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XXXVIII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO

“A Engenharia de Produção e suas contribuições para o desenvolvimento do Brasil”


Maceió, Alagoas, Brasil, 16 a 19 de outubro de 2018.

CONTROLE E GERÊNCIA DA
QUALIDADE: ESTUDO DE MÉTODOS E
FERRAMENTAS DA QUALIDADE PARA
MELHORIAS NO PROCESSO DE UMA
ORGANIZAÇÃO
MARIANA SANTOS CERQUEIRA
mariana.santos2526@gmail.com
JOVANA ALMEIDA CAMARGO
jovanaalmeida1@gmail.com
Douglas Magno
domagn2@gmail.com
Flávia Gontijo Cunha
flaviagontijo.c@hotmail.com
Vânia Dos Santos
vania.ventura@uemg.br

Neste trabalho foi realizada uma análise do setor produtivo de uma


empresa de rótulos e etiquetas localizada na cidade de Divinópolis-
MG, com o objetivo de melhorar e organizar o ambiente de trabalho. A
pesquisa desenvolvida baseia-se em artigos acadêmicos, livros,
entrevista com o Engenheiro de Produção responsável por todo o
processo produtivo e também uma visita técnica à empresa. As
observações feitas e a utilização da metodologia PDCA proporcionou
maior organização no cenário produtivo da empresa e através de uma
das ferramentas da qualidade, sendo esta o 5S, foi realizada a
padronização deste com o intuito de manter o setor estruturado,
criando uma gestão que busca a melhoria contínua nos processos.

Palavras-chave: QUALIDADE, PDCA, 5S


XXXVIII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO
“A Engenharia de Produção e suas contribuições para o desenvolvimento do Brasil”
Maceió, Alagoas, Brasil, 16 a 19 de outubro de 2018.
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1. Introdução
A gestão da qualidade consiste em um conjunto de técnicas e procedimentos focados em
melhorar o processo produtivo ou a prestação de serviços de uma determinada empresa,
através da teoria e utilização de métodos e ferramentas da qualidade. Com a constante
evolução e o fácil acesso a informações, clientes estão cada vez mais exigindo produtos e
serviços com qualidade. No entanto, proporcionar satisfação aos clientes sejam eles internos
ou externos, requer que as organizações estejam em constante desenvolvimento, revisando
seus processos produtivos para garantir sua subsistência no mercado. O controle e
gerenciamento da qualidade, com foco na melhoria contínua dos processos e produtos, se
torna um diferencial competitivo para as organizações, possibilitando ações ágeis e rápidas,
tomada de decisões inteligentes e flexibilidade para adaptação às exigências de consumo.

A implantação de métodos com foco na melhoria depende do empenho e compreensão de


todos os envolvidos, pois não basta somente novas tecnologias para que projetos sejam
sustentados. Além destes, é indispensável à utilização de ferramentas da qualidade para assim
reduzir ou até mesmo eliminar desperdícios com o intuito de obter controle e qualidade nos
processos.

Uma das metodologias de gestão é o ciclo PDCA, que tem por objetivo tornar os processos da
organização mais ágeis, claros, objetivos, possibilitando planejar processos, aplicá-los, prever
falhas, solucioná-las, conferir resultados, controlar e melhorar os processos de uma forma
contínua. Esta ferramenta possui uma vasta área de aplicação, podendo ser útil a diferentes
tipos de empreendimentos, desde grandes indústrias a pequenos comércios. Assim como a
filosofia Kaizen, o ciclo PDCA tem como foco principal a melhoria contínua para que as
indústrias consigam melhorar o nível de gestão a cada dia.

Desenvolver o ciclo PDCA para identificar possíveis melhorias na organização e em seguida


utilizar programas a fim de padronizar e organizar o projeto desenvolvido é uma forma
eficiente para obter aperfeiçoamento nos produtos e processos. O programa 5S tem como base
os cinco sensos, sendo eles: Seiri, Seiton, Seiso, Seiketsu, Shitsuke. Desenvolvido no Japão,
também é uma ferramenta que visa à melhoria contínua. As organizações que implantam o 5S
buscam se desenvolver no que diz respeito a qualidade, organização e otimização dos
processos, independentemente do ramo ou porte.

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O artigo proposto tem como intuito abordar de forma clara e objetiva o tema controle e
gerencia da qualidade: estudo de métodos e ferramentas da qualidade para melhorias nos
processos de uma organização. De forma detalhada, este descreve sobre controle e gerencia da
qualidade e sua história, método PDCA e a ferramenta 5S, a descrição de um projeto de
melhoria com a utilização de método e ferramenta da qualidade em uma empresa de rótulos
de etiquetas e a seguir conclusão sobre o presente artigo. Portanto foi necessário o emprego de
pesquisas bibliográficas, bem como entrevista com o responsável pelo gerenciamento
industrial da empresa, análise do ambiente de trabalho e aplicação de ferramentas.

2. Referencial Teórico

2.1 Controle da qualidade

Segundo Seleme e Stadler (2010), o controle da qualidade surgiu nos Estados Unidos, para
que as organizações conquistassem diferencial competitivo, ou seja, para que pudessem
assegurar sua subsistência no mercado. A análise da qualidade iniciou-se no século XX com o
estatístico Walter Andrew Shewhart, onde atingir a maior qualidade possível em máquinas
para guerra era seu principal objetivo.

Com o fácil acesso a informações e clientes cada vez mais exigentes, as empresas precisam de
produtos ou serviços com qualidade e processos produtivos, para que assim consigam
diferencial competitivo de forma a atender as necessidades dos clientes. Atingir tal
competitividade, requer administrar de forma excelente os negócios. NETO E CANUTO
(2010)

Conforme Carvalho e Paladini (2012), controlar e gerenciar empresas para que produtos ou
serviços apresentem qualidade, exige profissionais com visão macro dos processos, onde o
conhecimento dos métodos e ferramentas da qualidade são importantes para auxiliar nas
tomadas de decisões.

O Controle e Gerencia da Qualidade, deve ser desenvolvido de forma a seguir procedimentos


para assim almejar o resultado desejado. Os métodos e ferramentas criados para auxiliar as
empresas no que diz respeito a qualidade, possuem diferentes conceitos conforme definição a
seguir:

Podemos definir, então, método como a sequência lógica empregada para atingir o
objetivo desejado, enquanto ferramenta é o recurso utilizado no método. Portanto, o
que resolve os problemas nos processos produtivos e operacionais é o método, e não
a ferramenta ou as ferramentas. (SELEME E STADLER, 2010, p. 26).

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Selene e Stadler (2010) ainda ressalta que o conjunto de método e ferramenta proporciona
resultados extremamente importantes para a qualidade de produtos e processos.

De acordo com Seleme e Stadler (2010), o Japão, após a Segunda Guerra Mundial,
preocupado com sua economia, pois esta não estava em boas condições, desenvolveu uma
parceria com os americanos. Fatores técnicos e humanos foram os temas em discussão em
encontros realizados entre japoneses e americanos. Os grupos de Círculos de Controle de
Qualidade (CCQ) foi somente uma das ferramentas utilizadas no Programa de Controle de
Qualidade desenvolvido no Japão pelos estudiosos americanos e pela União Japonesa de
Cientistas e Engenheiros (Juse).

Nos tempos passados, a qualidade era conceituada apenas na qualidade dos produtos, mas
cada vez mais se desenvolve o conceito de que a Gestão da Qualidade além da análise dos
produtos, tem como foco a qualidade dos processos, relada Paladini (2010). Com este
conceito, utilizar técnicas criadas pelos gurus da qualidade, como por exemplo o método
PDCA e o programa 5S, que serão citados posteriormente, se tornam indispensável para
manter a qualidade, produtividade e competitividade das empresas.

2.2 Método PDCA

Rodrigues (2014) diz que o ciclo PDCA é utilizado para auxiliar na proposta de melhoria
contínua nos processos de uma organização, além de proporcionar controle da qualidade,
podendo discernir erros no que diz respeito aos resultados estabelecidos. Criado pelo
estatístico Walter Shewhart nos Estados Unidos em 1930 e extensamente utilizado por W.
Edwards Deming o ciclo PDCA possibilitou dar segmento as ferramentas da qualidade de
forma eficiente.

O ciclo PDCA é composto por quatro fases, inicia-se com o planejamento (Plan – planejar), o
resultado desta etapa é executado (Do – executar), então verifica-se os resultados obtidos na
etapa anterior (Check – verificar) e, para finalizar o ciclo, caso os resultados não estiverem de
acordo com o planejamento, ações corretivas são realizadas (Action - agir).

Para melhor compreensão, de acordo com Seleme e Stadler (2010), o método está dividido em
quatro etapas como pode ser observado a seguir:

a) Plan: planejar - objetivos que a organização pretende alcançar são definidos, além de
meios como plano de ação, para que se possa chegar aos objetivos estabelecidos;

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b) Do: executar - o plano de ação desenvolvido para atingir os objetivos é executado e


sendo realizados treinamentos necessários;
c) Check: verificar - análise dos resultados obtidos após a execução é realizada, para que
assim possa comparar com os objetivos estabelecidos;
d) Action: agir – através dos resultados encontrados na análise anterior, ações são
estabelecidas a fim de realizar correções caso seja necessário e assim promover a
melhorar continuamente.

2.3 Cinco sensos

Uma das ferramentas utilizadas no controle e gerencia da qualidade é o programa 5S (cinco


sensos). Esta permite padronizar e manter o processo organizado e produtivo. Segundo
Camargo (2011), o programa 5S foi criado por Kaoru Ishikawa em 1950, após a segunda
Guerra Mundial, com o intuito de organizar a desordem que ficou no Japão após a guerra. A
utilização do programa 5S aponta resultados positivos no que diz respeito à organização das
empresas, com isso, esta ferramenta continua sendo considerada essencial até os dias de hoje
no Japão. O programa 5S também é visto como direção para implantação das normas ISO
(Organização Internacional para Padronização).

Implantar o programa carece mudanças de atitudes e comportamento do pessoal. Alguns


principais objetivos do programa 5S são: a melhoria do ambiente de trabalho; incentivo à
criatividade; eliminação de desperdício; desenvolvimento do trabalho em equipe e melhoria
da qualidade de produtos e serviços. Os cinco sensos, são de origem japonesa e segundo
Seleme e Stadler (2010) possuem os seguintes significados:

a) Seiri (Senso de utilização) - selecionar o que é e o que não é útil no ambiente de


trabalho, retirando ferramentas, e utensílio desnecessários, tendo em vista a utilização
racional;

b) Seiton (Senso de organização) – além das ferramentas e utensílios que deverão


permanecer no setor serem úteis, é necessário que estejam em locais apropriados e
organizados, permitindo fácil e rápido acesso;

c) Seiso (Senso de limpeza) – supervisionar o ambiente de trabalho no que diz respeito a


sujeiras, pois elementos que se mostram sujos, indicam problemas no equipamento;

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d) Seiketsu (Senso de saúde) – trata-se de uma organização e limpeza de forma eficiente,


que recorrer aos recursos disponíveis usando-os da melhor forma posível. No entanto,
isto proporcionará um ambiente de trabalho saudável que permite bem-estar dos
colaboradores;

e) Shitsuke (Senso de disciplina) – fixar os outros quatro sensos anteriores, com o intuito
de conscientizar os funcionários da importância do autodesenvolvimento e da melhoria
contínua de forma a beneficiar a organização.

Alguns gerentes e diretores ainda entendem o programa 5S somente como uma forma de
organizar, limpar um escritório ou um setor da fábrica, mas o programa além de promover tais
itens, trata-se de uma mudança de cultura dentro da organização, iniciando no presidente e
finalizando no menor cargo dentro da hierarquia. Quando bem implantado, funcionários são
estimulados a combater o desperdício de tempo e de recursos em geral, onde estes se
preocupam em cuidar do patrimônio da organização, do espaço de trabalho e lutam para
deixar mais agradável o ambiente.

No entanto, controlar e gerenciar a qualidade de produtos e processos com o auxílio de


métodos e ferramentas da qualidade propicia a organização um ambiente de trabalho eficiente
além de sustentar a empresa no mercado devido às melhorias contínuas que oferecem
diferencial competitivo.

3. Metodologia

Buscando analisar o tema proposto, a abordagem metodológica para desenvolver o presente


artigo foi através de pesquisas em artigos acadêmicos, livros, entrevistas e análise do processo
produtivo da empresa base. A pesquisa se iniciou com análise de livros para obter
conhecimento teórico sobre o tema, na segunda fase, foi realizada uma entrevista com o
engenheiro de produção, responsável pelo gerenciamento industrial da empresa, de modo a
atingir com maior veracidade o conhecimento dos métodos utilizados nos processos e auxiliar
em tomadas de decisões do setor analisado. A terceira fase foi analisar o ambiente de trabalho
a ser melhorado e em seguida reuniões foram ministradas para tomada de decisões precisas.

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4. Resultados e discussões

Projetos de melhoria contínua nos processos proporciona a empresa resultados positivos


consistentemente e é extremamente importante para estabelecer métodos eficientes e que
possibilita a empresa atingir um nível maior de competitividade.

Métodos e ferramentas da qualidade são utilizados na empresa com o intuito de propor


melhorias nos processos, eliminando desperdícios e proporcionando um ambiente de trabalho
seguro. O ciclo PDCA, possibilitou primeiramente identificar o setor a ser otimizado, em
seguida, foi feito o levantamento de dados do setor atual e de como ficará a seguir das ações e
por fim medidas para manter a eficiência deste.

Na etapa Plan, análises de todo o processo envolvido no projeto são desenvolvidas, no qual
visa identificar os pontos de melhoria que serão focados. Sendo assim, foi possível determinar
objetivos e metas a serem alcançadas e em seguida foi feita a enumeração de ações que devem
ser aplicadas. Nesta fase também foi realizado verificação da viabilidade técnica e econômica
das ações propostas para melhoria, escolhendo assim, aquelas que atende melhor às restrições
e necessidades apresentadas pela organização.

O ponto de melhoria que teve como foco foi no setor de cartonagem da empresa base, na qual
havia um ambiente de trabalho desorganizado, causando desperdícios e riscos aos
colaboradores, além de um layout ineficiente.

Com análises do processo foi possível encontrar o seguinte cenário:

a) Local desorganizado, com materiais espalhados, peças de máquinas que não são
utilizadas, mangueiras de tinta da máquina e do sistema de ar comprimido soltas no
setor, espelho quebrado, compartimento identificado para estopas sujas, porém dentro
encontra-se materiais diversos misturados como: luvas, pedaços de mangueiras, copos
de teste de viscosidade e pedaços de lâminas;
b) A máquina encontrava-se sem produção no momento da inspeção, porém
completamente suja;
c) Grande quantidade de produtos químicos armazenados, solvente acondicionados em
frascos inadequados e em quantidade não permitida, galão contendo vinte litros de
solvente próximo a painéis elétricos, produtos químicos sem identificação;
d) Vários pedaços de lâmina espalhada pelo local e na máquina;

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e) Mangueiras de ar comprimido com várias emendas espalhadas pelo chão; mangueiras


do sistema de ar para secagem presas com fita adesiva;
f) Painel elétrico da máquina aberto; correias, polias, eixos, engrenagens sem proteção
(risco alto de acidentes graves);
g) Espaço inadequado para a execução do serviço dos coloristas.

Com tais resultados, foi realizado um brainstorming, “tempestade de ideias” em português, na


qual teve como objetivo identificar ações para sanar o problema de desorganização,
desperdícios e riscos para o colaborador no posto de trabalho analisado.

As ações propostas foram descritas e são as seguintes:

Quadro 1 – Ações propostas para organizar o setor de cartonagem

AÇÃO O QUE FAZER? COMO? QUEM? QUANDO?


Utilizando os equipamentos do setor de
manutenção para colocar a divisória de
1 Afastar divisória Manutenção 21/08/2017
compensado a 80 cm do local em que está
fixada atualmente
Categorizar insumos
2 nas prateleiras de uso Através da identificação das prateleiras Estagiário 28/08/2017
do colaborador

Utilizando fitas de demarcação de pisos e


Demarcar insumos
3 placas de identificação, separando os Estagiário 28/08/2017
no piso
insumos dos recipientes de descarte.

Estabelecer locais Utilizando fitas para demarcação dos


4 fixos para matéria- locais onde os pallets deverão ser Estagiário 30/08/2017
prima e produto final alocados

Evidenciar os pontos
Através de treinamentos com Técnico de
de risco e enfatizar os
5 colaboradores responsáveis pela atividade Segurança 04/09/2017
recursos para evitar
realizada no setor do Trabalho
acidentes
Fonte: Autores (2017)
Finalizada a etapa Plan, ações estabelecidas são conduzidas a fim de que sejam executadas.
Na etapa Do é importante acompanhar e analisar todo o processo de execução das ações.

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Com o auxílio da equipe de manutenção, supervisor do setor, colaborador responsável por


operar a máquina, auxiliares do processo, técnico da Saúde e Segurança do Trabalho e o
Engenheiro de Produção, responsável pelo gerenciamento da empresa, as ações definidas na
etapa Plan foram realizadas. Em seguida, em um segundo brainstorming concluiu-se que a
utilização do programa 5S seria uma eficiente alternativa para manter o local organizado e
seguro. Isto se deve ao fato de que esta ferramenta da qualidade proporciona organização,
redução de custos, redução de energia, bem-estar do homem, melhor qualidade, prevenção de
acidentes, aumenta a produtividade, incentiva a criatividade, melhoria no ambiente de
trabalho e maior envolvimento e participação, sendo estas, necessidades da empresa para
aquele determinado posto de trabalho. Sendo assim, desenvolveu-se o formulário (figuras 1 e
2) para auxiliar nas auditorias internas após execução das ações citadas anteriormente.
Figura 1 – Modelo de checklist auditoria 5S (parte 1)

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Fonte: Autores (2017)


Figura 2 – Modelo de checklist auditoria 5S (parte 2)

Fonte: Autores (2017)

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Finalizada a etapa Do, continua-se o ciclo através da etapa Check, que é avaliar todo o
processo realizado e assim desenvolver uma comparação entre o planejamento e a execução,
na qual visa verificar o atingimento do objetivo proposto.
Os resultados obtidos através desta comparação foram que a execução atendeu o
planejamento das ações, tornando um ambiente de trabalho organizado e seguro. Auditorias
são realizadas para manter o setor organizado além de descrever possíveis melhorias a fim de
que o processo seja cada vez mais eficiente.
A etapa Action permitiu concluir a eficácia dos resultados obtidos e realizar ações corretivas,
para melhorar continuamente o processo e manter o posto de trabalho organizado. Auditorias
internas continuarão sendo realizadas diariamente, na qual irá verificar a organização do posto
de trabalho com base nos cinco sensos, este a fim de pontuar o setor de alguma forma.
Informativo de desempenho do setor (figura 3) será exposto no mural do mesmo. Assim, a
gerência poderá tomar decisões com base nestes resultados.
Figura 3 – Informativo de desempenho semanal

Fonte: Autores (2017)


O projeto desenvolvido proporcionou maior organização no posto de trabalho, segurança para
os colaboradores, agilidade no processo produtivo e consequentemente menor índice de
acidentes de trabalho e aumento da lucratividade.

5. Considerações finais

Controlar e gerenciar produtos e processos com foco na qualidade dos mesmos tornou-se
necessário para toda e qualquer organização que busca se destacar no mercado. Com

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exigências e informatização dos clientes, oferecer produtos e processos eficazes e com


qualidade se torna cada vez mais necessário. Através de esforços e visão da necessidade do
controle e gerência da qualidade, estudiosos possibilitaram e ainda estão proporcionando as
empresas do mercado atual auxilio para atender todas estas exigências do mercado, através
das ferramentas de qualidade e com a teoria das mesmas.

Planejar projetos e padronizá-los é necessário para obter processos enxutos e redução nos
custos, oferecendo consequentemente maior lucratividade. De nada adianta planejar, fazer,
verificar e agir sem elaborar programas para padronização e sustentabilidade dos projetos.

As atividades desenvolvidas neste artigo propiciaram grande conhecimento no que diz


respeito a gerenciamento e controle da qualidade, gestão por resultados, análise de
produtividade, geração de índices de controle e análises para melhoria contínua. Foi possível
compreender que através de índices de controle, pode-se analisar a eficiência do processo
produtivo além de auxiliar na tomada de decisão para que esta seja feita da melhor forma
possível. No entanto, é importante conhecer e dominar as variáveis do processo para saber
identificar corretamente os pontos críticos para o bom desempenho do mesmo.

REFERÊNCIAS
CAMARGO, W. Controle de Qualidade Total. Rede E-tec Brasil – Instituto Federal – Curitiba – PR – 2011.
CARVALHO, M.M. Paladini, E.P. Gestão da Qualidade. Editora Elsevier Ltda. 2012.
NETO, P.L.O.C; Canuto, S.A. Administração com Qualidade: conhecimentos necessários para a gestão
moderna. Editora Edgard Blucher Ltda. 2010.
PALADINI, E.P. Gestão da Qualidade: teoria e prática. Editora Atlas S.A. 2010.
RODRIGUES, M.V. Entendendo, aprendendo e desenvolvendo, Sistema de Produção Lean
Manufacturing. Editora Elsevier Ltda. 2014.
SELEME, R; Stadler, H. Controle da qualidade: as ferramentas essenciais. Editora Ibepex Dialógica; 2ª ed.
2010.

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