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CENTRO UNIVERSITÁRIO CATÓLICA DE SANTA CATARINA-CAMPUS

JARAGUÁ DO SUL

CURSO ENGENHARIA MECANICA


TRABALHO DE CONCLUSAO DE CURSO
JESSICA CLEVER
MACIEL RIBEIRO PAZ
OESLEI KOROL
PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DE PRODUTO.

JARAGUA DO SUL
2019

Jaraguá do Sul
2019
JESSICA CLEVER
MACIEL RIBEIRO PAZ
OESLEI KOROL

PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DE PRODUTO.

Relatório de Trabalho de Conclusão de Curso


apresentado à Banca Examinadora do Centro
Universitário – Católica de Santa Catarina em Jaraguá
do Sul como exigente parcial para obtenção do título de
Engenharia mecânica. Prof. Jerson Kitzberger.


2018
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO...........................................................................................3
2 A INOVAÇÃO NO PDP..............................................................................5
2.1 PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DE PRODUTO.......................7
2.2 AS ABORDAGENS PARA A GESTÃO DO PDP.................................11
2.3 OS ARRANJOS ORGANIZACIONAIS PARA O PDP..........................14
2.3.1 CICLO DE VIDA DE PRODUTO:......................................................15
3 O PDP INTERLIGADO COM A ESTRUTURA ORGANIZACIONAL........17
4 CONCLUSAO..........................................................................................20
5 REFERENCIAS....................................................................................... 21
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1 INTRODUÇÃO

Com o uso constante da tecnologia em todos os setores da indústria, a


necessidade por inovar e por satisfazer as necessidades e exigências dos clientes
tornam-se, cada vez mais aspectos fundamentais para que uma empresa possa
seguir crescendo e se mantenha competitivo em relação aos seus concorrentes. Por
decorrência disso, muitas empresas estão lançando novos produtos com maior
frequência, como parte de sua estratégia de mercado.
Com a grande variedade de produtos no mercado, os consumidores
tornaram-se mais exigentes em suas escolhas, e esperam que as empresas possam
lhes oferecer produtos de qualidade, que atendam suas necessidades e com baixo
custo .
Nesta premissa, para atender todas as exigências dos clientes e continuarem
atuando no mercado, as empresas compreenderam que é possível e necessário
gerenciar o processo de desenvolvimento de produto, planejando, executando,
controlando e melhorando as atividades em busca de melhores resultado e
desempenho.
O planejamento e desenvolvimento de produtos, exige profissionais
capacitados e uma estrutura eficiente para que cada etapa seja cumprida com êxito,
não resultando em erros que possam gerar custos para a empresa e afetar
diretamente o valor final do produto. Para que o desenvolvimento de um produto
seja eficaz, é necessário o empenho e dedicação de todos os envolvidos nos
processos. Esses processos são uma condição essencial para garantir uma linha de
produção.
Este trabalho apresenta as questões relacionadas ao processo de
desenvolvimento de produto, suas etapas e qual a importância da gestão continua
de cada processo.
De primeiro momento é apresentado o conceito de inovação e como ele em
conjunto com o processo de desenvolvimento de produto atuam ativamente com a
ajuda de recursos tecnológicos na criação de novos produtos e na inovação de
outros já lançados no mercado, buscando adaptações em decorrência das exigência
dos clientes. Trabalhando com as ferramentas corretas, a inovação contribui na
produção de um novo produto e até mesmo no ciclo de vida de um produto atuante.
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Após esta etapa, a definição de processo de desenvolvimento de produto é


ampliada, com o objetivo de apresentar sua importância, o seu papel e suas
caraterísticas, a além disso mostrar que para que o processo de desenvolvimento de
produtos acorra com sucesso, vários outros setores organizacionais deverão estar
alinhados e trabalhando em conjunto em prol de um objetivo.
Por fim , gerenciar o processo de desenvolvimento de produtos é necessário
para as empresas que desejam atuar e crescer no mercado e para os clientes que
tem a oportunidade de escolherem seus produtos com qualidade e baixos custos.
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2 A INOVAÇÃO NO PDP.

Não é de hoje que as organizações enfrentam constantes desafios


para que possam se manter atuantes e com vantagens competitivas frente aos seus
concorrentes, a justificativa vale devido ao mundo globalizado que caracteriza-se por
alta e ampla concorrência, força de trabalho diversificada, mudando constantes das
necessidades dos clientes e novas mudanças tecnológicas, colocando as
organizações em uma guerra constante de preços, vendas e faturamento.
A readaptação dos produtos com o intuito de reduzir custos, tem
levado muitas empresas a repensarem suas práticas produtivas, desenvolvendo
novas alternativas que não só diminuam seus gastos, mas também elevam sua
rentabilidade e mantenha a mesma competitiva no atual cenário econômico.
Com este constante processo na busca por melhores condições de
competitividade as organizações necessitam de ferramentas e processos que lhes
permitam eliminar os desperdícios, resultando na sustentabilidade e continuidade de
seus negócios. Assim a inovação tem sido considerada como o principal fator para o
reforço da competitividade das empresas e está cada vez mais ganhando novas
oportunidades no mercado e/ou nos esforços de gestão das corporações.
Freitas Filho (2013, p. 5 apud ROSA, J. ROSA, S. ANTONIOLLI)
descreve que “inovar é a capacidade das organizações de utilizarem sua
criatividade, seus conhecimentos e suas habilidades na geração de uma mudança
que altere o estado atual de um produto, serviço, ou nova tecnologia, de um
processo, ou ainda, na criação de um novo mercado não explorado.”
A inovação está relacionada diretamente com a vontade de
mudança de equilíbrios existentes, usando como uma estratégia de melhorias dos
fatores, na busca de vantagens, sejam elas competitivas, financeiras e outras.
Esta ideia se reforça quando (PORTER, 1998; HAMEL, 2007 apud
ROSA, J. ROSA, S. ANTONIOLLI, 2018) “ Na visão estratégica a inovação está
ligada à obtenção de vantagens competitivas sustentáveis, ao posicionamento
competitivo, à capacidade de inovação e à aprendizagem organizacional. Dessa
forma, a inovação surge como um elemento fundamental da ação e diferenciação
das empresas”
É importante destacarmos que a inovação não se refere apenas a
criação de um novo produto, seu sentido é mais amplo, a inovação pode ser
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aplicada aos produtos, serviços, processos, métodos, modelo de negócio, formas de


conquistar clientes e em qualquer outro fator que venha a contribuir para melhorar
as empresas.
Mas para que o processo de inovação ocorra são necessários três
elementos indiscutíveis na sua aplicação, o conhecimento, que é fundamental para a
geração da inovação, não tendo há a possibilidade de ocorrer a inovação sobre um
assunto se não houver o pleno conhecimento sobre ele, a criatividade ,considerada
a mola propulsora da inovação, pois sem ela não há como ser efetivada a inovação.
E, por último, temos o empreendedorismo, item através do qual a ideia inovadora é
colocada em prática. (FREITAS FILHO, 2013 apud ROSA, J. ROSA, S.
ANTONIOLLI ,2018)
A inovação contribui de diversas formas para o crescimento
econômico, tendo uma forte ligação com o desempenho mercadológico e a inserção
de novos produtos, pois novos produtos no mercado permite capturar e reter novas
fatias do mercado, elevando assim a lucratividade. No caso de produtos que já estão
no mercado, a inovação permite a capacidade de oferecer diferenciais não
econômicos, como modelo, customização e qualidade.
Existem tipos de inovações que podem ser classificados em quatro
categorias sendo: inovação de produto onde muda-se as características do produto
ou serviço em si, a inovação do processo que acontece quando muda-se a maneira
em que os produtos são criados e entregues; a inovação de posição, onde muda-se
o contexto em que os produtos e serviços são introduzidos e a inovação do
paradigma, que são as mudanças nos modelos mentais subjacentes que orientam o
que as empresas fazem.
A inovação no processo de desenvolvimento de produto, visa
desempenhar um papel estratégico, sendo capaz de fazer algo melhor que os
concorrentes ou de maneira a extrair o melhor dos recursos que estão disponíveis
como uma vantagem significativa.
“Os métodos de inovação no planejamento do novo produto devem
estabelecer metas, verificar se satisfaz aos objetivos propostos, se é bem aceito
pelos consumidores, e se o projeto pode ser fabricado a um custo aceitável,
considerando a vida útil do produto no mercado, a fim de minimizar os riscos de
fracasso do novo produto” ( Baxter (2000) apud Santos, Baia, 2018)
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2.1 PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DE PRODUTO.

O processo de desenvolvimento de produtos, engloba um conjunto


de atividades interligadas, por meio das quais busca-se, a partir das necessidades
do mercado, das possíveis possibilidades e restrições de tecnológicas, considerando
as estratégias competitivas e de produto da empresa, chegar as especificações de
projeto de um produto e de seu processo de produção, para que a manufatura seja
capaz de produzi-la. As atividades de acompanhamento do produto após o
lançamento, também é parte importante do processo de desenvolvimento, através
desta atividade de análise e acompanhamento é possível realizar eventuais
mudanças necessárias nessas especificações, planejada a descontinuidade do
produto no mercado e incorporadas no processo de desenvolvimento, as lições
aprendidas ao longo do ciclo de vida do produto.
Considerado um processo cada vez mais importante, O
desenvolvimento de produtos passa necessariamente pela leitura do mercado e pela
constante inovação como fator de sucesso das organizações.
Devido a atual competição global, para introduzir produtos
diversificados de classe mundial em um ritmo sempre crescente e com ciclo de vida
cada vez melhor, se requer que os processos sejam melhorados significativamente.
As empresas precisam introduzir continuamente novos produtos, para continuar
competitiva e ativa no mercado
O desenvolvimento de produto deverá ser eficaz para obter
resultados significativos, também precisa ser um processo eficiente para realmente
tornar uma empresa competitiva no mercado. Considerado fator importante para a
sustentação de competitividade no mercado, para muitas organizações o
desenvolvimento de produto é um fator estratégico e necessário para continuar
atuando no mercado, pois os clientes estão cada vez mais exigentes, e buscando
aspectos internos e externos que influencia na sociedade como um todo.
O desenvolvimento de produto, trabalha com a interfase entre
empresa e o mercado , é possível identificar e antecipar as necessidades do mesmo
e propor soluções plausíveis , assim sua importância estratégica se dá em
identificar as necessidade do mercado e dos clientes em todas as fases do ciclo de
vida do produto ; identificar as possibilidades tecnológicas ; desenvolver um produto
no tempo adequado , mais rápido que os concorrente, e com qualidade , atendendo
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as expectativas dos consumidores e é claro , com um custo competitivo, além disse


estar preocupado com facilidade de produzir o produto atendendo as restrições de
custos e de qualidade na produção.
O processo desenvolvimento de produtos devem ser visto como um
processo permanente da organização que requer uma melhoria contínua. Embora
parece complexo, o processo de desenvolvimento de produto é importante para as
empresas, formalizando assim sua atividade em etapas e garantindo qualidade e
redução de custos do produto, afim de desenvolver produtos que atendam a real
necessidade dos consumidores e melhorem os produtos que já estão no mercado,
sempre apoiado com inovações tecnológicas que possam diferenciá-los dos outros
similares do mercado.
As características do planejamento e desenvolvimento de produtos
nos mostram que os processos são diferente dos demais processos da empresa, o
que condicionará os modelos e práticas de gestão adequadas ao processo, além do
perfil e das capacitações requeridas dos profissionais que atuam no processo de
desenvolvimento de produto.
As principais características que diferenciam esses processos são:
 Elevado grau de incertezas e riscos das atividades e
resultados;
 Decisões importantes devem ser tomadas no início do
processo, quando as incertezas são ainda maiores;
 Dificuldade de mudar as decisões iniciais;
 As atividades básicas seguem um ciclo interativo do tipo:
projetar (gerar alternativas); construir-testar-otimizar;
 Manipulação e geração de alto volume de informações;
 As informações e atividades provêm de diversas fontes e
áreas da empresa e da cadeia de suprimentos;
 Multiplicidade de requisitos a serem atendidos pelo processo,
considerando todas as fases do ciclo de vida do produto e de
seus clientes
Além, disso o lançamento de um novo produto no mercado,
influencia praticamente quase todos os setores da empresa, já que o novo produto
será desenvolvido, produzido e vendido e controlado, sendo necessária a integração
de informações e decisões de várias áreas da empresa.
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Nas fases iniciais do processo de desenvolvimento de produto serão


definidas as principais soluções construtivas e as especificações do produto,
determinando os materiais e as tecnologias que serão utilizadas, os processos de
fabricação, a forma construtiva e outros.
Após esta fase importante de definição dos matérias, tecnologia,
processos de fabricação e principais soluções construtivas, será necessário
determinar as tolerâncias das peças, construir e testar os protótipos, definir os
fornecedores; o arranjo de parceiros da cadeia de suprimentos e o arranjo físico da
produção, a campanha de marketing, assistência técnica e etc.
Por mais que o processo siga etapas importantes e estratégicas, ao
longo do processo poderá ocorrer mudanças no seu caminho, mudanças estas que
poderão aumentar os custos, assim é preciso controlar todas as incertezas que
poderão acarretar em possíveis mudanças.
Diversos autores desenvolvem metodologias sobre o processo de
desenvolvimento de produto, relacionando etapas importantes para o seu processo.
Assim como Asimow (1962) apud SANTOS, BAIA, 2018 que desenvolveu uma
metodologia dividida em sete etapas do desenvolvimento de produto, sendo elas: o
estudo da viabilidade, projeto preliminar, projeto detalhado, planejamento para
manufatura, planejamento para distribuição, planejamento para uso e planejamento
para o descarte, sendo esse último, o fator diferencial da sua abordagem.
Na sua visão o autor trata definição dos requisitos do produto na
fase do projeto detalhado realizando uma descrição completa do produto, seus
componentes e especificações.
Em contra posição Pahl & Beitz (1977) apud SANTOS,BAIA, 2018 ,
estabelece um modelo de apenas quatro fases, sendo : definição da tarefa, projeto
conceitual, projeto preliminar e projeto detalhado.
Na fase de definição de tarefas os esforços são focados em ideias
para o desenvolvimento do produto, nas fases subsequentes os esforços são na
utilização de modelos e protótipos.
Conforme exemplos citados, ao longo do tempo e com o
desenvolvimento do mercado, é comum o surgimento de novas abordagem com
novas caraterísticas, que ajudam á entender e a desenvolver todo o processo afim
de otimizar e trazer benefícios para as empresas.
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Existe dois fatores importantes e que devemos destacar para o


enfoque da estruturação e gestão do desenvolvimento de produtos: conceito de
processo e o fluxo de informações.
O processo é um conjunto de atividades realizadas de forma
sequencial logica com o objetivo de produzir um bem ou um serviço que tem valor.
Compreender e gerenciar o fluxo de informações são de suma
importância a medida que processo de desenvolvimento de produto, gera e faz uso
de entradas e saídas de informações, nas atividades e no processo como um todo ,
interagindo com as diversas fontes de informações. Se o processo de
desenvolvimento de produto passa a ser visualizado como um fluxo de informações,
estão subentendidos o fluxo de criação, de comunicação e de utilização das
informações desenvolvidas, englobando a engenharia, a produção, o marketing e o
mercado consumidor.
O escopo do processo de desenvolvimento vem sendo ampliado, e
envolvendo cada vez mais diversas áreas funcionais da empresa e a cadeia de
suprimentos.
De maneira tradicional o processo de desenvolvimento de produto
era visto como a elaboração de um conjunto de informações sobre as especificações
de um produto e sobre como produzi-lo e a sua disponibilidade para a manufatura ,
apesar desta visão ainda ser muito empregada, muitas empresas estão abordando o
processo de desenvolvimento de produto como processo que integra suas áreas e
sua cadeia de suprimento, considerando todas as atividades, interna a empresa e
nas cadeias de suprimento e de distribuição. Nesta visão o processo de
desenvolvimento de produto integra desde as atividades de planejamento
estratégico e competitivo da empresa até a descontinuidade da fabricação do
produto e sua retirada do mercado.
O novo escopo obtém-se um processo passam ser mais integrados
em um mesmo processo de negócios, que assim como um ciclo permite que seja
gerenciada de maneira mais rápida.
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2.2 AS ABORDAGENS PARA A GESTÃO DO PDP.

Ao longo do tempo a estrutura do processo de desenvolvimento de


produto foram se modificando e novas abordagens foram aparecendo, com o intuito
de melhoria continua no processo, novas ideias foram implementadas e construídas.
Engenharia Tradicional ou Desenvolvimento de produto
sequencial: Após a Primeira guerra mundial, os sistemas de produção industrial, as
atividades era distribuídas em tarefas, tais tarefas relacionadas ao projeto era
distribuídas em várias parcelas nas áreas funcionais, seguindo sempre uma ordem
lógica de uma área para outra e cada área limitava a receber uma determinada
informação, focando em apenas realizar o trabalho e produzir o resultado que dela
era esperado não havendo assim uma interação entre as áreas durante e depois das
atividades.
Como resultado, havia uma dificuldade de compreensão o processo
como um todo entre as áreas e a coordenação do projeto era prejudicada
Metodologia de projeto: Com esta abordagem, o objetivo era
encontrar a sequência de etapas e atividades que seriam consideradas as mais
racional para se desenvolver o produto.
Nominada e vista de forma funcional, sendo que cada departamento
realizava as atividades de desenvolvimento e transferiam para outro departamento.
Apesar da transformação do processo ainda não havia a visão compartilhada do
ciclo de vida do produto.
Engenharia Simultânea: Na abordagem de Engenharia Simultânea,
deu-se início a utilização de times ou equipes multifuncionais de projetos. Ampliou-
se assim a integração, com a participação de clientes e fornecedores no processo
de desenvolvimento, mostrando vantagens da realização das atividades
simultâneas.
A abordagem da Engenharia Simultânea foi muito difundida, pois na
época este tipo de estratégia mostrou uma integração maior entre as áreas
funcionais , promovendo a diminuição do tempo e desenvolvimento , de custos e
ainda aumentando a qualidade.
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Funil de desenvolvimento: Esta abordagem surgiu, passando a


estudar o desenvolvimento de produtos como um processo, tendo a criação de um
modelo de processo que unificava o planejamento estratégico de mercado e
negócios com as atividades de desenvolvimento de produto.
Outra contribuição desta abordagem é que ela permitiu uma forma
sistemática de criar novos produtos, que compartilhavam componentes chaves, mas
as caraterísticas era diferentes, tornando o novo produto único e especifico,
permitindo assim atender melhor os clientes.
Abordagem Stage Gates: Focado em um processo sistemático de
decisão, que visava não apenas o desempenho e a qualidade do desenvolvimento,
mas permitia que esta escolha levasse em consideração o andamento de todos os
projetos e as mudanças no ambiente.
Desenvolvimento Integrado do produto: Com características bem
incorporadas, a abordagem de Desenvolvimento integrado do produto, difundia que:
 O desenvolvimento de produtos é visto como um processo
 A P&D e o DP são inseridos na estratégia geral da empresa e
de sua cultura
 O uso de projetos plataforma e modularizados para criar
variedade de produtos,
 O desenvolvimento de tecnologia e de produtos é visto como
fundamental
 Há simultaneidade e superposição de informações e de
atividades
 Há maior capacidade e intensidade de comunicação entre os
setores e departamentos, possibilitando formas de trabalho
em grupo
 Os projetos são conduzidos por meio de times de
desenvolvimento multifuncionais
 Os fornecedores são envolvidos desde o incio do
desenvolvimento a há mais facilidade de fazer alianças
estratégicas para o projeto
 Os projetos são constantemente submetidos a revisão e
avaliação técnica e de custos, bem como de seu alinhamento
com as estratégias de marketing e de produto
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 Os recursos aplicados no DP devem ser justificados pelas


necessidades e são controlador e avaliados constantemente.
 Os profissionais tendem a ser mais generalistas, na carreira,
há promoção em vertical e em horizontal e há muita
mobilidade de pessoal internamente para áreas externas,
para outras áreas da organização
 O treinamento e a seleção de pessoal reforçam os atributos
mais gerais, como a capacidade de trabalhar em grupo. A
visão ampla é tão importante quanto a especialidade ou a
competência técnica
 O estimulo a participação das áreas envolvidas ocorre em
todas as fases do projeto de desenvolvimento, mas,
particularmente no início, ela é fundamental para que haja
consenso sobre os parâmetros básicos do projeto, evitando
divergências posteriores. Desse modo, tomadas as decisões
básicas de modo consensual, o projeto pode transcorrer de
forma mais fluida e sem divergência.

Desenvolvimento de Lean: Com as mesmas praticas do


desenvolvimento integrado de produto, sua diferença aparece na proposta de uma
visão mais orgânica do processo, que considera ser atingida por meio da máxima
simplificação e diminuição da formalização do processo e da valorização dos
trabalho dos times , com o foco nas atividades de prototipagem e testes.
Outro ponto interessante é que tem se a ideia de retardar as
decisões de detalhes muito específicos, como tolerâncias, os quais serão otimizados
nas etapas finais do projeto. O tempo despendido antecipadamente, seja investido
em buscar alternativas de soluções e entendimento do problema de projeto.
Design for Six Sigma (DFSS): Esta Abordagem prega a aplicação
intensa de técnicas estatísticas, instrumentação digital de ensaios e simulação
computacional de produtos. O foco nesta abordagem é a integração de
necessidades dos clientes, requisitos de produto, especificações e tolerâncias por
meio do uso de otimização, por meio de ferramentas estatísticas e de simulação.
Porem vale ressaltar que tais simulações não são simples e nem tão pouco baratas.
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Capability Maturity Model Integration Ou CMMI: Neste modelo,


ocorre a sistematização do desenvolvimento, que , além das atividades e fases,
divididas em áreas de conhecimento, fornece níveis de maturidade em termos de
pratica e indicadores que são capazes de medir esses níveis.
Gestão do ciclo de vida de produtos: Esta abordagem contribui
com uma integração de dados em níveis mais elevados, facilitando o equilíbrio entre
o que é ótimo para um projeto individual e o que é ótimo para a empresa como um
todo.

2.3 OS ARRANJOS ORGANIZACIONAIS PARA O PDP.


Podemos descrever os três tipos diferentes de arranjos
organizacionais do processo de desenvolvimento de produto.
Estrutura Funcional: Na estrutura funciona existe a ligação entre os
indivíduos que estão realizando funções (tarefas) similares. Em uma estrutura
funcional a ligação organizacional forte é baseada na função, tanto pela relação
hierárquica, quanto pela alocação física.
Estrutura por projeto: Diferentemente os indivíduos de uma
estruturação pro projeto reportam ao gerente do projeto e não pela área funcional de
sua origem, sendo que normalmente eles compartilham o mesmo espaço físico. Ou
seja os indivíduos na estrutura do projeto, estão ligados entre aqueles que estão
trabalhando em um mesmo projeto.
Estrutura matricial: Acontece uma mistura de ligações, estes
indivíduos estão ligados a outros tanto por meio de suas áreas funcionais quanto por
meio de um ou mais projeto. Aqui o indivíduo tem dois superiores hierárquicos,
sendo um da organização funcional e outro referente ao projeto.
Como consequência desta divisão de superiores, a estrutura
matricial dividiu-se em projeto peso pesado e projeto peso leve.
Em resumo o em uma estrutura de projeto peso pesado á a
predominância da ligação baseada no projeto. O gerente do projeto passa a ter
autonomia e autoridade no orçamento e na avaliação do desenvolvimento dos
membros dos times, e toma a maioria das decisões sobre a alocação de recursos
para o projeto
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Na estrutura de projeto peso leve, as ligações organizacionais


baseadas na função mais forte do que no projeto. Assim o gerente de projeto é mais
visto como um coordenador , não tendo autonomia nem controle sobre os indivíduos
, sobre o orçamento do projeto , suas atribuições são básicas sendo direcionadas as
tarefas operacionais de gestão de projeto.

2.3.1 CICLO DE VIDA DE PRODUTO:

O ciclo de vida de um produto são as fases que um produto passa,


desde o seu lançamento, até o momento de sua retirada do mercado, ou seja seu
declínio.
Quando a empresa tem a capacidade de identificar em qual
momento ou fase o seu produto se encontra, ela é capaz de criar estratégias para
alavancar suas vendas e a atuação de sua marca no mercado
O ciclo de vida do produto é classificado em quatro fases:
Introdução no mercado: Fase inicial do ciclo de vida do produto, é
quando o mesmo é inserido no mercado, quando o produto é lançado no mercado.
Visto como a fase mais cara e mais complexa, pois é onde entra os investimentos
em marketing, para alcançar os primeiros clientes e chamar a atenção do público.
Como o processo é de introdução e lançamento, é comum que nesta
fase as vendas sejam baixas e pouco lucrativa na operação, mas todos os esforços
serão centralizados na visibilidade e distribuição do produto.
Crescimento do produto: Nesta fase é quando começamos a
perceber que o investimento fornecido no lançamento está alcançando resultados
positivos. O produto já é reconhecido pelos clientes, as vendas pro indicação
começam a crescer, e a taxa de recompra dos mesmos clientes que já tiveram suas
experiências também crescem.
Também é nesta fase que costumam a surgir os concorrentes. Com
o sucesso do produto é comum que outras empresas aproveitem a oportunidade e
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recriem produtos similares, que aumentam a opção de escolha dos cliente, tendo
assim uma baixa nos preços.

Estagio de maturidade: Nesta fase é visto um grande volume de


vendas, mas a taxa de crescimento do produto começa a estagnar. O produto é
conhecido no mercado, os custos mais estáveis com o aumento das vendas e á
redução dos preços. Este é o momento que o mercado está completamente
atendido, e com muito concorrentes, gerando uma guerra de participação no
mercado, onde todos querem sua fatia.
Esta guerra de concorrentes, surgem com promoções, preços mais
reduzidos e pressão nas vendas.
Estagio de declínio: Esta fase é a mais crítica, e aonde nenhuma
empresa deseja chegar, é o fim do ciclo de vida do produto. As principais
características são que as vendas começam a cair, sejam pela pressão dos
concorrentes ou pelo surgimento de novas tecnologias.
O declínio também poderá acontecer pela inercia, onde os cliente
cansaram do produto, e procuram uma experiência melhor.
A empresa que identifica que seu produto está na fase de declínio,
poderá optar por estratégias para elevar suas vendas como, inovar o produtor, trazer
novas funcionalidades, ou variações e ativar a equipe de pesquisa e
desenvolvimento e lançar um novo produto e reiniciar o ciclo.
O gerenciamento do ciclo de vidas do produto é importante, pois é
através do gerenciamento, da análise das etapas do produto que as empresas
poderão tomar decisões de atualizar o produto, realizando inovações e trazendo
novas funcionalidades ou variedades para o mesmo, decidir em realizar uma
substituição ou até mesmo descontinuar o produto no mercado
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3 O PDP INTERLIGADO COM A ESTRUTURA ORGANIZACIONAL.

É indiscutível que para que o setor de processo de desenvolvimento


de produto aconteça de maneira eficiente, ele deve ser alimentado por informações
precisas de vários setores de dentro das empresas.
A equipe que trabalha dentro do processo de desenvolvimento de
produto, deverá estar em conjunto com outras equipes, afim de tomarem decisões
assertivas. Desta maneira geralmente ocorre uma relação entre vários
departamentos com o processo de desenvolvimento de produto.
É comum que o departamento de marketing, vendas, suprimentos,
produção, logística e assistência técnica tenham uma forte ligação ao processo de
desenvolvimento de produto.
Esta afirmação é baseada devido que o setor de Marketing possui a
função de monitorar o mercado, tendo como responsabilidade, repassar as
informação de monitoramento sobre o mercado para o processo de desenvolvimento
de produto, durante e após o desenvolvimento em si, sempre acompanhando as
tendências, comparando o desempenho e posicionamento dos produtos, captando
os requisitos e sugestões dos clientes e das instituições que regulamentam o
produto e o setor que a empresa atua.
Com o novo produto, a equipe de vendas precisa passar por uma
preparação, com a elaboração de estratégias e argumentos de vendas, tendo o
conhecimentos das orientações que serão passadas para os clientes, assim como
as vantagens do produto, e além da preparação dos documentos pertinentes como:
rotinas, manuais e catálogos.
Dentro das organizações a equipe de desenvolvimento do produto
deverá preparar o pessoal interno que atuará nas funções de atendimento ao cliente,
para que a equipe tenha capacidade de orientar devidamente os clientes,
esclarecendo duvidas recorrentes que poderão surgir no uso do produto e para que
o cliente consiga utilizar o produto com toda eficiência e eficácia.
O processo de suprimentos, também é necessário estar ligado com
o processo de desenvolvimento de produto, pois o setor é responsável no sentido de
fornecer matérias primas e componente para a empresa, além de desempenhar o
papel de abastecer com bens físicos, também proporciona informações técnicas e
coopera nas atividades de desenvolvimento.
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Os fornecedores também poderão ter atuação ativa no


desenvolvimento do produto pois quando o processo de desenvolvimento de produto
da empresa tem uma aproximação maior com os fornecedores, o fluxo de
informações entre os dois processos, torna-se mais complexos.
A relação do setor de produção se baseia com o fluxo de
informações de saída do processo de desenvolvimento de produto, para as entradas
para o processo de produção que com elas produzira produtos em escala comercial.
O setor de produção por sua vez também tem a responsabilidade de repassar
informações ao processo de desenvolvimento de produto para que exerça suas
atividades, antecipando problemas na fase de manufatura do produto. Esta
informações são chamadas como “Voz de Fabrica”.
Canais de distribuição e a estrutura da logística do novo produto no
mercado também deverão estar trabalhando em conjunto com o processo de
desenvolvimento de produto, uma vez que o setor tem a tarefa de armazenar,
manusear e transportar os produtos. O PDP deverá prestar orientações, instruções e
manuais para a preservação da qualidade da distribuição do novo produto.
A relação do processo de desenvolvimento de produto com a
assistência técnica, baseia-se com orientação sobre as possíveis falhas, e prepara-
los para os serviços a serem prestados ao novo produto. As informações do setor de
assistência técnica, também são considerados importantes pois com a fonte de
informações será possível desenvolver e inovar o produto quando for necessário.
A equipe que participa do processo de desenvolvimento de produto,
possuem inúmeras responsabilidades e atributos para realizarem as etapas que
estão dentro do processo , segundo Silva (2003), as descrições de Clark &
Wheelwright (1992) apud Santos as principais etapas do processo de
desenvolvimento de produto são:

 Pesquisa de mercado, levantamento das possibilidades


tecnológicas e determinação dos requisitos dos clientes;
 Identificação de riscos, avaliação de viabilidade e
planejamento de recursos;
 Tradução do conceito do produto em estilo, layout,
componentes e especificações;
 Envolvimento de fornecedores no processo de DP;
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 Construção de modelos físicos e avaliação de estilo e layout;


 Transformação de resultados das etapas anteriores em
desenho e normas;
 Elaboração, construção e testes de protótipos;
 Tradução das especificações do projeto do produto no
desenvolvimento do projeto do processo (fabricação e
montagem);
 Realização de produção piloto e testes de validação do
produto;
 Emprego de gates para avaliação do andamento do projeto;
 Normalização do conteúdo das informações;
 Normalização do formato das informações e
 Controle de atualizações e armazenamento das informações.

Realizando tais etapas o objetivo maior será sempre conseguir


reduzir custos, melhorar cada vez mais a qualidade, reduzir o prazo do
desenvolvimento, aumentar a flexibilidade e a confiabilidade e ainda atender ao
máximo as necessidades dos usuários. Vale ressaltar que quanto melhor o PDP,
maior a ampliação do ciclo de vida do produto, maior o aumento da participação no
mercado, da margem de lucro e a melhora da imagem frente aos usuários.
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4 CONCLUSAO.
Hoje em dia, muito se fala a respeito da inovação como diferencial
para se manter em vantagem competitiva frente à concorrência.
O mercado, atualmente, vive em efervescência, em busca de
novidades, e as empresas devem estar atentas às suas oscilações para antecipar e
impactar o seu público com algo realmente valioso e que solucione essa demanda.
Porem atender todas as exigências dos clientes, lidar com um
grande número de concorrentes e ainda ter que repassar um valor competitivo para
se manter no mercado, é uma dos grandes desafios para as empresas.
Visto assim com a conclusão deste trabalho, foi possível
compreender que saber gerenciar o processo de desenvolvimento de produto traz
inúmeras vantagens para a empresa, pois com o gerenciamento é possível produzir
um produto competitivo, e com um custo relevante para a empresa.
As empresas devem buscar integração entre os processos de
desenvolvimento de produto, pois os mesmos são constituídos por diversos
profissionais de diferentes áreas, envolvendo muitas ferramentas e metodologias. A
fim de terem maior agilidade, produtividade e qualidade total em seus serviços e
produtos. É necessário ter um planejamento eficiente e desenvolver uma visão
holística com a construção de uma imagem única e integrada do processo para
atingir o melhor resultado final.
Assim gerenciar o processo de desenvolvimento de produtos agrega
tanto valor para as empresas, quanto valor para o consumidor final.
21

5 REFERENCIAS.

BLOG METTZER. O que é ciclo de vida de um produto.


Disponível em : https://evolvemvp.com/o-que-e-ciclo-de-vida-do-produto/
Acesso em 05 out.2019.
Gestão de desenvolvimento de produtos \ Daniel Capaldo Amaral...[et al.].- São
Paulo : Saraiva, 2006

ROSA, J. ROSA,S. ANTONIOLLI .A Estratégia da inovação, a chave para o


desenvolvimento: uma comparação entre a realidade Brasileira e Americana. 2018.
FATEC - FACULDADE DE TECNOLOGIA DE ITAPETININGA.

SANTOS.BAIA. Inovação no processo de desenvolvimento de produto através do


Design Thinking. 2018 . Universidade Federal de Santa Catarina, Brasil.

SANTOS. Processo de Desenvolvimento de Produtos – PDP - A importância nos


dias atuais.
Disponivel em < http://www.techoje.com.br/site/techoje/categoria/detalhe_artigo/1745
Acesso em: 05 out.2019.

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