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ATIVIDADE INDIVIDUAL

Matriz de análise

Disciplina: Gestão da Qualidade e Processos Módulo:

Aluno: Wagner Rossetti Bruyn Turma: PROGC11T01

Tarefa: Consultoria para a empresa Super Insumos

Introdução

As empresas precisam passar por constantes processos de desenvolvimento em suas


operações, visando a redução dos desperdícios causados pela Não-Qualidade de seus
produtos ou serviços, assim como pelos desperdícios ocorridos nos processos de
fabricação, montagem, suprimentos, dentre outros. Por desperdício entendemos
imediatamente Custos desnecessários, localizados – conforme o pensamento Lean –
no Transporte, na Movimentação, no Retrabalho, no Processamento desnecessário,
na Produção além da demanda, nos Defeitos e nos Inventários (compras de insumos
em quantidades muito altas e/ou desnecessárias para o curto prazo).

No caso da Mega Aço, os problemas já estavam previamente indentificados, e cabe à


minha consultoria (Super Insumos) resolver questões como:

a) Materiais que não atendem as especificações;


b) A coleta de sucatas e resíduos industriais não está conforme os regulamentos
ditados pelas políticas ambientais;
c) A empresa não conta com Auditorias Internas e Controles Internos (Sistema
de Gestão);
d) Deficiência no desdobramento de Metas para todos os níveis da Organização;
e) Logística reversa de devolução de chapas metálicas com desvios (não-
conformidades com os padrões);
f) Clima Organizacional ruim por conta da falta de motivação dos colaboradores;
g) Falta de programas de Formação e Retenção de Talentos;
h) Desvios e Extravios de Mercadorias, que não passam por processo de
rastreamento.

A Super Insumos foi contratada para analisar as causas das questões levantadas
acima, e desenvolver um Plano de Ação voltado para os Processos e a Gestão da
Qualidade, para que tenha sucesso no Desenvolvimento de Fornecedores da Mega

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Aço.

Desenvolvimento – identificação das ações necessárias para superação das questões


apresentadas pela Super Insumos.

Os índices de satisfação do cliente demonstram, dentre outros fatores da empresa


fornecedora, a força da Gestão da Qualidade implementada e mantida. Como regente
do cumprimento de Normas e Padronizações, o Sistema de Gestão exerce papel
fundamental na identidade de uma empresa e de seus Processos Internos, para que
estes possam atingir (e melhorar continuamente) a qualidade de seus produtos e
serviços através da garantia de cada etapa executada.

É fundamental, também, que esta jornada em busca da Qualidade Total conte com o
envolvimento de vários colaboradores e departamentos no desenvolvimento de toda
a sistemática envolvida, com Análises Críticas dos pontos elaborados e fomentando o
processo de Melhoria Contínua, definindo junto às equipes quais ferramentas a
organização passa a adotar com formato para análise e solução de problemas.

A Alta Administração da empresa deve sempre estar envolvida e se colocar como


Patrocinadora da disseminação cultural com foco na Qualidade. Quando a Alta
Administração não assume este papel, nada acontece nos demais níveis
organizacionais.

Outro ponto fundamental que deve partir da Alta Administração, mas que se não for
devidamente cascateado para todos nas empresas é o Planejamento Estratégico, com
suas definições de Objetivos e Metas, que são a forma mais eficaz de converter a
total incerteza dos Macro Objetivos em total certeza através do cumprimento da
metas distribuídas.

Desenvolvimento Humano e Organizacional é o que trará orgulho dos colaboradores


em trabalharem na empresa, com crescente motivação, recebendo treinamentos e
entregando – como troca – os resultados cada vez melhores, pois agora têm mais
conhecimento para execução de suas atividades diárias e de condução de seus
projetos de melhoria.

Quando falamos e Projetos de Melhoria, promovemos automaticamente uma cadeia


de análise da causa raiz de problemas identificados (que causam desperdícios e
prejuízos ao resultado), e um dos modelos mais usados nas organizações é o Ciclo
PDCA (que nasceu como PDSA – Com o “S” de Study, criado por Shewhart, que foi

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substituído por Deming mais tarde pelo “C”, de Check. O Ciclo PDCA é composto por
quatro fases a seguir:

1) Plan – Plano / Planejar


2) Do - Fazer
3) Check – Checar (os resultados da Ação)
4) Act – Atuar/Agir para solucionar eventuais desvios detectados no Check

Variações do PDCA
Existem variações do PDCA, cada uma delas possui um foco específico para trazer
resultados ainda mais significativos. O PDCL e o PDSA são exemplos dessas
variações. O PDCL, possui as mesmas etapas do PDCA, a sua diferença está na
última etapa, onde o A (atuar/agir) é substituído por L (do inglês L – Learn =
Aprender). O PDSA substitui o C (check) por S (do inglês S – Study = Estudar).

Em relação as variações do PDCA (como o PDCL e o PDSA), cada uma delas possui
sua particularidade e é mais indicada para determinado cenário. Dessa forma, é
recomendado utilizar o PDCL quando ao final do ciclo, a geração de aprendizado é o
mais importante, como por exemplo, no cenário de melhoria de processos, onde é
fundamental o aprendizado de práticas para tornar os processos ainda mais efetivos.
Já o PDSA é altamente recomendado em cenários em que é necessário estudar algo
antes de atuar/agir, como por exemplo, para identificar a causa raiz de um problema
ou em um novo projeto.

Apesar de muito difundido nas empresas, muitas vezes o PDCA é utilizado de forma
muito raza, necessitando de muitas "rodadas” do ciclo para que a Causa Raiz de um
determinado problema possa ser realmente eliminada. Por isso, muitos profissionais
(principalmente os mais Engenheirados) preferem adotar metodologias mais
profundas no tocante às análises dos problemas, buscando maior observação de
dados com análises embasadas na Estatística, não desconsiderando as demais
ferramentas da Qualidade como Ishikawa, 5W2H, QFD, FTA, 5 Porquês, dentre
outras. Essa metodologia é o Six Sigma (DMAIC), que depois se mostrou muito mais
eficiente em sua forma adaptada aos processos de fabricação enxuta, tornando-se o
Lean Six Sigma.

Os projetos de LSS geralmente são mais longos, mas as soluções geradas por estes
são, em sua grande maioria, definitivas e certeiras, eliminando totalmente a causa
raiz de problemas complexos, fazendo para isso uso intensificado de ferramentas
estatísticas com Correlação, Regressão Linear, Capabilidade de Processos,
Histogramas, Cartas de Controle, Dispersão, Teste de Hipóteses, Teste de
Normalidade de Dados, dentre uma série imensa de ferramentas e cálculos de base
estatística e matemática. Costumamos dizer que quem é Black Belt em Lean Six
Sigma passa a ser, mesmo que não tenha formação em Engenharia, um pouco
Engenheiro, dada a sua capacidade ampliada de analisar problemas de ordem
complexa e “engenhar” soluções definitivas para as empresas.

Como neste caso não estamos nos deparando, pelo menos no primeiro momento,
com problemas de ordem tão complexa, vamos utilizar o Ciclo PDCA para
desenvolver os trabalhos de melhoria e, com isso, atingir resultados mais
rapidamente.

Plan – Planejamento
O Planejamento é a etapa na qual o que será feito é planejado, ou seja, nessa etapa
o cenário ou problema é analisado e, diante disso, deve ser construído um plano
contendo os passos que se pretende realizar. Nessa etapa, outras ferramentas
podem ser acrescentadas ao PDCA para melhorar o planejamento das ações. É
possível, por exemplo, utilizar o 5 Porquês ou Diagrama de Ishikawa para
identificação e análise quando o ciclo abordar a resolução de problemas. Cabe
ressaltar que é muito importante que o problema ou objetivo da condução do ciclo
estejam claros para que o planejamento seja de fato efetivo. Além disso, o 5W2H é
uma ferramenta interessante na hora de elaborar um plano de ação que contemple
as ações planejadas, pois cada um dos questionamentos do 5W2H proporciona uma
visão aprimorada e consistente do que precisa ser feito.

Do – Execução

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A Execução é a etapa mais importante, pois sem sua realização não é possível
colocar em prática as etapas seguintes. É a etapa de “pôr as mãos na massa” para
executar o que foi planejado. É importante ressaltar que, para iniciar a etapa de
execução, é fundamental que o planejamento esteja completo e que o que precisa
ser feito esteja claro para todos os envolvidos.

Além disso, todos os recursos que serão necessários para a execução do planejado,
como por exemplo materiais e ferramentas, devem ser adquiridos antes de iniciar a
etapa de execução para que isso não seja um empecilho durante a condução das
ações.

Check – Verificação
A Verificação é a etapa em que é avaliado o que foi feito durante a execução (etapa
anterior), procurando identificar o que deu certo e o que deu errado. Geralmente,
verifica-se se as atividades planejadas foram feitas corretamente, se o resultado
esperado foi atingido e quais foram os pontos positivos e negativos na execução do
plano. Nesta etapa, é importante ter definido o que será medido (por exemplo,
indicadores – os quais recomenda-se definir durante a etapa de planejamento),
assim é possível identificar quais foram os resultados positivos e no que ainda é
preciso trabalhar para melhorar.

Act – Atuar/Agir
O Atuar/Agir é a etapa que mais requer atenção. Está relacionada a agir/atuar de
acordo com o resultado obtido e observado na etapa de verificação. Sendo assim,
pode haver duas situações: o alcance ou não do resultado esperado. Caso o
resultado seja alcançado, deve-se incorporar o método/processo ou melhoria na
rotina ou até mesmo em outros processos. Entretanto, caso o resultado não tenha
atingido as expectativas desejadas, deve-se identificar os pontos de falhas e reiniciar
o clico novamente.

Ishikawa – Insumos fora dos padrões especificados

Por meio de um processo de Brainstorming, identificamos possíveis causas e


classificamos as mesmas em Método, Matéria-prima, Mão de Obra, Máquina, Medição
e Meio Ambiente (classificação conhecida também como 6Ms).
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5W2H

Para nortear as ações, foi realizado um 5W2H – Plano de Ações com base nas
necessidades apontadas nos Ishikawas.

Usamos o 5W2H por ser um formato prático e ao mesmo tempo abrangente, de fácil
gerenciamento.

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Considerações finais

A empresa Mega Aço apresenta problemáticas simples que, com a ajuda de ferramentas práticas da
Qualidade, serão resolvidas a contento. Não foram apresentados problemas complexos que
demandariam estudos mais profundos como em projetos DMAIC, portanto aplicamos apenas duas
ferramentas fundamentais e eficazes para detecção das possíveis causas, ponderação dos integrantes
do Brainstorming quanto aos pontos prioritários a tratar, os quais foram transportados para o 5W2H.

A Consultoria Super Insumos vêm demostrando sua capacidade e seu engrandecimento no mercado
atuando em empresas de bens de consumo, bens de capital e serviços, com objetivo de transmitir o
conhecimento adquirido por seus consultores ao longo de uma sólida carreira profissional para os
times das empresas clientes, formando assim uma forte parceria.

Referências bibliográficas

Gestão de Resíduos: Não deixem seus lucros irem para o lixo. Disponível em:
https://certificacaoiso.com.br/gestao-de-residuos-nao-deixe-seus-lucros-irem-para-o-lixo/.
Acesso em 26/01/2023.

JÚNIOR, Isnard Marshal. Gestão da Qualidade e Processos. Rio de Janeiro: FGV Online, 2012.\

Seis Sigma e Qualidade: Como se relacionam? Disponível em: https://fm2s.com.br/blog/seis-


sigma-e-qualidade-como-se-relacionam. Acesso em 26/01/2023.
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