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RESUMO
Este artigo tem por objetivo a melhoria do processo de abastecimento de mantas de porta malas,
com foco na redução tempo, ergonomia e qualidade aplicando o Diagrama de Espaguete como uma
das ferramentas da Qualidade. Qualidade, segundo a ISO (International Standardization
Organization), é a adequação e conformidade dos requisitos que a própria norma e os clientes
estabelecem. Ou seja, a excelência de um produto ou serviço. A utilização das ferramentas da
qualidade permite um maior controle e melhoria dos processos. São utilizadas para analisar e propor
soluções para os problemas que interferem no desempenho da operação. Sobre essa ótica, a
ferramenta Diagrama de Espaguete foi aplicada em um dos processos da empresa BMW DO
BRASIL LTDA (CNPJ 00.882.430/0011-56). Para isso, realizou-se uma avaliação de tempo e
ergonomia na atividade de abastecimento de mantas, como instrumento de coleta de dados.
Ergonomia é a disciplina científica que visa o entendimento das interações entre humanos com as
máquinas, equipamentos e condições de trabalho a fim de otimizar o bem-estar humano e o
desempenho geral do sistema. Através da avalição, foi constatado que para o operador realizar o
abastecimento era necessário subir e descer a escada, suscetível a acidentes. Com a aplicação da
ferramenta, realizou-se a mudança no layout dos carrinhos de mantas resultando na redução de 35
segundos em tempo de ciclo, além da qualidade do processo e ergonomia para o colaborador.
1. INTRODUÇÃO
O mercado está cada vez mais exigente e seletivo quanto a qualidade dos produtos e serviços
oferecidos pelas empresas, e por isso, tornou-se um alvo constante a ser atingido. Ocorre que, sem
um padrão adequado, nenhuma empresa consegue se manter no mercado e, principalmente,
competir com outras. Qualidade é a correção dos problemas e de suas causas ao longo de toda a
série de fatores relacionados com marketing, projetos, engenharia, produção e manutenção, que
exercem influência sobre a satisfação do usuário (FEIGENBAUM, 1986).
O presente artigo visa a importância da qualidade e suas ferramentas nos processos e tomada
de decisão dentro de uma organização. Para tal, optou-se por uma metodologia de avaliação para
melhor entendimento sobre as causas de problemas e as oportunas ações de melhorias dentro de
uma organização.
O desenvolvimento deste trabalho justifica-se pela importância e necessidade do
mapeamento e controle dos processos que podem afetar na produtividade, qualidade e ergonomia,
por meio da ferramenta que será apresentada no estudo.
O artigo está organizado por seções e cada tópico está descrito de forma clara e coerente.
Após essa introdução, o segundo tópico apresenta os conceitos de qualidade enfatizando a
importância para as organizações. O terceiro aborda as ferramentas da qualidade. O quarto, conceito
e importância da ergonomia nos processos. Com a realização da avaliação e tendo como objeto de
estudo uma empresa do ramo de fabricação de automóveis, o artigo traz os materiais e métodos
utilizados para a elaboração estudo e também identifica e propõe um conjunto de fatores
determinantes para a efetiva utilização das ferramentas da qualidade.
2. CONCEITO DE QUALIDADE
3. FERRAMENTAS DA QUALIDADE
Ferramentas são métodos usados para coletar dados para analisar e otimizar métodos,
sempre tentando solucionar problemas e melhorar o desempenho de processos produtivos, ajudando
a minimizar retrabalhos e desperdícios em uma organização para maximizar os lucros. Essas
ferramentas visam analisar, identificar problemas, gerenciar e padronizar melhorias de processos.
O ciclo PDCA é uma ferramenta de gestão que busca continuamente melhorar e controlar
processos e produtos, identificar as causas dos problemas e promover soluções um processo é
construído de atividades planejadas e repetitivas sem um fim definido que muda a gestão de uma
organização o processo é ágil e capaz de alcançar excelentes resultados de gestão. PLAN
(planejamento) para determinar as tarefas, visões, metas (objetivos), procedimentos e processos
(metodologias) necessários para alcançar resultados; DO (fazer) executar, executar ações; VERIFY
(controle) verifica e avalia periodicamente resultados, avalia processos e resultados em relação a
objetivos planejados, especificações e estado desejado, consolida dados, finalmente produz
relatórios; ACT (Ação) Ação em avaliações e relatórios que, em última análise, definem e
desenvolvem novos planos de ação para melhorar a qualidade, eficiência e eficácia, melhorar o
desempenho e corrigir erros potenciais.
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3.3 BRAINSTORMING
3.4 PROGRAMA 5S
A ferramenta 5W2H foi desenvolvida nas indústrias automobilística do Japão com o intuito
de promover a melhoria em especial na fase de planejamento, apresenta a possibilita, e identificar
dados e rotinas mais significativas de um projeto ou de uma unidade de produção, utilizado
principalmente no mapeamento e padronização de processos, na elaboração de planos de ação e no
estabelecimento de procedimentos associados e indicadores. (ARAUJO, 2017).
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Um diagrama de espaguete é uma ferramenta enxuta que ajuda a criar um layout ideal
baseado em observações de distâncias percorridas durante uma atividade ou processo específico
(FREITAS, 2013). Esta ferramenta utiliza como base um desenho que mostra as movimentações de
materiais ou pessoas de acordo com um fluxo de processos já definido. O nome de espaguete vem
da semelhança com um prato de macarrão espaguete, uma vez que as trajetórias não são lineares e
possivelmente se cruzem em vários pontos.
Por meio da utilização deste diagrama torna-se mais fácil a visualização de oportunidades de
melhorias nos deslocamentos de materiais e pessoas, otimizando lead time, ergonomia, redução de
custos, etc.
O tempo economizado durante o processo de trabalho pode ser utilizado de forma mais
eficiente, auxiliando na redução do tempo de espera do paciente na recepção, atrasos nas
consultas e aumento da produtividade da equipe, melhorando assim a qualidade do
atendimento ao paciente (UDDIN, 2013).
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Um bom levantamento pode excluir atividades que não trazem valor agregado ou enfatizar
atividades que trazem valor agregado, por exemplo: uso inteligente do espaço físico
existente, facilitação da comunicação entre os participantes, facilitação de atividades visuais.
facilitar a entrada, saída e movimentação de pessoas e materiais, facilitar a manutenção dos
recursos e garantir o fácil acesso, manter distância entre indústrias que produzem produtos ou
serviços que possam se contaminar e cumprir os requisitos obrigatórios de segurança do
trabalho (MUTHER),1976).
4. ERGONOMIA
Ergonomia é o estudo da relação que existe entre o homem e a forma como ele executa seu
trabalho, analisando a postura e os movimentos corporais das pessoas, medindo os esforços e
movimentos repetitivos, além também de analisar os equipamentos utilizados na operação. O
principal objetivo é garantir a integridade do operador sem intervir na eficiência produtiva Mesmo
em ambientes industriais modernos, onde a automação industrial impera, existem equipes atuando
efetivamente e, por isso, a ergonomia precisa estar presente. Somente com a adequada avaliação das
condições do ambiente ocupacional, as possíveis intervenções e correções de problemas que
prejudicam os trabalhadores poderão ser solucionadas.
Resumidamente, podemos dizer que a ergonomia é: adaptação inteligente, confortável e
produtiva do trabalho ao homem (PADILHA, 2013, p. 14).
Para Couto (2002), o método de trabalho é um dos principais causadores de problemas
ergonômicos, contudo podemos minimizá-los aplicando uma regra básica de utilização do corpo
para o trabalho:
• Deverá haver um local fixo, definido, para as ferramentas e materiais: logo o trabalhador
memorizará o esquema do posto de trabalho e realizará seu trabalho mais facilmente.
• Situar as ferramentas e materiais na ordem de sua utilização: isso evitará que o trabalhador
desloque seu corpo para fora do eixo natural, evitando movimentos que possam ser nocivos.
• Sempre que possível, transferir para dispositivos o trabalho de segurança, fixar e sustentar as
peças: quando a mão humana é utilizada para segurar algum dispositivo, é melhor fixá-lo em
uma morsa, por exemplo.
• Combinar duas ou mais ferramentas, se necessário: o estudo da tarefa é fundamental para
definir as melhores ferramentas.
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• Adequar a empunhadura das ferramentas, de forma a fazer contato com toda superfície da
mão: para superfícies verticais os cabos devem ser em pistolas; para superfícies horizontais,
retos.
• Evitar esforços manuais em pinça, somente admiti-los para atividade de precisão: o
trabalhador que realiza o movimento de pinça forçado é mais suscetível a distúrbios de
membros superiores.
• Evitar trabalhos na parte de trás de uma peça: esses movimentos costumam ocasionar
movimentos de compressão nervosa e fora do eixo natural.
• Prover iluminação adequada à exigência visual da tarefa: evita desperdício de tempo na
realização da tarefa.
• Acertar o plano de trabalho individualmente para cada operador: cada tipo de trabalho ou
peso da peça tem uma altura adequada. Por exemplo: A altura do trabalho pesado é o osso
púbis do operador, trabalhos moderados são no cotovelo e trabalhos leves ou de empenho
visual são a 30cm dos olhos.
• Distribuir o trabalho de acordo com a capacidade das pernas, dedos e mãos: as pernas devem
ser utilizadas para fazer força. A movimentação precisa é realizada pelos membros
superiores e mãos, punhos retos e dedos devem realizar movimentos precisos e delicados.
5 MATERIAIS E MÉTODOS
O método de pesquisa escolhido foi o estudo de caso, pois se entende que apresenta melhor
aderência ao objetivo e às questões que nortearam o estudo. Bruney, Herman e Schoutheete (in
DUARTE e BARROS, 2006, p. 216) definem estudo de caso como “análise intensiva, empreendida
numa única ou algumas organizações reais.” Para eles, o estudo de caso reúne informações
numerosas e detalhadas para apreender a totalidade de uma situação.
O estudo de caso é um tipo de pesquisa qualitativa e/ou quantitativa, entendido como uma
categoria de investigação que tem como objeto o estudo de uma unidade de forma aprofundada,
podendo tratar-se de um sujeito, de um grupo de pessoas, de uma comunidade etc. (PRODANOV;
FREITAS, 2013).
A avaliação do processo foi realizada em conjunto com o colaborador responsável pela
execução da atividade de abastecimento de mantas com a supervisão do líder da área. Para atingir
os propósitos desse estudo, buscou-se mapear os pontos críticos e oportunidades de melhoria para
definição da ferramenta utilizada.
6 RESULTADOS E DISCUSSÃO
7 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
ARAÚJO, A. L. S. de. Gestão da qualidade: implantação das ferramentas 5S e 5W2H como plano
de ação no setor de oficina em uma empresa de automóveis na cidade de João Pessoa-PB. 57f.
2017. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Engenharia de Produção Mecânica) –
Universidade Federal da Paraíba; Departamento de Engenharia de Produção, João Pessoa, PB,
2017. Disponível em: <
https://repositorio.ufpb.br/jspui/bitstream/123456789/13421/1/ALSA05122018.pdf>. Acesso em:
outubro 2022.
COUTO, Hudson de Araújo. Ergonomia Aplicada ao Trabalho em 18 Lições. Belo Horizonte: Ergo,
2002.
DUARTE, J. ; BARROS, A.. Métodos e Técnicas de Pesquisa em Comunicação. São Paulo: Atlas
S.A, 2006.
MUTHER, R. Planejamento do Layout: Sistema SLP. São Paulo: Edgard Blucher, 1976.
SANTIN, K.R. Proposta de padrão técnico de processo para uma indústria alimentícia no oeste
catarinense. 83f. 2018. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Administração) –
Universidade Federal da Fronteira Sul, Chapecó, SC, 2018.
UDDIN, M. et al. SmartSpaghetti: Use of Smart Devices to Solve Health Care Problems. IEEE.,
Norfolk, USA, 978-1-4799-1310-7, 2013. Disponível em:
file:///C:/Users/Samira/Downloads/06732598%20(2).pdf. Acesso em: Outubro, 2022.