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CENTRO UNIVERSITÁRIO FAVENI

EVERTON CORREA MORAES DE OLIVEIRA

UTILIZAÇÃO DAS FERRAMENTAS PDCA E PADRONIZAÇÃO PARA MELHORIA


E MANUTENÇÃO DE RESULTADOS

CESÁRIO LANGE
2023
CENTRO UNIVERSITÁRIO FAVENI

EVERTON CORREA MORAES DE OLIVEIRA

UTILIZAÇÃO DAS FERRAMENTAS PDCA E PADRONIZAÇÃO PARA


MELHORIA E MANUTENÇÃO DE RESULTADOS

Trabalho de conclusão de curso


apresentado como requisito parcial à
obtenção do título de MBA em Logística
Operacional.

CESÁRIO LANGE
2023
UTILIZAÇÃO DAS FERRAMENTAS PDCA E PADRONIZAÇÃO PARA
MELHORIA E MANUTENÇÃO DE RESULTADOS

Everton Correa Moraes de Oliveira1,

Declaro que sou autor(a)¹ deste Trabalho de Conclusão de Curso. Declaro também que o mesmo
foi por mim elaborado e integralmente redigido, não tendo sido copiado ou extraído, seja parcial ou
integralmente, de forma ilícita de nenhuma fonte além daquelas públicas consultadas e corretamente
referenciadas ao longo do trabalho ou daqueles cujos dados resultaram de investigações empíricas por
mim realizadas para fins de produção deste trabalho.
Assim, declaro, demonstrando minha plena consciência dos seus efeitos civis, penais e
administrativos, e assumindo total responsabilidade caso se configure o crime de plágio ou violação aos
direitos autorais. (Consulte a 3ª Cláusula, § 4º, do Contrato de Prestação de Serviços).

RESUMO - Grande parte das empresas que apresentam um crescimento rápido trazem consigo alguns
problemas devido à falta de tempo e planejamento. Com o surgimento de alguns problemas e
dificuldades torna-se imprescindível o uso de ferramentas da qualidade para melhorar a eficiência dos
processos e a excelência dos produtos. A ferramenta PDCA (plan, do, check, action) serve para
identificar e solucionar os problemas buscando o melhoramento contínuo. A Padronização, por sua vez,
garante que os processos continuem sem apresentar os problemas já sanados pelo PDCA, gerando
maior fluxo e produtividade. Este trabalho estuda a utilização das ferramentas PDCA e Padronização em
empresas que apresentam problemas com atraso nas entregas de seus produtos e buscam, como tantas
outras, uma maior lucratividade e melhor atendimento às exigências de seus clientes. Cada vez que um
problema é identificado e solucionado, o sistema produtivo passa para um patamar superior de qualidade,
pois os problemas são vistos como oportunidades para melhorar o processo.

Palavras-chave: PDCA. Padronização. Ferramentas de Qualidades. Processos Industriais. Melhoria.

1
everton.moraes2007@hotmail.com
1 INTRODUÇÃO

Atualmente, pode-se observar a alta competitividade entre as empresas e a


necessidade de se buscar constantemente melhorias nos processos e nos produtos.
Com o mercado globalizado, os consumidores estão mais exigentes com relação
à qualidade e à rapidez dos produtos e serviços. Isso faz com que as empresas
aumentem seus esforços no sentido de melhor atender às exigências de seus clientes e
a eliminar desvios que eventualmente ocorrem durante o percurso.
O Ciclo PDCA — também chamado de Ciclo de Deming ou Ciclo de Shewhart —
é uma ferramenta de gestão que tem como objetivo promover a melhoria contínua dos
processos por meio de um circuito de quatro ações: planejar (plan), fazer (do), checar
(check) e agir (act). O intuito é ajudar a entender não só como um problema surge, mas
também como deve ser solucionado, focando na causa e não nas consequências. Uma
vez identificada a oportunidade de melhoria, é hora de colocar em ação atitudes para
promover a mudança necessária e, então, atingir os resultados desejados com mais
qualidade e eficiência (CAMPOS, 1991, p.146).
Segundo Soares (2004, p. 35), “[...] na condição de ferramenta de melhoria
contínua e solução de problemas, o PDCA facilita a buscar as causa dos problemas,
efetuando um planejamento e estudo para solução dos mesmos [...]”.
Complementarmente, a padronização é utilizada de forma que se mantenham os
resultados das melhorias alcançadas a partir do PDCA e também se registre o fluxo dos
processos da empresa.
Esse método de análise e mudança de processos parte do pressuposto de que o
planejamento não é uma fase estanque — ou seja, não acontece uma única vez —,
tampouco é absoluta. Por isso, no decorrer do projeto pode ser preciso mudar o
planejamento. E o Ciclo PDCA ajuda a fazer exatamente esse controle, que é contínuo,
contribuindo para que cada processo se desenvolva da melhor maneira possível.
O trabalho em questão procura descrever passo a passo a aplicação da técnica
PDCA e das ferramentas da qualidade no gerenciamento de processos industriais,
buscando melhorias e manutenção de resultados.
2 DESENVOLVIMENTO

Atualmente, uma das maiores preocupações das empresas está centrada na


qualidade. Oferecer bons serviços que sejam reconhecidos é meta universal no mundo
empresarial. A qualidade, porém, não é conceito exclusivo dos trabalhos externos, mas
também dos procedimentos internos que têm como consequência um impacto
significativo nos serviços oferecidos e na satisfação do cliente. A busca por melhores
métodos de gestão, ocasionada pela competição acirrada do mundo dos negócios, faz
com que as empresas procurem cada vez mais ferramentas que garantam uma boa
organização interna, relacionamentos éticos com seus clientes e parceiros e
superioridade em relação aos concorrentes. Este esforço contínuo para a melhoria
pode ser chamado de Gestão pela Qualidade e pode ser melhor alcançado através de
um bom planejamento estratégico, lideranças, procedimentos e ferramentas bem
consolidadas (CAMPOS, 1991, p.72).
Segundo Soares (2004, p. 47), “o PDCA é utilizado para solução de problemas e
melhoria contínua, onde são investigadas as razões dos problemas sob o ponto de vista
dos fatos”.
Já Fonseca (2006, p. 198) explica que: “ao invés de apenas buscar
aperfeiçoamentos na sequência de passos pré-estabelecidos, é importante rever
conceitos subjacentes ao PDCA, como o conhecimento, a solução de problemas, a
metodologia, os métodos e as técnicas”.
Logo, de acordo com Liker (2011, p.258), “quando uma organização adota o
PDCA, ela começa a crescer e se torna uma organização de aprendizagem”.
A padronização, por sua vez, é utilizada como uma ferramenta gerencial, sendo
encarada como uma forma de reter o histórico das empresas e formalizar a rotina no
processo produtivo (BARBOSA, 2009, p.25).
O PDCA cuja sigla vem de planejar (plan), fazer (do), checar (check) e agir (act)
é uma ferramenta de gestão da qualidade, criada na década de 1920 por Walter A.
Shewhart mas que, somente na década de 1950, foi disseminada pelo mundo por
Edward Deming e, por isso, é chamada também de “Ciclo de Deming”.
Este método gerencial é utilizado de forma a promover a melhoria contínua dos
processos através do uso repetido de suas quatro fases. Sendo assim, esta ferramenta
serve como base para filosofia de melhoramento contínuo.
Segundo Cierco et. Al. (2011, p.123), “quando utilizado de forma cíclica, o PDCA
acaba promovendo a melhoria contínua na organização de forma sistemática, trazendo
a padronização das práticas industriais”.
Cada sigla do PDCA representa uma etapa do ciclo:
1ª Fase: Plan – “Planejar”. Identifica-se os problemas a serem enfrentados,
ideias que serão utilizadas para resolver estes problemas e se estabelece cada um dos
objetivos e metas que serão desenvolvidos, práticas e procedimentos que deverão ser
alcançados.
Segundo Campos, o planejamento começa pela análise do processo. Várias
atividades são realizadas para se fazer uma análise eficaz:
 Levantamento de fatos
 Levantamentos de dados
 Elaboração do fluxo do processo
 Identificação dos itens de controle
 Elaboração de uma análise de causa e efeito
 Colocação dos dados sobre os itens de controle
 Análise dos dados
 Estabelecimento dos objetivos

A partir disso, é possível iniciar a elaboração de procedimentos que garantirão a


execução dos processos de forma eficiente e eficaz.
2ª Fase: Do – “Fazer”. Nesta fase é implementado o planejamento. É preciso
treinamento adequado para que se possam executar as práticas e também testes em
pequena escala experimental.
Nesta fase, colocam-se em prática o que os procedimentos determinam, mas
para atingir sucesso, é preciso que as pessoas envolvidas sejam competentes. O
treinamento vai habilitá-las a executar as atividades com eficácia.
No contexto da melhoria da qualidade do atendimento, esses treinamentos
podem acontecer em sessões grupais (na implantação ou reciclagem de um
procedimento, por exemplo) ou no próprio posto de trabalho, ou seja, no local onde a
atividade ou tarefa acontece.
3ª Fase – Check – “Verificar”. É verificado se os resultados estão fazendo efeito,
como planejado, fazendo uso de indicadores para constatar se os objetivos estão sendo
cumpridos com excelência.
É nesta fase que se verifica se os procedimentos foram claramente entendidos,
se estão sendo corretamente executados e se a demonstração foi abstraída. Esta
verificação deve ser contínua e pode ser efetuada tanto através de sua observação,
quanto através do monitoramento dos índices de qualidade e produtividade. As
auditorias internas de qualidade também são uma excelente ferramenta de verificação.
4ª Fase – Act – “Agir”. Nesta última fase, caso as devidas correções estejam
fazendo efeito positivo, as mudanças serão implementadas em escala industrial.
Se durante a checagem ou verificação for encontrada alguma anormalidade, este
será o momento de agir corretivamente, atacando as causas que impediram que o
procedimento fosse executado conforme planejado. Assim que elas forem localizadas,
as contramedidas deverão ser adotadas, isto é, as ações que vão evitar que o erro
ocorra novamente. Em alguns casos, essas medidas podem virar normas, novos
procedimentos, padrões, etc.
Segundo Campos (1991), a fase de checagem começa juntamente com a fase
de implementação do plano de ação, afinal, quanto mais cedo os resultados forem
acompanhados, mais rapidamente você saberá se o planejamento deu mesmo certo e
se os resultados serão atingidos. Nessa fase é preciso fazer um monitoramento
sistemático de cada atividade elencada no plano de ação e comparar o previsto com o
realizado, assim como oportunidades de melhoria que podem ser adotadas
futuramente. Avaliar a metodologia de trabalho adotada também ajuda a verificar se a
equipe está no caminho certo ou se é preciso modificar algum processo para se ter
mais êxitos durante o decorrer do projeto.
Com a análise de dados completa, é preciso passar para a realização dos
ajustes necessários, corrigindo falhas, implantando melhorias imediatas e fazendo com
que o Ciclo PDCA seja reiniciado, visando aprimorar ainda mais o trabalho da equipe
(GOESE, Irlete et al. 1999, p.2).
Com o pensamento de que é sempre possível melhorar, o Ciclo PDCA não prevê
um fim para sua execução. Assim, a cada ciclo concluído dá-se início a outro,
sucessivamente, até que seja possível encontrar um padrão mínimo de qualidade para
atender às expectativas do cliente e tornar a empresa cada vez mais eficiente em seus
processos.
Só é preciso tomar cuidado para não se ater a detalhes insignificantes, pois a
demora em uma fase qualquer do projeto pode impactar todas as demais. Então defina
um padrão mínimo de qualidade e, quando atingi-lo, passe para a próxima etapa. Caso
futuramente surja a oportunidade de implementar alguma melhoria a mais, você pode
aproveitá-la em um novo projeto ou ainda sugerir ao cliente que faça a mudança, desde
que não haja impacto nos custos ou no prazo do projeto.
Por ser uma ferramenta fácil e bastante intuitiva, o Ciclo PDCA pode ser aplicado
a praticamente qualquer tipo de projeto, dos mais simples aos mais complexos, já que
ajuda a direcionar a equipe para o desenvolvimento de melhorias contínuas, aguça os
sentidos para a identificação de falhas e oportunidades de aprimoramento e ainda
contribui para que todos os envolvidos visualizem as mudanças realizadas
(ESTIVALETE et al, 2008, p.121).
Com isso, se aumenta a eficiência dos processos e obtém-se uma maior
produtividade por parte do time, desenvolvendo projetos com muito mais agilidade e
destreza. Isso sem contar que o PDCA também garante um aprendizado maior durante
a execução das atividades, contribuindo para o desenvolvimento pessoal e profissional
da equipe. Além disso, com a produtividade e a eficiência em alta, pode-se reduzir os
custos operacionais da empresa, impactando diretamente no orçamento de cada
projeto.
Utilizado como um método efetivo para melhorar continuamente os processos, o
PDCA apresenta um mecanismo para diminuir os problemas organizacionais, tendo
como especialidade agir na correção de distorções nos sistemas de produção
relacionados a aspectos que podem distinguir a qualidade nos processos (ARAUJO et
al, 2012, p. 23).
Segundo Coutinho (2010), a aplicação do Ciclo PDCA pode vir a ser apoiada por
ferramentas da qualidade que tenham ligação com o gerenciamento de processos,
trazendo melhorias e mantendo os resultados alcançados. Com o planejamento
apropriado agindo de forma a atender aos objetivos estabelecidos, toda vez que o ciclo
PDCA se repete, para que se resolva um problema, vários erros do processo devem ser
corrigidos e eliminados.
Um dos principais aspectos das ferramentas normalmente utilizadas,
principalmente do PDCA, é sua simplicidade, que proporciona uma fácil aplicação e
entendimento, admitindo a coletividade para a solução dos problemas e tendo como
consequência a ajuda de todos dentro de uma equipe, através da distribuição de
responsabilidades pelas soluções trazidas (CIERCO et al, 2011, p.46). Para se
estabelecer a qualidade, tem que se levar em consideração o comprometimento de
todas as pessoas que farão parte da organização, para melhoria do processo.
É importante destacar que a qualidade desenvolvida em algumas empresas é
estabelecida levando em consideração o seu público alvo, pois o produto ou serviço
que será disponibilizado tem que estar compatível com o poder econômico do cliente
(COUTINHO et al, 2010, p.98).
Pelo fato do ciclo PDCA ajudar os gestores no processo de tomada de decisão,
tendo em vista o alcance de metas e objetivos das organizações, ele é considerado
uma ferramenta de fundamental importância. “O PDCA auxilia na gestão das empresas
a partir da análise das potencialidades e dificuldades encontradas” (ESTIVALETE et al,
2008, p.158).

Figura 1: Ciclo PDCA (TOLEDO, 2005)


Sendo assim, a utilização ocorre da seguinte forma:
IDENTIFICAR OS PROBLEMAS = escolher o problema a ser resolvido (o que
estamos perdendo, o que temos a ganhar).
PRIORIZAR O PROBLEMA = Uma vez que os problemas foram identificados
pelo Brainstorming, pode-se escolher ou priorizar o problema que será resolvido pelo
grupo.
ANALISAR O PROBLEMA = investigar ou analisar como o problema ocorre e
quais os fatores que o afetam, assim como suas variações. Identificar os resultados
atuais, estabelecer metas, resultados esperados e cronograma das atividades.
GERAR ALTERNATIVAS = identificar as ações necessárias para bloquear as
causas fundamentais; nesta fase, serão discutidas o maior número possível de
soluções para cada problema listado no Diagrama de Ishikawa e Relações. “Cada efeito
deverá possuir, ao menos, três soluções viáveis do ponto de vista técnico (ou possíveis
de serem executadas)”. (ESTIVALETE et al, 2008, p.240).
ELABORAR PLANO DE AÇÃO = após descobrir as causas, elaborar
alternativas e descrever as soluções mais relevantes, é momento de implementá-las
fazendo as seguintes perguntas da ferramenta 5W2H: What? When? Who? Where?
Why? How? How Much?
BENCHMARKING = Comparar um processo com os de líderes reconhecidos,
para identificar as oportunidades para a melhoria da qualidade; O Benchmarking
compara os processos e desempenho de produtos e serviços com os de líderes
reconhecidos, permitindo identificar as metas e estabelecer prioridades para a
preparação de planos que resultarão em vantagem competitiva no mercado.
AÇÃO = executar as ações propostas no Plano de Ação e medi-las; as medições
promovem a melhoria do desempenho. Um bom sistema de medição impulsiona a
organização numa direção positiva. As medições são o ponto de partida para as
melhorias porque nos possibilitam entender onde nos encontramos e fixar metas que
nos ajudem a chegar onde desejamos. As medições são realizadas através de
indicadores.
VERIFICAÇÃO = verificar se o problema foi resolvido e se surgiram outros
problemas colaterais.
PADRONIZAÇÃO E ESTABELECIMENTO DE CONTROLE = prevenir que o
problema não se repita.

“Muitas empresas organizacionais perdem mercado por falta do uso de


padronização de processos. Os integrantes de um processo devem ter uma
clara identificação dos objetivos do processo, do que e para que estão
executando as atividades. Um bom gerenciamento de processos viabiliza sua
melhoria, proporciona uma produção mais uniforme, reduz custos, aumenta a
eficiência dos processos e busca quais os produtos finais, que proporcionam
maior satisfação aos clientes.” (GOESE, Irlete et al. 1999, p.2)

Segundo Coutinho, o PDCA é um ciclo e, portanto, deve “rodar” continuamente.


Para que “rode” de maneira eficaz, todas as fases devem acontecer. A supressão de
uma fase causa prejuízos ao processo como um todo. Ao implementar o Ciclo PDCA,
portanto, devemos evitar:
 Fazer sem planejar
 Definir as metas e não definir os métodos para atingí-las
 Definir metas e não preparar o pessoal para executá-las
 Fazer e não checar
 Planejar, fazer, checar e não agir corretivamente, quando necessário
 Parar após um ciclo.

3 CONCLUSÃO

Cada vez que um problema é identificado e solucionado, o sistema produtivo


passa para um patamar superior de qualidade, pois os problemas são vistos como
oportunidades para melhorar o processo. O ciclo também pode ser usado para induzir
melhoramentos, ou seja, melhorar as diretrizes de controle. Neste caso, na etapa inicial
planeja-se uma meta a ser alcançada e um plano para atingí-la, onde a ação é
executada segundo a nova diretriz e é feita a verificação da efetividade do atendimento
da meta. Em caso afirmativo, esta nova sistemática de ação é padronizada; em caso de
não atendimento da meta, volta-se a etapa inicial e um novo método deve ser
planejado.
O Ciclo PDCA — também chamado de Ciclo de Deming ou Ciclo de Shewhart —
é uma ferramenta de gestão que tem como objetivo promover a melhoria contínua dos
processos por meio de um circuito de quatro ações: planejar (plan), fazer (do), checar
(check) e agir (act). O intuito é ajudar a entender não só como um problema surge, mas
também como deve ser solucionado, focando na causa e não nas consequências. Uma
vez identificada a oportunidade de melhoria, é hora de colocar em ação atitudes para
promover a mudança necessária e, então, atingir os resultados desejados com mais
qualidade e eficiência.
Um produto ou serviço de qualidade é aquele que atende perfeitamente, de
forma confiável, de forma acessível, de forma segura e no tempo certo às necessidades
do cliente.
A partir dessa definição fica claro que qualidade não é apenas a ausência de
defeitos. De nada adiantará, por exemplo, fabricar um produto totalmente sem defeitos,
mas cujo preço é tão elevado que ninguém estará disposto a comprá-lo. Por outro lado,
o cliente não comprará um produto que não cumpra adequadamente a função para a
qual foi projetado, ou que não seja seguro, por mais baixo que seja o preço.
A aplicação do Ciclo PDCA pode vir a ser apoiada por ferramentas da qualidade
que tenham ligação com o gerenciamento de processos, trazendo melhorias e
mantendo os resultados alcançados. Com o planejamento apropriado agindo de forma
a atender aos objetivos estabelecidos, toda vez que o ciclo PDCA se repete, para que
se resolva um problema, vários erros do processo devem ser corrigidos e eliminados.
Um dos principais aspectos das ferramentas normalmente utilizadas,
principalmente do PDCA, é sua simplicidade, que proporciona uma fácil aplicação e
entendimento, admitindo a coletividade para a solução dos problemas e tendo como
consequência a ajuda de todos dentro de uma equipe, através da distribuição de
responsabilidades pelas soluções trazidas. Para se estabelecer a qualidade, tem que se
levar em consideração o comprometimento de todas as pessoas que farão parte da
organização, para melhoria do processo.
É importante destacar que a qualidade desenvolvida em algumas empresas é
estabelecida levando em consideração o seu público alvo, pois o produto ou serviço
que será disponibilizado tem que estar compatível com o poder econômico do cliente.
Concluímos que, pelo fato do ciclo PDCA ajudar os gestores no processo de
tomada de decisão, tendo em vista o alcance de metas e objetivos das organizações,
ele é considerado uma ferramenta de fundamental importância. O PDCA auxilia na
gestão das empresas a partir da análise das potencialidades e dificuldades
encontradas.

4 REFERÊNCIAS

ARAUJO, L. B. D.; PAULA, I. A. A. D.; SILVA , C. D. XIX SIMPEP. Estudo Sobre Uso
do Ciclo PDCA na Gestão da Qualidade de Processos no Setor de Serviços. Curso
de Graduação em Engenharia Civil. Goiás: Universidade Federal de Goiás, 2012.

BARBOSA, et al. Os Objetivos de Desempenho da Produção e a Utilização do


Método. Belo Horizonte: Fundação Christiano Ottoni, 2009.

CAMPOS, V. F. Padronização de Empresas. 2.ed. Nova Lima: Falconi, 1991.

CIERCO, A. Gestão da Qualidade. [S.l.]: FGV, 2011.

COUTINHO, J. P. et al. XVII SIMPEP. Contribuições Associadas a Aplicação


Integrada das Ferramentas da Qualidade: O Ciclo PDCA Como Base Para
Resolução de Problemas nos Processos de Produção. Bauru: UNIMEP, 2010.

ESTIVALETE, V. D. F. B.; RODRIGUES , C. M. C.; LEMOS, A. C. F. V. D. ENEGEP. A


Etapa Planejamento do Ciclo PDCA: Um Relato de Experiências Multicasos. Rio de
Janeiro: UFSM, 2008.

FONSECA , A. V. M. D.; MIYAKE, D. I. XXVI ENEGEP. Uma Análise Sobre O Ciclo


PDCA Como Um Método Para Solução De Problemas Da Qualidade. Rio de Janeiro:
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GOESE, I. B.; BRAGATO, L. V.; PEREIRA,. A Padronização dos Processos: Um


Estudo Sobre Ferramenta Gerencial. In: FACULDADE CAPIXABA DE NOVA
VENÉCIA. Espírito Santo: publicado no diário oficial da união, 1999.

LIKER, J. K.; FRANZ, J. K. O Modelo Toyota de Melhoria Contínua. Porto Alegre:


Bookman Editora Ltda., 2011.

SOARES , G. P.; LUZ, M. D. L.. XI SIMPEP. Aplicação do PDCA: Um Estudo de


Caso. 2004.

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