pela liquidez corrente da Vale (FIGURA 14), nota-se que a empresa demonstrou capacidade de
cumprimento com suas obrigações de curto prazo em todo o período analisado. O menor (1,09)
e maior valor (3,01) ocorreram em 2007 e 2008 respectivamente, conforme oscilações nos
valores circulantes. Em 2007, obteve-se os menores valores de ativos circulantes de todo
período, enquanto 2008 foi marcado por aumento do ativo circulante, com destaque para valores
de disponibilidades e investimentos de curto prazo.

Figura 14 - Liquidez Corrente Vale

Fonte: Dados da pesquisa

O próximo indicador, de liquidez seca, é exibido para a MMX e Vale pelas Figuras 15 e 16,
respectivamente. Com exceção de 2007 e 2009, a Vale demonstrou maior liquidez sem a
necessidade de venda do inventário. Outro aspecto a ser analisado é o impacto que a conta
estoque tem sobre o total de ativos circulantes das empresas. Quando comparados aos
indicadores de liquidez corrente (FIGURAS 13 e 14), infere-se que o impacto do montante
mantido em estoque sobre o ativo circulante, é maior para a Vale, até mesmo porque, a MMX,
após a crise do grupo, reduziu substancialmente seus ativos, entre eles, valor em inventário.
As oscilações na liquidez seca também correspondem às mutações nos valores do passivo e
ativo circulante. Nesse aspecto, a MMX mostrou maior liquidez seca (2,22) em 2010, e menor
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(0,14) em 2017, ano em que apresentou baixo valor de estoque, porém com redução do ativo
circulante (FIGURA 15).

Figura 15 - Liquidez Seca MMX

Fonte: Dados da pesquisa

Sobre a liquidez seca da Vale, também é possível identificar comportamentos similares ao de


liquidez corrente, porém com valores menores, devido exclusão do valor mantido em
inventário. Pela Figura 16, aponta-se o maior valor de liquidez seca (2,49), ocorrido em 2008,
devido proporção das contas consideradas no cálculo. Em contrapartida, em 2007, a
organização teve menor liquidez seca (0,72), advinda do menor valor de ativos circulantes.

Figura 16 - Liquidez Seca Vale

Fonte: Dados da pesquisa

4.2.2. Endividamento
As Figuras 17 e 18 evidenciam o endividamento geral da MMX e Vale. Nota-se que, com
exceção de 2007 e 2010, a MMX empregou maior volume de capital de terceiros para
manutenção de suas atividades. Ressalta-se que a Vale demonstrou endividamento inferior a
um em todos os anos. Logo, nesse período, apresentou capacidade de financiamento de pelo
menos parte de suas atividades com capital próprio.
Sobre o endividamento da MMX (FIGURA 17), percebe-se ampliação nos anos de 2008 e 2009,
consoante movimentos dos valores de passivos e ativos, em que as obrigações se mostraram
superiores aos direitos. Nesses anos, ocorreram quedas nos ativos, principalmente nos valores
de caixa e equivalentes de caixa. O ano de 2010, por sua vez, apresentou o menor endividamento
da série (0,4), em conformidade com redução do passivo circulante, principalmente de
empréstimos e financiamentos.
Nos anos seguintes houve ampliação sequencial do uso de capital de terceiros. Os altos
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indicadores de endividamento dos últimos anos, foram decorrentes das dificuldades já citadas,
que a empresa apresentou. Com a paralisação das atividades houve queda tanto de ativos quanto
passivos, daqueles em maior proporção, ao passo que muitas obrigações independem do volume
produzido e geração de receita. O maior endividamento diz respeito a 2017, em que cerca de
397% de todo capital empregado foi oriundo de fontes terceiras.

Figura 17 - Endividamento geral MMX

Fonte: Dados da pesquisa

Acerca do endividamento geral da Vale, apresentou menores oscilações que da MMX


(FIGURA 18). Em 2008 e 2009 a organização reduziu seu endividamento pela ampliação em
maior proporção de ativos frente a passivos. Já em 2010, ocorreu certa ampliação, seguida por
nova queda em 2011, cujo valor foi o menor do período (0,38). Daí até 2015, ano com maior
endividamento da série (0,6), ocorreram ampliações sequenciais do endividamento, geradas
pelo aumento de passivos, principalmente empréstimos, financiamentos e provisões com
obrigações para desmobilização de ativos. Os dois últimos anos, caracterizaram-se por quedas
no uso de capital de terceiros, consoante ampliação de ativos circulantes e realizável a longo
prazo.

Figura 18 - Endividamento geral Vale

Fonte: Dados da pesquisa

4.2.3. Rentabilidade
Pelas Figuras 19 e 20 são expressos valores referentes a lucro líquido por ação ordinária da
MMX e Vale. A variabilidade é correspondente a diferenças no lucro líquido consequente dos

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fatos expostos, e do número de ações ordinárias em cada ano. Ambas organizações


apresentaram alterações no número de ações ordinárias, principalmente a MMX.
A Figura 19 mostra o resultado da MMX. Nota-se que os maiores valores, 63 e 50,27, foram
em 2016 e 2007 respectivamente, e o menor (-13,71) em 2014.

Figura 19 - Lucro líquido por ação ordinária MMX

Fonte: Dados da pesquisa

A Figura 20, por sua vez, expressa o lucro líquido por ação ordinária da Vale. O maior valor
(11,49) ocorreu em 2011 e o menor (-14,3) em 2015, tendo como causa principal variações no
resultado líquido da empresa, respectivamente impactado pelas oscilações do preço
internacional do minério, sendo que seu número de ações não apresentou variação tal como a
MMX.

Figura 20 - Lucro líquido por ação ordinária Vale

Fonte: Dados da pesquisa

O próximo indicador é o retorno sobre o ativo total (ROA), que mostra a eficiência em gerar
riqueza para o negócio, em relação ao emprego de seus ativos. Apesar das várias dificuldades
enfrentadas pela MMX, o maior indicador referente ao ROA (2,22), ocorreu em 2016, em
virtude da geração de receitas por meio de fontes alternativas já especificadas (FIGURA 21).
Em contrapartida, 2014 teve o menor valor da série (-0,69), o que faz jus ao maior prejuízo do
período, apesar da aplicação de valor mensurável de ativos, com destaque para direitos obtidos
com a emissão de títulos com remuneração variável.

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Figura 21 - ROA MMX

Fonte: Dados da pesquisa

Sobre o ROA da Vale (FIGURA 22), o maior indicador (0,16) ocorreu em 2011, e menor (-
0,13) em 2015. As oscilações representativas são decorrentes dos efeitos da crise de 2009 e
baixa do preço do minério em 2014, que afetaram as contas do ativo e geração de lucro (VALE,
2010; 2014).

Figura 22 - ROA Vale

Fonte: Dados da pesquisa

Por fim, destaca-se o retorno sobre o capital próprio (ROE), que quando enfatizada a MMX
(FIGURA 23), merece atenção ao ponderar divergências sobre o ROA (FIGURA 21). Ao
considerar que a conta da DRE, utilizada no cômputo de ambos os indicadores é a mesma, as
divergências são reflexos das inconstâncias entre ativos e patrimônio líquido. O patrimônio
líquido da MMX em 2008, 2009, 2015, 2016 e 2017 foi negativo, o que permite afirmar que o
montante pertencente aos acionistas, nesses anos, foi composto por dívidas.
O lucro líquido em 2008, 2009 e 2017 também foi negativo, quando confrontado ao patrimônio
líquido, gerou indicadores positivos, com valores expressivos frente a real situação vivenciada
pela organização, com destaque para 2008 e 2014, períodos em que a empresa passava por
reduções de lucratividade. Dessa forma, os resultados expressos pelo ROE não demonstram a
eficiência da empresa em gerar lucro face ao capital próprio.

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Figura 23 - ROE MMX

Fonte: Dados da pesquisa

Já o ROE da Vale (FIGURA 24), apresenta considerável correspondência ao ROA no que tange
as oscilações de valor ano a ano. Como em todos os demais indicadores referentes a
lucratividade, teve ápices em 2007, 2010-2011 e decréscimos em 2009 e 2015. Nota-se que o
maior valor (0,35) se refere a 2007, em função do resultado positivo expressivo diante do menor
valor de patrimônio líquido do período.
A queda em 2009 se decorreu basicamente da redução de receitas, culminando na redução do
lucro. Nos dois anos seguintes, o alto valor do minério no mercado impactou sobre o lucro. A
partir de 2012, a empresa passou por quedas de lucratividade consequentes da queda nos preços
do minério. Por fim, 2015 apresentou o menor valor (-0,33), visto que, passou por redução de
produção para fins de reestruturação. A retomada do indicador ocorreu em 2016, como mostra
a ampliação do lucro disponível.

Figura - 24 ROE Vale

Fonte: Dados da pesquisa

4.3. Crises de 2008 e 2014 e seus impactos sobre o país e o setor em análise
Como supracitado, entrevistou-se dois membros da FIEMG, o primeiro ocupante do cargo de
Gerente de Estudos Econômicos e o segundo, Analista de Estudos Econômicos. O Quadro 2
expõe os resultados referentes a economia brasileira ante às duas crises.

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Quadro 2 – Resultados referentes a economia brasileira (Continua)

Fonte: Dados da pesquisa.

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Quadro 2 – Resultados referentes a economia brasileira (Conclusão)

Fonte: Dados da pesquisa.

Em seguida, foram feitos questionamentos acerca dos impactos das crises sobre o desempenho
do setor de mineração, sua importância, e fatores internos e externos a que está sujeito, cujos
resultados encontram-se expressos pelo Quadro 3.

Quadro 3 - Impactos das crises sobre o desempenho do setor de mineração, sua importância, fatores internos e
externos a que está sujeito (Continua)

Fonte: Dados da pesquisa

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Quadro 3 - Impactos das crises sobre o desempenho do setor de mineração, sua importância, fatores internos e
externos a que está sujeito (Conclusão)

Fonte: Dados da pesquisa

5. Considerações Finais
Pelo presente estudo percebe-se a importância da boa gestão para o alcance de melhores
indicadores de desempenho, ao passo que em alguns casos, os indicadores mais representativos
foram resultado do equilíbrio mantido entre algumas contas envolvidas nos cômputos.
Os resultados sugerem que, como mencionado pelos entrevistados, as crises de 2008 e 2014
não trouxeram impactos negativos expressivos às empresas analisadas, sendo que grande parte

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das oscilações no desempenho ocorreram em consonância com questões internas à organização,


ou ligadas ao segmento em específico, como a queda do preço do minério em 2014. Tal fato
comprova-se ao averiguar que em 2008 ou seguintes a ele, as empresas obtiverem alguns
indicadores com valores melhores, como liquidez corrente, imediata e seca da MMX em 2010;
endividamento geral da Vale em 2011 e da MMX em 2010. Sendo os impactos sentidos
basicamente em 2009, conforme citado nos relatórios das empresas.
Sobre o período a partir de 2013, principalmente procedente a 2014, inferiu-se que as
organizações passaram por turbulências, conforme indicadores de lucratividade, sendo que a
MMX obteve menores indicadores de lucro líquido por ação ordinária e ROA em 2014, menor
ROE em 2013 e menores margens de lucro operacional e lucro líquido em 2017; a Vale por sua
vez, apresentou menores indicadores de lucro líquido por ação ordinária, ROA, ROE em 2015.
Nenhuma das empresas mencionou a crise de 2014, citando apenas a queda do preço do
minério. A MMX se mostra como um caso específico, já que a partir de 2013 passou por sérios
problemas econômico-financeiros, em decorrência da crise do grupo EBX, sendo que em 2014
teve suas atividades paralisadas. Acerca do endividamento geral, percebe-se que os maiores
valores ocorreram em 2015 (Vale) e 2017 (MMX).
Como limitações ressalta-se a ausência de informações profundas acerca das movimentações
das contas, que impossibilita a inferência exata acerca das motivações para as alterações. E a
paralisação das atividades da MMX, que dificulta a generalização dos resultados do setor.
Como estudos futuros sugere-se que membros internos das empresas sejam entrevistados.
Acrescenta-se a isso os recentes fatos ligados a Barragem de Brumadinho (Vale) e a crise do
COVID-19. Ademais, o estudo pode ser estendido a empresas não vinculadas a B3, de forma a
se obter perspectivas mais generalistas sobre o setor de mineração.

REFERÊNCIAS

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B3 – Brasil, Bolsa, Balcão. Setor de atuação. 2018. Disponível em: <http://www.b3.com.br/pt_br/produtos-e-


servicos/negociacao/renda-variavel/empresas-listadas.htm>. Acesso em: Dezembro de 2019.

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Progress. Journal of Management Studies, v.48, n.8, p.1866-1891, 2011.

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