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XXXVIII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO
“A Engenharia de Produção e suas contribuições para o desenvolvimento do Brasil”
1. Introdução
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“A Engenharia de Produção e suas contribuições para o desenvolvimento do Brasil”
Não obstante, este trabalho propõe-se a analisar a aplicação de um modelo DEA para
avaliação de uma rede de lojas varejistas no interior da Bahia, com o objetivo de estabelecer
uma fronteira de eficiência entre todas as DMU’s analisadas e determinar as unidades
eficientes (que servirão de modelo para as demais) segundo o Modelo CCR orientado a
output.
2. Metodologia
Para realização desse estudo foi feito o levantamento inicial dos dados que irão
compor a Análise Envoltória de Dados. Para isso, pesquisou-se, por meio de análise
documental junto ao gestor da rede de empresas em estudo, informações como número de
DMUs da rede de lojas, quantidade de funcionários de cada uma, investimento financeiro
destinado à compras, ativos e pedidos de venda, tudo isso considerando o período de análise
entre 2015 a 2017.
Logo depois, foi realizada a medida da força da relação entre variáveis, conhecida
como análise de correlação. Esta tem por finalidade confirmar o grau de causalidade entre as
variáveis distintas de um único modelo. A verificação estatística serviu para que o
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pesquisador pudesse expandir seu conhecimento sobre os indicadores. Para realizar esta
análise, foi utilizada a ferramenta Microsoft Excel 2013 para processar os cálculos
necessários. O algoritmo de base para a análise de correlação realizada teve como fundamento
a tabela de Pearson citado por Triola (2008, págs.413-415).
Foi processado o modelo DEA, sendo este o CCR com orientação a output, visto que
há forte correlação linear entre as variáveis escolhidas. Assim, por meio do SIAD, foram
obtidos os valores das DMUS consideradas ineficientes e eficientes para o modelo sendo esta
última classificada como unidade com eficiência produtiva (EP).
As informações geradas pelo SIAD nos passos anteriores, foram utilizadas para as
análises de eficiência, pois à medida que cada DMU era classificada como eficiente ou
ineficientes (segundo os pressupostos anteriores), o modelo norteava a tomada de decisão
gerencial.
Por fim, foi gerada uma análise final que serviram de fundamento para que os
resultados obtidos pudessem ser discutidos à luz da literatura, obtendo assim (de maneira
global) as unidades componentes da fronteira de eficiência e que servem de benchmark para
as demais.
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3. Resultados e Discussões
3.1 – Caracterização da empresa
Os dados dos inputs e dos outputs relativos às cinco unidades produtivas em estudo
são do período de 2015 a 2017. Sendo assim, abreviadamente as DMUs serão aqui
denominadas de “UN”, e esta sigla será acompanhada de numeração de um a cinco para
identificar cada unidade participante da análise, obtendo-se dessa maneira as siglas conforme
a Figura 1.
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O modelo a ser utilizado na modelagem DEA será orientado a output, ou seja, deseja-
se aumentar os recursos envolvidos na operação de pedidos de venda e ativos na empresa
(dessa maneira deseja-se aumentar o volume de vendas, movimentação de materiais do
estoque, fidelizar clientes, manter a confiabilidade na entrega de produtos e aumentar a
receita), mantendo-se dessa maneira os inputs constantes.
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Como pode ser observado por meio das Figuras 3 e 4, os resultados obtidos das
análises garantem que há uma forte correlação entre cada par input/output escolhido, ou seja,
existe uma forte correlação entre a quantidade de funcionários e o número de pedidos de
venda, e também existe uma forte correlação entre o par investimento em compras e ativos,
como pode ser visto nos resultados obtidos de “r”, respectivamente, r = 0,935 para o primeiro
par input/output escolhido, e r = 0,994 para o segundo par, já que os resultados das análise se
aproximam do valor 1,0.
Foi escolhido o Modelo DEA CCR com orientação a output para compor a análise de
eficiência a ser analisada, pois, conforme as considerações de Kassai (2002) se há eficiência
de determinada DMU quanto ao Modelo CCR, então esta DMU opera com eficiência
produtiva (EP). Vale salientar que quanto ao Modelo CCR com orientação a input ou output,
ambos resultam num mesmo parecer (ADLER, FRIEDMAN e SINUANY-STERN, 2002
apud RAFAELI, 2009).
Foram inseridos os dados no SIAD v3.0 relativos ao número de DMUs, número de
inputs e de outputs.
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Foi feito o preenchimento da matriz de dados com as informações das DMUs a serem
analisadas, conforme a Figura 6, com a conotação voltada ao Modelo CCR – output. Após
isso, o modelo gerou os resultados que estão dispostos na Figura 7.
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Font
e:
Próprio Autor
Observa-se pela Figura 7 que as DMUs que foram eficientes, segundo o Modelo CCR
com orientação a output, é destacado com resultado padrão igual a 1, ou seja, as unidades que
fazem parte da fronteira de eficiência para o Modelo em estudo são UN1(2015), UN1(2017),
UN2(2017), UN4(2017).
As unidades UN1, UN2 e UN4 são os sistemas produtivos referência para as demais
DMUs analisadas e merecem atenção especial por conta disso.
Com isso, o contexto geral de eficiência em DEA para a rede de lojas varejistas em
estudo pode ser analisada pelos pressupostos a seguir:
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4. Considerações Finais
Diante dos resultados alcançados, pode-se dizer que o objetivo geral desse estudo foi
atingido, visto que por meio da modelagem DEA foi possível visualizar a DMU benchmark
para as demais unidades de forma que a ferramenta pudesse servir de apoio à tomada de
decisão estratégica.
Não obstante, foram identificadas a unidades produtivas que formam a fronteira de
eficiência em DEA, sendo elas as DMUs UN1, UN2 e UN4, com destaque para a empresa
UN1 que no ano de 2015 apresentou resultados ótimos quanto a utilização dos seus recursos,
comportamento este que serve de benchmarking para UN3 que no período de 2015 a 2017
teve ineficiência produtiva que resulta em ineficiência de escala, traduzindo assim a
inabilidade desta empresa de produzir mais outputs usando um dado montante de inputs e na
inadequação da razão entre a quantidade de inputs mais apropriada para a escala de produção
e a quantidade de inputs efetivamente usada pela unidade sob dado nível de produção.
Vale ressaltar que na modelagem DEA abordada, foi utilizado um conjunto limitado
de variáveis (insumos e produtos), e com isso os resultados foram parciais, e assim os
resultados obtidos podem ser considerados como um ponto de partida, de onde investigações
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Um dos destaques da DEA é que ela permite utilizar vários inputs e output para
análise de eficiência relativa entre unidades que produzem os têm os mesmos insumos e
produtos, só diferenciando quanto a magnitude dos fatores utilizados, e assim foi possível
propor uma intervenção para um problema recorrente em empresas que possuem mais de uma
unidade produtiva: estabelecer métodos eficiente para avaliação de desempenho de Unidades
Produtivas, determinar as unidades relativamente eficientes, e as metas (benchmarks) a serem
adotadas para alcance dos objetivos empresariais determinados.
Assim foi possível fornecer aos gestores da empresa em estudo uma nova ferramenta
de auxílio na tomada de decisão, visto que esta ferramenta é relativamente recente, os gestores
não tinham conhecimento do assunto, e tendo bem fundamentado os conceitos e limitações da
DEA, é possível realizar de maneira mais acelerada uma análise global do grupo de lojas em
estudo e perceber as unidades eficientes, estabelecer um plano de ação para as DMUs não-
eficientes e obter melhorias no processo.
Referências
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Operational Research Society. Disponível em: www.researchgate.net?publication/32047675.
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