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DO ESTADO DO PARÁ
GOIEPA
CONFEDERAÇÃO MAÇÔNICA DO BRASIL - COMAB marcelo
____________________________________
Grão Mestre
_________________________________________________________
membro do Quadro de Obreiros da Augusta e Respeitável Loja
Maçônica
_________________________________________________________
do Oriente de
______________________________________________,
que se compromete a usá-lo, zelar por seu estado e mantê-lo em lugar
seguro e inacessível ao manuseio e uso indevido de quem não possa ou
não deva ter acesso a ele. Fica também seu usuário ciente de que a
devolução deste exemplar à referida Loja e esta ao GOIEPA, far-se-á tão
logo cessem os motivos de sua posse temporária.
_____________________________ ________________________
Ven.·.M.·.Chanc.·.
INDICE
ALEGORIA DO GRAU
O Aprendiz
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A MAÇONARIA
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3. A Maçonaria é, portanto, acessível aos homens de todas as classes
sociais e de todas as crenças religiosas ou políticas, com exceção daquelas
que privem o homem da liberdade de consciência, restrinjam os direitos e a
dignidade da pessoa humana, exijam submissão incondicional aos ditames
de seus superiores, ou façam dele instrumento de combate aos princípios da
Maçonaria;
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Maçonaria não é uma religião, nem professa um culto; quer a instrução
livre. Sua doutrina se condensa toda neste princípio: “Ama a teu próximo”.
Àquele que teme as discussões políticas, a Maçonaria diz: “Eu condeno
qualquer discussão sectária em minhas reuniões. Sirva fiel e devotadamente
a tua Pátria, sem esquecer os postulados da Liberdade, Igualdade e
Fraternidade, e não indagarei de tuas preferências político-partidárias.
O amor à pátria é perfeitamente compatível com a prática de todas as
virtudes. A sua moral é a mais pura, pois funda-se sobre a primeira das
virtudes - a solidariedade humana”.
O verdadeiro Maçom pratica o bem e leva sua solidariedade aos infelizes,
quaisquer que sejam eles, na medida de suas forças. O Maçom deve, pois,
repelir, com sinceridade e desprezo, o egoísmo e a imoralidade.
Os ensinamentos maçônicos induzem seus adeptos a dedicarem-se à
felicidade de seus semelhantes, não porque a razão e a justiça lhes
imponham esse dever, mas porque esse sentimento de solidariedade é a
qualidade inata que os fez filhos de Deus e irmãos de todos os homens,
fiéis observadores da lei do amor universal.
Nessas condições, o objetivo do Grande Oriente Independente do Estado do
Pará é manter o constante progresso da Maçonaria, seu antigo e verdadeiro
caráter de apostolado da mais alta moralidade, da prática das virtudes, da
Liberdade, da Igualdade e da Fraternidade, por disciplina consciente, a fim
de que os Maçons, ampliando todas as faculdades morais e espirituais,
possam cumprir seus múltiplos deveres e infundir, nos usos e costumes da
sociedade civil a que pertençam, os princípios da filosofia humanitária.
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O Rito Escocês surgiu na França por volta de 1730/35, nos graus
simbólicos, depois da introdução da Maçonaria Inglesa. Pouco depois,
foram sendo criados os graus “inefáveis”, a partir do “Mestre
Escocês”.Compõe-se o Rito de trinta e três Graus: três simbólicos e trinta
superiores. Em 1758, fundou-se em Paris o “Conselho dos Imperadores do
Oriente e do Ocidente - Grande e Soberana Loja Escocesa São João de
Jerusalém”, que introduziu um sistema do Rito Escocês, de 25 graus,
denominado Rito de Perfeição ou de Herédom.
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DISPOSIÇÃO E DECORAÇÃO DO TEMPLO
Podemos afirmar que ela é uma “entidade ligada a uma Potência, que
congrega em seu quadro um número ilimitado de Obreiros para o estudo e
prática da Maçonaria”.
- O Ocidente
- O Oriente
O ÁTRIO
As Colunas Vestibulares
Considera-se átrio a parte que antecede o templo. A palavra "átrio" nos vem
dos templos romanos, querendo exprimir a idéia de pátio, ou seja, um
pórtico romano coberto, no interior dos edifícios. Em um templo maçônico,
o átrio é o espaço onde devem ficar as duas grandes colunas, chamadas
Colunas Vestibulares, que devem ser ocas, de bronze e de ordem egípcia.
No fuste da coluna, ou seja, a parte que fica entre o capitel e a base, à
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direita da entrada, ou ao Sul, deve estar gravada a letra “J”, e na coluna à
esquerda, ou ao Norte, a letra “B”. No capitel das duas colunas
encontramos três romãs em cada uma delas, distribuídas igualmente de
modo a sustentar um globo celeste na coluna J e um globo terrestre na
coluna B. No átrio também deve ficar o Cob.·. Externo até a abertura dos
trabalhos, voltando a ocupar este lugar antes do encerramento.
Sala dos Passos Perdidos
Livros de Presença e Vestíbulo
Ao Átrio, precede a Sala dos Passos Perdidos, onde devem permanecer os
Visitantes até a sua entrada ao templo, no momento adequado. Também
ficam na Sala dos Passos Perdidos os Livros de Assinatura e o Vestíbulo.
O OCIDENTE
O TETO DO TEMPLO
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COLUNAS ZODIACAIS
COLUNAS DO TEMPLO
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ESTRELA FLAMEJANTE
É uma alegoria estudada em graus superiores ao de Aprendiz, constando de
uma estrela dourada de cinco pontas com a letra G em seu centro,
pendendo-se da abóbada celeste e colocada acima do altar do 2º Vig.·..
PAREDES DO TEMPLO
As paredes do templo são de cor vermelha, não se recomendando gravuras
de qualquer espécie nelas impressas.
CORDA DE 81 NÓS
Na frisa da parede, rodeando-as ao alto, entre ela e a abóbada, pendura-se
uma corda com 81 nós emblemáticos em forma de infinito ou nó 8, que
termina em borlas pendentes em cada um dos lados da porta de entrada do
templo. Esta corda circunda todo o templo, sendo que o nó de número 41
deve ficar à altura da cadeira do Ven.·. M.·..
PAVIMENTO MOSAICO
No eixo do templo, em posição zenital, encontra-se o Pavimento Mosaico,
composto por quadrados brancos e negros que devem ter de 2 a 3 metros de
comprimento, por 1 a 1,5 metros de largura, dependendo do tamanho do
templo.
ORLA DENTEADA
Nas extremidades do Pavimento Mosaico, existem triângulos também
negros e brancos, colocados em cores alternadas, cujas pontas são voltadas
para as paredes do templo. A esta alegoria chamamos de Orla Denteada.
ALEGORIAS E CORES
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PAINEL DO GRAU DE APRENDIZ
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ASSENTOS
COLUNA DO SUL
Coluna de Harmonia
No encontro das paredes fronteiriças do templo, ao
Sul e na entrada, vamos encontrar a Coluna de Harmonia, isto é, o espaço
destinado para execução das melodias executadas durante as diferentes
sessões maçônicas. Este espaço, utilizado pelo M.·. de Harm.·., recomenda-
se estar sempre ocupado, pois a música eleva os espíritos em sentimentos
de fraternidade e concorre para a harmonização dos trabalhos.
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Pedra Cúbica
Colocada na base do altar do 2º Vig.·. .
COLUNA DO NORTE
Mar de Bronze
Localizado no extremo Norte à esq.·. do altar do 1º Vig.·. .
Pedra Bruta
Colocada na base do altar do 1º Vig.·. .
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O ORIENTE
Balaustrada
O Oriente é separado do Ocidente, à direita e à esquerda, por uma
balaustrada, constante de várias pranchas de um metro de altura, colocadas
em seqüência, com um terço do comprimento da largura de cada lado. A
passagem entre ambas tem também um terço.
Degraus do Oriente
Do Ocidente para o Oriente se sobe por quatro degraus: Força, Trabalho,
Ciência e Virtude.
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Carta Constitutiva
Ao pé direito desta mesa encontra-se a Carta Constitutiva, um atestado de
reconhecimento que o Grande Oriente Independente do Estado do Pará
envia às Lojas, autorizando o seu regular funcionamento.
Dossel
Bem em frente à porta de entrada, no extremo do Oriente, recobrindo o
altar, é colocado um dossel vermelho com franjas douradas, debaixo do
qual fica o sólio ou cadeira do Ven.·. M.·., pela qual se sobe por três
degraus: Pureza, Luz e Verdade.
Cadeiras no Oriente
No Oriente tomam assento à esquerda da cadeira central, ao Sul, os Irmãos
Mestres Instalados (Ex-Veneráveis Mestres) e à direita, ao Norte, as demais
autoridades maçônicas. São cadeiras comuns, que no rito Escocês, devem
possuir seus estofos na cor vermelha.
Sol e Lua
O Delta Luminoso é ladeado por duas grandes luminárias terrestres: o Sol e
a Lua.
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Tetragrama Hebraico
Estandarte e Bandeiras
No extremo do Oriente, na convergência das paredes do fundo e laterais,
está à esquerda do Ven.·. M.·., o Estandarte da Loja, que deve ter a
predominância da cor vermelha, devendo constar em letras góticas o nome
distintivo da Loja e seu número, o rito, data de fundação, oriente a qual está
sediada e abaixo a sua filiação junto ao Grande Oriente Independente do
Estado do Pará.
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visitante devem levar seu estandarte e apresentarem-se com ele no templo,
para que os presentes vejam que ali está a delegação daquela Loja.
Assentos no Oriente
No Oriente tomam assento, além dos Oficiais acima qualificados, os
Mestres Maçons convidados pelo Ven.·. M.·.. Não é permitido a nenhum
Mestre Maçom tomar assento no Oriente sem convite.
Este altar deve ter a mesma altura do altar do Ven.·. M.·. por 60
centímetros de largura.
A COR DO RITO
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ESPADAS
As espadas são portadas sempre com a mão direita. O seu portador, quando
em pé ou circulando, deve ter o braço colado ao corpo, junto ao quadril
direito, fazendo uma esquadria com o antebraço e mantendo a espada
verticalmente com a ponta voltada para cima. O Cob.·. e o Cob.·. Externo
devem empunhá-la, mantendo-a obliquamente em direção ao ombro esq.·.,
com o punho junto ao coração porque neste caso, a espada tem uma
conotação de segurança, ou seja, a proteção física dos Irmãos reunidos em
Loja. Em todos os outros cargos que exigem a participação da espada, ele
deve ser carregada da maneira descrita no primeiro parágrafo.Nenhum
Irmão portando espada fará sinais ou saudações
.
ESPADA FLAMEJANTE
BASTÕES E JOIAS
MALHETE
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determinar o início de um fundamento da sessão, conceder, pedir ou retirar a
palavra, chamar a atenção dos obreiros e para os demais procedimentos
ritualísticos. Nunca deve ser usado para a execução de sinais ou de
saudações. Em pé, parados ou circulando, o Ven.·. M.·. e os Vigilantes
portam o malhete em direção à frente, com a mão direita, tendo o braço
colado ao corpo, fazendo uma esquadria com o antebraço.
ABÓBADA DE AÇO
CIRCUNVOLUÇÃO E SAUDAÇÃO
A circunvolução deve ser feita com passos naturais, sem o Sin.·. de Ord.·..
Quando o Irmão cruzar o eixo do equador do templo, proveniente do
Hemisfério Norte para o Hemisfério Sul e passar ao lado da balaustrada,
deve parar, postar-se à ordem pelo Sin.·.Gut.·. e fazer o Sin.·. de Saud.·. ao
Delta, após o que se dirige naturalmente para o ponto desejado. Quando
cruzar o eixo do templo, do Hemisfério Sul para o Hemisfério Norte, ao seu
fundo, próximo à porta do templo, não fará nenhuma saudação, pois esta se
faz somente ao Delta.
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No Oriente, também a circunvolução se faz com passos naturais, sem
necessidade da observância do sentido horário.
A subida ao Oriente sempre se faz pelo lado Norte, onde o Irmão que o
alcança, deve parar antes de subir os quatro degraus (Força, Trabalho,
Ciência e Virtude), fazer o Sin.·. de Ord.·., a seguir a saudação ao Delta e
somente depois disto, sobe as escadas rumo ao Oriente. A descida é feita
sempre pelo Sul, quando o Irmão que deixa o Oriente, deve parar, virar-se
de frente para o Delta, fazer o Sin.·. de Ord.·., repetir a saudação, virar-se
de frente e descer as escadas do Oriente. Os degraus do Oriente são
alcançados normalmente, um a um, com os pés alternando-se. Não há
paradas, nem junção dos pés nos degraus.
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Saudação ao entrar e sair do Oriente
Todo Obreiro ao ter acesso ao Oriente, sempre pelo Norte, ao chegar à
balaustrada, antes de subir pelos seus quatro degraus (Força, Trabalho,
Ciência e Virtude), deve parar, postar-se à ordem pelo Sin.·.Gut.·. e fazer o
Sin.·. de Saud.·. ao Delta. Ao deixar o Oriente, pelo lado Sul, da mesma
forma, deve parar, virar-se de costas para o Ocidente, postar-se à ordem
pelo Sin.·.Gut.·. e fazer o Sin.·. de Saud.·. ao Delta. Ao fazer a
circunvolução no Oriente não há necessidade de saudação ao cruzar o
Delta.
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sobre tudo o que ocorreu na sessão, faz depois o Sin.·. de Saud.·. às Luzes e
aguarda a permissão para deixar o templo.
Identificação
Nunca chegar atrasado aos trabalhos, verificando antecipadamente seu
horário;
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Ao pedir a palavra, deve fazê-lo corretamente, de acordo com nossos
princípios, isto é, “bater com as palmas das mãos uma na outra e
levantar a mão direita”, identificando-se ao Vigilante da Coluna onde
tem assento ou diretamente ao Venerável Mestre, caso esteja no Oriente;
Nunca usar a palavra em nome da Loja, se não tiver para isto, licença de
seu Venerável Mestre;
Simboliza uma masmorra. Por isso, de preferência, suas paredes devem ser
revestidas de pedras escuras. Caso contrário, pintadas de preto. Do exterior,
nenhuma luz.
Sobre a mesa, papel, caneta, campainha e um castiçal com uma vela acesa.
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Na parede da frente, acima da mesa, pintadas com tinta branca, as letras
V.I.T.R.I.O.L. (visita interioraterrae, rectificandoque, inveniesoccultum
lapidem - visita o interior da terra, e retificando, encontrarás a pedra
oculta).
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PAINEL ALEGÓRICO DA CÂMARA DAS REFLEXÕES
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AS VESTES DO APRENDIZ MAÇOM
O AVENTAL
BALANDRAU
Cargo Joia
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1º Vig.·. Um Nível
2º Vig.·. Um Prumo
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Mestre Harmonia Uma lira
PALAVRA SEMESTRAL
Uma das sete artes e ciências liberais, cujas belezas são enaltecidas, a música
é recomendada à atenção dos Maçons. Como a harmonia de sons suaves
eleva os sentimentos generosos, assim também a combinação de bons
sentimentos reinará entre os Irmãos, de modo que pela união da amizade e do
amor fraternal, possa haver paz e serenidade na Ordem.
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Devemos preferir melodias maçônicas, ou de autores maçons, a composições
profanas ou religiosas.
MELODIAS SUGERIDAS
2- Tronco de Beneficência:
4- Para as viagens:
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PROTOCOLO PARA RECEPÇÃO DE AUTORIDADES
FAIXAS PROTOCOLARES
Faixa 1:
Mestres Instalados
Faixa 2:
Delegados Regionais
Faixa 3:
Grandes Secretários
Faixa 4:
Grão-Mestre Adjunto
Grão-Mestres “ad-vitam”
Faixa 5:
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Quando da visita de autoridades, o Ven.·. M.·. oferece o malhete da Loja
apenas ao Grão-Mestre e em sua falta ao Grão-Mestre Adjunto.
Mestres
Veneráv M.·. de
1 Instalado 3 MM 3 MM 1 salva
el CCer.·.
s
Delegado 3 ao Norte
s M.·. de
2 5 MM Ilustre e 1 salva
Regionai CCer.·.
s 2 ao Sul
39
GM
Sereníssi
Adj.·.
mo 5 ao Norte
GMs Ad- M.·. de
4 10 MM / e Incessante
Vit. CCer.·.
Soberan 5 ao Sul
GMs
o
COMAB
GM Ven.·.M.·.
Local
Orad/Sec/ 6 ao Norte
e Soberan
5 12 MM na porta e Incessante
o
GM do 6 ao Sul
PRES.
COMAB templo
40
INTERROGATÓRIO PARA O GRAU DE APRENDIZ
41
TELHAMENTO OU COB.·. DO GR.·. DE APR.·.
Sin.·. de Saud.·.: Com o Sin.·. de Ord.·., com a m.·. dir.·. fazer um gesto
de c.·. o p.·., com ela percorrendo uma linha reta e horizontal desde o
pesc.·. até a extremidade do omb.·. dir.·., deixando a m.·. dir.·. deslizar
ao longo do corpo como um pr.·. .
Marc.·.: Estando à ordem, dar tr.·. ppas.·. à frente, começando com o p.·.
esq.·. e unindo o dir.·. em esquad.·., a cada pas.·., de modo a ter os ccal.·.
num ângulo de 90º, com o p.·. esq.·. voltado para frente.
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AS SESSÕES MAÇÔNICAS
SESSÃO ECONÔMICA
- Preparo Inicial
- Harmonização
- Cortejo de Entrada no Templo
- Abertura Ritualística
- Leitura do Balaústre
- Leitura do Expediente
- Entrada de Irmãos Visitantes
- Bolsa de Propostas e Informações
- Ordem do Dia
- Período de Instrução
- Tronco de Beneficência
- Palavra a Bem da Ordem e do Quadro
- Encerramento
- Cortejo de Saída do Templo
Nos trabalhos litúrgicos, em qualquer sessão, é proibida a inclusão de
cerimônias, palavras, expressões ou atos que não constem do presente
ritual.
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PREPARO INICIAL
Os Obreiros devem chegar à Loja pelo menos meia hora antes do início dos
trabalhos. Devem assinar o Livro de Presença exposto em seu local pelo
Chanc.·. e a seguir devem se paramentar no local adequado. O local
apropriado para deixar o Livro de Presença, quer de Irmãos do Quadro,
quer de Visitantes, é o Sala dos Passos Perdidos, onde também deve estar o
Vestíbulo.
Assim paramentados, Aprendizes e Companheiros com seus aventais
brancos com abetas levantadas e abaixadas, e Mestres com seu avental
apropriado e sua faixa, devem se dirigir ao Átrio, preparando-se para a
entrada no Templo.
HARMONIZAÇÃO
À hora marcada para o início dos trabalhos, o M.·. de CCer.·. reúne todos
os Irmãos no Átrio, solicita silêncio e anuncia o nome de quem fará a
Harmonização, ou seja a leitura de um pequeno texto apropriado para a
harmonia dos sentimentos de todos os presentes.
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Na fileira do Sul (Coluna J, à direita de quem entra pela porta do
Templo), colocam-se os Companheiros, seguidos dos Mestres, dos
Oficiais que ocupam cargos na Coluna do Sul e, por fim, do 2º Vig.·..
Entre as duas fileiras, um pouco atrás dos VVig.·., coloca-se o Ven.·.
M.·..
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ABERTURA RITUALÍSTICA
47
Ven.·. M.·.: -Onde tem assento o Irmão 2º Vig.·.?
1º Diac .·.: -No meio-dia, Ven.·.M.·.. (Senta-se.)
Ven.·. M.·.: -Para que ocupais esse lugar, Irmão 2º Vig.·.?
2º Vig.·.: -Para melhor observar o sol em seu meridiano, chamar os
obreiros para o trabalho e mandá-los para a recreação.
Ven.·. M.·.: -Onde tem assento o 1º Vig.·.?
2º Vig.·.: -No Ocidente, Ven.·.M.·..
Ven.·. M.·.: -Para que ocupais este lugar, Irmão 1º Vig.·.?
1º Vig.·.: -Assim como o sol se oculta no Ocidente para terminar o
dia, ali tem assento o 1º Vig.·. para fechar a Loja, pagar os
obreiros e dispensá-los contentes e satisfeitos.
Ven.·. M.·.: -Onde é o lugar do Ven.·. M.·.?
1º Vig.·.: -No Oriente.
Ven.·. M.·.: -Para que, meu Irmão?
1º Vig.·.: -Assim como o sol nasce no Oriente para iniciar sua
carreira e romper o dia, também ali tem assento o Ven.·.
M.·. para abrir a Loja, dirigi-la nos seus trabalhos e
iluminá-la com suas luzes.
Ven.·. M.·.: -Irmão 1º Vig.·., para que nos reunimos aqui?
1º Vig.·.: -Para promover o bem-estar da humanidade, levantando
templos à virtude e cavando masmorras ao vício.
Ven.·. M.·.: -Irmão 1º Vig.·., sois Maçom?
1º Vig.·.: -MM.·. II.·. C.·. T.·. M.·. RR.·..
Ven.·. M.·.: -Que tempo é necessário para que um Aprendiz Maçom
seja perfeito?
1º Vig.·.: -T.·. AA.·.,Ven.·.M.·..
Ven.·. M.·.: -Que idade tendes, como Aprendiz Maçom?
1º Vig.·.: -T.·. AA.·..
Ven.·. M.·.: -A que horas começam os Aprendizes Maçons a trabalhar?
1º Vig.·.: -Ao meio-dia, Ven.·.M.·..
Ven.·. M.·.: -Que horas são, Irmão 2º Vig.·.?
2º Vig.·.: -Meio-dia, Ven.·.M.·..
Ven.·. M.·.: (ooo) (Compassadamente)
1º Vig.·.: (ooo) (Compassadamente)
48
2º Vig.·.: (ooo) (Compassadamente)
49
Ven.·. M.·.: -À ordem, meus Irmãos.
Depois coloca o livro aberto sobre o Altar dos Juramentos e sobre ele
adiciona o Esquadro e o Compasso, na posição correta para o Grau de
Aprendiz, de maneira que as hastes do Compasso estejam voltadas
para o Ocidente e sobre elas, o Esquadro, tendo seus braços voltador
para o Oriente.
O Mestre Instalado (ou na ausência deste, o Orad.·.) retorna a seu
lugar, tendo sempre à sua frente o M.·. de CCer.·., que a sua volta
expõe o Painel do Grau de Aprendiz.
Todos os demais Irmãos continuam em pé e à ordem.
50
RECEPÇÃO DO GRÃO-MESTRE
(Instruções na pág. 109)
BALAÚSTRE
Ven.·. M.·.: (o) -Irmão Sec.·., dai-nos conta do balaustre dos nossos
últimos trabalhos. -Atenção, meus Irmãos!
Após a leitura, o Ven.·. M.·. diz:
Ven.·. M.·.: -Meus Irmãos, se tendes alguma observação a fazer sobre a
redação do balaústre que acaba de ser lido, a palavra vos
será concedida, a partir da Coluna do Sul.
2º Vig.·.: -A palavra está na Coluna do Sul.
Não havendo discussão, ou finda esta:
2º Vig.·.: -Reina silêncio na Coluna do Sul, Irmão 1º Vig.·..
1º Vig.·.: -A palavra está na Coluna do Norte.
Não havendo discussão, ou finda esta:
1º Vig.·.: -Reina silêncio em ambas as colunas, Ven.·.M.·..
Ven.·. M.·.: -A palavra está no Oriente.
Não havendo discussão, ou finda esta:
Ven.·. M.·.: -O silêncio é profundo no Oriente. - Irmão Orad.·., dai-nos
vossas conclusões.
Orad.·.: -Sou pela aprovação, Ven.·. M.·. (oupela desaprovação,
caso em que explicará o motivo)
Ven.·. M.·.: -Os Irmãos que aprovam a redação do balaústre, queiram
fazer o sinal de costume.
51
Ven.·. M.·.: -Está aprovado o balaústre.
Ven.·. M.·.: -Os Irmãos que aprovam o balaústre, com a(s) emenda(s)
proposta(s), façam o sinal de costume.
O M.·. de CCer.·. antes de subir para o Oriente, sempre pelo lado Norte,
para, com o Sin.·. de Ord.·. e faz a saudação ao Delta. Ao deixar o
Oriente, sempre pelo lado Sul, antes de alcançar os degraus, para, vira-se
para o Delta e, com o Sin.·. de Ord.·., repete a saudação.
O M.·. de CCer.·. depois que lhe é entregue o balaústre pelas mãos do
Sec.·., que já o assinou, submete o mesmo à assinatura do Orad.·. e por
último à do Ven.·.M.·., findo o que, devolve o livro ao Sec.·..
EXPEDIENTE
52
ENTRADA DE IRMÃOS VISITANTES E/OU RETARDATÁRIOS DO
QUADRO DE OBREIROS DA LOJA
(Instruções na pág. 104)
53
2º Vig.·.: -Irmão 1º Vig.·., a Bolsa de Propostas e Informações fez o
seu trajeto e acha-se suspensa.
1º Vig.·.: -Ven.·. M.·., a Bolsa de Propostas e Informações fez o seu
trajeto e acha-se suspensa.
Ven.·. M.·.: -Irmão M.·. de CCer.·., trazei a bolsa ao altar para ser
conferida e anunciado o seu produto.
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ORDEM DO DIA
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PERÍODO DE INSTRUÇÃO
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1º Vig.·.: -Está anunciado em ambas as colunas, Ven.·. M.·.
Ven.·. M.·.: -Atenção, meus Irmãos, com a palavra o Irmão responsável
pelo Período de Instrução desta sessão.
TRONCO DE BENEFICÊNCIA
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1º Vig.·.: -Ven.·. M.·., o Tronco de Beneficência fez o seu trajeto e
acha-se suspenso.
Ven.·. M.·.: -Irmão Hosp.·. dirigi-vos à mesa do Irmão Orad.·. e ajudai-
o a conferir a coleta, cujo valor deverá ser anunciado em
suas conclusões, para que conste do balaústre desta sessão,
sendo o mesmo entregue ao Irmão Tes.·., creditado à
hospitalaria e debitado à tesouraria.
58
da Ordem em geral e do Quadro, em particular, àquele de
vós que dela queira usar. - A palavra está na Coluna do Sul.
59
Ven.·. M.·.: -Concedo a palavra ao Irmão Orad.·. para as suas
conclusões.
SAÍDA DO GRÃO-MESTRE
(Instruções na pág. 112)
ENCERRAMENTO
60
Ven.·. M.·.: (ooo) ( Compassadamente)
61
Ven.·. M.·.: -Os trabalhos estão encerrados e a Loja fechada. -
Recomendo o mais profundo silêncio sobre tudo o que aqui
se passou. - Retiremo-nos em paz e que o Grande Arquiteto
do Universo nos acompanhe.
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CERIMÔNIA DE REGULARIZAÇÃO E/OU FILIAÇÃO
Ven.·. M.·.: (o) -Irmão Sec.·., o que consta para a Ordem do Dia?
Sec.·.: -Ven.·.M.·., encontra-se agendada a cerimônia de (Filiação
e/ou Regularização) do(s) Irmão(s)
_______________________.
Ven.·. M.·.: -Meus Irmãos, acha(m)-se na Sala dos Passos Perdidos o(s)
nosso(s) Irmão(s)____________ que foi(ram) aprovado(s)
para (filiar-se e/ou regularizar-se) em nossa Loja.
Ven.·. M.·.: -Irmão Tes.·., estais satisfeito?
Tes.·.: -Sim, Ven.·.M.·..
Ven.·. M.·.: -Irmão Sec.·., o Grande Oriente Independente do Estado do
Pará enviou a esta Loja o “Placet” de (Filiação e/ou
Regularização) do Irmão?
Sec.·.: -Sim, Ven.·.M.·..
Ven.·. M.·.: -Irmão Orad.·., dai-me as vossas conclusões.
Orad.·.: -Ven.·.M.·., se razões especiais não impuserem o contrário
à vossa sabedoria e prudência, eu, em nome desta Loja e de
acordo com as Leis que regem a Sublime Instituição,
respeitosamente vos solicito que se proceda à (Filiação
e/ou Regularização) do(s) Irmão(s)
_______________________.
Ven.·. M.·.: -Irmão Mestre de Cerimônia, componha uma comissão de
dois Mestres Maçons para acompanhar à porta do templo
o(s) novo(s) Irmão(s) de nosso Quadro de Obreiros.
63
Ven.·. M.·.: -Irmão Cob.·., franqueai o ingresso.
JURAMENTO
64
Após o juramento, o Filiando e/ou Regularizando é ajudado a
levantar-se pelo M.·. de CCer.·., que o conduz entre colunas, onde
permanece em sua companhia.
65
SESSÃO MAGNA DE INICIAÇÃO
RECEPÇÃO DO CANDIDATO
Irmão Ter.·.: -Eu sou o vosso guia, tendes confiança em mim e nada
receeis.
Após fazer o Candidato dar algumas voltas pelo recinto, sem permitir
que qualquer Irmão fale ou se aproxime dele, o mesmo é levado à
Câmara das Reflexões, onde o Irmão Ter.·. o prepara
convenientemente, retirando-lhe todos os metais, que ficam sob a
guarda do Ir.·. Tes.·. .
O Candidato tem o lado esq.·. do peit.·. e a perna dir.·. até o joel.·.,
nus, substituindo-se o sapato do p.·. dir.·. por um chinelo.
Depois de assim preparado, o Irmão Ter.·. veste um capuz e
encaminha o Candidato à Câmara das Reflexões, retirando-lhe a
venda, dizendo:
66
estareis só, pois Aquele que tudo vê, será testemunha da
sinceridade com que ides responder às nossas perguntas.
Irmão Ter.·.: -Profano, a associação da qual desejais fazer parte pede que
respondeis às perguntas que vos apresento. Das respostas
depende a vossa admissão. Ao terminar comunique-se
comigo.
À Glória do Grande Arquiteto do Universo
Respondei livremente às seguintes perguntas:
- Quais são os vossos deveres para com o Criador?
- Quais são os vossos deveres para com a humanidade?
- Quais são os vossos deveres para com a pátria?
- Quais são os vossos deveres para com a família?
- Quais são os vossos deveres para com o próximo?
- Quais são os vossos deveres para convosco?
Testamento
____________________,_____de_____________de_________
__________________________________
Assinatura
____________
Nome legível
67
Após o Candidato ter respondido às perguntas do Testamento Moral, é
deixado na Câmara das Reflexões sozinho até ser chamado para o
ingresso no templo.
PREPARO INICIAL, HARMONIZAÇÃO, CORTEJO DE
ENTRADA NO TEMPLO, ABERTURA RITUALÍSTICA,
ENTRADA DE VISITANTES E RECEPÇÃO DO GRÃO-
MESTRE
(Idênticas às Sessões Econômicas)
Fica facultado à Loja, neste momento a execução do Hino Nacional
Brasileiro. Caso a gravação seja com orquestra e coral, o hino deve
ser cantado pelos presentes em suas duas partes. Se apenas
orquestrado, os Irmãos ficam em silêncio, sendo executado apenas a
sua primeira parte.
Caso haja a opção pela execução do hino:
Ven.·. M.·.: -Irmão M.·. de Harm.·., eu vos peço que faça executar o
Hino Nacional Brasileiro. - Irmão Ter.·., trazei(s) os
Candidato(s) até a porta do templo, para que possa(m)
ouvir a execução do Hino Nacional Brasileiro. - Em pé,
meus Irmãos.
Após a execução:
68
ORDEM DO DIA
CERIMÔNIA DE INICIAÇÃO
69
O Irmão Ter.·. comparece à mesa do Sec.·. e este introduz na ponta de
sua espada uma folha de papel, como a imitar o(s) questionário(s) que
já deve(m) estar preenchido(s) pelo(s) Candidato(s), na Câmara das
Reflexões.
O Irmão Ter.·. executa a ordem do Ven.·.M.·. e, depois de apanhar as
respostas do(s) Candidato(s) na Câmara das Reflexões, volta a dar
conta de sua missão, sendo-lhe franqueada a entrada no templo sem
formalidades, postando-se entre colunas, com o(s) Questionário(s) e
o(s) Testamento(s) em sua espada, que é segurada com a mão direita e
empunhada para cima, tendo o braço colado ao corpo e em esquadria
com o ante-braço.
70
O Irmão Ter.·. e o M.·. de CCer.·. deixam o templo sem formalidades.
O Irmão Ter.·. vai à Câmara das Reflexões, venda novamente o(s)
Candidato(s) e o(s) conduz à porta do templo, onde o(s) entrega ao
M.·. de CCer.·., que bate profanamente à porta com algumas batidas
fortes.
O Irmão Cob.·. retira a espada até então com sua ponta no peito do
Candidato.
71
O M.·. de CCer.·. e o(s) Candidato(s) permanece(m) na parte externa e
o Cob.·. na parte interna do templo.
O M.·. de CCer.·., responde diretamente ao Ven.·.M.·.:
M.·. Cer.·.: (Em voz alta) -Que seja(m) admitido(s) entre nós,
Ven.·.M.·.!
Ven.·. M.·.: -E como concebeu(ram) tal esperança?
M.·. Cer.·.: (Em voz alta) -Porque é(são) livre(s) e de bons costumes!
Ven.·. M.·.: -Pois se é (são) livre(s) e de bons costumes, perguntai-
lhe(s) o(s) seu(s) nome(s).
Candidato(s) : (responde)
72
Ven.·. M.·.: -A arma, cuja ponta sentis, simboliza o remorso que há de
perseguir-vos, se fordes traidor à associação a que desejais
pertencer. O estado de cegueira em que vos achais é o
símbolo do mortal, que não conhece a estrada da virtude
que ides começar a trilhar. -Que quereis de nós, senhor(es)?
Pequena pausa.
73
sociedade ou a pátria deve levar seus filhos ao altar do
sacrifício, quando o exigir o bem das gerações vindouras.
Previno-vos, senhor(es), de que a Ordem Maçônica exigirá
de vós uma obrigação solene e terrível, que tem sido
prestada por muitos grandes homens e benfeitores da
humanidade. Pelas vidas e feitos desses homens, podereis
conhecer o quanto a Maçonaria tem incitado e estimulado
os seus iniciados. Ficai(s), também, sabendo que
consideramos traidor à nossa Ordem aquele que não
cumpre os deveres de Maçom em qualquer circunstância.
Pequena pausa.
74
Ven.·. M.·.: -Pois se é essa a vossa resolução, eu não respondo pelo que
vos possa acontecer. -Irmão Ter.·., levai o(s) Candidato(s)
para fora do templo e conduzi-o(s) por esse caminho
escabroso por onde passam os temerários que querem
entrar neste augusto recinto.
O Irmão Ter.·. toma o(s) Candidato(s) pelo braço e leva-o(s) para fora
do templo e, depois de fazê-lo(s) dar algumas voltas e saltar um
pequeno obstáculo, o(s) conduz novamente entre colunas.
ORAÇÃO
Proferida pelo Ven.·. M.·.
75
Contendo os nossos corações nos limites da retidão e dirigindo os
nossos passos pela estrada da virtude, elevemo-nos até o Grande
Arquiteto e Senhor do Universo. Ele é um só e existe por si mesmo e
todos os seres Lhe devem a existência. Tudo faz e tudo domina.
Invisível aos nossos olhos vê e Iê no fundo da nossa alma. A Ele
invoquemos e levantemos as nossas preces:
Digna-TE, ó Grande Arquiteto do Universo, proteger os obreiros de
paz aqui reunidos. Anima o nosso zelo, fortifica a nossa fé na luta das
paixões, inflama o nosso coração no amor da virtude e guia-nos,
assim como a este(s) Candidato(s), que deseja(m) participar dos
nossos augustos mistérios. Presta-lhe(s), agora e sempre, a Tua
proteção e ampara-o(s) com o Teu braço onipotente em todas as
provas, perigos e dificuldades.
-Que assim seja!’’
Todos os presentes: -Que assim seja!
Ven.·. M.·.: -Sentemos. - Senhor(es), nos lances extremos da vida em
quem depositais a vossa confiança ?
Candidato(s): (responde)
Ven.·. M.·.: -Porque confiais em um Princípio Criador, levantai-vos,
segui com passo firme o vosso guia e nada receeis.
Ven.·. M.·.: -Senhor(es), antes que esta augusta assembléia, de que sou
membro, consinta em admitir-vos às provas, ela deve
sondar o(s) vosso(s) coração(ões), desejando que
respondais com a maior liberdade e franqueza. A vossa
resposta, qualquer que seja, não nos ofenderá. -Que
pensamentos vos ocorreram, quando estáveis no lugar
76
sombrio de meditação, onde vos pediram para escreverdes
o vosso testamento?
Candidato(s): (responde)
Ven.·. M.·.: -Em parte já vos dissemos com que fim fostes submetido à
primeira prova, a da Terra. Os antigos diziam que havia
quatro elementos: a Terra, o Ar, a Água e o Fogo. Vós
estáveis na escuridão e no silêncio de um subterrâneo,
como um encarcerado numa masmorra, cercado de
emblemas da mortalidade e de frases alusivas, escritas
principalmente para compelir-vos a uma séria e solene
reflexão, tão necessária a um passo importante como a
iniciação em nossos mistérios. Esperávamos que vos
lembrásseis de que a masmorra tinha sido sempre o
principal instrumento da tirania; que na Idade Média os
castelos dos nobres foram edificados sobre as masmorras;
que a Inquisição teve as suas celas escuras para as suas
vítimas; e que a Bastilha foi uma das centenas de prisões
construídas pelos tiranos.
Pequena pausa.
77
demolir as Bastilhas, mais fortes do que esses materiais, em
que a Ignorância e o Erro, as Superstições e os Vícios
conservam algemados os espíritos e as consciências de
enorme parte da grande família humana. Os emblemas da
mortalidade de que estáveis rodeado, não vos podiam levar
a refletir sobre a instabilidade e a brevidade da vida
humana; eram apenas uma lição trivial, sempre ensinada e
sempre desprezada.
Pequena pausa.
Pequena pausa.
Pequena pausa.
78
Candidato(s): (responde).
Ven.·. M.·.: -Essa crença, que honra e enobrece o vosso coração, não é
exclusivo patrimônio do filósofo, também o é do selvagem.
Desde que este percebe que não existe por si mesmo,
interroga a natureza sobre quem é o seu autor, e o
majestoso silêncio dessa natureza o faz render rústico, mas
sincero culto a um Ente Supremo, que é o Criador do
Mundo.
-Que entendeis por virtude?
Candidato(s): (responde).
Ven.·. M.·.: -Também é uma disposição da alma que nos induz à prática
do bem.
-Que entendeis por vício?
Candidato(s): (responde).
Ven.·. M.·.: -É o oposto da virtude. É o hábito desgraçado que nos
arrasta para o mal. Para impormos um freio salutar a essa
impetuosa propensão, para nos elevarmos acima dos vis
interesses que atormentam os profanos, para acalmarmos o
ardor das paixões, é que nos reunimos neste Templo. Aqui
trabalhamos para acostumar o nosso espírito a curvar-se às
grandes afeições e a conceber somente idéias sólidas de
bondade e de virtude, porque é só orientando os nossos
costumes, segundo os princípios eternos da moral, que
poderemos dar à nossa alma o equilíbrio da força e da
sensibilidade que constitui a sabedoria, ou antes, a ciência
da vida. Mas esse trabalho, senhor(es), é penoso, e a ele
deveis sujeitar-vos, se persistirdes no desejo de pertencer à
nossa Ordem. -Persistis em ser recebido Maçom?
Candidato(s): (responde).
Ven.·. M.·.: -Toda associação tem leis particulares e todo associado,
deveres para cumprir. Como não é justo subordinar-vos a
obrigações que não conheceis, vou dizer-vos da natureza
desses deveres. O primeiro é um silêncio absoluto acerca
79
de tudo quanto ouvirdes e descobrirdes entre nós, bem
como de tudo quanto para o futuro chegardes a ouvir, ver
ou saber.
1º Vig.·.: -O segundo dos vossos deveres, que faz da Maçonaria o
mais sagrado dos bens, e a mais nobre e respeitável das
Instituições, é a vitória sobre as paixões ignóbeis que
desonram o homem e o tornam desgraçado, cabendo-vos
praticar constantemente a beneficência, socorrer os
Irmãos, prevenir suas necessidades, minorar seus
sofrimentos, assisti-los com os vossos conselhos e as
vossas luzes. O que, em um profano, seria uma qualidade
rara, não passa no Maçom do cumprimento dos deveres.
Toda ocasião que perde ele em ser útil é uma infidelidade.
Todo socorro que recusa é um perjúrio. Se a terna e
consoladora amizade também tem culto nos nossos
templos, não é somente por ser um sentimento, mas, sim,
por ser um dever que pode tornar-se virtude.
2º Vig.·.: -O terceiro dos vossos deveres, a cujo cumprimento só
ficareis obrigado depois da vossa iniciação, é o de
conformar-vos em tudo com as nossas leis e de submeter-
vos ao que vos for determinado em nome da associação,
em cujo seio desejais ser admitido.
Ven.·. M.·.: -Senhor(es), a nossa sublime associação exige também de
vós um patriotismo puro e que sejais cidadão(s) pacífico(s)
e leal(is), fiel(is) ao vosso país, obediente às leis que vos
garantem proteção. Agora que conheceis os principais
deveres de um Maçom, dizei-me se sentis com força e se
persistis na resolução de vos sujeitardes à sua prática.
Candidato(s): (responde)
Ven.·. M.·.: -Senhor(es), ainda exigimos de vós um juramento de honra,
que deve ser prestado sobre a taça sagrada. Se sois sincero,
bebei sem receio, mas se a falsidade e a dissimulação
acompanham a vossa promessa, não jureis. Afastai antes a
taça e temei o pronto e terrível efeito desta bebida!
80
(Pequena pausa).
- Consentis no juramento?
Candidato(s): (responde)
Ven.·. M.·.: -Irmão M.·. de CCer.·., conduzi o(s) Candidato(s) ao altar.
81
Ven.·. M.·.: (o) (Fortemente)
1º Vig.·.: (o) (Fortemente)
2º Vig.·.: (o) (Fortemente)
Ven.·. M.·.: (O Ven.·. M.·. pronuncia o monólogo abaixo quase aos
gritos).
-Que vejo, senhor?
-Altera-se o vosso semblante?
-Por ventura a vossa consciência desmentiria as vossas palavras?
-Por ventura a doçura desta bebida se converteria em amargor?
-Retirai o Candidato!
Ven.·. M.·.: -Senhor(es), não quero crer que tenhais o desígnio de nos
enganar. Entretanto, ainda podeis retirar-vos se assim o
quiserdes. Bebestes da taça sagrada, ou, antes, da taça da
boa ou da má sorte, que é a taça da vida humana.
Consentimos que provásseis da doçura da bebida e ao
mesmo tempo fostes solicitado a esgotar o amargo dos seus
restos. Isto vos lembrará que o homem sábio e justo deve
gozar os prazeres da vida com moderação, não fazendo
ostentação dos bens de que está usufruindo, para não
humilhar os desafortunados.
-Agora eu vos previno que tendes de passar por outras
provas. Essas provas são simbólicas, não sendo terríveis
nem perigosas. Com elas queremos experimentar a vossa
firmeza e resolução. Elas vos lembrarão de que a vossa
resolução deve ser inabalável e que não deveis trocar a
liberdade ou a vida pela desonra, mesmo se, como os
maçons nossos antepassados, vos achardes algum dia
envolvido nos laços cruéis e implacáveis de uma inquisição
política ou religiosa, que encarcera e, no fundo das suas
82
masmorras ou nos seus cadafalsos, sacrifica aqueles que
defendem a Liberdade ou ensinam as suas santas doutrinas.
A tirania nunca encontrou um covarde ou um delator entre
maçons. Ela dorme apenas, podendo ainda acordar.
No pleno gozo dos vossos direitos, podeis também ver, de
um momento para outro, a Nação escravizada. Nesse caso,
sereis levado a defender os direitos do povo e a majestade
da lei. Portanto, refleti bem, senhor(es). Quando derdes um
passo à frente, será muito tarde para poderdes recuar.
-Persistis em entrar para a Maçonaria?
Candidato(s): (responde).
Ven.·. M.·.: (o) (Fortemente)
1º Vig.·.: (o) (Fortemente)
2º Vig.·.: (o) (Fortemente)
Ven.·. M.·.: -Irmão Ter.·., fazei o(s) Candidato(s) sentar(em)-se no
banco das reflexões.
Candidato(s): (responde).
83
Ven.·. M.·.: -Irmão Ter.·., apoderai-vos do(s) Candidato(s) e fazei-o(s)
praticar a sua primeira viagem. Empregai todos os esforços
para o(s) trazerdes sem correr perigo.
84
-Que notastes nessa viagem? (espera a resposta).
-Que observações suscitou ela no vosso espírito? (espera a
resposta).
-Que achastes nela de simbólico? (espera a resposta).
Ven.·. M.·.: -Esta primeira viagem, com seu ruído e trovões, representa
o segundo elemento, o Ar, que, com os seus meteoros,
relâmpagos e contínuas flutuações, nos ameaça
constantemente de morte. O Ar é o símbolo da vitalidade
ou da vida; é um emblema natural e próprio da vida
humana, com as suas correntes, agitações e estagnações, o
seu cansaço e energias, as suas tempestades e calmarias e
as suas perturbações e equilíbrios elétricos.
Pequena pausa.
85
Recomenda-se o uso de gravações com o ruído de batalhas com
espada.Este procedimento é feito para cada Candidato.
Levantando-se, precipitadamente, e encostando o malhete no peito do
Candidato, o 1º Vig.·. diz:
86
Levantando-se precipitadamente e encostando o malhete no peito do
Candidato, o Ven.·. M.·. diz:
87
mais longa e terem perdido essa glória imortal, se caso
tivessem prestado a lisonjear a tirania.
-Antes de serdes iniciado nos nossos mistérios, deveis
passar pelo batismo de sangue. Se vos sentirdes possuído
de zelo e bastante valor para vos sacrificardes pelo serviço
da pátria, da ordem, da humanidade e dos nossos Irmãos,
com risco iminente de vida, deveis selar a vossa profissão
de fé com o vosso sangue. Não podemos aceitar meras
palavras e promessas vãs.
-Estais disposto(s) a isso?
Candidato(s): (responde).
Ven.·. M.·.: -A vossa resignação nos basta. O batismo de sangue não é
símbolo de purificação. É o batismo do heroísmo e da
dedicação do soldado e do mártir. É um penhor solene de
que jamais faltareis ao cumprimento de vossos deveres
maçônicos para com os nossos Irmãos, para com a ordem
ou para com a pátria, por medo ou temor do perseguidor ou
do tirano. Ele vos lembrará também o sangue derramado
em todas as épocas pela perseguição e vos incitará à
tolerância e à defesa dos sagrados direitos da consciência.
É chegado o momento de cumprirdes um dos deveres
maçônicos, pondo à prova os vossos sentimentos de
solidariedade humana, que é outra condição exigida para
pertencerdes à nossa augusta fraternidade - Irmão Ter.·.,
conduzi o(s) Candidato(s) à presença do Irmão Hosp.·..
88
Candidato: -Nada tenho, mas quando tiver saberei cumprir meu dever.
Ven.·. M.·.: -Senhor(es), não foi nosso intuito colocar-vos em situação
embaraçosa. Quisemos apenas lembrar-vos para sempre de
que estais despidos de tudo quanto representa valor
monetário e que, por conseguinte, não trouxestes convosco
o símbolo das vaidades profanas. Por outro lado, alegrou-
nos saber que, assim despojado daquilo a que chamamos
metais, sentistes a angústia dos bem formados de coração,
quando se encontram na impossibilidade de socorrer
alguém arrastado à miséria e à necessidade.
89
JURAMENTO
90
Ven.·. M.·.: -Irmão M.·. de CCer.·., traga ao templo o(s) Iniciando(s).
91
A venda deve cair dos olhos do(s) Iniciando(s) à terceira pancada de
malhete do Ven.·.M.·., depois de repetidas pelos VVig.·., acendendo-
se, se possível gradativamente, todas as luzes do templo.
O M.·. de Harm.·. faz soar melodia apropriada.
Pausa prolongada durante sua execução.
Ven.·. M.·.: -Não mais vos assusteis com as espadas que vedes
apontadas para vós, Neófito. Recebemos o vosso juramento
e o acreditamos sincero. Raiou, enfim, o dia em que se
abrem para vós as portas da verdadeira amizade. Doravante
considerai-nos como Irmãos e amigos que conquistastes, e
que achareis sempre prontos a correr em vosso socorro.
-Meus Irmãos, abaixai vossas espadas e voltai a seus
lugares. -Irmão M.·. de CCer.·., conduzi o(s) Neófito(s) ao
Altar dos Juramentos e fazei-o(s) ajoelhar(em)-se.
92
Aprendiz Maçom, membro ativo desta Augusta e
Respeitável Loja Maçônica.
O Ven.·. M.·. bate sobre a folha da espada por t.·. vezes, sem deixá-la
tocar a cabeça do Neófito.
Se houver mais de um Neófito, o Ven.·. M.·. bate sobre a cabeça de cada
um deles.
Isto findo, o M.·. de CCer.·. faz levantar o(s) Neófito(s) e o(s) conduz à
esquerda do Ven.·. M.·., no eixo do Oriente, estando este à direita.
Neste momento, deve estar à disposição do Ven.·.M.·. o(s) avental(ais)
de Aprendiz e dois pares de luvas para cada Neófito.
O Ven.·. M.·. em pé, junto ao Altar dos Juramentos, entrega o avental
ao M.·. de CCer.·. e diz:
Ven.·. M.·.: -Irmão M.·. de CCer.·., cumpri vosso dever e vós, Neófito,
tomai e usai este avental, que é a vestimenta de trabalho de
todo Maçom, que grandes homens, verdadeiros benfeitores
da humanidade se honraram em usar. Com ele devereis
estar sempre revestido durante as nossas sessões. É o
símbolo do trabalho e vos lembrará de que um Maçom
deve ter sempre uma vida ativa e laboriosa.
93
-Este outro par é destinado àquela que mais direito tiver na
vossa estima e em vosso afeto.
-Agora vou cumprimentá-lo(s) em nome de todos os
obreiros desta Loja.
Ven.·. M.·.: -Irmão M.·. de CCer.·., instruí ao(s) Neófito(s) sobre a(s)
sua(s) primeira(s) obrigação(ões).
94
membro(s) ativo(s) desta Augusta e Respeitável Loja.
Convidai-os também a que, unidos a mim, me ajudem a
aplaudir a admissão que acabamos de fazer.
1º Vig.·.: -Irmãos que decorais minha Coluna, eu vos anuncio que o
Ven.·. M.·. proclama o(s) Neófito(s)__________,
Aprendiz(es) Maçom(ns) e membro(s) ativo(s) de nossa
Augusta e Respeitável Loja. Convido-vos também a que,
juntos a ele, aplaudamos a admissão que acabamos de
fazer.
2º Vig.·.: -Irmãos que decorais minha Coluna, eu vos anuncio que o
Ven.·. M.·. proclama o(s) Neófito(s) __________
Aprendiz(es) Maçom(ns) e membro(s) ativo(s) da nossa
Augusta e Respeitável Loja. Convido-vos também a que,
juntos a ele, aplaudamos a admissão que acabamos de
fazer.
1º Vig.·.: -Está anunciado em ambas as Colunas, Ven.·.M.·..
Ven.·. M.·.: -Em pé e à ordem. - A mim, meus Irmãos, pela Bat.·..
M.·. Cer.·.: -Ven.·. M.·., permiti que, em nome deste(s) Neófito(s) e
juntamente com ele(s), eu agradeça os aplausos que a nossa
Augusta e Respeitável Loja acaba de dispensar-lhe(s).
Ven.·. M.·.: -Podeis fazê-lo, Irmão M.·. de CCer.·..
95
Regulamento Geral do Grande Oriente Independente do
Estado do Pará e o Regimento Interno de nossa Loja.
------------------------------------------------------------
96
PROCEDIMENTOS ESPECIAIS
CADEIA DE UNIÃO
97
Vigilantes. Comunicada a palavra ao Venerável Mestre, o Mestre de
Cerimônias retoma seu lugar na cadeia.
Se o palavra estiver errada:
Ven.·. M.·.: -Meus Irmãos, a palavra está certa. Vamos guardá-la como
condição e penhor de nossa fraternidade. - Desfaçamos a
Cadeia de União e voltemos aos nossos lugares.
98
ESCRUTÍNIO SECRETO
99
desabone o Candidato_____________, eu vos anuncio, de
parte do Ven.·.M.·., que vai correr o seu Escrutínio
Secreto.
2. Vig.·.: (o) -Irmãos que decorais a minha coluna, tendo sido
formalizado o Processo de Admissão, de acordo com
nossas leis, expedidas e recolhidas as sindicâncias, bem
como exaustivamente discutido em Loja aberta com a
participação de todos os Irmãos presentes, em dia
especificamente marcado para tanto e nada constando que
desabone o Candidato_____________, eu vos anuncio, de
parte do Ven.·. M.·., que vai correr o seu Escrutínio
Secreto. - Está anunciado em minha coluna, Irmão 1.
Vig.·..
1º Vig.·.: -Está anunciado em ambas as colunas, Ven.·.M.·..
Ven.·. M.·.: -Atenção meus Irmãos, para a leitura das sindicâncias do
Candidato________.
E a seguir declara:
101
Havendo um ou dois votos contrários, repete-se o escrutínio logo em
seguida, para referendar ou não apenas os votos negativos da
primeira votação.
Caso nesta segunda votação, apareçam mais EEsf.·.NNeg.·., elas não
serão computadas, pois os Irmãos que agora a colocaram, já tiveram
na votação anterior, sua oportunidade e não o fizeram.
Havendo confirmação da primeira votação (apenas computando os
votos contrários da primeira votação, ou seja, 1 ou 2 EEsf.·.NNeg.·.),
a decisão será adiada por 14 dias, para que os opositores apresentem,
por escrito, suas objeções
Caso os opositores não apresentem suas razões no prazo determinado,
o Ven.·.M.·. declarará que o Candidato foi aprovado limpo e puro.
Se apresentadas as objeções, o Ven.·.M.·. as lê em voz alta, omitindo o
nome do Irmão oponente e agenda data para nova discussão e novo
Escrutínio Secreto.
Se nesta nova votação, após as provas apresentadas pelo(s) Irmão(s)
opositor(es), persistir a mesma votação anterior (1 ou 2
EEsf.·.NNeg.·.), o Ven.·.M.·. proclama:
E a seguir declara:
102
Havendo confirmação da primeira votação (apenas computando os
votos contrários da primeira votação, ou seja, 3EEsf.·.NNeg.·.), o
Candidato estará reprovado.
Caso o escrutínio produza quatro ou mais EEsf.·.NNeg.·. o Candidato
estará reprovado.
Ven.·.M.·. diz:
103
ENTRADA DE IRMÃOS VISITANTES E/OU
RETARDATÁRIOS DO QUADRO DE OBREIROS DA LOJA
104
O 1º Exp.·. executa a ordem e volta ao templo com a(s) identidade(s)
maçônica(s), mais o(s) recibo(s) do pagamento do mês em curso feito
à Loja de origem, mais a(s) identidade(s) civil(is) do(s) visitante(s) e
entrega ao Orad.·. para verificação.
Após a aprovação do Orad.·.:
105
SAUDAÇÃO À BANDEIRA NACIONAL
SAUDAÇÃO À BANDEIRA ( I )
106
Nós que hoje e todo dia te saudamos,
Com respeito e alegria a colocamos
A testemunhar o que aqui dentro se faz.
SAUDAÇÃO À BANDEIRA ( II )
107
SAUDAÇÃO À BANDEIRA ( III )
108
RECEPÇÃO DO GRÃO-MESTRE
A PRESENÇA DO GRÃO-MESTRE
109
RITUALÍSTICA DE RECEPÇÃO
ABÓBADA DE AÇO
110
Irmãos em execução da Abóbada:
111
O Grão-Mestre agradece a oferenda, recebe o malhete com sua mão
direita, empunhando-o à frente de seu corpo, sempre fazendo uma
esquadria com o braço e o antebraço e dirige-se ao altar.
Os VVig.·. fazem Bateria Incessante seguidos de todos os presentes.
O M.·. de CCer.·. vai à frente de todo o cortejo.
O Ven.·. M.·., o Orad.·. e o Sec.·., vêm a seguir.
Todos se dirigem para o Oriente, onde permanecem em pé.
Após a entrada do Grão-Mestre ou do Grão-Mestre Adjunto, aquele que
dirige os trabalhos diz:
-Sentemo-nos, meus Irmãos. - Irmão M.·. de CCer.·.,
tendes a minha permissão para desfazer a Comissão de
Recepção, agradecendo a todos que a compuseram.
RITUALÍSTICA DE SAÍDA
112
Ven.·. M.·.: -Irmão M.·. de CCer.·., eu vos peço que reconstitua a
Comissão para a saída de nosso Soberano Grão-Mestre (ou
Sereníssimo Grão-Mestre Adjunto). - Em pé e à ordem, meus
Irmãos.
113
INSTRUÇÕES PARA O APRENDIZ MAÇOM
EXPLICAÇÕES TEÓRICAS
115
PRIMEIRA INSTRUÇÃO
116
24 Polegadas, aplicamos a nossa força por meio do Maço e com o Cinzel
realmente levamos o trabalho ao fim. Conclui-se, portanto, que esses três
utensílios são arquétipos de toda a possível variedade de instrumentos
pertencentes a três classes.
Agora, porém, estudemos minuciosamente estes três Instrumentos de
Trabalho, começando pela Régua de 24 Polegadas, que é o mais
fundamental e transcendental de todos para o Aprendiz.
117
Ela é naturalmente a primeira coisa essencial na execução de obras de todo
gênero e o é também na aquisição do saber em que se baseia a habilidade
do artífice. Se bem nos dermos conta da natureza e objeto da Régua de 24
Polegadas, ela nos revelará o maravilhoso tesouro de significação simbólica
existente nos vulgares símbolos da Maçonaria. Este estudo preliminar do
primeiro Instrumento de Trabalho, com que tropeçamos em nossa vida
maçônica, há de facilitar-nos o caminho para chegarmos a compreender os
outros instrumentos deste grau, o Maço e o Cinzel.
-Irmão 1º Vig.·., podeis dizer-nos o que representa o Maço?
Ven.·. M.·.: -Muito bem, meu Irmão, esta é a primeira lição do Maço, a
lição da força ou poder do músculo, do intelecto e da espiritualidade. Esse
118
poder é ilimitado, porque dentro de nós existe uma reprodução do G.·. A.·.
D.·. U.·., cujo poder é onipotente.
-Irmão 2 º Vig.·., explicai-nos agora a significação do Cinzel como
Instrumento de Trabalho do Aprendiz Maçom?
119
2º Vig.·.: -Além disso, os poderes do homem hão de estar em
condições de resistir à prova das dificuldades, obstruções e golpes
produzidos pelas desilusões e pelo insucesso, porque é então que realmente
se põem à prova a verdadeira têmpera e a qualidade daqueles poderes.
Ven.·. M.·.: -Perfeitamente, meu Irmão. Uma vez que estudamos os três
Instrumentos de Trabalho, separadamente, convém comparar e comprovar
as funções de cada um. No princípio, ficamos pasmos ante as diferenças
fundamentais e radicais existentes entre a função da Régua de 24 Polegadas
e as do Maço e do Cinzel. O primeiro é essencialmente um instrumento
estático, os outros são dinâmicos. Aquele indica o caminho, estes o
percorrem. A Régua de 24 Polegadas só pode ser empregada bem, quando
está estacionária, ao passo que os outros instrumentos só são úteis, quando
se põem em movimento. A Régua é rígida, inflexível e fixa. Além disso, o
seu comprimento está determinado de uma vez para sempre. O Maço e o
Cinzel são essencialmente móveis, flexíveis e capazes de adaptarem-se
infinitamente às necessidades do trabalho e do operário.
120
2º Vig.·.: -Estudando detidamente a função do Maço e do Cinzel
como instrumentos de utilização simultânea, podemos descobrir coisas de
grande valor para os Maçons.
Veremos no Maço a representação simbólica de todo o poder que Ihe dá
energia, o qual devemos aprender a dirigir e manejar.
121
SEGUNDA INSTRUÇÃO
Ven.·. M.·.: -Meus Irmãos, o nosso templo é uma grande oficina, onde
os Maçons devem realizar o seu trabalho de construção incessante, no
plano moral e no plano espiritual. A nossa primeira tarefa, a do Aprendiz, é
de realização moral, de profunda preparação para os trabalhos subseqüentes
que se hão de exercer sobre o material humano que compõe o Universo.
-É evidente que, para enfrentar missão de tamanha
responsabilidade, o Maçom deve desenvolver e educar, como base de sua
aprendizagem, as três grandes forças da consciência humana: conhecer,
sentir e querer; ciência, emoção e atividade; experiência, sentimento e
força.
-Irmão 1º Vig.·., quais são os Instrumentos de Trabalho do
Aprendiz?
122
espiritualmente, medir é saber, e o erro começa onde se perde o senso da
medida.
123
2º Vig.·.: -O Cinzel representa a beleza moral, Ven.·. M.·..
Materialmente, cava na pedra as linhas e as imagens, percorrendo a
marcação da Régua. Simbolicamente, modela o espírito e a alma, de acordo
com os mandamentos da sabedoria. Representa as nossas faculdades
morais, mentais e espirituais, subordinadas ao nosso saber e à nossa
prudência. Sem o desenvolvimento dessas forças, o Maçom não poderia dar
feição à sua própria natureza. O Cinzel ensina que o Maçom deve abrir na
vida um caminho pré-traçado, sem afastar-se da virtude, sem torcer o
pensamento, nem perder-lhe a direção .O Cinzel é a beleza da ação, Ven.·.
M.·. .
Ven.·. M.·.: -Eis aí, meus Irmãos, o Sagrado Triângulo em que a Loja
assenta os seus fundamentos: SABEDORIA que orienta; FORÇA que
impele; BELEZA que executa. Régua, Maço e Cinzel, as três Colunas
124
Sagradas do Templo. Esses são os símbolos do mundo com que nós
sonhamos. Em cada povo, cada homem cultiva e desenvolve as forças
latentes da consciência humana, concretizadas nessa tríade misteriosa:
pensar, querer e fazer. Fora daí, meus Irmãos, não há na existência terrena o
que possa glorificar o Grande Arquiteto do Universo.
-Que ELE nos ilumine e guarde!
125
TERCEIRA INSTRUÇÃO
Ven.·. M.·.: -Meus Irmãos, de acordo com os preceitos que nos regem,
vamos ministrar instrução destinada, especialmente a nossos Irmãos
Aprendizes.
-A Maçonaria teve origem nas antigas Fraternidades
Iniciáticas, das quais recebeu a tradição que, com o maior cuidado, guarda
intacta, a fim de poder transmiti-la a seus Iniciados.Do mesmo modo que os
antigos iniciados que, para subtrair seus segredos e mistérios aos olhos dos
profanos, ministravam seu ensino por meio de símbolos e alegorias, a
Maçonaria, continuando a tradição, transmite seu ensino, ocultando
verdades ao mundo profano em seus símbolos, só as revelando àqueles que
ingressam em seus templos. Sendo o primeiro grau o alicerce da filosofia
simbólica, resumindo ela toda a Moral maçônica de aperfeiçoamento
humano, compete ao Aprendiz Maçom o trabalho de desbastar a pedra
bruta, isto é, desvencilhar-se dos defeitos e paixões, para poder promover a
construção moral da humanidade, que é a verdadeira obra da Maçonaria.
Irmão 1º Vig.·.,
-Irmão 2º Vig.·. e Irmão Orad.·., ajudai-me a dar esta
instrução a nossos Irmãos.
126
Essa tão vasta extensão da Loja simboliza a universalidade de nossa
Instituição e mostra que a Caridade do Maçom não tem limites, a não ser os
ditados pela prudência. Orienta-se a Loja do Oriente ao Ocidente (Leste
a Oeste). Como todos os lugares do Culto Divino e Templos antigos, as
Lojas Maçônicas assim devem estar, porque vieram, também, do Oriente
para o Ocidente.
1º - O Sol, a maior Glória do Senhor, surge no Oriente e se oculta no
Ocidente;
2º - A civilização e a ciência vieram do Oriente espalhando as mais
benéficas influências para o Ocidente;
3º - A doutrina do Amor e da Fraternidade e o exemplo do cumprimento da
Lei vieram, também, do Oriente para o Ocidente. A primeira notícia que
temos de um local destinado, exclusivamente, ao Culto Divino, é a do
Tabernáculo erigido no deserto por Moisés, para receber a Arca da Aliança
e as Tábuas da Lei. Esse Tabernáculo, cuja orientação era de Leste para
Oeste, serviu de modelo para a planta e posição do Templo de Salomão,
cuja construção, por seu esplendor, riqueza e majestade foi considerada
como a maior maravilha da época.
Eis porque as Lojas Maçônicas, representando simbolicamente o Templo
de Salomão, são orientadas do Oriente para o Ocidente.
127
A essas Colunas foram dadas três ordens de arquitetura: a Jônica, para
representar a Sabedoria; a Dórica, a Força, e a Coríntia, a Beleza. Todo esse
simbolismo nos indica que, na obra fundamental de nossa condição moral,
devemos trazer para a superfície, para a Luz, todas as possibilidades das
potências individuais, despojando-nos das ilusões da personalidade. E,
nesse trabalho, só poderemos ser SÁBIOS, se possuirmos FORÇA, porque
a Sabedoria exige sacrifícios que só podem ser realizados pela Força, mas
ser SÁBIO com FORÇA, sem ter BELEZA, é triste, porque é a Beleza que
abre o mundo inteiro à nossa sensibilidade.
-O Teto das Lojas Maçônicas representa a Abóbada
Celeste, de cores variadas. O Caminho para essa Abóbada, isto é, o Céu, o
Infinito, é representado pela escada conhecida por Escada de Jacó, nome
que, como fiel guardiã das antigas tradições, a Maçonaria conserva.
Composta de muitos degraus, cada um deles representa uma das Virtudes
exigidas do Maçom para caminhar em busca da perfeição moral.
-Em sua base, centro e o todo destacam-se três símbolos,
muito conhecidos do mundo profano: FÉ, ESPERANÇA e CARIDADE,
virtudes teologais que devem ornar o espírito e o coração de qualquer ser
humano, principalmente do maçom, que não se esquecerá, jamais, de
depositar Fé no Grande Arquiteto do Universo, Esperança, no
aperfeiçoamento moral, e ter Caridade para com seus semelhantes. A Fé é a
sabedoria do espírito, sem a qual o homem nada levará a termo. A
Esperança é a força do espírito, amparando-o e animando-o nas
dificuldades encontradas no caminho da vida. A Caridade é a beleza que
adorna o espírito e o coração bem formados, fazendo com que neles se
abriguem os mais puros sentimentos humanos.
128
antagonismo das religiões e dos princípios que regem os diferentes povos,
senão e apenas como uma exterioridade de manifestação, pois toda a
Humanidade foi criada para viver na mais perfeita harmonia, na mais
íntima Fraternidade.
-A ESTRELA FLAMEJANTE representa a principal luz da
Loja. Simboliza o Sol, Glória do Criador, e nos dá o exemplo da maior e da
melhor virtude, que deve encher o coração do Maçom: a Caridade.
Espalhando luz e calor (ensino e conforto) por toda parte onde atingem seus
raios vivificantes, o Sol nos ensina a praticar o Bem, não em um círculo
restrito de amigos ou de afeiçoados, mas a todos os necessitados, até onde
nossa Caridade possa alcançar.
-A ORLA DENTEADA, enfim, mostra-nos o princípio da
atração universal, simbolizada no Amor. Representa, com seus múltiplos
dentes, os planetas que gravitam em torno do Sol, os povos reunidos em
torno de um chefe, os filhos reunidos em volta dos Pais, enfim, os Maçons
unidos e reunidos no seio da Loja, cujos ensinamentos e cuja Moral
aprendem, para espalhá-los aos quatro ventos do Orbe.
-OsParamentos da Loja são: O LIVRO DA LEI, O
COMPASSO e O ESQUADRO.
-O LIVRO DA LEI SAGRADA representa o Código de
Moral que cada um de nós respeita e segue, a filosofia que cada qual adota
e, enfim, a Fé que nos governa e anima.
-O COMPASSO e o ESQUADRO, que só se mostram
unidos em Loja, representam a medida justa que deve presidir todas as
nossas ações - as quais não podem afastar-se da justiça nem da retidão - que
regem todos os atos de um verdadeiro Maçom.
-As pontas do Compasso, ocultas sob as arestas do
Esquadro, significam que o Aprendiz, trabalhando somente na pedra bruta,
não pode fazer uso daquele, enquanto sua obra não estiver perfeitamente
acabada, polida e esquadrejada.
Ven.·. M.·.: -As Joias da Loja são três móveis e três fixas.
129
-As móveis são o ESQUADRO, o NÍVEL e o PRUMO,
assim chamadas porque são transferidas aos novos Veneráveis e VVig.·.,
com a passagem da Administração.
-As fixas são a PRANCHETA, A PEDRA BRUTA e a
PEDRA POLIDA.
-A PRANCHETA serve para o Mestre desenhar e traçar, o
que simbolicamente exprime que o Mestre guia os Aprendizes no trabalho
indicado por ela, traçando o caminho que eles devem seguir para o
aperfeiçoamento, a fim de poderem progredir nos trabalhos da Arte Real.
-A PEDRA BRUTA serve para nela trabalharem os
Aprendizes, marcando-a e desbastando-a, até que seja considerada
POLIDA pelo Mestre da Loja.
-A PEDRA BRUTA é o material retirado da jazida, no
estado da natureza, até que, pela constância e trabalho do Obreiro, fique na
devida forma para poder entrar na construção do edifício. Ela representa a
inteligência, o sentimento do homem no estado primitivo, áspero e
despolido, e que nesse estado se conserva até que, pelo cuidado de seus pais
e instrução dos Mestres, adquira educação liberal e virtuosa, tornando-se
um ente CULTO, capaz de fazer parte de uma sociedade civilizada.
-A PEDRA POLIDA ou CÚBICA é o material
perfeitamente trabalhado, de linhas e ângulos retos, que o Compasso e o
Esquadro mostram estar talhado de acordo com as exigências da Arte. A
PEDRA POLIDA ou CÚBICA representa o saber do homem no fim da
vida, quando a aplicou em atos de piedade e virtude, verificáveis pelo
Esquadro da Palavra Divina e pelo Compasso da própria consciência
esclarecida.
-Chamam-se fixas essas joias, porque permanecem imóveis
em Loja como um Código de Moral, aberto à compreensão de todos os
Maçons. Do mesmo modo que a Prancheta é o traçado objetivo, o Livro da
Lei Sagrada é o traçado espiritual para o aperfeiçoamento do Maçom que
quer atingir o topo da Escada de Jacó, após haver desbastado as asperezas
de seu EU, asperezas representadas pela ambição, orgulho, egoísmo e
demais paixões que torturam os corações profanos.
130
-Em toda Loja Maçônica Regular, Justa e Perfeita existe
um ponto, dentro de um círculo, que o verdadeiro Maçom não pode
transpor. Este círculo é limitado, ao Norte e ao Sul, por duas linhas
paralelas, uma representando Moisés e outra, o rei Salomão. Na parte
superior desse círculo, fica o Livro da Lei Sagrada, que suporta a Escada de
Jacó, cujo cimo toca o Céu. Caminhando dentro desse círculo sem nunca o
transpor, vamos nos limitar às duas linhas paralelas e ao Livro da Lei
Sagrada, e, enquanto assim procedermos, não poderemos errar.
-As características de um Maçom são: Virtude, Honra e
Bondade, que, embora banidas de outras sociedades, devem, sempre, ser
encontradas no coração dos Maçons.
131
QUARTA INSTRUÇÃO
132
Ven.·. M.·.: -Irmão 2º Vig.·., sois Maçom?
Ven.·. M.·.: -Esta, porém, não deve ser a base de todos os princípios de
qualquer ensinamento moral ?
2º Vig.·.: -Não, Ven.·. M.·. . Todo homem é livre. Pode, porém, estar
sujeito a entraves vários, que o privem, momentaneamente, de parte de sua
liberdade e, o que é pior, o tornem escravo de suas próprias paixões e de
seus preconceitos. É, precisamente, desse jugo que se deve libertar aquele
133
que deseja pertencer à nossa Ordem. Assim, o homem que,
voluntariamente, abdica de sua liberdade deve ser excluído de nossos
Mistérios, porque, não sendo senhor de sua própria individualidade, não
pode contrair nenhum compromisso sério.
134
Ven.·. M.·.: -Que significam os ruídos, as dificuldades e os obstáculos
da primeira viagem?
Ven.·. M.·.: -Como terminou cada uma dessas viagens, Irmão 2º Vig.·.?
135
2º Vig.·.: -Na primeira, mandaram-me passar, na segunda, fizeram-
me purificar pela água e, na terceira, fui purificado pelo fogo.
136
Ven.·. M.·.: -Sabeis o que significa isso, meu Irmão?
137
2º Vig.·.: -Não vô-la posso dar, senão soletrar, dai-me a primeira
letra e os vos darei a segunda, Ven.·. M.·. .
Ven.·. M.·.: -Irmão 2º Vig.·., tens o dever de usar este avental em Loja,
meu Irmão?
138
2º Vig.·.: -Tem a forma de um quadrilongo, estendendo-se do Oriente
ao Ocidente, com a largura do Norte ao Sul. Sua altura é a da Terra ao Céu,
sendo sua profundidade da Superfície ao Centro da Terra.
139
1º Vig.·.:
1ª - O Pórtico, elevado sobre degraus e ladeado por duas Colunas,
sobre cujos painéis descansam três romãs abertas, mostrando suas
sementes;
2ª - A Pedra Bruta;
3ª - A Pedra Cúbica,
4ª - O Esquadro, o Compasso, o Nível e o Prumo;
5ª - O Malho e o Cinzel;
6ª - O Painel da Loja;
7ª - Ao Oriente, o Sol e a Lua;
8ª - O Pavimento Mosaico.
140
1º Vig.·.: -Representa o homem sem instrução, com suas asperezas
de caráter, devidas à ignorância, em que se encontra, e às paixões que o
dominam.
141
2º Vig.·.: -Porque, sendo a Loja a imagem do Universo, nela devem
estar representados os esplendores que, na Abóbada Celeste, mais ferem a
imaginação do homem.
142
2º Vig.·.: -Amizade, Paz e votos de Prosperidade para todos os
Irmãos.
143
QUINTA INSTRUÇÃO
Ven.·. M.·.: (o) -Irmão 1º Vig.·., entre mim e vós existe alguma coisa ?
1º Vig.·.: -A Maçonaria.
144
orgulho, o erro e os preconceitos; lutar contra a ignorância, a mentira, o
fanatismo e a superstição, que são os flagelos causadores de todos os males
que afligem a Humanidade e entravam o progresso; praticar justiça
recíproca, como verdadeira salvaguarda dos direitos e dos interesses de
todos, e a tolerância, que deixa a cada um o direito de escolher e seguir sua
religião e suas opiniões; deplorar os que erram, esforçando-se, porém, para
reconduzi-los ao verdadeiro caminho, enfim, ir em socorro do infortunados
e dos aflitos. O Maç.·. cumprirá todos esses deveres, porque tem a Fé, que
Ihe dá coragem; a Perseverança, que vence os obstáculos, e o Devotamento,
que o leva a fazer o Bem, mesmo com risco de sua vida e sem esperar outra
recompensa a não ser a tranquilidade de consciência.
145
1º Vig.·.: -O Toq.·. está correto, Ven.·. M.·. .
Ven.·. M.·.: -Por que o Aprendiz não tem Pal.·. de Pas.·. Irmão Cob.·.?
146
Sec.·.: -Em uma Loja justa, perfeita e regular.
Ven.·. M.·.: -Que é preciso para que uma Loja seja justa e perfeita ?
Saúda e senta-se.
147
Tes.·.: (Levantando-se à ordem) -Nada, Ven.·. M.·., pois uma
espessa venda cobria meus olhos.
148
-As duas Colunas são tidas como de 18 côvados de altura,
12 de circunferência, 12 de base e 5 nos capitéis, num total de 47, número
igual ao das constelações e dos signos do zodíaco ou do mundo celeste.
Suas dimensões estão contra todas as regras da arquitetura, para nos
mostrar que a Sabedoria e o Poder do Divino Arquiteto estão além das
dimensões e dos julgamentos dos homens. São de bronze para resistirem ao
dilúvio, isto é, à barbárie, pois o bronze é o emblema da eterna estabilidade
das leis da natureza, base da doutrina maçônica. São ocas, para guardar os
utensílios apropriados aos conhecimentos humanos.
-Enfim, as romãs são símbolo equivalente ao feixe de
Esopo: milhares de sementes contidas no mesmo fruto, num mesmo germe,
numa mesma substância, num mesmo invólucro, imagem do povo
maçônico que, por mais multiplicado que seja, constitui uma e mesma
Família. Assim, a romã é o símbolo da harmonia social, porque somente
com as sementes, apoiadas uma às outras, é que o fruto toma sua verdadeira
forma.
-O PAVIMENTO MOSAICO, emblema da variedade do
solo, formado de pedras brancas e pretas, unidas pelo mesmo cimento,
simboliza a união de todos os Maçons da Terra, apesar da diferença de
cores, de climas e de opiniões políticas e religiosas. É a imagem do Bem e
do Mal, de que está cheio o caminho da vida.
149
-O Prumo, trazido pelo 2º Vig.·., significa que o Maçom
deve ser reto no julgamento, sem se deixar dominar pelo interesse nem pela
afeição.
-O Nível sem o Prumo nada vale, do mesmo modo que este
sem aquele, em qualquer construção.
-Por isso, os dois se completam, para mostrar que o Maçom
tem o culto da igualdade, nivelando todos os homens e cultuando a retidão,
não se deixando pender, pela amizade ou pelo interesse, para qualquer dos
lados.
150
SEXTA INSTRUÇÃO
1º Vig.·.: -A de um quadrilongo.
Ven.·. M.·.: -Por que razão está nossa Loja situada do Oriente ao
Ocidente, Irmão 2º Vig.·.?
151
Ven.·. M.·.: -Em que base se apoia nossa Loja?
152
1º Vig.·.: -Porque a Sabedoria cria, a Força sustenta e a Beleza
adorna.
Ven.·. M.·.: -Para nos fortalecermos nos combates, que devemos manter
contra esses inimigos, qual o laço sagrado que nos une?
153
Ven.·. M.·.: -Será por isso que, comumente, se diz que a Maçonaria
proporciona a seus adeptos vantagens morais e materiais?
Ven.·. M.·.: -Como podeis fazer tal afirmação, se todos dizem que a
solidariedade maçônica consiste no amparo incondicional de uns aos outros
Maçons, quaisquer que sejam as circunstâncias?
Ven.·. M.·.: -Que solidariedade, então, deve existir entre nós, Irmão 1º
Vig.·.?
154
amigo; quando, cego pela ambição ou pelo ódio, pratica atos que
consideramos indignos de um Maçom, ele, e não nós, rompeu a
solidariedade que nos unia e que não mais poderá existir, porque, se assim a
praticássemos, seria pactuarmos com ações de que a simples conivência
moral nos degradaria. Por isso, o Maçom que assim procede, deixou de ser
Irmão, perdeu todos os direitos ao nosso auxílio material e, principalmente,
ao nosso amparo moral.
1º Vig.·.: -Sem boas e justas razões, não. Nossa Ordem nos ensina a
amar a Pátria e, portanto, a ser bons cidadãos. Não o seríamos nem nos
poderíamos julgar merecedores desse nobre título e da confiança de nossos
Irmãos, se, ao bem público, antepuséssemos os interesses de uma pessoa
apta ou menos digna de trabalhar pelos interesses da sociedade e da Pátria.
155
antes examinar-lhe inteligência, caráter e probidade. Daí, é natural que, de
nossa Ordem, cuidadosamente selecionados, surjam cidadãos que se
destaquem por suas qualidades pessoais, tornando-se assim dignos de
serem aproveitados na conquista do progresso e da felicidade do povo.
156
SÉTIMA INSTRUÇÃO
157
-nos mostra que as dimensões, orientação e forma das Pirâmides
obedeceram a razões poderosíssimas, porque elas encerram, além de outras
verdades (provavelmente ainda não estudadas) a direção do Meridiano
Terrestre, o valor entre a circunferência e seu raio, a medida do peso
racional (libra inglesa) e até a distância aproximada da Terra ao Sol.
-Todos os povos da Antiguidade tiveram um sistema
numérico ligado, intimamente, à religião e ao culto. Esse fato é o resultado
da ideia que, então, se fazia do mundo, segundo a qual a matéria é
inseparável do espírito, do qual exprime a Imagem e a Revelação.
-Enquanto a matéria for necessária à forma e à dimensão,
enquanto o mundo for uma soma de dimensões, existirá o número, e cada
coisa terá seu número do mesmo modo que forma e dimensões.
-Há, entretanto, números que parecem predominar na
estrutura do mundo, no tempo e no espaço, e que formam, mais ou menos,
a base fundamental de todos os fenômenos da natureza. Esses números
foram tidos, sempre, como sagrados, pelos antigos, como representação da
ordem e da inteligência das coisas e como expressão da própria divindade.
Se, com efeito, supusermos que as coisas materiais são, apenas, um
invólucro que cobre o Invisível, o Imaterial, se as considerarmos, somente,
como símbolos dessa Imaterialidade, com mais forte razão os números, de
concepção puramente abstrata, poderão ser considerados sagrados, pois eles
representam, até certo ponto, a expressão imediata das Leis Divinas (que
são as Leis da Natureza), compreendidas e estudadas neste Mundo.
-A China, a Índia, a Grécia, mesmo antes de Pitágoras,
conheceram e empregaram a "Ciência dos Números". Seu simbolismo é,
em grande parte, baseado nessa ciência. Vemos, pois, que os números se
prestam, facilmente, a tornarem-se símbolos, figuras das ideias simples e de
suas relações. E toda a doutrina das relações morais e de ligação
indestrutível com o mundo material, isto é, a filosofia, foi sempre exposta
por um sistema numérico e representada por números.
158
1º Vig.·.: -O número UM, a unidade, é o princípio dos números, mas
a unidade só existe pelos outros números. Todos os sistemas religiosos
orientais começaram por um Ser Primitivo. Conquanto esta abstração não
tenha, positivamente, uma existência real, tem, contudo, um lado positivo,
que a torna suscetível de uma existência definida. É o que os antigos
denominavam Pothos, isto é, o desejo ou a ação de sair do absoluto, a fim
de entrar no real, considerado por nós concreto.
-Nos sistemas panteístas, nos quais a divindade é
confundida com a unidade, com o Todo, ela tem o nome de Unidade. A
unidade só é compreendida por efeito do número Dois. Sem este, torna-se
ela idêntica ao todo, isto é, identifica-se com o próprio número. A natureza
do número Dois, em sua relação com a unidade, representa a divisão, a
diferença.
159
Ven.·. M.·.: -Irmão 1º Vig.·., como poderá ser vencida a dúvida
aniquiladora do número Dois?
160
essenciais. E assim deve ser, porque nada do que é SENSÍVEL pode ser
admitido a representar a Unidade, mesmo porque só percebemos, fora e em
volta de nós, Diversidade e Multiplicidade. Nada é simples na natureza;
tudo é complexo. No entanto, se a Unidade não nos aparece naquilo que
nos é exterior, parece residir em nosso íntimo, pois todo ser pensante tem a
convicção, o sentimento inato de que é Um.
Ven.·. M.·.: -Por que o Neófito não deve estacionar no número DOIS?
161
Ven.·. M.·.: -Assim concebido, qual a significação do número TRÊS,
Irmão 1º Vig.·.?
Ven.·. M.·.: -Se, apenas, uma dessas qualidades estiver separada, quais
as consequências, Irmão 2º Vig.·.?
162
2º Vig.·.: -Dotado de vontade e de inteligência, mas sem sentimento
afetuoso para com seus semelhantes, o homem poderá ser um gênio, mas,
forçosamente, será também um monstro de egoísmo e, como tal, condenado
a desaparecer.
-Possuindo Coração e Inteligência, mas não tendo vontade
nem energia, o homem será uma criatura mole, de caráter passivo que,
embora não faça mal a ninguém e nutra belas aspirações e elevado ideal,
jamais chegará a realizá-lo, por faltar-lhe a energia. Será, em suma, um
inútil.
-A energia, unida ao Amor, daria melhor resultado, mas a
falta de Inteligência o impediria de ser bom e ativo, de fazer obra
verdadeiramente útil, porque o discernimento, função da Inteligência, Ihe
faltaria. Não poderia aplicar suas belas qualidades. Correria até o risco de,
sob a direção de um mau intelecto, tornar-se servidor das forças do mal, por
falta de discernimento.
Ven.·. M.·.: -Vede, pois, Irmãos Aprendizes, que todo Maçom, que
quiser ser digno deste nome deve cultivar igualmente essas três qualidades,
representadas pelos três pontos (.·.) apostos a seu nome, como as três
estrelas que brilham no Oriente da Loja..
-Irmão 1º Vig.·., o ternário pode ser estudado sob outros
aspectos?
163
DA CABALA HEBRAICA, da qual são tiradas as Palavras Sagradas e de
P.·. da Maç.·. - Keter (Coroa), Hokma (Sabedoria) e Binah (Inteligência).
DA TRINDADE CRISTÃ - Pai, Filho e Espírito Santo.
DA TRIMURTI - Brama, Vishnu e Shiva; Sat, Chit e Ananda.
DOS TRÊS GOUNAS, ou qualidades inerentes à Substância
Eterna (Maia), na Índia: - Tamas (inércia), Rajas (movimento) e Sattva
(Harmonia).
DO BUDISMO - Buda (Iluminado), Dharma (Lei) e Sanga (Assembleia de
fiéis).
DO EGITO - Osiris, Isis e Horus; Ammon, Mouth e Khons.
DO SOL, no Egito - Horus (Nascer), Ra (Zênite) e Osíris (Ocaso).
DA CALDEIA - Olomus (Luz), Olosurus (Fogo) e Elium (Chama).
164
O Tetragrama lembra, finalmente, ao Aprendiz que ele passou pelas quatro
provas dos Elementos - Terra, Ar, Água e Fogo.
-Colocado no topo da Coluna do N.·., o Aprendiz vai
começar estas quatro provas no caminho para o 2º Grau. Tendo recebido a
luz e podendo caminhar sozinho no templo, embora ainda auxiliado pelos
conselhos dos Irmãos e pela experiência dos Mestres, sente-se responsável
por si mesmo e sabe que seus pensamentos, palavras e obras devem
demonstrar, sempre, a consciência de seu juramento ao ingressar no templo
do Ideal, cujo serviço aceitou livremente, sem constrangimento, nem
restrição de espécie alguma.
165
HINOS RECOMENDADOS
Ó pátria amada,
Idolatrada,
Salve! Salve!
Terra adorada
Entre outras mil
És tu, Brasil,
166
Ó pátria amada!
Brasil!
Segunda Parte
Ó pátria amada,
Idolatrada,
Salve! Salve!
167
Terra adorada
Entre outras mil
És tu, Brasil,
Ó pátria amada!
Brasil!
HINO À BANDEIRA
HINO À MAÇONARIA
Maçons, alerta!
Tende firmeza!
Vingai direitos
Da natureza!
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Maçons, alerta!
Tende firmeza!
Vingai direitos
Da natureza!
Maçons, alerta!
Tende firmeza!
Vingai direitos
Da natureza!
Maçons, alerta!
Tende firmeza!
Vingai direitos
Da natureza!
Maçons, alerta!
Tende firmeza!
Vingai direitos
Da natureza!
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Maçons, alerta!
Tende firmeza!
Vingai direitos
Da natureza!
Maçons, alerta!
Tende firmeza!
Vingai direitos
Da natureza!
Maçons, alerta!
Tende firmeza!
Vingai direitos
Da natureza!
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