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CIRJ
SESI
SENAI
IEL
SOLDAGEM
TIG
versão preliminar
SENAI-RJ • Metalurgia
FIRJAN
CIRJ
SESI
SENAI
IEL
SOLDAGEM
TIG
FIRJAN – Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro
Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira
Presidente
Diretoria de Educação
Andréa Marinho de Souza Franco
Diretora
FIRJAN
CIRJ
SESI
SENAI
IEL
SOLDAGEM
TIG
SENAI-RJ
2004
Soldagem TIG
2004
SENAI-Rio de Janeiro
Diretoria de Educação
FICHA TÉCNICA
Edição revista do material Processo de soldagem; soldagem TIG; eletrônica básica; gabarito.
Rio de Janeiro • SENAI/RJ/CETEC de Solda, 1995.
SENAI-RJ
GEP – Gerência de Educação Profissional
Quando você resolveu fazer um curso em nossa instituição, talvez não soubesse que, desse
momento em diante, estaria fazendo parte do maior sistema de educação profissional do país:
o SENAI. Há mais de 60 anos, estamos construindo uma história de educação voltada para o
desenvolvimento tecnológico da indústria brasileira e para a formação profissional de jovens e
adultos.
Devido às mudanças ocorridas no modelo produtivo, o trabalhador não pode continuar
com uma visão restrita dos postos de trabalho. Hoje, o mercado exigirá de você, além do domínio
do conteúdo técnico de sua profissão, competências que lhe permitam decidir com autonomia,
proatividade, capacidade de análise, solução de problemas, avaliação de resultados e propostas
de mudanças no processo do trabalho. Você deverá estar preparado para o exercício de papéis
flexíveis e polivalentes, assim como para a cooperação e a interação, o trabalho em equipe e o
comprometimento com os resultados.
Soma-se a isso o fato de que a produção constante de novos saberes e tecnologias exigirá
de você a atualização contínua de seus conhecimentos profissionais, evidenciando-se a
necessidade de uma formação consistente que lhe proporcione maior adaptabilidade e
instrumentos essenciais à auto-aprendizagem.
Essa nova dinâmica do mercado de trabalho vem requerendo que os sistemas de educação
se organizem de forma flexível e ágil, motivo esse que levou o SENAI a criar uma estrutura
educacional com o propósito de atender às novas necessidades da indústria, estabelecendo
uma formação flexível e modularizada.
Essa formação flexível tornará possível a você, aluno do sistema, voltar e dar continuidade
à sua educação, criando seu próprio percurso. Além de toda a infra-estrutura necessária a seu
desenvolvimento, você poderá contar com o apoio técnico-pedagógico da equipe de educação
dessa escola do SENAI para orientá-lo em seu trajeto.
Mais do que formar um profissional, estamos buscando formar cidadãos.
Seja bem-vindo!
APRESENTAÇÃO ............................................................... 11
UMA PALAVRA INICIAL ................................................... 13
1
ASPECTOS INTRODUTÓRIOS ........................................... 17
Principais processos de soldagem por fusão ........................... 1 9
Soldagem TIG .................................................................... 2 1
Terminologia de soldagem .................................................... 2 1
2
ELETROTÉCNICA BÁSICA ................................................. 2 7
Introdução ......................................................................... 2 9
Circuitos ............................................................................ 2 9
Tipos de corrente elétrica ..................................................... 3 2
Curvas características ......................................................... 3 5
Arco elétrico ....................................................................... 3 9
Condensadores de filtragem ................................................. 4 5
Processo TIG com corrente pulsada ...................................... 4 7
Praticando .......................................................................... 4 8
10 SENAI-RJ
Soldagem TIG – Apresentação
Apresentação
A dinâmica social dos tempos de globalização exige dos profissionais atualização constante.
Mesmo as áreas tecnológicas de ponta ficam obsoletas em ciclos cada vez mais curtos, trazendo
desafios renovados a cada dia, e tendo como conseqüência para a educação a necessidade de
encontrar novas e rápidas respostas.
Nesse cenário, impõe-se a educação continuada, exigindo que os profissionais busquem
atualização constante durante toda a sua vida – e os docentes e alunos do SENAI-RJ incluem-se
nessas novas demandas sociais.
É preciso, pois, promover, tanto para os docentes como para os alunos da educação
profissional, as condições que propiciem o desenvolvimento de novas formas de ensinar e
aprender, favorecendo o trabalho de equipe, a pesquisa, a iniciativa e a criatividade, entre outros
aspectos, ampliando suas possibilidades de atuar com autonomia, de forma competente.
Com essa perspectiva é que concebemos o material didático que você está recebendo,
cujos conteúdos são necessários às atividades que trabalha com o processo de soldagem TIG.
O material Soldagem TIG está organizado em seis seções de estudo, com o objetivo de
apoiar os seus estudos, ajudando-o em vários momentos e situações. Ele pode ser usado, por
exemplo, para você acompanhar os conteúdos tratados em sala de aula, para estudar em casa e
reforçar seus conhecimentos, para realizar exercícios de fixação, consultar um determinado
assunto, realizar trabalhos individuais ou em grupos, apoiar o desenvolvimento de suas aulas
práticas etc.
Agora folheie o material, analisando cada uma de suas seções. Veja que logo na primeira
seção tratamos dos diferentes processos de soldagem por fusão e da terminologia básica
empregada nesses processos. Nas quatro seções que se seguem apresentamos conteúdos
relacionados à eletrotécnica básica, aos equipamentos empregados na soldagem TIG, aos metais
de base e consumíveis e às descontinuidades possíveis de ocorrer em uma soldagem. E, para
finalizar, a seção 6 aborda as principais medidas de saúde e de segurança que devem ser
observadas nos trabalhos de soldagem.
Desejamos que esse material contribua para você enriquecer a sua formação profissional,
capacitando-o para enfrentar os desafios do mundo do trabalho.
SENAI-RJ 11
12 SENAI-RJ
Soldagem TIG – Uma palavra inicial
Meio ambiente...
Saúde e segurança no trabalho...
O que é que nós temos a ver com isso?
Antes de iniciarmos o estudo deste material, há dois pontos que merecem destaque: a
relação entre o processo produtivo e o meio ambiente; e a questão da saúde e segurança no
trabalho.
As indústrias e os negócios são a base da economia moderna. Produzem os bens e serviços
necessários, e dão acesso a emprego e renda; mas, para atender a essas necessidades, precisam
usar recursos e matérias-primas. Os impactos no meio ambiente muito freqüentemente
decorrem do tipo de indústria existente no local, do que ela produz e, principalmente, de como
produz.
É preciso entender que todas as atividades humanas transformam o ambiente. Estamos
sempre retirando materiais da natureza, transformando-os e depois jogando o que “sobra” de
volta ao ambiente natural. Ao retirar do meio ambiente os materiais necessários para produzir
bens, altera-se o equilíbrio dos ecossistemas e arrisca-se ao esgotamento de diversos recursos
naturais que não são renováveis ou, quando o são, têm sua renovação prejudicada pela velocidade
da extração, superior à capacidade da natureza para se recompor. É necessário fazer planos de
curto e longo prazo, para diminuir os impactos que o processo produtivo causa na natureza.
Além disso, as indústrias precisam se preocupar com a recomposição da paisagem e ter em
mente a saúde dos seus trabalhadores e da população que vive ao redor dessas indústrias.
Com o crescimento da industrialização e a sua concentração em determinadas áreas, o
problema da poluição aumentou e se intensificou. A questão da poluição do ar e da água é
bastante complexa, pois as emissões poluentes se espalham de um ponto fixo para uma grande
região, dependendo dos ventos, do curso da água e das demais condições ambientais, tornando
difícil localizar, com precisão, a origem do problema. No entanto, é importante repetir que
quando as indústrias depositam no solo os resíduos, quando lançam efluentes sem tratamento
em rios, lagoas e demais corpos hídricos, causam danos ao meio ambiente.
SENAI-RJ 13
Soldagem TIG – Uma palavra inicial
14 SENAI-RJ
Soldagem TIG – Uma palavra inicial
SENAI-RJ 15
Aspectos introdutórios
Nesta seção...
Soldagem TIG
Terminologia de soldagem
1
18 SENAI-RJ
Soldagem TIG – Aspectos introdutórios
Principais processos de
soldagem por fusão
Soldagem a gás
Fig. 1
SENAI-RJ 19
Soldagem TIG – Aspectos introdutórios
Eletrodo revestido
Fig. 2
Fig. 3
Fig. 4
20 SENAI-RJ
Soldagem TIG – Aspectos introdutórios
Soldagem TIG
Agora, observe essa outra figura que mostra, com mais detalhes, a soldagem TIG, ou seja, a
soldagem a arco elétrico com eletrodo de tungstênio e proteção gasosa, temática que
aprofundaremos neste material.
Progressão
da soldagem
Tocha
Arco
Metal líquido Vareta
Metal
solidificado
Metal de base
Fig. 5
Terminologia de soldagem
Nos itens que se seguem, você vai encontrar a terminologia normalmente empregada nos
serviços de soldagem em relação aos tipos de juntas, aos tipos de chanfros para juntas e às
posições de soldagem.
Conheça esta terminologia e analise a figura correspondente a cada uma delas.
SENAI-RJ 21
Soldagem TIG – Aspectos introdutórios
Junta de topo
Fig. 6
Junta de ângulo em L
Fig. 7
Junta de ângulo em T
Fig. 8
Junta sobreposta
Fig. 9
• Junta de aresta
Fig. 10
22 SENAI-RJ
Soldagem TIG – Aspectos introdutórios
Sem chanfro
Fig. 11
Com chanfro em V
Fig. 12
Fig. 13
Fig. 14
Fig. 15
SENAI-RJ 23
Soldagem TIG – Aspectos introdutórios
Com chanfro em U
Fig. 16
Com chanfro em J
Fig. 17
Fig. 18
Fig. 19
24 SENAI-RJ
Soldagem TIG – Aspectos introdutórios
Posição plana
Fig. 20 Fig. 21
Posição horizontal
Fig. 22 Fig. 23
Posição vertical
Fig. 24 Fig. 25
SENAI-RJ 25
Soldagem TIG – Aspectos introdutórios
Posição sobrecabeça
Fig. 26 Fig. 27
Fig. 28 Fig. 29
Fig. 30
26 SENAI-RJ
Eletrotécnica básica
Nesta seção...
Introdução
Circuitos
Curvas características
Arco elétrico
Condensadores de filtragem
Praticando
2SENAI-RJ 27
28 SENAI-RJ
Soldagem TIG – Eletrotécnica básica
Introdução
Circuitos
Os circuitos hidráulico e elétrico têm características próprias que o soldador deve conhecer.
Analise essas características e depois compare um circuito com o outro.
SENAI-RJ 29
Soldagem TIG – Eletrotécnica básica
Circuito elétrico
Agora, nessa outra figura, temos um esquema do circuito elétrico.
Intensidade da corrente
A fonte da
corrente elétrica
produz tensão (V)
Resistência
Fig. 2
No circuito elétrico, a força motriz da corrente elétrica é obtida sob a forma de tensão (V),
por meio da fonte de corrente elétrica, em volt.
A corrente elétrica é obtida por movimento de elétrons no condutor elétrico. A intensidade
de corrente (I), medida em ampere, é equivalente a um determinado número de elétrons por
segundo, e cresce com o aumento de tensão.
A resistência elétrica (R), medida em ohm, é obtida por meio de um condutor elétrico com
baixo valor de condutividade elétrica, como é o caso do arco elétrico.
Todos os tipos de resistência elétrica provocam uma queda na intensidade de corrente.
Pressão Tensão
Volume circulante Intensidade da corrente
Oposição ao fluxo Resistência elétrica
Quadro 1
30 SENAI-RJ
Soldagem TIG – Eletrotécnica básica
Quadro 2
Circuito de soldagem
No circuito de soldagem, o arco elétrico é a principal resistência, determinando os valores
da corrente de soldagem e da tensão do arco elétrico.
As resistências que se encontram nos cabos de solda são de valores muito pequenos.
Neste item você vai analisar os tipos de corrente elétrica, a saber: corrente contínua, corrente
alternada e corrente alternada trifásica.
SENAI-RJ 31
Soldagem TIG – Eletrotécnica básica
32 SENAI-RJ
Soldagem TIG – Eletrotécnica básica
Corrente alternada
Tensão em volt
Tempo
Gráfico 1
Ondulação grande
Tensão em volt
Tempo
Gráfico 2
SENAI-RJ 33
Soldagem TIG – Eletrotécnica básica
L1 L2 L3
Tensão em volt
Tempo
Gráfico 3
Ondulação
pequena
Tempo
Gráfico 4
34 SENAI-RJ
Soldagem TIG – Eletrotécnica básica
Curvas características
V
I = e, daí: V = R.I
R
R I
Fig. 3
Veja um exemplo:
SENAI-RJ 35
Soldagem TIG – Eletrotécnica básica
V
em volt
Curva representativa
da resistência
I
em ampere
Gráfico 5
Neste gráfico, a linha da resistência apresenta-se como uma linha reta. Considerando-se a
resistência do arco elétrico, essa reta é a curva característica do arco elétrico.
I em ampere
Gráfico 6
36 SENAI-RJ
Soldagem TIG – Eletrotécnica básica
Neste caso, a vantagem é que, tanto para arcos curtos como para arcos longos, a variação
da intensidade da corrente (∆ I) é pequena, significando que o soldador poderá utilizar um arco
longo ou curto.
A variação da intensidade da corrente elétrica (∆I) é pequena em relação às maiores variações
de tensão (∆V ).
V em volt
Curva característica
para arco longo
Curva característica
para arco curto
I em ampere
Gráfico 7
Neste caso, a vantagem é que a variação da intensidade da corrente, para arcos longos ou
curtos, é grande em relação à tensão.
Assim, as máquinas de soldagem têm condições de reajustar automaticamente (regulagem
interna) o comprimento do arco, anteriormente ajustado para um outro valor.
SENAI-RJ 37
Soldagem TIG – Eletrotécnica básica
V em volt
Curva característica da
fonte da corrente
Curva característica
para arco longo
Curva característica
para arco curto
I em ampere
Gráfico 8
Curvas deste tipo, diante das modificações de comprimento de arco, mantêm a intensidade
de corrente praticamente constante.
38 SENAI-RJ
Soldagem TIG – Eletrotécnica básica
Arco elétrico
Neste item trataremos de várias questões importantes relativas a arco elétrico. São elas:
tensão do circuito; variação do comprimento do arco; soldagem em corrente contínua, alternada
e pulsada; e abertura do arco elétrico.
Vamos começar?
Circuito aberto
Fig. 4
Fig. 5
SENAI-RJ 39
Soldagem TIG – Eletrotécnica básica
Curto-circuito
Fig. 6
Fig. 7
Circuito fechado
Fig. 8
Fig. 9
40 SENAI-RJ
Soldagem TIG – Eletrotécnica básica
Variação do comprimento do
arco elétrico
O comprimento do arco elétrico normalmente varia em torno de uma vez e meia o diâmetro
do eletrodo do tungstênio. E é esse comprimento que vai determinar a voltagem do arco.
O comprimento do arco pode variar para aplicações específicas, de acordo com a
preferência do soldador.
Vamos analisar, por meio de figuras, a influência do comprimento do arco sobre a tensão
de trabalho e, também, sobre a penetração e largura do cordão de solda.
03,2mm
4,0mm
Comprimento
de arco normal
Fig. 10
6,4mm
Comprimento
de arco longo
Fig. 11
SENAI-RJ 41
Soldagem TIG – Eletrotécnica básica
3mm
Comprimento
de arco curto
Fig. 12
Comprimento Comprimento
do arco do arco
Fig. 13
42 SENAI-RJ
Soldagem TIG – Eletrotécnica básica
Fig. 14
Por isso, a cada início de uma meia-onda, deve haver um reacendimento do arco, sem
contato do eletrodo com a peça, por meio de pulsos de alta tensão ou de alta freqüência.
Tensão
Gráfico 9
Tensão
Gráfico 10
SENAI-RJ 43
Soldagem TIG – Eletrotécnica básica
Fig. 15
Com este método é possível que ocorram inclusões de tungstênio no metal de solda, assim
como aderência do metal por soldar ao eletrodo, resultando em instabilidade no arco elétrico.
Com o uso de uma chapa-apêndice de cobre para abertura do arco, evitam-se as inclusões de
tungstênio. Este método de acendimento do arco só é possível com o uso de corrente contínua.
Veja agora a seqüência das etapas de abertura do arco por meio de pulsos de alta tensão ou
de alta freqüência.
44 SENAI-RJ
Soldagem TIG – Eletrotécnica básica
I G I G I G
Legenda
I – Gerador de pulsos
G – Fonte de corrente
Condensadores de filtragem
Gráfico 11
SENAI-RJ 45
Soldagem TIG – Eletrotécnica básica
Gráfico 12
46 SENAI-RJ
Soldagem TIG – Eletrotécnica básica
Intensidade
da corrente
Corrente de
impulsos
Período
Gráfico 13
Para uma boa regulagem da corrente pulsada, é necessário adotar os seguintes parâmetros:
• Corrente de impulsos.
• Tempo e freqüência da corrente de impulsos.
• Corrente de base.
• Tempo e freqüência da corrente de base.
SENAI-RJ 47
Soldagem TIG – Eletrotécnica básica
Praticando
Assinale com um X a alternativa que responde corretamente cada uma das perguntas a
seguir.
1. Volt é a unidade elétrica para medida de qual grandeza?
( ) Tensão.
( ) Corrente.
( ) Resistência.
( ) Potência.
( ) I = R .V
( ) V =R
I
( ) I=V
R
( ) R =V . I
3. Que tipo de curva característica de fonte de corrente tem a máquina para soldagemTIG?
( ) Curva ascendente.
( ) Curva tombante.
( ) Curva constante.
( ) Curva plana.
48 SENAI-RJ
Soldagem TIG – Eletrotécnica básica
( ) No pólo negativo.
( ) No pólo positivo.
( ) No pólo trifásico.
6. Como é possível a abertura do arco elétrico sem contato entre o eletrodo e a peça?
7. Qual dos metais de base abaixo relacionados é soldado com corrente alternada, no
processo TIG?
( ) Aço carbono.
( ) Aço inoxidável.
( ) Alumínio.
( ) Cobre.
( ) Bobina de reatância.
( ) Fusível de proteção.
SENAI-RJ 49
Soldagem TIG – Eletrotécnica básica
10. Qual das afirmativas abaixo não é função dos condensadores de filtragem no
equipamento de soldagem TIG?
50 SENAI-RJ
Equipamentos para
soldagem
Nesta seção...
Introdução
Praticando
3SENAI-RJ 51
Soldagem TIG - Equipamentos para soldagem
52 SENAI-RJ
Soldagem TIG – Equipamentos para soldagem
Introdução
Dentre os equipamentos utilizados pelos soldadores, a fonte de corrente é uma das mais
importantes. Ela é responsável pelo fornecimento adequado de energia elétrica a todo o sistema
de solda. O soldador deve, portanto, conhecer bem os parâmetros envolvidos no processo, a
fim de interpretá-los corretamente.
Com o conteúdo desta seção, pretendemos auxiliar você a identificar os principais valores
de corrente utilizados na soldagem, bem como na manutenção das máquinas e de seus
respectivos acessórios.
Esquema de um equipamento
de soldagem TIG
4
9
Legenda
1
2
Ligação na rede
Fonte de corrente com sistema de refrigeração interno} Fonte de corrente e
Equipamento de comando
3 Cilindro de gás de proteção
4 Válvula reguladora de pressão com medidor de vazão } Gás de proteção
SENAI-RJ 53
Soldagem TIG – Equipamentos para soldagem
Fontes de corrente
para soldagem
Os diferentes tipos de fonte de corrente para soldagem, e o que cada um deles produz, você
pode observar no esquema abaixo.
Vejamos agora alguns aspectos mais específicos relativos a cada uma dessas fontes de
corrente para soldagem.
Princípios de funcionamento
do transformador
Analisando a figura a seguir, você poderá perceber o princípio de funcionamento do
transformador.
54 SENAI-RJ
Soldagem TIG – Equipamentos para soldagem
(Circuito de soldagem)
(Circuito da rede)
Bobina secundária
Ferro
Bobina primária
Fig. 2
I1 Interruptor I2
gradual
V1 V2
(Circuito de soldagem)
(Circuito da rede)
Ferro
Bobina secundária
Bobina primária
Campo magnético pulsante
Fig. 3
SENAI-RJ 55
Soldagem TIG – Equipamentos para soldagem
I1 I2
V1 V2
Bobina secundária
Bobina primária Núcleo de dispersão
Campo magnético pulsante
Fig. 4
Mediante o movimento do núcleo de dispersão, para dentro ou para fora, altera-se o fluxo
magnético no secundário para mais ou para menos.
Bobina primária
Diodos de silício
Bobina secundária
TRANSFORMADOR RETIFICADOR COM VENTILAÇÃO
Fig. 5
56 SENAI-RJ
Soldagem TIG – Equipamentos para soldagem
O diodo, sinalizado na figura, é o elemento retificador. Ele pode ser compreendido como
uma válvula elétrica de retenção.
Funcionamento do retificador
Observe este esquema de funcionamento de um retificador para soldagem TIG. Veja o que
indica cada número, acompanhando com a legenda.
6 5 7
Gás de proteção
Multicabo
Água de refrigeração
Corrente da rede
4
Cabo-obra
2 3
Legenda
Fig. 6
SENAI-RJ 57
Soldagem TIG – Equipamentos para soldagem
Cada um desses elementos mostrados na figura anterior tem uma função específica, que
apresentamos a seguir.
– Retificador
– Ventilador de refrigeração
– Unidade de comando
58 SENAI-RJ
Soldagem TIG – Equipamentos para soldagem
Princípio do gerador
A figura abaixo mostra um gerador. Analise atentamente, identificando cada um de seus
elementos.
Ligação estrela-triângulo
Ativação Corrente contínua para soldagem
Rotor
Coletor
Estator
Escova de carvão
Motor Gerador
Ventilador Induzido
Fig. 7
A chave estrela-triângulo tem dois estágios para funcionar o gerador: liga-se o primeiro
estágio e espera-se até o motor estabilizar a rotação. Depois, então, liga-se o segundo estágio.
O gerador pode ser também com motor a gasolina, a diesel ou a álcool.
Fig. 8
SENAI-RJ 59
Soldagem TIG – Equipamentos para soldagem
Veja então, no quadro a seguir, o que compete ao eletricista e o que deve ser realizado pelo
soldador, no que diz respeito aos serviços de ligação ou manutenção de fontes de corrente para
soldagem.
Eletricista Soldador
– Ligar a fonte de corrente com a – Desligar da rede a fonte de corrente para trabalhos de
rede. manutenção (somente se essa ligação é feita com
tomadas).
– Montar a tomada da rede.
– Atentar para as orientações do fabricante sobre
– Realizar serviços de ligação e serviços e cuidados com o equipamento:
manutenção em sistema de
• soprar regularmente a fonte de corrente com ar
proteção na ligação com a rede
comprimido seco, para retirar o pó;
(fusíveis ou disjuntores).
• testar o funcionamento do sistema de refrigeração; e
– Testar a fonte de corrente e a • testar o sentido de giro do ventilador.
ligação com a rede; trocar de
ligação para outra tensão da – Apertar e fixar todas as ligações por parafusos e
rede; inverter a ligação para terminais, antes da soldagem.
corrigir o sentido de rotação do
ventilador. – Examinar a pistola, o multicabo e o cabo-obra; se
encontrar alguma irregularidade, trocar.
Quadro 1
60 SENAI-RJ
Soldagem TIG – Equipamentos para soldagem
Corrente de
soldagem
Tempo
Tempo
Pulsos de
alta tensão
Com corrente alternada
Tempo
Vazão do gás
de proteção
Tempo
Pré-vazão Pós-vazão
Fig. 9
SENAI-RJ 61
Soldagem TIG – Equipamentos para soldagem
Agora você vai analisar, por meio de figuras, o que é exigido em termos de acessórios de
soldagem e manutenção.
Fig. 10 Fig. 11
Fig. 12
Acoplador Conector
Fig. 13
No tipo de conexão da Figura 13, o isolamento é feito por meio de borracha ou de mangueira
sob pressão.
62 SENAI-RJ
Soldagem TIG – Equipamentos para soldagem
Fig. 14
Fig. 15
SENAI-RJ 63
Soldagem TIG – Equipamentos para soldagem
Curta
Fig. 16
Agora observe, com mais detalhes, os diversos componentes de uma pistola TIG refrigerada
a água. Analise a figura abaixo com o apoio da legenda.
6 7 8 9
10
Legenda
1 Bocal 6 Interruptor
Fig. 17
64 SENAI-RJ
Soldagem TIG – Equipamentos para soldagem
Tipo convencional
Neste caso, o gás de proteção é distribuído através de quatro furos de pequeno diâmetro.
Fig. 18
A vantagem desse tipo de difusor é que ele é mais barato e de fácil adaptação aos vários
tipos de bocal de um mesmo fabricante.
Fig. 19
SENAI-RJ 65
Soldagem TIG – Equipamentos para soldagem
Fig. 20
Para materiais de base mais sensíveis à contaminação atmosférica, como titânio, zircônio,
inconel e outros, o bocal de gás deve ser usado juntamente com a proteção adicional de cerca de
75mm de comprimento, como mostra este bocal continuador.
Fig. 21
66 SENAI-RJ
Soldagem TIG – Equipamentos para soldagem
Indicação e regulagem de
pressão e de vazão do gás
de proteção
Legenda
Fig. 22
SENAI-RJ 67
Soldagem TIG – Equipamentos para soldagem
Legenda
Fig. 23
Neste caso, a redução da pressão é de ajuste constante, e, assim, a passagem do gás sofrerá
alterações por ação da válvula reguladora de vazão.
O fluxo de gás elevará o flutuador dentro do indicador de vazão (de formato cônico/vertical)
a uma posição que indicará a vazão de gás correspondente.
Ciclos de trabalho na
soldagem
68 SENAI-RJ
Soldagem TIG – Equipamentos para soldagem
Arco aberto
Gráfico 1
A
Pausa
Pausa
Pausa
Arco aberto
min
Ciclo Ciclo
Gráfico 2
A
Pausa
Pausa
Pausa
Arco
min
Ciclo Ciclo
Gráfico 3
SENAI-RJ 69
Soldagem TIG – Equipamentos para soldagem
Praticando
( ) Retificador.
( ) Condensador de filtragem.
( ) Bobina de reatância.
( )
( )
( )
( )
70 SENAI-RJ
Soldagem TIG – Equipamentos para soldagem
( )
( )
( )
( )
( ) 70 A
( ) 120 A
( ) 160 A
( ) 250 A
SENAI-RJ 71
Soldagem TIG – Equipamentos para soldagem
11. Qual o programa de corrente de soldagem utilizado para evitar grandes crateras com
trincas de contração?
I I
( ) ( )
T T
I
I
( ) ( )
T T
12. Em qual ciclo de trabalho pode-se utilizar a corrente máxima, sem preocupação?
( ) 100%
( ) 70%
( ) 60%
( ) 35%
72 SENAI-RJ
Metais de base e
consumíveis
Nesta seção...
Introdução
Eletrodo de tungstênio
Gases de proteção
Praticando
4
SENAI-RJ 73
74 SENAI-RJ
Soldagem TIG – Metais de base e consumíveis
Introdução
Durante os processos de soldagem, o profissional da área lidará com vários materiais
distintos, que possuem características próprias e que influenciarão os resultados finais do
trabalho executado. Um exemplo disso é o teor de carbono, que atua diretamente sobre as
propriedades mecânicas do metal de base.
Nesta seção, pretendemos orientar você quanto à influência térmica, ao teor de carbono e
aos elementos de liga na soldagem, como também quanto à identificação das varetas utilizadas
na soldagem TIG, à classificação dos eletrodos de tungstênio, aos gases de proteção e ao sistema
de abastecimento para gases de proteção.
Soldabilidade dos
aços-carbono comuns
Os aços-carbono comuns e os
de baixa liga apresentam boa
soldabilidade para teores de
carbono até 0,22%.
O valor da dureza de um aço
depende do teor de carbono, das
velocidades de aquecimento e do
resfriamento durante a soldagem.
Veja, no gráfico ao lado, a 1.0
SENAI-RJ 75
Soldagem TIG – Metais de base e consumíveis
Carbono equivalente
O carbono é, no aço, o elemento de liga mais significativo. Mas podemos estimar os efeitos
de outros elementos de liga, no que diz respeito à soldabilidade, mediante o valor de carbono
equivalente (CE).
O carbono equivalente expressa o efeito da quantidade total de elementos de liga, e seu
valor pode ser encontrado por meio do seguinte cálculo:
%Mn + %Si
CE = %C +
4
Agora, observe esse outro gráfico que mostra, de uma forma geral, as relações entre CE e
dureza, sensibilidade às trincas sob cordão, ou soldabilidade baseada na capacidade de
dobramento do material.
Dureza
Dureza máxima DPH
Ângulo de
dobramento
Sensibilidade à ocorrência
de trincas
Carbono equivalente
Gráfico 2
76 SENAI-RJ
Soldagem TIG – Metais de base e consumíveis
Eletrodo
Arame ou vareta
E R 70 S 3 (6)
Composição química da vareta
Vareta sólido
Eletrodo de tungstênio
Medidas em polegadas
Diâmetro 0.010 0.020 0.040 1/16 3/32 1/8 5/32 3/16 1/4
Comprimento 3 6 7 12 18 24
SENAI-RJ 77
Soldagem TIG – Metais de base e consumíveis
Quadro 1
Th-1
Elemento de liga Th-2 Toriado
Eletrodo de Th-3
tungstênio
Zr - Zirconiado
Preparação da extremidade do
eletrodo de tungstênio
A preparação da extremidade do eletrodo de tungstênio deve observar o tipo de corrente,
como especificado em cada item.
78 SENAI-RJ
Soldagem TIG – Metais de base e consumíveis
~90o
D < 1,6mm mm
D > 1,6mm
Fig. 2
Regulagem da corrente
A correta regulagem da corrente é reconhecida pelo formato da extremidade do eletrodo,
como você pode ver no quadro abaixo.
CC Toriado
Puro
CA
Toriado
Quadro 2
SENAI-RJ 79
Soldagem TIG – Metais de base e consumíveis
CORRENTE
CORRENTE ALTERNADA (COM ALTA FREQÜÊNCIA)
DIÂMETRO CONTÍNUA
DO Eletrodo Eletrodo Sem condensadores Com condensadores
ELETRODO no pólo - no pólo + de filtragem de filtragem
EM
EWP EWC EWP EWTh-1 EWTh-1
POLEGADA EWP EWTh-3
EWTh-1 EWTh-1 EWTh-3 EWTh-2
EWTh-2
EWTh-2 EWTh-2 EWTh-3 EWZr
EWTh-3 EWTh-3
0,010 A partir * A partir A partir * A partir A partir *
de 15 de 15 de 15 de 15 de 15
Quadro 3
80 SENAI-RJ
Soldagem TIG – Metais de base e consumíveis
Quadro 4
SENAI-RJ 81
Soldagem TIG – Metais de base e consumíveis
Seleção de corrente de
soldagem
A seguir, apresentamos três quadros que são empregados para a seleção de corrente de
soldagem com o processo TIG.
Faça uma leitura atenciosa de cada um deles.
Aço-carbono e aço-liga
(corrente contínua; eletrodo no pólo negativo; junta de topo; posição plana)
Diâmetro
Espessura da Tipo de Número de Intensidade
Eletrodo Vareta
chapa mm chanfro passes de corrente A
toriado mm mm
Quadro 5
Alumínio
(corrente alternada; junta de topo; posição plana)
Diâmetro
Espessura da Tipo de Número de Intensidade
Eletrodo puro Vareta
chapa mm chanfro passes de corrente A
mm mm
Quadro 6
82 SENAI-RJ
Soldagem TIG – Metais de base e consumíveis
Cobre
(corrente contínua; eletrodo no pólo negativo; junta de topo; posição plana)
Diâmetro
Espessura da Tipo de Número de Intensidade
chapa mm chanfro passes Eletrodo Vareta de corrente A
toriado mm mm
Quadro 7
Gases de proteção
SENAI-RJ 83
Soldagem TIG – Metais de base e consumíveis
De acordo com a norma citada no início deste item, os gases são distribuídos em grupos,
conforme o processo de soldagem. No quadro abaixo, você pode analisar esse grupamento,
para o caso específico do processo TIG.
Quadro 8
e
o br
Níquel io ,c
n és
ag
m
o,
íni
um
Al
Gráfico 3
84 SENAI-RJ
Soldagem TIG – Metais de base e consumíveis
Tubulação de
saída de gases
Fig. 3
SENAI-RJ 85
Soldagem TIG – Metais de base e consumíveis
Praticando
Para cada uma das questões apresentadas a seguir, assinale com um X a resposta correta.
1. Qual a propriedade do aço cujo valor cresce com o aumento do teor de carbono?
( ) Capacidade de deformação.
( ) Resistência a tração.
( ) Tenacidade.
( ) Soldabilidade.
2. Qual das alternativas abaixo explica a elevação dos valores de dureza nas regiões
adjacentes ao cordão de solda?
( ) Preaquecimento na peça.
3. Qual a propriedade do metal de base que diminui com o aumento do teor de carbono?
( ) Deformação.
( ) Resistência a tração.
( ) Dureza.
( ) Temperabilidade.
( ) Composição química.
( ) Posição de soldagem.
( ) Resistência ao impacto.
( ) Resistência a tração.
86 SENAI-RJ
Soldagem TIG – Metais de base e consumíveis
( ) Teor de carbono.
( ) Teor de manganês.
( ) Teor de fósforo.
( ) Teor de enxofre.
( ) Diâmetro do eletrodo.
( ) Percentual de zircônio.
( ) Percentual de tório.
( ) ( )
( ) ( )
SENAI-RJ 87
Descontinuidade na
soldagem
Nesta seção...
Introdução
Sopro magnético
Praticando
5
90 SENAI-RJ
Soldagem TIG – Descontinuidade na soldagem
Introdução
Abertura e manutenção do
arco elétrico
Nos itens que se seguem, você poderá ver, por meio de figuras, cada uma das três
etapas de abertura do arco elétrico.
Fig. 1
SENAI-RJ 91
Soldagem TIG – Descontinuidade na soldagem
Tensão de curto-circuito
Fig. 2
Tensão de trabalho
Fig. 3
O local de abertura do arco deve ser fundido e preenchido pelo cordão de solda, a fim de
não se tornar suscetível à ocorrência de trincas. Veja, na figura abaixo, que o local de abertura do
arco está errado.
Fig. 4
Fig. 5
92 SENAI-RJ
Soldagem TIG – Descontinuidade na soldagem
Fig. 6
Sopro magnético
O arco elétrico está, como todo condutor de corrente elétrica, submetido a um campo
magnético. Nos casos em que a distribuição homogênea do campo magnético é impedida, há
então um desvio do arco elétrico.
SENAI-RJ 93
Soldagem TIG – Descontinuidade na soldagem
Campo
magnético
Fig. 7
Fig. 8
Fig. 9
Fig. 10
94 SENAI-RJ
Soldagem TIG – Descontinuidade na soldagem
As principais medidas que se deve adotar contra o sopro magnético são as seguintes:
Descontinuidades em juntas
soldadas
Vamos analisar, a partir de agora, as descontinuidades (ou seja, as falhas) mais comuns nos
trabalhos de soldagem TIG.
Fig. 11
SENAI-RJ 95
Soldagem TIG – Descontinuidade na soldagem
Veja as figuras.
Fig. 12
Reforço excessivo
Esta é uma outra descontinuidade causada por:
Fig. 13
Penetração excessiva
A penetração excessiva é uma descontinuidade na soldagem TIG que tem como causas:
96 SENAI-RJ
Soldagem TIG – Descontinuidade na soldagem
Fig. 14
Deposição insuficiente
As causas da deposição insuficiente – outra descontinuidade na soldagem – são as seguintes:
Fig. 15
Concavidade na raiz
A concavidade na raiz é outra descontinuidade comum na soldagem TIG. Suas principais
causas são:
Fig. 16
SENAI-RJ 97
Soldagem TIG – Descontinuidade na soldagem
Mordedura
A mordedura também é um tipo de descontinuidade. Ela é ocasionada, especialmente,
pelos seguintes aspectos:
Fig. 17
Poros
No caso dos poros – outra descontinuidade na soldagem TIG –, as causas também são
diversas, como você verá em cada item que se segue.
Fig. 18
Fig. 19
98 SENAI-RJ
Soldagem TIG – Descontinuidade na soldagem
Deslocamento da atmosfera
protetora causada pela
penetração do ar atmosférico
com velocidade acima de 1m/s
Fig. 20
Fig. 21
Fig. 22
Fig. 23
SENAI-RJ 99
Soldagem TIG – Descontinuidade na soldagem
Fig. 24
Fig. 25
Turbilhonamento do gás de
proteção e absorção do ar pela
utilização do bocal da pistola
danificado
Fig. 26
100 SENAI-RJ
Soldagem TIG – Descontinuidade na soldagem
Inclusão metálica
(inclusão de tungstênio)
Este é um tipo de descontinuidade que também tem várias causas. Vamos analisar cada
uma delas, observando a ilustração correspondente.
Fig. 27
Fig. 28
Fig. 29
Fig. 30
SENAI-RJ 101
Soldagem TIG – Descontinuidade na soldagem
Fig. 31
Fig. 32
Fig. 33
102 SENAI-RJ
Soldagem TIG – Descontinuidade na soldagem
Oxidação na raiz
Trincas
A trinca é uma outra descontinuidade possível de ocorrer em trabalhos de soldagem.
Nos itens que se seguem, analise as figuras que mostram diferentes tipos de trincas e,
depois, os motivos que levam a essas ocorrências.
Trincas na raiz
Fig. 36
Essa trinca é ocasionada por:
• Material de má soldabilidade.
• Resfriamento muito rápido, após a soldagem.
SENAI-RJ 103
Soldagem TIG – Descontinuidade na soldagem
Trincas longitudinais
Fig. 37
É um tipo de trinca que resulta de tensões transversais. Pode estar localizada em:
• Zona de ligação.
• Zona fundida.
• Zona afetada termicamente.
• Metal de base.
Trincas transversais
Fig. 38
Nesse caso, a trinca foi ocasionada por tensões longitudinais, podendo localizar-se:
• Na zona fundida.
• Na zona afetada termicamente.
• No metal de base.
Trincas de cratera
Fig. 39
104 SENAI-RJ
Soldagem TIG – Descontinuidade na soldagem
Problemas na soldagem em
função do equipamento
Multicabo e cabo-obra
• Causa
Rompimento do cabo devido a um dobra-
mento excessivo.
• Conseqüência
Arco elétrico instável.
Fig. 40
Grampo
• Causa
Mau contato.
• Conseqüência
Resistência elétrica alta e desigual,
dificultando a abertura do arco e sua
manutenção.
Fig. 41
SENAI-RJ 105
Soldagem TIG – Descontinuidade na soldagem
• Conseqüências
Vazão do gás de proteção reduzida, pro-
duzindo poros na solda. Refrigeração da
Fig. 42 pistola insuficiente, danificando-a.
• Conseqüência
Entupimento no condutor de água da
pistola, provocando superaquecimen-
to. Esse problema, na maioria das vezes,
Fig. 43 só é detectado mais tarde, quando já
predomina uma grande pressão no
circuito.
Vazão de gás
Veja, na figura ao lado, uma
representação da vazão correta
do gás de proteção. Tempo
Corrente de
soldagem
Tempo
Fig. 44
106 SENAI-RJ
Soldagem TIG – Descontinuidade na soldagem
• Conseqüência
Gás de proteção insuficiente para o eletrodo
Fig. 45 e a peça de fusão, antes, durante e após a
soldagem.
• Conseqüência
Ventilação insuficiente do equipamento,
provocando superaquecimento e danifi-
cando-o. Se o equipamento possui um relé
de proteção, este desliga automaticamente.
Fig. 46
SENAI-RJ 107
Soldagem TIG – Descontinuidade na soldagem
Praticando
( ) Poros.
( ) Inclusão de tungstênio.
( ) Inclusão de óxidos.
( ) Falta de fusão.
2. Qual a causa para que a ponta do eletrodo fique com a forma apresentada a seguir?
3. Qual dos tipos de chanfros deve ser escolhido para a soldagem de uma chapa de alumínio
de 5mm de espessura, na posição plana?
( ) ( )
( ) ( )
108 SENAI-RJ
Soldagem TIG – Descontinuidade na soldagem
4. Durante uma soldagem TIG, o arco elétrico torna-se instável, falhando. Qual pode ser a
causa desse problema?
5. Uma pistola refrigerada a água apresenta vazamento de água para o duto de gás de
proteção. Qual a conseqüência deste problema na soldagem de aço?
( ) Poros na soldagem.
SENAI-RJ 109
110 SENAI-RJ
Saúde e segurança
no trabalho
Nesta seção...
Introdução
Riscos elétricos
Primeiros socorros
Praticando
6
SENAI-RJ 111
112 SENAI-RJ
Soldagem TIG – Saúde e segurança no trabalho
Introdução
Todo profissional envolvido nos trabalhos de soldagem deve estar consciente das atividades
que precisa desempenhar como um todo e, também, conhecer os riscos decorrentes da
utilização dos equipamentos manuseados para a execução dessas atividades.
É indispensável, ainda, que esse profissional se preocupe em adotar medidas de saúde e
segurança capazes de minimizar acidentes, e que vão permitir o desempenho de seu trabalho
de forma segura e eficaz.
Por isso, vamos apresentar, nesta seção, uma série de conteúdos relacionados aos perigos
que a soldagem TIG oferece, descrevendo as principais medidas de saúde e segurança a serem
adotadas para prevenir acidentes e, ainda, o que deve ser feito caso esses acidentes ocorram.
Equipamentos de proteção
individual (EPI)
Antes de iniciar os estudos relativos aos riscos que os trabalhos de soldagem TIG oferecem
e às medidas a serem observadas para cada caso, consideramos importante você conhecer os
equipamentos de proteção individual (EPI) que devem ser usados pelo soldador no desempenho
de suas atividades.
SENAI-RJ 113
Soldagem TIG – Saúde e segurança no trabalho
1
6
Legenda
4
1 Avental de raspa de couro
2 Manga de raspa de couro
3 Luvas de raspa de couro
4 Polainas de couro
5 Sapatos de segurança
5 6 Touca de proteção
7 Máscara de solda
8 Óculos de segurança
Fig. 1 9 Gola de raspa de couro
114 SENAI-RJ
Soldagem TIG – Saúde e segurança no trabalho
Vejamos, agora, alguns aspectos importantes relativos à máscara de solda e aos óculos de
segurança.
Máscara de solda
Fig. 2
Essa máscara deve ser utilizada somente para soldagem com eletrodo revestido ou MIG/
MAG. Ela tem um filtro de proteção que é caracterizado por letras e números, como, por exemplo:
filtro 12 A 1 Din.
Óculos de segurança
Nos casos em que os óculos de segurança são utilizados para corte oxiacetilênico, o soldador
deve observar o número do filtro.
Com vidro normal, os óculos também servem para esmerilhamento.
Quadro 1
SENAI-RJ 115
Soldagem TIG – Saúde e segurança no trabalho
Legenda
1 Mancal
2 Mancal, cabo de aço,
3 cabo terra do motor
3 Cabo de aço, roldana
4 4 4 Cabo de aço, corrente
Fig. 3
116 SENAI-RJ
Soldagem TIG – Saúde e segurança no trabalho
Riscos elétricos
• Choque elétrico.
• Morte por fibrilação.
• Parada cardíaca.
• Queimaduras e ferimentos.
2
4
1 7
Legenda
SENAI-RJ 117
Soldagem TIG – Saúde e segurança no trabalho
No circuito de soldagem, determinadas partes que são submetidas à tensão e que, por
razões técnicas, não podem ser isoladas acabam se constituindo em situações de perigo. Dessa
forma, o soldador deve ficar bem atento, para evitar de incorporar o circuito elétrico, acidentando-
se seriamente.
A figura abaixo mostra um trabalho de solda realizado em ambiente confinado entre (junto
ou sobre) partes que podem conduzir a corrente elétrica.
Fig. 5
118 SENAI-RJ
Soldagem TIG – Saúde e segurança no trabalho
Fig. 6
Fig. 7
Fig. 8
Quadro 2
SENAI-RJ 119
Soldagem TIG – Saúde e segurança no trabalho
O arco elétrico oferece perigos que são ocasionados, principalmente, pelas radiações que
emitem durante a soldagem e pelas substâncias poluentes que liberam.
Vamos analisar cada uma dessas situações.
Perigos de radiação
O arco elétrico emite radiações visíveis e invisíveis, como as radiações infravermelhas e
ultravioleta, que são perigosas para o homem. Todas elas podem causar queimaduras na pele e
danos para os olhos, com prejuízos para a visão, como você pode ver neste esquema.
120 SENAI-RJ
Soldagem TIG – Saúde e segurança no trabalho
Os olhos devem ser cuidadosamente protegidos contra os efeitos danosos do arco elétrico,
com o uso de filtros de proteção, conforme estabelecido pela norma DIN 4647.
Os filtros de proteção utilizados na soldagem a arco elétrico têm os níveis de caracterização
de segurança determinados pela seguinte escala:
Nível de segurança
Símbolo do fabricante
Qualidade ótica
Norma
O quadro abaixo apresenta as especificações que devem ser levadas em conta na escolha
de um filtro de proteção para os olhos. Analise-o com atenção.
< 50 8 10
TIG 50 – 150 8 12
150 – 500 10 14
Quadro 3
SENAI-RJ 121
Soldagem TIG – Saúde e segurança no trabalho
Substâncias poluentes
As elevadas temperaturas na região do arco elétrico ocasionam a queima e a volatização de
certa quantidade de consumível, fluxo e camadas protetoras do metal de base, os quais podem
conter substâncias poluentes, como mostra o esquema.
Gases
Tóxicos enjôo e
envenenamento
Vapores
Fig. 10
122 SENAI-RJ
Soldagem TIG – Saúde e segurança no trabalho
Observe o quadro.
Quadro 4
SENAI-RJ 123
Soldagem TIG – Saúde e segurança no trabalho
A B
Tanque
de óleo
Panos de limpeza
Óleo
Papéis velhos
C D
Fig. 11
Devido aos possíveis riscos destacados na figura, a realização da soldagem nesses ambientes
fechados necessita de uma série de cuidados especiais, como mostra a próxima figura.
A B
Local de
soldagem
Tanque
de óleo
Areia
C D
Fig. 12
124 SENAI-RJ
Soldagem TIG – Saúde e segurança no trabalho
Agora, compare esta figura com a anterior, procurando identificar os cuidados adotados
nestes ambientes. Perceba, por exemplo, o que foi feito com o tapete, as portas, as aberturas nas
paredes, o óleo do chão, etc.
Concluímos, assim, que algumas medidas de prevenção devem ser adotadas antes e durante
os trabalhos de soldagem.
Ventilação
Filtro Exaustor
Fig. 13
SENAI-RJ 125
Soldagem TIG – Saúde e segurança no trabalho
Antes do trabalho
• Instalar a exaustão, preparar o piso isolante, posicionar a fonte de corrente elétrica fora
do local de trabalho.
• Cuidar par que a iluminação e as máquinas elétricas tenham, no máximo, 42 V.
Durante o trabalho
• Renovar o ar.
• Trabalhar sempre sob permanente atenção.
Após o trabalho
• Afastar os equipamentos de solda.
Vários tipos de gases são utilizados na técnica de soldagem e corte. Esses gases são
armazenados em diferentes estados, em cilindros de alta pressão, cuja construção obedece a
exigências impostas por normas específicas. Os cilindros de gases exigem cuidados especiais
de manipulação, de modo a evitar danos, dentre os quais se destacam os incêndios.
126 SENAI-RJ
Soldagem TIG – Saúde e segurança no trabalho
Tipos empregados
Você pode ver, no quadro abaixo, vários tipos de gases que são empregados nos processos
de soldagem e corte.
Analise-o cuidadosamente, em especial nas linhas referentes a consumo, emprego e riscos
desses gases.
Combinação O2 C 2H 2 Ar + O2 CO2 Ar N 2 + H2 C 3H 8
Ar + CO2
Ar+ CO2 + O 2
Peso em Mais Mais leve Mais leve Mais Mais Mais leve Mais pesado
relação ao ar pesado pesado pesado
Quadro 5
SENAI-RJ 127
Soldagem TIG – Saúde e segurança no trabalho
OXIGÊNIO ACETILENO
Quadro 6
128 SENAI-RJ
Soldagem TIG – Saúde e segurança no trabalho
Fig. 14
Fig. 15
Fig. 16
SENAI-RJ 129
Soldagem TIG – Saúde e segurança no trabalho
Fig. 16
União de mangueiras
Fig. 17
Fig. 18
Verificação de vazamentos
Fig. 19
130 SENAI-RJ
Soldagem TIG – Saúde e segurança no trabalho
Fig. 20
Fig. 21
Fig. 22
SENAI-RJ 131
Soldagem TIG – Saúde e segurança no trabalho
Organização do posto de
soldagem
O posto de soldagem deve ser organizado de modo que as ferramentas fiquem dispostas
em locais seguros, para receber a peça a ser soldada.
Observe, na figura, como as ferramentas e os equipamentos foram organizados no posto
de soldagem.
Legenda
1 Fixador regulável
4 2 Exaustão
3 Bancada de solda
4 Paredes de proteção
5 Ferramentas
6 Banco
8 3 7 Local de fixação
1 do cabo-obra
8 Cortina
7
6
Fig. 23
132 SENAI-RJ
Soldagem TIG – Saúde e segurança no trabalho
Primeiros socorros
Ferimentos
• Desinfetar e cobrir a ferida. No caso de sangramento forte, pressionar a atadura contra o
ferimento. Não remover os feridos.
Olhos
• No caso de cegueira momentânea, utilizar o colírio adequado.
• Nas lesões, devem-se cobrir ambos os olhos.
• Em situações de ataque por ácido, lavar com muita água e não utilizar água boricada.
Queimaduras
• Lavar a parte afetada com água fria até que a dor passe. Utilizar material esterilizado para
cobrir a ferida. Não utilizar pomadas contra queimaduras.
SENAI-RJ 133
Soldagem TIG – Saúde e segurança no trabalho
Praticando
Em cada item que segue, assinale com um X a alternativa que responde corretamente à
pergunta.
( ) Ventilador.
( ) Exaustão.
( ) Oxigênio.
( ) Ar comprimido.
134 SENAI-RJ
Soldagem TIG – Saúde e segurança no trabalho
( ) Touca de proteção.
( ) Casaco de proteção.
( ) Tênis.
( ) No 6
( ) No 5
( ) No 4
( ) No 12
6. Por que o soldador a arco elétrico deve utilizar, durante a soldagem, luvas sem partes
metálicas?
( ) Ultravioleta.
( ) Raios X.
( ) Raios luminosos.
( ) Infravermelho.
SENAI-RJ 135
FIRJAN
CIRJ
SESI
SENAI
IEL