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SOLIDWORKS

Nível I
PRESENCIAL
ONLINE

1
SUMÁRIO

1 LIÇÃO 01 – COMPREENDENDO O 3D ........................................................... 9

1.1 Modelando em 3D .......................................................................................... 10

1.2 Modelando corretamente ................................................................................ 13

1.3 Interface básica .............................................................................................. 15

2 LIÇÃO 02 – CRIAÇÃO DE ESBOÇOS ........................................................... 25

2.1 Inserindo um novo esboço .............................................................................. 26

2.2 Entidades de esboço ...................................................................................... 31

2.3 Relações de esboço ....................................................................................... 33

2.4 Desenhando um esboço ................................................................................. 40

2.5 Extrudando um esboço ................................................................................... 52

2.6 Exercício 1 ...................................................................................................... 57

2.7 Exercício 2 ...................................................................................................... 58

2.8 Exercício 3 ...................................................................................................... 59

2.9 Exercício 4 ...................................................................................................... 60

3 LIÇÃO 03 – MODELAGEM BÁSICA DE PEÇAS ............................................ 61

3.1 Escolhendo o perfil ......................................................................................... 62

3.2 Escolhendo o melhor plano ............................................................................ 63

3.3 Intenção do projeto ......................................................................................... 64

3.4 Modelo de estudo ........................................................................................... 65

3.5 Exercício 5 ...................................................................................................... 96

2
3.6 Exercício 6 ...................................................................................................... 97

3.7 Exercício 7 ...................................................................................................... 98

3.8 Desafio 01....................................................................................................... 99

4 LIÇÃO 04 – MODELOS DE BASE SIMÉTRICA ........................................... 100

4.1 Peças simétricas ........................................................................................... 101

4.2 Modelo de estudo ......................................................................................... 101

4.3 Criação de Texto .......................................................................................... 129

4.4 Exercício 8 .................................................................................................... 132

4.5 Exercício 9 .................................................................................................... 133

4.6 Exercício 10 .................................................................................................. 134

4.7 Exercício 11 .................................................................................................. 135

4.8 Exercício 12 .................................................................................................. 136

4.9 Exercício 13 .................................................................................................. 137

5 LIÇÃO 05 – RECURSOS DE REPETIÇÃO .................................................. 138

5.1 Padrões ........................................................................................................ 139

5.2 Padrão linear ................................................................................................ 139

5.3 Padrão de geometria .................................................................................... 150

5.4 Padrão circular .............................................................................................. 153

5.5 Espelhamento ............................................................................................... 158

5.6 Padrão de esboço ......................................................................................... 161

5.7 Outros padrões ............................................................................................. 170

3
5.8 Exercício 14 .................................................................................................. 171

5.9 Exercício 15 .................................................................................................. 172

5.10 Exercício 16 .................................................................................................. 173

5.11 Exercício 17 .................................................................................................. 174

5.12 Exercício 18 .................................................................................................. 175

5.13 Desafio 02..................................................................................................... 176

6 LIÇÃO 06 – REVOLUÇÃO E VARREDURA ................................................. 177

6.1 Modelos de revolução e varredura ............................................................... 178

6.2 Modelo de estudo ......................................................................................... 179

6.3 Desenvolvendo o modelo ............................................................................. 179

6.4 Exercício 19 .................................................................................................. 206

6.5 Exercício 20 .................................................................................................. 207

6.6 Exercício 21 .................................................................................................. 208

6.7 Exercício 22 .................................................................................................. 209

6.8 Exercício 23 .................................................................................................. 210

6.9 Desafio 03..................................................................................................... 211

6.10 Desafio 04..................................................................................................... 212

7 LIÇÃO 07 – INCLINAÇÃO, CASCA E NERVURA ........................................ 213

7.1 Modelos de casca e nervura ......................................................................... 214

7.2 Modelo de estudo ......................................................................................... 214

7.3 Criação do modelo ........................................................................................ 215

4
7.4 Exercício 24 .................................................................................................. 236

7.5 Exercício 25 .................................................................................................. 237

7.6 Exercício 26 .................................................................................................. 238

7.7 Exercício 27 .................................................................................................. 239

7.8 Desafio 05..................................................................................................... 241

7.9 Desafio 06..................................................................................................... 242

7.10 Desafio 07..................................................................................................... 243

8 LIÇÃO 08 – CORREÇÃO DE ERROS .......................................................... 244

8.1 Erros no SOLIDWORKS ............................................................................... 245

8.2 Modelo de estudo ......................................................................................... 245

8.3 Identificando os erros.................................................................................... 246

8.4 Correção do modelo ..................................................................................... 248

8.5 Ferramentas Xpert ........................................................................................ 268

8.6 Exercício 28 .................................................................................................. 276

8.7 Exercício 29 .................................................................................................. 277

8.8 Exercício 30 .................................................................................................. 278

9 LIÇÃO 09 – MODIFICAÇÕES DE MODELO ................................................ 279

9.1 Modificações de projeto ................................................................................ 280

9.2 Modificando o modelo original ...................................................................... 280

9.3 Seleção de áreas e contorno ........................................................................ 297

9.4 Exercício 32 .................................................................................................. 303

5
9.5 Exercício 33 .................................................................................................. 304

9.6 Exercício 34 .................................................................................................. 305

9.7 Exercício 35 .................................................................................................. 306

10 LIÇÃO 10 – CONFIGURAÇÕES DE PEÇA .................................................. 307

10.1 Por que usar configurações? ........................................................................ 308

10.2 Equações ...................................................................................................... 308

10.3 Configurações............................................................................................... 318

10.4 Configurações em tabela Excel .................................................................... 328

10.5 Vinculando Recursos em Tabela de Projeto ................................................. 335

10.6 Exercício 36 .................................................................................................. 348

10.7 Exercício 37 .................................................................................................. 349

10.8 Exercício 38 .................................................................................................. 350

10.9 Desafio 08..................................................................................................... 351

11 LIÇÃO 11 – UTILIZAÇÃO DE DESENHOS .................................................. 352

11.1 Detalhamentos 2D no SOLIDWORKS .......................................................... 353

11.2 Templates do SOLIDWORKS ....................................................................... 353

11.3 Localizando templates no SOLIDWORKS .................................................... 354

11.4 Criando um detalhamento 2D ....................................................................... 357

11.5 Vistas 2D ...................................................................................................... 358

11.6 Anotações ..................................................................................................... 366

11.7 Propriedades personalizadas ....................................................................... 371

6
11.8 Informações adicionais sobre detalhamentos 2D ......................................... 378

11.9 Exercício 39 .................................................................................................. 383

11.10 Exercício 40 .................................................................................................. 384

11.11 Exercício 41 .................................................................................................. 385

12 LIÇÃO 12 – MODELOS ASCENDENTE DE MONTAGEM ........................... 386

12.1 Montagens no SOLIDWORKS ...................................................................... 387

12.2 Modelo de estudo ......................................................................................... 387

12.3 Iniciando uma montagem no SOLIDWORKS ............................................... 387

12.4 Graus de liberdade de uma peça .................................................................. 393

12.5 Posicionamentos .......................................................................................... 395

12.6 Submontagens.............................................................................................. 410

12.7 Preparar e enviar .......................................................................................... 427

12.8 Trilhas de seleção ......................................................................................... 429

12.9 Exercício 42 .................................................................................................. 431

12.10 Exercício 43 .................................................................................................. 432

13 LIÇÃO 13 – UTILIZAÇÃO DE MONTAGENS ............................................... 433

13.1 Modelo de estudo ......................................................................................... 434

13.2 Propriedades de massa ................................................................................ 434

13.3 Verificação de interferência .......................................................................... 435

13.4 Mover componentes ..................................................................................... 439

13.5 Vistas explodidas .......................................................................................... 443

7
13.6 Detalhamento 2D de montagens .................................................................. 451

13.7 Lista de materiais (BOM) .............................................................................. 455

13.8 Balões ........................................................................................................... 460

13.9 Exercício 44 .................................................................................................. 464

13.10 Exercício 45 .................................................................................................. 465

14 LIÇÃO 14 SOLIDWORKS SIMULATIONXPRESS ....................................... 466

14.1 Sobre o SimulationXpress ............................................................................ 467

14.2 Porque usar Simulações ............................................................................... 467

14.3 Análise de Tensão ........................................................................................ 468

14.4 Simulação ..................................................................................................... 469

14.5 Calcular a força máxima ............................................................................... 476

14.6 Exibir a plotagem da tensão equivalentes .................................................... 476

14.7 Fator de Segurança ...................................................................................... 478

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1 LIÇÃO 01 – COMPREENDENDO O 3D

Após a conclusão bem-sucedida desta lição, você estará preparado para:

• Compreender o conceito de um modelamento em 3D.

• Compreender a metodologia de um modelamento correto.

• Conhecer a interface básica do SOLIDWORKS.

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1.1 Modelando em 3D

Quando nos deparamos pela primeira vez com uma peça em 3D é normal
imaginarmos que é extremamente complicado gerar um modelo com tal
complexidade, como o modelo abaixo:

Porém, o que iremos apresentar neste curso, a começar por esta lição, é a
desmistificação de que o modelamento 3D é uma tarefa difícil.

Para isso, vamos começar imaginando um modelo como o que temos abaixo:

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Verificando o modelo, podemos imaginar a peça dividida em duas partes,
isolando o bloco inferior e o tarugo circular logo acima dele. Assim, temos duas regiões
distintas:

Agora que simplificamos uma peça em duas regiões, ou dois corpos distintos,
vamos imaginar que teremos de criar apenas o modelo vermelho.

Sendo assim, tentando imaginar um desenho 2D deste corpo vermelho, vamos


visualizar a projeção que melhor exiba o modelo por completo. Escolhendo por
conveniência a projeção superior, temos a seguinte visualização do modelo e do que
seria um desenho desta vista em uma folha de papel:

11
Para melhor imaginar o que seria o modelamento de uma peça em 3D, vamos
realizar uma analogia com o mundo real.

Ao imaginar uma peça, vamos desenhá-la em uma folha de papel. Enquanto


desenhamos uma vista, podemos corrigi-la, apagando uma linha, modificando uma
dimensão até concluir a vista.

Dentro do SOLIDWORKS este processo chama-se desenvolvimento do


esboço. Onde criaremos exatamente as mesmas linhas imaginadas dentro do
software.

Voltando a analogia com o mundo real, ao terminar o desenho em uma folha


de papel, vamos recortá-lo. No SOLIDWORKS, isto seria a confirmação do esboço.
Neste ponto não temos como corrigir um problema no mundo real desfazendo o corte,
porém, no SOLIDWORKS, podemos editar um esboço a qualquer momento.

Este processo descrito é o da criação de um esboço dentro do SOLIDWORKS.


Contudo, mesmo depois da criação de um esboço, não temos um modelo em 3D, da
mesma forma que não temos uma peça sólida ao recortar uma folha de papel.

Portanto, criamos um recurso para transformar um esboço em um corpo sólido.

Mantendo a analogia com o mundo real, para criar uma peça de uma folha de
papel, precisaríamos recortar algumas dezenas de folhas idênticas a que fizemos
primeiramente e colá-las umas sobre as outras, formando o componente a seguir.

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Desenhando, recortando e colando a quantidade correta de círculos, temos o
modelo como é mostrado abaixo:

O ato de empilhar e colar uma determinada quantidade de folhas para criar um


componente sólido, é o que chamamos de recurso dentro do SOLIDWORKS.

1.2 Modelando corretamente

Embora tenhamos criado a peça acima através dessa metodologia, na verdade


temos diversas formas de resolver o mesmo problema de modelamento 3D.

Abaixo, temos o modelo que queremos construir:

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Podemos começar a desenvolver o modelo com o mesmo conceito que fizemos
anteriormente, criando três corpos individuais e depois unindo-os:

Este método é chamado didaticamente de camada de bolo.

Mas também podemos criar o modelo através de um método similar à usinagem


real de um modelo desses:

Podemos perceber que primeiramente temos o que seria um tarugo e depois


retiramos material equivalente às áreas em cinza escuro. Desse modo, chegamos ao
resultado final.

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Para mostrar que as formas são diversas, ainda podemos criar o modelo por
método de revolução:

Neste caso, o esboço criado é a linha vermelha interna no modelo, e o recurso


cria uma revolução, como se girássemos o esboço em torno do eixo central da peça.

É natural que após visualizar estas situações gostaríamos de saber qual é o


melhor método de modelamento.

E a resposta é que não existe uma maneira correta. Em cada um dos casos,
temos diferença de tempo de modelamento e cada processo possui vantagens e
desvantagens em relação ao outro, mas nenhuma forma está errada.

1.3 Interface básica

Agora que conhecemos um pouco mais sobre como funciona um modelamento


3D, e descobrimos que um mesmo problema pode ter diversos caminhos
intermediários que levem ao mesmo resultado final, vamos começar a conhecer
realmente o SOLIDWORKS.

Para abrir o SOLIDWORKS, basta clicar duas vezes no seu respectivo ícone
na área de trabalho ou selecioná-lo e apertar o Enter no seu teclado.

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O caminho padrão do ícone do SOLIDWORKS é encontrado no Menu iniciar
> Todos os aplicativos > SOLIDWORKS.

Feito isso, a interface que se abrirá será a seguinte:

Ao abrir, o SOLIDWORKS não exibe instantaneamente um campo de trabalho


onde podemos começar a desenhar algo. Isto porque o SOLIDWORKS pode gerar
mais de um tipo de arquivo. Ele pode gerar arquivos de peça, de montagem e de
detalhamento 2D.

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Por padrão, a partir do SOLIDWORKS 2018, quando abrimos o SOLIDWORKS
é apresentada caixa de diálogo de boas-vindas. Esta janela possui quatro abas
superiores: Início, Recente, Aprenda e Alertas. Caso tenha fechado a janela é
possível abri-la novamente, clicando no ícone Bem-vindo ao SOLIDWORKS ou
pressionando as teclas Ctrl+F2:

A primeira aba, Início, temos disponíveis como que um resumo das duas
próximas abas, além da possibilidade de iniciar um ambiente de trabalho:

17
A aba Recente temos acesso a todos os arquivos e pastas trabalhadas
anteriormente, podemos configurar a exibição de até 100 arquivos recentes. Também
podemos filtrar por tipo de arquivo ou pesquisar por seu nome:

18
Na próxima aba, Aprenda, são apresentadas as formas de aprendizado
disponíveis, tais como: introdução ao SOLIDWORKS, tutoriais e novidades da versão,
que possuem um passo-a-passo para execução; e acesso aos treinamentos e
modelos CAD do MySolidWorks, que é uma comunidade mundial de usuários do
SOLIDWORKS:

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Na última aba, Alertas, são exibidos avisos técnicos quando é lançada uma
nova versão do SOLIDWORKS ou um novo pacote de correção de erros (Service
Pack) e também quando é encontrado algum problema crítico em determinada versão:

Portanto, é necessário indicar ao SOLIDWORKS o que queremos fazer.

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Para isso, podemos retornar a aba Início, ou fechar a janela de boas-vindas e
ir até o canto superior esquerdo, onde é possível localizar o campo Arquivo > Novo:

Ao clicar na opção Novo, ou apertar o atalho Ctrl+N como o próprio campo


sugere na imagem acima, a seguinte janela será apresentada:

21
Nesta janela podemos escolher se queremos criar um arquivo novo de peça,
montagem ou desenho, cada um identificado com um desenho que o representa,
como uma pequena peça amarela, uma montagem entre a peça amarela e uma peça
verde e um desenho das vistas padrão da peça amarela respectivamente. Mas antes
de clicar em qualquer uma das três opções, vamos clicar no campo Avançado no
canto inferior esquerdo.

Ao fazer isso, a janela se modificará e irá exibir algumas abas e o modo de


seleção de criação de peças, montagens e desenho, ficarão diferentes.

No modo avançado é possível utilizar diversos templates.

Os templates diferenciam o ambiente onde a peça será criada, ou onde a


montagem será feita, ou o tipo de folha onde criaremos o desenho.

Para entender melhor, podemos dizer que é possível criar um desenho 2D, mas
ao passar uma peça 3D para o 2D, é preciso escolher se vamos fazer este desenho
em uma folha A4, A3 ou A2. Para fazer esta escolha, selecionamos o template de
desenho 2D que corresponde a nossa necessidade.

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O template de peça também possui pequenas diferenças, como o sistema de
unidade em milímetros ou polegadas por exemplo.

Para um primeiro arquivo de peça, podemos iniciar qualquer template de peça.


Clique duas vezes sobre um template de peça, ou então selecione o template e clique
em OK.

Ao clicar em OK, a janela seguinte se abrirá:

Nesta janela temos algumas áreas que serão constantemente citadas ao longo
do curso.

Para facilitar, essas regiões serão destacadas e descritas abaixo:

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Barra de ferramentas – Esta barra possui as ferramentas principais
para desenvolvimento dos arquivos de peças, montagens e desenhos.

Árvore de projetos – Este campo exibe o histórico de criação do


modelo. A árvore de projetos guarda em ordem cronológica o
desenvolvimento do modelo e permite a edição de qualquer etapa em
qualquer momento.

Área de gráficos – Esta região é onde teremos a nossa peça,


montagem ou desenho. Nesta área poderemos visualizar, girar, analisar e
montar os nossos componentes.

Esta lição apenas retrata os primeiros conceitos do SOLIDWORKS que irão nos
acompanhar ao longo deste curso.

Após a conclusão da leitura deste material, é possível começar o trabalho com


a próxima lição.

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2 LIÇÃO 02 – CRIAÇÃO DE ESBOÇOS

Após a conclusão bem-sucedida desta lição, você estará preparado para:

• Criar uma nova peça.

• Inserir um novo esboço.

• Adicionar geometria de esboço.

• Estabelecer relações de esboço entre as partes da geometria.

• Entender o estado do esboço.

• Extrudar o esboço em um sólido.

25
2.1 Inserindo um novo esboço

Para começar, crie um novo arquivo de peça.

Antes de iniciarmos um esboço, vamos verificar qual o sistema de unidades


está ativo. No canto inferior direito, note que estamos trabalhando com o sistema
“MMGS”.

É possível alterar para um sistema predeterminado ou personalizar as unidades


de medidas das grandezas, clicando em “Editar unidades do documento”.

26
Na janela apresentada, podemos escolher a unidade de medida, casas
decimais e arredondamento decimal:

Cancele a janela das “Propriedades do documento” para retornar ao


ambiente de peças.

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Como vimos na lição anterior, podemos fazer uma analogia entre um esboço e
o fato de simplesmente desenhar em uma folha de papel. Continuando está analogia,
é valido perguntar o seguinte:

Se no mundo real precisamos de uma folha de papel para desenhar, onde


desenharemos em um software 3D?

Podemos criar esboços em planos ou em faces planas. No ambiente 3D, temos


sempre três planos padrões: O Plano Frontal, o Plano Superior e o Plano Direito.

Na imagem abaixo, temos uma vista isométrica da representação gráfica do


que seria o limite do ambiente 3D em um arquivo de peça do SOLIDWORKS. O
espaço 3D não é infinito. Temos uma esfera com 1 km de diâmetro. Dentro desta
esfera existem estes três planos que a cortam. Na interseção destes 3 planos existe
um único ponto chamado de origem, que é a única referência de localização dentro
desta grande esfera espacial.

28
Agora que descobrimos estes 3 planos, sabemos que vamos começar a criar
um esboço em um deles.

Para começar, vamos localizar uma aba chamada Esboço na barra de


ferramentas, como mostra a imagem abaixo:

Dentro desta aba encontraremos as ferramentas para criação e edição de


esboço. Clique na ferramenta chamada Esboço que fica na extremidade esquerda da
barra.

Ao fazer isso, os planos ficarão visíveis e o SOLIDWORKS apresentará uma


dica ao lado esquerdo onde temos a nossa árvore de projetos:

A dica sugere justamente que selecionemos um plano para criar um novo


esboço. O SOLIDWORKS sempre vai exibir algumas dicas ao longo do modelamento
das peças. Preste sempre atenção nas mensagens do SOLIDWORKS, pois elas
ajudam a orientar o método correto de utilizar o recurso selecionado.

29
Clique com o botão esquerdo do mouse no plano frontal e automaticamente a
orientação da área gráfica ficará na posição normal ao plano.

Agora temos o que seria uma folha de papel a nossa disposição para desenhar
livremente.

Sabemos que estamos na criação de um esboço através de um grande ponto


chave, que são os botões de confirmação e de cancelamento de esboço que
aparecem do lado superior direito da área de gráficos:

Outra forma de verificar isso é pela barra de status, localizado na parte inferior
da tela, onde é apresentada a informação Editando Esboço1.

Isso conclui a inserção de um esboço, e a verificação se o mesmo estiver


ativado.

30
2.2 Entidades de esboço

Para desenhar no SOLIDWORKS temos diversas entidades de esboço.

Elas são as formas geométricas que utilizamos para definir os perfis da nossa
peça. Abaixo iremos conhecer uma parte delas:

Entidade Ícone da Exemplo da geometria Dica


de esboço ferramenta

Linha A linha é criada com o


botão esquerdo do
mouse, e pode ser feita
com cliques ou
segurando o botão do
mouse apertado para
criar uma única linha.

Círculo O círculo normalmente é


feito clicando-se
primeiramente no ponto
onde teremos o centro
do círculo, e um segundo
clique é dado para definir
o diâmetro

Arco O arco é apenas o


segmento de um círculo.
Ele pode ser criado de
diversas formas, e
veremos isso ao longo
do curso.

Elipse A elipse assemelha a


criação de círculo, porém
oval. Também pode-se
criar uma elipse parcial,
como um arco é apenas
uma parcela do círculo.

31
Retângulo O retângulo, assim como
o círculo, pode ser criado
de diversas formas
distintas. Verificaremos
estas formas ao longo do
curso.

Polígono Um polígono é criado da


mesma forma que o
círculo, porém, dentro do
comando de criação do
mesmo, é possível
selecionar a quantidade
de lados que este
polígono terá.

Ponto O ponto é uma entidade


normalmente usada
como referência para
dimensões.

Spline Uma spline cria curvas


complexas e
basicamente interpola
pontos ajustando uma
curva em função destes
pontos. Muito utilizada
em modelamentos
avançados, esta
entidade não será vista
neste curso.

A maioria das entidades de esboço, aqui apresentadas, será utilizada ao longo


do curso. Portanto não é necessário se preocupar com a criação delas agora.

32
Para entender como utilizar uma ferramenta, é possível posicionar o cursor do
mouse sobre ela. Será apresentado um GIF e uma descrição de como criar tal
entidade de esboço, esse comportamento ocorre a partir da versão SOLIDWORKS
2020:

Vale ressaltar que este comportamento também é válido para recursos.

2.3 Relações de esboço

Para desenhar o perfil da sua peça de forma correta, apenas as entidades de


esboço não são suficientes. Para isso, existem as relações de esboço que definem o
modelo. Tomemos como exemplo o seguinte modelo:

33
Temos em azul um retângulo, porém, se analisarmos mais de perto, veremos
um pequeno problema: A linha da direita não é perfeitamente vertical.

Ela possui apenas 0,5° de inclinação, mas isso já é o suficiente para


descaracterizar o modelo como um retângulo. Para corrigir esse problema teríamos
que dizer que esta linha é perpendicular à linha que está na horizontal, ou, estando a
linha superior na horizontal, especificar que a linha da direita deverá ficar na vertical.
Para isso, basta selecionar a linha e marcar esta condição do lado esquerdo da tela.

34
Ao clicar na linha e clicar no botão Vertical ao lado esquerdo, como mostra a
seta, a linha automaticamente se acerta nesta condição e dentro da janela Relações
existentes aparece uma relação de vertical, representada na linha pelo ícone verde
de vertical, que agora acompanha a linha.

Ao utilizar as entidades corretas, precisamos adicionar as relações de esboço


para acertar esse tipo de desarranjo. Para adicionar relações entre duas ou mais
entidades, basta selecioná-las mantendo a tecla Ctrl pressionada.

Abaixo, temos algumas das relações de esboço mais comuns:

Relação de Botão da Antes Depois


esboço relação

Coincidente
entre uma
linha e um
ponto

Ponto
médio entre
linha e
ponto

Horizontal
(pode ser
feito com
uma ou
mais linhas)

35
Vertical
(pode ser
feito com
uma ou
mais linhas)

Paralelo
entre duas
linhas

Perpendicul
ar entre
duas linhas

Colinear

Horizontal
(entre dois ou
mais pontos)

Vertical (entre
dois ou mais
pontos)

36
Igual
(entre duas
linhas)

Igual
(entre dois
círculos)

Concêntrico
(entre dois
círculos)

Corradial
(entre dois
círculos)

Tangente
(entre dois
círculos)

Tangente
(entre uma
linha e um
círculo)

37
Coincidente
entre um
ponto (ponto
de linha ou
qualquer
outra
entidade) e
um círculo

Concêntrico
entre um
ponto (ponto
de linha ou
qualquer
outra
entidade) e
um círculo

Simétrico
(entre duas
entidades
similares e
uma linha de
centro)

38
Normalmente nem todas as relações são utilizadas em um mesmo esboço, mas
nada impede que isso aconteça em um modelo de maior complexidade.

Uma mesma entidade de esboço pode suportar diversas relações ao mesmo


tempo, sem problemas.

Você pode selecionar um ponto final compartilhado por duas linhas de esboço
para exibir a mesma barra de ferramentas sensível ao contexto, como se você
estivesse selecionado as entidades uma por uma. Veja a ilustração abaixo, quando
clica em um ponto final:

39
2.4 Desenhando um esboço

No último passo, inserimos um novo esboço no nosso arquivo de peça.

Vamos agora começar a desenhar uma peça, utilizando as entidades de


esboço e vamos inserir as relações de esboço para garantir a geometria.

Ao inserir um esboço no plano frontal, selecione a ferramenta Linha.

Note que ao cursor do mouse, onde anteriormente possuíamos uma seta


normal, temos um símbolo da ferramenta selecionada, no caso a linha.

Com a ferramenta de linha habilitada, dê apenas um clique sobre o ponto de


origem, como mostra a imagem abaixo:

Feito isso, preso ao seu mouse ficará uma segunda linha. Traga esta linha na
melhor condição horizontal possível. Com isso, é possível verificar que ao lado do
ponteiro do mouse aparecerá um símbolo de horizontal em amarelo:

40
Este símbolo quer dizer que se você simplesmente clicar com o botão esquerdo
do mouse novamente, além de criar a linha, irá adicionar automaticamente a relação
de horizontal a ela.

Seguindo está mesma lógica, crie linhas verticais e horizontais de acordo com
a sequência abaixo:

41
Continuando a traçar o esboço, faça uma linha na diagonal. Ao criar esta linha
e movimentar um pouco o mouse, é possível verificar a existência de uma linha
tracejada amarela. Você verá que ao passar o mouse sobre ela, como se fosse criar
uma nova linha, é exibida uma nova relação de Perpendicularidade ou de
Colinearidade, de acordo com a linha amarela como mostra a imagem abaixo:

Estas linhas são chamadas de linhas de inferência e são auxiliares para a


criação de linhas perpendiculares a uma referência anterior. Neste caso, usaremos
elas, mas não é necessário utilizá-las caso não seja interessante ao projeto.

Utilizando as linhas de inferência quando necessário, crie o modelo até o ponto


em que está exibido abaixo. Para finalizar o modelo, crie a penúltima linha apenas
quando aparecer uma linha vertical azul mostrando que existirá uma relação vertical
entre a origem e o ponto final.

42
Para finalizar, crie uma linha vertical e feche o perfil. Feito isso, a linha não
estará mais “presa” ao cursor.

É possível desabilitar a ferramenta “Linha” de três formas básicas:

• Clicando no mesmo campo onde a selecionamos;

• Pressionando a tecla “Esc” do teclado;

• Clicando, com o botão direito do mouse, sobre qualquer lugar na área de


gráficos e em seguida na opção “Selecionar”:

Feito isso, é possível até mesmo arrastar as linhas para verificar que elas ainda
estão soltas, embora definidas em geometria e espaço.

Um esboço “Totalmente definido” precisa de restrições geométricas,


espaciais e dimensionais. Para resumir estas três exigências podemos utilizar o
seguinte exemplo:

O círculo acima já atende a restrição geométrica, pois ele é simplesmente um


círculo. A restrição geométrica pode ser entendida como a geometria do esboço, que
pode conter linhas, arcos, splines ou qualquer outra entidade.

43
Mas o modelo ainda necessita de definição dimensional. Para isso, utilizamos
a ferramenta “Dimensão inteligente”. Essa ferramenta é encontrada na barra de
ferramentas na aba “Esboço”, como mostra a imagem abaixo:

Note que ao posicionar o cursor do mouse sobre a “Dimensão inteligente”, é


apresentado um GIF explicando como utilizar a ferramenta.

Para utilizar a dimensão inteligente, basta clicar com o botão esquerdo sobre
as entidades onde quer adicionar uma dimensão.

Ao clicar na entidade, ficará “presa” ao seu cursor do mouse a cota da entidade.


Para posicioná-la, basta clicar novamente com o botão esquerdo do cursor sobre a
área de gráficos.

Feito isso se abrirá uma janela chamada modificar. Nesta janela, basta
adicionar o valor que deseja para a entidade e clicar em confirmar, como mostra a
imagem abaixo:

44
Sendo assim, clicamos sobre o círculo e adicionamos uma dimensão. O modelo
se redimensiona automaticamente e agora ele possui exatamente a dimensão que
especificamos, vale lembrar que você terá a opção de escolher a unidade de medida,
assim que digitar o valor da dimensão.

Apenas isso não é suficiente, pois embora esteja em um plano no espaço, com
a geometria definida e dimensionada, o círculo ainda pode “vagar” pelo plano para
cima e para baixo, para a direita e para a esquerda. Para realmente travar um esboço
ele precisa ter algum vínculo com a origem, que é a interseção dos três planos
padrões.

Neste caso, podemos simplesmente arrastar o centro do círculo para a origem


e o SOLIDWORKS já irá adicionar uma relação coincidente entre eles.

Portanto, um esboço precisa de geometria definida, dimensão definida e


posição definida.

45
Voltando ao nosso modelo, como o primeiro clique foi dado sobre a origem, ele
já possui a posição definida. Mas ainda falta adicionarmos algumas dimensões e
relações.

Como podemos ver na imagem abaixo, adicionaremos as seguintes dimensões


ao modelo:

Para adicionar todas estas dimensões, basta selecionar a ferramenta de


“Dimensão inteligente”, como nós vimos, e simplesmente clicar sobre as linhas.

Agora, para adicionar as demais dimensões, vamos ter uma questão adicional,
tomando por exemplo o ângulo que é exibido na imagem abaixo:

46
Para adicionar tal dimensão, é necessário apenas clicar em cada uma das
linhas que criam a dimensão. Porém, antes de clicar novamente para adicionar a
dimensão correta na janela “Modificar”. Se movermos o mouse em torno das linhas,
veremos que a dimensão pode ser posicionada de modo diferente daquele que
imaginávamos:

Para travar em apenas um quadrante, é possível clicar com o botão direito do


mouse para travar e destravar a dimensão enquanto estamos com a cota presa no
mouse.

47
Feito isso, adicione a dimensão conforme é mostrado abaixo:

Para finalizar o dimensionamento, basta colocar as dimensões nas últimas


linhas conforme a imagem que segue.

Porém, é aconselhável que para adicionar a dimensão destacada em vermelho,


ao invés de clicar sobre a linha ou nos pontos finais da linha, cliquemos nas duas
linhas paralelas ou entre um ponto e uma linha, justamente para que a dimensão não
se modifique como aconteceu no caso da inserção do ângulo.

48
Se clicarmos diretamente na linha ou nos pontos finais, podemos ter resultados
de dimensões na horizontal e na vertical, como podemos ver abaixo:

Desta forma concluímos a inserção de dimensões, como mostrado abaixo:

Agora que dimensionamos todo o modelo, vamos perceber que ele ainda não
está totalmente definido. Podemos afirmar isso através de dois pontos chave: O fato
de que alguma entidade de esboço ainda está apresentada na cor azul; e o campo
escrito “Subdefinido”, na parte inferior do software, como mostra a imagem abaixo:

49
Para definir totalmente o esboço, vamos adicionar algumas relações de esboço
que não foram adicionadas automaticamente.

Para adicioná-las, selecione as duas entidades destacadas e adicione a relação


correspondente.

É possível ver que ao lado das linhas aparecerão as relações de esboço


adicionadas, que serão as relações de “Igual” e “Colinear”.

50
Caso você não queira exibir todo o tempo as relações de esboço (os símbolos
verdes próximos das linhas), é possível ocultá-los clicando no campo “Ocultar/Exibir

itens > Relações de esboço”, sendo este o seu símbolo:

As relações continuarão ativas, porém serão apenas exibidas quando uma


entidade for selecionada. As relações exibidas serão apenas aquelas relativas à
entidade selecionada.

Após estes passos, podemos ver que o campo abaixo que dizia “Subdefinido”,
agora exibe o texto “Totalmente definido”. Isso quer dizer que completamos o perfil
deste modelo, já restringimos ele de todas as formas possíveis, sendo elas
posicionais, geométricas ou dimensionais.

51
Agora que terminamos o esboço, vamos confirmá-lo clicando em “Sair do
esboço”, que é o botão de confirmação do esboço que foi feito:

Feito isso, temos um esboço criado.

2.5 Extrudando um esboço

Como comentamos na lição anterior, apenas um esboço não é suficiente para


desenvolver um modelo 3D. Para isso, vamos fazer uma extrusão (que seria o
empilhamento de diversas folhas), criando enfim, uma espessura.

Para isso, vamos até a aba “Recursos” e vamos clicar no comando


“Ressalto/base extrudado”.

Ao clicar neste botão, estamos iniciando a criação de um recurso. Como vimos


anteriormente, um recuso é o responsável pela transformação de um esboço em um
componente sólido.

52
Clicando diretamente no recurso, veremos que o SOLIDWORKS exibe um
aviso, onde temos a árvore de projetos que pede para selecionarmos um plano/face
plana ou um esboço existente.

Quando selecionamos o esboço antes de clicar no recurso, esse aviso não é


apresentado, abrindo diretamente o “PropertyManager” para aplicação do sólido.

Como queremos utilizar o esboço que acabamos de criar, basta clicar sobre
uma linha qualquer dele.

53
Ao lado esquerdo, teremos o “PropertyManager”, que são as propriedades
desta extrusão que queremos fazer. Inicialmente vamos deixar a opção “Direção 1”
como “Cego” e no campo de dimensão onde temos por padrão “10mm” vamos
colocar o valor de “18mm”.

Feito isso, pressione o “Enter” do seu teclado e em seguida confirme o


comando pressionando novamente o “Enter” ou clicando no “Confirmar” que possui

o símbolo abaixo (1):

Um segundo método é o conjunto de botões “OK / Cancelar” no canto de


confirmação (2) da área de gráficos.

Um terceiro método, consiste em clicar com o botão direito no mouse na área


de gráficos (3), e selecionar o comando “OK / Cancelar”.

54
Feito isso temos agora um modelo em 3D. É possível movimenta-lo
pressionando o botão de rolagem do mouse e movimentando-o ao longo da tela.

Podemos salvar o modelo. Para isso, vá até “Arquivo > Salvar como...”:

55
Adicione o nome “Lição 02 - Estudo de caso” e clique em “Salvar”:

Assim, concluímos a segunda lição. E dela é importante retirarmos os conceitos


de inserção de um novo esboço, utilização da ferramenta de linha, tomando
conhecimento das demais entidades de esboço, entender e aplicar as relações de
esboço, dimensões, definir totalmente um esboço e criar uma extrusão simples.

Para aprimorar os seus conhecimentos e melhorar o entendimento da lição


realize os próximos exercícios.

56
2.6 Exercício 1

Desenvolva o modelo abaixo:

57
2.7 Exercício 2

Desenvolva o modelo abaixo:

58
2.8 Exercício 3

Desenvolva o modelo abaixo:

59
2.9 Exercício 4

Desenvolva o modelo abaixo:

60
3 LIÇÃO 03 – MODELAGEM BÁSICA DE PEÇAS

Após a conclusão bem-sucedida desta lição, você estará preparado para:

• Escolher o melhor perfil para o esboço.

• Escolher o plano de esboço apropriado.

• Extrudar um esboço como um corte.

• Criar furos com o Assistente de furação.

• Inserir filetes em um sólido.

• Usar ferramentas de edição de esboços, recursos e reverter.

61
3.1 Escolhendo o perfil

Normalmente quando vamos criar alguma peça, podemos chamar uma região
desta peça de base, é comum que esta região seja a parte da peça de onde a maioria
da massa (ou a maior parte do volume) está contida, ou pelo menos, onde as
dimensões e recursos se referenciam. Veja nos exemplos abaixo quais são as regiões
de base e em vermelho os perfis desenhados para extrusão inicial:

Então, uma dica que é válida guardar como um bom método de modelamento
é que, “se for possível, crie a maior quantidade de material possível dentro de
apenas um recurso”. Vide regra, a maioria dos componentes criados por
modelamento convencional seguem esta regra.

62
3.2 Escolhendo o melhor plano

Não existe um esboço correto para começarmos o modelamento de uma peça.


Veja que abaixo temos a mesma peça sendo modelada a partir de cada um dos planos
padrões: “Superior”, “Direito” e “Frontal” respectivamente.

Além da possibilidade de criar um mesmo esboço em três planos diferentes,


ainda podemos modificar a posição do esboço. Por exemplo, ao criar um retângulo no
plano superior, podemos desenhá-lo de diversas formas.

Se existem tantas variações, qual a influência final na escolha do plano?

Temporariamente veremos que a posição inicial refletirá na visualização


quando colocarmos a peça em visualização isométrica, por exemplo. Mas, com o
decorrer do curso, ao criamos as peças, treinaremos a nossa percepção para melhorar
a capacidade de visualização e criação de esboços nas melhores situações.

63
3.3 Intenção do projeto

Dentro de um software 3D, é importante criarmos um conceito chamado


“Intenção de projeto”.

A intenção de projeto descreve quais são as relações e como estas vão


influenciar o projeto, caso ele se modifique.

Temos então os exemplos abaixo:

Corte com relação com o


Corte com dimensão
meio da peça

Após reconstrução com Após reconstrução com


dimensão relação

64
Originalmente ambas as peças são idênticas, mas após modificarmos a
dimensão inicial de 100 mm para 60 mm, a peça que possui o corte com uma
dimensão de 50 mm, mantêm o corte com 50 mm. Já a peça na qual o corte está
vinculado ao meio da peça apresenta uma geometria diferente, onde podemos
concluir pela relação pré-estabelecida que o corte possui 30 mm.

Também prestaremos atenção na intenção dos nossos modelos, para que


treinemos também a intenção do projeto.

3.4 Modelo de estudo

Nesta lição, vamos criar o seguinte modelo:

Como é possível ver, este modelo não é tão simples quanto os modelos vistos
na lição anterior, mas o processo de criação é extremamente semelhante.

Vamos começar criando um novo arquivo de peça e inserindo um esboço no


plano “Superior”.

65
Neste novo esboço vamos criar um retângulo, clicando sobre a ferramenta
“Retângulo de canto”, que fica na aba “Esboço”:

Algumas entidades de esboço, como o retângulo, podem ser criadas de


diversas formas. Para visualizá-las e alternar entre elas, é possível encontrar estas
variações em dois lugares. Na seta que fica ao lado da ferramenta retângulo na própria
barra de ferramentas:

E também, após selecionar a ferramenta, do lado esquerdo do SOLIDWORKS,


onde temos o “PropertyManager”:

66
Após a seleção de algumas das entidades de esboço, podemos observar no
lado esquerdo da tela, e encontrar pequenos ícones instrutivos sobre como criar a
geometria com a qual estamos trabalhando.

Sendo assim, com a ferramenta selecionada, vamos dar um clique sobre a


origem e dar um segundo clique para gerar um modelo como o abaixo, onde já
podemos colocar as dimensões especificadas:

Em seguida, selecione a ferramenta de linha, crie uma entidade e adicione o


ângulo como mostra a imagem que segue:

67
Temos então um modelo com dois perfis fechados. Voltando a lógica da
analogia com uma folha de papel, podemos dizer que não temos como recortar este
perfil, pois não sabemos qual linha seguir. O mesmo acontece com o SOLIDWORKS.
Então, vamos de alguma maneira cortar as linhas sobressalentes. Para isso, vamos
utilizar a ferramenta “Aparar entidades” na aba “Esboço”.

Existem vários métodos de aparagem. Por enquanto, vamos apenas utilizar o


método de “Aparagem ativa”.

68
Para utilizar a ferramenta, basta clicar em qualquer parte da área de gráficos,
manter pressionado o botão esquerdo do mouse e arrastar o mouse sobre as linhas
que deseja recortar. A ferramenta automaticamente apara a entidade até a conexão
mais próxima.

Caso você corte alguma linha indesejada, basta voltar o ponteiro do mouse até
o ponto vermelho, que é a posição na qual você cortou a última linha. Fazendo isso,
a linha voltará a existir. Por padrão, quando soltamos o clique do mouse o ponto
vermelho desaparece, por isso é necessário pressionar e manter o botão esquerdo
pressionado.

Na versão 2019, foram implementadas duas novas opções que, por vez
passam despercebidas, porém, são muito relevantes.

69
A primeira opção. “Manter entidades aparadas como geometria de
construção” transforma as entidades preenchidas para entidades de construção ao
invés de apará-las. Tomemos como exemplo a imagem a seguir. Fizemos a aparagem
dos dois círculos e as entidades foram divididas e agora temos arco divididas e agora
temos dois arcos como geometria de construção:

Já a opção “Ignorar aparagem da geometria de construção”, não apara as


entidades que são geometria de construção, mesmo as que já existiam antes da
aparagem. No exemplo abaixo, note que o cursor do mouse passa sobre as entidades
de geometria transformadas anteriormente, porém as mantem no esboço:

70
Continuando nosso modelo, o esboço está concluído. Vamos então confirmar
o esboço e criar uma extrusão com “10 mm” de comprimento. Desse modo, teremos
o seguinte modelo:

No início do curso, vimos que tínhamos apenas três planos onde poderíamos
criar esboços.

Com a criação de uma peça como está, agora cada uma das faces planas do
modelo é um novo local onde podemos criar um novo esboço. Portanto, somando
todas as faces do modelo mais os três planos, agora temos nove locais aonde
podemos criar um esboço.

Vamos adicionar um novo esboço, com a seguinte sequência:

Dê um clique com o botão esquerdo do mouse sobre a face mostrada a seguir


e um pouco acima do mouse, aparecerá uma janela flutuante, aonde vamos clicar no
comando esboço:

71
Feito isso, estamos agora fazendo um novo esboço. Porém, desta vez o
SOLIDWORKS não girou o modelo para visualizarmos o plano/face frente a frente, ou
como chamaremos, uma visualização “Normal a” face. Para isso, vamos usar um
atalho do teclado. Pressione a sequência “Ctrl + 8”. Assim, veremos que a tela vai se
mover e teremos uma visualização normal.

Dentro desse novo esboço, agora com vista normal, vamos selecionar a
ferramenta de linha e traçar uma linha vertical como a que temos abaixo:

Neste modelo, queremos criar um arco a partir desta linha. Para isso,
poderíamos desmarcar a ferramenta de linha e marcar a ferramenta de arco tangente.
Porém, existem maneiras mais fáceis de fazer isso. Uma delas é pressionando a tecla
“A” do teclado e então a linha presa ao mouse se tornará um arco. Pressionando a
tecla “A” novamente, o arco volta a ser uma linha. Um método ainda mais fácil é trazer
o mouse para o fim da linha anterior quando a segunda estiver presa a ela. Sem clicar
em nada, ao mover o mouse é possível ver que a linha se tornou um arco tangente.

72
Com o arco, vamos criar a seguinte geometria. Clique novamente somente
quando aparecer a linha de inferência azul para criar um arco com 180°:

Então, feche o esboço indo até a linha base aonde começamos o perfil e crie
uma última linha até o ponto inicial (sobre a aresta), fechando o perfil de esboço.

73
Vamos adicionar uma relação vertical entre o centro da aresta com o ponto do
centro do arco. Para isso, clique com o botão direito do mouse sobre a linha base e
selecione a opção chamada “Seleciona o ponto médio”:

Outra forma ainda mais simples para selecionar o ponto médio das entidades,
é posicionando o cursor do mouse sobre a aresta, onde o ponto médio será destacado:

Ao selecionar esta opção, aparecerá o ponto médio selecionado. Não é


necessário clicar sobre ele novamente, pois o comando já identifica e seleciona o
ponto médio de uma linha ou aresta qualquer.

74
Portanto, devemos apenas deixar o “Ctrl” pressionado, selecionar o ponto
central do arco e adicionar uma relação “Vertical” entre ambos.

Sobre a intenção de projeto, definindo esta condição, sempre teremos o modelo


desenhado no meio da face onde inserimos o esboço, ou seja, o modelo sempre se
manterá simétrico a face inclinada.

Para finalizar, adicione as dimensões como é mostrado abaixo:

Feito isso, mesmo sem confirmar o esboço, vamos até a aba “Recursos” e
selecionaremos o comando “Ressalto/base extrudado”.

75
O recurso será criado diretamente e assim teremos a seguinte visualização:

É possível ver que o modelo está sendo extrudado para o lado errado. Para
corrigir isso, basta inverter a direção da extrusão clicando sobre o botão “Inverter
direção”.

Feito isso, é possível ver que a prévia se modifica e ao confirmar a extrusão


com “10 mm” e mantendo a opção “Mesclar resultado” habilitada, o modelo será
mesclado com o primeiro bloco base existente.

Essa característica, de combinar um componente com outro diretamente,


facilita o desenvolvimento de peças dentro do SOLIDWORKS.

Embora pareça uma coisa óbvia um modelo se combinar com o outro, em


diversos softwares isso não acontece de maneira tão simples assim.

76
Agora vamos adicionar um novo esboço na face indicada abaixo. Pressione
“Ctrl+8” para visualizar de modo normal a face onde vamos esboçar, também
poderíamos selecionar a opção “Normal a”, destacada em azul:

Dentro do esboço vamos criar o seguinte perfil:

77
E agora, ao invés de adicionar material, vamos retirar material. Para isso,
vamos selecionar a opção “Corte extrudado”, dentro da aba “Recursos”.

Feito isso, assim como temos as configurações do recurso de “Ressalto/base


extrudado”, temos também diversas configurações para o recurso “Corte
extrudado”. Vamos configurá-lo de acordo com a imagem abaixo e confirme o
recurso:

78
E se alteramos a profundidade da extrusão inicial de 10 mm para 15 mm, por
exemplo, qual será o comportamento do corte extrudado? Será atualizado para a
mesma profundidade 15 mm da extrusão ou manterá os 10 mm? Vamos fazer isso,
edite o recurso “Ressalto-extrusão1”, clicando com o botão direito:

Altere o valor de 10 mm para 15 mm:

Note que teremos uma parede entre a face inferior do modelo e a face final do
corte extrudado:

79
Podemos corrigir isso editando o “Corte-extrusão1” e fazendo uma única
modificação, é que ao invés do corte ser “Cego”, ele é “Passante”. Isso quer dizer
que ele vai atravessar o modelo por inteiro, independentemente do seu comprimento.

Por fim, edite novamente a extrusão inicial e retorne à profundidade de 10 mm.

Se relacionarmos isso com a intenção de projeto, podemos afirmar que


mesmo que a base aumente de 10 mm para 500 mm, por exemplo, este corte irá
sempre existir atravessando o modelo.

Agora, girando um pouco o modelo, vamos criar outro esboço na face indicada:

80
Pressione as teclas “Ctrl+8”, vamos criar o seguinte retângulo na face:

Para definir este esboço, basta criar os pontos do retângulo diretamente no


canto inferior esquerdo e do lado direito ao passar o mouse sobre a linha, aparecerá
um ponto amarelo. Se clicarmos sobre este ponto laranja, a linha ficará presa
exatamente no ponto médio com uma relação automática de coincidência.

Desse esboço, crie um novo “Corte extrudado” com a condição “Passante”.

Feito isso teremos criado os cortes no nosso modelo. Como discutimos


anteriormente, é interessante sempre adicionar a maior quantidade de material
possível em um recurso ou mais. Apenas após criar material suficiente, começaremos
a criar os cortes.

81
Mas, embora tenhamos criado os cortes, esta peça ainda necessita de algumas
furações. Como em muitos casos, as furações são feitas por brocas e eventualmente
precisam de escareados, rebaixos para parafusos e roscas, o SOLIDWORKS possui
uma ferramenta específica chamada “Assistente de furação”. Selecione-a na aba
“Recursos”.

Ao clicar no botão, são exibidas as opções do recurso no PropertyManager,


do lado esquerdo do SOLIDWORKS. Este recurso é dividido em duas abas. Na
primeira aba, denominada “Tipo”, defina o tipo de furo conforme a imagem abaixo:

82
E temos uma segunda aba, que serve para indicar aonde queremos adicionar
os furos. Ao clicar na aba “Posições”, a seguinte mensagem aparecerá:

A mensagem diz para selecionarmos uma face onde queremos adicionar as


furações que configuramos previamente ou então utilizar um método de esboço 3D.
Como não ainda aprendemos do que se trata um esboço 3D, vamos clicar sobre a
face indicada na imagem acima.

Ao fazer isso, o SOLIDWORKS inicia um esboço comum e habilita no mesmo


instante a ferramenta de ponto. O conceito do Assistente de furação é adicionar um
furo em cada local aonde for alocado um ponto. Assim, ao clicar na face do modelo, é
possível ver uma nova mensagem explicando isso.

83
Criaremos então três pontos, clicando em três locais aleatórios sobre o modelo
e para desmarcar a ferramenta de ponto basta clicar com o botão direito do mouse e
utilizar a opção “Selecionar”.

Após adicionar os pontos vamos defini-los, afinal os pontos são apenas


entidades de esboço, como uma linha ou um arco. Defina-os como é mostrado abaixo:

84
O que define a altura é uma relação de horizontal entre todos os três pontos e
mais o ponto médio da aresta da esquerda. Sendo assim, por mais que o modelo se
alongue os furos sempre ficarão no meio.

Ao confirmar o comando, os três furos aparecerão na peça conforme foi


especificado e posicionado.

85
Vamos agora adicionar mais um recurso de “Assistente de furação”. Clique
no recurso e configure o campo “Tipo” conforme a imagem abaixo:

Na versão do SOLIDWORKS 2019, foi implementada a possibilidade de aplicar


Tolerância/precisão dimensional diretamente do recurso Assistente de furação,
para que essa informação seja reutilizada posteriormente num detalhamento 2D.
Como se trata de um furo com rebaixo, note que é possível aplicar tolerâncias para
cada uma das dimensões do furo: diâmetro do furo, diâmetro do rebaixo, altura do
rebaixo. O número apresentado ao lado do nome da dimensão, representa seu valor
atual arredondado:

86
Vamos aplicar essa funcionalidade, descendo toda a barra de rolagem e
selecionando as seguintes opções:

E em seguida, vá para a aba “Posições”, clique na face indicada e adicione


apenas um ponto. Para definir totalmente este esboço, é comum adicionar o ponto em
qualquer local e depois adicionar a relação de concentricidade entre o ponto e o arco
superior, porém, faremos de uma forma mais simples, como sugere a imagem abaixo.

Apenas mova o cursor do mouse (com a ferramenta ponto de esboço já


habilitada), e sem clicar, posicione o cursor sobre o arco. Um pontinho preto surgirá
indicando o cento do arco. Clique sobre este pontinho e automaticamente o
SOLIDWORKS colocará a relação “Concêntrico” entre o ponto de esboço e o arco.

87
Desmarque a ferramenta ponto, como feito anteriormente, clicando com o botão
direito do mouse e em “Selecionar”. Depois confirme a inserção do furo com rebaixo.

Temos agora um modelo com todo o material adicionado, todos os cortes e


furações feitas. A única coisa que falta são filetes para acabamento do modelo, no
qual veremos a seguir.

Atualmente existe várias maneiras de ver o modelo em vistas diferentes,


veremos a seguir o comando “Seletor de vista”, onde ajuda a visualizar como as
vistas do modelo aparecerão usando um cubo transparente que envolve o modelo.

Com o cubo de visualização, basta posicionar o cursor do mouse, em um dos


lados e você terá uma breve visualização da vista. Se você clicar, o modelo vai para
a vista selecionada, conforme imagem a próxima imagem.

88
Para ativar este cubo de visualização, pressione as teclas do teclado “Ctrl +
espaço” ou se pressionar somente a tecla “Espaço” deverá clicar no Seletor de vista,
conforme destacado em azul:

Recursos que modificam a geometria do modelo, e não precisam de esboço


são comuns dentro do SOLIDWORKS. Se analisarmos a barra de ferramentas na aba
de “Recursos”, veremos quatro campos distintos divididos por uma linha sutil.

Em vermelho, temos recursos que adicionam material: Em amarelo, recursos


que removem material. Em azul, recursos que tanto adicionam como retiram material.
E, por fim, recursos de referência.

89
Mantendo a nossa sequência, vamos conhecer o recurso de “Filete”. Selecione
essa ferramenta dentro da aba “Recursos”.

O campo de propriedades, PropertyManager, aparecerá e deverá ser


configurado com manual, filete constante, as opções “Propagação de tangente” e
“Visualização completa” devem estar habilitados e o raio do filete será de 2 mm,
conforme imagem abaixo:

A “Propagação de tangente” fará com que qualquer aresta selecionada


propague a seleção a qualquer outra aresta, contanto que estas sejam tangentes.

A “Visualização completa” garante uma prévia de todo o modelo.

90
Uma vez que o campo de propriedades foi configurado, na caixinha de seleção
azul devemos adicionar as arestas do modelo que serão filetadas. E para isso, basta
clicar sobre elas na própria peça na área de gráficos. Selecione as arestas que estão
em destaque:

Teremos a seguinte prévia do modelo:

Note que mesmo sem ter selecionado todas as arestas que aparecem
arredondadas na prévia, o filete é propagado para as demais arestas, justamente pela
função Propagação de tangência que foi ativada.

91
Confirme o comando e vamos verificar o modelo. É possível ver que material
foi adicionado e material foi retirado no mesmo recurso. Para facilitar a visualização,
basta utilizamos um exemplo simples, que segue mostrando três filetes aplicados em
uma peça pelo mesmo recurso em cantos agudos e obtusos.

Para concluirmos o modelo, basta adicionarmos um último filete Vamos


novamente ao recurso de “Filete” e com o valor de “1,5 mm”, vamos selecionar uma
face e não uma aresta, como anteriormente. Selecionando uma face, o recurso busca
as arestas vinculadas a ela e também propaga tangência para outras arestas.

92
Para comprovarmos a capacidade desta função, vamos concluir o modelo
aplicando um filete com a seleção de apenas uma face, conforme segue abaixo:

Adicionando o filete de “1,5 mm” na face indicada, teremos o modelo concluído.

93
Caso queira modificar a cor do modelo, é possível simplesmente ao clicar com
o botão direito sobre a peça, e na parte superior será apresentado um símbolo de uma
esfera com quatro cores. Clique sobre na seta ao lado da esfera e, na janela que se
abrirá, clique em peça, como mostra a imagem abaixo:

Assim abrirá um campo de propriedades de cores. Sem nenhum compromisso,


modifique as condições de cor do seu modelo como desejar e confirme a alteração.

94
Salve o arquivo como “Lição 03 – Mancal”.

Agora podemos avançar para os exercícios.

95
3.5 Exercício 5

Desenvolva o modelo abaixo:

96
3.6 Exercício 6

Desenvolva o modelo abaixo:

97
3.7 Exercício 7

Desenvolva o modelo abaixo

Nota: Todos os filetes em destaque “vermelho” possuem o raio de 2 mm:

98
3.8 Desafio 01

A partir desta lição, em momentos estratégicos, vamos propor alguns desafios.


Entende-se por desafio, modelos mais complexos que os exercícios, para testar os
conhecimentos adquiridos até o momento e impulsioná-lo a ir além. Portanto, pedimos
que tente o máximo desenvolver o desafio sozinho, sem auxílio do instrutor.

Desenvolva o modelo abaixo:

99
4 LIÇÃO 04 – MODELOS DE BASE SIMÉTRICA

Após a conclusão bem-sucedida desta lição, você estará preparado para:

• Usar os comandos de exibição e modificação de vistas.

• Copiar e colar recursos.

• Editar a definição e os parâmetros de um recurso e gerar o modelo.

• Usar as condições finais “Até o próximo” e “Plano Médio” para obter a


intenção do projeto.

• Usar simetria no esboço.

100
4.1 Peças simétricas

Uma peça simétrica pode obter a condição de simetria de diversas formas.


Nesta lição, teremos o estudo de um caso onde precisamos, além da condição de
simetria, de ângulos de saída para “forja” ou “fundição”.

Obviamente os recursos aprendidos nessa lição não se aplicam apenas a


peças fundidas ou forjadas. Eles podem ser aplicados para facilitar qualquer tipo de
modelo.

4.2 Modelo de estudo

Nesta lição vamos criar o seguinte modelo:

Para começar este modelo, vamos inserir um esboço no plano “Superior”.


Pressione o atalho “Ctrl+8” e vamos selecionar a ferramenta “Linha de centro”.

Ela estará abaixo da ferramenta “Linha de centro” na janela de flyout.

101
Selecionada a linha de centro, vamos traçar uma única linha partindo da origem
na vertical. Para criar uma única linha é possível clicar na origem, mantendo o botão
do mouse pressionado, arrastar a linha até a posição desejada e soltar o botão do
mouse. Observe que criando a linha desta forma, não foi apresentada uma nova linha,
pois o comando pressupõe que esta é uma linha única e não terá continuidade. Crie
o esboço e as dimensões como é mostrado a seguir:

Agora, vamos selecionar uma ferramenta chamada “Espelho dinâmico”. Ela é


a responsável pela criação dinâmica de um modelo simétrico. O caminho para
localizar a ferramenta é em “Ferramentas > Ferramentas de esboço > Espelho
dinâmico”.

102
Pode parecer difícil encontrar o local onde a ferramenta está localizada. Para
facilitar esse processo, podemos também fazer uma pesquisa por comandos. No
canto superior esquerdo, filtre a pesquisa por comandos:

Depois busque por “Espelhar” e então o comando será encontrado. Clicando


no símbolo de olho, será exibido o local onde se localiza a ferramenta, caso queira
relembrar. Clicando sobre o comando, ele será aberto.

Ao selecioná-la, vamos dar um clique sobre a “linha de centro” que acabamos


de criar. Aparecerão, então, duas linhas paralelas na parte superior da linha de centro
e duas linhas na parte de baixo. Isto significa que agora qualquer entidade desenhada
do lado esquerdo aparecerá automaticamente do lado direito ou vice-versa. Caso
confirme o esboço, as linhas paralelas vão desaparecer, isso significa que dinâmica
de espelhamento foi perdida, sendo necessário aplicar o comando novamente.

103
Esse comportamento de espelho dinâmico acontecerá de maneira vertical
porque a linha é vertical, se ela tivesse qualquer outro ângulo, funcionaria em função
do outro ângulo determinado.

Sendo assim, vamos desenhar um meio-retângulo com a ferramenta de


“Linha”. Cada clique é apresentado como um número na imagem que segue, sendo
o 1º clique, sobre o ponto final da linha de centro e após finalizar, basta clicar com o
botão direito na tela e clicar na opção “Selecionar”:

104
Podemos ver que automaticamente a outra metade foi espelhada. Neste caso,
criamos uma geometria simples. Mas, o mesmo recurso é valido para geometrias
muito mais complexas. Defina o esboço com dimensão de 50 mm e relação Igual entre
a altura e o comprimento:

Agora, vamos realizar uma extrusão. Porém, como temos que nos preocupar
com a inclinação deste modelo, vamos adicionar mais algumas informações no
recurso de extrusão. Primeiramente, vamos adicionar na extrusão uma inclinação com
valor de “5º”. Basta clicar sobre o botão de “Inclinação” e adicionar o valor.

Agora, temos no modelo uma inclinação adicionada em todas as faces do


modelo. A inclinação pode ser invertida, para dentro ou para fora, se selecionarmos a
opção “Inclinação para fora”. Adicionamos um valor de extrusão de “20 mm”. Porém,
20 mm é a altura total da extrusão.

105
Como vimos no modelo no início da lição, ele será feito em um molde bipartido.
Então, vamos selecionar uma segunda opção referente a “Condição final” da
extrusão. Ao invés de “Cego”, vamos selecionar um campo chamado “Plano médio”.

Feito isso, agora temos uma prévia que mostra “10 mm” para baixo e “10 mm”
para cima, ambos já com inclinação de 5°.

Como temos o modelo conforme o desejado, que seria 20 mm de altura, mas


sendo ele dividido em plano médio com inclinação de 5º para ambos os lados,
confirme o recurso e teremos o seguinte modelo:

106
Na imagem acima é interessante observar que a origem está afastada do
modelo, mas mesmo assim temos um esboço totalmente definido. Isso acontece
porque a linha de centro estava conectada a origem. O esboço precisa ter alguma
relação com a origem, mas não precisa estar em contato com a mesma.

Antes de prosseguirmos, acesse as opções do SOLIDWORKS, clicando no


símbolo de engrenagem no menu superior ou indo até “Ferramentas > Opções”:

Vá até “Opções do sistema > Esboço” e habilite a primeira opção “Girar


automaticamente a exibição...”. Com essa opção ativada, sempre que criarmos um
novo esboço ou editar algum já existente, a exibição será alterada para normal ao
plano de esboço. Não precisaremos utilizar as teclas de atalho “Ctrl+8” sempre que
criar um esboço. Confirme a janela.

107
Dando continuidade, vamos inserir um esboço no plano “Frontal” e criar o
seguinte perfil, com a ferramenta de “Linha”.

Depois, selecione as quatro linhas menores e adicione a relação “Igual”:

Faça o mesmo com as linhas maiores que são horizontais, para que elas
tenham o mesmo comprimento.

Adicione a relação “Paralelo” entre a linha indicada e a aresta em destaque.


Com isso, garantimos a linha possua a mesma inclinação de 5° que aplicado na
extrusão anterior. Repita para todas as linhas inclinadas e arestas correspondentes.

108
Adicione também as dimensões do modelo:

Para travar o modelo, vamos adicionar uma relação “Vertical” entre o ponto
médio de uma das linhas horizontais e a origem.

Finalizando o esboço, vamos adicionar arredondamentos nos cantos, utilizando


uma ferramenta de esboço chamada “Esboçar filete”. Selecione a ferramenta como
mostra a imagem a seguir:

109
Uma vez selecionada a ferramenta, acesse o PropertyManager do lado
esquerdo. Configure o raio do filete com “3 mm”, de acordo com a imagem abaixo:

Por fim, quando clicarmos nos quatro cantos onde queremos adicionar estes
filetes, aparecerá uma mensagem:

A mensagem basicamente diz que quando criarmos o filete, teremos um erro,


pois duas linhas que são iguais não serão mais. Clique na opção “Sim” e adicione os
demais filetes, para que o modelo fique como o mostrado a seguir. Confirme o
comando de adição de filete e em seguida feche-o, clicando novamente em confirmar.

110
Caso o esboço esteja subdefinido ao confirmar a inserção do filete de esboço,
aplique novamente a relação “Vertical” entre o ponto médio de uma linha horizontal e
a origem.

Agora, vamos extrudar o modelo de forma que ele se funda com o primeiro
corpo que criamos. Para isso, acione o recurso “Ressalto/base extrudado”, inverta a
direção para que o material adicionado vá em direção ao corpo já existente e vamos
adicionar uma “Condição final” diferente, chamada “Até o próximo”.

111
Com isso, a extrusão não pede valor e ela se projeta até o próximo componente
envolvendo qualquer geometria.

Para testar a aplicabilidade da condição final até o próximo, edite o “Esboço1”,


utilizado no primeiro recurso, altere o comprimento da linha de centro para “300 mm”,
por exemplo, e confirme o recurso. Note que ao confirmar o esboço o comprimento da
extrusão é atualizado automaticamente.

Retorne o valor da dimensão para “180 mm”.

112
Vamos mais uma vez adicionar um esboço no plano “Superior”, e criar o
seguinte perfil com um círculo partindo da origem:

Agora vamos extrudar este esboço conforme as propriedades descritas abaixo,


não esquecendo da inclinação de “5°”.

113
Criaremos mais um esboço no plano “Superior”, onde vamos criar uma linha
de centro ligando as extremidades do retângulo, formando uma diagonal, como é
mostrado abaixo. Como temos um modelo inclinado, pode-se ver arestas superiores
e inferiores, vamos ligar os vértices do retângulo superior:

Agora que temos a linha de centro, selecione a ferramenta círculo e comece a


criar a entidade a partir do ponto médio da linha de centro. Para isso, basta apenas
passar o mouse sobre a linha de centro e será destacado um ponto amarelo no meio
da linha. Comece a criar o círculo a partir deste ponto e defina-o como é mostrado
abaixo:

Com este esboço criaremos um corte extrudado passante.

114
Um corte passante pode ter inclinação, assim como uma extrusão. Porém,
queremos fazer este corte para ambos os lados. Então, vamos habilitar a condição
final “Passante – Ambos” e uma segunda direção de extrusão será habilitada.
Verifique este campo na imagem que segue:

Foi habilitado o campo de “Direção 2”, que permite uma extrusão ou corte
extrudado para o lado oposto ao principal. Podemos definir até mesmo duas
condições finais diferentes, como “Cego” para um lado e “Passante” para o outro, por
exemplo. Configure o corte com as informações da imagem anterior e confirme o
comando.

Se atente em manter habilitada a opção “Inclinação para fora” para ambos os


lados para que este furo seja “moldável”, ou seja, possa ser extraído do molde.

115
Até o momento, vimos que é possível girar o modelo mantendo pressionado o
botão do meio do mouse e movimentando-o, e também vimos que o “Ctrl+8” traz a
visualização de uma forma “Normal” ao plano ou face selecionada, isto porque, se
(mesmo sem pedir a criação de um esboço) simplesmente clicarmos em uma face e
pressionarmos o “Ctrl+8”, a tela vai girar e trazer a face de frente para você.

Mas, existem outras maneiras de movimentar o modelo. Vejamos as mais


convencionais agora:

Pressionando a tecla “Ctrl” em conjunto com os botões do 1 ao 8, temos as


seguintes movimentações da tela:

“Ctrl+1” – Vista Frontal

“Ctrl+2” – Vista Posterior

“Ctrl+3” – Vista Esquerda

“Ctrl+4” – Vista Direita

“Ctrl+5” – Vista Superior

“Ctrl+6” – Vista Inferior

“Ctrl+7” – Vista Isométrica

“Ctrl+8” – Vista Normal a

As setas do teclado, por padrão, giram o modelo de 15 em 15 graus. Porém, se


segurarmos o “Shift” juntamente com as setas do teclado, podemos girar o modelo
de 90 em 90 graus.

O botão de rolagem do mouse aumenta e diminui a peça na tela, dando o


“Zoom” exatamente onde o mouse está.

Ao segurarmos o “Ctrl” e pressionarmos o botão do meio do mouse, vamos


movimentar o modelo sem girá-lo. O nome desta função é “Pan”.

116
Ao segurarmos o “Alt” e pressionarmos o botão do meio do mouse, vamos rolar
o modelo. O nome desta função é “Rolar”.

Ao segurarmos o “Shift” e pressionarmos o botão do meio do mouse, vamos


aumentar e diminuir o modelo em função do meio da tela. O nome desta função é
“Aumentar/diminuir Zoom”.

A tecla “F” ajusta o modelo a tela. Dar um duplo clique com o botão do meio do
mouse tem o mesmo efeito. Esta função chama-se “Zoom para ajustar”.

Estes comandos são de longe os mais utilizados no cotidiano de quem modela


no SOLIDWORKS.

O caminho padrão de todas essas formas de modificar a visualização e mais


opções pode ser verificado no campo “Exibir > Modificar”.

Utilize estas funções durante a lição e nos exercícios.

117
Dando sequência no nosso modelo, selecione a seguinte face e adicione um
novo esboço.

Queremos manter a mesma geometria externa do círculo com uma distância


de “5 mm da borda”. Porém, não sabemos exatamente o diâmetro que temos agora
nesta peça, pois não temos mais o diâmetro original, já que a inclinação “diminuiu”.
Para solucionar este problema, vamos simplesmente clicar sobre a face e selecionar
a ferramenta de esboço chamada “Offset de entidades”:

118
Ao clicar sobre este comando, o campo de propriedades pergunta qual a
distância que vamos ter de Offset. Especifique “5 mm”, e para atualizar a visualização
clique em algum local em branco no “PropertyManager”, como mostra a figura. Você
verá na área de gráficos o offset diminuindo:

Para criar o offset, podemos clicar em inverter e confirmar o comando. Mas,


existe uma maneira mais direta de confirmar o comando de offset. É possível ver uma
pequena seta amarela na borda da face que selecionamos como referência para o
offset. Ao movimentar o mouse, veremos que está seta aponta para dentro ou para
fora do perfil.

119
Movimente o mouse para dentro da área e clique com o botão esquerdo do
mouse. O offset será criado para dentro com a dimensão especificada, você pode a
qualquer momento depois de confirmado o esboço alterar a direção deste offset,
clicando na dimensão e selecionando a opção inverter dimensão.

Agora precisamos realizar um corte que mantenha “5 mm” de distância da face


inferior com a face de corte. Veja pelo exemplo abaixo:

120
Para realizar isso, vamos criar um corte extrudado com uma condição final
chamada “Offset de superfície”. Com o esboço que acabamos de criar, clique “Corte
extrudado” e vamos configurar o corte com a condição final “Offset da superfície”.
A distância de offset que queremos é de 5 mm. Vamos especificar a face inferior no
campo “Superfície” que aparece quando selecionamos este tipo de
condição final. Veja na imagem abaixo a face rosa selecionada que vai para o campo
superfície.

Este corte não terá inclinação. Então, basta confirmar o comando após
configurar o corte.

Se quisermos ver melhor o corte que acabamos de realizar na nossa peça,


podemos exibi-la de diversas formas através do campo “Estilo de exibição”,
disponível na “Barra transparente”:

121
Também podemos encontrar os estilos de exibição indo até o menu “Exibir >
Exibição”:

Existem diversas formas de exibir o modelo. Veja abaixo a nossa peça em


diversos desses tipos de visualizações:

Sombreado com arestas

Sombreado

122
Linhas Ocultas removidas

Linhas ocultas visíveis

Estrutura de arame

É possível analisar melhor o corte que fizemos modificando o tipo de


visualização, mas se quisermos ver o modelo internamente, podemos corta-lo de uma
forma apenas visual. Para isso, clique no comando “Vista de seção” que se encontra
no seguinte atalho na “Área de gráficos”:

123
Clique sobre a ferramenta e teremos seu PropertyManager, onde podemos
movimentar o plano de corte pela seta central na área de gráficos, chamada de
“Tríade”. Eventualmente vamos trabalhar mais com a ferramenta. Por enquanto,
apenas selecione como referência o plano frontal e confirme a ferramenta.

O modelo parecerá cortado, mas isso é apenas visual. Vamos aproveitar que o
modelo aparece em corte para medir a distância do corte que fizemos com offset de
superfície.

Vamos conhecer a ferramenta de medida do SOLIDWORKS, acessando a aba


“Avaliar > Medida”.

124
Ao clicarmos na ferramenta uma pequena janela flutuante aparecerá:

Nela vamos adicionar referências para dimensionamento. As referências


podem ser vértices, pontos, arestas, linhas e faces. Neste caso, a face do fundo do
corte e a face que foi referência para o offset:

Dentro da janela, temos informações das seleções que fizemos. O recurso


também analisa distâncias de centro a centro, menor e maior distância entre círculos.
O comando do lado esquerdo superior da janela define estas condições. Ao selecionar
dois pontos dispersos no modelo, aparecerão linhas ente eles na área de gráficos.
Elas indicarão a distância em X, Y, Z e a distância normal entre eles.

125
Ao verificarmos que realmente temos 5 mm de distância, podemos fechar a
janela flutuante da ferramenta de “Medida”.

O nosso modelo continua com o corte. Mas é possível ver que este corte não
foi adicionado na árvore de projetos, pois a ferramenta de “Vista de seção” é apenas
um corte visual. Para voltar a peça ao normal, basta clicar novamente sobre a
ferramenta, que deve estar exibida até o momento como selecionada.

Agora, vamos apenas adicionar os filetes para acabamento do modelo.


Adicione os filetes como é indicado abaixo:

1º. Filetes de “2 mm” nas faces em destaque:

2º. Filetes de “1 mm” nas faces em destaque:

É normal que surja a seguinte pergunta:

“Posso fazer os filetes na sequência em que eu quiser?”

126
Não existe restrição sobre em qual ponto do modelamento ou com qual
dimensão começar a adicionar os filetes. Mas, existe uma prática muito boa que ajuda
a eliminar problemas de filetagem.

São duas grandes dicas:

1ª – Se for possível deixar o filete para o fim do modelamento apenas para


gerar acabamentos, faça-o apenas no final.

2ª – Sempre adicionar filetes maiores antes dos menores. Para exemplificar o


que pode dar errado se colocarmos primeiro os pequenos filetes, temos o seguinte
exemplo:

Temos uma sala que vamos encher com “Elefantes e Ratos”.

É mais fácil acomodar a maior quantidade possível de elefantes e depois


colocar os ratos nos espaços vagos entre elefantes:

127
Caso o contrário seja feito, a sala se encherá de ratos e não caberá nenhum
elefante.

Embora pareça uma analogia muito simplista, a condição de utilização do


espaço para aplicação de filetes funciona exatamente desta forma.

Antes de finalizar, vamos dar uma olhada na árvore de projetos que foi criada.

Para cada esboço que fizemos, um símbolo de esboço apareceu na árvore de


projetos, e cada vez que esse esboço foi utilizado, ele foi absorvido pelo recurso que
o utilizou. Na imagem abaixo, podemos ver esta situação, onde temos para cada
recurso um esboço dentro, isso na sequência numérica, pois fizemos o esboço e já o
utilizamos no recurso. Mas isso não é uma regra.

128
Os esboços e recursos recebem o nome que o SOLIDWORKS atribui
automaticamente. Estes nomes, tanto de esboço como de recurso, podem ser
modificados. Basta dar duplo clique descontínuo sobre os recursos na árvore, ou
selecionar o esboço/recurso e pressionar o botão “F2” do teclado, como fazemos para
renomear qualquer arquivo no Windows.

O renomeio de recursos é uma boa prática para que num futuro, caso queira
modificar algum detalhe da sua peça, não seja necessário ficar “caçando” o esboço
ou recurso que queria modificar.

Sendo assim, modifique a árvore para que fique como a que é mostrada abaixo:

Para finalizar nosso modelo, vamos criar uma gravação do seu nome na peça,
para isso iremos utilizar um comando específico para a criação de textos em peças.

4.3 Criação de Texto

Crie um novo esboço na face plana do modelo:

129
Antes de habilitar a ferramenta de criação de texto vamos criar uma linha de
centro na face plana para que possamos utilizar como referência para a escrita.

Agora vamos criar o texto, para isso acesse a ferramenta pela aba “Esboço”:

Com a ferramenta ativa, vamos definir alguns parâmetros. No campo de


“curvas” clique sobre a linha de centro. No campo de “texto” digite seu nome. Clique
sobre o ícone de alinhamento do texto. Se a fonte estiver pequena, desabilite “Usar
fonte do documento” e utilize uma fonte desejada e defina o tamanho para 28 pontos:

130
Clique em “OK”, para concluir o comando.

Para finalizar nosso modelo, vamos aplicar um corte extrudado de “0.5 mm”.

Assim temos o modelo finalizado, salve e feche o arquivo.

Salve a peça com o nome “Lição 04 – Chave fundida” e feche o modelo.

131
4.4 Exercício 8

Desenvolva o modelo abaixo:

132
4.5 Exercício 9

Desenvolva o modelo abaixo:

133
4.6 Exercício 10

Desenvolva o modelo abaixo:

134
4.7 Exercício 11

Desenvolva o modelo abaixo:

135
4.8 Exercício 12

Desenvolva o modelo abaixo:

136
4.9 Exercício 13

Desenvolva o modelo abaixo:

137
5 LIÇÃO 05 – RECURSOS DE REPETIÇÃO

Após a conclusão bem-sucedida desta lição, você estará preparado para:

• Criar um padrão linear.

• Adicionar um padrão circular.

• Usar padrões de geometria apropriadamente.

• Criar um padrão de espelhamento.

• Usar a opção somente origem de padrão com padrão linear.

• Adicionar um padrão acionado por esboço.

138
5.1 Padrões

Padrões são criados quando em uma peça, um recurso se repete de forma


ordenada. Como por exemplo, uma roda de bicicleta onde temos vários aros. Não
criamos cada um dos aros individualmente. Criamos apenas os que são diferentes
uns dos outros em função da posição, por exemplo, e os copiamos.

Existem diversos tipos e formas de aplicar um padrão dentro do


SOLIDWORKS. Nesta lição, veremos as formas mais comuns.

5.2 Padrão linear

Vamos começar com um modelo já criado e vamos conclui-lo pelos recursos


do padrão linear. Abra a peça “Padrão linear”:

Veremos que o padrão linear cria cópias de recursos, faces e corpos em função
de uma linha ou aresta.

Todas as ferramentas de padrão, estão na aba “Recursos”:

139
É possível encontrá-las também indo até “Inserir > Padrão/espelho”:

Selecione o recurso “Padrão linear”.

Comentamos, no começo do curso, que ao lado esquerdo temos a “Árvore de


projetos”, destacado em vermelho. Porém, ela constantemente desaparece e dá
lugar ao campo de propriedades de recursos e entidades do SOLIDWORKS, chamado
“PropertyManager”, destacada em azul.

140
Quando selecionamos uma linha ou mais entidades dentro de um esboço no
SOLIDWORKS, automaticamente temos as propriedades delas expostas pelo
“PropertyManager”. O mesmo ocorre quando selecionamos um recurso, dessa
forma, estamos trabalhando nas propriedades dele e quando as confirmamos,
voltamos para a aba da árvore de projetos.

Ao selecionar a ferramenta de padrão linear, não será diferente. Temos que dar
algumas informações em relação ao que queremos copiar, ou seja, uma direção e
sentido de cópia, a quantidade de instâncias para a cópia, a distância entre as
instâncias, e finalmente o que vamos copiar.

Primeiramente, vamos conhecer os campos de seleção:

Direção do padrão

Ordem do padrão

Distância entre instâncias

Quantidade de instâncias

Adiciona uma segunda direção

Recursos que serão copiados

Faces que serão copiadas

Corpos que serão copiadas

Instâncias que podemos ignorar

141
Vamos começar selecionado uma aresta no campo “Direção do padrão”, como
mostra a imagem abaixo:

É possível ver que na extremidade da aresta que selecionamos, aparece uma


seta. Ela indica o sentido da cópia das instâncias. Podemos invertê-la, assim como
invertemos uma direção de extrusão, ou simplesmente, clicando sobre a seta.

Vamos especificar a distância entre entidades como “32” e a quantidade de


instâncias igual a “5”. Isso pode ser feito na própria janela flutuante, que aparece presa
à aresta, ou pelo método padrão.

142
Queremos realizar um padrão dos recursos que geram o corte e os
arredondamentos que temos exibidos abaixo:

Mas quando estamos com o recurso de padrão linear aberto, a árvore não fica
visível. Para isso, temos duas soluções: Podemos clicar diretamente sobre a
geometria na “Área de gráficos”; ou então exibir a árvore de projetos clicando sobre
o seguinte campo mostrado abaixo:

143
Uma vez exibida a árvore de projetos, podemos selecionar os recursos que
serão copiados. Portanto, ative a caixa de seleção para recursos e selecione-os:

A quantidade de instâncias considera o recurso original. Portanto, a quantidade


de instâncias reflete a quantidade total de determinado recurso em uma peça.
Confirme o modelo e teremos todos os cortes e filetes realizados, conforme abaixo.

144
Lembrando que você terá duas opções na direção “Espaçamento e instância”
e “Até a referência”. Na primeira opção, a direção é controlada por distância entre as
instancia e sua quantidade, no qual acabamos de definir anteriormente.

Já na segunda opção “Até a referência” você pode controlar os padrões


lineares usando geometrias de referência, como, por exemplo, vértices, arestas, faces
ou planos, para indicar até onde você quer gerar o padrão e para designar o número
de instâncias e o espaçamento entre elas.

Se olharmos o modelo referencial que temos no início da lição, veremos que


existe um segundo padrão para o outro lado também.

Para criá-lo, vamos voltar e editar o recurso que acabamos de criar. Para editar
o recurso, clique sobre ele na árvore de projetos, e o primeiro ícone será exatamente
“Editar recurso”.

145
De volta ao recurso, podemos habilitar uma segunda direção, na qual
colocaremos as mesmas especificações da primeira e selecionaremos a aresta
especificada como “Direção 2” do padrão.

Mas desta vez, podemos ver que instâncias a mais do que esperávamos foram
adicionadas. O padrão linear, quando possui uma segunda direção, cria cópias das
cópias. Para inibir esta função, clicamos sobre o comando “Somente recurso original
do padrão”, que fica abaixo no campo da “Direção 2”.

146
Assim, as cópias das cópias desaparecem, mas precisamos de algumas delas.
Portanto, desabilite a opção “Somente recurso original do padrão”.

Agora com todas as instâncias exibidas, iremos ignorar algumas delas.

Para fazer isso, existe outro campo dentro do recurso de padrão linear,
chamado “Instâncias a ignorar”. Ao abrirmos esta aba, sobre cada uma das
instâncias, aparecerá um ponto cor-de-rosa. Basta clicar sobre estes pontos para que
a instância apareça ou desapareça.

Deixe o modelo como o mostrado acima e confirme o comando.

147
Vamos criar mais um padrão linear para as três últimas instâncias que temos
exibidas abaixo:

Clique em “Padrão linear”. Em seguida abra a árvore de projetos, expanda o


recurso “Ressalto-extrusão1”, clique com o botão direito do mouse sobre seu esboço
e depois clique em “Exibir”.

Embora o esboço tenha sido utilizado, ele será exibido novamente. Neste
esboço temos uma linha de centro na diagonal. Não temos uma aresta para criar a
referência da direção do padrão, portanto, neste caso, podemos utilizar a linha de
centro. Um segundo problema: Vamos criar um padrão linear apenas de um único
recurso que foi feito pelo padrão linear. Não existe um recurso na árvore que seja
exclusivo daquela furação e daqueles filetes.

148
Se tentarmos fazer um padrão de recursos, teríamos a seguinte prévia:

Isso não é o que queremos. Portanto, vamos copiar apenas “as faces que
geram este corte”. Temos a referência, a distância (25mm), a quantidade (4
instâncias) e as seleções de faces para padrão a seguir:

Ao copiar apenas as faces, teremos o resto do modelo isolado. É importante


que todas as faces em destaque, referentes ao corte e filetes, estejam selecionadas.

149
Feito isso, basta confirmar o comando e veremos o modelo concluído.

5.3 Padrão de geometria

Queremos chegar ao resultado apresentado abaixo:

Abra o arquivo “Padrão de geometria” e veja que temos apenas um furo feito
com “Offset da superfície”, de 3 mm.

150
Então, criaremos um padrão linear com a seguinte especificação:

Porém, obtemos o seguinte resultado:

O modelo não segue a condição de offset da superfície, como o primeiro


recurso. Neste caso, o padrão segue a geometria do recurso inicial e não a sua
“Condição final”.

151
Para realizar um padrão como o mostrado inicialmente, basta desabilitar uma
opção chamada “Padrão de geometria”.

Ao fazer isso, o padrão segue as propriedades do recurso original, ou seja, ele


faz cada um dos furos seguintes respeitando exatos “3 mm de offset da face”.

Ao modificar a opção, e confirmar o comando, temos o resultado esperado.

Isso serve para explicarmos outra condição dos recursos de padrão do


SOLIDWORKS. Os recursos adiantam muito o tempo do engenheiro/projetista que
está desenvolvendo o modelo, mas não diminuem o processamento do computador.
Como vimos no exemplo acima, a memória do SOLIDWORKS teve efetivamente que
criar um novo esboço, e pedir um corte com offset de superfície para cada um dos
furos que criou. Caso contrário, ele estaria copiando apenas o resultado final da
entidade que serve de pai para o padrão.

Sendo assim, podemos afirmar que não é certo utilizar um recurso de padrão
para criar diversas instâncias apenas para a representação visual dos mesmos.
Existem outras maneiras de representar uma chapa de metal expandido, por exemplo.
Isso porque a criação de um padrão exige tanto processamento da máquina quanto
recursos criados individualmente.

152
5.4 Padrão circular

O recurso “Padrão circular” faz copias de recursos, faces e corpos em função


de um eixo ou face circular.

O caminho para a ferramenta está no mesmo caminho que o “Padrão linear”.


Também é possível encontrar o atalho das ferramentas de padrão na aba “Recursos”,
como mostra a imagem abaixo:

Abra o arquivo “Padrão Circular”.

Nos exemplos de padrão linear vistos anteriormente, criamos padrões de


recursos e de face. Neste exemplo, vamos criar um padrão de corpo sólido.

153
Clique sobre a ferramenta “Padrão circular” e o seguinte campo de
propriedades aparecerá, onde identificamos os campos principais:

Eixo do padrão

Espaçamento uniforme

Ângulo
Número de instâncias

Corpos que serão copiados

Clique no campo “Eixo para padrão”, pois quando abrimos o comando, a caixa
ativa será a de “Recursos para padrão”. É importante verificar qual caixa de seleção
está ativa, para que não erremos as seleções. A caixa de seleção ativa é a que estiver
em azul. Dentro da caixa de seleção “Eixo para padrão”, clique em uma face circular,
como a que está em destaque:

154
Uma vez que selecionamos a face circular, vamos selecionar o corpo sólido.
Isso pode ser feito apenas abrindo o campo de “Corpos para padrão” e uma vez que
este é o campo habilitado, basta clicar sobre a peça e já teremos uma prévia.

O recurso de “Padrão circular” sempre habilita 360° de angulação, já que


normalmente a maioria dos padrões ocorre nesta condição. Mas, podemos modificar
este ângulo para verificar as variações que ele cria.

Para avançar, vamos apenas adicionar “3 instâncias”, manter 360° e deixar


marcado o campo “Espaçamento igual”, para que ao longo dos 360°,
independentemente da quantidade de instâncias, elas fiquem equidistantes. Feito
isso, confirme o comando.

155
Após confirmar o comando, podemos ver uma pasta que surgiu na árvore de
projetos chamada “Corpos sólidos”. Dentro dela, temos os três corpos que foram
criados pelo padrão circular.

Note que todos os corpos possuem o mesmo centro, ou seja, temos um volume
em comum, desnecessariamente. Isso torna o modelo mais pesado que o normal.
Finalmente, o que precisamos é de apenas um corpo sólido. Portanto, vamos
combinar os três corpos com o comando de “Combinar”, localizado em “Inserir >
Recursos > Combinar”.

156
Um atalho para esse recurso selecionando mais de um corpo sólido, clicando
com o botão direito e utilizando a opção “Combinar”.

No PropertyManager, apenas selecione a opção “Adicionar” e clique sobre


cada uma das pás do ventilador, para que cada corpo fique na caixa de seleção.

157
Feito isso, confirme o comando e teremos apenas um corpo sólido. Assim a
pasta que existia na árvore desaparecerá, pois quando temos apenas um corpo sólido,
não há necessidade de exibir uma pasta apenas para ele.

5.5 Espelhamento

O espelhamento cria cópias espelhadas de recursos, faces e corpos.

A criação de um espelhamento é mais simples do que um padrão qualquer,


pelo simples fato de que não adicionamos quantidades de instâncias nem distância.

Para fazer um espelhamento precisamos de uma referência, que seria


realmente um espelho. Esta referência pode ser um plano ou uma face plana. É em
função dela que temos a distância do espelhamento.

Abra a peça chamada “Espelhar”.

158
Aqui, vamos iniciar o comando de espelho, que se encontra no mesmo caminho
dos padrões, e ele possui um atalho diretamente na aba de “Recursos”:

Clique sobre o comando e veremos o seguinte campo de propriedades:

Face/Plano

Recursos a espelhar

Faces a espelhar

Corpos a espelhar

159
Para escolher o plano, vamos exibir a árvore de projetos pela pequena chave
que temos na “Área de gráficos”, e selecionar o plano direito. No campo de
“Recursos a espelhar”, vamos adicionar os cortes e seus respectivos filetes. Alterne
a seleção, clicando na árvore de projetos ou clicando no próprio recurso.

Feito isso, confirme o comando.

O espelhamento pode ser feito utilizando-se planos criados como geometria de


referência. Neste caso, não sabemos ainda como criar um novo plano de referência
dentro do SOLIDWORKS. Depois que dominarmos mais este comando, poderemos
criar planos e utilizá-los para a criação de espelhamentos.

Salve e feche o modelo.

160
5.6 Padrão de esboço

Além das ferramentas de padrão de recurso temos também três tipos de padrão
próprios para o esboço, o “Padrão linear”, o “Padrão circular” e “Espelhar”, onde
são aplicados diretamente na fase de desenvolvimento de um esboço.

Veremos a seguir um exemplo para cada aplicação.

Com o SOLIDWORKS aberto, abra um novo arquivo de peça, e em seguida


esboce um retângulo conforme a imagem abaixo, com espessura de “10 mm”.

Agora vamos abrir um novo esboço na face plana deste modelo.

Nosso objetivo é criar um padrão do esboço circular, mas antes disso crie um
círculo no ponto médio da extremidade do retângulo e adicione uma cota de 20 mm.

161
Vamos criar agora um padrão do círculo deste esboço, clique na aba de esboço
e selecione a ferramenta “Padrão de esboço linear”.

Ao selecionar a ferramenta de padrão, temos algumas propriedades assim


como os padrões de recursos, os parâmetros para o padrão de esboço são similares,
basta definir o espaçamento entre as instâncias, a quantidade de cópias, e por último
quais são as entidades a serem copiadas, como imagem abaixo, e confirme o padrão:

Visto que estamos dentro de um esboço, que é 2D, não é necessário especificar
as direções do padrão, automaticamente os campos de direção são preenchidos com
os eixos do plano, neste caso o plano frontal se define pelos eixos X e Y.

162
Mantendo habilitadas as opções “Espaçamento da dimensão” e “Exibir
contagem de instâncias”, ao confirmar a ferramenta, será apresentada uma
dimensão do espaçamento entre as instâncias e outra dimensão contendo a
quantidade de cópias.

Diferentemente dos padrões de recursos, os padrões de esboço não criaram


um recurso na árvore de projetos para que possamos editar os parâmetros
novamente, se necessário. Por este motivo, é importante sempre manter tais opções
ativadas, pois as dimensões são a única forma de editar um padrão de esboço.

Para finalizar o nosso modelo, confirme o esboço e faça um corte extrudado


passante. Nosso resultado final será conforme a peça abaixo:

Salve a peça com o nome “Padrão de esboço linear” e feche o modelo.

163
Para que possamos criar um exemplo do “Padrão de esboço circular”, crie
uma nova peça, esboçando um quadrado de “200 mm” e extrudando com “10 mm”,
conforme imagem abaixo:

Crie um esboço na face frontal e crie um círculo conforme a imagem abaixo


para que possamos utilizar como referência:

164
Vamos criar agora um padrão circular do círculo presente neste esboço, clique
na aba de esboço e selecione o comando “Padrão de esboço circular”.

Seguindo a mesma ideia de um padrão de recursos circular, vamos inserir os


parâmetros adicionando a quantidade de “10 instâncias” e selecionando a entidade
a ser padronizada, o círculo de 25 mm. Então confirme a ferramenta:

Observe que não foi necessário selecionar um eixo para rotação, isso porque
a ferramenta seleciona origem como eixo de rotação. Caso necessário, também
podemos criar um ponto adicional ou utilizar algum vértice existente para ser usado
como eixo de rotação do padrão de esboço circular.

165
Para editar o esboço posteriormente, podemos manter habilitada a opção
“Exibir contagem de instâncias”. Observe que também existe a opção “Raio da
dimensão” que define a referência espacial do padrão, porém, mantenha essa opção
desabilitada, pois vamos utilizar o círculo, convertido em geometria de construção,
como referência espacial.

Para definir o esboço, adicione a relação coincidente entre o centro de dois


círculos e a borda do círculo referencial. Depois disso, terá disponível a dimensão do
círculo referencial para aumentar ou diminuir a referência espacial do padrão.

Para finalizar crie um corte extrudado passante.

Salve a peça com o nome “Padrão de esboço circular” e feche o modelo.

166
Para finalizar, veremos a ferramenta “Espelhar”. Para isso, crie uma nova
peça, crie o seguinte esboço e extrude com “10 mm” de espessura:

Abra um novo esboço na face frontal e crie as entidades, conforme abaixo:

Se atente a relação “Igual” entre as duas linhas preenchidas.

167
Utilize a ferramenta “Offset de entidades”, aplique “12 mm” como distância de
offset e selecione “Tampa de extremidade”, mantendo a opção “Arcos” e confirme:

Adicione as dimensões para posicionar a geometria criada e definir o esboço:

168
Vamos criar um padrão por espelho utilizando a ferramenta “Espelhar
entidades”, disponível na aba “Esboço”:

Como a própria imagem de pré-visualização nos sugere, vamos selecionar as


entidades a serem espelhadas e, logo em seguida, selecionar a linha de centro como
referência de espelhamento e confirme, como na imagem abaixo:

A referência de espelhamento pode ser planos e linhas de esboço. Para


selecionar a entidades a serem espelhadas, podemos fazer uma caixa de seleção ou
clicar na região interna da geometria, que está sombreada por seu um perfil fechado.
Para isso, é necessário habilitar a opção “Contornos de esboço sombreado”, ao
final da aba “Esboço”.

169
Essa seleção pelo perfil fechado também é válida para os padrões de esboço
e caso queira excluir o contorno. Basta clicar com o botão direito ou teclar “delete”:

Essa opção possui outras funcionalidades que serão vistas posteriormente.

Feito isso, confirme também o esboço e aplique um corte extrudado passante.

Salve a peça com o nome “Espelhar entidades” e feche o modelo.

5.7 Outros padrões

Dentro do SOLIDWORKS existem outras ferramentas para a criação de


padrões, mas estas, porém, são substancialmente menos utilizadas em relação aos
métodos apresentados. Estes outros tipos de padrões, em alguns casos, comportam
também ferramentas mais avançadas, e por estes motivos não iremos apresentá-las
neste curso.

170
5.8 Exercício 14

Abra a peça “Exercício 14”, e aplique o padrão adequado para este modelo,
ao final ele deve ficar igual a imagem abaixo:

171
5.9 Exercício 15

Abra a peça “Exercício 15”, e aplique o padrão adequado para este modelo,
ao final ele deve ficar igual a imagem abaixo:

172
5.10 Exercício 16

Abra a peça “Exercício 16”, e aplique o padrão adequado para este modelo,
ao final ele deve ficar igual a imagem abaixo:

173
5.11 Exercício 17

Abra a peça “Exercício 17”. Para completar esse modelo, é preciso utilizar um
padrão ainda não visto no curso. Trata-se do "Padrão acionado por curva".

Selecione este recurso no mesmo caminho que os demais recursos de padrão.

Assim como no padrão linear, precisamos de uma referência de direção, que


neste caso é a curva do "Esboço2".

Dentro do recurso, aplique “7 instâncias” com espaçamento igual entre elas.


Também habilite a opção “Tangente à curva” para manter a orientação correta.

174
5.12 Exercício 18

Desenvolva o modelo abaixo:

175
5.13 Desafio 02

176
6 LIÇÃO 06 – REVOLUÇÃO E VARREDURA

Após a conclusão bem-sucedida desta lição, você estará preparado para:

• Criar recursos de revolução.

• Aplicar técnicas especiais de dimensionamento a esboços para recursos de


revolução.

• Usar a técnica de sólidos com múltiplos corpos.

• Criar um recurso de varredura.

• Calcular as propriedades físicas de uma peça.

• Criar recursos finos.

177
6.1 Modelos de revolução e varredura

Até o momento, vimos os recursos mais básicos para a criação de uma peça.
Mas, não criamos nenhum modelo que fuja de formas geométricas simples. E, mesmo
pensando em formas geométricas, se fosse solicitado para desenharmos uma simples
esfera, ainda não saberíamos como criá-la:

Uma esfera é um modelo de revolução. Mas, além deste recurso, vamos


também ver o recurso de varredura, que copia um perfil ao longo de um caminho.
Abaixo, primeiramente temos uma imagem na qual, representando o perfil, a
geometria está em amarelo, o caminho em vermelho e as instâncias copiadas em
verde. A primeira parte da imagem é uma representação do que o recurso de
varredura faz. O real modelo criado por uma varredura é o modelo apresentado
apenas em amarelo abaixo:

178
6.2 Modelo de estudo

Nesta lição, vamos criar o seguinte modelo:

O modelo da taça é meramente representativo, mas ele vai demonstrar os


principais conceitos dos recursos de revolução e varredura.

6.3 Desenvolvendo o modelo

Para começar este modelo, crie um novo arquivo de peça e, na sequência,


insira um esboço no plano “Frontal” e adicione as seguintes linhas:

179
Adicione a dimensão de “180 mm” antes de prosseguir com o modelo, pois já
temos uma linha com a dimensão correta. Isso diminui as possibilidades de que,
quando começarmos a adicionar as dimensões finais, tenhamos algum tipo de
dificuldade com a posição das entidades de esboço.

Seguindo a criação do esboço, selecione a ferramenta de “Arco de 3 pontos”:

A entidade é criada com 3 cliques. Um para cada extremidade e um terceiro


para definir o raio. Com ele, vamos criar dois arcos independentes. Perceba que os
pontos em vermelho, são pontos compartilhados com outras entidades de esboço,
como o final de uma linha.

180
Como não queremos a linha que está sobrando à direita do arco superior,
vamos removê-la com a ferramenta de “Aparar entidades”:

Com a primeira parte do esboço feita, vamos nos preocupar agora com o resultado
final que queremos, para entender o motivo da próxima ação que vamos tomar.

Um modelo de revolução precisa efetivamente revolucionar em torno de algo.


Podemos usar qualquer linha reta de esboço, ou uma aresta do modelo existente.
Mas, podemos também utilizar uma linha de centro, pois ela apresenta uma grande
vantagem se comparada com as demais soluções. O problema é que não temos
nenhuma linha de centro. Então, vamos apenas converter uma linha normal em uma
linha de centro.

Selecione a linha desejada e verifique a opção “Geometria de construção”:

181
Podemos utilizar a janela flutuante que aparece assim que selecionamos a linha
ou podemos selecionar a linha e clicar sobre o campo “Para construção”. Ambos os
comandos transformam uma linha comum em linha de construção e vice-versa. O
interessante é que podemos fazer isso com qualquer entidade, como um círculo ou
uma elipse.

Agora que convertemos uma linha normal em uma linha de centro, o que
podemos fazer de diferente com ela?

Uma dimensão de uma entidade em função da linha de referência para a


revolução seria apenas o valor de um raio. Mas, como vamos revolucionar o modelo,
seria bom se tal dimensão fosse de diâmetro.

Para isso, vamos adicionar as dimensões de diâmetro através de duas


entidades, sendo sempre uma delas a linha de centro que convertemos. A segunda
referência pode ser outra linha qualquer, um arco ou um ponto.

Vamos seguir os passos abaixo e ver como adicionar tal dimensão.

Selecione a ferramenta de “Dimensão inteligente” e dê um clique sobre a linha


que transformamos em linha de centro. Em seguida, dê um clique sobre a pequena
linha vertical que está do lado oposto:

182
A dimensão aparecerá como se estivéssemos adicionando uma dimensão
normal.

Mas agora, sem clicar em nada, vamos apenas passar o mouse para o lado
oposto a linha de centro e veremos que a dimensão é trazida como uma dimensão de
diâmetro.

Basta clicar e adicionar a dimensão de diâmetro com “40 mm”.

183
Faça o mesmo com as entidades exibidas abaixo:

Conclua as dimensões como na imagem abaixo. A dimensão de “19 mm” é a


distância entre a linha horizontal e o ponto central do arco inferior. Para selecionar
este ponto, basta clicar diretamente sobre o arco, conforme indicado pelas setas.

184
Adicione também uma relação de vertical entre os dois pontos finais do arco
superior:

Ainda teremos uma entidade subdefinida, que é o arco superior.

Para definir totalmente este arco vamos adicionar uma distância entre a linha
de centro e a tangência do arco. Para isso, clique na linha de centro, segure a tecla
“Shift” do seu teclado e você verá que ao passar o mouse sobre o arco, o
SOLIDWORKS já sugere que, se você clicar sobre o arco nesta condição, ele
adicionará a referência da cota como a tangente do arco.

Clique sobre o arco e solte a tecla “Shift”. Para adicionar a dimensão como
diâmetro, passe para o outro lado da linha de centro e clique com o botão esquerdo
do mouse, como fizemos anteriormente. Adicione uma dimensão de “75 mm”.

185
O resultado final será esse:

Vamos agora adicionar o comando “Esboçar filete” nos cantos vivos.


Lembrando que o “Esboçar filete” fica nas ferramentas de esboço, como mostra a
imagem abaixo:

186
Os filetes serão feitos com raio de “10 mm” nos cantos em destaque:

Concluído o esboço, vamos selecionar a ferramenta de “Ressalto/base


revolucionado”, na aba de “Recursos”:

187
Ao clicar sobre este comando, aparecerá a seguinte mensagem:

A mensagem quer dizer que como temos uma linha de centro e não uma linha
normal fechando o esboço, voltando a nossa analogia com o mundo real, o
SOLIDWORKS não saberia como “Recortar” a folha de papel, já que uma linha de
centro para ele “não existe”.

Como ainda não sabemos o que é um “Recurso fino”, e a mensagem sugere


que o SOLIDWORKS feche o modelo automaticamente, então, vamos clicar em “Sim”
e então teremos a seguinte prévia, obviamente, seguida das propriedades do recurso
de “Revolução”.

188
Eixo de revolução

Tipo de revolução

Ângulo da direção

Direção 2

Outra vantagem de se utilizar linha de centro, é que a ferramenta de revolução


a identifica automaticamente como eixo de revolução.

Os demais campos definem se a revolução será feita em sentido horário ou


anti-horário. O “Tipo de revolução” tem condições semelhantes a uma extrusão,
como “Plano médio” e “Offset de superfície”. O ângulo pode variar de 0° até 360°.
Caso seja necessário, podemos habilitar uma segunda direção.

No nosso caso, vamos manter o modo “Cego”, com ângulo de 360° e confirmar
o comando. Temos agora a base do nosso modelo feito.

Vamos novamente inserir um esboço no plano “Frontal” e criar o esboço que


segue abaixo com 3 linhas comuns. Crie uma “Linha” saindo da origem, subindo na
vertical. Em seguida, uma segunda “Linha” solta no espaço, mas também na vertical
e uma terceira “Linha” na horizontal, saindo da origem e terminando no ponto final,
onde temos a geometria do modelo.

189
Isso deixará apenas a pequena linha horizontal totalmente definida. Podemos
afirmar isso, pois ela ficará totalmente preta.

Na sequência, unindo a linha vertical solta e o final da linha totalmente definida,


crie um “Arco de 3 pontos”. Adicione uma relação de “Horizontal” entre os dois
pontos em destaque.

190
Adicione as seguintes dimensões e uma relação de “Tangente” entre a “Linha”
vertical da esquerda e o “Arco de 3 pontos”, e uma relação de “Igual” entre a linha
vertical solta e a pequena linha horizontal. Conforme a ilustração abaixo:

Agora, vamos criar uma revolução a partir da geometria criada. Porém, vemos
que este perfil realmente está aberto e nenhuma linha fecha o esboço, nem mesmo
uma linha de centro.

Teremos algumas peculiaridades ao pedir a “Revolução” neste perfil.

Clicando no recurso “Ressalto/base revolucionado” aparecerá a mesma


mensagem da revolução anterior, mas agora vamos clicar em “Não”, para que o
SOLIDWORKS não feche o esboço.

191
Logo na sequência, o SOLIDWORKS não vai detectar o eixo de revolução. Isso
porque temos mais do que uma linha de centro nesse esboço. Então, nas
propriedades do recurso de “Revolução”, vamos habilitar o campo “Eixo de
revolução” e clicar sobre a linha de centro que sai da origem.

Também teremos uma revolução com “360°, mas de onde o SOLIDWORKS


está criando material sólido? Logo abaixo, no PropertyManager do recurso de
revolução, temos habilitado um campo chamado “Recurso fino”. Ele adiciona uma
espessura a partir das entidades de esboço que não sejam para construção. No nosso
caso, a linha inferior horizontal e o arco.

192
Este é o mesmo conceito para a criação de chapas metálicas no
SOLIDWORKS, mas não abordaremos esse tema nesse treinamento. No momento,
vamos apenas nos certificar de que o campo de propriedades está igual ao mostrado
na imagem anterior. O material que está sendo adicionado deve ser criado para dentro
da linha, ou seja, o diâmetro de “260 mm” é a dimensão externa do modelo. A
espessura do material adicionado é de “8 mm”.

Fora Dentro

Ao confirmarmos o recurso, teremos o seguinte modelo:

Para criar uma alça da taça, teremos que criar uma varredura.

Uma varredura precisa de dois esboços para ser criada. O primeiro a ser criado
define o caminho, e o segundo define o perfil.

193
Crie um novo esboço no plano frontal utilizando uma “Linha” e “Arcos
tangentes”, e assim, desenvolva o modelo que segue abaixo:

Comece criando uma linha que inicie abaixo do ponto de origem e termine
exatamente alinhado com a origem. Depois, quando estiver adicionando as relações
faltantes no esboço, diga que o ponto final da linha e o ponto de origem são
horizontais.

É possível ver que existem duas tangências com o arco, que é o próprio corpo
da taça. Como o cursor do mouse mostra na imagem acima, basta apenas clicar sobre
a aresta de interseção e sobre o arco desejado para inserir a relação de tangente.

194
Adicione também uma relação de vertical entre o centro e o ponto final do arco
superior, como também é possível ver na imagem.

Finalize o esboço adicionando as seguintes dimensões, e confirme o esboço:

Agora que temos o esboço do caminho, vamos criar o esboço do perfil.

195
Crie um novo esboço no plano superior e movimente o modelo até obter
aproximadamente a visualização que temos abaixo:

Posicionado o modelo, selecione em seguida uma entidade de esboço


chamada de “Ranhura reta”.

O comando de “Ranhura reta”, ou também conhecida como oblongo, é uma


ferramenta para a criação desse tipo de geometria automaticamente, devido a sua
grande utilização.

196
Crie a ranhura um pouco afastado do modelo, com as dimensões especificadas
como mostra a imagem abaixo. Se atente a relação “Vertical”, na linha central:

Agora, o que precisamos fazer é garantir que o oblongo que acabamos de


desenhar esteja em contato direto com o caminho que desenhamos anteriormente.

Existe uma relação específica que garante isso chamada “Perfurar”:

Para adicioná-la, vamos clicar sobre o ponto no meio do oblongo e no arco do


caminho. Feito isso, no PropertyManager aplique a relação “Perfurar”:

197
Ao adicionar a relação perfurar e o esboço ficará totalmente definido.

Qual seria a diferença entre “Coincidente” e “Perfurar”?

A relação de “Coincidente” ignora qualquer distância entre o ponto e a


entidade na qual ele estará em contato.

O “Perfurar” leva em relação apenas os eixos no qual o esboço está sendo


criado. Pontos distantes podem ser coincidentes em relação ao plano de esboço, mas
não perfurados. Veja o exemplo:

O centro do círculo pode ser perfurado com a linha que temos mais abaixo do
modelo. Mas o centro do retângulo não, pois existe um espaço físico entre eles.

Neste momento, ainda não temos que nos preocupar com isso, pois não
sabemos como criar um plano. Veremos esta função em outra lição.

198
Agora que temos o esboço criado, vamos confirmá-lo e clicar no recurso
“Ressalto/base varrido”:

Ao ser selecionado, apresentará o seguinte campo de propriedades com dois


campos para preenchimento. No campo azul, temos que selecionar o perfil, no nosso
caso, o oblongo; e no campo rosa, o caminho. Veja as cores equivalentes nos próprios
esboços:

Confirme o comando e veja o resultado.

Nota: Utilize o comando “ajustar spline” no caminho, para um resultado mais


adequado, se desejado.

199
Espelhe a varredura utilizando como plano de espelhamento o plano “Direito”:

Agora, adicione um filete com raio de “10 mm” na aresta externa em destaque
e no fundo do copo, onde temos um canto vivo também:

Novamente iremos adicionar um filete, mas no campo de propriedades dele,


vamos modificar o tipo de filete. Marcaremos a opção “Filete redondo”. Dentro desta
opção, aparecerão 3 caixas de seleção.

200
Este filete arredondará totalmente a borda da taça. Para isso, na primeira caixa
de seleção, clique sobre a face externa, na segunda, a face superior, e na terceira a
face interna. Acompanhe pelas cores. Confirme o comando e veja o resultado:

Por fim, adicione um filete de raio de “4 mm”, clique sobre as faces em azul: A
face externa da taça e as quatro faces finais das varreduras.

201
Veja o resultado da taça finalizada:

Agora que temos o modelo concluído, vamos adicionar um material a ele.

Vimos em lições anteriores que é possível modificar a cor de uma peça, mas
desta forma não estamos nos atentando para as propriedades físicas dela.

Para adicionar um material em uma peça, vamos clicar com o botão direito do
mouse no campo de “Material”, na árvore de projetos, e selecionar a opção “Editar
material”:

202
Ao clicar na opção “Editar material”, aparecerá uma janela com diversos
materiais. Cada um deles possui propriedades físicas, mecânicas, térmicas e
aparência predeterminada. Isso garante análises precisas de peso, centro de massa
e análises de elementos finitos. Para a nossa taça, adicione o material “Ouro puro”,
como está sendo mostrado abaixo. Clique em “Aplicar” e depois em “Fechar”:

Esta biblioteca de materiais pode ser configurada, modificada e personalizada.


Inclusive com a adição de mais materiais.

203
Assim temos o resultado final conforme a ilustração abaixo:

Podemos agora ver, por exemplo, o peso de nossa taça e inclusive ver o centro
de massa da mesma.

Clique na aba “Avaliar” e vá à opção “Propriedades de massa”.

204
Ao fazer isso, uma janela se abrirá com as principais informações do modelo:

Aqui temos o peso do modelo, o volume e o centro de massa, por exemplo


(também exibido graficamente pelo ponto rosa no meio do modelo). Podemos
configurar as unidades e casas decimais no campo de opções.

Este campo apenas serve para verificação. Basta fechá-lo para voltar a tela
principal do SOLIDWORKS.

Outra vantagem de materiais personalizados é que a criação de renderizações


(imagens com qualidade foto-realística) torna-se mais fácil, já que as aparências estão
bem definidas no modelo em função do material.

As aparências podem ser mudadas independentemente do material, do mesmo


modo como vimos anteriormente, sem que as propriedades físicas sejam
influenciadas.

Salve a peça com o nome “Lição 06 – Taça” e feche o modelo.

205
6.4 Exercício 19

Desenvolva o modelo abaixo.

206
6.5 Exercício 20

Desenvolva o modelo abaixo.

207
6.6 Exercício 21

É possível perceber que o modelo desse exercício é extremamente simples. A


real intenção é criar apenas uma única linha de 50 mm e sem gerar todo o quadrado,
que normalmente desenharíamos, fazer uma extrusão.

Utilize umas das funcionalidades vista nesta lição para criar este modelo:

208
6.7 Exercício 22

Desenvolva o modelo abaixo.

Nota: O centro do raio de “400 mm” é “horizontal” com o ponto final do


caminho que está destacado em vermelho abaixo.

209
6.8 Exercício 23

Desenvolva o modelo abaixo.

Nota: Utilize a origem como referência inicial para facilitar a criação do modelo.

210
6.9 Desafio 03

Desenvolva o modelo abaixo.

211
6.10 Desafio 04

Desenvolva o modelo abaixo.

212
7 LIÇÃO 07 – INCLINAÇÃO, CASCA E NERVURA

Após a conclusão bem-sucedida desta lição, você estará preparado para:

• Aplicar inclinação as faces do modelo.

• Realizar operações de casca para tornar-se uma peça oca.

• Criar planos.

• Usar a ferramenta de nervuras.

213
7.1 Modelos de casca e nervura

Os modelos criados por recursos de “Casca” são, em muitos dos casos, peças
injetadas de plástico.

Nesta lição, trataremos de questões que além da utilização do recurso de


“Casca”, darão pleno conhecimento de outros recursos, que sem os quais não
poderíamos chegar até o modelo final da peça por problemas técnicos reais, além de
recursos que serão úteis em outros tipos de modelos.

O que chamamos de nervuras são os reforços internos da peça plástica, porém,


estaríamos cometendo um erro imaginando que uma nervura é utilizada apenas em
peças plásticas. Ela pode servir para qualquer tipo de peça que solicite o tipo de
geometria que ela cria.

7.2 Modelo de estudo

Nesta lição, vamos criar o seguinte modelo que teoricamente será injetado:

214
7.3 Criação do modelo

Não vamos modelar este arquivo do zero. Vamos apenas aplicar os recursos
necessários para concluí-lo a partir de um arquivo feito.

Portanto, primeiramente abra o arquivo “Lição 07 – Cascas e nervuras”.

Se verificarmos cada um dos recursos ou esboços, veremos que todo o modelo


possui inclinação de 2,5°, para que após o plástico ser injetado, consigamos extraí-lo
do molde.

Porém, não podemos afirmar que todo o modelo possui tal inclinação, pois é
normal que no meio de um modelamento alguma face passe despercebida.

Portanto, vamos verificar a inclinação desta peça com uma ferramenta


chamada “Análise de inclinação”. A ferramenta de análise fica na aba “Avaliar”.

Quando a ferramenta é selecionada, veremos o campo de propriedades com


apenas 3 condições que definitivamente vamos trabalhar. A primeira delas é a seleção
do “Plano neutro”. Ele define a direção de extração do modelo. Em frente ao campo
da seleção do plano neutro, podemos inverter a direção de extração. E por fim, a
inclinação da qual nós precisaremos.

215
De acordo com a imagem abaixo, selecione a face que foi utilizada para plano
neutro (face inferior da peça), inverta a seta para a direção do modelo, coloque o
valor de inclinação mínima para “2,5°” e clique em calcular:

Temos então a visualização em “Verde” das faces que estão com a inclinação
desejada, em “Amarelo” as faces que precisam de inclinação e em “Vermelho” as
faces que possuem inclinação negativa.

Vemos apenas 3 faces em amarelo. Ao passar com o mouse sobre elas, vemos
com números (logo ao lado do mouse) que elas possuem variações de inclinação, que
vão de 0° à 2,4° aproximadamente.

Agora que sabemos que o modelo não está adequado para uma extração do
molde, vamos entender o porquê isso aconteceu.

O esboço deste corte possui inclinação adequada, mas o corte feito com uma
condição Cego, não apresentaria resultado satisfatório se adicionássemos inclinação.
E assim, a face final ficou plana.

Agora, para corrigir isso, vamos ver a árvore de projetos. Temos o “Corte-
extrusão3” e depois dois filetes. Como os filetes são apenas o acabamento do
modelo, poderíamos tentar trabalhar com a face que está com problema sem eles e
depois adicioná-los novamente. Mas, imagine se tivéssemos mais recursos depois do
corte. Para “voltarmos no tempo” em que o corte foi criado sem ter que excluir os

216
recursos posteriores, utilizaremos uma pequena ferramenta da “Árvore de projetos”,
chamada “Barra de reversão”.

A pequena barra abaixo de todos os recursos é uma ferramenta que, se


arrastada para cima, “desliga” os recursos abaixo dela e volta ao ponto que você
quiser na “Árvore de projetos”. Com a “Barra de reversão”, desligue os filetes.

Ao fazer isso, podemos ver que os filetes desaparecem da peça.

O que fizemos tem um nome correto, e é chamado de “Supressão”. Um recurso


desligado é um recurso “Suprimido” e um recurso ligado é um recurso “Não
suprimido”. Vamos utilizar mais esse conceito nas próximas lições.

Por hora, vamos solucionar o problema de inclinação da face. Para inclinar uma
face que não possui inclinação natural, temos um recurso que cria a mesma
inclinação.

217
Vamos selecionar o recurso chamado “Inclinação” que está na aba
“Recursos”:

Ao selecionar a ferramenta, veremos que ela se assemelha muito a ferramenta


de “Análise de inclinação”.

No seu campo de propriedades vamos adicionar um plano neutro, assim como


na análise de inclinação, em seguida, a direção da inclinação em função de uma
pequena seta, o valor da inclinação que queremos adicionar e um campo para
adicionarmos a face que sofrerá inclinação.

Uma vez configurado, teremos a seguinte condição:

218
Confirme o comando e arraste a “Barra de reversão”, para cancelar a
supressão dos dois filetes.

Com a ferramenta de “Análise de inclinação” vamos verificar novamente se


agora temos a inclinação mínima de “2,5°”.

Agora sim temos todo o modelo com a inclinação mínima desejada. Isso nos
leva para o próximo passo que é a criação da casca no modelo.

Clique no recurso de “Casca”, localizado na aba “Recursos”:

O recurso de “Casca” retira faces selecionadas e mantém uma espessura


constante ao longo de todo o modelo.

219
Em seguida, temos um modelo que serve para entendermos como o recurso
de casca funciona em função das faces que selecionamos:

Modelo original

Faces selecionadas Resultado final

Como foi dito, a casca retira a face selecionada e realmente cria uma casca de
espessura constante ao longo do modelo. Caso nenhuma face seja selecionada, o
modelo ficará simplesmente oco.

220
Clique no comando de “Casca”, vamos manter uma casca de “1,5 mm” e
selecionar a face inferior e a face do furo:

Ao confirmarmos o comando teremos o seguinte resultado:

Em volta de todo o modelo foi criada uma casca com espessura de “1,5 mm” e
as faces selecionadas foram retiradas.

221
Para criarmos a próxima parte da geometria, vamos precisar antes, criar um
plano novo.

Um plano é uma geometria de referência. As geometrias de referência ficam na


aba “Recursos > Geometria de referência > Plano”:

Veja o PropertyManager, temos três referencias para a criação do plano.

Para criar um plano, a quantidade máxima de referência são três pontos. Por
isso temos o limite de três referências.

Quando definimos dois pontos no espaço temos uma linha, ao definirmos três,
temos um plano. Mas não é necessário sempre utilizar três pontos. Podemos com
apenas uma referência definir um novo plano. Vejamos abaixo algumas condições de
criação de plano:

222
Três pontos:

Uma face e definindo uma distância:

223
Inclinado selecionando uma face, uma aresta e definindo o ângulo:

Duas faces criando um plano exatamente entre as duas faces:

224
Paralelo/tangente a uma face, marcando uma face plana e uma circular:

Normal à curva, selecionando uma linha e o ponto final dela. Este tipo de plano
é largamente utilizado para varreduras, onde temos o caminho, mas não temos
nenhum plano para criar o esboço.

225
A opção “Inverter normal”, alterna o sentido do plano.

Pode-se ver o efeito ao pressionar o atalho “Ctrl+8” selecionando o plano.

Ainda é possível criar uma sequência de planos equidistantes, utilizando a


opção “Número de planos a criar”. Essa ferramenta pode ser muito útil quando se
trabalha com o recurso Loft ou Limite que faz a interpolação de perfis.

226
Em nosso modelo atual vamos criar um plano afastado “4 mm” em relação a
face de baixo do modelo como mostra a imagem abaixo.

Simplesmente selecione a ferramenta “Plano”, clique sobre a face, determine


a distância e logo abaixo de onde colocamos o valor de “4 mm”, clique na opção
inverter, para que o plano se inverta e entre na peça.

O novo recurso de plano aparecerá na árvore de projetos e podemos editá-lo a


qualquer momento, caso seja nosso desejo, por exemplo: Modificar o plano para uma
distância de “4 mm” para “5 mm”.

Agora que temos um plano, podemos criar os esboços para nervuras a partir
dele.

Uma nervura se assemelha a um recurso fino, onde, a partir de uma linha,


temos material adicionado.

O comando de “Nervura” estende uma linha, ou outra geometria qualquer, aos


seus limites máximos. Por este motivo, o esboço de uma nervura normalmente não

227
passa de uma linha apenas com dimensões que a definam na posição, mas a sua
geometria é definida pelas opções que temos dentro do recurso.

Vejamos está extensão verificando o exemplo abaixo:

Temos um modelo de casca e um plano onde desenhamos apenas uma linha.

Quando criamos uma nervura, o modelo fica assim:

A nervura é criada estendendo a linha até ela bater nas paredes internas e até
o fundo da peça.

Em nosso modelo, vamos inserir um esboço novo no plano que acabamos de


criar e nele vamos fazer duas linhas.

228
Elas ficarão totalmente definidas, pois estão exatamente no meio das arestas
como é mostrado abaixo:

Feito o esboço, clique no comando de “Nervura”, que fica na aba “Recursos”.

229
Quando clicarmos sobre o comando de nervura, teremos o campo de
propriedades para preencher:

Modo de adição de material

Espessura da nervura

Direção da nervura
Sentido da nervura

Inclinação da nervura

Configure a nervura conforme é mostrado na imagem abaixo:

230
Agora que criamos a nervura, vemos que o plano que criamos inicialmente não
desapareceu.

Para ocultá-lo, vamos apenas clicar sobre ele, ou na árvore de projetos ou na


área de gráficos, e clicar sobre o ícone do comando “Ocultar”. Para eventualmente
exibir esse ou outro plano, basta clicar sobre ele na árvore de projetos e clicar no
mesmo ícone que agora exibirá o plano novamente.

Crie outra nervura, e para ela precisaremos de um novo plano. Clique


novamente no campo “Geometria de referência”, selecione as duas faces internas
do rebaixo e crie um plano médio:

231
Vamos criar um novo esboço neste plano. Mas agora, ao invés de desenhar
uma linha, vamos converter uma aresta.

A ferramenta de esboço “Converter entidades” é muito utilizada no


SOLIDWORKS para criar referências com entidades já existentes. Essas entidades
podem ser linhas, círculos ou qualquer outra entidade.

Para entender como essa ferramenta funciona, temos o seguinte exemplo:

Temos o seguinte triângulo pitagórico com dimensões 3, 4 e 5. Temos também


a frente dele um plano:

Criamos um esboço neste plano. Feito isso, selecionamos a aresta em


destaque na cor laranja na imagem abaixo:

232
Quando clicamos em “Converter entidades”, temos o seguinte resultado:

Uma linha com comprimento de 4 aparece totalmente definida

Isso ocorre porque se olharmos o modelo de frente (com o “Ctrl+8”). Temos


exatamente a visão daquela linha convertida.

Este conceito é largamente utilizado para criar cortes e peças em montagens.


Um tipo de modelamento que chamamos de “modelamento em contexto”. Este é o
melhor método para criação de modelos paramétricos, pois em função de uma única
peça podemos modificar toda montagem. Este tipo de modelamento é visto no curso
de montagens avançadas.

233
No nosso modelo, clique apenas na aresta em destaque e vamos clicar na
ferramenta “Converter entidades” na aba “Esboço”.

Automaticamente, aparecerá uma pequena linha no meio do modelo.

Arraste cada um dos pontos da linha para que ela fique do lado em que não
temos nenhuma nervura:

234
Então crie a nervura do mesmo modo que as anteriores, porém, preste atenção
na direção e no sentido do material a ser adicionado.

Agora, vamos apenas arredondar as nervuras com o filete redondo, onde cada
uma das nervuras deverá ser feita de forma independente.

Temos então o modelo finalizado com as nervuras arredondadas.

235
7.4 Exercício 24

Desenvolva o modelo abaixo:

236
7.5 Exercício 25

Desenvolva o modelo abaixo:

237
7.6 Exercício 26

Desenvolva o modelo abaixo:

Dica: Não é necessário utilizar o recurso “Filete” para criar o raio interno.

238
7.7 Exercício 27

Desenvolva o modelo abaixo. O desenho possui duas páginas, atenção:

239
240
7.8 Desafio 05

Desenvolva o modelo abaixo:

241
7.9 Desafio 06

Desenvolva o modelo abaixo:

242
7.10 Desafio 07

Desenvolva o modelo abaixo:

243
8 LIÇÃO 08 – CORREÇÃO DE ERROS

Após a conclusão bem-sucedida desta lição, você estará preparado para:

• Diagnosticar vários problemas em uma peça.

• Reparar problemas de geometria do esboço.

• Usar a barra de reversão.

• Reparar relações e dimensões pendentes.

• Usar o FeatureXpert para reparar problemas de filete.

• Use o FilletXpert para adicionar filetes.

244
8.1 Erros no SOLIDWORKS

Quando falamos de erros dentro do SOLIDWORKS, não estamos falando de


erros de instalação ou de Software. O que possivelmente vai acontecer, com qualquer
engenheiro/projetista, são os erros de modelamento paramétrico.

Estes erros aparecem quando o SOLIDWORKS não consegue criar uma


geometria ou perde referências de esboço e recurso.

Para estes problemas, vamos começar com um modelo cheio de erros e vamos
corrigi-lo passo a passo.

8.2 Modelo de estudo

Nesta lição, vamos corrigir um modelo até que ele fique como o mostrado
abaixo:

245
8.3 Identificando os erros

Primeiramente, vamos abrir o modelo “Erros de reconstrução”.

Ao fazer isso, já aparecerá a seguinte mensagem:

A Reconstrução de um documento, basicamente, é o processo que o


SOLIDWORKS gera quando ele lê e refaz todo o modelo. Este processo garante que
todas as modificações feitas sejam realmente aplicadas e vejamos sempre o modelo
em sua última condição de construção. Portanto, podemos pedir para “Reconstruir”
o modelo.

Na sequência, outra janela aparecerá.

A janela “O que está errado?” Exibe todos os erros que temos dentro do
modelo:

246
Mas, visualizar todos os erros de uma única vez pode ser inclusive um pouco
confuso, mesmo para quem tem mais experiência com o software. Vamos então clicar
em “Fechar” e ver o tamanho do problema que temos nas mãos, passo a passo.

Agora temos o SOLIDWORKS mostrando uma janela em vazio e uma árvore


de projetos com muitos “Erros”:

Veremos, ao longo desta lição, que teremos os seguintes tipos de problemas:


Os “Erros abaixo”, “Erros”, “Avisos abaixo” e “Avisos”.

O “Erro abaixo” é uma seta branca em um círculo vermelho. Ele simplesmente


quer dizer que abaixo dele existe um “Erro”. Este símbolo pode ser visto ao lado do
nome da peça na parte mais alta da árvore de projetos ou em montagens.

O “Erro” é representado como um X branco em um círculo vermelho. Um erro


ocorre quando pedimos para o SOLIDWORKS criar uma geometria e ela não é criada.
Por exemplo, pedir um “Ressalto/base extrudado” e nada aparecer. Se o comando
foi solicitado, mas ele efetivamente não acontece, temos um erro.

247
O “Aviso abaixo” é uma seta preta em um triângulo amarelo. Ele simplesmente
quer dizer que abaixo dele existe um “Aviso”. Este símbolo pode ser visto ao lado do
nome da peça na parte mais alta da árvore de projetos, caso não exista mais nenhum
“Erro” ou em montagens.

O “Aviso” é representado como um símbolo de exclamação preto em um


triângulo amarelo. Um aviso ocorre quando um esboço perde alguma referência. Por
exemplo, colocamos uma relação de “Paralelo” entre uma linha de esboço e uma a
resta do modelo. Se esta aresta do modelo desaparecer, a linha não terá mais com
quem ser paralela e um aviso de que algo está errado aparecerá. Mas a linha ainda
existe, então o recurso é criado normalmente. Este é o tipo de problema mais comum
no SOLIDWORKS.

8.4 Correção do modelo

Para corrigir o modelo, vamos primeiro pensar no modo como a árvore de


projeto está:

248
Temos apenas uma primeira extrusão e depois recursos de casca, corte,
padrão circular e filete. Para criar uma casca, um corte, um padrão circular de algo ou
um filete, precisamos de um primeiro corpo.

Se não temos o que cortar, o corte não pode existir. Eis que temos, então
podemos chegar a uma hipótese:

Todos os outros “Erros” acontecem porque o primeiro recurso não aconteceu.

Lembrando que um erro ocorre quando um recurso não acontece. Como o


recurso de corte não encontrou nada para cortar, ele não aconteceu. Isso vale para a
casca e para os demais.

Vamos ver se isso é verdade corrigindo o primeiro erro.

O melhor método é corrigir os problemas de cima para baixo, na ordem em que


os recursos foram criados.

Para nós auxiliar nesse processo, vamos subir a “Barra de reversão”


mantendo apenas o primeiro recurso ativo:

Assim, podemos isolar um erro de cada vez e ir corrigindo o modelo com calma.

Agora queremos ver qual o problema com o recurso “Ressalto-extrusão1”.


Para isso, clique com o botão direito do mouse sobre o recurso em questão e
selecione o campo “O que está errado?”.

249
Ao clicar no comando, ao invés de aparecer uma janela com todos os erros,
uma janela aparecerá com a seguinte mensagem:

Vemos que o SOLIDWORKS insere uma descrição dizendo que “O esboço


não pode ser usado pois um ponto final é compartilhado erroneamente”.

Isso quer dizer que o recurso não foi criado porque existe um problema no
esboço. Portanto, vamos fechar esta janela e editar o esboço com problema.

Abra a chave na frente do recurso “Ressalto-extrusão1”, clique sobre o


“Esboço1” com o botão direito do mouse e selecione a opção “Editar esboço”, como
é possível ver abaixo:

250
Agora podemos ver a geometria do esboço e ver que ele está subdefinido. Um
esboço subdefinido não é necessariamente motivo do erro. Mas ele pode muitas vezes
nos dar uma dica do possível erro.

Antes de realizar qualquer movimento no modelo, vamos apertar a tecla “F”


para ajustar todo o esboço na nossa tela.

251
Veremos que o esboço se afasta consideravelmente, e aparecerá um pequeno
ponto azul na parte superior da área de gráficos.

Este ponto é uma pequena linha perdida no modelo. Eventualmente ela pode
ter sido criada sem querer por um clique descuidado do usuário durante uma edição
do modelo. Vamos abrir uma janela de seleção clicando na área de gráficos e abrindo
uma janela que envolva a pequena entidade. Abrir esta janela da direita para a
esquerda, ou da esquerda para a direita, reflete em uma pequena diferença.

Da direita para a esquerda, uma janela verde aparecerá e ela seleciona


qualquer entidade que tocar; já da esquerda para a direita, uma janela azul aparecerá
e ela selecionará apenas o que ela envolver. Neste caso, ambas são funcionais.

Ao selecionar a entidade, clique em “Delete” para apagar a mesma.

Mas ainda não corrigimos o modelo totalmente. Vemos que o esboço ainda
está subdefinido. Podemos, na maioria das vezes, enxergar pequenos pontos azuis
na geometria, então chegar até eles e corrigir o problema. No modelo abaixo,
podemos apenas dar um “Zoom” na região em destaque e entre os dois pontos azuis
adicionar uma relação de “Mesclar”.

252
Se apertarmos o “F” novamente veremos o modelo aparentemente correto,
mas ainda subdefinido como podemos confirmar pela nota no rodapé do
SOLIDWORKS.

E dessa vez, visualmente não estamos encontrando nada em azul, que por
padrão, seria uma entidade subdefinido.

Para encontrar esta entidade, clique com o botão direto do mouse na área
gráfica e selecione a opção “Definir totalmente esboço”.

253
Esta ferramenta originalmente surgiu como uma sugestão para definir
totalmente um esboço de forma rápida, mas hoje em dia a utilizamos com muito mais
frequência, para encontrar entidades “perdidas”.

No campo de propriedades da ferramenta vamos nos atentar ao campo de


dimensões. Esta ferramenta adiciona dimensões nas entidades sub definidas em
função de um ponto fixo. No nosso caso, como é mostrado abaixo, esta entidade será
o ponto de origem:

254
Ao clicar em “Calcular”, e confirmado o comando, teremos a seguinte imagem:

Podemos ver que duas dimensões apareceram no esboço. Elas saem da


origem e vão para algum local em comum. Vamos dar um “Zoom” na região para
onde as dimensões apontam e encontrar o nosso problema:

255
Existe uma linha muito pequena naquele canto. Não são raras as vezes em que
pequenas linhas são inseridas acidentalmente. Com o tempo, o usuário sabe quando
isso ocorre e já elimina a entidade no mesmo instante. Mas, para quem está
começando, é bem provável que isso acontece algumas vezes.

Selecione a mesma linha que está em destaque na imagem acima e clique em


“Deletar”. Por estarmos deletando as linhas e as duas respectivas dimensões junto,
a seguinte mensagem aparecerá. Clique em sim e a entidade será deletada sem
problemas.

Agora o esboço está totalmente definido e não temos nada fora do comum.

Clique em confirmar esboço. Um primeiro modelo já aparecerá, o símbolo de


“Erro” do recurso “Ressalto-extrusão1” terá desaparecido e até mesmo os ícones
da árvore de projeto ficarão diferentes.

256
Isso não prova que pelo simples fato de termos criado o primeiro recurso, todos
os outros estejam arrumados. Mas não é difícil que isso aconteça. Normalmente, tanto
para os erros, como para as suas soluções, o “Efeito dominó” é facilmente
observado no SOLIDWORKS. Mas no nosso caso, como este arquivo foi desenvolvido
com o intuito de aprendermos a corrigir erros, podemos esperar mais problemas dele.

Vamos baixar mais um recurso pela “Barra de reversão” e veremos que não
temos problema com o recurso de casca. Portanto, vamos baixar mais um recurso.
Agora vemos que existe um “Aviso”.

O furo foi construído, mas existe alguma referência faltante. Para descobrir qual
o problema, vamos clicar com o botão direito do mouse sobre o esboço e clicar no
comando “O que está errado?”. A seguinte mensagem aparecerá:

257
A mensagem diz que o plano onde o esboço foi feito não existe mais. Portanto,
temos que de algum modo encontrar um plano para este esboço.

Clique com o botão direito sobre o esboço na árvore de projetos e clique sobre
a opção “Editar plano de esboço”:

Ao clicar neste campo, teremos a seguinte visualização:

258
Podemos ver em vermelho na área de gráficos que existia um plano que
desapareceu. Provavelmente o plano foi excluído e agora também podemos ver no
campo de propriedades destacado pela cor bege escura, o comando diz claramente
que falta um plano. Esta cor bege é a cor padrão de representação de perda de
referências no SOLIDWORKS.

Como falta um plano, vamos apenas definir uma nova face/plano para este
esboço.

Apenas clique com o mouse sobre a face que está em destaque em azul abaixo,
verifique que onde tínhamos a cor bege e a indicação de falta de um plano agora está
azul e mostrando a face que selecionamos.

Confirme o comando e veja na árvore de projetos que o “Aviso” desapareceu.

Baixe mais um recurso pela barra de reversão e veremos outro “Aviso”.

Clique com o botão direito sobre ele e novamente na opção “O que está
errado?”. Teremos a seguinte mensagem:

259
A mensagem “Este esboço contém dimensões ou relações com a
geometria do modelo que não existem mais”, é a mensagem mais comum de todas
dentro do SLIDWORKS durante um modelamento de peças.

Vamos editar o esboço, pressionar “Ctrl+8” e ver se encontramos algo errado:

É claramente visível que existe algo errado pelo simples fato da cor em que se
apresenta a dimensão de “70mm” ser o mesmo bege que vimos anteriormente. Como
foi comentado, por padrão esta é a cor em que o SOLIDWORKS apresenta falta de
referência.

Se selecionarmos a dimensão, veremos que em uma de suas extremidades


existe um ponto vermelho.

Arraste esse ponto vermelho até a aresta superior do modelo:

260
A dimensão se atualizará em função da diferença entre a aresta original e a
aresta nova.

Como queremos manter a distância de “70mm”, clique duas vezes sobre a


dimensão atual e a modifique para “70mm”.

Feito isso confirme o esboço.

261
Continue descendo a “Barra de reversão”. Vamos descer dois recursos sem
problemas até chegarmos ao “Corte-extrusão4”. Novamente vamos clicar com o
botão direito sobre o recurso e clicar sobre o comando “O que está errado?”.

Veremos exatamente a mesma mensagem do “Aviso” anterior. Como foi dito,


esta é a mensagem mais comumente encontrada.

Novamente, vamos editar o esboço.

Ao fazer isso vamos ver que temos dois círculos com a mesma cor bege. O que
nos faz crer que o problema seja com eles.

Para vermos as relações de esboço que existem neles vamos pedir para que o
SOLIDWORKS exiba as relações de esboço:

262
Agora vemos ao lado de cada círculo um símbolo diferente:

Um é o símbolo de “Corradial”, o outro é o símbolo de “Concêntrico”.


Podemos identificá-los pela dimensão que está adicionada em um dos círculos. Como
uma relação de “Corradial” diz que um círculo é idêntico a outro tanto na posição
quanto no valor do diâmetro, não faz sentido ter mais uma dimensão controlando seu
diâmetro.

Para corrigir este esboço, vamos realocar as relações de esboço. Podemos


fazer isso de uma maneira mais “elegante” e de uma maneira mais prática.

Vamos utilizar o método mais elegante para corrigir o modelo círculo que
perdeu a relação de “Corradial”.

Clique sobre o comando “Exibir/excluir relações”.

263
Teremos então, no campo de propriedades, a seguinte janela:

Todas as relações de esboço são listadas nesta janela.

O primeiro campo é uma janela de seleção para exibir relações e dimensões


de esboço em condições específicas. Vamos modificar o campo de seleção para
“Pendente”. Serão exibidas as relações que estão sem referência, ou seja,
pendentes.

Clique sobre a relação “Corradial”, e no campo mais baixo das propriedades


encontraremos um campo chamado Substituir, com uma caixa vazia logo a sua frente.
Clique sobre a caixa vazia e em seguida clique sobre a aresta do furo, que está
destacado em azul. Veja estes campos na imagem abaixo:

264
Feito isso, clique em “Substituir”. A relação de “Concentricidade” vai
desaparecer da janela superior, mas ela não foi excluída. Ela simplesmente não está
mais pendente, então saiu desta janela filtrada. Se voltarmos para o campo “Todas
neste esboço”, veremos a relação sem a cor bege em volta.

Confirme o comando e veremos que um dos círculos ficou totalmente definido.


Ele agora está “Corradial” com o círculo a frente.

Vamos agora deixar o círculo que está com problema na relação


“Concêntrico”. Vamos fazer isso da maneira mais prática.

Clique sobre o símbolo de “Concêntrico” ao lado do círculo que está na cor


bege e aperte a tecla “Delete”. O modelo perderá aquela relação e então podemos
adicionar outra.

265
Clique sobre o círculo e sobre a aresta em destaque, ambas em azul na imagem
abaixo, e adicione a relação de “Concêntrico” entre elas:

Dessa forma não temos que navegar entre diversas janelas para retirar ou
corrigir uma relação.

Confirme o esboço e vamos arrastar a barra até o final da árvore de projetos.

Sobre o recurso de filete, clique com o botão direito do mouse e clique em “O


que está errado?”. A seguinte mensagem aparece:

266
Falhas de criação de filete podem acontecer por diversas situações. Veremos
mais algumas nesta lição, mas neste caso o problema é o tamanho do raio. O valor
dele foi especificado como “30mm”, e na verdade precisamos de um raio de “20mm”.

Clique com o botão direito do mouse sobre o recurso de filete e selecione o


ícone da opção “Editar recurso”:

Por fim, edite a dimensão para “20mm” e confirme o comando.

O resultado é o modelo sem erros.

Podemos ver que, na medida em que fomos trabalhando na árvore de projetos,


deixamos diversas chaves abertas exibindo os esboços. Normalmente deixamos
todas as chaves fechadas para que o modelo fique visualmente mais agradável.

Para fazer isso de maneira mais rápida, utilize as teclas de atalho “Shift+C”:

Feito isso, podemos salvar e fechar este modelo.

267
8.5 Ferramentas Xpert

Vamos abrir outro arquivo de peça chamado “Xperts1”.

O modelo também terá erros.

Apenas feche as janelas de erros e vamos editar o “Esboço2”.

É possível ver que ele está “Totalmente definido”. Vamos deixá-lo


“Sobredefinido”.

A sobre definição de um esboço ocorre quando adicionamos muitas


informações para ele resolver. Na verdade, informações em duplicidade. Quando um
esboço já está totalmente definido e tentamos forçar alguma condição diferente.

Para fazer isso, vamos adicionar uma dimensão a este círculo central.

Ao clicarmos sobre o círculo, e depois clicarmos novamente para adicionar a


dimensão, somos surpreendidos pela seguinte janela:

268
Ela já diz que se adicionarmos esta dimensão o modelo se tornará
“Sobredefinido”, e sugere que criemos uma “Dimensão acionada”. Isso seria uma
dimensão apenas para referência.

Mas, como queremos forçar a condição errada, vamos marcar a opção inferior
“Deixar esta dimensão como acionadora” e clicar em “OK”.

Feito isso, o modelo ficará como mostra a imagem abaixo:

Clique sobre o pequeno campo de rodapé escrito “Sobredefinido”.

Ao fazer isso, iniciamos uma das ferramentas “Xpert” do SOLIDWORKS,


chamada “SketchXpert”. Ela ajuda a corrigir erros de esboço “Sobredefinido”. Ao
selecionar a ferramenta, o seguinte campo de propriedades aparecerá no lado
esquerdo da tela:

269
Vamos clicar em “Diagnóstico”. Assim, o “SketchXpert” sugere alternativas
para que o esboço fique totalmente definido e sem conflitos.

Podemos ver as soluções sugeridas clicando nas setas do campo


“Resultados”. Na solução “1 de 3” uma tangência será retirada e assim poderemos
editar a dimensão do círculo.

Sendo assim, clique em aceitar e confirme o comando.

Modifique a dimensão para “20mm” e veremos que não existe problema no


modelo.

270
Confirme o esboço e vamos verificar o próximo problema.

Vamos seguir a mesma receita e sobre o “Filete1”, clicaremos com o botão


direito e abrir a janela “O que está errado?”, caso a mesma não tenha sido aberta
automaticamente quando confirmamos o esboço:

Mas agora, vamos clicar sobre uma opção chamada “FeatureXpert”. Ele ajuda
a resolver conflitos de sequências de criação de recursos. Neste caso, temos dois
filetes com raio de “5mm” sendo adicionados em um desvio de “6mm”. O
SOLIDWORKS não consegue criar este recurso de uma única vez. Mas se criássemos
este recurso em dois filetes separados, não teríamos problemas. A ferramenta
“FeatureXpert” vai exatamente desmembrar este recurso em dois e criar mais um
recurso de filete na árvore de projetos.

Clique no botão “FeatureXpert” e confira o resultado:

271
Concluído o modelo, podemos fechá-lo.

Vamos conhecer mais duas ferramentas “Xpert”. Para isso, abra o arquivo de
peça “Xperts2”.

A próxima ferramenta “Xpert” que vamos utilizar é o “FilletXpert”.

Para ativá-la, vamos apenas selecionar o recurso de Filete e vamos clicar no


campo “FilletXpert”, como mostra a imagem abaixo:

272
A ferramenta de “FilletXpert” consiste apenas em uma ferramenta para
facilitar a seleção de diversas arestas, em peças que possuem certa simetria.

No nosso caso, vamos criar um filete com raio de “2mm”.

Clique na aresta que na imagem abaixo aparece em azul. Mas ao clicar, não
vamos movimentar o mouse e veremos que aparecerá uma janela flutuante, acima do
mouse. Se passarmos o mouse sobre os botões que apareceram, podemos ver as
sugestões de seleção que o SOLIDWORKS nos dá. Em seguida clique no 2º campo,
como mostra a imagem:

273
Uma vez selecionadas estas arestas, clique no campo “Aplicar”, que fica logo
abaixo de onde especificamos o raio.

O comando não se fecha, mas podemos ver que o filete foi inserido. Vamos
modificar a dimensão de alguns dos filetes. Para isso, dentro do campo de
“FilletXpert” existe uma segunda aba, chamada “Alterar”.

Clique na aba “Alterar”, coloque um valor de raio de “7mm”. Então clique


sobre um dos filetes já existentes da parte interna, e na mesma janela flutuante que
aparece ao lado do mouse selecione a primeira opção.

Dentro do comando do “FilletXpert”, clique sobre o comando


“Redimensionar” e veremos que apenas o filete selecionado sofreu modificação.
Esta função poderia ser utilizada para remover estes filetes, caso fosse essa a nossa
necessidade.

Confirme o comando.

A nossa última ferramenta “Xpert” é o “DraftXpert”. Ele é utilizado para


adicionar inclinação em faces do modelo, do mesmo modo que a inclinação normal,
mas ele utiliza juntamente a ferramenta de “Inclinação”, “Análise de inclinação” e
o “FeatureXpert”. Vamos ativá-lo indo na ferramenta “Inclinação” e clicando na
opção "DraftXpert".

274
Dentro das propriedades dele, vamos fazer exatamente como na ferramenta de
inclinação.

Selecionaremos a face inferior como “Plano neutro”, verifique se a seta de


direção de extração aponta para a peça, defina “2°” de inclinação, selecione 2 faces
planas aleatórias do modelo que estão destacadas em azul claro e habilite a
ferramenta “Pintura automática” como mostra a imagem abaixo:

Com estas configurações, podemos “Aplicar” a inclinação e confirmar o


comando.

Ao olharmos a árvore de projetos, podemos ver que a inclinação foi adicionada


antes de um dos recursos de “Filete” que acabamos de fazer. O DraftXpert faz isso
sozinho porque reconhece em qual ponto da árvore de projetos a inclinação pode ser
feita sem gerar erros. E podemos adicionar inclinação apenas em faces específicas.
Pois quando adicionamos inclinação em um corte ou em uma extrusão, não podemos
especificar se queremos ignorar inclinação em alguma face.

Temos, enfim, este modelo finalizado.

275
8.6 Exercício 28

Abra a peça “Exercício 28”, e corrija a mesma, para que fique igual a
imagem abaixo:

276
8.7 Exercício 29

Abra a peça “Exercício 29”, e corrija a mesma, para que fique igual a
imagem abaixo:

277
8.8 Exercício 30

Abra a peça “Exercício 30”, e corrija a mesma, para que fique igual a
imagem abaixo:

278
9 LIÇÃO 09 – MODIFICAÇÕES DE MODELO

Após a conclusão bem-sucedida desta lição, você estará preparado para:

• Entender como as técnicas de modelagem influenciam a capacidade de


modificar uma peça.

• Utilizar todas as ferramentas disponíveis para editar e fazer alterações em uma


peça.

• Usar o comando “Contornos de esboço” para definir o formato de um recurso.

279
9.1 Modificações de projeto

Nesta lição, iremos nos preocupar em modificar um projeto. Vamos abrir uma
peça e deixá-la como sugere a imagem abaixo:

O grande desafio de modificar este modelo é evitar erros de reconstrução e


conseguir criá-lo sem excluir ou adicionar nenhum recurso e nenhum esboço.

9.2 Modificando o modelo original

Vamos começar esta lição abrindo o modelo “Modificar projeto”.

Veremos então um modelo feito através de 5 recursos. Duas extrusões, um


filete e dois cortes extrudados. O modelo final possui exatamente os mesmos recursos
com os mesmos nomes, mas em posições diferentes.

Para verificarmos isso, vamos ver abaixo uma comparação entre os modelos e
as duas árvores de projeto:

280
Modelo original Modelo modificado

Árvore do modelo original Árvore do modelo modificado

Ignorando as dimensões, por enquanto, vemos que cada recurso existente no


modelo original existe também no modelo modificado, mas a sequência deles não é
exatamente a mesma.

Isso acontece porque podemos reorganizar a árvore de projeto, se seguirmos


uma simples condição.

Esta condição é respeitar a relação entre “Recursos Pai” e “Recursos Filho”.

A relação nada mais é do que uma simples lógica que podemos trazer para a
vida real. “É impossível um filho nascer antes de seu pai”.

281
Dentro do SOLIDWORKS temos recursos que dependem uns dos outros.
Vimos que isso é válido para erros. O mesmo ocorre quando pensamos na sequência
de criação deles. Mas, nem sempre apenas pelo fato de um recurso vir após o outro
quer dizer que o anterior é o pai dele e nem que o recurso seguinte será um filho.

Vamos começar a entender esta relação objetivando o desafio de colocar o


recurso “Ressalto-extrusão2” como último recurso na árvore de projetos.

Para reorganizar um recurso, vamos clicar sobre ele e literalmente arrastá-lo


abaixo de um recurso subsequente, como vemos na imagem abaixo. Ao segurar um
recurso e arrastá-lo sobre outro, o recurso que está sendo arrastado será alocado
abaixo do que fica em destaque:

Arraste o recurso “Ressalto-extrusão2” abaixo do recurso “Filete1”, como na


imagem anterior.

Por enquanto, nada mudou no modelo, mas ao arrastarmos o “Ressalto-


extrusão2” para baixo do “Corte-extrusão1”, já veremos que o modelo se reconstrói
de modo diferente:

282
Quando o modelo se reconstrói, o SOLIDWORKS na verdade recria cada um
dos esboços e recursos para eventualmente atualizar a peça, uma montagem ou um
desenho 2D.

Podemos forçar uma reconstrução utilizando as teclas de atalho “Ctrl+B” ou


clicando sobre o pequeno semáforo localizado no canto superior direito da barra de
ferramentas:

A reconstrução, por mais rápida que seja, demora certo tempo para reler um
arquivo de peça. Podemos verificar o tempo de cada um dos recursos clicando sobre
o comando “Avaliação de desempenho”, que está na aba “Avaliar”:

Dentro deste comando podemos ver a quantidade de recursos que temos nesta
peça (contando os esboços), o tempo de reconstrução total e individual:

283
Feche a janela do comando “Avaliação de desempenho”.

Voltando ao nosso modelo, vemos que temos uma continuação do recurso


“Ressalto-extrusão2” para baixo do modelo. Isso pode ser notado facilmente
selecionando o “Esboço2” na árvore de projetos, assim podemos ver que o esboço
foi criado na face superior do modelo, mas o material da extrusão foi adicionado tanto
para cima e quanto para baixo.

Isso aconteceu porque a “Direção 1” da extrusão foi aplicada com a condição


passante. A extrusão segue até onde houver material. E a extrusão está um pouco
afastada do modelo, pois temos um campo específico que permite que o início de uma
extrusão seja diferente do plano aonde ele foi criado. Este campo chama-se “De”:

Agora que entendemos o motivo do modelo possuir tal geometria, vamos tentar
finalmente arrastar o recurso “Ressalto-extrusão2” para a última posição na árvore.

Ao tentarmos fazer isso, veremos que o símbolo de movimentação de recurso


aparecerá com um círculo preto com uma tarja:

284
Tivemos que chegar até aqui para descobrir que o recurso “Ressalto-
extrusão2” é pai do recurso “Corte-extrusão2”. Mas existe uma maneira mais
simples de chegarmos a esta conclusão.

Podemos apenas clicar sobre o recurso “Ressalto-extrusão2” com o botão


direito e selecionar a opção “Pai/filho”:

Ao clicar sobre esta opção, teremos a seguinte janela:

Nela podemos ver claramente quais são os pais e os filhos de cada recurso. E
dentro do campo filhos, encontramos o “Corte-extrusão2”.

285
A questão que temos que solucionar agora é a seguinte:

O que impede que o recurso “Ressalto-extrusão2” fique abaixo do “Corte-


extrusão2”?

Para responder essa questão, temos que investigar o recurso filho e retirar as
relações que ele possua com o seu respectivo pai.

Vamos iniciar investigando o recurso propriamente dito, editando o “Corte-


extrusão2”:

Podemos ver que o recurso é apenas um corte extrudado comum com a


condição passante nas duas direções, portanto, a relação de vínculo que estamos
buscando não está no recurso.

Na sequência, vamos ver qual é o “Plano de esboço”. Caso o plano/face em


que o esboço esteja feito, seja relacionado com o recurso pai, encontramos a nossa
relação:

286
Vemos que o plano no qual o esboço foi inserido, é o plano direito. Como
sabemos o plano direito é um dos planos padrão do SOLIDWORKS. Então, ele não
está vinculado com a relação existente com o pai do corte.

Por fim, vamos verificar o esboço editando-o:

287
Vemos claramente que a dimensão de “30 mm” está sendo relacionada com
o “Ressalto-extrusão2”. Está é a relação que procurávamos.

Para retirar a dimensão e manter o esboço totalmente definido, podemos excluir


a dimensão e adicioná-la novamente em função de outra aresta. Mas neste caso,
veremos uma alternativa que já conhecemos.

Vamos selecionar a dimensão e assim como fizemos para realocar a dimensão


com erro na lição anterior, vamos apenas arrastar a ponta da dimensão que está no
“Ressalto-extrusão2”:

A dimensão se modificará para “20mm” e se referenciará no vértice ou arestas


em que a arrastamos.

Feito isso, confirme o esboço.

Antes de tentarmos arrastar o “Ressalto-extrusão2”, vamos novamente clicar


sobre ele com o botão direito do mouse e clicar na opção “Pai/filho”:

288
Podemos ver que temos apenas o próprio recurso “Ressalto-extrusão2” como
filho. Isso basicamente quer dizer que se nós o deletarmos, ele vai desaparecer, pois
ele precisa de si mesmo para existir. É um pouco redundante, mas evita possíveis
enganos.

Isso significa que agora podemos fechar esta janela e arrastar o recurso
“Ressalto-extrusão2” para baixo pela última vez. Feito isso, ele será criado depois
de todos os cortes e não sofrerá nenhum tipo de intervenção em sua geometria.

Temos também uma outra forma de visualizar as referências pai/filho. A


“Visualização de referência dinâmica”, onde permite visualizar as relações entre os
itens na árvore de projetos do FeatureManager. Ao posicionar o ponteiro sobre um
recurso com referência na árvore de projeto do FeatureManager, setas são exibidas
mostrando as relações pai/filho.

No nome do arquivo na arvore de projetos, clique com o botão direito do mouse


e selecione Visualização de referência dinâmica pai e depois filho.

289
Se uma referência não puder ser exibida porque um recurso não é expandido,
a seta aponta para o recurso que contém a referência e ela aparece em uma caixa de
texto a direita da seta.

Uma referência visível Todas as referências visíveis

Para concluir o modelo temos, por fim, que modificar algumas dimensões.

O SOLIDWORKS possui uma ferramenta muito prática para a edição de


dimensões de forma dinâmica chamada “Instant3D”. Esta ferramenta está na aba
“Recursos”, como mostra a imagem abaixo:

290
Diferente de outras ferramentas, o fato do “Instant3D” estar ativo não abre
uma janela. O que muda quando habilitamos o “Instant3D” só pode ser visto quando
clicamos sobre a face de uma peça ou sobre o esboço de um recurso:

“Instant3D” desabilitado “Instant3D” habilitado

Todas as dimensões relacionadas a face selecionada são exibidas.

As dimensões que são provenientes de esboço aparecem na cor preta, e as


dimensões provenientes de um recurso, como uma extrusão, são apresentadas na
cor azul.

É possível ainda, selecionar um esboço individualmente para apresentar


somente as suas respectivas dimensões.

Podemos aumentar e diminuir as dimensões do modelo apenas segurando e


arrastando um pequeno ponto azul próximo ao valor da cota. Ao arrastarmos este
ponto, veremos uma régua aparecer. Se trabalharmos com o mouse acima dela, o
SOLIDWORKS já começa a dar novas dimensões com valores arredondados.

291
Caso seja de nosso desejo controlar valores mais precisos com essa
ferramenta, como décimos de milímetro, basta dar “Zoom” maior antes de arrastar a
dimensão. Veja abaixo a escala da régua modificando a mesma dimensão de “40mm”
com pouco “Zoom” e com muito “Zoom”:

Pouco “Zoom” Muito “Zoom”

292
Do lado direito, o “Zoom” é tão grande que nem conseguimos ver a peça, já
que estamos muito próximos da cota. Mas o importante é ver a diferença da escala
entre as duas réguas.

Apenas clicando sobre as faces do modelo e utilizando o “Instant3D”, vamos


modificar as dimensões do modelo conforme a tabela abaixo:

Face de seleção Dimensão original Dimensão final

293
Após realizar estas modificações teremos o modelo de acordo com o desenho
que apresentamos no início da lição.

Essa ferramenta de edição dinâmica de dimensões também está disponível


dentro dos esboços, onde é indicada como “Instant2D”. Diferentemente do
“Instant3D”, para utilizá-la num esboço não é necessário clicar sobre nenhuma face,

294
visto que dentro de um esboço não existem faces. Dessa forma é preciso apenas que
as dimensões estejam visíveis.

Edite o “Esboço1” e habilite a ferramenta, que está disponível na aba


“Esboço”:

Veja que também podemos alterar as dimensões arrastando das esferas. Não
altere os valores:

Outra funcionalidade dessa ferramenta é a edição rápida da dimensão ao clicar


apenas uma vez com botão esquerdo do mouse sobre os algarismos da dimensão.
Veja que é apresentada uma pequena janela para editarmos seu valor:

295
Quando o “Instant2D” está habilitado e for necessário apenas selecionar a
dimensão, isso deve ser feito clicando sobre a linha de cota ou uma das linhas
auxiliares, pois se clicarmos na cota será a janela de edição será exibida. Vale
ressaltar que essa função de edição rápida também é uma característica do
“Instant3D”.

Com o modelo abaixo finalizado, salve e feche o arquivo.

296
9.3 Seleção de áreas e contorno

Foi comentado no início da apostila que é importante desenhar um esboço


fechado para que não tenhamos problemas, lembrando da analogia com uma folha
de papel que será cortada.

Mas o SOLIDWORKS é muito flexível quanto ao desenho do esboço e embora


seja um método alternativo de utilização de esboço, nem sempre é aconselhável
utilizar este método.

Vamos primeiramente abrir o arquivo de peça “Seleção de contorno”.

É possível ver que temos apenas um esboço com muitos perfis desenhados
nele. Pelo conceito que nos orientou até o momento, este esboço estaria
completamente errado do ponto de vista operacional.

Mas vamos insistir na utilização deste esboço para criar não um, mas três
recursos distintos.

297
Clique no esboço e em seguida no comando de “Ressalto/base extrudado”.
Dependendo de qual entidade do esboço você clicou, a imagem abaixo pode aparecer
diferente:

O que temos aqui é uma “Seleção de contorno”. Podemos ver um novo


campo do lado esquerdo no campo de propriedades exatamente com este nome:

Vamos desmarcar o que estiver dentro da caixa de seleção clicando com botão
direito do mouse dentro da caixa, e selecionando a opção “Limpar seleções”:

298
Agora, podemos simplesmente passar o mouse sobre o esboço e ver as
diversas seleções que podemos fazer:

Contorno Região

299
Este modo permite a seleção tanto de um contorno como de uma região. É
possível fazer seleções múltiplas, aonde temos dentro da caixa de seleção contornos
e áreas compartilhadas. Isso pode ser feito desde que nenhum conflito seja gerado.

Vamos criar uma peça inteira utilizando este método, mas lembre-se de que
normalmente é muito mais difícil desenhar e selecionar um esboço deste tipo do que
criar esboços individuais para cada recurso. Mesmo porque é mais fácil editar esboços
individuais do que um esboço complexo como este.

Selecione o contorno e criar uma extrusão com “30 mm” em “Plano médio”,
como vemos na imagem abaixo:

Confirme o comando.

Feito isso, o esboço é absorvido na extrusão que fizemos. Mas como vamos
reutilizar este mesmo esboço, abra a chave da extrusão na árvore de projetos que
acabamos de criar, e clique sobre ele, assim como sugere a imagem seguinte.

300
Na sequência, clique sobre o comando “Ressalto/base revolucionado” e crie
uma revolução seguindo as especificações abaixo:

Repita o mesmo passo anterior, mas com o recurso “Corte por revolução”
seguindo como referência a imagem a seguir:

301
Feito isso, podemos ver o resultado do modelo conforme mostra a imagem
seguinte:

É interessante verificar na árvore de projetos que o símbolo do esboço também


se modificou.

O símbolo novo nos diz que temos um recurso que utilizou o esboço com a
ferramenta de “Seleção de contorno”. Como o esboço é utilizado em mais de um
recurso, também temos uma mão segurando o símbolo do esboço. Este símbolo é
normalmente utilizado quando temos algo “Compartilhado”. Isso expressa
claramente que apenas um esboço é Pai de todos os recursos que temos neste
modelo.

Para finalizarmos o nosso modelo, clique em salvar, e feche.

302
9.4 Exercício 32

Abra a peça “Exercício 32”, faça as alterações necessários para que


fique igual ao modelo abaixo:

303
9.5 Exercício 33

Abra a peça “Exercício 33”, faça as alterações necessários para que


fique igual ao modelo abaixo:

304
9.6 Exercício 34

Abra a peça “Exercício 34”, crie o modelo conforme abaixo:

305
9.7 Exercício 35

Abra a peça “Exercício 35”, faça as alterações necessários para que


fique igual ao modelo abaixo:

306
10 LIÇÃO 10 – CONFIGURAÇÕES DE PEÇA

Após a conclusão bem-sucedida desta lição, você estará preparado para:

• Criar equações nas dimensões;

• Criar configurações manuais;

• Criar configurações por tabela de projetos.

307
10.1 Por que usar configurações?

Configurações são utilizadas no SOLIDWORKS quando temos peças muito


parecidas, onde apenas dimensões ou então alguns recursos são diferentes.

Podemos, em um único arquivo de peça, ter todos os modelos abaixo ou mais:

Configurações podem ser feitas através do modo de controle manual ou através


de uma tabela do Microsoft Excel.

10.2 Equações

Vamos começar criando uma equação manualmente.

Abra a peça “Configurações de Peça”.

Esta é uma peça simples, feita de uma extrusão e quatro cortes.

Iremos “Equacionar” este modelo, para que quando modifiquemos alguma


dimensão, alguns problemas não apareçam. Por exemplo, caso o corte central seja
maior do que a largura do modelo. Isso dividirá a peça ao meio, como é possível ver
abaixo:

308
Para que esse tipo de coisa não aconteça, podemos equacionar as dimensões
de acordo com o a nossa vontade.

Antes de equacionar qualquer coisa, vamos exibir as dimensões do modelo.

Clique com o botão direito do mouse sobre o campo “Anotações” na árvore


de projetos e clique em “Exibir dimensões do recurso”:

Ao clicar nesta opção, todas as dimensões aparecerão ao lado do modelo nos


seus respectivos locais:

309
O SOLIDWORKS dá nomes para cada uma dessas dimensões. Esse nome,
por enquanto, é somente um código para que o SOLIDWORKS saiba identificá-las
individualmente.

Para visualizar os nomes caso não esteja visualizando conforme a imagem


anterior, acesse o campo “Ocultar/exibir itens” e clique em “Exibir nomes de
dimensões”:

Teremos então a visualização dos nomes das dimensões. A maioria deles foi
modificada previamente. Mas temos alguns nomes bem simples que são os nomes
padrão do SOLIDWORKS, que vamos modificar como “D1”.

310
Para entender como o SOLIDWORKS dá os nomes e modifica-os, vamos dar
um duplo clique sobre a dimensão “D1” em azul (lembrando que esta dimensão está
em azul por ela ser uma dimensão proveniente de um recurso e não porque ela não
possui nenhum nome atribuído).

Ao dar o duplo clique teremos a janela de “Modificar”. Veja que na parte de


cima temos o nome completo da dimensão. Neste mesmo campo, podemos renomear
a dimensão. Faça como as imagens abaixo sugerem e modifique o nome para
“Altura”:

Agora que sabemos como renomear, vamos entender o porquê do renomeio.


É muito mais fácil falarmos sobre a altura a largura e o comprimento de uma peça, do
que sobre D1 D2 e D3. Renomear as dimensões tem a mesma função de renomear
os recursos: Simples organização.

311
Vamos agora adicionar uma equação na dimensão chamada de “Largura do
furo”. Queremos que esta largura seja sempre o equivalente a um terço da largura
total da peça.

Para isso, vamos dar dois cliques sobre a dimensão “Largura do furo”. E onde
colocamos o valor de dimensão, vamos digitar o símbolo “Igual” (=) e depois clicar
sobre a dimensão chamada de “Largura” e concluir com um “/ 3”. Veja abaixo:

Feito isso, confirme os valores inseridos. A dimensão aparecerá precedida de


um símbolo de somatória. Isso significa que esta dimensão se modifica em função de
outra.

A recíproca não é verdadeira quando o assunto é equação dentro do


SOLIDWORKS. Isso quer dizer que a largura do furo vai se atualizar de acordo com
a largura. Mas a largura não se modifica em função da largura do furo.

312
Adicione as equações abaixo:

“Comprimento do corte = Comprimento – 8”

“Corte = Altura – 8”

313
“Centro = Altura / 2”

Após adicionar todas as equações, pressione o atalho “Ctrl+B” para atualizar


o modelo.

Agora, vamos adicionar um valor vinculado. Isto é, dimensões que serão


sempre iguais.

Clique com o botão direito sobre a dimensão de “Altura”, e selecione uma


opção chamada “Vincular valores”:

314
Feito isso, uma janela se abrirá. Dentro do campo nome, digite “ABC”.

Clique em “OK”.

É possível ver que agora ao lado da dimensão antes chamada de “Altura”,


temos agora traz o nome de “ABC” e, precedendo o nome, temos uma pequena
corrente vermelha que significa que esta dimensão está agora vinculada. Esta
dimensão “ABC”, que poderia ter qualquer outro nome, é o que chamamos dentro do
SOLIDWORKS de “Variável global”.

Vamos vincular outra dimensão com este valor.

315
Clique sobre a dimensão chamada “Comprimento do furo” com o botão
direito do mouse e novamente vá até o campo “Vincular valores” e ao invés de digitar
algo na janela “Valores compartilhados”, apenas abaixe a janela de seleção e clique
sobre a “Variável global” “ABC”:

Aperte “OK” e veja que ambas as dimensões possuem o mesmo nome “ABC”,
que é na verdade a “Variável global” pela qual elas estão unidas.

Fizemos todas estas adições de “Equações” e criação de “Variáveis


globais”. Mas elas estão “dispersas” pelo modelo. Então, como as deletamos e
onde podemos modificá-las de forma simples?

Para desvincular um valor, basta clicar com o botão direito sobre a dimensão e
onde antes tínhamos a opção “Vincular valores”, temos “Desvincular valores”.

Para retirar uma equação, basta clicar duas vezes sobre a dimensão e colocar
o valor desejado, ou se editar a equação.

Uma “Variável global” não é deletada apenas porque desvinculamos as


dimensões dela. Para excluir totalmente uma “Variável global”, é preciso abrir a
janela que concentra todas as equações e “Variáveis globais”. Esta janela está na
árvore de projetos. Basta encontrar a pasta “Equações”, clicar com o botão direito
do mouse sobre ela e selecionar a opção “gerenciar equações”:

316
Feito isso, teremos a seguinte janela:

Ali, podemos ver todas as “Equações” e “Variáveis globais” que criamos.

Para apagar alguma delas, basta excluir a linha como se esta fosse a linha de
uma tabela Excel, clicando com o botão direito do mouse na linha e pedindo para
excluir a seleção.

317
10.3 Configurações

A criação de configurações serve para que possamos manipular recursos e


dimensões a fim de criar peças com características semelhantes, mas que possuam
diferenças dimensionais e, em alguns casos, geométricas.

Tomemos por exemplo, uma simples arruela.

Porque criar diversos arquivos de arruelas se podemos ter um único arquivo


com diversas configurações, onde variamos o diâmetro externo, o diâmetro do furo e
a espessura?

Com esta mesma ideia, vamos começar a criar configurações do nosso modelo.

Todo arquivo que é criado pelo SOLIDWORKS já é uma configuração. Esta


configuração é chamada de “Predeterminada” ou “Default”. Podemos confirmar
isso verificando que existe uma configuração chamada “Predeterminada”, dentro de
uma aba chamada “ConfigurationManager”. Esta aba fica ao lado da aba da árvore
de projetos e da aba de propriedades.

Clique sobre esta aba e veja que abaixo existe a configuração, chamada
“Predeterminada”.

Dentro do SOLIDWORKS, tudo que fizer referência a configurações é


representado por um pequeno cubo:

318
Vamos criar 3 Configurações, a primeira se chamará “W1”.

Clique na configuração “Predeterminada” e pressionar “F2”, renomeie para


“W1”.

Agora é necessário criar uma configuração.

Clique com o botão direito do mouse sobre o nome da peça na


“ConfigurationManager”. Dentro da janela teremos o comando “Adicionar
configuração”.

A seguinte janela irá aparecer:

No campo “Nome da configuração” digite “X2” e confirme o comando.

319
Na aba de configurações aparecerão agora duas configurações distintas.

Para ativar uma ou outra configuração, basta dar um duplo clique na


configuração. A Configuração que estiver amarela é a configuração ativa:

É possível identificar qual a configuração ativa apenas vendo o nome do


arquivo na árvore de projetos, onde na frente do nome do arquivo temos o nome da
configuração ativa:

Deixe ativa a configuração “X2”. Entre uma configuração e outra podemos


variar muitas propriedades da peça. Mas, vamos nos preocupar aqui com as duas
propriedades mais utilizadas. Modificação de dimensão e supressão de recurso.

Começando pelas dimensões.

320
Clique com o botão direito sobre a dimensão chamada “Comprimento” e
selecione uma opção chamada “Dimensão da configuração”:

Feito isso a seguinte janela se abrirá:

Aqui temos, como em uma tabela, o valor da dimensão “Comprimento” para


cada uma das configurações.

Para a configuração “X2”, vamos deixar o valor de “40mm” e clicar em “OK”.

321
Feito isso, apenas force a atualização do modelo pressionando “Ctrl+B”.

Veja que o modelo se modificou, mas as equações se mantiveram fiéis ao que


especificamos nelas:

Clique duas vezes sobre a configuração “W1”, na aba de configurações, para


ver como o modelo está nesta configuração.

A peça deverá se atualizar automaticamente.

Feito isso, vamos criar outra configuração de uma maneira diferente.

322
Clique sobre a configuração “W1”, pressione “Ctrl+C” e em seguida “Ctrl+V”.
Isso criará uma terceira configuração, que é uma cópia da “W1”.

Vamos modificar o nome dela para “Y3”:

Ainda modificando o modelo entre as configurações, vamos trabalhar com a


supressão de recursos.

Mantenha a configuração “Y3” e vá para a árvore de projetos.

Clique com o botão direito no corte responsável pelo furo no meio do modelo e
clique na opção “Configurar recurso”.

323
Feito isso, a seguinte janela se abrirá:

Podemos ver que aqui não são inseridos valores. A única coisa que podemos
fazer com um recurso é mantê-lo ligado ou desligado (não suprimido ou suprimido).

É importante saber que a regra de relação Pai/Filho continua valendo e


diferentemente da barra de reversão, a supressão de um recurso, não precisa ser feita
em ordem cronológica. Mas se o recurso que for suprimido tiver algum recurso Filho,
o Filho será suprimido junto com o Pai.

Na configuração “Y3” habilite a supressão e dê um “OK”.

Temos agora três configurações distintas:

W1 X2 Y3

Podemos criar com estes processos dezenas de configurações a partir de uma


mesma peça, economizando tempo e espaço.

324
Ainda existem outras maneiras de modificar dimensões e “suprimir” recursos.
Vejamos esses métodos

Suprimindo um recurso diretamente:

Clicando com o botão direito sobre o recurso, e selecionando o comando


“Suprimir”:

O recurso será suprimido na configuração que estiver ativa no momento. O


método para cancelar a supressão é idêntico a este. O ícone, que antes se mostrava
como “Suprimir” num recurso ativo, se mostrará como um recurso de “Cancelar
supressão” se clicarmos em um recurso suprimido.

Caixa de propriedades do recurso:

Clicando com o botão direito sobre o recurso, e selecionando o comando


“Propriedades do recurso”:

325
Ao clicar neste campo teremos a seguinte janela:

Esta janela mostra o nome do recurso, e existe uma janela onde podemos
suprimir o recurso e ainda selecionar se queremos que isso aconteça apenas na
configuração ativa, em todas ou apenas nas que selecionarmos. Também temos a
data de criação do modelo e o usuário que o criou.

Criar configuração nas janelas secundárias:

Quando clicamos sobre uma dimensão ou sobre um recurso e selecionamos o


comando para trabalharmos nas configurações, sempre existe um pouco mais abaixo
da janela, um campo onde podemos criar uma configuração:

Dimensões pela janela “Modificar”:

326
Depois que temos duas ou mais configurações, clicando duas vezes sobre uma
dimensão a janela “Modificar” se abre:

E dentro desta janela também podemos modificar as dimensões e escolher se


vamos aplicar a modificação apenas na configuração ativa, em todas ou apenas nas
que especificarmos.

Se por acaso ao invés de um duplo clique, dermos apenas um clique, a janela


que teremos será apenas um pequeno retângulo para adicionarmos o valor de
dimensão.

Esta pequena janela modifica rapidamente o modelo e é uma ferramenta


característica do “Instant3D”. Evite usá-la quando estiver trabalhando com
configurações, pois é mais fácil perder o controle sobre quais configurações estão
sendo modificadas.

327
10.4 Configurações em tabela Excel

Agora que sabemos como criar configurações no SOLIDWORKS, vamos


encontrar uma maneira mais simples de gerenciá-las.

Uma tabela Excel pode fazer isso de uma forma muito mais interessante já que
podemos controlar todas as dimensões e supressão de recursos em uma única tabela
de modo que não tenhamos que ficar variando entre várias janelas para obter o
resultado desejado.

“Para realizar esta parte da lição é necessário ter o Microsoft Excel


instalado em sua máquina”.

A tabela Excel fica embutida ao arquivo de peça do SOLIDWORKS. Portanto,


não é necessário abrir um arquivo Excel fora do SOLIDWORKS e depois embuti-lo,
embora isso seja possível.

Clique sobre o comando “Tabela de projetos”, localizado no caminho “Inserir


> Tabelas”:

328
Ao clicar neste comando, teremos na aba de propriedades as seguintes
opções:

A origem define se vamos criar uma tabela totalmente em branco,


automaticamente ou de um arquivo externo com os valores já criados. Normalmente
utilizamos a criação em branco para ter mais controle do modelo que estamos
fazendo. O modo automático pode ser útil, mas eventualmente pode trazer dimensões
que na verdade não vamos utilizar dentro da tabela.

Quando criamos uma tabela, normalmente é preferível que todas as dimensões


que existem nela sejam controladas apenas por ela, então é comum bloquearmos as
edições no modelo.

Portanto apenas deixe a opção “Em branco” habilitada, no campo abaixo


deixe a opção “Bloquear edições no modelo...” habilitada e confirme o comando.

Feito isso, a seguinte janela aparecerá:

329
Podemos adicionar as configurações que criamos e as dimensões que se
modificam de acordo com a configuração. Com o “Ctrl” pressionado selecione as 3
configurações que criamos e no campo “Parâmetros” logo abaixo, vamos selecionar,
“$ESTADO@Corte-extrusão2” e “Comprimento@Esboço1”, como mostra a
imagem acima. Feito isso, clique em “OK”.

Veremos na sequência que, dentro do próprio SOLIDWORKS se abrirá uma


janela do Microsoft Excel. Ela exibe exatamente o que pedimos para ele inserir. Em
cada linha uma configuração e em cada coluna uma dimensão e um recurso.

É importante que agora não cliquemos com o botão esquerdo do mouse sobre
a área de gráficos. Caso façamos isso, a tabela Excel se fechará. Obviamente
podemos abri-la clicando sobre ela na aba de propriedades e selecionando a opção
“Editar tabela”:

330
Podemos ver também que a Área de ferramentas do SOLIDWORKS foi
convertida nas ferramentas do Excel, ou seja, podemos trabalhar livremente com a
tabela como se realmente estivéssemos no Microsoft Excel.

Neste caso, vamos editar esta tabela até ela ficar como a tabela abaixo. Isso
inclui exclusão de linhas:

Feito isso, clique na área de gráficos e a tabela fechará.

Do lado esquerdo na “ConfigurationManager”, cada uma das configurações


que criamos agora apresentam o símbolo do Excel. Isso quer dizer que agora estas
configurações são regradas pela tabela Excel que acabamos de criar.

331
É possível ver também que a dimensão “Comprimento” se apresenta na cor
rosa. Essa cor caracteriza uma dimensão que é acionada por uma tabela Excel.

Mas vamos continuar a trabalhar com este modelo e adicionar mais uma
configuração, mais uma dimensão e mais um recurso, para que tudo o que
controlamos pelas configurações de modo manual, façamos por Excel agora.

Clique com o botão direito sobre a “Tabela de projetos” que está na


“ConfigurationManager”, e clique em “Editar tabela”.

Ao clicar em “Editar tabela” o SOLIDWORKS sugere a inserção de novas


colunas para controle pela tabela através da janela abaixo:

Sem selecionar nada, apenas clique em “Cancelar” e nada será adicionado e


a tabela se abrirá normalmente.

332
Uma vez que temos a tabela aberta novamente, vamos deixar selecionada a
célula “D2”, que é a próxima célula na linha “2” em vazio. Nesta célula vamos inserir
outra dimensão que será controlada pela tabela.

Para inserir uma dimensão na célula, basta apenas clicar sobre ela na área de
gráficos. Lembrando que para movimentar a peça, é necessário utilizar as teclas de
atalho “Shift” e “Ctrl” juntamente com o botão de rolagem do mouse.

Assim, clique sobre a dimensão “D1”, que referencia o valor da dimensão dos
quatro cortes no canto da peça:

É possível ver que o nome da dimensão e o seu valor na configuração atual


aparecem na tabela de projetos.

Na célula seguinte, a célula “E2”, vamos inserir o “Corte-extrusão1”. Para


isso, deixe a célula ativa e de um duplo clique sobre o recurso “Corte-extrusão1”.

333
O nome do recurso virá com uma notação “NÃO_SUPRIMIDO” na
configuração ativa.

O “Estado” do recurso de corte pode ser suprimido ou não suprimido.

Vamos também criar uma configuração nova chamada “Z4”. Basta adicionar o
nome da configuração na última linha abaixo da última configuração na coluna “A”.

Vamos deixar a nossa tabela conforme é mostrado na imagem abaixo.


Lembrando que as cores e fontes são meramente ilustrativas e não precisam ser
completamente idênticas:

Feito isso, clique sobre a área de gráficos e veremos que o SOLIDWORKS vai
exibir uma janela onde ele avisa a criação de uma nova configuração:

Podemos ver agora que na “ConfigurationManager” temos quatro


configurações e podemos variar entre elas para ver o resultado:

Depois do modelo concluído, podemos ocultar as dimensões desmarcando a


opção “Exibir dimensões do recurso” em “Anotações” na árvore de projetos:

334
Podemos ao invés de escrever “SUPRIMIDO” e “NÃO_SUPRIMIDO”, apenas
utilizar as letras “P” e “U” respectivamente. Veja como fica a tabela do nosso modelo
com esta notação:

Podemos agora finalizar a nossa lição, pode salvar e fechar o modelo.

10.5 Vinculando Recursos em Tabela de Projeto

A criação de configurações pode ser feita do zero, diretamente em uma tabela


de projetos. Sem precisar passar pelos passos da criação manual.

Neste estudo de caso você irá verificar a inserção de equações em um arquivo


de peça do SolidWorks através da Tabela de projetos, vinculando o número de cópias
de recursos com as dimensões de comprimento e altura do modelo.

Abra o documento de peça chamado “Bloco Equações”.

335
Acesse a aba “Recursos” e habilite a opção ‘Instant 3D”, conforme o ícone
abaixo.

Selecione o Recurso “Padrão linear”. Observe abaixo que todas as dimensões


do recurso Padrão linear são exibidas no modelo (espaçamento entre as cópias,
número de cópias).

336
Aumente o “Zoom”no arquivo para que você possa visualizar as dimensões do
número de cópias, conforme a imagem abaixo.

337
Configurações do Bloco

No projeto deste Bloco as dimensões de comprimento e altura poderão sofrer


alterações, seja adicionando ou subtraindo as dimensões existentes. Conforme estas
dimensões aumentem ou diminuam, o número de cópias dos furos deverá ser alterado
mantendo em todas as alterações o espaçamento de 100 mm.

Para que possamos criar configurações deste Bloco com dimensões distintas
de comprimento e altura e o número de cópias seja atualizado automaticamente,
teremos que adicionar equações para controlar o número de cópias dos furos ao longo
do comprimento e da altura.

De um clique no recurso “Padrão linear”, na árvore de projetos, para ativar as


dimensões do padrão, de dois cliques rápidos sobre a dimensão “9”, na caixa
modificar digite o nome da dimensão “Número de copias X”, conforme a imagem
abaixo.

338
Repita o mesmo processo com a dimensão “5”, de dois cliques rápidos sobre
a dimensão “5”, na caixa modificar digite o nome da dimensão “Número de copias
Y”, conforme a imagem abaixo.

Veja nas imagens abaixo, os passos para abrir a Tabela de projeto. “Acesse o
menu Inserir, Tabelas, Tabela de projeto”.

339
Clique em “OK”.

Selecione as dimensões “Comprimento”, “Altura”, “Número de copias Y” e


“Número de copias X”, após clique em “OK”.

“Clique na área gráfica” para fechar a janela do Excel dentro do SolidWorks.


Vamos abrir em uma janela separada. Conforme a imagem, clique com o botão direito
em Tabela de projeto, “editar tabela em nova janela”.

340
Insira uma “nova Configuração”. Abaixo da Célula A3 (valor predeterminado)
digite “Bloco 1200X3000”. Na célula “B4” digite “1200” e na célula “C4” digite
“3000”.

Na célula “D4” digite o símbolo igual do teclado “=”, selecione no teclado o


símbolo “(“ para abrir um novo parêntese, selecione a célula “B4”, digite o símbolo
de divisão do teclado numérico “/”, digite “100”, clique para “fechar o parêntese”,
digite o símbolo de subtração “-”, digite 1, após pressione a tecla “Enter”.

341
Observe que o valor 11 é exibido na célula D4.

Na célula “E4” digite o símbolo igual do teclado “=”, selecione no teclado o


símbolo “(“para abrir um novo parêntese, selecione a célula “C4”, digite o símbolo de
divisão do teclado numérico “/”, digite “100”, clique para “fechar o parêntese”, digite
o símbolo de subtração “-”, digite “1”, após pressione a tecla “Enter”.

342
Observe que o valor 29 é exibido na célula E4.

Insira as novas Configuração, conforme a imagem abaixo

343
Clique na célula “D4” e vamos “copiar” as equações para as células abaixo.
“Clique no canto inferior direito da célula e arraste até a célula D7”.

Observe os valores calculados.

344
Clique na célula “E4” e vamos “copiar” as equações para as células abaixo.
“Clique no canto inferior direito da célula e arraste até a célula E7”.

Observe abaixo os valores calculados. Verifique se todos os valores da sua


planilha estão de acordo com os da imagem.

345
Feche a planilha de Excel, não precisa salvá-la.

Clique em “OK” na mensagem.

Observe na guia “ConfigurationManager” da peça as configurações criadas


no arquivo, conforme mostra abaixo.

346
Dê um “duplo clique” em cada uma das configurações do arquivo para
visualizar.

Bloco 1200x3000 Bloco 1800x2000

Bloco 300x500 Bloco 400x400

Salve o arquivo “Bloco Equações” e feche-o.

347
10.6 Exercício 36

Abra a peça “Exercício 36”, crie todas as configurações da peça, como é


mostrado na imagem abaixo:

348
10.7 Exercício 37

Abra a peça “Exercício 37”, crie todas as configurações da peça como é


mostrado na imagem abaixo e responda as 3 questões:

349
10.8 Exercício 38

Abra a peça “Exercício 38”, crie todas as configurações da peça como é


mostrado na imagem abaixo e responda as 3 questões:

350
10.9 Desafio 08

Desenvolva o modelo abaixo.

351
11 LIÇÃO 11 – UTILIZAÇÃO DE DESENHOS

Após a conclusão bem-sucedida desta lição, você estará preparado para:

• Criar vários tipos de vistas de desenho.

• Adicionar anotações a um desenho.

• Criar e editar propriedades personalizadas.

• Localizar templates no SOLIDWORKS.

• Adicionar informações adicionais no detalhamento 2D.

352
11.1 Detalhamentos 2D no SOLIDWORKS

No SOLIDWORKS sempre criamos um modelo 3D e depois transportamos ele


para o ambiente 2D.

O Ambiente 2D é apenas o método que utilizamos para descrever um modelo


3D através de vistas projetadas no 2D, dimensões e anotações.

Vamos começar entendendo como funcionam os templates do SOLIDWORKS,


em seguida como criar um detalhamento 2D e por fim, conhecer e saber como utilizar
as propriedades personalizadas.

11.2 Templates do SOLIDWORKS

Vimos no começo do curso que para criar uma peça no SOLIDWORKS, temos
que começar selecionando um template de peça.

O SOLIDWORKS possui 3 tipos de templates básicos, o template de peça, o


template de desenho e o template de montagem:

Podemos criar diversos templates para atender algumas necessidades, como


unidades, normas e propriedades específicas, como veremos a seguir.

É muito provável que em empresas que desenvolvam seus próprios produtos,


sempre seja utilizado apenas um template de peça e um de montagem. Mas quando
falamos de templates de detalhamento 2D, é muito comum que uma empresa tenha
vários deles. Isso porque um template de detalhamento 2D cria uma folha com
tamanho específico. Então é comum trabalharmos com um formato de folha para folha
A4, um para A3, um para A2, um para A1 e um para A0.

353
11.3 Localizando templates no SOLIDWORKS

Procure o arquivo “Templates SKA” e descompacte a pasta em qualquer local


do seu computador.

Esta pasta possui alguns templates, sendo eles um de peça, um de montagem,


e dois de detalhamento.

Feito isso, com o SOLIDWORKS aberto clique no campo de opções:

Ao fazer isso uma janela se abrirá.

Vamos até um campo chamado “Locais de arquivos”. Nele, teremos um


campo chamado “Exibir pastas para:”, onde teremos o campo “Templates de
documento” já selecionado. Desse modo, clique em “Adicionar”:

354
Na caixa seguinte vamos selecionar a pasta “Templates SKA” e clicar em
“OK”.

E na sequência clique em “OK” também na janela de “Opções do sistema”.


Feito isso a seguinte janela se abrirá:

355
Esta janela apenas pede a confirmação de que adicionaremos um novo
caminho de templates. Clique em “Sim”.

Feito isso ao começar a criar um arquivo novo, na aba “Avançado”, é possível


encontrar uma nova aba com o nome “Templates SKA”.

356
11.4 Criando um detalhamento 2D

Vamos começar abrindo o arquivo “Desenho 2D”.

Uma vez que um arquivo de peça, ou montagem foi concluído, podemos criar
um detalhamento 2D do mesmo.

Clique no comando “Criar desenho a partir da peça”:

Então, a janela para a seleção de templates aparecerá.

Selecione a aba de “Templates SKA” e selecione o template “A4_SKA” e


clique em “OK”:

Feito isso o SOLIDWORKS mudará para o ambiente de detalhamento. Neste


ambiente teremos algumas novidades, como barras de ferramentas específicas para
detalhamento e como podemos ver do lado direito o “Painel de tarefas” com uma
aba chamada “Paleta de vistas” ativa:

357
11.5 Vistas 2D

O primeiro passo para criar um bom arquivo de detalhamento 2D, é inserir as


vistas necessárias. Vamos utilizar a “Paleta de vistas” que está do lado direito da
área de gráficos com o seguinte símbolo:

A “Paleta de vistas” possui diversas vistas padrão que existem em função da


orientação e do modo que o modelo foi criado.

Vamos arrastar a vista “Superior” para a folha:`

358
Ao soltar o mouse, é possível ver que o SOLIDWORKS já pode criar projeções
da vista superior em função da posição do mouse sem clicar em nenhuma ferramenta
específica.

Apenas movimente o mouse em torno do modelo, mas não clique na folha, e


será possível ver cada uma das projeções abaixo individualmente:

359
Para inserir apenas a vista “Superior”, logo após soltar a vista “Superior”
pressione o “Esc” do seu teclado ou clique no comando confirmar nos cantos da tela:

Uma vez feito isso vamos eventualmente ajustar a escala da folha para que a
peça pareça maior ou menor na folha.

Clique com o botão direito do mouse sobre a folha e clique em “Propriedades”:

Então na janela que se abrirá, temos no canto superior esquerdo o valor da


escala.

Coloque o valor de “1:2” e clique em “OK”:

360
É possível ver que a peça aumentou de tamanho. O template foi salvo com a
escala anterior de “1:5”, mas podemos modificá-la livremente.

Vamos criar outras vistas utilizando ferramentas próprias para isso em uma aba
chamada “Desenho”:

Dentro dessa aba teremos uma ferramenta chamada “Vista de seção”.


Quando clicamos sobre ela, automaticamente veremos que o mouse se tornará a

361
ferramenta de linha. Com ela vamos encontrar uma inferência que identifique o meio
da nossa peça na “Vista superior” que criamos e com a linha corte esta peça ao
meio:

Assim que terminamos a linha, temos prendido ao mouse uma nova vista. Antes
de clicar sobre a folha podemos ver que existem opções na aba de propriedades.

Estas opções são as opções da nova vista que estamos criando.

362
Como mostra a imagem acima, você poderá utilizar o campo “Inverter
dimensão” para que a vista fique como a mostrada acima. É possível ver que a seta
que representa o corte também muda seu sentido. Mas vamos manter a direção inicial.

Fazendo uma analogia com um arquivo de peça que tem recursos na árvore de
projetos, um arquivo de detalhamento 2D tem uma árvore de projetos com diversas
vistas. Assim como os recursos têm suas propriedades, as vistas também têm
propriedades e podemos modificá-las para ajustar as vistas.

Dentro do campo de propriedades, dependendo de cada tipo de ferramenta que


gerou a vista, temos opções diferentes, mas algumas opções sempre estão lá, como
o estilo de exibição, que são iguais às do arquivo de peça, a escala que pode se
modificar independentemente da escala da folha:

Vamos continuar gerando vistas a partir do modelo que acabamos de criar.

Na mesma aba de “Desenho”, selecione a opção “Vista de detalhes”.

Ao habilitar esta ferramenta, teremos a ferramenta de círculo presa no


mouse. Vamos “criar um círculo” no corte que fizemos anteriormente. O círculo
define a área que será “ampliada” na vista que será criada. A vista ficará presa ao
mouse de forma automática assim que criamos o círculo.

Crie o círculo na vista de seção e posicione a vista que será gerada como
mostra a imagem abaixo:

363
É possível movimentar as vistas depois que elas foram inseridas segurando-as
pelas arestas. Para facilitar esta movimentação, mantenha a tecla “Atl” do teclado
pressionada enquanto movimenta a vista.

Clique sobre a folha e vamos analisar a árvore de projetos que temos no


ambiente 2D.

Temos como raiz o arquivo de desenho, dentro dele temos a “Folha”, dentro
dela o “Formato de folha”, que é o responsável pelo Layout da folha. Ainda dentro
da “Folha” temos as vistas. Para cada vista na folha, temos um ícone que a
representa. Assim como temos os esboços em um recurso, dentro de uma vista temos
os esboços que as geraram, como a linha que gerou a “Vista de seção”, e podemos
editar estes esboços, modificá-los e adicionar dimensões e relações para defini-los
melhor. Temos também dentro da vista, toda a peça ou montagem com todos os
recursos e corpos para que possamos destacá-los.

364
Para finalizar, vamos inserir uma vista isométrica do nosso modelo.

Clique no comando “Vista projetada” na aba “Desenho”.

Com o comando ativo, clique na “vista de Seção”, criada anteriormente.

Quando você arrastar a vista projetada para a “direita na diagonal superior”,


teremos o modelo na vista isométrica desejada. Mas não queremos que ele mantenha
o alinhamento linear em relação a “Vista de Seção”. Portanto, antes de clicar na
folha, pressione a tecla “Ctrl”. Isso quebrará o alinhamento e você pode colocar a
nova vista em qualquer parte da folha.

Agora clique sobre esta vista isométrica e no campo de propriedades modifique


o seu estilo de exibição e sua escala, conforme imagem abaixo:

365
11.6 Anotações

Existe uma aba específica chamada “Anotação”, que utilizaremos para


adicionar cotas, linhas de centro e qualquer outro tipo de anotação característica de
um desenho 2D:

Clique no comando “Dimensão inteligente” e adicione dimensões, assim


como fazemos com esboços A única diferença é que não vamos mais determinar os
valores, vamos apenas cotar o nosso modelo.

Dessa forma, vamos adicionar dimensões nas vistas como é mostrado abaixo:

366
Para inverter a seta da dimensão de “30 mm”, basta clicar sobre uma bolinha
próxima no final da seta, como mostra a imagem abaixo:

Também vamos encontrar uma certa dificuldade para adicionar a dimensão de


“105 mm”. Dois semicírculos aparecem em cor azul/amarelo e nos dificultam ao
inserir a dimensão que sai de uma aresta e da tangência do arco, lembrando que para
pegar está tangência utilizamos a tecla “Shift” do teclado pressionada. Para não
utilizar essa ferramenta, basta desmarcar a opção “Dimensionamento rápido” e
remarcá-la após a inserção da dimensão.

É interessante remarcá-la, pois veremos que é possível ajustar muitas


dimensões com a ajuda desta ferramenta, onde basicamente clicamos em um dos
lados desses semicírculos e as dimensões se organizam no modelo.

A próxima vista que iremos dimensionar é a seguinte:

367
Também temos que desabilitar a opção “Dimensionamento rápido” para
adicionar a dimensão de “67 mm”.

Para adicionar as dimensões de “32,5 mm” e “50 mm”, teremos que


primeiramente adicionar uma linha de centro nas furações. Para isso, clique na
ferramenta “Linha de centro”.

Uma vez selecionada a ferramenta, “clique sobre a face” circular do furo e


automaticamente aparecerão as linhas de centro que podemos utilizar como
referência para dimensionamento.

368
E por fim, vamos clicar sobre a vista com a qual estávamos trabalhando até o
momento e ir até o campo “Aresta tangente – Aresta tangente removida”.

Com isso as arestas visíveis que são resultantes de tangência entre faces são
removidas:

Temos a seguir um exemplo de uma peça com as arestas tangentes visíveis,


com fonte (ou fictícias) e removidas:

Visíveis Fictícias Removidas

A última vista que temos que cotar é a seguinte:

369
“Remova as arestas tangentes” na vista de detalhes também.

Para adicionar as dimensões de “10,5 mm” e “10 mm”, teremos que


primeiramente adicionar as marcas de centro nas furações. Para isso, clique na
ferramenta “Marca de centro”.

Configure conforme imagem abaixo.

Selecione o círculo e o arco da ranhura.

Outras anotações podem ser inseridas, como símbolos de solda, balões,


recursos referenciais, tolerâncias geométricas, entre outras. Mas nem sempre todas
as anotações são necessárias em um detalhamento 2D. Mas é possível inserir
quantas forem necessárias para que todas as informações do desenho sejam
claramente expostas.

370
11.7 Propriedades personalizadas

Falamos no começo desta lição que o detalhamento 2D, dentro do


SOLIDWORKS, é apenas uma ferramenta para expor de uma maneira mais comum
as dimensões e informações sobre uma peça. É interessante que diversas
propriedades da peça, como o peso, o material, o acabamento superficial, o código
(para controle), entre outras informações, estejam embutidas no próprio modelo 3D.

Isso porque caso alguma coisa se modifique no modelo 3D, tudo o que for
derivado dele, como o próprio detalhamento 2D, se atualiza.

As propriedades personalizadas podem existir nos modelos 3D e no


detalhamento 2D. Elas podem ser propriedades naturais ou propriedades
personalizadas. Para entender o que estas são, veja a tabela abaixo:

Propriedades comuns Propriedades personalizadas

Nome da peça; Acabamento superficial;

Nome da configuração; Código;

Data de criação; Processo produtivo;


Peças
Local do arquivo. Desenhista.

Nome da montagem; Processo de Montagem;

Nome da configuração; Código;

Data de criação; Tipo de pintura;


Montagem
Local do arquivo. Desenhista.

Nome do detalhamento 2D; Desenhista;

Total de folhas; Revisor;

Escala; Aprovador;
Detalhamento 2D
Local do arquivo. Número de revisão.

371
Essas propriedades comuns independem do desejo do usuário. Elas sempre
estarão dentro dos arquivos.

As propriedades personalizadas são adicionadas de acordo com a necessidade


de cada usuário ou empresa.

Temos alguns exemplos sugeridos de propriedades personalizadas, mas


podemos adicionar qualquer uma que seja necessária.

Vamos adicionar propriedades personalizadas no nosso modelo 3D e no nosso


detalhamento 2D e ver em que eles nos podem auxiliar

No detalhamento 2D, clique com o botão direito do mouse sobre qualquer uma
das vistas. Dentro da janela que se abrirá clique no ícone do comando “Abrir peça”:

Ao fazer isso, clique sobre o campo de “Propriedades” que fica no campo


“Arquivo”. Ou diretamente na aba de ferramentas, como é mostrado na imagem a
seguir:

Ao clicar no campo “Propriedades”, a seguinte janela se abrirá:

372
Veja que existe uma segunda aba chamada “Personalizar”. Dentro dela que
vamos inserir novas propriedades personalizadas. A aba anterior possui algumas
propriedades com valores em branco que podem ou não ser preenchidas.

Na janela personalizar, vamos inserir uma propriedade chamada “Material”.


Abaixo da coluna “Nome da propriedade” digite “Material”. No campo “Tipo”,
selecione o campo “Texto”. E para preencher o campo “Valor/expressão em texto”,
clique na seta preta a frente do campo e na caixa que se abrirá selecione o campo
“Material”.

Com isso, não precisamos digitar o nome do material, o material que inserimos
no modelo, como vimos nas lições anteriores, já é carregado. E podemos ver isso no
campo “Valor calculado”.

Faça o mesmo criando uma Propriedade chamada “Peso” e no campo


“Valor/expressão em texto”, do mesmo modo, selecione “Massa”.

373
Adicione as outras propriedades como mostra a imagem abaixo. Mas estas
terão os valores preenchidos manualmente:

Uma vez que todas estas foram adicionadas, pressione “OK”, salve a peça e
feche-a. Voltaremos então para o nosso detalhamento 2D.

A princípio é normal questionarmos a função destas propriedades


personalizadas.

Para ver onde podemos aplicar as propriedades, vamos até o carimbo da folha.
Temos alguns campos preenchidos e um especificamente em vazio, o campo de
“Descrição”. O template do detalhamento 2D está buscando uma propriedade
personalizada chamada “Descrição” que deveria estar no arquivo de peça, mas nós
não o criamos.

374
Podemos ver que o campo material foi preenchido de acordo com o que temos
no modelo 3D. Isso só aconteceu porque criamos a propriedade “Material”.

Para preencher o campo descrição, abra novamente a peça, ir até o campo de


propriedades e adicionar a seguinte propriedade:

Confirme a criação da propriedade e volte ao carimbo no detalhamento 2D:

Outros campos estão preenchidos, mas não foram propriedades que


adicionamos.

Dentro do próprio detalhamento 2D, podemos encontrar o mesmo campo de


propriedades que vimos no modelo 3D, inclusive os caminhos são os mesmos, e lá
sim encontraremos as propriedades que preenchem o resto do carimbo.

375
Diversas propriedades foram criadas para o preenchimento do carimbo.

Para aprender a vincular um texto qualquer com uma propriedade, vamos


utilizar a ferramenta de anotação chamada “Nota”:

Clique sobre este comando e preso no mouse, teremos um pequeno retângulo.

Vamos vincular essa nossa nota à vista isométrica que temos na folha clicando
dentro do quadrado cor de rosa que aparecerá quando levamos o mouse próximo da
vista.

Depois que clicamos sobre a vista, é possível digitar um texto qualquer, ou


então, como vamos fazer, vincular uma propriedade.

Clique sobre o comando “Vincular propriedade” na aba de propriedades:

376
Ao clicar sobre este comando, uma nova janela se abrirá e dentro dela podemos
mapear propriedades do próprio detalhamento 2D, do modelo geral que está inserido
no desenho ou da vista onde a nota está vinculada.

Deixe habilitado o campo “Modelo na vista onde a anotação está anexada”,


e na janela de seleção, é possível ver que todas as propriedades do modelo 3D
aparecem lá. Algumas delas que possuem a notação “SW-”. Estas são propriedades
comuns dos arquivos de peça que independem da criação no campo de propriedades
personalizadas.

Selecione o campo “Código” e pressione “OK”:

377
Feito isso, o valor da propriedade “Código” aparece. Desse mesmo modo
foram criados todos os campos do carimbo no desenho 2D.

Resumindo, as propriedades personalizadas são importantes para que


informações adicionais ao modelo real estejam sempre vinculadas ao arquivo 3D

Uma vez que dentro do seu template de peça, existem propriedades para
serem preenchidas, e no seu template de desenho existam links para essas
propriedades da peça, as propriedades personalizadas, são a forma mais rápida de
preencher com segurança todo o carimbo, já que evitaria erros de digitação, confusão
entre peças semelhantes e garante a atualização automática do 2D caso as
informações do modelo 3D sejam atualizadas.

11.8 Informações adicionais sobre detalhamentos 2D

Em muitos casos, é necessário criar diversas folhas para expor todos os


detalhes de uma peça complexa ou de uma montagem.

Para criar uma folha de desenho basta clicar sobre o comando “Adicionar
folha”:

378
As folhas podem ser renomeadas se clicarmos sobre elas e selecionarmos o
comando “Renomear”:

Para inserir novas vistas, é possível arrastar as vistas que ainda não foram
utilizadas da própria “Paleta de vistas” que está do lado esquerdo da tela do
SOLIDWORKS ou então podemos utilizar uma ferramenta chamada “Vista de
modelo” que fica na aba “Desenho”.

Ao clicar no comando, aparecerá um campo de propriedades, aonde devemos


escolher o arquivo de peça do qual queremos criar uma vista e clicamos no campo
avançar, também destacado abaixo. E por fim, basta selecionar a vista que queremos
utilizar e arrastá-la para a folha.

379
Mais uma ferramenta de criação de vistas, é o comando “Quebra vertical”,
que fica na aba “Desenho”.

O comando de quebra vertical é utilizado principalmente quando temos um


modelo muito longo cuja grande parte da geometria seja similar.

A quebra vertical pode ser na verdade uma quebra vertical ou horizontal,


dependendo da seleção. Após esta seleção, basta clicar sobre a vista que deseja
quebrar e clicar no local de início e o local final da quebra. Inclusive as dimensões
afetadas exibem uma notação diferente na linha de chamada. Verifique na imagem
abaixo.

380
O espaçamento da quebra é definido no campo “Tamanho do espaçamento”.

Uma última informação sobre a criação de desenhos, é que assim como uma
linha tem as suas propriedades como condição vertical, igual, colinear, entre outras, a
grande maioria das entidades do SOIDWORKS também possui propriedades que
podem ser modificadas. Para acessar as propriedades, basta clicar sobre uma
dimensão e verificar o campo de propriedades que aparece ao lado esquerdo da tela:

381
Podemos controlar as tolerâncias da dimensão de diversas formas:

E até mesmo, colocar textos como notas dentro da própria dimensão. Caso
faça isso, não exclua o campo “<DIM>” este é o código que faz com que o
SOLIDWORKS busque a real dimensão do modelo 3D.

Salve e feche todos os arquivos.

382
11.9 Exercício 39

Abra a peça “Exercício 39”, faça o detalhamento, conforme mostrado:

383
11.10 Exercício 40

Abra a peça “Exercício 40”, faça o detalhamento, conforme mostrado:

384
11.11 Exercício 41

Abra a peça “Exercício 41”, faça o detalhamento, conforme mostrado:

385
12 LIÇÃO 12 – MODELOS ASCENDENTE DE MONTAGEM

Após a conclusão bem-sucedida desta lição, você estará preparado para:

• Crie uma montagem.

• Inserir componentes em uma montagem usando todas as técnicas disponíveis.

• Adicionar operações de posicionamentos compatíveis entre os componentes.

• Utilizar os aspectos específicos da montagem da árvore de projetos do


FeatureManager para manipular e gerenciar a montagem.

• Inserir submontagens.

• Usar as configurações de peça em uma montagem.

386
12.1 Montagens no SOLIDWORKS

Uma montagem é simplesmente o agrupamento de duas ou mais peças dentro


de um ambiente específico.

Assim como o ambiente de detalhamento 2D possui abas de ferramentas e


características exclusivas, o ambiente de montagem também possui algumas abas
que são exclusivas.

12.2 Modelo de estudo

Nesta lição não vamos modelar as peças. Vamos partir do conceito de que
criamos todas as peças necessárias para a montagem e vamos apenas montar todas
elas até chegar ao seguinte resultado:

12.3 Iniciando uma montagem no SOLIDWORKS

Primeiramente vamos criar um arquivo de montagem clicando em “Arquivo -


Novo”, e vamos selecionar o template “Montagem_SKA”:

387
Ao fazer isso, uma área de trabalho muito similar a área de peça vai se abrir.
Mas um comando já aparecerá ativo. Este comando chama-se “Iniciar montagem”:

Do mesmo modo que é aconselhado começar o modelamento de uma peça por


uma região que poderíamos chamar de “base”, é aconselhável que comecemos a
criar uma montagem por uma peça que também seja uma “base”.

Se montássemos um modelo de um carro, por exemplo, é mais inteligente


começarmos a montar a partir do chassi, e não a partir do volante. Esse mesmo
conceito pode ser aplicado para qualquer montagem.

388
Portanto, para iniciar a montagem, vamos abrir um arquivo que estará na pasta
“Lição_12 / Estudo de caso”. Para abrir o arquivo clique no campo “Procurar” do
comando “Iniciar montagem” que já está aberto. Ao fazer isso, a janela “Abrir”
aparecerá e dentro dela, vamos selecionar a peça “1” e clique em “Abrir”:

Agora podemos ver que a peça está presa ao nosso mouse, mas é importante
que não cliquemos sobre a área de gráficos. Isso porque na verdade queremos travar
a peça na origem da montagem.

O ambiente de montagem assim como o ambiente de peça também possui três


planos básicos e o ponto de origem. Sendo assim também temos uma esfera que
delimita a nossa área de trabalho, embora na montagem está esfera seja bem maior
do que 1Km.

O importante é centralizarmos a primeira peça com a origem da montagem.


Como começamos selecionando a peça que será a “base” da montagem podemos
ter certeza de que ela será uma peça estática e que não será ela a se movimentar,
caso a montagem possua movimentação.

Para fixar a origem da peça com a origem da montagem, basta, assim que
selecionar a peça, confirmar o comando “Iniciar montagem”, ou então com o mouse,
clicar sobre a origem da montagem.

389
Ao realizar qualquer um desses procedimentos, teremos uma peça inserida na
montagem.

Este primeiro componente sempre será fixo. Não importa se clicamos sobre a
origem, se confirmamos o comando diretamente ou se clicamos na área de gráficos.
Por isso a inserção do primeiro componente é extremamente importante. Podemos ter
certeza de que a montagem está fixa observando seu ícone na árvore de projetos:

A letra “(f)” na frente da peça está nos dizendo que esta peça está “Fixa” e
por este motivo ela não se movimenta.

Quando falamos em movimentar, não estamos falando de girar todo o ambiente


de montagem, pois isso pode ser feito como no ambiente de peça.

Para entender a diferença, clique com o botão direito do mouse sobre cada um
dos planos padrão e selecione o comando “Exibir”:

390
O que vemos abaixo é o modelo com os planos sendo exibidos. É possível girar
o modelo, mas estamos girando os planos também. Como estes são os planos padrão
do ambiente de montagem, na realidade estamos girando ambiente inteiro:

Vamos inserir uma segunda peça no ambiente de montagem e descobrir como


movimentar uma peça no ambiente de montagem.

Clique sobre o comando “Inserir componentes” na aba “Montagem”, que é


uma das abas exclusivas do m de montagem:

391
O comando que se abrirá no campo de propriedades é idêntico ao comando
“Iniciar montagem”. Na realidade o “Iniciar montagem” é o primeiro carregamento
do “Inserir componentes”. Sendo assim, basta clicar em “Procurar” e ao surgir a
janela “Abrir”, selecione a peça “2”:

Ao contrário da peça anterior, para alocar esta peça não temos que nos
preocupar com o local aonde vamos alocá-la. Então podemos apenas clicar em
qualquer região na área de gráficos:

Ao inserir um componente em uma montagem usando o PropertyManager de


Inserir componente, é possível mudar sua orientação.

Você poderá escolher umas das opções a seguir para alterar a orientação de
um componente ao inseri-lo em uma montagem.

392
12.4 Graus de liberdade de uma peça

Veremos como podemos movimentar uma peça e de que maneira move-la


dentro da área gráfica.

Uma peça no espaço possui 6(seis) graus de liberdade.

Três graus desses são graus de translação. Temos no espaço três eixos
normalmente relacionados as letras X, Y e Z. Estas são as três direções para onde
uma peça pode se mover, os outros três graus de liberdade são graus de rotação nos
eixos X, Y e Z.

Translação em X Translação em Y Translação em Z

Rotação em X Rotação em Y Rotação em Z

393
Se fizermos a composição de duas ou mais direções simultaneamente a peça
pode transladar para qualquer direção.

É possível movimentarmos a peça para qualquer lado e deixá-la em qualquer


posição desejada.

Para verificar essas liberdades, podemos clicar com o botão direito sobre a
peça “2” e selecionar o comando “Mover com tríade”:

Ao fazer isso vemos arcos e setas coloridas aparecem. Elas podem ser
selecionadas para movimentar o modelo pelos graus de liberdade.

Mas não precisamos utilizar este comando para movimentar uma peça. A
maneira mais simples e realmente utilizada para movimentar o modelo, é clicando e
segurando o botão esquerdo do mouse sobre a peça e movendo o mouse. Ao fazer
isso, movimentamos o modelo pelos graus de liberdade de translação. Se clicarmos
e segurarmos a peça com o botão direito do mouse, movimentamos o modelo pelos
graus de liberdade de rotação.

Experimente movimentar o modelo e veja que a peça “1” e os planos se


mantem paradas. Isso quer dizer que você movimentará apenas a peça no espaço
virtual.

394
Oculte os planos clicando com o botão direito do mouse sobre eles e clicando
em ocultar:

Podemos concluir então que uma peça, tirando a primeira peça que é fixa,
possui 6 graus de liberdade, e para que ela se relacione com outras, precisamos limitar
estes graus de liberdade. Estas restrições são chamadas de posicionamentos.

12.5 Posicionamentos

Agora que temos duas peças, temos que relacionar uma com a outra.

A maioria das entidades do SOLIDWORKS podem ser utilizadas para a criação


de posicionamentos. Sendo elas:

• Planos;

• Faces;

• Arestas;

• Vértices;

• Eixos;

• Eixos temporários;

• Linhas de esboço;

• Pontos de esboço.

E temos abaixo alguns dos principais posicionamentos que podemos adicionar


no SOLIDWORKS:

395
Condição de alinhamento
Posicionamento
Alinhado Antialinhado

Inverter dimensão

Distância

396
Condição de alinhamento
Posicionamento
Alinhado Antialinhado

A condição “Alinhado” e “Antialinhado” é o resultado da inversão do


alinhamento do posicionamento. Para fazer isso, existem botões abaixo do campo da
seleção do posicionamento e na janela flutuante que veremos a seguir:

Esta inversão não pode ser feita em todos os tipos de posicionamento.


Quando isso acontecer, os símbolos em destaque acima são desabilitados.

397
Vamos inserir alguns posicionamentos entre os dois componentes que temos
no nosso ambiente de montagem.

Clique com o botão esquerdo do mouse sobre o comando “Posicionar” que


está na aba “Montagem”:

Ao fazer isso teremos uma caixa de seleção na aba de propriedades com


diversos posicionamentos disponíveis. Na caixa, vamos marcar as faces que vão se
relacionar.

Em seguida clique sobre as duas faces que estão em destaque na cor azul:

Estas faces serão “Coincidentes”. O interessante é que quando as faces são


selecionadas, o SOLIDWORKS já sugere este posicionamento.

398
Outro meio de posicionamento rápido é que, a partir do momento que você
selecionar as duas faces no qual deseja posicional, sem antes clicar no comando
“posicionar”, o SOLIDWORKS já lhe dará a opção de realizar um posicionado, veja
a ilustração abaixo:

Então, como é exatamente este posicionamento que queremos, basta


confirmar o comando. Ao fazer isso o posicionamento é adicionado, mas o comando
continua aberto. Isso nos permite criar vários posicionamentos de maneira rápida.

Vamos adicionar mais um posicionamento clicando sobre as faces que estão


em destaque na cor azul:

399
.........

Agora que adicionamos estes dois posicionamentos, restringimos alguns graus


de liberdade desta peça. Mais especificamente dos 6 graus existentes, agora apenas
um existe, que é a translação no eixo “X”. É possível ver isso ao tentar movimentar a
peça:

400
É possível que a peça “2” esteja fora da ranhura que existe na peça “1”. Mas
isso não é problema, neste primeiro momento uma peça atravessa a outra, e essa
“quebra das leis da física” não é importante nesse momento.

insira outra peça do mesmo modo que fizemos com a anterior, mas vamos
habilitar a ferramenta “Inserir componentes” pelo caminho “Inserir – Componente
– Montagem/peça existente”:

E na janela “Abrir” selecione a peça “4” e clique em abrir:

Vamos adicionar um posicionamento de “Coincidente” entre as duas faces


em destaque em cor azul:

401
E agora um posicionamento de “Concêntrico” entre as outras duas faces em
destaque em cor azul:

Feito isso, teremos mais uma peça posicionada em nossa base com apenas
um grau de liberdade sobre ela. Neste caso o grau de liberdade é a rotação em “Y”.

Feche o comando “Posicionar” e abra uma janela do “Windows Explorer”


na pasta aonde estão os arquivos de peça que estamos usando na montagem, e
deixe-o aberto sob o SOLIDWORKS como é mostrado na imagem abaixo:

402
Como sugere a imagem acima, é possível selecionar a peça “3” e arrastá-la
para dentro do SOLIDWORKS. Este é um processo mais simples de inserir uma peça
em uma montagem.

Realize o procedimento de clicar sobre a peça na janela e arrastá-la para o


ambiente de montagem do SLIDWORKS.

Posicione as faces que estão em destaque na cor azul com o posicionamento


“Concêntrico”:

403
Posicione também as duas faces abaixo com o posicionamento
“Concêntrico”:

Já é possível ver que temos interações entre os componentes.

A árvore de projetos do ambiente de montagem é muito similar a árvore de


projetos do ambiente de peça. Mas ao invés de recursos, temos peças e dentro delas
temos os posicionamentos:

Como é possível ver, na árvore de projetos existem as peças, dentro da chave


das peças, todos os recursos que as originaram e uma pasta a mais chamada
“Posicionamentos”. Esta pasta mostra apenas os posicionamentos que estão
relacionados a esta peça. O Campo “Posicionamentos” que está abaixo mostra
todos os posicionamentos da montagem. A imagem exibe um posicionamento
chamado “Concêntrico3”. O posicionamento aparece em dois lugares distintos, mas
isso acontece apenas para facilitar a localização.

Um posicionamento pode ser editado e excluído assim como um recurso.

404
Vamos ver uma outra maneira de inserir uma peça na montagem. Clique em
“Arquivo – Abrir” e abra a peça “5”.

Vamos dividir as telas do SOLIDWORKS para ver a peça que acabamos de


abrir e simultaneamente a montagem que estamos criando. Para isso, clique em
“Janela – Lado a lado na vertical”.

E uma vez que temos a visualização de ambas as telas, do mesmo modo que
arrastamos a peça do “3”, vamos arrastar a peça “5” do seu campo para o campo de
montagem, como sugere a imagem abaixo:

405
Feito isso, podemos fechar o arquivo de peça “5”, mantendo apenas a
montagem aberta.

Vamos posicionar a peça seguindo o mesmo processo da peça “3”, seguindo


como referência as faces em azul para o posicionamento de “Coincidente” neste
caso:

E agora as faces em azul destacam as faces para posicionamento


“Concêntrico”:

406
Após o posicionamento, você verá que mesmo que movimentemos a peça “5”,
o resto do sistema permanece parado. Mesmo que elas estejam em contato.

Como podemos “atravessar” uma peça dentro da outra, é previsível que


apenas o fato de os dois círculos estarem em contato, o movimento não realize uma
ação no resto do modelo.

Para isso, é necessário adicionarmos um posicionamento que crie a relação do


que seria nessa condição uma engrenagem.

Clique sobre o comando “Posicionar” e dentro das propriedades, encontre o


campo “Posicionamentos mecânicos” e selecione a opção “Engrenagem”. Feito
isso, clique sobre as arestas dos discos como mostra a imagem abaixo:

407
O SOLIDWORKS identifica os diâmetros e cria uma relação entre elas. As
relações não precisam condizer com a realidade. Se colocássemos a relação de
“1:1”, a cada volta do disco menor, teríamos também uma volta do disco maior. Ou
se colocarmos a relação de “6:4”, a relação funcionaria perfeitamente.

A intenção de criar este posicionamento nesta condição é verificar que não


precisamos em muitas vezes desenhar um modelo em toda a sua complexidade
apenas para criar, por exemplo, um estudo de movimentação na montagem. Caso
tivéssemos o modelo complexo de engrenagens, a seleção correta para
posicionamento seriam os diâmetros primitivos das engrenagens.

Antes de confirmar o comando é possível girar o disco menor pela sua alavanca
e ver se os discos giram da forma esperada, ou seja, como uma engrenagem e não
como duas polias conectadas por correia. Caso eles estejam se movimentando como
polias conectadas por correis, basta clicar sobre o campo “Inverter”, que está logo
abaixo do campo “Razão”. Uma vez que temos a movimentação como o desejado,
confirme o comando.

Para finalizar, vamos inserir a peça “6” e posicioná-la como mostra as imagens
abaixo. Todos com posicionamento “Coincidente”:

408
Veja se o “rasgo” na peça “6” está conforme a imagem abaixo após a
montagem:

Uma vez que todas as peças estão posicionadas temos a primeira parte da
nossa montagem feita. Salve esta montagem clicando sobre o campo “Arquivo –
Salvar como”.

Salve a montagem com o nome “123”.

409
12.6 Submontagens

As submontagens são montagens do SOLIDWORKS que são inseridas dentro


de outras montagens como se fossem peças.

Fazemos por diversos motivos, sendo um deles o fato de que se colocarmos


muitos posicionamentos em uma grande montagem, o arquivo de montagem poderá
ficar muito pesado e perder desempenho. E a criação de submontagens é um método
de separarmos peças de uma maneira mais racional até se pensarmos no método de
montagem real.

Vamos imaginar que temos que montar peças de um carro. Provavelmente as


peças do conjunto do chassi serão montadas como a “montagem do chassi”, as
partes da caixa de transmissão serão a “montagem da caixa de transmissão” e
assim sucessivamente, até que todas as montagens sejam montadas em uma
montagem geral.

Uma submontagem é tratada como um componente único. Todos os


posicionamentos que restringem a submontagem continuam atuando dentro de uma
montagem principal após ser inserido.

Para posicionar uma submontagem, basta posicioná-la como se ela fosse uma
peça, utilizando suas faces e planos.

Não existem limites para níveis de submontagens. Podemos facilmente ter a


seguinte árvore organizacional em uma montagem simples:

410
Não existe um “template de submontagem”. Qualquer montagem feita no
SOLIDWORKS pode ser utilizada como submontagem a qualquer momento. Basta
ela ser inserida em uma montagem qualquer.

para criar uma nova submontagem vamos criar um arquivo novo de montagem
clicando em “Arquivo - Novo”, e vamos selecionar o template “Montagem_SKA”
novamente:

Ao abrir o comando “Iniciar montagem”, assim como selecionamos a peça


base da montagem “123”, vamos fazer o mesmo para essa montagem. Clique sobre
o botão procurar:

Encontre, selecione a peça chamada “A” e clique em “Abrir”:

Feito isso coloque a peça na origem. Faça isso clicando diretamente em “OK”
ou clicando sobre a origem da montagem quando a peça ficar presa no mouse.

Teremos então a peça presa na origem.

Vamos inserir uma 2ª instância desta mesma peça. Mas ao invés de utilizar o
comando “Inserir componentes”, vamos apenas segurar a tecla “Ctrl” pressionada
e vamos tentar arrastar a própria peça na área de gráficos:

Veremos que uma segunda peça idêntica a ela aparecerá:

411
Como a própria imagem acima mostra, ao fazer isso, uma nova peça aparece
na árvore de projetos. Sabemos que ela é a segunda instância pelo número que
aparece na frente do nome da peça. No caso existia a peça “A<1>” e agora temos a
“A<2>”. Assim como nos recursos de peça, esse nome é dado automaticamente pelo
SOLIDWORKS.

Podemos fazer o mesmo processo arrastando a peça dela árvore de projetos


segurando o “Ctrl” e arrastando a peça da árvore.

No total, vamos precisar de seis instâncias da peça “A”.

Porém, precisamos de duas instâncias da peça “A” que estão em outra


configuração. Como vimos, é possível criar diversas configurações de uma peça.

Para modificar uma configuração de uma peça, vamos clicar com o botão direito
sobre ela e vamos selecionar o ícone da opção “Propriedades do componente”.

412
Feito isso, teremos uma janela com diversas propriedades da peça. Dentro
dela, temos o campo “Configuração referida”. Dentro deste campo temos as
configurações que existem desta peça. Clique sobre a configuração “Final” e clique
em “OK”:

Faça isso em duas instâncias e teremos então quatro peças na configuração


“Comum” e duas peças na configuração “Final”.

413
Você também pode trocar as configurações dinamicamente sem a necessidade
de acessar o painel de propriedades conforme mostrado na etapa anterior.

Ao clicar na peça você terá a opção de troca de configuração em uma barra


superior do comando, conforme ilustração abaixo, basta selecionar a configuração e
clicar em ok.

Agora, vamos posicionar estas peças de modo que elas fiquem como é
mostrado abaixo:

São necessários posicionamentos de concentricidade e coincidência para


montar o conjunto. Mas vamos posicionar estas peças de uma maneira diferente.

Segurando a tecla “Alt” do teclado, basta clicar sobre uma das faces de
posicionamento e arrastá-la para a outra face de posicionamento. Uma vez que o
SOLIDWORKS identifica as faces, ele sugere o posicionamento que será adicionado,
assim como no posicionamento convencional.

A sequência normal de criação de um posicionamento seria:

Selecionar a ferramenta de posicionamento, selecionar as faces e adicionar o


posicionamento. Do modo que estamos sugerindo a sequência será:

414
Pressionar o “Alt”, manter o botão do mouse pressionado sobre uma das faces
nas quais adicionaremos o posicionamento, arrastar o mouse até a segunda face,
soltar o botão do mouse e escolher o posicionamento.

Embora seja um método que chamamos de “Posicionamento Inteligente”, é


normal sentir dificuldade para utilizar esta opção no início. Mas com o tempo você verá
que este processo é uma alternativa extremamente rápida para posicionar várias
peças.

Como foi explicado anteriormente, pressione o “Alt” e com o botão esquerdo


do mouse clique e segure, a primeira face circular de seleção e arraste ela até a
segunda face de referência:

Feito isso, veja que a janela flutuante aparece e nela podemos selecionar o
posicionamento desejado e confirmá-lo:

415
Utilize este método ou o método convencional e posicione as faces em
destaque na cor azul com o posicionamento “Concêntrico”.

Faça isso em uma peça de cada vez, e alterne o posicionamento de


“Concêntrico” e “Coincidente” entre as faces destacadas:

Vamos agora inserir a peça “B”:

Vamos adicionar um posicionamento avançado chamado “Largura” entre esta


peça e o conjunto de tiras que acabamos de montar.

416
O posicionamento de “Largura” ajusta o espaço entre quatro faces planas. É
um posicionamento muito utilizado quando a condição de simetria é importante dentro
da montagem e quando o espaçamento pode se modificar devido a alterações no
projeto.

O posicionamento de “Largura” pode ajustar largura entre

Seleção de largura Seleção de guia Resultado

417
É possível ver que independentemente do tipo de face ou da inclinação dela, o
posicionamento de “Largura” ajusta o espaçamento entre as entidades para que este
fique simétrico.

Para ativar este tipo de posicionamento, clique sobre o comando “Posicionar”


e dentro dele encontre o campo “Posicionamentos avançados” e clique em
“Largura”:

Nos campos “Seleções de largura” a “Seleções de guia” selecione os


seguintes campos:

418
Após isso, clique em “OK” e adicione um posicionamento de “concêntrico”
entre as seguintes faces:

Para finalizar está submontagem, vamos adicionar o componente “C”:

Este modelo serve para treinarmos a cópia de entidades e verificar um novo


método de posicionar peças como esta.

Este tipo de posicionamento também é valido para parafusos, onde temos a


aresta de uma furação e a aresta do final da rosca de um parafuso. Podemos adicionar
uma relação de coincidente entre duas arestas circulares de mesmo diâmetro.

Selecione as duas arestas que estão em destaque na imagem abaixo e depois


clique sobre o comando “Posicionar”. O SOLIDWORKS irá sugerir o posicionamento
“Coincidente”. Caso o modelo fique em posição errada, basta inverter o
posicionamento:

419
Faça isso com todas as seis instâncias até o modelo final ficar como mostra a
imagem abaixo:

Salve esta montagem clicando sobre o campo “Arquivo – Salvar como”.


Salve a montagem com o nome “ABC”.

Feche a montagem “ABC” e teremos novamente aberta a nossa montagem


“123”.

Vamos trazer a montagem “ABC” que acabamos de fazer para a montagem


“123” clicando no comando “Inserir componentes” e buscando-a. Verifique no canto
inferior direito se o filtro está buscando peças, montagens ou ambos:

420
Coloque a submontagem em qualquer local da montagem.

Para facilitar, vamos ocultar a tampa em azul da caixa. Para isso, clique com o
botão direito diretamente sobre ela e selecione o comando “Ocultar componentes”:

Feito isso, teremos uma visualização melhor da região de posicionamento.


Realize o posicionamento de “Concêntrico” utilizando as faces em destaque na cor
azul:

421
Faça o mesmo com as seguintes faces:

Uma vez feito isso, feche o comando de posicionar. Vamos adicionar um


posicionamento de largura de uma maneira diferente.

Na realidade a maioria dos posicionamentos podem ser adicionados utilizando


este método. Ele se baseia em apenas alterar a sequência criação do posicionamento,
marcando primeiro as faces e depois selecionando a fermenta “posicionar”.

Selecione as quatro faces destacadas abaixo. Para isso, utilize o “Ctrl”, quando
for marcar as faces. Não se preocupe com a sequência da seleção:

422
Quando as quatro faces estiverem selecionadas, pressione a tecla “S” no
teclado. Uma pequena janela aparecerá ao lado do mouse. Ela é um atalho para os
recursos mais utilizados:

Como sugere a imagem acima, clique sobre o comando “Posicionar”.

Teremos então o posicionamento “Largura” com os campos já preenchidos


pela seleção que fizemos previamente:

423
Confirme o comando. E vamos exibir a tampa da caixa.

sobre o modelo na árvore de projetos, que estará transparente, com o botão


direito do mouse e selecionar a opção “Exibir componentes”. Ou então, clique no
ícone da montagem principal com o botão direito do mouse e clique em “Exibir com
dependentes”. A diferença, é que esta segunda condição exibirá todo e qualquer
componente que esteja oculto na árvore de projetos. É uma alternativa mais rápida
para exibir diversos componentes ocultos na mesma montagem:

Realize o procedimento descrito acima e veja o modelo montado.

424
O problema é que não temos movimentação nenhuma na nossa montagem.
Isso acontece porque toda montagem adicionada em uma outra montagem vem com
um estado que chamamos de “Rígido”. Isso faz com que o SOLIDWORKS não tenha
que se preocupar em carregar o posicionamento da submontagem. Isso faz com que
o processamento fique muito mais leve dentro do SOLIDWORKS, já que ele não tem
que pensar em cada posicionamento que foi inserido nos níveis inferiores.

Vamos tornar então está submontagem “Flexível”. Para isso, clique sobre o
nome da montagem na árvore de projetos e selecione a opção “Tornar a
submontagem flexível”:

Vamos apenas adicionar um último posicionamento para ajustar a posição da


placa da “SKA”.

Adicione uma relação de “Paralelo” entre a face superior da placa e a face


superior da tampa da caixa:

425
Confirme o posicionamento e veja a movimentação que temos ao girar a
manivela:

Podemos ver melhor como o modelo funciona alterando a transparência das


peças. Clique sobre as peças “1” e “6” e clique em “Alternar transparência”.

Para voltar a exibir a peça com sua opacidade natural, clique novamente sobre
ela e clique sobre o comando novamente. Isso pode ser feito pela árvore de projetos
também.

426
12.7 Preparar e enviar

Até o momento criamos diversas peças. Mas esta é a primeira montagem. Uma
das coisas que se diferem na criação de uma montagem, é o processo que temos que
seguir para compartilhar o resultado.

Este ponto é importante porque vimos que quando salvamos uma peça, ela
realmente é um arquivo único. Podemos copiá-lo, compactá-lo e enviar por e-mail ou
gravar em um pen-drive. Mas um arquivo de montagem é apenas um arquivo que
busca diversas peças que estão muitas vezes separadas, em diversas pastas, por
exemplo, e esse arquivo apenas tem informações que criam uma organização destas
diversas peças. Portanto uma montagem precisa dos arquivos de peça.

Isto pode gerar alguns problemas para o compartilhamento.

Tomando como exemplo o modelo que acabamos de criar, vamos supor que
precisamos enviar esta montagem para um determinado cliente.

Se tentarmos simplesmente copiar o arquivo de montagem “123” que


teoricamente contém todos os componentes, e enviá-lo por e-mail, ao abrir o arquivo
o SOLIDWORKS indicará a falta dos arquivos de peça.

Para criar uma pasta, ou um arquivo “.zip” com todos os arquivos pertinentes
da montagem, vamos utilizar o comando “Preparar e enviar”.

O comando “Preparar e enviar” está dentro do campo “Arquivo”:

427
Ao selecionar o comando a seguinte janela aparecerá:

É possível pedir para “Incluir desenhos” (Detalhamento 2D), caso estes


tenham sido criados.

428
E uma vez que tudo o que é utilizado na montagem é inserido no comando
“Preparar e enviar”, podemos salvar uma pasta nova ou um arquivo “.zip” da
montagem e todas as suas peças.

Clique sobre o campo “Salvar no arquivo Zip”. Se for necessário clique em


“Procurar” para inserir um nome diferente e definir o local do arquivo “.zip”. Depois
clique em “Salvar”.

Caso os arquivos de peça estejam em pastas separadas e devidamente


organizados, é possível desabilitar a opção “Planificar para pasta única” para que
o SOLIDWORKS não coloque todos os arquivos em uma única pasta. Se
desabilitarmos esta opção o SOLIDWORKS vai criar um arquivo “.zip” com diversas
pastas de acordo com o nível organizacional dos arquivos na sua máquina.

12.8 Trilhas de seleção

Trilhas de seleção são uma exibição baseada no contexto da seleção atual.


Elas mostram elementos relacionados de um lado a outro da árvore hierárquica, da
entidade selecionada até a peça ou montagem de nível superior.

Essas trilhas permitem que você selecione algo na área de gráficos e refine
essa seleção através da representação do item com base no contexto. Por exemplo,
em uma montagem, quando você seleciona uma face, pode ver todos os
posicionamentos do componente ao qual a face pertence. Antes do SOLIDWORKS
2016, para exibir os posicionamentos era preciso clicar com o botão direito do mouse
no componente ou encontrar o componente na árvore de projeto do FeatureManager
e abrir a pasta de posicionamentos.

429
Trilhas fornecem acesso a toda a cadeia hierárquica de entidades do item
selecionado até o documento de nível superior. Além disso, trilhas fornecem acesso
a seleções comuns adjacentes às entidades na trilha, como o esboço subjacente de
um recurso, ou os posicionamentos de um componente.

Para que você possa acessar a trilha de seleção basta clicar em alguma face
do modelo que a trilha estará disponível, para facilitar a edição e a utilização da trilha
você pode clicar na face desejada e precisar a tecla “D” do teclado, desta forma a
trilha está disponível no cursor do mouse.

Caso queira realizar qualquer edição, clique no comando desejado como por
exemplo o recurso e selecione a opção editar recurso, conforme ilustração abaixo:

Salve e feche o modelo.

430
12.9 Exercício 42

Utilize as peças disponíveis na pasta “Exercício 42” e crie a montagem


conforme mostrado na imagem abaixo:

OBS: Não é necessário criar o detalhamento 2D.

431
12.10 Exercício 43

Utilize as peças disponíveis na pasta “Exercício 43” e crie a montagem


conforme mostrado na imagem abaixo:

OBS: Não é necessário criar o detalhamento 2D.

432
13 LIÇÃO 13 – UTILIZAÇÃO DE MONTAGENS

Após a conclusão bem-sucedida desta lição, você estará preparado para:

• Efetuar cálculo de propriedades de massa.

• Criar uma vista explodida de uma montagem.

• Adicionar uma lista de materiais para montagem.

• Copiar uma lista de materiais em um desenho.

433
13.1 Modelo de estudo

Primeiramente, vamos abrir a montagem “Interferência”:

13.2 Propriedades de massa

Sem movimentar o modelo, clique na aba “Avaliar”, clique sobre o comando


“Propriedades de massa”:

Ao clicar sobre este comando, na janela que se abre, temos diversas


propriedades, como a massa, o volume da montagem, e o centro de massa:

434
Embora já tenhamos visto esta opção nos arquivos de peça, existe uma
vantagem ao verificarmos justamente o centro de massa no ambiente de montagem.
É muito comum que quando desenvolvemos máquinas grandes, em certo momento
quando a máquina é construída, é normal a necessidade de içar a montagem. Com a
visualização do centro de massa fica muito mais fácil de determinar pontos de fixação
de olhais na máquina. Lembrando que os valores do ponto centro de massa em
relação aos eixos X, Y e Z são medidos em função da “origem da montagem.”

É possível em qualquer montagem, movimentar o conjunto e avaliar o centro


de massa, e depois movimentar novamente a montagem e verificar as modificações
do centro de massa.

13.3 Verificação de interferência

É normal que criemos montagens e por descuido, não prestemos atenção em


diversas dimensões e geometrias das peças que irão se relacionar.

Como esses erros podem ocorrer, temos ferramentas para verificar as


montagens.

435
Na mesma aba “Avaliar”, clique sobre o comando “Detecção de
interferência”:

Ao clicar neste comando, o seguinte campo de propriedades aparecerá e em


destaque temos as principais opções:

436
Clique em “Calcular”, no campo “Resultados” teremos a visualização de
diversas interferências.

Todas estas são resultantes da interferência dos pinos no rasgo guia:

Para corrigir isso nós podemos diminuir o pino ou aumentar o rasgo. Vamos
neste caso, aumentar o rasgo. Então feche o comando de “Detecção de
interferência”.

Clique com o botão direito do mouse sobre a peça “Componente móvel” e


selecione o ícone da opção “Abrir peça”:

437
Clique duas vezes sobre a face superior da peça para aparecer as dimensões
e modifique a dimensão de “7 mm” para “8 mm”:

Confirme a modificação, reconstrua a peça, salve e feche a peça


“Componente móvel”.

De volta a montagem principal, realize novamente a “Detecção de


interferência”. Ao clicar em “Calcular”, veja que no campo “Resultados”, a
seguinte anotação é exibida:

Portanto este primeiro problema da montagem está resolvido. Confirme o


comando de “Detecção de interferência”.

438
Mas este caso de estudo foi realizado em um modelo estático e o que temos é
na realidade uma peça que se movimenta. Portanto vamos ver como verificar colisões
em um modelo dinâmico.

13.4 Mover componentes

A movimentação pode ser feita em uma montagem como verificamos na lição


anterior. Mas a simples movimentação não garante que se montarmos as peças
modeladas no mundo real, tal movimentação realmente aconteça.

Vamos então ver como estas peças realmente se comportam com as condições
físicas aplicadas.

Clique no comando “Mover componente” na aba “Montagem”:

Temos então o seguinte campo de propriedades com as opções que vamos


selecionar:

439
Deixe o campo de propriedades do seu SOLIDWORKS como é mostrado
acima. Feito isso, arraste a peça “Componente móvel” e veja que ao arrastá-la para
a esquerda temos a colisão das faces que estão em destaque na imagem abaixo:

E ao arrastá-la para a direita temos a colisão das seguintes faces:

440
Isso mostra que realmente não podemos movimentar a peça até o final dos
rasgos.

Vamos modificar o modelo “Base”. Clique com o botão direito do mouse sobre
a peça e clique em “Abrir peça”:

Modifique então o diâmetro do pino central de “13 mm” para “11,5 mm”

Temos mais do que um problema de colisão durante a movimentação, e


precisamos corrigir este outro problema. E muitas vezes não precisamos modificar
dimensões, mas sim adicionar recursos que modifiquem a geometria do nosso
modelo.

Para corrigir o pino quadrado, vamos apenas adicionar um filete com o raio de
“2 mm” nas arestas destacadas abaixo:

441
Na sequência, salve o arquivo “Base” e feche-o, voltando para a montagem
principal.

Realize novamente a verificação de “Detecção de colisão” e veja que agora os


limites da movimentação são dados pelas seguintes colisões:

Como o modelo se movimenta livremente pelos pinos até atingir os limites dos
pinos externos, podemos concluir esta verificação.

442
13.5 Vistas explodidas

Podemos criar vistas explodidas através de simples arrastos feitos dentro de


uma ferramenta específica para a criação de vistas explodidas.

As vistas explodidas podem ser criadas e utilizadas em detalhamentos 2D e em


animações para expor um processo de montagem de forma simples.

Abra a montagem “Montagem caminhão”:

Clique sobre o comando “Vista explodida” na aba “Montagem”:

Dentro da aba de propriedades temos as seguintes opções:

443
Desmarque a opção “Espaçar componentes automaticamente após
arrastar” e clique sobre a Estrela. Você verá uma tríade de movimentação aparecer
sobre o modelo:

444
Utilizando a seta verde que está relacionada ao eixo “Y”, arraste a peça até
que esta saia do seu furo de encaixe:

Ao soltar o mouse, você verá que uma etapa de explosão foi criada na aba de
propriedades. Clique em concluído para validar a etapa.

445
Retire na sequência o Retângulo, o Círculo, a Elipse, o Triângulo e por fim o
Hexágono. Deixe sempre uma peça mais alta do que a outra sucessivamente para
que depois fique fácil a sua visualização. O resultado será o seguinte:

É muito importante que durante a criação da explosão, não seja pressionada a


tecla “Esc”. Caso isso seja feito, o comando de criação de vista explodida é cancelado
e fechado.

O processo de explosão ainda não está concluído. Habilite selecionar peças da


submontagem. Vamos dar sequência a ele selecionando as duas rodas laterais em
destaque e arrastá-las na direção do eixo “X”:

446
Depois selecione os eixos e movimente-os também em relação ao eixo “X”:

Crie a explosão das duas outras rodas do modelo:

E por fim, vamos selecionar as quatro rodas, os dois eixos e movimentá-los


verticalmente para baixo utilizando novamente como referência o eixo “Y”:

447
Agora que terminamos a explosão, podemos ajustar melhor qualquer distância
de explosão clicando sobre a etapa de explosão, que estão listadas na aba de
propriedades e arrastar a pequena seta sobre a peça ou as peças que foram
selecionadas nessa etapa:

Épossivel trabalhar com a barra de reversão dentro da etapas de explosão. E


suprimir alguma etapa. Assim como é possível alterar a ordem de criação das etapas.

448
Clique em “OK” para confirmar a criação da vista explodida.

A vista explodida é criada como uma configuração de montagem. Podemos ir


até a aba de configurações e ver que dentro da configuração “Valor predeterminado”
existe uma configuração chamada “Vista Explodida1”. Ela pode ser ativada e
desativada apenas clicando duas vezes sobre ela ou clicando com o botão direito do
mouse e pedindo para “Recolher” ou “Explodir” a montagem:

Ou

Caso seja necessário criar alguma modificação basta selecionar a opção


“Editar recurso”.

449
Clicando com o botão direito sobre a configuração “Vista Explodida1”, é
possível também, pedir para “Animar recolhimento/explosão”. Aonde podemos ver
a movimentação gerada pelo processo de recolhimento/explosão, e se for o caso
salvar esta animação:

Obviamente, é possível criar animações de maneira muito mais completas


dentro do SOLIDWORKS com muitos outros recursos, mas não vamos abordar esses
recursos neste curso.

Agora que temos uma montagem em vista explodida, vamos criar uma
visualização para melhor posicionar todas as peças. Abaixo temos uma posição boa,
na qual vemos bem todas as peças explodidas:

Agora pressione a “Barra de espaço” do seu teclado e veja que aparecerá a


seguinte janela:

450
Como sugere a imagem acima.

Clique sobre o comando “Nova vista”. Ao clicar sobre ele, o campo a seguir irá
aparecer.

Digite o nome da nova vista. Como exemplo, criamos a vista “Vista para
explosão”. Clique em “OK” e pressione a “Barra de espaço” para a janela anterior
também desaparecer.

Agora, toda vez que pressionarmos a “Barra de espaço” existirá o campo com
a “Vista para explosão”. Ao clicar sobre ela duas vezes, a posição da vista sempre
se atualizará para a que selecionamos, assim como uma vista padrão como a frontal,
posterior, superior ou lateral.

Desative a condição explodida da montagem e salve o arquivo, mas não feche


a montagem ainda.

13.6 Detalhamento 2D de montagens

A criação de um detalhamento 2D de montagem é feita exatamente como o


detalhamento 2D de uma peça.

Vamos começar clicando sobre o campo “Criar desenho a partir da


montagem” no campo “Arquivo”:

Selecione o template “A3_SKA” na aba “Templates SKA” e clique em “OK”:

451
Arraste algumas vistas da “Paleta de vistas”. As vistas, cortes e anotações
podem ser adicionados normalmente, como se estivéssemos criando um desenho de
uma peça.

As propriedades personalizadas funcionam exatamente da mesma forma que


nas peças. Inclusive veremos na sequência a criação de uma lista de materiais, que
pode buscar propriedades personalizadas de cada uma das peças individualmente.

Insira as diversas vistas, inclusive a “Vista para explosão”, como mostra a


imagem abaixo:

452
Antes de continuarmos vamos nos atentar a um detalhe da imagem acima, veja
que a minha vista frontal por acaso é a lateral do caminhão enquanto a sua vista frontal
é a frente do caminhão, ou seja, a minha está errado, para mudarmos as vistas
primeiramente abra a montagem do caminhão, (botão direito em qualquer vista e clicar
em “Abrir montagem”) selecione a face de frente do caminhão e selecione a opção
“Normal a”:

Agora pressione a “Barra de espaço” de seu teclado e habilite a opção


“Atualizar vistas padrão”:

Dentro do comando precisamos demonstrar para o SOLIDWORKS qual vista


será a atual, como queremos que seja a frontal, basta selecionar a vista frontal:

453
Na mensagem clique em sim.

Após corrigido o modelo vamos continuar com a lição.

Para modificar a escala da “Vista para explosão”, dentro do campo de


propriedades da vista encontre o campo escala e modifique para o campo “Usar
escala personalizada”, defina o campo abaixo como “Definido pelo usuário” e
adicione o valor “1:3”:

Como vimos, a vista explodida é apenas uma configuração da montagem.


Portanto, isso nos leva a imaginar que é possível modificar configurações de peças e
de montagens nas vistas de desenho 2D.

Para fazer isso, clique com o botão direito do mouse sobre a vista cuja qual
deseja modificar a configuração ativa. Selecione a opção “Exibir no estado
explodido”.

454
Teremos então uma vista que criamos dentro do ambiente 3D, que foi trazida
para o detalhamento 2D e ainda na condição explodida:

13.7 Lista de materiais (BOM)

Agora que temos o modelo explodido e todas as suas vistas criadas, vamos
expor as peças que existem na montagem a partir de uma Lista de materiais, ou
“BOM” do inglês “Bill Of Materials”, como também é conhecida.

Para criar uma Lista de materiais, vamos clicar sobre o comando “Lista de
materiais” que está no campo “Inserir – Tabelas”:

455
Ao clicar sobre o comando, será solicitado que cliquemos sobre a vista que vai
ser a referência para a criação da lista de materiais:

Clique sobre a vista explodida e ao fazer isso, temos mais um campo de


propriedades. Deixe o campo de propriedades da sua máquina como é exibido abaixo:

456
Um campo que vale ser discutido neste momento é o de “Tipo de BOM”.

Elas são o seguinte:

Somente nível superior – O modo de organização da lista de materiais segue


a árvore de projetos, criando uma tabela que exibe as peças e montagens que foram
inseridas no último nível da montagem como um item da lista;

Somente peças – Como se não existissem submontagens, todas as peças são


tratadas como um item da lista;

457
Recuado – Nesta condição, a lista de materiais é criada mostrando as peças
no nível principal, as submontagens e mostra abaixo das submontagens, as peças
que as criam. Com a possibilidade de ocultar e dissolver estas peças de
submontagem.

Depois de configurar o seu campo de propriedades, clique em “OK” e você


verá que preso ao seu mouse existirá uma tabela. Clique no local aonde deseja
colocar a tabela:

Existe a possibilidade de movimentar a tabela e modificar algumas de suas


propriedades. Para isso, podemos simplesmente clicar sobre um pequeno campo no
canto superior esquerdo da tabela:

458
Como a própria imagem acima mostra, podemos selecionar a tabela e clicando
sobre o ícone que contém a letra “A”, podemos modificar a fonte da tabela e os
alinhamentos dela. Podemos modificar o layout da tabela à vontade.

Vamos agora modificar a propriedade personalizada na coluna “C”. O campo


descrição que neste momento aparece em branco para as peças é uma propriedade
personalizada que o próprio SOLIDWORKS sugere como uma inserção. Mas vamos
localizar uma propriedade intitulada simplesmente “Propriedade” e ver os seus
valores na tabela.

Dê um duplo clique com o botão esquerdo do mouse sobre a coluna “C”. Assim
surgirá uma janela aonde podemos buscar as “propriedades” que existem nos
arquivos de peça:

459
Teremos então a propriedade na coluna e os valores atribuídos a esta
propriedade em cada peça:

O SOLIDWORKS já cria um número de referência para o item, e calcula a


quantidade dessa peça na montagem.

Falta agora, apenas identificar estas peças na vista explodida com a utilização
de balões.

13.8 Balões

Os balões são normalmente utilizados para identificar cada uma das peças pelo
número do item que está descrito na “Lista de materiais”.

Clique sobre a vista explodida e clique no comando “Balão automático” que


está na aba “Anotação”:

460
Teremos então um campo de propriedades aonde podemos modificar
sequência de número dos itens, realocar a posição dos balões de algumas formas
automáticas e configurar o texto que temos no balão:

É possível já ver que aparecerá uma prévia de como os balões ficarão se


pressionarmos “OK”. Mas não vamos adicionar os balões automáticos.

461
Obviamente, que depois de adicionarmos os balões de forma automática,
podemos modificar as suas propriedades e posições. Mas justamente por este método
ser automático, é normal que muitos balões não fiquem como o desejado.

Portanto neste modelo simples, vamos inserir os balões de forma manual com
a simples ferramenta “Balão”:

Clique sobre as peças na face, aresta ou vértice aonde deseja adicionar a


fixação do balão e na sequência, no local onde o balão ficará:

Caso o balão fique anexado em uma peça errada ou em um local indesejado,


basta arrastar o ponto de fixação do balão, que é mostrado pela seta do mouse, para
outro local.

Com estas informações, crie os balões até ter o seguinte modelo:

462
É possível também adicionar dimensões ao modelo se este for o caso.

E teremos então o modelo final após a modificação de algumas fontes e adição


de dimensões:

Salve o arquivo de detalhamento 2D

463
13.9 Exercício 44

Abra a montagem disponível na pasta “Exercício 44” e realize a


movimentação utilizando o comando "Mover componente" na condição de
"Detecção de colisão". O comportamento esperado é fim de curso do pistão:

464
13.10 Exercício 45

Abra a montagem disponível na pasta “Exercício 45” e crie sua vista explodida
e seu detalhamento 2D conforme mostrado na imagem abaixo:

OBS: Utilize a propriedade "SW - Nome da configuração" na coluna C da


Lista de Materiais.

465
14 LIÇÃO 14 SOLIDWORKS SIMULATIONXPRESS

Após a conclusão bem-sucedida desta lição, você estará preparado para:

• Iniciar o SOLIDWORKS SimulationXpress.

• Seguir as etapas básicas de análise de projetos.

• Avaliar a segurança do projeto.

• Avaliar a precisão dos resultados.

• Documentar o projeto.

466
14.1 Sobre o SimulationXpress

O SOLIDWORKS SimulationXpress oferece uma ferramenta de análise de


tensão inicial fácil de usar para os usuários do SOLIDWORKS. O SimulationXpress
pode ajudá-lo a reduzir os custos e o tempo até a introdução no mercado testando
seus projetos no computador em vez de no campo.

Se o SOLIDWORKS Simulation estiver instalado no seu computador, você


precisa desmarcá-lo na lista Suplementos de produtos de software compatíveis para
poder acessar o SimulationXpress.

O SimulationXpress usa a mesma tecnologia de geração de simulações do


SOLIDWORKS Simulation para executar análises de tensão. Recursos de análise
mais avançados estão disponíveis na linha de produtos SOLIDWORKS Simulation. A
interface do Assistente do SimulationXpress usa elementos da interface do Simulation
completo para guiá-lo em um processo passo a passo para especificar acessórios de
fixação, cargas e materiais, executar a simulação e verificar os resultados.

14.2 Porque usar Simulações

Depois de construir seu projeto no SOLIDWORKS CAD 3D, você pode precisar
de respostas para questões como:

a) Esta peça pode quebrar?

b) Como será sua deformação?

c) Posso usar menos material sem afetar o desempenho?

467
Sem ferramentas de simulação, essas perguntas só podem ser respondidas
com ciclos de desenvolvimento de projetos demorados e dispendiosos que
geralmente incluem as seguintes etapas:

1) Construção do modelo no sistema SOLIDWORKS CAD.

2) Criação de um protótipo do projeto

3) Teste do protótipo em campo.

4) Avaliação dos resultados dos testes de campo.

5) Modificação do projeto com base nos resultados dos testes de campo.

Esse processo continua até que uma solução satisfatória seja encontrada. O
Simulation pode ajudá-lo a executar as seguintes tarefas:

• Reduzir o custo testando o modelo no computador em vez de dispendiosos


testes de campo.

• Reduzir o tempo necessário para o produto entrar no mercado, diminuindo


a quantidade de ciclos de desenvolvimento.

• Otimizar seus projetos simulando conceitos e cenários antes de tomar a


decisão final.

14.3 Análise de Tensão

A análise de tensão ou estática calcula os “deslocamentos”,


“deformações” e “tensões” em uma peça com base nos materiais, acessórios
de fixação e cargas. Um material falha quando a tensão atinge um determinado
nível. Diferentes materiais falham com diferentes níveis de tensão. O
SimulationXpress usa a análise linear estática, baseada no Método de
Elementos Finitos, para calcular as tensões. A análise linear estática adota
“várias pressuposições” para calcular as tensões na peça.

468
14.4 Simulação

Vamos iniciar nossa primeira análise no SOLIDWORKS SimulationXpress.


Nosso modelo será um gancho que é feito de liga de aço, está fixado no furo e
carregado com uma força de 1500 libras, conforme imagem abaixo:

Abra o arquivo “Gancho”, que está localizado na pasta desta lição.

Inicie a ferramenta do SimulationXpress, clicando na aba “Ferramentas >


Produtos Xpress” e em seguida “SimulationXpress”.

469
Será apresentada uma janela solicitando o código de ativação. Acesse o site
descrito na mensagem e faça login no MySolidWorks para obter o código de ativação.
Caso tenha acesso ao MySolidWorks, crie uma conta utilizando seu número de série
para obter um código.

Ao efetuar o login será apresentada uma página como a seguir:

470
Na janela do “Assistente de Análise”, clique em “Avançar”, para que
possamos iniciar as definições de análise.

Agora vamos definir os pontos de fixação, ou seja, em que parte deste modelo
estará fixo clique em “Adicionar um recurso de fixação”.

471
Defina a “face fixa”, como na imagem, em seguida confirme o comando.

Após definir a face de fixação, clique em “Avançar” no “Assistente de


Análise”, para que possamos adicionar o carregamento.

Para esta análise vamos utilizar a opção “Adicionar uma força”.

472
Em seguida, configure conforme os dados abaixo:

• Clique em “Adicionar uma força”.

• Na área de gráficos, selecione as duas faces mostradas na figura abaixo.

• Clique em “Direção selecionada”.

• Na árvore de projeto do FeatureManager, clique em “Plane2”.

Nota: Plane2 aparece na caixa Plano para direção. Observe que a força está
dirigida para cima.

• Selecione “Inverter direção”.

• Digite 1500 para a força.

Nota: O SimulationXpress aplica 1500 libras a cada face selecionada


resultando em um total de 3000 libras.

• Clique em OK.

473
Força-1 aparece na árvore de estudos do SimulationXpress, e uma marca de
verificação aparece ao lado de Cargas no painel superior do Assistente do
SimulationXpress, mostrando que essa etapa foi concluída.

Agora vamos definir o material do nosso modelo, clique em “Escolher


material”, selecione a classe de material “Aço” e em seguida “Liga de aço”, clique
em “Aplicar” para concluir.

474
Após definir o material clique em “Avançar”, agora basta iniciarmos a nossa
simulação, selecionando a opção “Executar simulação”.

Quando a análise terminar, uma animação da peça deformada aparecerá na


área de gráficos e uma marca de verificação será exibida ao lado de “Executar” e
“Resultados” no SimulationXpress.

Depois de ver a animação, clique em “Parar animação”. Em seguida clique


em “Sim, continuar” para ver os resultados.

A etapa “Resultados” indica que o fator de segurança mínimo do modelo é


aproximadamente 7,597, o que significa que não é esperado que o modelo falhe sob
as cargas e os acessórios de fixação especificados.

475
14.5 Calcular a força máxima

Com base na pressuposição de estática linear da análise de tensão,


podemos calcular a força máxima como indicado a seguir:

• Força aplicada a cada face = 1500 libras.

• Fator de segurança mínimo estimado = 7,597.

• Em geral, as regiões críticas da peça começarão a ceder quando for


aplicada uma nova carga igual à carga atual multiplicada pelo fator de
segurança mínimo calculado.

• Neste caso, as regiões críticas da peça começarão a ceder se aplicarmos


uma força de aproximadamente 1500 X 7,597 = 11.395 libras a cada uma
das duas faces.

14.6 Exibir a plotagem da tensão equivalentes

No SimulationXpress você vê uma quantidade de tensão chamada tensão


equivalente (ou de von Mises). Embora a tensão equivalente em um ponto não define
exclusivamente o estado de tensão daquele ponto, ela fornece informações
adequadas para a avaliação da segurança do projeto para diversos materiais
maleáveis.

Ao contrário dos componentes de tensão, a tensão equivalente não tem


direção. Ela é totalmente definida por sua magnitude, a partir de unidades de tensão.
Para calcular os fatores de segurança em pontos diferentes, o SimulationXpress usa
o critério de resistência de von Mises, que determina que um material começa a ceder
em um ponto quando a tensão equivalente atinge o limite de resistência do material.

476
Para exibir a tensão de von Mises, clique em “Exibir tensão de von Mises”
no painel do “Assistente de Análise”. O resultado será mostrado conforme a imagem
abaixo:

No Assistente do SimulationXpress, clique em “Exibir deslocamento”.

A plotagem de deslocamento resultante é exibida.

477
14.7 Fator de Segurança

O SimulationXpress usa o critério de tensão de von Mises máxima para calcular


os fatores de segurança. Este critério afirma que um material flexível começa a ceder
quando a tensão equivalente (tensão de von Mises) atinge o limite de resistência do
material. O limite de resistência (SIGYLD) é definido como uma propriedade do
material. O SimulationXpress calcula o fator de segurança em um ponto dividindo o
limite de resistência pela tensão equivalente naquele ponto.

Para exibir o fator de segurança, clique em “Exibir onde o fator de segurança


(FOS) é inferior a”, se desejar você poderá modificar o valor de segurança para
verificar os resultados.

478
Agora podemos gerar o relatório com todas as informações da análise, assim
como você poderá publicar a simulação em um arquivo do eDrawings.

Para que você possa gerar um relatório, clique em “Terminar o exame dos
resultados” e em seguida clique em “Gerar relatório”.

Salve e feche o modelo.

479

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