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GRANDE ORIENTEINDEPENDENTE

DO ESTADO DO PARÁ
GOIEPA
CONFEDERAÇÃO MAÇÔNICA DO BRASIL - COMAB marcelo

RITUAL E INSTRUÇÕESDO GRAU DE


APRENDIZ MAÇOM
DO
RITO ESCOCÊS ANTIGO E ACEITO
Marabá – PA
Outubro/2013
CONFEDERAÇÃO MAÇÔNICA DO BRASIL
COMAB

Comissão de Resgate das Origens do Rito


Presidente: Lázaro Emanuel Franco Salles (GOMG)

Relator: Guilherme de Queiróz Ribeiro (GOIPE)

José Aristides Fermino (GORGS)

Almir Oliveira (GOPB)

Nery Ernesto Kessler (GOSC)

Fernando Fernandes (GOP)

Adequado ao Grande Oriente Independente do Estado do Pará – GOIEPA


Pelo Grão-Mestre Ricardo Fernando Pereira
Decreto 016/GOIEPA/2012-2015 – Outubro/2013
CARÁTER DE AUTENTICIDADE

Reconheço a autenticidade e exatidão deste Ritual.

____________________________________
Grão Mestre

CERTIFICADO DE PROPRIEDADE E DESTINATÁRIO

 Este exemplar pertence ao Grande Oriente Independente do Estado do


Pará, achando-se entregue à guarda e uso pessoal do Irmão:

 _________________________________________________________
 membro do Quadro de Obreiros da Augusta e Respeitável Loja
Maçônica

 _________________________________________________________

 do Oriente de
______________________________________________,
 que se compromete a usá-lo, zelar por seu estado e mantê-lo em lugar
seguro e inacessível ao manuseio e uso indevido de quem não possa ou
não deva ter acesso a ele. Fica também seu usuário ciente de que a
devolução deste exemplar à referida Loja e esta ao GOIEPA, far-se-á tão
logo cessem os motivos de sua posse temporária.

 Or.·.de ____________________, ___ de ____________ de_______.

_____________________________ ________________________
Ven.·.M.·.Chanc.·.
INDICE

Caráter de autenticidade.................................................. ...... 03


Primeiros ensinamentos para o Aprendiz Maçom................. 07
Alegoria do Grau – O Aprendiz Maçom............................... 07
A Maçonaria.......................................................................... 09
História do Rito Escocês Antigo e Aceito............................ 11
O Templo / Posição dos Obreiros........................................ 12
O Templo / Plano do Templo............................................... 13
Disposição e decoração do Templo...................................... 14
Painel do Grau de Aprendiz Maçom.................................... 19
A cor do Rito........................................................................ 25
Espadas................................................................................ 26
Espada Flamejante............................................................... 26
Bastões e Jóias..................................................................... 26
Malhete................................................................................ 26
Abóboda de Aço.................................................................. 27
Circunvolução e Saudação................................................... 27
Entrada de irmãos retardatários........................................... 29
Saída temporária do Templo................................................ 29
Saída definitiva do Templo.................................................. 29
Postura de irmãos em visita à outras Lojas Maçônicas........ 30
Identificação........................................................................ 30
Postura em Loja Aberta....................................................... 30
Câmara das Reflexões......................................................... 31
Painel alegórico da Câmara das Reflexões......................... 33
As vestes do Aprendiz Maçom........................................... 34
Os Oficiais e suas jóias....................................................... 34
Palavra Semestral............................................................... 36
A música na Maçonaria...................................................... 36
Melodias sugeridas............................................................. 37
Protocolo para a recepção de autoridades............................ 38
Quadro sinóptico instrucional.............................................. 39
Interrogatório para o grau de Aprendiz Maçom.................. 41
Telhamento ou Cobridor do grau de Aprendiz Maçom........ 42
As sessões maçônicas.......................................................... 43
Abertura Ritualística........................................................... 47
Balaústre............................................................................. 51
Expediente.......................................................................... 52
Bolsa de Propostas e Informações...................................... 53
Ordem do Dia..................................................................... 55
Período de Instrução............................................................. 56
Tronco de Beneficência........................................................ 57
Palavra à Bem da Ordem em Geral e do Quadro em Part..... 58
Encerramento........................................................................ 60
Cerimônia de Regularização e/ou Filiação........................... 63
Sessão Magna de Iniciação................................................... 66
Procedimentos Especiais....................................................... 97
Cadeia de União.................................................................... 97
Escrutínio Secreto................................................................. 99
Entrada de irmãos visitantes e/ou retardatários.................... 104
Saudação à Bandeira............................................................ 106
Recepção do Grão Mestre.................................................... 109
Instruções para o Aprendiz Maçom..................................... 115
Explicações teóricas............................................................. 115
Painel alegórico da Loja de Aprendiz Maçom..................... 115
Primeira Instrução................................................................ 116
Segunda Instrução................................................................ 122
Terceira Instrução................................................................. 126
Quarta Instrução................................................................... 132
Quinta Instrução.................................................................... 144
Sexta Instrução...................................................................... 151
Sétima Instrução.................................................................... 157
Hinos Recomendados............................................................ 166
Hino Nacional....................................................................... 166
Hino à Bandeira.................................................................... 168
Hino à Maçonaria.................................................................. 169
PRIMEIROS ENSINAMENTOS PARA O
APRENDIZ MAÇOM

ALEGORIA DO GRAU

O Aprendiz

07
A MAÇONARIA

“A Ordem Maçônica é uma associação de homens esclarecidos e virtuosos,


que se consideram Irmãos entre si, cujo fim é viver em perfeita igualdade,
intimamente ligados por laços de recíproca estima, confiança e amizade,
estimulando-se uns aos outros, na prática da virtude.”
“É um sistema de Moral, velado por alegorias e ilustrado por símbolos.”
Embora imperfeitas, tais definições são suficientes para nos convencer de
que a Ordem Maçônica foi sempre, e deve continuar a ser, a união
consciente de homens inteligentes, virtuosos, desinteressados, generosos e
devotados, Irmãos livres e iguais, ligados por deveres de fraternidade, que
concorrem, pelo exemplo e pela prática da virtude, para esclarecer os
homens e prepará-los para a emancipação progressiva e pacífica da
humanidade .
É, pois, um sistema e uma escola, não só de moral mas também de filosofia
social e espiritual, revelados por alegorias e ensinados por meio de
símbolos, guiando os adeptos à prática e ao aperfeiçoamento dos mais
elevados deveres.
Praticando o bem sobre o plano social e moral, a Maçonaria reúne todos os
homens como Irmãos, sem deles indagar a crença religiosa ou política. Por
isso e para evitar o desvirtuamento de seus nobres e sublimes fins, a
Maçonaria exige que sejam iniciados em seus mistérios somente aqueles
que, crendo na existência de um Princípio Criador e em sua vontade
revelada, bem compreendam os deveres sociais e, alheios a vaidades e
inclinações contrárias aos rígidos princípios da moralidade, busquem-na,
inspirados em elevados sentimentos de amor fraternal.
A Maçonaria é, portanto, o progresso contínuo, por ensinamentos em uma
série de graus, visando, por promoções sucessivas, incutir no íntimo dos
homens a luz espiritual e divina, que, afugentando os baixos sentimentos de
materialidade e mundanismo e invocando sempre o Grande Arquiteto do
Universo, os tornem dignos de si mesmos, da família, da pátria e da
humanidade.
Seus princípios fundamentais são:

1. A Maçonaria proclama, como sempre proclamou, desde a sua origem, a


existência de um Princípio Criador, sob a denominação de Grande
Arquiteto do Universo;

2. A Maçonaria não impõe nenhum limite à livre investigação da verdade, e


é para garantir essa liberdade que exige de todos a maior tolerância;

09
3. A Maçonaria é, portanto, acessível aos homens de todas as classes
sociais e de todas as crenças religiosas ou políticas, com exceção daquelas
que privem o homem da liberdade de consciência, restrinjam os direitos e a
dignidade da pessoa humana, exijam submissão incondicional aos ditames
de seus superiores, ou façam dele instrumento de combate aos princípios da
Maçonaria;

4. A divisão da Maçonaria Simbólica nos três graus, universalmente


adotados: Aprendiz, Companheiro e Mestre;

5. A Lenda do Terceiro Grau.

6. A Maçonaria tem por fim combater a ignorância em todas as suas


modalidades. É uma escola que impõe este programa: obedecer às leis do
país; viver segundo os ditames da honra; praticar a justiça; amar o próximo
e trabalhar incessantemente pela felicidade do gênero humano para
conseguir sua emancipação progressiva e pacífica;

7. A proibição expressa de todo e qualquer debate sobre política partidária


ou sectarismo religioso, dentro de seus templos, ou fora deles em nome da
Maçonaria;

8. O Livro da Lei, o Esquadro e o Compasso, as três Grandes Luzes da


Maçonaria, estarão sempre presentes em Loja sobre o Altar dos Juramentos
durante os trabalhos, na forma e modo expressos nos rituais.

A par dessa Declaração de Princípios, a Maçonaria proclama também as


seguintes normas sobre as quais se apóia: para elevar o Homem aos seus
próprios olhos e para torná-lo digno de sua missão sobre a terra, a
Maçonaria proclama o que o Grande Arquiteto do Universo deu a ele, como
o mais precioso dos bens, a liberdade, patrimônio da humanidade,
cintilação divina que nenhum poder tem o direito de obscurecer ou de
apagar e que é a fonte de todos os sentimentos de honra e de dignidade.
Desde a preparação do Primeiro Grau, a condição primordial, sem a qual
nada se concede ao Iniciado, é uma reputação de honra ilibada e de
probidade incontestável.
Àquele a quem a religião é o consolo supremo, a Maçonaria diz: “Cultiva a
tua religião, ininterruptamente, segue as aspirações de tua consciência”. A

10
Maçonaria não é uma religião, nem professa um culto; quer a instrução
livre. Sua doutrina se condensa toda neste princípio: “Ama a teu próximo”.
Àquele que teme as discussões políticas, a Maçonaria diz: “Eu condeno
qualquer discussão sectária em minhas reuniões. Sirva fiel e devotadamente
a tua Pátria, sem esquecer os postulados da Liberdade, Igualdade e
Fraternidade, e não indagarei de tuas preferências político-partidárias.
O amor à pátria é perfeitamente compatível com a prática de todas as
virtudes. A sua moral é a mais pura, pois funda-se sobre a primeira das
virtudes - a solidariedade humana”.
O verdadeiro Maçom pratica o bem e leva sua solidariedade aos infelizes,
quaisquer que sejam eles, na medida de suas forças. O Maçom deve, pois,
repelir, com sinceridade e desprezo, o egoísmo e a imoralidade.
Os ensinamentos maçônicos induzem seus adeptos a dedicarem-se à
felicidade de seus semelhantes, não porque a razão e a justiça lhes
imponham esse dever, mas porque esse sentimento de solidariedade é a
qualidade inata que os fez filhos de Deus e irmãos de todos os homens,
fiéis observadores da lei do amor universal.
Nessas condições, o objetivo do Grande Oriente Independente do Estado do
Pará é manter o constante progresso da Maçonaria, seu antigo e verdadeiro
caráter de apostolado da mais alta moralidade, da prática das virtudes, da
Liberdade, da Igualdade e da Fraternidade, por disciplina consciente, a fim
de que os Maçons, ampliando todas as faculdades morais e espirituais,
possam cumprir seus múltiplos deveres e infundir, nos usos e costumes da
sociedade civil a que pertençam, os princípios da filosofia humanitária.

HISTÓRIA DO RITO ESCOCÊS ANTIGO E ACEITO

O Rito Escocês Antigo e Aceito, apesar do que sugere o nome, não é


escocês. Em verdade, nasceu e desenvolveu-se na França. Suas
Constituições fundamentais são do ano de 1786.

Supõe-se que o nome “escocês” se deva ao fato de terem sido fundadas na


França Lojas por Maçons católicos e jacobitas, isto é, por partidários da
casa dos Stuarts, família escocesa, da qual procederam os reis da Escócia,
desde 1371, que também foram reis da Inglaterra entre 1603 e 1688. A
denominação “Antigo”, dada ao Rito, pretende indicar que ele provém das
antigas tradições das associações de oficio. A expressão “Antigo e Aceito”
foi usada, pela primeira vez, por James Anderson, na segunda edição das
“Constituições dos Franco-Maçons”, de 1738.

11
O Rito Escocês surgiu na França por volta de 1730/35, nos graus
simbólicos, depois da introdução da Maçonaria Inglesa. Pouco depois,
foram sendo criados os graus “inefáveis”, a partir do “Mestre
Escocês”.Compõe-se o Rito de trinta e três Graus: três simbólicos e trinta
superiores. Em 1758, fundou-se em Paris o “Conselho dos Imperadores do
Oriente e do Ocidente - Grande e Soberana Loja Escocesa São João de
Jerusalém”, que introduziu um sistema do Rito Escocês, de 25 graus,
denominado Rito de Perfeição ou de Herédom.

Em 1761, EtienneMorin, Maçom, judeu e mercador por profissão, tendo


recebido delegação deste Conselho, chegou à América do Norte onde, na
tentativa de tornar o rito mais atraente aos norte americanos, introduziu os
altos graus adotados por estes, que foram aumentados para 33, em 1786.
Em 31 de maio de 1801, em Charleston (Carolina do Sul, Estados Unidos
da América do Norte), foi criado o Supremo Conselho dos Grandes
Inspetores Gerais do Grau 33 e Último Grau do Rito Escocês Antigo e
Aceito. Um segundo Supremo Conselho foi constituído em Paris, em 22 de
setembro de 1804. Esses dois Supremos Conselhos foram os pais do Rito
Escocês Antigo e Aceito, hoje um dos mais difundidos e praticados em
todo o mundo.
O TEMPLO
POSIÇÃO DE SÍMBOLOS E ALEGORIAS NO TEMPLO
A Altar do Ven M J Mar de Bronze
B Altar dos Juramentos K Corda de 81 Nós
C Carta Constitutiva L Colunas Zodiacias
D Almofada M Colunas Vestibulares
E Bandeiras N Pedra Bruta
F Estandarte O Pedra Polida
G Painel do Grau P Balaustrada
H Pavimento Mosaico Q Prancheta ou Tábua de Delinear
I Orla Denteada

ASSENTOS DE DIGNIDADES, OFICIAIS E OBREIROS NO TEMPLO


* Grão-Mestre (não dirigindo os TTr) 17 Porta-Estandarte
1 Ven M 10 M de CCer 18 Porta-Espada
2 Primeiro V 11 Cobr 19 Bibliotecário
3 Segundo V 12 Primeiro Diac 20 Mestre de BBanq
4 Ex-VenM Imediato 21 Arquiteto
5 Orad 13 Segundo Diac 22 M de Harm
6 Sec 14 Primeiro Exp 23 CExt (Após Abertura)
7 Chanc 15 Segundo Exp 23a CExt (antes Abertura)
9 Hosp 16 Porta-Band
12
O TEMPLO
PLANO DO TEMPLO

13
DISPOSIÇÃO E DECORAÇÃO DO TEMPLO

Templo, Loja ou Oficina, é o local de reunião de obreiros para a prática


litúrgica e ritualística dos trabalhos maçônicos.

Podemos afirmar que ela é uma “entidade ligada a uma Potência, que
congrega em seu quadro um número ilimitado de Obreiros para o estudo e
prática da Maçonaria”.

O Templo, interiormente, tem a forma de um retângulo alongado ou


quadrilongo, sendo dividido, no sentido longitudinal, ou de seu maior eixo,
em três partes: o Oriente, o Ocidente (Norte e Sul) e o Átrio.

Assim, o Templo maçônico se divide em três partes:

- O Átrio (e a Sala dos Passos Perdidos)

- O Ocidente

- O Oriente

Embora as dimensões simbólicas de um templo maçônico representem a


Terra, ele deve, juntamente com o átrio, ter materialmente um comprimento
igual ao triplo da largura. Exemplificando, deve guardar proporções
semelhantes a essas: se o Oriente tiver 4 metros de comprimento por 4
metros de largura, o Ocidente deverá ter 6 metros de comprimento por 4
metros de largura e o Átrio deverá ter 2 metros de comprimento por 4
metros de largura.

O ÁTRIO

As Colunas Vestibulares
Considera-se átrio a parte que antecede o templo. A palavra "átrio" nos vem
dos templos romanos, querendo exprimir a idéia de pátio, ou seja, um
pórtico romano coberto, no interior dos edifícios. Em um templo maçônico,
o átrio é o espaço onde devem ficar as duas grandes colunas, chamadas
Colunas Vestibulares, que devem ser ocas, de bronze e de ordem egípcia.
No fuste da coluna, ou seja, a parte que fica entre o capitel e a base, à

14
direita da entrada, ou ao Sul, deve estar gravada a letra “J”, e na coluna à
esquerda, ou ao Norte, a letra “B”. No capitel das duas colunas
encontramos três romãs em cada uma delas, distribuídas igualmente de
modo a sustentar um globo celeste na coluna J e um globo terrestre na
coluna B. No átrio também deve ficar o Cob.·. Externo até a abertura dos
trabalhos, voltando a ocupar este lugar antes do encerramento.
Sala dos Passos Perdidos
Livros de Presença e Vestíbulo
Ao Átrio, precede a Sala dos Passos Perdidos, onde devem permanecer os
Visitantes até a sua entrada ao templo, no momento adequado. Também
ficam na Sala dos Passos Perdidos os Livros de Assinatura e o Vestíbulo.

O OCIDENTE

É o maior espaço de um templo maçônico, onde se encontra a porta de entrada,


no meio da parede que faz frente para o Oriente. No Ocidente encontram-se
cadeiras colocadas umas de frente para as outras, de maneira longitudinal, de
modo a assemelhar-se com o Parlamento Inglês, de onde esta formação tem
origem.

No extremo Ocidente, na Coluna do Norte, sobre um estrado único (de dois


degraus), ficam o altar e a cadeira do 1º Vig.·., podendo ter em sua face frontal,
gravado, um nível, que é a joia deste cargo. Na Coluna do Sul, ao meio, estão o
altar e a cadeira do 2º Vig.·., sobre um estrado (de apenas um degrau),
podendo, também, ter gravado na face frontal deste altar, um prumo, que é a
joia inerente a esse cargo. Nesses altares devem estar um candelabro de três
braços em cada um, permanecendo apenas a luz central acesa. Ficam também
em cada um desses altares um malhete e um exemplar do ritual do grau.

O TETO DO TEMPLO

No teto do templo figura-se uma abóbada azulada, com nuvens e estrelas,


formando grande número de constelações, ficando o Sol no Oriente e
ligeiramente à frente e à esquerda do altar do Ven.·.M.·., sendo que a Lua
fica no Ocidente, próximo ao altar do 1º Vig.·..

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COLUNAS ZODIACAIS

Incrustadas nas duas paredes laterais do Templo, desde a porta até a


balaustrada, no Ocidente, estão seis colunas de cada lado, pintadas em dourado,
em cujo capitel encontra-se um signo representativo do Zodiáco, juntamente
com o elemento e o planeta correspondente.
A ÁRIES LI LIBRA
T TOURO E ESCORPIÃO
G GÊMEOS S SAGITÁRIO
C CÂNCER Cp CAPRICÓRNIO
L LEÃO Aq AQUÁRIO
V VIRGEM P PEIXES
16
REPRESENTAÇÃO SIMBÓLICA DO ZODIÁCO

COLUNAS DO TEMPLO

Coríntia Dórica Jônica

(Beleza) (Força) (Sabedoria)

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ESTRELA FLAMEJANTE
É uma alegoria estudada em graus superiores ao de Aprendiz, constando de
uma estrela dourada de cinco pontas com a letra G em seu centro,
pendendo-se da abóbada celeste e colocada acima do altar do 2º Vig.·..

PAREDES DO TEMPLO
As paredes do templo são de cor vermelha, não se recomendando gravuras
de qualquer espécie nelas impressas.

CORDA DE 81 NÓS
Na frisa da parede, rodeando-as ao alto, entre ela e a abóbada, pendura-se
uma corda com 81 nós emblemáticos em forma de infinito ou nó 8, que
termina em borlas pendentes em cada um dos lados da porta de entrada do
templo. Esta corda circunda todo o templo, sendo que o nó de número 41
deve ficar à altura da cadeira do Ven.·. M.·..

PAVIMENTO MOSAICO
No eixo do templo, em posição zenital, encontra-se o Pavimento Mosaico,
composto por quadrados brancos e negros que devem ter de 2 a 3 metros de
comprimento, por 1 a 1,5 metros de largura, dependendo do tamanho do
templo.

Em analogia com o templo da Grande Loja de Inglaterra, não se utilizam as


peças brancas e negras em diagonal. Estas são dispostas em um quadrado.

ORLA DENTEADA
Nas extremidades do Pavimento Mosaico, existem triângulos também
negros e brancos, colocados em cores alternadas, cujas pontas são voltadas
para as paredes do templo. A esta alegoria chamamos de Orla Denteada.

ALEGORIAS E CORES

Os estofos das cadeiras, eventuais cortinas e adereços, as letras B e J, o


estandarte, o dossel, a almofada para os juramentos devem ser na cor
vermelha.

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PAINEL DO GRAU DE APRENDIZ

À frente do Pavimento Mosaico, voltado para a porta do templo, encontra-


se o Painel do Grau, uma alegoria que compreende vários símbolos e
determina o grau em que os trabalhos estão sendo executados.

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ASSENTOS

Os Mestres tomam assento na Câmara do Meio, ou seja, nas cadeiras


centrais dispostas umas de frente para as outras.

Os Companheiros tomam assento na fileira mais próxima à parede lateral


da Coluna do Sul, junto à parede fronteiriça do templo.

Os Aprendizes tomam assento na fileira mais próxima à parede lateral da


Coluna do Norte, junto à parede fronteiriça do templo.

COLUNA DO SUL

Coluna de Harmonia
No encontro das paredes fronteiriças do templo, ao
Sul e na entrada, vamos encontrar a Coluna de Harmonia, isto é, o espaço
destinado para execução das melodias executadas durante as diferentes
sessões maçônicas. Este espaço, utilizado pelo M.·. de Harm.·., recomenda-
se estar sempre ocupado, pois a música eleva os espíritos em sentimentos
de fraternidade e concorre para a harmonização dos trabalhos.

Cargos Oficiais da Coluna


Nesta coluna, ao seu meio, no eixo geométrico do templo, encontra-se o
altar do 2º Vig.·..

A mesa do Chanc.·. encontra-se nesta coluna, a cadeira do M.·. de CCer.·.,


além da cadeira do Cob.·. e do 2º Exp.·.. Junto à primeira fileira de cadeiras
da Câmara do Meio, ao fim dela, encontra-se a cadeira do Arq.·. .

Assento dos demais Irmãos


Próximo ao eixo do templo, um espaço formado por fileiras de cadeiras
ocupadas pelos Mestres chamado de Câmara do Meio. Encostados na
parede estão os assentos destinados aos Companheiros.

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Pedra Cúbica
Colocada na base do altar do 2º Vig.·. .

COLUNA DO NORTE

Mar de Bronze
Localizado no extremo Norte à esq.·. do altar do 1º Vig.·. .

No templo de Salomão esta alegoria, em tamanho natural como uma


piscina, era utilizada para o batismo dos fiéis e em nossos templos, de
maneira simbólica, nos recorda a purificação do Neófito.

Cargos Oficiais da Coluna


Na Coluna do Norte, no extremo do Ocidente, encontra-se o altar do 1º
Vig.·..

Próximo à balaustrada fica a mesa do Tes.·., e à sua frente, a cadeira do


Hosp.·. . Junto à porta do templo, encontra-se a cadeira do Cob.·. Externo,
tendo à sua frente o assento do 2º Diác.·.. Mais à frente e um pouco à
direita, o 1º Exp.·. toma assento. Junto à primeira fileira de cadeiras da
Câmara do Meio e no fim dela, ao lado do Hosp.·., encontra-se a cadeira do
Bib.·. .

Assento dos demais Irmãos


Próximo ao eixo do templo, um espaço formado por fileiras de cadeiras
ocupadas pelos Mestres chamado de Câmara do Meio. Encostados na
parede estão os assentos destinados aos Aprendizes.

Pedra Bruta
Colocada na base do altar do 1º Vig.·. .

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O ORIENTE

Balaustrada
O Oriente é separado do Ocidente, à direita e à esquerda, por uma
balaustrada, constante de várias pranchas de um metro de altura, colocadas
em seqüência, com um terço do comprimento da largura de cada lado. A
passagem entre ambas tem também um terço.

Degraus do Oriente
Do Ocidente para o Oriente se sobe por quatro degraus: Força, Trabalho,
Ciência e Virtude.

Altar do Ven.·. M.·.


Chega-se ao altar (ou mesa) por meio de três degraus: Pureza, Luz e
Verdade.

O altar, onde toma assento o Ven.·. M.·., compõe-se de uma mesa


retangular, fechada na frente e nos dois lados por painéis de madeira,
podendo haver no da frente esculpido um Esquadro entrelaçado por um
Compasso. Sobre essa mesa estará a Espada Flamejante dentro de seu
estojo, um candelabro de três braços colocado na extremidade norte,
devendo estar acesa, neste grau, unicamente a luz do centro, um malhete,
um exemplar da Constituição e Regulamento Geral do Grande Oriente
Independente do Estado do Pará, uma cópia do Regimento Interno da Loja
e o ritual do grau. Tem assento no altar somente o Ven.·. M.·..

A expressão “altar” restringe-se apenas ao sólio, ou seja, a cadeira do


Ven.·. M.·.. Mesmo que neste altar ou mesa caibam outras cadeiras e tendo
assento nelas outros Irmãos, isto não significa que estes estejam sentados
no altar. Todos os outros Irmãos, que ocupem cadeiras ao lado do altar ou
mesa do Ven.·.M.·., estarão sentados no Oriente.

Tábua de Delinear (ou Prancheta)


Colocada à frente e ligeiramente ao norte do altar do Ven.·. M.·..

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Carta Constitutiva
Ao pé direito desta mesa encontra-se a Carta Constitutiva, um atestado de
reconhecimento que o Grande Oriente Independente do Estado do Pará
envia às Lojas, autorizando o seu regular funcionamento.

Dossel
Bem em frente à porta de entrada, no extremo do Oriente, recobrindo o
altar, é colocado um dossel vermelho com franjas douradas, debaixo do
qual fica o sólio ou cadeira do Ven.·. M.·., pela qual se sobe por três
degraus: Pureza, Luz e Verdade.

Cadeiras no Oriente
No Oriente tomam assento à esquerda da cadeira central, ao Sul, os Irmãos
Mestres Instalados (Ex-Veneráveis Mestres) e à direita, ao Norte, as demais
autoridades maçônicas. São cadeiras comuns, que no rito Escocês, devem
possuir seus estofos na cor vermelha.

Delta Luminoso (Olho Onividente)


No centro de um triângulo eqüilátero em fundo dourado, com raios
luminosos, atrás e acima da cadeira do Ven.·. M.·., fica o Olho Onividente,
circundado pelo Delta Luminoso.

Sol e Lua
O Delta Luminoso é ladeado por duas grandes luminárias terrestres: o Sol e
a Lua.

O Sol deve estar sempre do lado em que se encontra a mesa do Orador,


pois este, na correspondência cósmica e mitológica, simboliza o sol, ou o
deus grego Apolo. A Lua deve ficar do lado em que se encontra o
Secretário, porque este, na correspondência cósmica e mitológica,
representa a lua, ou a deusa grega Artemis (Diana, para os Romanos).

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Tetragrama Hebraico

Pendente do centro do dossel, entre as franjas douradas, um triângulo


eqüilátero, em cujo centro está inserida a inscrição hebraica “Yod, He, Vau,
He” (lê-se: yôd, ré, vô, ré, da direita para a esquerda).

Estandarte e Bandeiras
No extremo do Oriente, na convergência das paredes do fundo e laterais,
está à esquerda do Ven.·. M.·., o Estandarte da Loja, que deve ter a
predominância da cor vermelha, devendo constar em letras góticas o nome
distintivo da Loja e seu número, o rito, data de fundação, oriente a qual está
sediada e abaixo a sua filiação junto ao Grande Oriente Independente do
Estado do Pará.

Do mesmo modo, à direita do Ven.·. M.·., ficam as bandeiras, a saber, o


Pavilhão Nacional, a bandeira do estado do Pará, a bandeira da cidade sede
da Loja e a bandeira do Grande Oriente Independente do Estado do Pará,
todas colocadas em seus respectivos pedestais e dispostas de maneira
alternada, à direita e à esquerda do Pavilhão Nacional, que ficará no centro.
A presença de bandeiras no interior de um templo maçônico não é um
procedimento maçônico, mas sim um procedimento civil recomendado por
lei, como em qualquer entidade ou instituição.

O Estandarte é o símbolo representativo da Loja. Deve conter o emblema


ou logotipo da Loja, seu nome, número da Carta Constitutiva, data de
fundação e Oriente (cidade) onde funciona e tem a sua sede. Fica colocado
no topo Sul da grade do Oriente. O Estandarte pode conter uma alegoria
alusiva à cidade sede como também a uma alegoria maçônica que simbolize
a Loja. Deve sustentar-se por um mastro próprio inserido em pedestal. O
Estandarte faz a apresentação da comitiva de Irmãos representantes da Loja
que o conduz. Assim, ao se visitar uma Loja Maçônica, os Irmãos da Loja

24
visitante devem levar seu estandarte e apresentarem-se com ele no templo,
para que os presentes vejam que ali está a delegação daquela Loja.

Disposição dos Oficiais no Oriente


À direita, ao Norte do altar do Ven.·. M.·., encontra-se a mesa do Orad.·.. À
esquerda, ao Sul, está a mesa do Sec.·.. À direita, ao Norte e abaixo dos
degraus, fica disposto o 1º Diác.·.. Junto à balaustrada, à esquerda, ao Sul,
toma assento o Porta-Espada e à direita, ao Norte, o Porta-Bandeira. Na
primeira fileira de cadeiras, colocadas justapostas, como na Câmara do
Meio, à esquerda, ao Sul, toma assento o Porta-Estandarte (todas as
referências citadas, são na visão de quem está no sólio).

Assentos no Oriente
No Oriente tomam assento, além dos Oficiais acima qualificados, os
Mestres Maçons convidados pelo Ven.·. M.·.. Não é permitido a nenhum
Mestre Maçom tomar assento no Oriente sem convite.

Altar dos Juramentos


Situa-se no mesmo plano, logo à frente do altar do Ven.·.M.·., isto é, sobre
os três degraus. Consta de uma mesa em forma de cubo ou quadrado, sobre
a qual ficam o Esquadro, o Compasso e o Livro da Lei, Bíblia Sagrada ou
ainda, Livro da Lei Sagrada, é colocado com a posição de leitura voltada
para o Ocidente.

Este altar deve ter a mesma altura do altar do Ven.·. M.·. por 60
centímetros de largura.

Antes do Altar dos Juramentos, uma almofada vermelha, com um esquadro


entrelaçado a um compasso, bordados em dourado, em cima do qual se
ajoelham aqueles que farão o juramento.

A COR DO RITO

A cor do rito é, predominantemente, vermelha, como o dossel, o estofo das


cadeiras, as letras B e J nas duas grandes colunas, a almofada sob o Altar
dos Juramentos e assim por diante.

25
ESPADAS

As espadas são portadas sempre com a mão direita. O seu portador, quando
em pé ou circulando, deve ter o braço colado ao corpo, junto ao quadril
direito, fazendo uma esquadria com o antebraço e mantendo a espada
verticalmente com a ponta voltada para cima. O Cob.·. e o Cob.·. Externo
devem empunhá-la, mantendo-a obliquamente em direção ao ombro esq.·.,
com o punho junto ao coração porque neste caso, a espada tem uma
conotação de segurança, ou seja, a proteção física dos Irmãos reunidos em
Loja. Em todos os outros cargos que exigem a participação da espada, ele
deve ser carregada da maneira descrita no primeiro parágrafo.Nenhum
Irmão portando espada fará sinais ou saudações
.
ESPADA FLAMEJANTE

A Espada Flamejante, também chamada Flamígera, é de punho cruciforme,


com a lâmina ondulada em forma de língua de fogo e sem gume. É
instrumento transmissor e iniciático. Na sagração, o Ven.·. M.·. deve usá-la
empunhando-a com a m.·. esq..·. Com seu malhete, seguro pela m.·. dir..,
dará nela a bat.·. do grau sobre a cab.·. do candidato. Somente os Mestres
Instalados podem usá-la.

BASTÕES E JOIAS

O Bastão, instrumento de trabalho do M.·. de CCer.·., deve ser construído


em madeira escura e ter 2 metros de comprimento. É encimado por uma
régua (joia do cargo). O bastão é empunhado com a mão direita, punho para
a frente, antebraço na horizontal e braço colado ao corpo, formando uma
esquadria. Deve ser segurado sem encostá-lo ao chão. Como instrumento
de trabalho, o bastão não pode jamais ser usado para a execução de sinais.

MALHETE

Símbolo do poder de decisão e da força, a serviço das Luzes, o Malhete é de


madeira. Empunhado sempre com a mão direita, serve para dar a b.·. do grau,

26
determinar o início de um fundamento da sessão, conceder, pedir ou retirar a
palavra, chamar a atenção dos obreiros e para os demais procedimentos
ritualísticos. Nunca deve ser usado para a execução de sinais ou de
saudações. Em pé, parados ou circulando, o Ven.·. M.·. e os Vigilantes
portam o malhete em direção à frente, com a mão direita, tendo o braço
colado ao corpo, fazendo uma esquadria com o antebraço.

ABÓBADA DE AÇO

A Abóbada de Aço destina-se a homenagear visitantes ilustres e


autoridades maçônicas. É formada pelo cruzamento das espadas de duas
alas de Obreiros que, postadas ao Norte e ao Sul, encontram suas pontas no
alto. As espadas são portadas com a mão direita, com o braço esticado, sem
se fazer qualquer tipo de sinal. Sob a abóbada, passam os homenageados.
Não se deve tocar as pontas das espadas, deixando-se fazer um ruído
característico de atrito com metais. A Abóbada de Aço é a formada por
uma ala de cada lado. A Abóbada de Aço Dobrada é formada por duas alas
de cada lado.

CIRCUNVOLUÇÃO E SAUDAÇÃO

No Ocidente, a circunvolução é feita no sentido horário, com o lado direito


do corpo sempre voltado para o centro do templo. Do Ocidente, segue-se ao
Norte, Grade do Oriente, Sul e novamente ao Ocidente, sempre em torno do
Pavimento Mosaico.

A circunvolução deve ser feita com passos naturais, sem o Sin.·. de Ord.·..
Quando o Irmão cruzar o eixo do equador do templo, proveniente do
Hemisfério Norte para o Hemisfério Sul e passar ao lado da balaustrada,
deve parar, postar-se à ordem pelo Sin.·.Gut.·. e fazer o Sin.·. de Saud.·. ao
Delta, após o que se dirige naturalmente para o ponto desejado. Quando
cruzar o eixo do templo, do Hemisfério Sul para o Hemisfério Norte, ao seu
fundo, próximo à porta do templo, não fará nenhuma saudação, pois esta se
faz somente ao Delta.

27
No Oriente, também a circunvolução se faz com passos naturais, sem
necessidade da observância do sentido horário.

Ao circular pelo templo, o M.·. de CCer.·. ou outro Irmão que tiver a


autorização para tal, se estiver portando algum instrumento ou objeto,
mesmo que seja uma simples folha de papel, não fará qualquer sinal.

Os Irmãos que portarem instrumentos de trabalho circulam com este na m.·.


dir.·..

A subida ao Oriente sempre se faz pelo lado Norte, onde o Irmão que o
alcança, deve parar antes de subir os quatro degraus (Força, Trabalho,
Ciência e Virtude), fazer o Sin.·. de Ord.·., a seguir a saudação ao Delta e
somente depois disto, sobe as escadas rumo ao Oriente. A descida é feita
sempre pelo Sul, quando o Irmão que deixa o Oriente, deve parar, virar-se
de frente para o Delta, fazer o Sin.·. de Ord.·., repetir a saudação, virar-se
de frente e descer as escadas do Oriente. Os degraus do Oriente são
alcançados normalmente, um a um, com os pés alternando-se. Não há
paradas, nem junção dos pés nos degraus.

Todos os Irmãos, sem exceção, circulam pelo espaço compreendido entre


as Colunas do Norte e do Sul, no sentido horário. Não se passa por trás das
cadeiras do topo das Colunas do Norte e do Sul, nem por trás do altar do
Venerável Mestre e dos Vigilantes. Também não é permitido passar por
trás das Colunas B e J.

A circunvolução no templo só se faz depois de aberta a sessão, portanto, ao


ingressar no templo, antes da abertura dos trabalhos, cada fileira o fará pelo
respectivo lado (Norte ou Sul). O Venerável Mestre entrará sempre pelo
Norte, pois o seu acesso ao sólio é feito pela sua esquerda (ou direita do
sólio).

Saudação às Luzes e aos Oficiais


Ao dirigir-se às Luzes ou a qualquer Oficial, o Obreiro, em pé, deve postar-
se à ordem pelo Sin.·.Gut.·. e fazer o Sin.·. de Saud.·., exceto os Irmãos
portadores de instrumentos de trabalho.

28
Saudação ao entrar e sair do Oriente
Todo Obreiro ao ter acesso ao Oriente, sempre pelo Norte, ao chegar à
balaustrada, antes de subir pelos seus quatro degraus (Força, Trabalho,
Ciência e Virtude), deve parar, postar-se à ordem pelo Sin.·.Gut.·. e fazer o
Sin.·. de Saud.·. ao Delta. Ao deixar o Oriente, pelo lado Sul, da mesma
forma, deve parar, virar-se de costas para o Ocidente, postar-se à ordem
pelo Sin.·.Gut.·. e fazer o Sin.·. de Saud.·. ao Delta. Ao fazer a
circunvolução no Oriente não há necessidade de saudação ao cruzar o
Delta.

ENTRADA DE IRMÃOS RETARDATÁRIOS


Os Irmãos retardatários deverão ingressar no templo, obrigatoriamente,
com formalidades, devendo aguardar a autorização para ocupar o seu lugar.
Só excepcionalmente poderá o Ven.·. M.·. dispensar o cumprimento dessa
formalidade.

SAÍDA TEMPORÁRIA DO TEMPLO

O Irmão autorizado pelo Ven.·. M.·. ao retirar-se do templo,


temporariamente, deverá fazê-lo em passos naturais. Estando ao Sul, faz a
sua saída normalmente, sem qualquer saudação ou sinal, abrindo-lhe a
porta o Cobridor. Se estiver ao Norte, saúda o Delta ao cruzar o eixo do
Equador e ganha a porta do templo, por onde sairá sem quaisquer
saudações, sendo-lhe aberta a porta pelo Cobridor.

Ao retornar, entra sem formalidades ou qualquer saudação e ocupa o seu


lugar.

SAÍDA DEFINITIVA DO TEMPLO

Já o Irmão que se retirar definitivamente, deve ficar entre Colunas, em pé e


à ordem. O Irmão Hospitaleiro deve dirigir-se até entre Colunas para colher
o seu óbolo no Tronco de Beneficência, se este fundamento ainda não
ocorreu. A seguir deve aguardar que o Ven.·. M.·. lhe recomende silêncio

29
sobre tudo o que ocorreu na sessão, faz depois o Sin.·. de Saud.·. às Luzes e
aguarda a permissão para deixar o templo.

POSTURA DE IRMÃOS EM VISITA A OUTRAS LOJAS


MAÇÔNICAS

Quando em visita a outras Lojas, os Irmãos pertencentes a Quadros de


Obreiros de Lojas Maçônicas filiadas ao Grande Oriente Independente do
Estado do Pará, devem guardar a seguinte postura:

Identificação
Nunca chegar atrasado aos trabalhos, verificando antecipadamente seu
horário;

Apresentar a Carteira Funcional do GOIEPA, bem como o recibo do


pagamento do mês em curso, feito à sua Loja de origem;

Apresentar seus documentos civis, como Carteira de Identidade e CPF;

Expressar-se corretamente no Interrogatório, se perguntado.

Postura em Loja aberta:


Tomar assento sempre no Ocidente, não importando sua Faixa Protocolar
ou Grau Simbólico. Caso o Venerável Mestre da Loja visitada o
convide para tomar assento no Oriente, respeitosamente, deverá aceitar
o lugar que o Mestre de Cerimônias lhe oferecer;

Não participar de Aprovações, mas ficar no momento delas "em pé e à


ordem";

Ao contribuir com o Tronco de Beneficência, fazê-lo de acordo com as


orientações dos nossos rituais;

Se o Irmão visitante for citado pelo Orador da Loja Visitada, deve


responder levantando-se, postando-se à ordem e sentando-se
novamente. Nunca erguendo o braço direito. Este sinal é de aprovação.

30
Ao pedir a palavra, deve fazê-lo corretamente, de acordo com nossos
princípios, isto é, “bater com as palmas das mãos uma na outra e
levantar a mão direita”, identificando-se ao Vigilante da Coluna onde
tem assento ou diretamente ao Venerável Mestre, caso esteja no Oriente;

Nunca usar a palavra em nome da Loja, se não tiver para isto, licença de
seu Venerável Mestre;

Ter o cuidado de nunca interferir nos assuntos que digam respeito


unicamente à Loja visitada;

A postura do Irmão é de um “Visitante”, nunca de um Irmão do Quadro,


portanto, em visita à sua Loja, não devemos nos igualar a ele em seus
direitos.
A intervisitação é garantida por Landmark e os Irmãos devem exercer este
direito com respeito, educação e prudência.

CÂMARA DAS REFLEXÕES

A Câmara das Reflexões é o lugar onde o Candidato fica recolhido, antes


de ser introduzido no templo para a cerimônia de iniciação. Encontra-se
num local discreto do prédio.

Simboliza uma masmorra. Por isso, de preferência, suas paredes devem ser
revestidas de pedras escuras. Caso contrário, pintadas de preto. Do exterior,
nenhuma luz.

O Candidato é introduzido na Câmara pelo 1º Exp.·., que na Cerimônia de


Iniciação recebe o nome de Irmão Ter.·.. Este deve apresentar-se sem
nenhuma insígnia. Se possível, com capuz, já que na Câmara o Candidato
não está vendado.

No interior da Câmara há uma mesa e uma cadeira, dispostas de modo que


o Candidato, ao sentar-se, fique de costas para a porta.

Sobre a mesa, papel, caneta, campainha e um castiçal com uma vela acesa.

31
Na parede da frente, acima da mesa, pintadas com tinta branca, as letras
V.I.T.R.I.O.L. (visita interioraterrae, rectificandoque, inveniesoccultum
lapidem - visita o interior da terra, e retificando, encontrarás a pedra
oculta).

Abaixo delas, um galo em posição de canto, sob as palavras VIGILÂNCIA


E PERSEVERANÇA.

Na parede, à esquerda, um crânio com dois fêmures cruzados. Na parte


mais elevada dessa parede, a frase:

SE TENS MEDO, NÃO VÁS ADIANTE.

De um lado do crânio, uma ampulheta; do outro, um alfanje. Ainda nessa


parede, a frase:

SE QUERES BEM EMPREGAR A TUA VIDA, PENSA NA MORTE.

Outros símbolos que figuram na Câmara das Reflexões, sobre a mesa ou


nas paredes são: alguns pães, uma bilha de água, um recipiente de sal e
outro de enxofre, duas taças, uma representando o líquido amargo, outra, o
líquido doce, uma ampulheta.

Na parede, à direita, as seguintes inscrições para meditação do candidato:

SE A CURIOSIDADE AQUI TE CONDUZ, RETIRA-TE.

SE TEMES QUE OS TEUS DEFEITOS SEJAM DESCOBERTOS,

NÃO ESTARÁS BEM ENTRE NÓS.

SE FORES DISSIMULADO, SERÁS DESCOBERTO.

SE TENS APEGO ÀS DISTINÇÕES MUNDANAS, VAI-TE, POIS AQUI


NÃO AS RECONHECEMOS.

32
PAINEL ALEGÓRICO DA CÂMARA DAS REFLEXÕES

33
AS VESTES DO APRENDIZ MAÇOM

O AVENTAL

O avental, usado obrigatoriamente em todas as Sessões Maçônicas,


simboliza o trabalho e é a vestimenta do Maçom. É um dos símbolos mais
importantes da Maçonaria. O Aprendiz Maçom usa um avental branco de
aproximadamente 40 cm de largura por 35 de altura, na forma retangular,
sempre com uma abeta triangular voltada para cima.

TRAJE MAÇÔNICO OFICIAL

O traje maçônico oficial é sempre o terno preto, com gravata, meias,


sapatos pretos e camisa social branca, também chamado de traje "a rigor
maçônico".

BALANDRAU

O balandrau é uma veste maçônica com origem nas Instituições de Ofício.


Deve ser de cor preta, de corpo inteiro, até os tornozelos, abotoado no
colarinho, sobre calça, meias, sapatos pretos.
Em Sessões Magnas recomenda-se o uso do traje a rigor.

OS OFICIAIS E SUAS JOIAS

O Ven... M..., o 1º Vig.·., o 2º Vig.·. e os Oficiais, ou seja, os Irmãos que


ocupam cargos, usam um colar de cor azul-celeste, achamalotado, de 10
centímetros de largura, debruado com um filete vermelho de 1 centímetro,
tanto na parte exterior como na interior, tendo bordado a fio de ouro, na
frente, de ambos os lados, dois ramos de acácia, cujos caules se unem no
vértice do colar, por onde se sustenta a jóia do cargo.

Cargo Joia

Ven.·. M.·. Um Esquadro

34
1º Vig.·. Um Nível

2º Vig.·. Um Prumo

Ex-Ven... Mestre Um Esquadro sob um Compasso

Orad.·. Um livro aberto

Sec.·. Duas penas cruzadas

Tes.·. Duas chaves cruzadas

Chanc.·. Um sinete cilíndrico

Cob.·. Duas espadas cruzadas

Hosp.·. Uma bolsa, com um coração

1º Diác.·. Pombo com carta no bico

2º Diác.·. Pombo com carta no bico

Cob.·. Externo Um alfange

1º Exp.·. Um punhal, lâmina para baixo

2º Exp.·. Um punhal, lâmina para baixo

Porta Bandeira Uma bandeira

Porta Estandarte Um estandarte

Porta Espada Uma espada

Arquiteto Uma trolha

Bibliotecário Uma caneta sob um livro fechado

Mestre Banquetes Uma cornucópia

35
Mestre Harmonia Uma lira

Mestre de CCer... Esq. e Comp. entrelaçados sobre régua

PALAVRA SEMESTRAL

A Palavra Semestral é comunicada e renovada, semestralmente, entre as


Lojas de uma mesma Potência. O Grande Oriente Independente do Estado do
Pará, bem como os Grandes Orientes Confederados recebem-na do
presidente da Confederação Maçônica do Brasil - COMAB. O nosso Grande
Oriente a comunica aos Veneráveis Mestres de suas Lojas, na forma
estabelecida em sua legislação. A prancha que a contém deve ser incinerada,
após sua transmissão, à vista dos presentes. É transmitida somente aos
Irmãos do Quadro de Obreiros da Loja, em Cadeia de União. Deve ser
exigida dos visitantes da nossa Potência e dos Grandes Orientes integrantes
da Confederação Maçônica do Brasil – COMAB, para verificação de sua
regularidade.
A MÚSICA NA MAÇONARIA

Uma das sete artes e ciências liberais, cujas belezas são enaltecidas, a música
é recomendada à atenção dos Maçons. Como a harmonia de sons suaves
eleva os sentimentos generosos, assim também a combinação de bons
sentimentos reinará entre os Irmãos, de modo que pela união da amizade e do
amor fraternal, possa haver paz e serenidade na Ordem.

A Maçonaria, desde o princípio, beneficiou-se da música em seus trabalhos e


práticas ritualísticas.

Mozart, nosso Irmão, compos várias melodias maçônicas: “A Viagem do


Companheiro”, em 1785; “Abertura e Encerramento da Loja”, K.483 e 484;
“Três Cantatas”, K.471, 619 e 623; “Uma Elegia Orquestrada”, K.497, e a
Ópera “A Flauta Mágica”, em 1791, e outras.

36
Devemos preferir melodias maçônicas, ou de autores maçons, a composições
profanas ou religiosas.

O M.·. de Harm.·., se não tiver conhecimento próprio destas melodias, deve


consultar um Irmão entendido no assunto para orientá-lo.

MELODIAS SUGERIDAS

1- Entrada e saída de Obreiros:

Marcha Maçônica, de Mozart

2- Tronco de Beneficência:

“Meditação de Thaís”, de Massenet

“Sonho de Amor”, de Liszt

3- Intervalos em que se espera o candidato:

"A Flauta Mágica"

4- Para as viagens:

“Clair de Lune”, da ópera “Werther”, de Massenet

(em homenagem ao Ir.·. Goethe)

“Clair de Lune”, de Debussy

5- A luz é dada ao neófito:

Final da "Alvorada", de Carlos Gomes

6- Enquanto se aguarda o testamento do Candidato:

Trecho de "A Flauta Mágica", da entrada de Osiris, ou qualquer outra


passagem iniciática da ópera

37
PROTOCOLO PARA RECEPÇÃO DE AUTORIDADES

FAIXAS PROTOCOLARES

A Autoridade Maçônica é recebida de acordo com seu protocolo, com a


Loja em pé e à ordem e é convidada a tomar assento ao Oriente, como
homenagem e reconhecimento.

Para cada grau da Autoridade Maçônica existe uma maneira adequada de


receber seu portador. As Faixas Protocolares são normas ou maneiras de
receber uma Autoridade de acordo com a sua importância, dentro de nossos
princípios e leis.

Classificamos estas autoridade em 5 Faixas Protocolares, a saber:

Faixa 1:

Mestres Instalados

Faixa 2:

Delegados Regionais

Faixa 3:

Grandes Secretários

Faixa 4:

Grão-Mestre Adjunto

Grão-Mestres “ad-vitam”

Grão-Mestres de Potências filiadas à Comab

Faixa 5:

Grão-Mestre do Grande Oriente Independente do Estado do Pará

Grão-Mestre Presidente da COMAB

38
Quando da visita de autoridades, o Ven.·. M.·. oferece o malhete da Loja
apenas ao Grão-Mestre e em sua falta ao Grão-Mestre Adjunto.

QUADRO SINÓPTICO INSTRUCIONAL

Hierarq Comiss Tratame


F Recepção Abóbada Bateria
uia ão nto

Mestres
Veneráv M.·. de
1 Instalado 3 MM 3 MM 1 salva
el CCer.·.
s

Delegado 3 ao Norte
s M.·. de
2 5 MM Ilustre e 1 salva
Regionai CCer.·.
s 2 ao Sul

Grs. 4 ao Norte 3 salvas


Secrs. M.·. de
3 7 MM Poderoso e nos
CCer.·.
3 ao Sul altares

39
GM
Sereníssi
Adj.·.
mo 5 ao Norte
GMs Ad- M.·. de
4 10 MM / e Incessante
Vit. CCer.·.
Soberan 5 ao Sul
GMs
o
COMAB

GM Ven.·.M.·.
Local
Orad/Sec/ 6 ao Norte
e Soberan
5 12 MM na porta e Incessante
o
GM do 6 ao Sul
PRES.
COMAB templo

40
INTERROGATÓRIO PARA O GRAU DE APRENDIZ

Ven.·. M.·.: - Sois Maçom?


Irmão Visitante: - MM.·. II.·. C.·. T.·. M.·. RR.·.
Ven.·. M.·.: - De onde vindes?
Irmão Visitante: - De uma Loja de São João, justa e perfeita.
Ven.·. M.·.: - Que trazeis?
Irmão Visitante: - Amizade, paz e votos de prosperidade a todos os
Irmãos.
Ven.·. M.·.: - Nada mais trazeis?
Irmão Visitante: - O Ven.·. M.·. de minha Loja vos saúda por t.·. vv.·.
t.·.
Ven.·. M.·.: - Que se faz em vossa Loja?
Irmão Visitante: - Levantam-se templos à virtude e cavam-se masmorras
ao vício.
Ven.·. M.·.: - Que vindes fazer aqui?
Irmão Visitante: - Vencer minhas paixões, submeter minha vontade e
fazer novos progressos na Maçonaria.
Ven.·. M.·.: - Que desejais?
Irmão Visitante: - Um lugar entre vós.
Ven.·. M.·.: - Este lugar vos é concedido.

41
TELHAMENTO OU COB.·. DO GR.·. DE APR.·.

Sin.·. de Ord.·. ou Sin.·. Gut.·.: Em pé, com os pp.·. em esq.·. em ângulo


de 90º com o p.·. esq.·. voltado para a frente, formar com a m.·. dir.·.
uma esq.·. com o pol.·. separado e os demais dd.·. unidos. Levar a m.·.
dir.·. à frente do pesc.·. com a p.·. volt.·. para b.·. mantendo o antebr.·.
dir.·. na posição rigorosamente horizontal. O br.·. esq.·. fica estendido ao
longo do corpo, naturalmente.

Sin.·. de Saud.·.: Com o Sin.·. de Ord.·., com a m.·. dir.·. fazer um gesto
de c.·. o p.·., com ela percorrendo uma linha reta e horizontal desde o
pesc.·. até a extremidade do omb.·. dir.·., deixando a m.·. dir.·. deslizar
ao longo do corpo como um pr.·. .

Toq.·.:Unem-se as MM.·. DDir.·., como num cumprimento, e, dá-se com o


pol.·., tr.·. discretas panc.·. sobre a pr.·. fal.·. do d.·. ind.·. . Responde-se
do mesmo modo.

Pal.·. Sag.·.: B _ _ _. Deve ser dada sol.·., depois sil.·., sussurrando-se no


ouvido esquerdo.

Bat.·.: Tr.·. panc.·. (o - o - o) igualmente espaçadas.

Marc.·.: Estando à ordem, dar tr.·. ppas.·. à frente, começando com o p.·.
esq.·. e unindo o dir.·. em esquad.·., a cada pas.·., de modo a ter os ccal.·.
num ângulo de 90º, com o p.·. esq.·. voltado para frente.

Acl.·.: H.·., H.·., H.·. .

Id.·.: T.·. AA.·.

42
AS SESSÕES MAÇÔNICAS

a) Econômica, para tratar de assuntos pertinentes ao Grau: instruções,


eleições, finanças e outras hipóteses previstas em nossas leis;

b) Magna, para Iniciação, Elevação, Exaltação e Comemorações diversas.

Magna Pública, para comemorações e realizações de eventos especiais


maçônicos, nas quais se pode dar ingresso a não maçons.

c) Especial, para a constituição e funcionamento do Conselho de Família e do


Tribunal do Júri e outras previstas na legislação maçônica.

SESSÃO ECONÔMICA

ORDEM DOS TRABALHOS

- Preparo Inicial
- Harmonização
- Cortejo de Entrada no Templo
- Abertura Ritualística
- Leitura do Balaústre
- Leitura do Expediente
- Entrada de Irmãos Visitantes
- Bolsa de Propostas e Informações
- Ordem do Dia
- Período de Instrução
- Tronco de Beneficência
- Palavra a Bem da Ordem e do Quadro
- Encerramento
- Cortejo de Saída do Templo
Nos trabalhos litúrgicos, em qualquer sessão, é proibida a inclusão de
cerimônias, palavras, expressões ou atos que não constem do presente
ritual.

43
PREPARO INICIAL

Além do Cob.·. e do M.·. de Harm.·., ninguém terá ingresso no templo


antes da hora fixada para os trabalhos, exceto os Irmãos incumbidos de sua
preparação, que devem deixá-lo assim que o mesmo estiver pronto.

Para o início dos trabalhos as luzes do altar do Ven.·. M.·., do 1º Vigilante


e do 2º Vigilante devem estar acesas.

Os Obreiros devem chegar à Loja pelo menos meia hora antes do início dos
trabalhos. Devem assinar o Livro de Presença exposto em seu local pelo
Chanc.·. e a seguir devem se paramentar no local adequado. O local
apropriado para deixar o Livro de Presença, quer de Irmãos do Quadro,
quer de Visitantes, é o Sala dos Passos Perdidos, onde também deve estar o
Vestíbulo.
Assim paramentados, Aprendizes e Companheiros com seus aventais
brancos com abetas levantadas e abaixadas, e Mestres com seu avental
apropriado e sua faixa, devem se dirigir ao Átrio, preparando-se para a
entrada no Templo.
HARMONIZAÇÃO

À hora marcada para o início dos trabalhos, o M.·. de CCer.·. reúne todos
os Irmãos no Átrio, solicita silêncio e anuncia o nome de quem fará a
Harmonização, ou seja a leitura de um pequeno texto apropriado para a
harmonia dos sentimentos de todos os presentes.

CORTEJO DE ENTRADA NO TEMPLO

No interior do Templo, permanecem somente o Cob.·. e o M.·. de Harm.·.,


que já tem suas melodias escolhidas para toda a sessão. O M.·. de CCer.·.
bate com seu bastão no chão para chamar a atenção dos Irmãos e para que
todos se organizem em fila dupla, observada a seguinte ordem:

Na fileira do Norte (Coluna B, à esquerda de quem entra pela porta do


Templo), postam-se os Aprendizes, os Mestres, os Oficiais que ocupam
cargos na Coluna do Norte e, finalmente, o 1º Vig.·..

44
Na fileira do Sul (Coluna J, à direita de quem entra pela porta do
Templo), colocam-se os Companheiros, seguidos dos Mestres, dos
Oficiais que ocupam cargos na Coluna do Sul e, por fim, do 2º Vig.·..
Entre as duas fileiras, um pouco atrás dos VVig.·., coloca-se o Ven.·.
M.·..

Obs.: Havendo Irmãos visitantes, caso não sejam conhecidos, devem


ser examinados pela Comissão de Segurança da Loja. O momento de
ingresso deles dar-se-á após a leitura do Balaústre da sessão anterior.
No entanto, este costume está em desuso. Assim, os Irmãos visitantes,
depois de terem seus documentos examinados e a critério do Ven.·.
M.·., podem ter acesso ao templo, juntamente com os Irmãos do
quadro da Loja visitada.
Assim formadas as filas, o M.·. de CCer.·. posiciona-se entre elas e dá a
bateria do grau na porta do Templo.
O Cob.·., sem dar qualquer batida, abre totalmente a porta do templo e
coloca-se ao Sul.
Durante a entrada, o M.·. de Harm.·. faz soar melodia apropriada.
As duas fileiras ingressam no templo, uma pelo Norte, outra pelo Sul, indo
todos ocuparem os respectivos lugares, permanecendo em pé, em absoluto
silêncio, enquanto apenas o Ven.·. M.·., anunciado e depois conduzido pelo
M.·. de CCer.·. até a entrada do Oriente, sobe os degraus de acesso ao altar
pela sua esquerda, permanecendo em pé diante de sua cadeira.
O Cob.·. fecha a porta do templo e volta a seu lugar, ficando diante de
sua cadeira.

45
ABERTURA RITUALÍSTICA

Instruções sobre o uso do Malhete: O malhete não deve ser banalizado,


devendo ser utilizado apenas quando houver a inscrição (o).
Após a entrada no templo, estando os Irmãos em número regular e nos
devidos lugares, o Ven.·. M.·. diz:

Ven.·. M.·.: -Em Loja, meus Irmãos, sentemo-nos, ajudai-me a abrir a


Loja de Aprendiz. -Irmão 1º Vig.·., qual é o primeiro
dever de um Vig.·. em Loja?
1º Vig.·.: -Verificar se o templo está coberto.
Ven.·. M.·.: -Certificai-vos disso, meu Irmão.
1º Vig.·.: -Irmão Cob.·., cumpri o vosso dever.
Cob.·.: -Irmão 1º Vig.·., o templo está coberto.
1º Vig.·.: -Ven.·. M.·., o templo está coberto.
Ven.·. M.·.: -Qual é o vosso segundo dever, Irmão 1º Vig.·.?
1º Vig.·.: -Verificar se todos os presentes nas colunas são Maçons.
Ven.·. M.·.: -Verificai se o são.
1º Vig.·.: -À ordem, meus Irmãos.
Estando tudo de acordo, diz:
1º Vig.·.: -Ven.·. M.·., os Irmãos das Colunas do Sul e do Norte, pelo
Sin.·. que fazem, são Maçons.
Ven.·. M.·.: -Eu respondo pelos do Oriente. - Sentai-vos. - Irmão 2º
Diác.·., qual é o vosso lugar em Loja?
2º Diac .·.: (Responde em pé) -À direita do Irmão 1º Vig.·..
Ven.·. M.·.: -Para que, meu Irmão?
2º Diac .·.: -Para transmitir as vossas ordens ao Irmão 2º Vig.·. e zelar
para que os Irmãos se conservem nas colunas com o devido
respeito, disciplina e ordem.
Ven.·. M.·.: -Onde é o lugar do Irmão 1º Diác.·.?
2º Diac .·.: -À vossa direita e abaixo do sólio. (Senta-se).
Ven.·. M.·.: -Para que ocupais este lugar, Irmão 1º Diác.·.?
1º Diac.·.: (Responde em pé) -Para transmitir as vossas ordens ao
Irmão 1º Vig.·. e a todas as dignidades e oficiais, de modo
que os trabalhos sejam executados com ordem e perfeição.

47
Ven.·. M.·.: -Onde tem assento o Irmão 2º Vig.·.?
1º Diac .·.: -No meio-dia, Ven.·.M.·.. (Senta-se.)
Ven.·. M.·.: -Para que ocupais esse lugar, Irmão 2º Vig.·.?
2º Vig.·.: -Para melhor observar o sol em seu meridiano, chamar os
obreiros para o trabalho e mandá-los para a recreação.
Ven.·. M.·.: -Onde tem assento o 1º Vig.·.?
2º Vig.·.: -No Ocidente, Ven.·.M.·..
Ven.·. M.·.: -Para que ocupais este lugar, Irmão 1º Vig.·.?
1º Vig.·.: -Assim como o sol se oculta no Ocidente para terminar o
dia, ali tem assento o 1º Vig.·. para fechar a Loja, pagar os
obreiros e dispensá-los contentes e satisfeitos.
Ven.·. M.·.: -Onde é o lugar do Ven.·. M.·.?
1º Vig.·.: -No Oriente.
Ven.·. M.·.: -Para que, meu Irmão?
1º Vig.·.: -Assim como o sol nasce no Oriente para iniciar sua
carreira e romper o dia, também ali tem assento o Ven.·.
M.·. para abrir a Loja, dirigi-la nos seus trabalhos e
iluminá-la com suas luzes.
Ven.·. M.·.: -Irmão 1º Vig.·., para que nos reunimos aqui?
1º Vig.·.: -Para promover o bem-estar da humanidade, levantando
templos à virtude e cavando masmorras ao vício.
Ven.·. M.·.: -Irmão 1º Vig.·., sois Maçom?
1º Vig.·.: -MM.·. II.·. C.·. T.·. M.·. RR.·..
Ven.·. M.·.: -Que tempo é necessário para que um Aprendiz Maçom
seja perfeito?
1º Vig.·.: -T.·. AA.·.,Ven.·.M.·..
Ven.·. M.·.: -Que idade tendes, como Aprendiz Maçom?
1º Vig.·.: -T.·. AA.·..
Ven.·. M.·.: -A que horas começam os Aprendizes Maçons a trabalhar?
1º Vig.·.: -Ao meio-dia, Ven.·.M.·..
Ven.·. M.·.: -Que horas são, Irmão 2º Vig.·.?
2º Vig.·.: -Meio-dia, Ven.·.M.·..
Ven.·. M.·.: (ooo) (Compassadamente)
1º Vig.·.: (ooo) (Compassadamente)

48
2º Vig.·.: (ooo) (Compassadamente)

O Cob.·. dá com o cabo de sua espada t.·. leves pancadas na porta do


templo, que são respondidas pelo Cob.·. Externo.

Ven.·. M.·.: -Em pé, meus Irmãos.

O 1º Diác.·. sobe os degraus do altar pelo sul e coloca-se à direita do


Ven.·. M.·..
Obs.: Os DDiac.·. não utilizam bastões.
O Ven.·. M.·. e o 1º Diác.·., pronunciam a Pal.·.Sag.·.,
intercaladamente, sempre pelo seu ouvido esquerdo, iniciando-se letra
por letra, depois sílaba por sílaba e, por fim, a palavra completa.
A seguir, o 1º Diác.·. dirige-se ao altar do 1º Vig.·. e do mesmo modo,
transmite a Pal.·.Sag.·., retornando ao seu lugar.
Com as mesmas formalidades, o 1º Vig.·. envia a Pal.·.Sag.·. ao 2º
Vig.·. por intermédio do 2º Diác.·., que procede da mesma maneira,
retornando a seguir ao seu lugar.
Depois de recebida a pal.·. pelo Irmão 2º Vig.·., este diz:

2º Vig.·.: -Está tudo justo e perfeito na Coluna do Sul, Irmão 1º


Vig.·..
1º Vig.·.: -Está tudo justo e perfeito em ambas as colunas, Ven.·.M.·..
Ven.·. M.·.: -Achando-se a Loja regularmente constituída, procedamos
a abertura dos trabalhos, invocando o auxílio do Grande
Arquiteto do Universo. - Irmão M.·. de CCer.·., conduzi o
Irmão ____________ ao Altar dos Juramentos para a
abertura do Livro da Lei.

O Mestre Instalado mais recente, ou qualquer Mestre Instalado do


Quadro de Obreiros da Loja, citado nominalmente pelo Ven.·. M.·., ou
ainda na ausência deles, o Orad.·., levanta-se do seu lugar e segue o
M.·. de CCer.·. até o Altar dos Juramentos, a fim de proceder a
abertura e leitura do Livro da Lei.

49
Ven.·. M.·.: -À ordem, meus Irmãos.

O M.·. de CCer.·. se mantém em posição de rigor, com o bastão na


m.·. dir.·., sem encostá-lo ao chão e o br.·. dir.·. colado ao tronco,
formando uma esquad.·. com o antebr.·., ficando postado atrás do
Irmão encarregado de abrir o Livro da Lei.
O Irmão designado, em pé, faz a leitura do Livro da Lei e depois desta
todos respondem:

Todos: -Que assim seja!

Depois coloca o livro aberto sobre o Altar dos Juramentos e sobre ele
adiciona o Esquadro e o Compasso, na posição correta para o Grau de
Aprendiz, de maneira que as hastes do Compasso estejam voltadas
para o Ocidente e sobre elas, o Esquadro, tendo seus braços voltador
para o Oriente.
O Mestre Instalado (ou na ausência deste, o Orad.·.) retorna a seu
lugar, tendo sempre à sua frente o M.·. de CCer.·., que a sua volta
expõe o Painel do Grau de Aprendiz.
Todos os demais Irmãos continuam em pé e à ordem.

Ven.·. M.·.: -À Glória do Grande Arquiteto do Universo, e em honra a


São João, nosso Patrono, sob os auspícios do Grande
Oriente Independente do Estado do Pará e em virtude dos
poderes que me foram conferidos, declaro aberta, no grau
de Aprendiz Maçom, a Augusta e Respeitável Loja
Maçônica_______________ em Sessão Econômica (ou
Magna).
-Desde agora, a nenhum Irmão é permitido falar ou passar
de uma para outra coluna sem obter permissão, nem
ocupar-se de assuntos proibidos pelas nossas Leis.
-A mim, meus Irmãos, pela Saud.·., pela Bat.·. e pela
Acl.·. - H.·. - H.·. - H.·. . -Sentemo-nos, meus Irmãos.
-Irmão Cob.·., dai entrada ao Irmão Cob.·. Externo.

50
RECEPÇÃO DO GRÃO-MESTRE
(Instruções na pág. 109)

BALAÚSTRE

Neste fundamento o Sec.·. lê sentado. Os balaústres das Sessões Magnas


devem ser lidos, discutidos e aprovados, preferencialmente, na Sessão
Econômica imediata do grau. Em Sessões Magnas não se leem
balaústres.

Ven.·. M.·.: (o) -Irmão Sec.·., dai-nos conta do balaustre dos nossos
últimos trabalhos. -Atenção, meus Irmãos!
Após a leitura, o Ven.·. M.·. diz:
Ven.·. M.·.: -Meus Irmãos, se tendes alguma observação a fazer sobre a
redação do balaústre que acaba de ser lido, a palavra vos
será concedida, a partir da Coluna do Sul.
2º Vig.·.: -A palavra está na Coluna do Sul.
Não havendo discussão, ou finda esta:
2º Vig.·.: -Reina silêncio na Coluna do Sul, Irmão 1º Vig.·..
1º Vig.·.: -A palavra está na Coluna do Norte.
Não havendo discussão, ou finda esta:
1º Vig.·.: -Reina silêncio em ambas as colunas, Ven.·.M.·..
Ven.·. M.·.: -A palavra está no Oriente.
Não havendo discussão, ou finda esta:
Ven.·. M.·.: -O silêncio é profundo no Oriente. - Irmão Orad.·., dai-nos
vossas conclusões.
Orad.·.: -Sou pela aprovação, Ven.·. M.·. (oupela desaprovação,
caso em que explicará o motivo)
Ven.·. M.·.: -Os Irmãos que aprovam a redação do balaústre, queiram
fazer o sinal de costume.

O M.·. de CCer.·., sentado, depois de votar pela aprovação ou não,


como os demais, levanta-se, e, à ordem, anuncia o resultado da
votação. Se todos aprovarem:

51
Ven.·. M.·.: -Está aprovado o balaústre.

Se houver discussão, e dela resultarem emendas ou explicações, estas


serão consignadas na ata da sessão que se está realizando. Neste caso:

Ven.·. M.·.: -Os Irmãos que aprovam o balaústre, com a(s) emenda(s)
proposta(s), façam o sinal de costume.

O M.·. de CCer.·., sentado, depois de votar pela aprovação ou não,


como os demais, levanta-se, e, à ordem, anuncia o resultado da
votação.

Ven.·. M.·.: -Está aprovado o balaústre com a(s) emenda(s) relatada(s).


-Irmão M.·. de CCer.·., cumpri o vosso dever.

O M.·. de CCer.·. antes de subir para o Oriente, sempre pelo lado Norte,
para, com o Sin.·. de Ord.·. e faz a saudação ao Delta. Ao deixar o
Oriente, sempre pelo lado Sul, antes de alcançar os degraus, para, vira-se
para o Delta e, com o Sin.·. de Ord.·., repete a saudação.
O M.·. de CCer.·. depois que lhe é entregue o balaústre pelas mãos do
Sec.·., que já o assinou, submete o mesmo à assinatura do Orad.·. e por
último à do Ven.·.M.·., findo o que, devolve o livro ao Sec.·..

EXPEDIENTE

Neste fundamento são lidas as correspondênciasrecebidas pela Loja.

Ven.·. M.·.: (o) -Irmão Sec.·., informai-nos se há expediente.

O Sec.·. responde e, se afirmativamente, procede à leitura do expediente


ao qual o Ven.·.M.·. vai dando o devido destino. Os atos, decretos e leis
são lidos pelo Orad.·. na Ordem do Dia.

52
ENTRADA DE IRMÃOS VISITANTES E/OU RETARDATÁRIOS DO
QUADRO DE OBREIROS DA LOJA
(Instruções na pág. 104)

BOLSA DE PROPOSTAS E INFORMAÇÕES

Não são lidas as propostas que dependam de exame e parecer de


alguma comissão, ou daquelas que o Ven.·.M.·. julgar conveniente
não revelar no momento. Estas pranchas podem ficar, sem serem
lidas, até por 2 sessões econômicas, com exceção das pranchas,
comunicados, atos, decretos e leis emanados do Grande Oriente
Independente do Estado do Pará. Nas Propostas de Admissão de
Candidatos é sempre omitido o nome do Mestre Maçom Proponente.

Ven.·. M.·.: (o) -Irmãos 1º e 2º VVig.·., anunciai em vossas colunas,


assim como eu anuncio no Oriente, que vai circular,
ritualisticamente, a Bolsa de Propostas e Informações.
1º Vig.·.: (o)-Irmãos que abrilhantais a Coluna do Norte, eu vos
anuncio da parte do Ven.·. M.·. que vai circular,
ritualisticamente, a Bolsa de Propostas e Informações.
2º Vig.·.: (o)-Irmãos que decorais a Coluna do Sul, eu vos anuncio da
parte do Ven.·. M.·. que vai circular, ritualisticamente, a
Bolsa de Propostas e Informações.
O M.·. de CCer.·. toma a bolsa e se coloca entre colunas.
2º Vig.·.: -Irmão 1º Vig.·., a bolsa de propostas e informações
encontra-se entre colunas.
1º Vig.·.: -Ven.·. M.·., a bolsa de propostas e informações encontra-
se entre colunas.
Ven.·. M.·.: -Irmão M.·. de CCer.·., cumpri vosso dever.

O M.·. de CCer.·. faz circular a bolsa, ritualisticamente, findo o que,


volta a ficar entre colunas.

53
2º Vig.·.: -Irmão 1º Vig.·., a Bolsa de Propostas e Informações fez o
seu trajeto e acha-se suspensa.
1º Vig.·.: -Ven.·. M.·., a Bolsa de Propostas e Informações fez o seu
trajeto e acha-se suspensa.
Ven.·. M.·.: -Irmão M.·. de CCer.·., trazei a bolsa ao altar para ser
conferida e anunciado o seu produto.

O M.·. de CCer.·. sobe ao Oriente, ficando ao Norte do sólio e ao lado


do Altar dos Juramentos. Apresenta a Bolsa de Propostas e
Informações ao Ven.·.M.·., que deita sobre o altar as peças recolhidas.

Ven.·. M.·.: -Irmãos Orad.·. e Sec.·., eu vos convido a assistirdes à


verificação do seu conteúdo.

O Orad.·. e o Sec.·. aproximam-se do altar para assistirem a contagem


das colunas gravadas, permanecendo em pé e à ordem.
O Ven.·. M.·. decifra as colunas gravadas recolhidas e dá-lhes o
devido destino.

Ven.·. M.·.: -Meus Irmãos, a Bolsa de Propostas e Informações


produziu ____ colunas gravadas, que passo a decifrar.
-Irmãos Orad.·. e Sec.·., eu vos agradeço.

O Ven.·. M.·. devolve a bolsa vazia ao M.·. de CCer.·. e este volta ao


seu lugar.
Não tendo sido recolhida nenhuma coluna gravada, o Ven.·.M.·.
diz:

Ven.·. M.·.: -Meus Irmãos, a Bolsa de Propostas e Informações não


produziu nenhuma coluna gravada.

54
ORDEM DO DIA

A Ordem do Dia se destina a assuntos passíveis de votação e


também são apresentados assuntos em pauta, previamente
agendados pelo Venerável Mestre, sendo que, muitos deles já
foram examinados pelas comissões respectivas; lidos os Atos,
Decretos, Leis e comunicados emanados do Grande Oriente
Independente do Estado do Pará pelo Irmão Orador, que o faz à
Ordem, também todos os presentes à Ordem; são tratados os
assuntos decididos por votações secretas ou nominais, tais como:
Trabalhos de Aprendizes, Propostas para Iniciação, Pedidos de
Elevação, Exaltação, Filiação e/ou Regularização, dentre outros.
Excepcionalmente, com aquiescência do Irmão Orador, são
incluídos na Ordem do Dia assuntos não agendados previamente.
No entanto, qualquer assunto só poderá ser submetido à votação,
após prévio parecer do Irmão Orador.

Ven.·. M.·.: (o) -Irmãos 1º e 2º VVig.·., anunciai em vossas colunas,


assim como eu anuncio no Oriente, que vamos passar à
Ordem do Dia.
1º Vig.·.: (o) -Irmãos que abrilhantais a Coluna do Norte, eu vos
anuncio da parte do Ven.·. M.·. que vamos passar à Ordem
do Dia.
2º Vig.·.: (o) -Irmãos que decorais a Coluna do Sul, eu vos anuncio
da parte do Ven.·.M.·. que vamos passar à Ordem do Dia. -
Irmão 1º Vig.·., está anunciado em minha Coluna.
1º Vig.·.: -Está anunciado em ambas as colunas, Ven.·. M.·.
Ven.·. M.·.: -Irmão Sec.·., informai-nos o que foi agendado para a
Ordem do Dia.
Sec.·.: -Sim, Ven.·. M.·..

O Sec.·. anuncia o que foi previamente agendado.

55
PERÍODO DE INSTRUÇÃO

Recomendamos que este período jamais seja excluído. Este fundamento


tem sua duração estabelecida pelo Venerável Mestre.
Nele são apresentados trabalhos de Irmãos, dando-se preferência a
instruções práticas em Loja aberta, como estudos sobre o grau de
Aprendiz, a filosofia do grau, estudo dos símbolos e alegorias do grau.
Também podem ser feitas neste período, palestras ministradas por
Irmãos sobre temas livres, científicos, históricos, profissionais, técnicos,
doutrinários, filosóficos, artísticos e demais assuntos de interesse da
Ordem ou da cultura humana. Após a apresentação dos trabalhos e se
houver tempo disponível o Venerável Mestre deve conceder a palavra
nas Colunas e no Oriente para eventuais manifestações e
questionamentos.
Lições do Ritual de Aprendiz devem ser orientadas para que sejam lidas
e entendidas em outras oportunidades, em casa. Porém, caso o Aprendiz
tenha alguma dificuldade, pode consultar a Comissão de Educação,
Cultura e Instrução da Loja.
Os Aprendizes Maçons apresentam seus trabalhos na Ordem do Dia,
para o qual devem ser inscritos pelo Venerável Mestre. Estes trabalhos
devem ser, rigorosamente, sobre o grau e seu autor deve ser aplaudido
com uma Bateria de Reconhecimento.

Ven.·. M.·.: (o) -Irmãos 1º e 2º VVig.·., anunciai em vossas colunas,


assim como eu anuncio no Oriente, que vamos passar ao
Período de Instrução.

1º Vig.·.: (o) -Irmãos que abrilhantais a Coluna do Norte, eu vos


anuncio da parte do Ven.·. M.·., que vamos passar ao
Período de Instrução.
2º Vig.·.: (o) -Irmãos que decorais a Coluna do Sul, eu vos anuncio
da parte do Ven.·. M.·., que vamos passar ao Período de
Instrução.
-Está anunciado em minha coluna, Irmão 1º Vig.·..

56
1º Vig.·.: -Está anunciado em ambas as colunas, Ven.·. M.·.
Ven.·. M.·.: -Atenção, meus Irmãos, com a palavra o Irmão responsável
pelo Período de Instrução desta sessão.

TRONCO DE BENEFICÊNCIA

O produto deste tronco deve ser utilizado, exclusivamente, para


filantropia. A contribuição não é obrigatória, devendo ser colocado no
tronco o numerário que ditar o coração de cada Irmão.

Ven.·. M.·.: (o) -Irmãos 1º e 2º VVig.·., anunciai em vossas colunas,


assim como eu anuncio no Oriente, que vai circular,
ritualisticamente, o Tronco de Beneficência.
1º Vig.·.: (o) -Irmãos que abrilhantais a Coluna do Norte, eu vos
anuncio da parte do Ven.·. M.·. que vai circular,
ritualisticamente, o Tronco de Beneficência.
2º Vig.·.: (o) -Irmãos que decorais a Coluna do Sul, eu vos anuncio
da parte do Ven.·. M.·. que vai circular, ritualisticamente, o
Tronco de Beneficência.

O Hosp.·. toma a sua bolsa, e coloca-se entre colunas.

2º Vig.·.: -Irmão 1º Vig.·., o Irmão Hosp.·. encontra-se entre colunas


aguardando vossas ordens.
1º Vig.·.: -Ven.·. M.·., o Irmão Hosp.·. encontra-se entre colunas
aguardando vossas ordens.

Ven.·. M.·.: - Irmão Hosp.·. cumpri o vosso dever.

Giro idêntico ao da Bolsa de Propostas e Informações.

2º Vig.·.: -Irmão 1º Vig.·., o Tronco de Beneficência fez o seu trajeto


e acha-se suspenso.

57
1º Vig.·.: -Ven.·. M.·., o Tronco de Beneficência fez o seu trajeto e
acha-se suspenso.
Ven.·. M.·.: -Irmão Hosp.·. dirigi-vos à mesa do Irmão Orad.·. e ajudai-
o a conferir a coleta, cujo valor deverá ser anunciado em
suas conclusões, para que conste do balaústre desta sessão,
sendo o mesmo entregue ao Irmão Tes.·., creditado à
hospitalaria e debitado à tesouraria.

O Hosp.·. dirige-se à mesa do Orad.·. e o ajuda a conferir o produto


do tronco em absoluto silêncio. Depois, portando a bolsa vazia,
retorna a seu lugar.

PALAVRA A BEM DA ORDEM EM GERAL E DO QUADRO EM


PARTICULAR

O Obreiro pode fazer uso da palavra para expressar-se quanto à


Maçonaria em geral ou à Loja em que se encontra, em particular.
Qualquer outro assunto deve ser apresentado na Ordem do Dia e, para
tanto, o Obreiro deve se inscrever, previamente, na Secretaria da Loja,
expondo o assunto sobre o qual deseja se manifestar, depois do
consentimento do Venerável Mestre.

Ven.·. M.·.: (o) -Irmãos 1º e 2º VVig.·., anunciai em vossas colunas,


assim como eu anuncio no Oriente que concederei a
palavra a bem da Ordem em geral e do Quadro, em
particular, a qualquer dos Irmãos que dela queira fazer uso.

1º Vig.·.: (o) -Irmãos que abrilhantais a Coluna do Norte, eu vos


anuncio da parte do Ven.·.M.·. que ele concederá a palavra
a bem da Ordem em geral e do Quadro, em particular,
àquele de vós que dela queira usar.
2º Vig.·.: (o) -Irmãos que decorais a Coluna do Sul, eu vos anuncio
da parte do Ven.·. M.·. que ele concederá a palavra a bem

58
da Ordem em geral e do Quadro, em particular, àquele de
vós que dela queira usar. - A palavra está na Coluna do Sul.

Os Irmãos das colunas pedem a palavra batendo uma vez com as


palmas das mãos e levantando o braço direito. Aguardam, sentados,
que seu Vig.·. faça o pedido ao Ven.·.M.·. e que este conceda a
palavra. A concessão da palavra compete apenas e exclusivamente ao
Ven.·.M.·., não cabendo aos VVig.·. este direito. Só depois disso é que
o Irmão solicitante ficará em pé e à ordem.
Os VVig.·. falam depois, solicitando a palavra ao Ven.·. M.·.. Além do
Ven.·. M.·., também os VVig.·. podem falar sentados. O Orad.·. e o
Sec.·. só falarão sentados, quando em funções administrativas.
Se houver pedido da palavra em sua coluna, o 2º Vig.·. diz:

2º Vig.·.: -Ven.·. M.·., um Irmão de minha coluna vos pede a


palavra.
Ven.·. M.·.: -Tendes a palavra, meu Irmão.
Ao final das manifestações:
2º Vig.·.: -Reina silêncio na Coluna do Sul, Irmão 1º Vig.·..
1º Vig.·.: -A palavra será concedida na Coluna do Norte.

Havendo pedido da palavra, procede-se como na Coluna do Sul. Ao


final das manifestações:

1º Vig.·.: -Reina silêncio em ambas as colunas, Ven.·. M.·..


Ven.·. M.·.: -A palavra está no Oriente.

Havendo solicitação da palavra, após circular nas colunas e no


Oriente, por absoluta necessidade, com fins puramente elucidativos de
algum assunto e a critério do Ven.·. M.·., jamais devendo se tornar um
hábito, ela poderá voltar a ser concedida a partir da Coluna do Sul,
retornando também à do Norte e ao Oriente.
Estando presente o Grão-Mestre ou o Grão-Mestre Adjunto, estes
falarão depois do Ven.·. M.·..Ao final das manifestações:

59
Ven.·. M.·.: -Concedo a palavra ao Irmão Orad.·. para as suas
conclusões.

O Orad.·., em pé e à ordem, usa da palavra, anuncia sempre o Tronco


de Beneficência, saúda os visitantes e as autoridades, se houver,
conclui a sessão objetivamente (-Os trabalhos transcorreram...)
evitando falar quantos balaústres foram lidos, quantas CCol
Gravadas foram recolhidas ou quantos IIr fizeram uso da Pal.

Orad.·.: -O Tronco de Beneficência circulou e produziu a medalha


cunhada de ______reais.
-Nossos trabalhos transcorreram dentro de nossos
princípios e leis. Está tudo justo e perfeito, Ven.·.M.·..

SAÍDA DO GRÃO-MESTRE
(Instruções na pág. 112)

ENCERRAMENTO

Ven.·. M.·.: -Irmão Cob.·. Externo, cumpri vosso dever.

O Cob.·. Externo deixa o templo e vai ocupar seu lugar para o


encerramento dos trabalhos.

Cob.·. Ext.·.: -Sim, Ven.·. M.·..


Ven.·. M.·.: (o) -Irmãos, ajudai-me a fechar a Loja. - Irmão 2º Vig.·.,
que idade tendes, como Aprendiz Maçom?
2º Vig.·.: -T.·. AA.·., Ven.·. M.·..

Ven.·. M.·.: -Irmão 1º Vig.·., até que horas trabalham os Aprendizes


Maçons?
1º Vig.·.: -Até a meia-noite, Ven.·. M.·..
Ven.·. M.·.: -Que horas são, Irmão 2º Vig.·.?
2º Vig.·.: -Meia-noite, Ven.·. M.·..

60
Ven.·. M.·.: (ooo) ( Compassadamente)

1º Vig.·.: (ooo) ( Compassadamente)


2º Vig.·.: (ooo) ( Compassadamente)

O Cob.·. dá com o cabo de sua espada t.·. leves pancadas na porta do


templo, que são respondidas pelo Cob.·. Externo.

Ven.·. M.·.: -Em pé e à ordem, meus Irmãos.

Renovam-se as práticas dos DDiác.·. para retransmissão da


Pal.·.Sag.·. .

2º Vig.·.: -Está tudo justo e perfeito na coluna do meio-dia, Irmão 1º.


Vig.·..
1º Vig.·.: -Está tudo justo e perfeito em ambas as colunas, Ven.·.M.·..
Ven.·. M.·.: -A mim, meus Irmãos, pela Saud.·., pela Bat.·. e pela
Acl.·.: - H.·. - H.·. - H.·. . - Irmão M.·. de CCer.·.,
conduzi o Irmão ________ para o fechamento do Livro da
Lei.

O M.·. de CCer.·. conduz o mesmo Irmão que abriu o Livro da Lei,


com as mesmas formalidades da abertura, postando-se com ele em
frente ao Altar dos Juramentos.

Ven.·. M.·.: -Irmão 1º Vig.·., estando tudo justo e perfeito, tendes


minha permissão para fechar a Loja.
1º Vig.·.: -À Glória do Grande Arquiteto do Universo e de São João,
nosso Patrono, está fechada esta Loja de Aprendizes Maçons
(o).
Após a batida do 1. Vig.·., todos os Irmãos desfazem o Sin.·. de Ord.·.,
permanecendo em seus lugares, em silêncio. Neste momento o Irmão
que o abriu, fecha o Livro da Lei e retorna a seu lugar. O M.·. de
CCer.·. oculta o Painel do Grau.

61
Ven.·. M.·.: -Os trabalhos estão encerrados e a Loja fechada. -
Recomendo o mais profundo silêncio sobre tudo o que aqui
se passou. - Retiremo-nos em paz e que o Grande Arquiteto
do Universo nos acompanhe.

CORTEJO DE SAÍDA DO TEMPLO

O cortejo de saída é feito na ordem inversa da entrada, isto é, o M.·. de


CCer.·. convida o Ven.·.M.·. seguido de suas Luzes, Autoridades,
Oficiais, Mestres, Companheiros e Aprendizes a deixarem o templo.
O Arq.·. apaga as luzes do altar do Ven.·. M.·., do 1º Vigilante e do 2º
Vigilante.
O Cob.·., último a sair, deixa o templo e fecha-o.
Os paramentos só devem ser retirados fora do templo, na Sala dos
Passos Perdidos, onde foram vestidos.

62
CERIMÔNIA DE REGULARIZAÇÃO E/OU FILIAÇÃO

Como esta ritualística é bastante simples, recomenda-se que seja


realizada em uma Sessão Econômica, bastando que o Ven.·. M.·. na
Ordem do Dia, anuncie à Loja que será realizado este procedimento.

Ven.·. M.·.: (o) -Irmão Sec.·., o que consta para a Ordem do Dia?
Sec.·.: -Ven.·.M.·., encontra-se agendada a cerimônia de (Filiação
e/ou Regularização) do(s) Irmão(s)
_______________________.
Ven.·. M.·.: -Meus Irmãos, acha(m)-se na Sala dos Passos Perdidos o(s)
nosso(s) Irmão(s)____________ que foi(ram) aprovado(s)
para (filiar-se e/ou regularizar-se) em nossa Loja.
Ven.·. M.·.: -Irmão Tes.·., estais satisfeito?
Tes.·.: -Sim, Ven.·.M.·..
Ven.·. M.·.: -Irmão Sec.·., o Grande Oriente Independente do Estado do
Pará enviou a esta Loja o “Placet” de (Filiação e/ou
Regularização) do Irmão?
Sec.·.: -Sim, Ven.·.M.·..
Ven.·. M.·.: -Irmão Orad.·., dai-me as vossas conclusões.
Orad.·.: -Ven.·.M.·., se razões especiais não impuserem o contrário
à vossa sabedoria e prudência, eu, em nome desta Loja e de
acordo com as Leis que regem a Sublime Instituição,
respeitosamente vos solicito que se proceda à (Filiação
e/ou Regularização) do(s) Irmão(s)
_______________________.
Ven.·. M.·.: -Irmão Mestre de Cerimônia, componha uma comissão de
dois Mestres Maçons para acompanhar à porta do templo
o(s) novo(s) Irmão(s) de nosso Quadro de Obreiros.

Cumprida a ordem, o M.·. de CCer.·. bate à porta do templo na forma


regulamentar.

63
Ven.·. M.·.: -Irmão Cob.·., franqueai o ingresso.

Após o ingresso do Filiando e/ou Regularizando, acompanhado da


Comissão, todos se colocam entre colunas e fecha-se a porta do
templo.

Ven.·. M.·.: -Sede(s) bem-vindo(s), meu(s) Irmão(s), que a nossa


Augusta e Respeitável Loja seja para vós uma habitação de
paz, de concórdia e de progresso. Nós, os obreiros deste
templo, achamo-nos possuídos do maior júbilo com a(s)
vossa(s) (filiação e/ou regularização.) Convido-vos a
virdes até o altar para ratificar o vosso juramento.

O Filiando e/ou Regularizando é conduzido pelo M.·. de CCer.·. ao


Altar dos Juramentos, onde, ajoelhado sobre o j.·. dir.·., colocada a
m.·. dir.·. sobre o Livro da Lei, presta o seguinte juramento:

Ven.·. M.·.: -Em pé e à ordem. - Repeti comigo vosso juramento,


meu(s) Irmão(s).

JURAMENTO

Eu, __________/ratifico e de novo juro,/ por minha honra,/ não revelar


nenhum dos mistérios da Maçonaria/ senão a legítimos Irmãos/ ou em
Loja regulamente constituída;/ nunca os escrever,/ gravar,/ imprimir,/
ou empregar outros meios/ pelos quais possa divulgá-los;/ cumprir
fielmente a Constituição,/ o Regulamento Geral,/ as leis e resoluções
do Grande Oriente Independente do Estado do Pará,/ bem como o
Regimento Interno/ e as deliberações desta Augusta e Respeitável
Loja,/ reconhecendo o Grande Oriente Independente do Estado do
Pará,/ como Potência Maçônica/ regular, legal e legítima.
- Assim, Deus me ajude!

Todos: -Que assim seja!

64
Após o juramento, o Filiando e/ou Regularizando é ajudado a
levantar-se pelo M.·. de CCer.·., que o conduz entre colunas, onde
permanece em sua companhia.

Ven.·. M.·.: -Sentemos, meus Irmãos.


-Irmãos 1º e 2º VVig.·., convidai os Irmãos de vossas
Colunas, assim como eu convido os do Oriente a
reconhecerem o(s) nosso(s) Irmão(s)__________ como
membro(s) ativo(s) desta Augusta e Respeitável Loja e a
unirem-se a mim, a fim de me ajudarem a aplaudir a
brilhante admissão que acabamos de fazer com a(s) sua(s)
(filiação e/ou regularização).
1º Vig.·.: -Irmãos que abrilhantais a Coluna do Norte, o Ven.·.M.·.
manda convidar-vos a reconhecerem o(s) Irmão(s)
__________ como membro(s) ativo(s) desta Augusta e
Respeitável Loja e a nos unirmos a ele para aplaudirmos a
brilhante admissão que acabamos de fazer com a(s) sua(s)
(filiação e/ou regularização).
2º Vig.·.: -Irmãos que decorais a Coluna do Sul, o Ven.·.M.·. manda
convidar-vos a reconhecerem o(s) Irmão(s) __________
como membro(s) ativo(s) desta Augusta e Respeitável Loja
e a nos unirmos a ele para aplaudirmos a brilhante
admissão que acabamos de fazer com a(s) sua(s) (filiação
e/ou regularização). - Está anunciado em minha Coluna,
Irmão 1º Vig.·..
1º Vig.·.: -Está anunciado em ambas as Colunas, Ven.·.M.·..
Ven.·. M.·.: -Em pé e à ordem. - A mim, meus Irmãos, pela Bat.·. .-
Irmão M.·. de CCer.·., convidai o(s) nosso(s) Irmão(s) a
assinar(em) o Livro de Presença e, depois, designai-Ihe(s) o
lugar que Ihe(s) compete em Loja. Sentemo-nos. - Irmão
Orad.·., tendes a palavra. - Atenção, meus Irmãos.

O Orad.·. deve pronunciar um breve discurso alusivo ao ato.


A partir daí os fundamentos se sucedem normalmente.

65
SESSÃO MAGNA DE INICIAÇÃO

RECEPÇÃO DO CANDIDATO

O Candidato, levado por seu Proponente na hora combinada, é


entregue ao Irmão Exp.·., que nesta sessão recebe a denominação de
Irmão Ter.·. e que o espera na porta da Loja, quando então é
imediatamente vend.·.. O Irmão Ter.·. lhe diz:

Irmão Ter.·.: -Eu sou o vosso guia, tendes confiança em mim e nada
receeis.

Após fazer o Candidato dar algumas voltas pelo recinto, sem permitir
que qualquer Irmão fale ou se aproxime dele, o mesmo é levado à
Câmara das Reflexões, onde o Irmão Ter.·. o prepara
convenientemente, retirando-lhe todos os metais, que ficam sob a
guarda do Ir.·. Tes.·. .
O Candidato tem o lado esq.·. do peit.·. e a perna dir.·. até o joel.·.,
nus, substituindo-se o sapato do p.·. dir.·. por um chinelo.
Depois de assim preparado, o Irmão Ter.·. veste um capuz e
encaminha o Candidato à Câmara das Reflexões, retirando-lhe a
venda, dizendo:

Irmão Ter.·.: -Profano, estais em uma masmorra. Este é o lugar onde


devem ficar os cidadãos que não cumprem o estabelecido
pela lei e pela ordem. No entanto, vossa permanência aqui
não tem exatamente esta conotação. A iniciação maçônica é
um renascimento. Assim como o homem, ao sair da prisão,
renasce para uma nova vida, assim também o Profano, ao
deixar esta masmorra, deve aqui delegar todas as
imperfeições que o mundo externo o contagiou e renascer
para uma nova vida de justiça e perfeição, como prega e
adota a Maçonaria. Assim eu vos entrego às reflexões. Não

66
estareis só, pois Aquele que tudo vê, será testemunha da
sinceridade com que ides responder às nossas perguntas.

Voltando, pouco depois, encapuzado, apresenta-lhe a folha do


testamento, dizendo-lhe:

Irmão Ter.·.: -Profano, a associação da qual desejais fazer parte pede que
respondeis às perguntas que vos apresento. Das respostas
depende a vossa admissão. Ao terminar comunique-se
comigo.
À Glória do Grande Arquiteto do Universo
Respondei livremente às seguintes perguntas:
- Quais são os vossos deveres para com o Criador?
- Quais são os vossos deveres para com a humanidade?
- Quais são os vossos deveres para com a pátria?
- Quais são os vossos deveres para com a família?
- Quais são os vossos deveres para com o próximo?
- Quais são os vossos deveres para convosco?
Testamento

Eu, _______________________, abaixo assinado, esperando morrer


para a vida profana e despertar para a vida maçônica, escrevo, de meu
próprio punho, as respostas ao questionário acima, as quais
representam, sinceramente, os ditames de minha consciência e o meu
Testamento Moral.

____________________,_____de_____________de_________

__________________________________
Assinatura
____________
Nome legível

67
Após o Candidato ter respondido às perguntas do Testamento Moral, é
deixado na Câmara das Reflexões sozinho até ser chamado para o
ingresso no templo.
PREPARO INICIAL, HARMONIZAÇÃO, CORTEJO DE
ENTRADA NO TEMPLO, ABERTURA RITUALÍSTICA,
ENTRADA DE VISITANTES E RECEPÇÃO DO GRÃO-
MESTRE
(Idênticas às Sessões Econômicas)
Fica facultado à Loja, neste momento a execução do Hino Nacional
Brasileiro. Caso a gravação seja com orquestra e coral, o hino deve
ser cantado pelos presentes em suas duas partes. Se apenas
orquestrado, os Irmãos ficam em silêncio, sendo executado apenas a
sua primeira parte.
Caso haja a opção pela execução do hino:

Ven.·. M.·.: -Irmão M.·. de Harm.·., eu vos peço que faça executar o
Hino Nacional Brasileiro. - Irmão Ter.·., trazei(s) os
Candidato(s) até a porta do templo, para que possa(m)
ouvir a execução do Hino Nacional Brasileiro. - Em pé,
meus Irmãos.

Após a execução:

Ven.·. M.·.: -Sentemos meus irmãos.

BALAÚSTRE, EXPEDIENTE, BOLSA DE PROPOSTAS E


INFORMAÇÕES E PERÍODO DE INSTRUÇÃO
Não existem estes procedimentos em Sessão Magna. O Balaústre da
Sessão Magna de Iniciação é lido na Sessão Econômica seguinte.

68
ORDEM DO DIA

Ven.·. M.·.: (o) -Irmãos 1º e 2º VVig.·., anunciai em vossas colunas,


assim como eu anuncio no Oriente, que vamos passar à
Ordem do Dia.
1º Vig.·.: (o) -Irmãos que abrilhantais a Coluna do Norte, eu vos
anuncio da parte do Ven.·.M.·. que vamos passar à Ordem
do Dia.
2º Vig.·.: (o) -Irmãos que decorais a Coluna do Sul, eu vos anuncio
da parte do Ven.·.M.·. que vamos passar à Ordem do Dia.
- Está anunciado em minha coluna, Irmão 1º Vig.·..
1º Vig.·.: -Está anunciado em ambas as colunas, Ven.·. M.·..
Ven.·. M.·.: -lrmão Sec.·., informai-nos o que foi agendado para a
Ordem do Dia.
Sec.·.: -Encontra-se agendada a Cerimônia de Iniciação do(s)
Candidato(s) __________________, conforme o(s)
"Placet(s)" de Iniciação número(s) _________, enviado(s)
pelo Grande Oriente Independente do Estado do Pará em
_______________.

CERIMÔNIA DE INICIAÇÃO

Ven.·. M.·.: -Meus Irmãos, o Escrutínio Secreto foi favorável à


admissão do(s) Candidato(s) _______________e é chegada
a ocasião de sua(s) recepção(ões). -Irmão Ter.·., ide ao
lugar onde está(ão) o(s) Candidato(s) e dizei-lhe(s) que,
sendo perigosas as provas por que tem (têm) de passar, é
conveniente que faça(m) seu(s) testamento(s) e ao mesmo
tempo responda(m) às questões que sujeitamos ao(s) seu(s)
espírito(s), para bem conhecermos os seus princípios e o
merecimento de suas virtudes. - Ir.·. Sec.·. entregai ao
Irmão Ter.·. o questionário de costume.

69
O Irmão Ter.·. comparece à mesa do Sec.·. e este introduz na ponta de
sua espada uma folha de papel, como a imitar o(s) questionário(s) que
já deve(m) estar preenchido(s) pelo(s) Candidato(s), na Câmara das
Reflexões.
O Irmão Ter.·. executa a ordem do Ven.·.M.·. e, depois de apanhar as
respostas do(s) Candidato(s) na Câmara das Reflexões, volta a dar
conta de sua missão, sendo-lhe franqueada a entrada no templo sem
formalidades, postando-se entre colunas, com o(s) Questionário(s) e
o(s) Testamento(s) em sua espada, que é segurada com a mão direita e
empunhada para cima, tendo o braço colado ao corpo e em esquadria
com o ante-braço.

Ter.·.: -Ven.·.M.·., o(s) Candidato(s) _____________ está(ão)


disposto(s) e cumpriu(ram) seu primeiro dever, eis aqui
suas respostas.
Ven.·. M.·.: -Irmão Orad.·., decifrai o(s) testamento(s) e o questionário.

O Orad.·. lê sentado as respostas e o(s) testamento(s).

Ven.·. M.·.: -Irmão Tes.·., estais satisfeito?


Tes.·.: -Sim, Ven.·. M.·..

Ven.·.M.·.: -Irmão Orad.·., dai-me as vossas conclusões.


Orad.·.: -Ven.·. M.·., se razões especiais não impuserem o contrário
à vossa sabedoria e prudência, eu, em nome desta Loja e de
acordo com as leis que regem a nossa Sublime Instituição,
respeitosamente, vos solicito que se proceda à iniciação
deste(s) Candidato(s).
Ven.·. M.·.: -Irmão Ter.·., assim sendo, ides preparar o(s) Candidato(s)
e conduzi-o(s) à porta do templo, onde o(s) confiarei(s) ao Irmão M.·. de
CCer.·..
-Irmão M.·. de CCer.·., cumpri o vosso dever.

70
O Irmão Ter.·. e o M.·. de CCer.·. deixam o templo sem formalidades.
O Irmão Ter.·. vai à Câmara das Reflexões, venda novamente o(s)
Candidato(s) e o(s) conduz à porta do templo, onde o(s) entrega ao
M.·. de CCer.·., que bate profanamente à porta com algumas batidas
fortes.

Cob.·.: -Ven.·.M.·. batem profanamente à porta do templo.


Ven.·. M.·.: (Pronuncia em voz enérgica) -Irmão Cob.·., fazei ver
quem é (são) o(s) temerário(s) que ousa(am) interromper os
nossos augustos trabalhos?

O Cob.·. entreabre a porta do templo e coloca, cautelosamente, a


ponta da espada no peito nu do Candidato, dizendo em voz alta e
áspera, mantendo a porta do templo entreaberta durante todo o
diálogo:

Cob.·.: -Quem é(são) o(s) temerário(s) que tem(têm) o arrojo de


querer forçar a entrada neste Templo?
M.·. Cer.·.: (Em voz alta) -Suspendei a vossa espada, Irmão Cob.·.!
Está(ão) comigo o(os) Candidatos(s) devidamente
preparado(s), caminhando nas trevas e que humildemente
despido(s) de todas as vaidades, deseja(m) ingresso nesta
Augusta Loja.

O Irmão Cob.·. retira a espada até então com sua ponta no peito do
Candidato.

Cob.·.: -É o M.·. de CCer.·. que vem apresentar o(os) Candidato(s)


a esta Augusta Loja, Ven.·.M.·..
Ven.·. M.·.: -Armai-vos, meus Irmãos, porque um(ns) Candidato(s) se
acha(m) à porta do templo.
-Irmão M.·. de CCer.·., que indiscrição é a vossa,
conduzindo aqui este(s) Candidato(s)? Que quereis? Que
pretendeis?

71
O M.·. de CCer.·. e o(s) Candidato(s) permanece(m) na parte externa e
o Cob.·. na parte interna do templo.
O M.·. de CCer.·., responde diretamente ao Ven.·.M.·.:

M.·. Cer.·.: (Em voz alta) -Que seja(m) admitido(s) entre nós,
Ven.·.M.·.!
Ven.·. M.·.: -E como concebeu(ram) tal esperança?
M.·. Cer.·.: (Em voz alta) -Porque é(são) livre(s) e de bons costumes!
Ven.·. M.·.: -Pois se é (são) livre(s) e de bons costumes, perguntai-
lhe(s) o(s) seu(s) nome(s).

O M.·. de CCer.·. responde:

Ven.·. M.·.: -O(s) Candidato(s) está(ão) devidamente preparado(s)?


M.·. Cer.·.: -Sim, Ven.·.M.·., seu(s) coração(ões) é(são) sensível(eis)
ao bem.
Ven.·. M.·.: -Irmão Cob.·., fazei entrar o(s) Candidato(s).

O(s) Candidato(s) é(são) conduzido(s) entre colunas. O Irmão Ter.·.


entra em primeiro lugar e coloca a ponta da espada sobre o peito nu
do(s) Candidato(s), de modo que ele(s) a sinta(m). O M.·. de CCer.·.
volta ao seu lugar.

Ven.·. M.·.: -Vedes alguma coisa, senhor(es)?


Candidato(s) : (responde)
Ven.·. M.·.: -Sentis alguma impressão no seu peito?

O Irmão Ter.·. deve pedir ao Candidato que responda o que está


sentindo, nunca induzi-lo à resposta.

Candidato(s) : (responde)

Só depois da resposta convincente do Candidato, o Ven.·. M.·.


continua a sua fala

72
Ven.·. M.·.: -A arma, cuja ponta sentis, simboliza o remorso que há de
perseguir-vos, se fordes traidor à associação a que desejais
pertencer. O estado de cegueira em que vos achais é o
símbolo do mortal, que não conhece a estrada da virtude
que ides começar a trilhar. -Que quereis de nós, senhor(es)?

O Irmão Ter.·. deve induzir o Candidato à resposta.

Candidato(s): (Ser recebido Maçom).


Ven.·. M.·.: -E esse desejo é filho do(s) vosso(s) coração(ões), sem
nenhum constrangimento ou imposições?
Candidato(s): (Sim).
Ven.·. M.·.: -Refleti bem no que pedis, senhor(es). Não conheceis os
princípios e os fins da Sublime Ordem a que desejais
pertencer. Ela não é uma simples associação de auxílio
mútuo e de caridade. Ela tem responsabilidades e deveres
para com a sociedade e para com a humanidade. Necessita
progredir e assim assiste-lhe o direito de exigir de seus
iniciados o cumprimento de sérios deveres e enormes
sacrifícios. Nós somos apenas os átomos deste grande
corpo que se chama humanidade. As calamidades do
presente são o prêmio terrível do futuro. Os sofrimentos
trazem a agonia, e as idéias, a imortalidade. Aquele que
morre no cumprimento do dever cai com glória e sob o
resplendor do futuro. É sempre pelo ideal e só pelo ideal
que nós nos sacrificamos. Os homens sacrificam-se por
ideias que, para os sacrificados, são quase sempre visões
com que se antevêem todas as certezas humanas.

Pequena pausa.

1º Vig.·.: -Abraão, preparando-se para sacrificar o próprio filho,


representa grande e sublime alegoria. Assim, também a

73
sociedade ou a pátria deve levar seus filhos ao altar do
sacrifício, quando o exigir o bem das gerações vindouras.
Previno-vos, senhor(es), de que a Ordem Maçônica exigirá
de vós uma obrigação solene e terrível, que tem sido
prestada por muitos grandes homens e benfeitores da
humanidade. Pelas vidas e feitos desses homens, podereis
conhecer o quanto a Maçonaria tem incitado e estimulado
os seus iniciados. Ficai(s), também, sabendo que
consideramos traidor à nossa Ordem aquele que não
cumpre os deveres de Maçom em qualquer circunstância.

Pequena pausa.

2º Vig.·.: -Já passastes pela primeira prova das antigas iniciações, a


da Terra, pois isso significa a masmorra em que estivestes
recolhido e onde fizestes as vossas últimas disposições.
Temos diminuído o rigor dessa prova, que é hoje apenas
um símbolo do que foi realmente. Agora vos restam
outras, para as quais é necessária toda a vossa coragem.
Consentis em submeter-vos a elas? Tendes a coragem
precisa para afrontar todos os perigos a que vossa resolução
pode porventura expor-vos?
Candidato(s): -Sim.
Ven.·. M.·.: -Ainda uma vez refleti, senhor(es). Se vos tornardes
Maçom, encontrareis nos nossos símbolos a terrível
realidade do dever. Não devereis combater somente as
vossas paixões, mas ainda outros inimigos da humanidade,
como sejam: os hipócritas, que a enganam; os pérfidos, que
a defraudam; os fanáticos, que a oprimem; os ambiciosos,
que a usurpam, e os corruptos e sem princípios que abusam
da confiança dos povos. A estes não se combate sem
perigo. Senti-vos com energia, resolução e dedicação para
combater o obscurantismo, a perfídia e o erro?
Candidato(s): -Sim.

74
Ven.·. M.·.: -Pois se é essa a vossa resolução, eu não respondo pelo que
vos possa acontecer. -Irmão Ter.·., levai o(s) Candidato(s)
para fora do templo e conduzi-o(s) por esse caminho
escabroso por onde passam os temerários que querem
entrar neste augusto recinto.

O Irmão Ter.·. toma o(s) Candidato(s) pelo braço e leva-o(s) para fora
do templo e, depois de fazê-lo(s) dar algumas voltas e saltar um
pequeno obstáculo, o(s) conduz novamente entre colunas.

Ter.·.: -Ven.·. M.·., apresento-vos o(s) Candidato(s) que


deu(deram) a sua prova de coragem.
Ven.·. M.·.: -Senhor(es), é através de perigos e dificuldades que
podereis alcançar a iniciação. Embora a Maçonaria não
seja uma religião e proclame a liberdade absoluta de
consciência, tem, contudo, uma crença, e os Maçons não se
empenham em empresa importante sem primeiro
invocarem a presença do Criador, a quem chamamos de
Grande Arquiteto do Universo. -Irmão Ter.·., conduzi o(s)
Candidato(s) para junto do Irmão 2º Vig.·. e fazei-o(s)
ajoelhar(em)-se sobre o j.·. esq.·.
.
O Ven.·. M.·. aguarda até que cheguem ao altar do 2º Vig.·..

Ven.·. M.·.: -Senhor(es), tomai parte na oração que em vosso favor


vamos dirigir ao Senhor dos Mundos e autor de todas as
coisas.
-Em pé, meus Irmãos!

ORAÇÃO
Proferida pelo Ven.·. M.·.

“Humilhemo-nos meus Irmãos, ante o Soberano Árbitro dos Mundos


e reconheçamos o seu infinito poder e a nossa infinita fraqueza.

75
Contendo os nossos corações nos limites da retidão e dirigindo os
nossos passos pela estrada da virtude, elevemo-nos até o Grande
Arquiteto e Senhor do Universo. Ele é um só e existe por si mesmo e
todos os seres Lhe devem a existência. Tudo faz e tudo domina.
Invisível aos nossos olhos vê e Iê no fundo da nossa alma. A Ele
invoquemos e levantemos as nossas preces:
Digna-TE, ó Grande Arquiteto do Universo, proteger os obreiros de
paz aqui reunidos. Anima o nosso zelo, fortifica a nossa fé na luta das
paixões, inflama o nosso coração no amor da virtude e guia-nos,
assim como a este(s) Candidato(s), que deseja(m) participar dos
nossos augustos mistérios. Presta-lhe(s), agora e sempre, a Tua
proteção e ampara-o(s) com o Teu braço onipotente em todas as
provas, perigos e dificuldades.
-Que assim seja!’’
Todos os presentes: -Que assim seja!
Ven.·. M.·.: -Sentemos. - Senhor(es), nos lances extremos da vida em
quem depositais a vossa confiança ?

Sem a ajuda do Irmão Ter.·..

Candidato(s): (responde)
Ven.·. M.·.: -Porque confiais em um Princípio Criador, levantai-vos,
segui com passo firme o vosso guia e nada receeis.

O Irmão Ter.·. conduz o(s) Candidato(s) para entre colunas e o(s)


faz(em) sentar.

Ven.·. M.·.: -Senhor(es), antes que esta augusta assembléia, de que sou
membro, consinta em admitir-vos às provas, ela deve
sondar o(s) vosso(s) coração(ões), desejando que
respondais com a maior liberdade e franqueza. A vossa
resposta, qualquer que seja, não nos ofenderá. -Que
pensamentos vos ocorreram, quando estáveis no lugar

76
sombrio de meditação, onde vos pediram para escreverdes
o vosso testamento?

Deixa-se o(s) Candidato(s) responder(em) sem precipitação. O Ven.·.


M.·. pode fazer observações, se as respostas assim o exigirem.

Candidato(s): (responde)
Ven.·. M.·.: -Em parte já vos dissemos com que fim fostes submetido à
primeira prova, a da Terra. Os antigos diziam que havia
quatro elementos: a Terra, o Ar, a Água e o Fogo. Vós
estáveis na escuridão e no silêncio de um subterrâneo,
como um encarcerado numa masmorra, cercado de
emblemas da mortalidade e de frases alusivas, escritas
principalmente para compelir-vos a uma séria e solene
reflexão, tão necessária a um passo importante como a
iniciação em nossos mistérios. Esperávamos que vos
lembrásseis de que a masmorra tinha sido sempre o
principal instrumento da tirania; que na Idade Média os
castelos dos nobres foram edificados sobre as masmorras;
que a Inquisição teve as suas celas escuras para as suas
vítimas; e que a Bastilha foi uma das centenas de prisões
construídas pelos tiranos.

Pequena pausa.

1º Vig.·.: -Esperávamos mais que, lembrando-vos disso,


manifestásseis a vossa cólera contra todo o despotismo,
quer sobre o corpo, quer sobre a consciência, e o mais
fervoroso amor às Instituições livres. O primeiro ato de um
povo oprimido que defende os seus direitos é destruir as
Bastilhas, que foram o orgulho e a segurança dos seus
senhores. Esperávamos que refletísseis que o dever de uma
sociedade de homens inteligentes não poderia ser somente
libertar os prisioneiros das masmorras de ferro e pedra, mas

77
demolir as Bastilhas, mais fortes do que esses materiais, em
que a Ignorância e o Erro, as Superstições e os Vícios
conservam algemados os espíritos e as consciências de
enorme parte da grande família humana. Os emblemas da
mortalidade de que estáveis rodeado, não vos podiam levar
a refletir sobre a instabilidade e a brevidade da vida
humana; eram apenas uma lição trivial, sempre ensinada e
sempre desprezada.

Pequena pausa.

2º Vig.·.: -Se desejais tornar-vos um verdadeiro Maçom, deveis


primeiro morrer para o vício, para os erros e para os
preconceitos vulgares, e nascer de novo para a virtude, para
a honra e para a sabedoria. Agora, devo também prevenir-
vos de que não nos opomos às crenças religiosas. Não
julgamos que haja virtudes mais dignas de Deus do que a
Fé, o Amor e a Caridade, e assim admitimos na nossa
Ordem todos os homens que possuam estes dons, qualquer
que seja a sua religião.

Pequena pausa.

Ven.·. M.·.: -Não somos inimigos dos governos ou das autoridades


constituídas, se são justos. Desaprovamos apenas o que
julgamos desacertado. Mas, infeliz do Maçom que
consentir em tornar-se instrumento da tirania, apoio da
usurpação e apologista da injustiça e do desprezo das leis e
das constituições que contêm as eternas garantias de
liberdade.

Pequena pausa.

Ven.·. M.·.: -Credes num Princípio Criador?

78
Candidato(s): (responde).
Ven.·. M.·.: -Essa crença, que honra e enobrece o vosso coração, não é
exclusivo patrimônio do filósofo, também o é do selvagem.
Desde que este percebe que não existe por si mesmo,
interroga a natureza sobre quem é o seu autor, e o
majestoso silêncio dessa natureza o faz render rústico, mas
sincero culto a um Ente Supremo, que é o Criador do
Mundo.
-Que entendeis por virtude?
Candidato(s): (responde).
Ven.·. M.·.: -Também é uma disposição da alma que nos induz à prática
do bem.
-Que entendeis por vício?
Candidato(s): (responde).
Ven.·. M.·.: -É o oposto da virtude. É o hábito desgraçado que nos
arrasta para o mal. Para impormos um freio salutar a essa
impetuosa propensão, para nos elevarmos acima dos vis
interesses que atormentam os profanos, para acalmarmos o
ardor das paixões, é que nos reunimos neste Templo. Aqui
trabalhamos para acostumar o nosso espírito a curvar-se às
grandes afeições e a conceber somente idéias sólidas de
bondade e de virtude, porque é só orientando os nossos
costumes, segundo os princípios eternos da moral, que
poderemos dar à nossa alma o equilíbrio da força e da
sensibilidade que constitui a sabedoria, ou antes, a ciência
da vida. Mas esse trabalho, senhor(es), é penoso, e a ele
deveis sujeitar-vos, se persistirdes no desejo de pertencer à
nossa Ordem. -Persistis em ser recebido Maçom?
Candidato(s): (responde).
Ven.·. M.·.: -Toda associação tem leis particulares e todo associado,
deveres para cumprir. Como não é justo subordinar-vos a
obrigações que não conheceis, vou dizer-vos da natureza
desses deveres. O primeiro é um silêncio absoluto acerca

79
de tudo quanto ouvirdes e descobrirdes entre nós, bem
como de tudo quanto para o futuro chegardes a ouvir, ver
ou saber.
1º Vig.·.: -O segundo dos vossos deveres, que faz da Maçonaria o
mais sagrado dos bens, e a mais nobre e respeitável das
Instituições, é a vitória sobre as paixões ignóbeis que
desonram o homem e o tornam desgraçado, cabendo-vos
praticar constantemente a beneficência, socorrer os
Irmãos, prevenir suas necessidades, minorar seus
sofrimentos, assisti-los com os vossos conselhos e as
vossas luzes. O que, em um profano, seria uma qualidade
rara, não passa no Maçom do cumprimento dos deveres.
Toda ocasião que perde ele em ser útil é uma infidelidade.
Todo socorro que recusa é um perjúrio. Se a terna e
consoladora amizade também tem culto nos nossos
templos, não é somente por ser um sentimento, mas, sim,
por ser um dever que pode tornar-se virtude.
2º Vig.·.: -O terceiro dos vossos deveres, a cujo cumprimento só
ficareis obrigado depois da vossa iniciação, é o de
conformar-vos em tudo com as nossas leis e de submeter-
vos ao que vos for determinado em nome da associação,
em cujo seio desejais ser admitido.
Ven.·. M.·.: -Senhor(es), a nossa sublime associação exige também de
vós um patriotismo puro e que sejais cidadão(s) pacífico(s)
e leal(is), fiel(is) ao vosso país, obediente às leis que vos
garantem proteção. Agora que conheceis os principais
deveres de um Maçom, dizei-me se sentis com força e se
persistis na resolução de vos sujeitardes à sua prática.
Candidato(s): (responde)
Ven.·. M.·.: -Senhor(es), ainda exigimos de vós um juramento de honra,
que deve ser prestado sobre a taça sagrada. Se sois sincero,
bebei sem receio, mas se a falsidade e a dissimulação
acompanham a vossa promessa, não jureis. Afastai antes a
taça e temei o pronto e terrível efeito desta bebida!

80
(Pequena pausa).
- Consentis no juramento?
Candidato(s): (responde)
Ven.·. M.·.: -Irmão M.·. de CCer.·., conduzi o(s) Candidato(s) ao altar.

O(s) Candidato(s) é(são) levado(s) ao altar do Ven.·. M.·. . Havendo


mais de um, a cerimônia deve ser realizada individualmente, os
demais deixam o templo temporariamente.

Ven.·. M.·.: -Irmão Sacrificador, apresentai ao Candidato a taça


sagrada, tão fatal aos perjuros.

O Irmão Ter.·. apresenta-lhe uma taça com água adoçada


artificialmente (adoçante dietético) e espera pelo sinal do Ven.·.M.·.
para oferecer-lhe a bebida.
Deve também estar munido de outro frasco contendo um líquido
extremamente amargo.

Ven.·. M.·.: -Repeti comigo o vosso juramento:

-Juro guardar / o mais profundo silêncio / sobre todas as provas / a


que for exposta minha coragem./ Se eu for perjuro / e trair os meus
deveres, / se o espírito de curiosidade aqui me conduz, / consinto /
que a doçura desta bebida... - Beba! (Nesta hora o Ven.·.M.·. faz sinal
ao Irmão Ter.·. para que este faça o Candidato beber um pouco do
líquido doce) ...se converta em amargor... (O Irmão Ter.·. deita na taça
um pouco do líquido amargo, sem que o Candidato perceba - O
Ven.·.M.·. continua:) ...e o seu efeito salutar / em sutil veneno. - Beba
o restante. (O Irmão Ter.·. faz o candidato beber do líquido amargo,
desta vez esgotando a taça por completo).

Obs.: Não se usa líquido açucarado, pois o(s) Candidato(s) pode(m)


ser diabético(s).

81
Ven.·. M.·.: (o) (Fortemente)
1º Vig.·.: (o) (Fortemente)
2º Vig.·.: (o) (Fortemente)
Ven.·. M.·.: (O Ven.·. M.·. pronuncia o monólogo abaixo quase aos
gritos).
-Que vejo, senhor?
-Altera-se o vosso semblante?
-Por ventura a vossa consciência desmentiria as vossas palavras?
-Por ventura a doçura desta bebida se converteria em amargor?
-Retirai o Candidato!

O Candidato é conduzido energicamente pelo Irmão Ter.·. para fora


do templo.
Após o retorno, o(s) faz(em) sentar(em)-se entre colunas.

Ven.·. M.·.: -Senhor(es), não quero crer que tenhais o desígnio de nos
enganar. Entretanto, ainda podeis retirar-vos se assim o
quiserdes. Bebestes da taça sagrada, ou, antes, da taça da
boa ou da má sorte, que é a taça da vida humana.
Consentimos que provásseis da doçura da bebida e ao
mesmo tempo fostes solicitado a esgotar o amargo dos seus
restos. Isto vos lembrará que o homem sábio e justo deve
gozar os prazeres da vida com moderação, não fazendo
ostentação dos bens de que está usufruindo, para não
humilhar os desafortunados.
-Agora eu vos previno que tendes de passar por outras
provas. Essas provas são simbólicas, não sendo terríveis
nem perigosas. Com elas queremos experimentar a vossa
firmeza e resolução. Elas vos lembrarão de que a vossa
resolução deve ser inabalável e que não deveis trocar a
liberdade ou a vida pela desonra, mesmo se, como os
maçons nossos antepassados, vos achardes algum dia
envolvido nos laços cruéis e implacáveis de uma inquisição
política ou religiosa, que encarcera e, no fundo das suas

82
masmorras ou nos seus cadafalsos, sacrifica aqueles que
defendem a Liberdade ou ensinam as suas santas doutrinas.
A tirania nunca encontrou um covarde ou um delator entre
maçons. Ela dorme apenas, podendo ainda acordar.
No pleno gozo dos vossos direitos, podeis também ver, de
um momento para outro, a Nação escravizada. Nesse caso,
sereis levado a defender os direitos do povo e a majestade
da lei. Portanto, refleti bem, senhor(es). Quando derdes um
passo à frente, será muito tarde para poderdes recuar.
-Persistis em entrar para a Maçonaria?
Candidato(s): (responde).
Ven.·. M.·.: (o) (Fortemente)
1º Vig.·.: (o) (Fortemente)
2º Vig.·.: (o) (Fortemente)
Ven.·. M.·.: -Irmão Ter.·., fazei o(s) Candidato(s) sentar(em)-se no
banco das reflexões.

O Irmão Ter.·. faz o(s) Candidato(s) dar(em) uma volta completa em


torno do banco em que estava(m) sentado(s) e depois senta-o(s) no
mesmo banco por pelo menos 1 minuto, reinando silêncio absoluto na
Loja.
Ven.·. M.·.: -Senhor(es), que a obscuridade que vos cobre os olhos e o
horror da solidão sejam os vossos únicos companheiros.

Após alguns instantes de reflexão.

Ven.·. M.·.: -Tendes bem refletido, senhor(es), sobre as conseqüências


da vossa pretensão? Pela última vez, dizei-me: -Quereis
voltar ao mundo profano ou persistis em conquistar um
lugar entre os Maçons?

Candidato(s): (responde).

83
Ven.·. M.·.: -Irmão Ter.·., apoderai-vos do(s) Candidato(s) e fazei-o(s)
praticar a sua primeira viagem. Empregai todos os esforços
para o(s) trazerdes sem correr perigo.

O Irmão Ter.·. conduz o(s) Candidato(s) e o(s) faz(em) percorrer um


caminho imitando dificuldades e obstáculos. Enquanto dura a viagem,
altera-se o silêncio da Loja, com sons imitando o trovão. Recomenda-
se o uso de gravações apropriadas.
O ruído cessa ao chegar o(s) Candidato(s) ao altar do 2º Vig.·., onde o
Irmão Ter.·. o faz bater t.·. pancadas com a palma da mão esquerda
aberta. O ruído deve ser moderado e sem alarde. Este procedimento é
feito para cada Candidato.
Levantando-se, precipitadamente, e encostando o malhete no peito do
Candidato, o 2º Vig.·. diz:

2º Vig.·.: -Quem vem lá?


Ter.·.: -É um Candidato que deseja ser recebido Maçom.
2º Vig.·.: -E como pôde ele conceber tal esperança?
Ter.·.: -Porque é livre e de bons costumes.
2º Vig.·.: -Pois, se assim é, passe.

O Irmão Ter.·. conduz o(s) Candidato(s) entre colunas, onde


permanece(m) em pé.

2º Vig.·.: -Irmão 1º Vig.·., está feita a primeira viagem.


1º Vig.·.: -Ven.·. M.·., está feita a primeira viagem.
Ven.·. M.·.: -Irmão Ter.·., fazei sentar o(s) Candidato(s).

O Irmão Ter.·. faz o(s) Candidato(s) sentar(em)-se em um banco


colocado entre colunas.

Ven.·. M.·.: -Senhor(es), congratulo-me convosco por terdes voltado


são(s) e salvo(s). Já sabeis que as nossas provas são
simbólicas, por isso dizei-me:

84
-Que notastes nessa viagem? (espera a resposta).
-Que observações suscitou ela no vosso espírito? (espera a
resposta).
-Que achastes nela de simbólico? (espera a resposta).

Deve(m) responder cada um por sua vez. Se demorar a fazê-lo, o


Ven.·.M.·. deve induzir a sua resposta e se mesmo assim o Candidato
não conseguir responder, o Ven.·. M.·. deve prosseguir
imediatamente.

Ven.·. M.·.: -Esta primeira viagem, com seu ruído e trovões, representa
o segundo elemento, o Ar, que, com os seus meteoros,
relâmpagos e contínuas flutuações, nos ameaça
constantemente de morte. O Ar é o símbolo da vitalidade
ou da vida; é um emblema natural e próprio da vida
humana, com as suas correntes, agitações e estagnações, o
seu cansaço e energias, as suas tempestades e calmarias e
as suas perturbações e equilíbrios elétricos.

Pequena pausa.

Ven.·. M.·.: -Estais dispostos a expor-vos aos riscos de uma segunda


viagem?
Candidato(s):(responde).
Ven.·. M.·.: -Irmão Ter.·., fazei o(s) Candidato(s) praticar(em) a sua
segunda viagem.

O Irmão Ter.·. faz o(s) Candidato(s) dar(em) a volta no templo,


percorrendo um terreno mais plano.
Durante a viagem, faz-se ouvir de todos os lados o tinir de espadas,
mas com toda moderação, cessando-se quando o(s) Candidato(s)
chegar(em) ao altar do 1º Vig.·., onde o Irmão Ter.·. o(s) faz(em) bater
t.·. pancadas com a mão esquerda, como na primeira viagem.

85
Recomenda-se o uso de gravações com o ruído de batalhas com
espada.Este procedimento é feito para cada Candidato.
Levantando-se, precipitadamente, e encostando o malhete no peito do
Candidato, o 1º Vig.·. diz:

1º Vig.·.: -Quem vem lá?


Ter.·.: -É um Candidato que deseja ser recebido Maçom.
1º Vig.·.: -E como pôde ele conceber tal esperança?
Ter.·.: -Porque é livre e de bons costumes.
1º Vig.·.: -Pois se é assim, que seja purificado pela água.

O Irmão Ter.·. conduz o(s) Candidato(s) até o Mar de Bronze, onde o


2º Exp.·. introduz suas mãos na água por t.·. vezes, enxugando-as em
seguida.
Em seguida, o(s) Candidato(s) é(são) então colocado(s) entre colunas,
em pé.
1º Vig.·.: -Ven.·. M.·., está feita a segunda viagem.
Ven.·. M.·.: -Congratulo-me novamente convosco, senhor(es), por
terdes voltado são(s) e salvo(s). - Irmão Ter.·., fazei sentar
o(s) Candidato(s). - Passastes, senhor(es), pela terceira
prova, a da Água. A água em que vos fizeram mergulhar as
mãos é uma imagem do vasto oceano que banha as praias
dos continentes e ilhas. Nas antigas iniciações, a
purificação simbólica da alma fazia-se pelo batismo do
corpo, constituindo isso uma parte indispensável do
cerimonial.
-Irmão Ter.·., fazei o(s) Candidato(s) praticar(em) a sua
terceira viagem.
O Irmão Ter.·. faz o(s) Candidato(s) percorrer(em) um terreno sem
obstáculos, não se ouvindo o menor ruído, e depois o(s) faz(em) subir
os degraus do altar onde tem assento o Ven.·. M.·., e aí o(s) faz(em)
bater t.·. pancadas com a mão esquerda, como nas viagens anteriores.
Este procedimento é feito para cada Candidato.

86
Levantando-se precipitadamente e encostando o malhete no peito do
Candidato, o Ven.·. M.·. diz:

Ven.·. M.·.: -Quem vem lá?


Ter.·.: -É um Candidato que deseja ser recebido Maçom.
Ven.·. M.·.: -E como pôde ele conceber tal esperança?
Ter.·.: -Porque é livre e de bons costumes.
Ven.·. M.·.: -Pois, se é assim, que passe pelas chamas purificadoras,
para que dele desapareçam todos os vestígios do mundo
profano.

O Irmão Ter.·. desce com o(s) Candidato(s) ajudado pelo M.·. de


CCer.·. e, antes de chegar aos degraus que dão acesso ao Ocidente, o
faz passar t.·. vezes por algumas chamas previamente preparadas.
Deve-se usar de toda a moderação para evitar choque ou perigo,
executando a prova à relativa distância, após o que, faz o(s)
Candidato(s) sentar(em)-se entre colunas.

2º Vig.·.: -Está feita a terceira viagem, Irmão 1º Vig.·..


1º Vig.·.: -Ven.·. M.·., o(s) Candidato(s) depois de fazer(em) a
terceira e última viagem, acha(m)-se entre colunas.
Ven.·. M.·.: -Senhor(es), nesta última viagem, passastes pela prova do
Fogo, o último modo de purificação simbólica. Purificado
pela água e pelo fogo, estais simbolicamente limpo de
qualquer nódoa do vício. O fogo, cujas chamas sempre
simbolizaram aspirações, fervor e zelo, vos lembrará de
que deveis aspirar à excelência e à verdadeira glória e
trabalhar com zelo e fervor pela causa em que vos
empenhardes, principalmente se essa causa for a do povo.
-Resta-nos ainda uma outra prova. A Ordem Maçônica e a
pátria podem ter necessidade de que derrameis o vosso
sangue em sua defesa, e um verdadeiro maçom não pode
esquivar-se a esse sacrifício. Os principais mártires da
liberdade, em todas as épocas, poderiam ter tido uma vida

87
mais longa e terem perdido essa glória imortal, se caso
tivessem prestado a lisonjear a tirania.
-Antes de serdes iniciado nos nossos mistérios, deveis
passar pelo batismo de sangue. Se vos sentirdes possuído
de zelo e bastante valor para vos sacrificardes pelo serviço
da pátria, da ordem, da humanidade e dos nossos Irmãos,
com risco iminente de vida, deveis selar a vossa profissão
de fé com o vosso sangue. Não podemos aceitar meras
palavras e promessas vãs.
-Estais disposto(s) a isso?
Candidato(s): (responde).
Ven.·. M.·.: -A vossa resignação nos basta. O batismo de sangue não é
símbolo de purificação. É o batismo do heroísmo e da
dedicação do soldado e do mártir. É um penhor solene de
que jamais faltareis ao cumprimento de vossos deveres
maçônicos para com os nossos Irmãos, para com a ordem
ou para com a pátria, por medo ou temor do perseguidor ou
do tirano. Ele vos lembrará também o sangue derramado
em todas as épocas pela perseguição e vos incitará à
tolerância e à defesa dos sagrados direitos da consciência.
É chegado o momento de cumprirdes um dos deveres
maçônicos, pondo à prova os vossos sentimentos de
solidariedade humana, que é outra condição exigida para
pertencerdes à nossa augusta fraternidade - Irmão Ter.·.,
conduzi o(s) Candidato(s) à presença do Irmão Hosp.·..

O Irmão Ter.·. leva o Candidato à presença do Hosp.·. . Este levanta-


se e, sem sair do lugar, diz discretamente ao ouvido do Candidato:

Hosp.·.: -Peço-vos o que podeis dar em favor dos necessitados que


devemos socorrer.

Faz-se absoluto silêncio. O Irmão Ter.·. sussurra no ouvido do


Candidato que repete:

88
Candidato: -Nada tenho, mas quando tiver saberei cumprir meu dever.
Ven.·. M.·.: -Senhor(es), não foi nosso intuito colocar-vos em situação
embaraçosa. Quisemos apenas lembrar-vos para sempre de
que estais despidos de tudo quanto representa valor
monetário e que, por conseguinte, não trouxestes convosco
o símbolo das vaidades profanas. Por outro lado, alegrou-
nos saber que, assim despojado daquilo a que chamamos
metais, sentistes a angústia dos bem formados de coração,
quando se encontram na impossibilidade de socorrer
alguém arrastado à miséria e à necessidade.

O Ir.·. Hosp.·. senta-se.


O Irmão Ter.·. e o(s) Candidato(s) volta(m) para entre colunas.

Ven.·. M.·.: -Ides agora receber o prêmio de vossa firmeza e de vossa


constância. - Irmão M.·. de CCer.·., trazei o(s)
Candidato(s) ao Altar dos Juramentos para prestar(em) o
seu solene compromisso.

O(s) Candidato(s) ajoelha(m)-se sobre o j.·. esq.·. e coloca a m.·. dir.·.


sobre o Livro da Lei.
Com um compasso na m.·. esq.·., aberto em 45 graus, o Candidato
apóia uma de suas pontas sobre o lado esq.·. do peito.
O M.·. de CCer.·. conserva-se por trás, em pé, com seu bastão.

Ven.·. M.·.: -Em pé e à ordem, meus Irmãos, o(s) Candidato(s) vai


(vão) prestar o seu juramento.

Dirigindo-se ao(s) Candidato(s):

Ven.·. M.·.: -Senhor(es), repeti comigo a vossa solene obrigação.

89
JURAMENTO

Eu,_______________, juro e prometo, / de minha livre vontade, /


pela minha honra e pela minha fé, / em presença do Grande
Arquiteto do Universo, / e perante esta assembléia de Maçons, /
solene e sinceramente, / nunca revelar qualquer dos mistérios da
Maçonaria, / que me vão ser confiados, / senão a um legítimo
Irmão, / ou em uma Loja Maçônica regularmente constituída. /
Nunca os escrever, / gravar, / traçar, / imprimir / ou empregar
outros meios pelos quais possa divulgá-los. / Juro, mais, / ajudar e
defender os meus Irmãos / em tudo o que puder e for necessário, / e
reconhecer, / como Potência Maçônica regular e legal, / o Grande
Oriente Independente do Estado do Pará, / ao qual prestarei
obediência. / Se violar este j.·., / seja-me arranc.·. a líng.·., / cort.·. o
pesc.·. / e enter.·. o meu corp.·. nas AAr.·. do m.·., / onde o flux.·. e
o reflux.·. das oond.·. / me mergulhem em perp.·. esquec.·., / sendo
declarado sacrílego para com o Criador / e desonr.·. para com os
homens.
- Que assim seja.
Todos os presentes respondem: -Que assim seja!
Ven.·. M.·.: -Levantai-vos, Senhor(es).

O Irmão Ter.·. ajuda o(s) Iniciando(s) a levantar(em)-se e com ele(s)


permanece junto ao Altar dos Juramentos.

Ven.·. M.·.: -Sentemo-nos. - Irmão M.·. de CCer.·. acompanhai o(s)


Iniciando(s) para fora do templo e ajudai-o(s) a
recompor(em)-se.

Fora do templo, no vestíbulo onde estão guardadas suas vestes, o


Irmão Ter.·. SEM RETIRAR a venda do(s) Iniciando(s) e o(s)
ajuda(m) a recompor suas vestes, da mesma maneira com que
foi(ram) recebido(s).O(s) Iniciando(s) é(são) de novo vendado(s) e
conduzido(s) à porta do templo.

90
Ven.·. M.·.: -Irmão M.·. de CCer.·., traga ao templo o(s) Iniciando(s).

O Irmão Ter.·. introduz o(s) Iniciando(s) no templo, fazendo-o(s)


parar à altura do altar do 1º Vig.·. .
São designados previamente alguns Irmãos que, em pé, em
semicírculo no Ocidente, postados entre o altar do 1º e do 2º VVig.·.
apontam suas espadas, seguras pela mão direita, para o(s)
Iniciando(s).
O templo é iluminado apenas com as luzes do altar do Ven.·. M.·. e
dos altares dos VVig.·. .
O M.·. de Harm.·. se prepara para execução de melodia alusiva à
caída da venda.

Ven.·. M.·.: (o) -Em pé e à ordem! - Irmão 1º Vig.·., sobre quem se


apoia uma coluna deste templo, agora que a coragem e a
perseverança deste(s) Senhor(es) o(s) fez (fizeram) sair
vitorioso(s) do terrível combate entre o profano e o
Maçom, dizei-me se o(s) julgai(s) digno(s) de ser(em)
admitido(s) entre nós.
1º Vig.·.: -Sim, Ven.·.M.·..
Ven.·. M.·.: -Que pedis em seu favor?
1º Vig.·.: -Que lhe seja dada a luz.
Ven.·. M.·.: -No princípio do mundo, disse o Grande Arquiteto do
Universo: -FAÇA-SE A LUZ! (o)
1º Vig.·.: (o)
2º Vig.·.: (o)
Ven.·. M.·.: -E A LUZ FOI FEITA! (o)
1º Vig.·.: (o)
2º Vig.·.: (o)
Ven.·. M.·.: -A LUZ SEJA DADA AO(S) NEÓFITO(S) !(o)
1º Vig.·.: (o)
2º Vig.·.: (o)

91
A venda deve cair dos olhos do(s) Iniciando(s) à terceira pancada de
malhete do Ven.·.M.·., depois de repetidas pelos VVig.·., acendendo-
se, se possível gradativamente, todas as luzes do templo.
O M.·. de Harm.·. faz soar melodia apropriada.
Pausa prolongada durante sua execução.

Ven.·. M.·.: -Não mais vos assusteis com as espadas que vedes
apontadas para vós, Neófito. Recebemos o vosso juramento
e o acreditamos sincero. Raiou, enfim, o dia em que se
abrem para vós as portas da verdadeira amizade. Doravante
considerai-nos como Irmãos e amigos que conquistastes, e
que achareis sempre prontos a correr em vosso socorro.
-Meus Irmãos, abaixai vossas espadas e voltai a seus
lugares. -Irmão M.·. de CCer.·., conduzi o(s) Neófito(s) ao
Altar dos Juramentos e fazei-o(s) ajoelhar(em)-se.

O(s) Neófito(s) aproxima(m)-se do Altar dos Juramentos, onde se


ajoelha(m) sobre o j.·. dir.·., com a m.·. dir.·. sobre o Livro da Lei,
apoiando com a m.·. esq.·. uma das pontas do compasso sobre o coração,
tendo a outra voltada para cima.
Se houver mais de um, os demais ajoelham-se, em fila, atrás do
Candidato que os representa, com suas mm.·.ddir.·. sobre o omb.·. esq.·.
de quem está a sua frente.
O Ven.·. M.·. dirige-se ao Altar dos Juramentos, saindo de seu altar pelo
lado esquerdo, trazendo o malhete e sendo acompanhado pelo Porta-
Espadas, que conduz, em estojo aberto, a Espada Flamejante.
O Ven.·. M.·. retira a Espada Flamejante de seu estojo e empunhando-a
com a m.·. esq.·., estende sua folha sobre a cabeça do Neófito.

Ven.·. M.·.: -Em pé e à ordem. - À glória do Grande Arquiteto do


Universo e de São João, nosso patrono! Em nome da
Maçonaria Universal e sob os auspícios do Grande Oriente
Independente do Estado do Pará e em virtude dos poderes
de que estou investido, eu vos consagro e constituo

92
Aprendiz Maçom, membro ativo desta Augusta e
Respeitável Loja Maçônica.

O Ven.·. M.·. bate sobre a folha da espada por t.·. vezes, sem deixá-la
tocar a cabeça do Neófito.
Se houver mais de um Neófito, o Ven.·. M.·. bate sobre a cabeça de cada
um deles.

Ven.·. M.·.: -Sentai-vos, meus Irmãos.

Isto findo, o M.·. de CCer.·. faz levantar o(s) Neófito(s) e o(s) conduz à
esquerda do Ven.·. M.·., no eixo do Oriente, estando este à direita.
Neste momento, deve estar à disposição do Ven.·.M.·. o(s) avental(ais)
de Aprendiz e dois pares de luvas para cada Neófito.
O Ven.·. M.·. em pé, junto ao Altar dos Juramentos, entrega o avental
ao M.·. de CCer.·. e diz:

Ven.·. M.·.: -Irmão M.·. de CCer.·., cumpri vosso dever e vós, Neófito,
tomai e usai este avental, que é a vestimenta de trabalho de
todo Maçom, que grandes homens, verdadeiros benfeitores
da humanidade se honraram em usar. Com ele devereis
estar sempre revestido durante as nossas sessões. É o
símbolo do trabalho e vos lembrará de que um Maçom
deve ter sempre uma vida ativa e laboriosa.

Entregando o 1º par de luvas brancas ao Neófito.

-Meu Irmão, estas luvas são símbolo da vossa admissão


neste templo de virtude e indicam, pela sua brancura, que
nunca deveis manchá-las, mantendo vossas mãos sempre
limpas das águas lodosas do vício.

Entregando o 2º par de luvas brancas ao Neófito.

93
-Este outro par é destinado àquela que mais direito tiver na
vossa estima e em vosso afeto.
-Agora vou cumprimentá-lo(s) em nome de todos os
obreiros desta Loja.

O Ven.·.M.·. cumprimenta o(s) Neófito(s) com um aperto de mão, ou


um simples abraço.

Ven.·. M.·.: -Irmão M.·. de CCer.·., instruí ao(s) Neófito(s) sobre a(s)
sua(s) primeira(s) obrigação(ões).

O M.·. de CCer.·. ensina rapidamente ao Neófito e em seguida diz:.

M.·. Cer.·.: -Vossas ordens foram cumpridas, Ven.·.M.·..


Ven.·. M.·.: -Irmão M.·. de CCer.·., conduzi agora o(s) Neófito(s) ao
Altar do 1º Vig.·. para que este o ensine a desbastar a Pedra
Bruta.
1º Vig.·.: -Em pé e à ordem na Coluna do Norte.

O 1º Vig.·. levanta-se e faz o(s) Neófito(s) ajoelhar(em)-se sobre o j.·.


dir.·. e ensina-o(s) a trabalhar na Pedra Bruta, fazendo-o(s) dar t.·.
pancadas com o Maço sobre o Cinzel na Pedra Bruta , após o que, o
M.·. de CCer.·. conduz o(s) Neófito(s) para entre colunas.

1º Vig.·.: -Ven.·. M.·., o(s) Neófito(s), recebeu(eram) sua primeira


lição, trabalhando sobre a Pedra Bruta e está(ão) entre
colunas.
-Sentemo-nos, Irmãos da minha Coluna.
Ven.·. M.·.: (Dirigindo-se ao(s) Neófito(s)).-Neófito(s), este é um dia
de glória, do qual jamais devereis esquecer. Permiti que
vos felicite por terdes sido admitido(s) em nossa Ordem. -
Irmãos 1º e 2º VVig.·., anunciai aos obreiros que formam
as vossas colunas, como anuncio no Oriente, que proclamo
o(s) Neófito(s) ___________, Aprendiz(es) Maçom(ns) e

94
membro(s) ativo(s) desta Augusta e Respeitável Loja.
Convidai-os também a que, unidos a mim, me ajudem a
aplaudir a admissão que acabamos de fazer.
1º Vig.·.: -Irmãos que decorais minha Coluna, eu vos anuncio que o
Ven.·. M.·. proclama o(s) Neófito(s)__________,
Aprendiz(es) Maçom(ns) e membro(s) ativo(s) de nossa
Augusta e Respeitável Loja. Convido-vos também a que,
juntos a ele, aplaudamos a admissão que acabamos de
fazer.
2º Vig.·.: -Irmãos que decorais minha Coluna, eu vos anuncio que o
Ven.·. M.·. proclama o(s) Neófito(s) __________
Aprendiz(es) Maçom(ns) e membro(s) ativo(s) da nossa
Augusta e Respeitável Loja. Convido-vos também a que,
juntos a ele, aplaudamos a admissão que acabamos de
fazer.
1º Vig.·.: -Está anunciado em ambas as Colunas, Ven.·.M.·..
Ven.·. M.·.: -Em pé e à ordem. - A mim, meus Irmãos, pela Bat.·..
M.·. Cer.·.: -Ven.·. M.·., permiti que, em nome deste(s) Neófito(s) e
juntamente com ele(s), eu agradeça os aplausos que a nossa
Augusta e Respeitável Loja acaba de dispensar-lhe(s).
Ven.·. M.·.: -Podeis fazê-lo, Irmão M.·. de CCer.·..

O M.·. de CCer.·. e o(s) Neófito(s) retribuem os aplausos da mesma


maneira que os Irmãos.

Ven.·. M.·.: -Cubramos esses aplausos, meus Irmãos.

Todos os demais Irmãos, com exceção do(s) Neófito(s) e do M.·. de


CCer.·., repetem os aplausos da maneira anterior.

Ven.·. M.·.: -Sentemo-nos, meus Irmãos. - Irmão M.·. de CCer.·.,


convidai o(s) Padrinho(s) do(s) Neófito(s) para entregar-
lhe(s) o Ritual de Aprendiz Maçom, a Constituição e o

95
Regulamento Geral do Grande Oriente Independente do
Estado do Pará e o Regimento Interno de nossa Loja.

Cada Padrinho segue o M.·. de CCer.·., que entrega a cada um os


documentos referidos.
Ao chegar junto a seu Afilhado, entrega-lhe os documentos e o
cumprimenta afetuosamente.
Enquanto se dá a entrega dos rituais, os demais presentes devem
permanecer sentados, porém após o abraço do padrinho em seu
afilhado todos devem aplaudi-los com Bateria de Reconhecimento.

Ven.·. M.·.: -Irmão M.·. de CCer.·., convidai nosso(s) Neófito(s)a


assinar(em) o Livro de Presença e depois fazei-o(s) sentar-
se no topo da Coluna do Norte.

Após o(s) novo(s) Aprendiz(es) ter(em) assinado o Livro de Presença:

Ven.·. M.·.: -Irmão Orad.·., tendes a palavra. - Atenção, meus Irmãos.

O Orad.·. deve pronunciar breves palavras alusivas aos princípios da


Maçonaria, sem se estender em demasia.

Fim da Cerimónia de Iniciação.

------------------------------------------------------------

A partir daí os fundamentos se sucedem com o Tronco de Beneficência, a


Palavra exclusivamente sobre o ato realizado, Saudação à Bandeira (a
critério da Loja - Instruções no final deste Ritual) e o Encerramento
Ritualístico.

96
PROCEDIMENTOS ESPECIAIS

CADEIA DE UNIÃO

A Cadeia de União é uma formação composta por todos os Irmãos


presentes na sessão, que pertençam ao Quadro de Obreiros da Loja,
independente de seu grau, ou ainda que pertençam a Lojas Maçônicas
filiadas ao Grande Oriente Independente do Estado do Pará para
transmitir a Pal.·. Sem.·. .
É agora realizada no período da Ordem do Dia, quando a Loja está
em funcionamento.
Caso estejam presentes Irmãos Visitantes de Potências co-irmãs, eles
não participam da formação, aguardando o fim do ato em seus
lugares.
A cadeia tem a forma de uma elipse (oval), estendendo-se do Oriente
ao Ocidente, entre as Colunas do Norte e do Sul. No Oriente, fica o
Venerável Mestre, ou o Grão-Mestre, ou ainda o Grão-Mestre
Adjunto, se estiverem presentes, e, nesse caso, o Venerável Mestre se
postará à direita deles, ladeado pelo Orador, à sua direita e pelo
Secretário, à sua esquerda. No Ocidente fica o Mestre de Cerimônias,
ladeado à esquerda, pelo 1º Vigilante, e à direita, pelo 2º Vigilante. Os
demais Irmãos se distribuem pelo restante da cadeia, devendo os
Aprendizes e Companheiros ocuparem os lugares correspondentes às
suas colunas.
Os Irmãos formarão a corrente, de mãos dadas, com os antebraços
cruzados, o direito sobre o esquerdo e os pés unidos em esquadria.
O Venerável Mestre transmite a palavra sussurrada, ao Orador,
depois, ao Secretário, que a passará ao ouvido dos demais Irmãos,
também sussurrada, sucessivamente, até ser recebida pelo Mestre de
Cerimônias, em ambos os ouvidos, pelo Norte e pelo Sul da Cadeia de
União. O Mestre de Cerimônias dirige-se então ao Venerável Mestre e
comunica-lhe, no ouvido esquerdo, a palavra recebida do lado direito,
e, no ouvido direito, a palavra que recebeu do lado esquerdo. Ao
deixar seu lugar, este é recomposto pela união das mãos dos

97
Vigilantes. Comunicada a palavra ao Venerável Mestre, o Mestre de
Cerimônias retoma seu lugar na cadeia.
Se o palavra estiver errada:

Ven.·. M.·.: -Meus Irmãos, foi rompida nossa Cadeia.

Nessa hipótese, repete-se a sua transmissão.


Se a palavra estiver correta:

Ven.·. M.·.: -Meus Irmãos, a palavra está certa. Vamos guardá-la como
condição e penhor de nossa fraternidade. - Desfaçamos a
Cadeia de União e voltemos aos nossos lugares.

A prancha que contém a Palavra Semestral deve ser incinerada, após


sua transmissão.

98
ESCRUTÍNIO SECRETO

Após o Ven.·.M.·. ter agendado e realizado exaustiva discussão em


Loja aberta, sobre a aquisição ou não do Candidato, com a ativa
participação de todos os Irmãos do Quadro de Obreiros e em quantas
sessões forem necessárias para todos os esclarecimentos sobre o
mesmo, marca o dia da sessão onde será realizado o Escrutínio
Secreto.
Desta votação participam apenas os Irmãos do Quadro de Obreiros da
Loja, em nível com a Tesouraria e a Chancelaria.
Demais Irmãos que não possuam o direito à votação podem assistir à
sessão, porém sem direito a voto e participação nas discussões sobre o
ato.
Irmãos Visitantes, mesmo que pertencentes a Lojas filiadas ao Grande
Oriente Independente do Estado do Pará, não participam da votação.
Aos Irmãos que não possuem o direito à votação não serão fornecidas
as BBol.·.PPr.·. e BBr.·., porém poderão permanecer presentes, sem
participar das discussões, se houver.

Ven.·. M.·.: (o) -Irmãos 1º e 2º VVig.·., tendo sido formalizado o


Processo de Admissão, de acordo com nossas leis,
expedidas e recolhidas as sindicâncias, bem como
exaustivamente discutido em Loja aberta com a
participação de todos os Irmãos presentes, em dia
especificamente marcado para tanto e nada constando que
desabone o Candidato_____________, anunciai em vossas
colunas, assim como eu anuncio no Oriente, que vai correr
o seu Escrutínio Secreto.
1. Vig.·.: (o) -Irmãos que abrilhantais a minha coluna, tendo sido
formalizado o Processo de Admissão, de acordo com
nossas leis, expedidas e recolhidas as sindicâncias, bem
como exaustivamente discutido em Loja aberta com a
participação de todos os Irmãos presentes, em dia
especificamente marcado para tanto e nada constando que

99
desabone o Candidato_____________, eu vos anuncio, de
parte do Ven.·.M.·., que vai correr o seu Escrutínio
Secreto.
2. Vig.·.: (o) -Irmãos que decorais a minha coluna, tendo sido
formalizado o Processo de Admissão, de acordo com
nossas leis, expedidas e recolhidas as sindicâncias, bem
como exaustivamente discutido em Loja aberta com a
participação de todos os Irmãos presentes, em dia
especificamente marcado para tanto e nada constando que
desabone o Candidato_____________, eu vos anuncio, de
parte do Ven.·. M.·., que vai correr o seu Escrutínio
Secreto. - Está anunciado em minha coluna, Irmão 1.
Vig.·..
1º Vig.·.: -Está anunciado em ambas as colunas, Ven.·.M.·..
Ven.·. M.·.: -Atenção meus Irmãos, para a leitura das sindicâncias do
Candidato________.

Para cada Candidato será dado o aviso acima.


O Ven.·. M.·. faz a leitura das três Sindicâncias realizadas por Mestres
Maçons do Quadro de Obreiros da Loja, lendo pausadamente todas as
perguntas e respostas.
Após a leitura, diz:
Ven.·. M.·.: -Irmão 1º Exp.·., muni-vos da urna, mostrai a todos que ela
nada contém e depois recolhei o voto de cada Irmão.
-Quanto a vós, Irmão M.·. de CCer.·., recolheis a seguir, as
EEsf.·. não utilizadas.
-Atenção, meus Irmãos, as EEsf.·.BBr.·. o aprovam e as
NNeg.·. o reprovam. Cada Irmão deve depositar na urna a
esf.·. com que quiser manifestar, conscientemente o seu
voto, retendo a outra, que será recolhida em seguida.

O Irmão 1º Exp.·. recolhe a votação secretamente, fazendo o giro


ritualístico e após coloca-se entre colunas.O M.·. de CCer.·. recolhe as
eesf.·. não utilizadas e posta-se atrás do 1º Exp.·. .
100
2º Vig.·.: -O escrutínio está recolhido e acha-se suspenso entre
colunas, Irmão 1º Vig.·..
1º Vig.·.: -O escrutínio está recolhido e acha-se suspenso entre
colunas, Ven.·.M.·..
Ven.·. M.·.: -Irmão 1º Exp.·., trazei o escrutínio ao altar. - Irmãos
Orad.·. e Sec.·., vinde auxiliar-me na verificação de seu
conteúdo.

O Orad.·. e o Sec.·. aproximam-se do altar do Ven.·.M.·.,


permanecendo em pé e à ordem.
O Ven.·. M.·. pode, durante a contagem das EEsf.·., dispensar estes
Irmãos de permanecerem à Ordem .
O 1º Exp.·. entrega ao Ven.·. M.·. a urna contendo as EEsf.·. para a
conferência da votação e o M.·. de CCer.·. entrega a bolsa com as
EEsf.·. não utilizadas.
O Ven.·.M.·. abre a urna e procede à contagem, uma a uma das
EEsf.·., numerando-as, sob as vistas do Orad.·. e do Sec.·..
Se todas as EEsf.·. forem BBr.·., o Ven.·. M.·. anuncia diretamente à
Loja:

Ven.·. M.·.: -Meus Irmãos, o Candidatofoi aprovado limpo e puro.

E a seguir declara:

Ven.·. M.·.: -Meus Irmãos, o Proponente do Candidato aprovado é o


Irmão____________ e foram seus sindicantes os Irmãos
___________, _____________ e _________________.
-Aplaudamos esses Irmãos.

Todos os presentes aplaudem, os Irmãos com uma Bateria de


Reconhecimento.

101
Havendo um ou dois votos contrários, repete-se o escrutínio logo em
seguida, para referendar ou não apenas os votos negativos da
primeira votação.
Caso nesta segunda votação, apareçam mais EEsf.·.NNeg.·., elas não
serão computadas, pois os Irmãos que agora a colocaram, já tiveram
na votação anterior, sua oportunidade e não o fizeram.
Havendo confirmação da primeira votação (apenas computando os
votos contrários da primeira votação, ou seja, 1 ou 2 EEsf.·.NNeg.·.),
a decisão será adiada por 14 dias, para que os opositores apresentem,
por escrito, suas objeções
Caso os opositores não apresentem suas razões no prazo determinado,
o Ven.·.M.·. declarará que o Candidato foi aprovado limpo e puro.
Se apresentadas as objeções, o Ven.·.M.·. as lê em voz alta, omitindo o
nome do Irmão oponente e agenda data para nova discussão e novo
Escrutínio Secreto.
Se nesta nova votação, após as provas apresentadas pelo(s) Irmão(s)
opositor(es), persistir a mesma votação anterior (1 ou 2
EEsf.·.NNeg.·.), o Ven.·.M.·. proclama:

Ven.·. M.·.: -Meus Irmãos, o Candidatofoi aprovado.

E a seguir declara:

Ven.·. M.·.: -Meus Irmãos, o Proponente do Candidato aprovado é o


Irmão____________ e foram seus sindicantes os Irmãos
___________, _____________ e _________________.
-Aplaudamos esses Irmãos.

Havendo três votos contrários, repete-se o escrutínio logo em seguida,


para referendar ou não apenas os votos negativos da primeira
votação.
Caso nesta segunda votação, apareçam mais EEsf.·.NNeg.·., elas não
serão computadas, pois os Irmãos que agora a colocaram, já tiveram
na votação anterior, sua oportunidade e não o fizeram.

102
Havendo confirmação da primeira votação (apenas computando os
votos contrários da primeira votação, ou seja, 3EEsf.·.NNeg.·.), o
Candidato estará reprovado.
Caso o escrutínio produza quatro ou mais EEsf.·.NNeg.·. o Candidato
estará reprovado.

Ven.·.M.·. diz:

Ven.·. M.·.: -Meus Irmãos, o Candidato -__--____ foi rejeitado.

O nome do candidato reprovado será lançado no Livro Negro, quando


as restrições forem de ordem moral e/ou ética, ou no Livro Amarelo
quando por outro motivo, ou não explicitadas.
A reprovação será comunicada ao Grande Oriente Independente do
Estado do Pará, por prancha firmada pelo Venerável Mestre e
Secretário, para que o nome do candidato seja lançado no Livro
próprio. Sendo que este processo será remetido ao Grande Oriente
Independente do Estado do Pará, para arquivo.
O Candidato reprovado só poderá ser proposto na mesma Loja ou em
outra, depois de decorridos doze meses da decisão, desde que a
reprovação não tenha sido inscrita no Livro Negro.

103
ENTRADA DE IRMÃOS VISITANTES E/OU
RETARDATÁRIOS DO QUADRO DE OBREIROS DA LOJA

Os Irmãos Visitantes e os Retardatários do Quadro de Obreiros da


Loja são recebidos após a leitura do expediente e jamais poderão ser
admitidos depois da circulação do Tronco de Beneficência, com
exceção do Grão-Mestre ou seu Adjunto. Quando houver uma
delegação de visitantes, todos poderão entrar em cortejo, sem as
formalidades, sendo recebidos em pé, e à ordem e guiados pelo M.·. de
CCer.·..
Aos Retardatários dar-se-á ingresso com formalidades, cumprido o
fundamento que se está realizando, nunca no meio dele.
Dá-se entrada ao Irmão Visitante, cuja condição de Maçom e
regularidade já foi verificada previamente pelo 1º Exp.·. e pelo Guarda
da Lei. A critério do Ven.·. M.·., os visitantes poderão entrar em família,
sem, no entanto, dispensar as medidas de segurança.

Cob.·.: -Ven.·.M.·., regular e maçonicamente batem à porta do


templo.
Ven.·. M.·.: -Irmão Cob.·., verificai quem assim bate. Se for Irmão do
Quadro, franqueai-lhe o ingresso. Caso seja Irmão
Visitante, perguntai-lhe o nome, o grau e a Loja de origem.

O Irmão Cob.·. cumpre seu dever e após:

Cob.·.: -Ven.·.M.·., trata-se do Irmão _________, grau ___,


membro da Augusta e Respeitável Loja
Simbólica_________, do Oriente de ___________, que
pede um lugar entre nós.
Ven.·. M.·.: -Irmão 1º Exp.·., dirigi-vos à Sala dos Passos Perdidos e
verificai a condição maçônica do(s) Irmão (s) visitante(s),
convidando-o(s) a apresentar(em) os seus títulos legais, que
trareis ao Irmão Orad.·. para o necessário exame.

104
O 1º Exp.·. executa a ordem e volta ao templo com a(s) identidade(s)
maçônica(s), mais o(s) recibo(s) do pagamento do mês em curso feito
à Loja de origem, mais a(s) identidade(s) civil(is) do(s) visitante(s) e
entrega ao Orad.·. para verificação.
Após a aprovação do Orad.·.:

Ven.·. M.·.: -Irmão M.·. de CCer.·., trazei à porta do templo o(s)


Irmão(s) visitante(s).

O M.·. de CCer.·. conduzindo o(s) visitante(s) pede ingresso, batendo à


porta do templo regularmente.

Cob.·.: -Ven.·. M.·., regular e maçonicamente batem à porta de


nosso templo.
Ven.·. M.·.: -Ir.·. Cob.·. caso seja o M.·. de CCer.·., conduzindo o(s)
Irmão(s) visitante(s), franqueai-lhe(s) o ingresso.

O Cob.·. abre a porta. O M.·. de CCer.·. conduz o Irmão visitante, que


entra ritualisticamente e permanece entre colunas, em pé e à ordem.
Sendo Mestre Maçom, do quadro ou visitante, o Ven.·. M.·. deve
colocar os Irmãos em pé e à ordem.
Em se tratando de Autoridade Maçônica, ela será recebida de acordo
com sua Faixa Protocolar.
O Irmão Visitante entra com a devida formalidade e guiado pelo M.·.
de CCer.·. é convidado pelo Ven.·. M.·. a assinar o Livro de Presença.
A seguir, o Ven.·. M.·. faz a seguinte saudação:

Ven.·. M.·.: -Sede bem-vindo(s), meu(s) Irmão(s), a esta habitação de


paz e trabalho. Nós, obreiros desta Loja, nos sentimos
extremamente gratos pela honrosa visita. Vinde ajudar-nos
em nossos trabalhos. Queira o Grande Arquiteto do
Universo conservar sempre em vosso(s) coração(ões) o
amor à virtude, característica do verdadeiro Maçom.

105
SAUDAÇÃO À BANDEIRA NACIONAL

Proferida apenas em Sessões Magnas, a critério da Loja

O Irmão Porta-Bandeira dirige-se à Bandeira Nacional e a toma em suas


mãos, retirando-a do pedestal. Depois a desfralda, voltada para o
Ocidente, permanecendo nesta posição até o final da saudação.
O Ven.·. M.·. solicita que um Irmão, previamente escolhido e para tanto
preparado, faça a saudação.
Determina que todos os presentes fiquem em pé, perfilados, no mesmo
nível da bandeira.
O Irmão faz a saudação e ao seu final o M.·. de Harm.·. faz executar
apenas os primeiros acordes do Hino à Bandeira, em gravação
instrumental.
O Porta-Bandeira volta com a mesma para seu pedestal, tendo à sua
frente o Irmão M.·. de CCer.·..
Não se aplaude a Bandeira Nacional por exigência legal.
Em Lojas, onde o pedestal da bandeira esteja no mesmo patamar do altar
do Ven.·. M.·., a saudação é feita sem retirar-se dele a bandeira

Sugerimos alguns modelos de saudação:

SAUDAÇÃO À BANDEIRA ( I )

Bandeira do Brasil, símbolo de um povo,


Símbolo de uma raça, de uma tradição,
Onde a Maçonaria fez brotar um sangue novo,
Abreviando a independência da nação.

Quando a vemos tremular lá nas alturas,


Embalada pela brisa tropical,
Nestas tuas geométricas figuras
Que interpretam a pujança nacional.

106
Nós que hoje e todo dia te saudamos,
Com respeito e alegria a colocamos
A testemunhar o que aqui dentro se faz.

Lá está e deverá sempre ficar,


Ao Norte do altar a nos lembrar
A lição de progresso, de ordem e de paz.

SAUDAÇÃO À BANDEIRA ( II )

- Bandeira do Brasil, que hoje e sempre recebemos em nosso augusto


Templo.
- És a imagem de um país forte e vibrante, que encontra na Maçonaria, o
mais legítimo empenho de trabalho e honradez.
- Bandeira do Brasil, símbolo de nossa nação, a que todos nós, maçons,
saudamos com respeito e alegria, e quando o fazemos, nos recordamos de
um passado de lutas, um presente de trabalho, e com ele, a certeza de um
futuro de glórias.
- Bandeira do Brasil, que ao entrares pelos umbrais deste templo, possas
recordar a todos nós, a luta silenciosa de nossos Irmãos do passado por uma
nação livre e soberana. E que nos lembre mais. Nos recorde dos empenhos
pela igualdade entre negros e brancos e a liberdade de seus direitos, pelo
sonho de nação republicana, pelos inquestionáveis direitos do homem, pela
liberdade responsável de todo cidadão, e a inquebrantável fé em seus
valores.
- Assim a enxergamos, Bandeira do Brasil.
- Que a altivez com que tremulas nas alturas, sirva a todos nós, de bálsamo
para tentar entender os conturbados momentos em que vivemos.
- Assim, encarecemos, que mirados em tuas cores, as quais representam
toda a nossa nação, a Maçonaria nunca se esqueça de seu papel nos dias de
hoje, qual seja, o de tornar o homem sempre melhor, para que, com a
consciência do dever cumprido, possa ter a certeza de um dia melhor.

107
SAUDAÇÃO À BANDEIRA ( III )

- BANDEIRA DO BRASIL! Auriflama de um País, GRANDE pelo


trabalho e amor de seus filhos; ADMIRÁVEL pelas maravilhas de sua
natureza; OPULENTO pela exuberância de sua flora e riqueza de seu solo;
Hosp.·. pela simplicidade e bondade de seu povo; PROMISSOR pelo
brilhante futuro que assegura a todos os que produzem.
És emblema de uma Nação, mas também maçônico poderias ser, pois tens a
forma retangular do avental que usamos como símbolo do trabalho, porque
o teu losango amarelo lembra o olho da Sabedoria dominando o poder do
ouro; tua esfera central nos indica a universalidade da Caridade maçônica;
o teu cruzeiro representa a doutrina maçônica do benfazer. Estas estrelas
em campo azul rememoram a grandeza do GRANDE ARQUITETO DO
UNIVERSO.
BANDEIRA DO BRASIL, que acabastes de assistir aos nossos augustos
trabalhos, como prova do respeito à tradicional regra que nos impõe o dever
de amar e defender o teu solo, inspira-nos com a tua divisa ORDEM E
PROGRESSO a disciplina que assegura a Fraternidade e a Evolução, como
Lei básica da perfectibilidade; lábaro deste Brasil fecundo e prodigioso;
símbolo deste Brasil que sentimos como parte do nosso ser e de nossa vida;
AURIVERDE PENDÃO desta grande Pátria - nós te saudamos, nós te
veneramos e nós te defenderemos.
A Ordem Maçônica te glorifica! Os maçons aqui presentes te saúdam.

108
RECEPÇÃO DO GRÃO-MESTRE

A PRESENÇA DO GRÃO-MESTRE

O Grão-Mestre ou seu Adjunto, quando presentes em Loja, sempre


presidem seus trabalhos. Porém, podem declinar de também dirigi-los e
neste caso devolvem o malhete ao Ven.·. M.·..

Temos então duas situações:

1 - Quando o Grão-Mestre apenas preside os trabalhos.

Na visita do Grão-Mestre ou de seu Adjunto, o Ex-Ven.·. M.·. imediato


toma assento na cadeira à esquerda do Ven.·. M.·. e o Grão-Mestre ou seu
Adjunto na cadeira da direita.
Se estiverem presentes o Grão-Mestre e o Grão-Mestre Adjunto, este toma
assento na cadeira da esquerda e aquele na cadeira da direita, ficando o
Ven.·. M.·. na cadeira do centro e o Ex-Ven.·. M.·. na cadeira
imediatamente à esquerda, onde devem sentar-se os Mestres Instalados.

2 - Quando o Grão-Mestre preside e também dirige os trabalhos.

O Grão-Mestre, ou o seu Adjunto, sempre preside as reuniões das quais


participa. Assim, quando desejar, além de presidir e também dirigir a
sessão, não devolverá o malhete ao Ven.·.M.·., quando lhe é oferecido na
entrada do templo. Neste caso, o Grão-Mestre ou seu Adjunto, tomará
assento no sólio, ficando o Ven.·. M.·. na cadeira da direita e o Ex-Ven.·.
M.·. na cadeira da esquerda.
Se estiverem presentes os dois, o Grão-Mestre Adjunto tomará
assento na cadeira da direita, o Ven.·. M.·. na cadeira da esquerda e o Ex-
Ven.·. M.·. junto aos Mestres Instalados, nas cadeiras à esquerda do altar.

As indicações de direita e esquerda, neste caso, são feitas no sentido de


quem toma assento no altar e não na visão de quem vem do Ocidente.

109
RITUALÍSTICA DE RECEPÇÃO

Estando o Grão-Mestre ou o Grão-Mestre Adjunto em visita a uma Loja


Maçônica de sua jurisdição, não terá ingresso normalmente com o
Cortejo de Entrada no templo. Aguardará, devidamente paramentado, na
Sala dos Passos Perdidos, até que a Loja seja aberta.
Depois da Abertura Ritualística dos trabalhos, o Ven.·. M.·. diz:

Ven.·. M.·.: -Irmão M.·. de CCer.·., formai a Comissão de Recepção de


nosso Soberano Grão-Mestre (ou Sereníssimo Grão-Mestre
Adjunto). - Em pé e à ordem, meus Irmãos.

O M.·. de CCer.·., com a ajuda de seu Adjunto, convoca uma Comissão


composta por 12 Mestres, ficando 6 na Coluna do Norte e 6 na Coluna do
Sul ( para o Grão-Mestre Adjunto, 5 na Coluna do Norte e 5 na Coluna
do Sul) postando-se o primeiro membro da Comissão a partir das
Colunas J e B ou a partir da porta do templo, em Lojas onde as Colunas
encontram-se do lado de fora.
O M.·. de CCer.·. providencia espadas que serão utilizadas pelos
membros da Comissão para a execução da Abóbada de Aço. As estrelas
utilizadas antigamente não são mais usadas.
Os Membros da Comissão, com espadas na mão direita e em posição de
sentido, postam-se da seguinte forma:

ABÓBADA DE AÇO

Irmãos em posição de sentido:

- Braço direito rente ao corpo.


- Antebraço direito formando uma esquadria com o braço.
- Mão direita segurando a espada, com a
extremidade voltada para cima
- Braço esquerdo caído junto ao corpo.

110
Irmãos em execução da Abóbada:

- Braço direito erguido.


- Mão direita segurando a espada, com a extremidade voltada para cima
cruzando em 45º com a espada do Irmão em frente
- Braço esquerdo caído junto ao corpo.

O Cob.·. abre totalmente a porta do templo.


As autoridades se enfileiram em ordem decrescente de sua Faixa
Protocolar, ficando em penúltimo lugar o Grão-Mestre Adjunto e em
último o Grão-Mestre, que encerra o cortejo.
As autoridades que integram a Comitiva do Grão-Mestre terão ingresso
antes dele, em ordem decrescente de sua Faixa Protocolar, sendo citados
nominalmente pelo M.·. de CCer.·., que vai à frente de cada um,
indicando seus lugares no Oriente.
Se estiverem presentes o Grão-Mestre e o Grão-Mestre Adjunto, depois
da entrada de todas as autoridades, a comissão faz Abóbada de Aço
composta por 10 Mestres Maçons, sendo 5 colocados ao Norte e 5 ao Sul,
dando entrada ao Grão-Mestre Adjunto.
Durante a entrada das autoridades os Irmãos da Comissão de Recepção
fazem Abóbada de Aço de acordo com sua Faixa Protocolar, com espadas
cruzadas ao alto, até que todos os membros da comitiva passem por ela.
Depois do ingresso de todas as autoridades, com exceção do Grão-Mestre,
o Ven.·. M.·. com seu malhete seguro pela mão direita, convida o Orad.·.
e o Sec.·. para acompanhá-lo até a entrada do templo.
O Grão-Mestre aguarda à porta do templo, tendo à sua frente o M.·. de
CCer.·..
O Ven.·. M.·., de frente para o Grão-Mestre, lhe entrega o malhete da
Loja, dizendo:

Ven.·. M.·.: -Soberano Grão-Mestre (ou Sereníssimo Grão-Mestre


Adjunto), com muita honra entrego-lhe o malhete da
Augusta e Respeitável Loja Maçônica___________, para
que presida e dirija seus trabalhos.

111
O Grão-Mestre agradece a oferenda, recebe o malhete com sua mão
direita, empunhando-o à frente de seu corpo, sempre fazendo uma
esquadria com o braço e o antebraço e dirige-se ao altar.
Os VVig.·. fazem Bateria Incessante seguidos de todos os presentes.
O M.·. de CCer.·. vai à frente de todo o cortejo.
O Ven.·. M.·., o Orad.·. e o Sec.·., vêm a seguir.
Todos se dirigem para o Oriente, onde permanecem em pé.
Após a entrada do Grão-Mestre ou do Grão-Mestre Adjunto, aquele que
dirige os trabalhos diz:
-Sentemo-nos, meus Irmãos. - Irmão M.·. de CCer.·.,
tendes a minha permissão para desfazer a Comissão de
Recepção, agradecendo a todos que a compuseram.

RITUALÍSTICA DE SAÍDA

Se o Grão-Mestre ou o Grão-Mestre Adjunto, além de presidir, estiver


também dirigindo os trabalhos, diz:

Grão-Mestre (ou Grão-Mestre Adjunto) :-Ven.·. M.·., tenho a honra


de repassar às vossas mãos o malhete desta Augusta e Respeitável Loja.

O Ven.·.M.·. apanha o malhete das mãos do Grão-Mestre (ou do Grão-


Mestre Adjunto) e diz:

Ven.·. M.·.: -Eu vos agradeço.

Se o Grão-Mestre ou o Grão-Mestre Adjunto não estiver dirigindo os


trabalhos, não existe devolução do malhete.
Em qualquer dos casos, segue-se a ritualística abaixo.

112
Ven.·. M.·.: -Irmão M.·. de CCer.·., eu vos peço que reconstitua a
Comissão para a saída de nosso Soberano Grão-Mestre (ou
Sereníssimo Grão-Mestre Adjunto). - Em pé e à ordem, meus
Irmãos.

Procedimento idêntico para o ingresso.


Após a saída do Grão-Mestre e/ou do Grão-Mestre Adjunto e demais
autoridades, o Ven.·. M.·. diz:

Ven.·. M.·.: -Sentemo-nos, meus Irmãos. - Irmão M.·. de CCer.·.,


tendes a minha permissão para desfazer a Comissão de
Recepção, agradecendo a todos que a compuseram.

113
INSTRUÇÕES PARA O APRENDIZ MAÇOM

EXPLICAÇÕES TEÓRICAS

Ven.·. M.·.: -Meus Irmãos, a Maçonaria é dividida em diversos Ritos


que, em nada alteram a sua essência, constituindo-se em princípios gerais
diversamente desenvolvidos. O Rito que adotamos é o Rito Escocês Antigo
e Aceito, cujo breve histórico podereis ler neste Ritual.
Como outras associações, a Maçonaria é regida por leis e regulamentos que
lhe servem de normas em todos os países do mundo em que está instalada,
e em cada Potência por uma Constituição e Regulamento Geral, que
contêm os princípios estabelecidos no Pacto Fundamental e, ainda, em cada
Loja, pelo seu Regimento Interno, que devem ser estudados para que
possais conhecer os vossos direitos e deveres.

PAINEL ALEGORICO DA LOJA DE APRENDIZ MAÇOM

115
PRIMEIRA INSTRUÇÃO

OS INSTRUMENTOS DE TRABALHO DO APRENDIZ

Ven.·. M.·.: -Quando começamos a estudar os Instrumentos de Trabalho


do primeiro grau e sobre eles meditamos, observamos logo que não se
escolheram ao acaso entre os utensílios dos pedreiros. A sua significação
filosófica e simbólica é tão presente que nos transporta diretamente ao
coração ou núcleo dos nossos conceitos mais fundamentais sobre a vida e o
trabalho.
Antes de entrar na matéria, bom será que anotemos, de passagem, a
evidente correspondência existente entre os três Instrumentos de Trabalho
do primeiro grau e as três principais Luzes da Loja. Assim, a Régua de 24
Polegadas, que se emprega para medir e planejar a obra, corresponde à
Sabedoria do Ven.·. M.·., que também há de medir e planejar quando dirige
os trabalhos. O Maço que se utiliza para desferir golpes, tem relação com o
1º Vig.·., cuja qualidade é a força e cuja missão consiste na transmissão da
energia. O Cinzel corresponde ao 2º Vig.·. porque, assim como este
representa o elemento de Beleza, assim o Cinzel é o instrumento com que o
Maçom cinzela a pedra tosca, nela criando linhas superficiais e molduras,
para embelezamento do edifício. O conhecimento deriva da observação da
medida que se obtém ao utilizar a Régua de 24 Polegadas de uma maneira
ou de outra. A ação é aplicar a força, o que fazemos por meio do Maço, ao
passo que o Cinzel é o instrumento com que nos pomos em contato com a
matéria do mundo externo e nela executamos a nossa vontade, contato que,
em relação à consciência, é a qualidade de sentir. Podemos, pois, dizer que
"conhecemos" com a Régua de 24 Polegadas; "sentimos" com o Cinzel; e
"agimos" com o Maço.
Se mais nos aprofundarmos ainda, descobriremos que há três coisas
necessárias em toda obra inteligente: a primeira é o nosso plano ou projeto;
a segunda, a energia ou força que propomos dedicar à nossa tarefa; e a
terceira, o instrumento real com que executamos o trabalho. Claramente se
vê que estes três elementos são simbolizados graficamente por nossos
Instrumentos de Trabalho, porque traçamos o nosso plano com a Régua de

116
24 Polegadas, aplicamos a nossa força por meio do Maço e com o Cinzel
realmente levamos o trabalho ao fim. Conclui-se, portanto, que esses três
utensílios são arquétipos de toda a possível variedade de instrumentos
pertencentes a três classes.
Agora, porém, estudemos minuciosamente estes três Instrumentos de
Trabalho, começando pela Régua de 24 Polegadas, que é o mais
fundamental e transcendental de todos para o Aprendiz.

1º Vig.·.: -A função da Régua de 24 Polegadas consiste,


naturalmente, em medir a longitude. A medida de longitude é a base das
medidas de todo gênero em todos os setores da vida, como muito bem
sabem os homens da ciência. Não conhecemos nem existe outra base
possível. Somente quando medimos a longitude dos objetos é que
chegamos a compreender o que são. Isto não só se aplica às linhas, mas
também, como é natural, às superfícies, volumes e ângulos, porquanto as
unidades em que estes se exprimem baseiam-se, em última análise, na
medida de longitude. A única forma de localizar ou determinar a posição de
um objeto em relação a outros baseia-se também no emprego da medida da
longitude. A forma dos corpos não se poderia descrever, se não
recorrêssemos a expressões da medida longitudinal.
Existe ainda outro campo de aplicação da Régua de 24 Polegadas. Por
necessidade, há de ser ela o primeiro Instrumento de Trabalho do Maçom,
porque, enquanto não tiver sido aplicada a Régua de 24 Polegadas, não se
pode empregar utilmente nenhum outro instrumento.

Ven.·. M.·.: -Todo trabalho útil se realiza, aplicando-se os instrumentos


de trabalho onde o devem ser, o que só se pode fazer bem se nos valermos
da Régua.
Se assim não se fizesse, aqueles se converteriam em instrumentos
destrutivos. A arte da vida consiste em aplicar os nossos poderes e
faculdades, que são os nossos instrumentos, no lugar e momento precisos.
Creio que é claríssima a razão por que a Régua de 24 Polegadas há de ser o
primeiro Instrumento de Trabalho que se entrega ao Aprendiz.

117
Ela é naturalmente a primeira coisa essencial na execução de obras de todo
gênero e o é também na aquisição do saber em que se baseia a habilidade
do artífice. Se bem nos dermos conta da natureza e objeto da Régua de 24
Polegadas, ela nos revelará o maravilhoso tesouro de significação simbólica
existente nos vulgares símbolos da Maçonaria. Este estudo preliminar do
primeiro Instrumento de Trabalho, com que tropeçamos em nossa vida
maçônica, há de facilitar-nos o caminho para chegarmos a compreender os
outros instrumentos deste grau, o Maço e o Cinzel.
-Irmão 1º Vig.·., podeis dizer-nos o que representa o Maço?

1º Vig.·.: -Já vimos, antes, que o Maço representa o poder ou a força,


porque é um instrumento que serve para descarregar golpes. Representando
o método mais simples e elementar da aplicação da força, é o símbolo de
todas as suas forças, físicas, morais, mentais e espirituais. Que isso é assim,
vê-se claramente, quando se explicam os Instrumentos de Trabalho no
primeiro grau, dizendo que são símbolos do trabalho manual e, ao mesmo
tempo, da parte superior da natureza humana, ou seja, da consciência.
A força brandida pelo homem e o poder que este exerce sobre a matéria e
os acontecimentos consistem, em última análise, em poder mover a matéria
de um lugar para outro. O primeiro instrumento imaginado pelo homem
primitivo para mover a matéria do plano material foi o Maço ou martelo
rudimentar, que provavelmente consistia num pedaço de pedra que se
pegava com a mão, e quando o fabricou inaugurou-se uma nova era, a era
das ferramentas, a era em que começou a valer-se de coisas alheias ao
próprio corpo para conseguir o que tinha em vista. Nos primeiros estágios
da evolução humana, o homem é o Maço de si mesmo e utiliza a força dos
seus próprios músculos. À medida que, porém, a sua alma se desenvolve,
vai-se apoderando dos Maços da Natureza e ordena que esta Ihe obedeça,
sujeitando as suas energias para que o sirvam. A Natureza termina por
converter-se em seu Maço, em sua serva.

Ven.·. M.·.: -Muito bem, meu Irmão, esta é a primeira lição do Maço, a
lição da força ou poder do músculo, do intelecto e da espiritualidade. Esse

118
poder é ilimitado, porque dentro de nós existe uma reprodução do G.·. A.·.
D.·. U.·., cujo poder é onipotente.
-Irmão 2 º Vig.·., explicai-nos agora a significação do Cinzel como
Instrumento de Trabalho do Aprendiz Maçom?

2º Vig.·.: -A propriedade fundamental do Cinzel consiste no seu


poder de cortar, de abrir caminho através da matéria. Para poder realizar
perfeitamente a sua função, há de se ter um fio cortante e resistente, na
proporção da obra que com ele seremos capazes de realizar, de receber e
transmitir a força que Ihe for aplicada por meio das diferentes categorias
de Maços.
Todos os instrumentos cortantes utilizados pelo homem são cinzéis, cuja
forma depende da natureza do trabalho que realizarão.
A aplicação do princípio dessa ferramenta ao mundo moral e ao mental é
fácil de se descobrir. Assim como o Cinzel do trabalhador da pedra há de
ser fabricado com bom material e bem temperado, há de ter um fio cortante
e capaz de receber e transmitir o que lhe é descarregado sobre o cabo, assim
também o Maçom especulativo há de possuir qualidades morais, faculdades
mentais e poderes espirituais com características correspondentes.
O homem só pode agir sobre o mundo que o rodeia e sobre a sua própria
natureza, aplicando os poderes que em si possui, por meio dos órgãos das
suas diversas faculdades.
O material de que hão de ser feitas estas faculdades tem de ser perfeito:
sentimentos generosos e bons, uma mente bem dotada e educada, uma
natureza espiritual pura e profunda. O homem deve abrir o seu caminho
limpo e puramente através do labirinto da vida, sem jamais consentir em
desvios do propósito traçado. No terreno moral, não deve afastar-se da
estrita linha da virtude; no mental, a sua mente não deve torcer-se nem
perder a direção; há de abrir caminho entre o falso e o aparente,
desdenhando o que não é essencial, para se concentrar no que o é; no
espiritual, há de possuir voraz e penetrante discernimento, de maneira que
possa mergulhar no coração das coisas e ver o invisível detrás do visível.

Ven.·. M.·.: -Irmão 2º Vig.·., podeis dizer-nos algo mais?

119
2º Vig.·.: -Além disso, os poderes do homem hão de estar em
condições de resistir à prova das dificuldades, obstruções e golpes
produzidos pelas desilusões e pelo insucesso, porque é então que realmente
se põem à prova a verdadeira têmpera e a qualidade daqueles poderes.

Ven.·. M.·.: -Perfeitamente, meu Irmão. Uma vez que estudamos os três
Instrumentos de Trabalho, separadamente, convém comparar e comprovar
as funções de cada um. No princípio, ficamos pasmos ante as diferenças
fundamentais e radicais existentes entre a função da Régua de 24 Polegadas
e as do Maço e do Cinzel. O primeiro é essencialmente um instrumento
estático, os outros são dinâmicos. Aquele indica o caminho, estes o
percorrem. A Régua de 24 Polegadas só pode ser empregada bem, quando
está estacionária, ao passo que os outros instrumentos só são úteis, quando
se põem em movimento. A Régua é rígida, inflexível e fixa. Além disso, o
seu comprimento está determinado de uma vez para sempre. O Maço e o
Cinzel são essencialmente móveis, flexíveis e capazes de adaptarem-se
infinitamente às necessidades do trabalho e do operário.

1º Vig.·.: -O Aprendiz facilmente nota o que tudo isto significa. Na


vida, há sempre polos de espírito e de matéria; e, ao passo que os princípios
da vida são fixos, suas aplicações ao trabalho prático têm de ser
infinitamente flexíveis. Assim como cada pancada dada com o Maço sobre
o Cinzel há de ter por objetivo cortar a pedra na medida assinalada pela
Régua de 24 Polegadas, do mesmo modo os atos do Maçom hão de
obedecer fielmente aos mandamentos da mente. Toda obra inteligente há de
ser precedida de um projeto, cujas tarefas se podem realizar com a mente,
a qual toma as suas medidas e dirige todas as atividades, tendo em vista o
fim proposto.
Assim, pois, os três Instrumentos de Trabalho do primeiro grau
representam a tríplice natureza do homem ou, pelo menos, a sua tríplice
natureza externa, ou seja, o corpo, os sentimentos e a mente. O Homem
diferencia-se dos outros animais pela sua mente, sua inteligência e seu
poder de fazer planos.

120
2º Vig.·.: -Estudando detidamente a função do Maço e do Cinzel
como instrumentos de utilização simultânea, podemos descobrir coisas de
grande valor para os Maçons.
Veremos no Maço a representação simbólica de todo o poder que Ihe dá
energia, o qual devemos aprender a dirigir e manejar.

Ven.·. M.·.: -Nesse poder, o Aprendiz há de descobrir a Força


Onipotente. No Cinzel, há de ver todas as faculdades, as quais deve
desenvolver, educar e temperar, de acordo com os propósitos da obra que
tem diante de si, que não são outros senão a construção do Templo
Sagrado. Na Régua de 24 PP.·., há de descobrir sua humanidade, divino
poder da razão que há de dominar sua morada corpórea, dirigindo todas as
coisas em direção ao grande objetivo: o serviço do homem e a glória do
Grande Arquiteto do Universo.
E, à medida que o Aprendiz pondere todas essas coisas e aperfeiçoe as suas
faculdades, a energia nele existente passará a obedecer aos mandamentos
da mente, realizando belas obras de artífice. Descobrirá o segredo da sua
individualidade que, ao emergir do fio do seu Cinzel, o capacitará a lavrar a
sua marca única e singular, signo de sua propriedade exclusiva por direito
de nascimento, que só ele pode traçar.

121
SEGUNDA INSTRUÇÃO

Ven.·. M.·.: -Meus Irmãos, o nosso templo é uma grande oficina, onde
os Maçons devem realizar o seu trabalho de construção incessante, no
plano moral e no plano espiritual. A nossa primeira tarefa, a do Aprendiz, é
de realização moral, de profunda preparação para os trabalhos subseqüentes
que se hão de exercer sobre o material humano que compõe o Universo.
-É evidente que, para enfrentar missão de tamanha
responsabilidade, o Maçom deve desenvolver e educar, como base de sua
aprendizagem, as três grandes forças da consciência humana: conhecer,
sentir e querer; ciência, emoção e atividade; experiência, sentimento e
força.
-Irmão 1º Vig.·., quais são os Instrumentos de Trabalho do
Aprendiz?

1º Vig.·.: -A Régua, o Cinzel e o Maço, Ven.·. M.·. .

Ven.·. M.·.: -Qual é a utilidade material da Régua, Irmão 1º Vig.·.?

1º Vig.·.: -Serve para medir as distâncias, Ven.·. M.·. . A medida


longitudinal é a base para a execução de qualquer trabalho material. Só
após conhecer as dimensões de uma chapa de metal ou de um trato de terra,
seremos capazes de apreciar o seu valor e conhecer a sua utilidade. Para
saber da forma e localização dos corpos, a medida é o elemento de que nos
socorremos e sem o qual permaneceremos na ignorância. A utilização da
Régua é que nos permite tais medidas.

Ven.·.M.·. -Qual é a significação simbólica da Régua, Irmão 1º Vig.·.?

1º Vig.·.: -O saber, Ven.·. M.·., ensina que, no plano moral, o homem


deve medir prudentemente os seus planos de ação. Deve medir e apreciar o
contorno das suas ideias como se mede um pedaço de pedra, para ter
conhecimento exato do seu valor e da sua utilidade. Tanto material como

122
espiritualmente, medir é saber, e o erro começa onde se perde o senso da
medida.

Ven.·. M.·.: -Qual é o ensinamento que o Maçom deve colher dessas


considerações, Irmão Orad.·.?

Orad.·.: -É tão vasto e tão sublime o ensinamento que se contém


nesse simbolismo, que difícil é resumi-lo em poucas palavras.
O Maçom deve medir em relação a si próprio no comer, no
beber, na economia individual, no governo do seu lar. Deve medir no trato
com o semelhante, precisando as justas dimensões de justiça e
reciprocidade. Medir, no comércio com a sociedade, toda a extensão dos
seus deveres e dos seus direitos; medir o que deve dar e receber da sua
Pátria e da Humanidade. Assim como se medem a posição, o valor e
utilidade de cada objeto, o Maçom deve conhecer, avaliar e justapor a
utilidade de cada uma das suas ações. Sábio, no vocabulário maçônico, não
é aquele que juntou ciências e armazenou conhecimentos, até fazer-se uma
enciclopédia viva, mas aquele que conhece o valor e a repercussão de cada
um dos seus gestos, de cada ideia que publica, de cada ação que põe em
prática. Sabedoria é prudência, e só é prudente o que sabe medir.

Ven.·. M.·.: -Qual é a utilidade material do Cinzel, Irmão 1º Vig.·.?

1º Vig.·.: -O Cinzel é o instrumento com o qual se trabalham e


lavram os materiais, Ven.·. M.·. . Moldado em aço, temperado às
exigências de cada obra, possui um fio capaz de lavrar o bloco mais denso
de rocha e transformá-lo em obra de arte. Todos os utensílios cortantes
destinados ao trabalho dos materiais resistentes nasceram do primitivo
Cinzel e são transformações suas.

Ven.·. M.·.: -Qual é o emprego desse instrumento no plano espiritual,


Ir.·. 2º Vig.·.?

123
2º Vig.·.: -O Cinzel representa a beleza moral, Ven.·. M.·..
Materialmente, cava na pedra as linhas e as imagens, percorrendo a
marcação da Régua. Simbolicamente, modela o espírito e a alma, de acordo
com os mandamentos da sabedoria. Representa as nossas faculdades
morais, mentais e espirituais, subordinadas ao nosso saber e à nossa
prudência. Sem o desenvolvimento dessas forças, o Maçom não poderia dar
feição à sua própria natureza. O Cinzel ensina que o Maçom deve abrir na
vida um caminho pré-traçado, sem afastar-se da virtude, sem torcer o
pensamento, nem perder-lhe a direção .O Cinzel é a beleza da ação, Ven.·.
M.·. .

Ven.·. M.·.: -Irmão 2º Vig.·., qual é a utilidade material do Maço?

2º Vig.·.: -Transmitir aos instrumentos a força da impulsão


necessária à execução do trabalho. O Maço é o poder, é a força, Ven.·. M.·.
. Qualquer que seja o sistema de impulsão adotado modernamente nos
labores do homem, ele deriva da ideia primitiva do golpe. O Maço é a ação,
Ven.·. M.·..

Ven.·. M.·.: -Que é o Maço como símbolo, Irmão 1º Vig.·.?

1º Vig.·.: -Já foi dito, Ven.·. M.·. . É a representação da força. A


tarefa do homem na vida, em síntese, tem como fim a remoção e
transformação da matéria. Toda ação humana se reduz a isso, quer no
campo material, quer na esfera moral: mover pedras e terras para a
construção de um edifício; mover pensamentos e idéias, para a construção
de um ideal. Para mover pedras e terra, é necessária a impulsão muscular.
Para mover e trasladar idéias, é necessária a impulsão moral: ação, vontade,
força espiritual. O Maço é a impulsão que leva para a frente, Ven.·. M.·. . O
Maço é energia.

Ven.·. M.·.: -Eis aí, meus Irmãos, o Sagrado Triângulo em que a Loja
assenta os seus fundamentos: SABEDORIA que orienta; FORÇA que
impele; BELEZA que executa. Régua, Maço e Cinzel, as três Colunas

124
Sagradas do Templo. Esses são os símbolos do mundo com que nós
sonhamos. Em cada povo, cada homem cultiva e desenvolve as forças
latentes da consciência humana, concretizadas nessa tríade misteriosa:
pensar, querer e fazer. Fora daí, meus Irmãos, não há na existência terrena o
que possa glorificar o Grande Arquiteto do Universo.
-Que ELE nos ilumine e guarde!

125
TERCEIRA INSTRUÇÃO

Ven.·. M.·.: -Meus Irmãos, de acordo com os preceitos que nos regem,
vamos ministrar instrução destinada, especialmente a nossos Irmãos
Aprendizes.
-A Maçonaria teve origem nas antigas Fraternidades
Iniciáticas, das quais recebeu a tradição que, com o maior cuidado, guarda
intacta, a fim de poder transmiti-la a seus Iniciados.Do mesmo modo que os
antigos iniciados que, para subtrair seus segredos e mistérios aos olhos dos
profanos, ministravam seu ensino por meio de símbolos e alegorias, a
Maçonaria, continuando a tradição, transmite seu ensino, ocultando
verdades ao mundo profano em seus símbolos, só as revelando àqueles que
ingressam em seus templos. Sendo o primeiro grau o alicerce da filosofia
simbólica, resumindo ela toda a Moral maçônica de aperfeiçoamento
humano, compete ao Aprendiz Maçom o trabalho de desbastar a pedra
bruta, isto é, desvencilhar-se dos defeitos e paixões, para poder promover a
construção moral da humanidade, que é a verdadeira obra da Maçonaria.
Irmão 1º Vig.·.,
-Irmão 2º Vig.·. e Irmão Orad.·., ajudai-me a dar esta
instrução a nossos Irmãos.

Orad.·.: -Meu Irmão, o caminho que deveis buscar e atingir pelo


trabalho e pela observação é o domínio de vós mesmo. Vosso único desejo
deve resumir-se em progredir na Grande Obra, que empreendestes ao entrar
neste Templo.
-Quando, no término do trabalho de aperfeiçoamento
moral, simbolizado pelo desbastar das asperezas dessa massa informe, a
que chamamos pedra bruta, houverdes, pela fé e pelo esforço, conseguido
transformá-la em pedra polida, apta à construção do edifício, podereis
descansar o Maço e o Cinzel, para empunhardes outros utensílios,
subindo a escala da hierarquia maçônica. Para isso, recebeis sete instruções
no grau de Aprendiz. A forma da Loja é a de um quadrilongo. Seu
comprimento é do Oriente ao Ocidente. Sua largura, do Norte ao Sul. Sua
profundidade, da superfície ao centro da Terra. Sua altura, da Terra ao Céu.

126
Essa tão vasta extensão da Loja simboliza a universalidade de nossa
Instituição e mostra que a Caridade do Maçom não tem limites, a não ser os
ditados pela prudência. Orienta-se a Loja do Oriente ao Ocidente (Leste
a Oeste). Como todos os lugares do Culto Divino e Templos antigos, as
Lojas Maçônicas assim devem estar, porque vieram, também, do Oriente
para o Ocidente.
1º - O Sol, a maior Glória do Senhor, surge no Oriente e se oculta no
Ocidente;
2º - A civilização e a ciência vieram do Oriente espalhando as mais
benéficas influências para o Ocidente;
3º - A doutrina do Amor e da Fraternidade e o exemplo do cumprimento da
Lei vieram, também, do Oriente para o Ocidente. A primeira notícia que
temos de um local destinado, exclusivamente, ao Culto Divino, é a do
Tabernáculo erigido no deserto por Moisés, para receber a Arca da Aliança
e as Tábuas da Lei. Esse Tabernáculo, cuja orientação era de Leste para
Oeste, serviu de modelo para a planta e posição do Templo de Salomão,
cuja construção, por seu esplendor, riqueza e majestade foi considerada
como a maior maravilha da época.
Eis porque as Lojas Maçônicas, representando simbolicamente o Templo
de Salomão, são orientadas do Oriente para o Ocidente.

1º Vig.·.: -Sustentam nossa Loja três grandes Colunas, denominadas


SABEDORIA, FORÇA e BELEZA. A SABEDORIA deve orientar-nos no
caminho da vida; a FORÇA é para nos animar e sustentar em todas as
dificuldades, e a BELEZA, para adornar todas as nossas ações, nosso
caráter e nosso espírito. O Universo é o Templo da Divindade, a quem
servimos: a Sabedoria, a Força e a Beleza estão em volta de seu Trono,
como pilares de suas Obras. Sua Sabedoria é infinita. Sua Força onipotente
e sua Beleza manifestam-se em toda a Natureza pela simetria e pela ordem.
Essas três Colunas representam, também: SALOMÃO, pela Sabedoria de
construir, completar e dedicar o Templo de Jerusalém a serviço de Deus;
HIRAN, rei de Tiro, pela Força que deu aos trabalhos do Templo,
fornecendo homens e materiais, e HIRAN ABIFF, por seu primoroso
trabalho em adorná-lo, dando-lhe Beleza sem par, até hoje nunca atingida.

127
A essas Colunas foram dadas três ordens de arquitetura: a Jônica, para
representar a Sabedoria; a Dórica, a Força, e a Coríntia, a Beleza. Todo esse
simbolismo nos indica que, na obra fundamental de nossa condição moral,
devemos trazer para a superfície, para a Luz, todas as possibilidades das
potências individuais, despojando-nos das ilusões da personalidade. E,
nesse trabalho, só poderemos ser SÁBIOS, se possuirmos FORÇA, porque
a Sabedoria exige sacrifícios que só podem ser realizados pela Força, mas
ser SÁBIO com FORÇA, sem ter BELEZA, é triste, porque é a Beleza que
abre o mundo inteiro à nossa sensibilidade.
-O Teto das Lojas Maçônicas representa a Abóbada
Celeste, de cores variadas. O Caminho para essa Abóbada, isto é, o Céu, o
Infinito, é representado pela escada conhecida por Escada de Jacó, nome
que, como fiel guardiã das antigas tradições, a Maçonaria conserva.
Composta de muitos degraus, cada um deles representa uma das Virtudes
exigidas do Maçom para caminhar em busca da perfeição moral.
-Em sua base, centro e o todo destacam-se três símbolos,
muito conhecidos do mundo profano: FÉ, ESPERANÇA e CARIDADE,
virtudes teologais que devem ornar o espírito e o coração de qualquer ser
humano, principalmente do maçom, que não se esquecerá, jamais, de
depositar Fé no Grande Arquiteto do Universo, Esperança, no
aperfeiçoamento moral, e ter Caridade para com seus semelhantes. A Fé é a
sabedoria do espírito, sem a qual o homem nada levará a termo. A
Esperança é a força do espírito, amparando-o e animando-o nas
dificuldades encontradas no caminho da vida. A Caridade é a beleza que
adorna o espírito e o coração bem formados, fazendo com que neles se
abriguem os mais puros sentimentos humanos.

2º Vig.·.: -O interior de uma Loja Maçônica contém: Ornamentos,


Paramentos e Joias. Os Ornamentos são: o PAVIMENTO MOSAICO, a
ESTRELA FLAMEJANTE e a ORLA DENTEADA.
-O PAVIMENTO MOSAICO, com seus quadrados brancos
e pretos, nos mostra que, apesar da diversidade, do antagonismo de todas as
coisas da Natureza, em tudo reside a mais perfeita harmonia. Isso nos serve
de lição para que não olhemos as diversidades de cores e raças, o

128
antagonismo das religiões e dos princípios que regem os diferentes povos,
senão e apenas como uma exterioridade de manifestação, pois toda a
Humanidade foi criada para viver na mais perfeita harmonia, na mais
íntima Fraternidade.
-A ESTRELA FLAMEJANTE representa a principal luz da
Loja. Simboliza o Sol, Glória do Criador, e nos dá o exemplo da maior e da
melhor virtude, que deve encher o coração do Maçom: a Caridade.
Espalhando luz e calor (ensino e conforto) por toda parte onde atingem seus
raios vivificantes, o Sol nos ensina a praticar o Bem, não em um círculo
restrito de amigos ou de afeiçoados, mas a todos os necessitados, até onde
nossa Caridade possa alcançar.
-A ORLA DENTEADA, enfim, mostra-nos o princípio da
atração universal, simbolizada no Amor. Representa, com seus múltiplos
dentes, os planetas que gravitam em torno do Sol, os povos reunidos em
torno de um chefe, os filhos reunidos em volta dos Pais, enfim, os Maçons
unidos e reunidos no seio da Loja, cujos ensinamentos e cuja Moral
aprendem, para espalhá-los aos quatro ventos do Orbe.
-OsParamentos da Loja são: O LIVRO DA LEI, O
COMPASSO e O ESQUADRO.
-O LIVRO DA LEI SAGRADA representa o Código de
Moral que cada um de nós respeita e segue, a filosofia que cada qual adota
e, enfim, a Fé que nos governa e anima.
-O COMPASSO e o ESQUADRO, que só se mostram
unidos em Loja, representam a medida justa que deve presidir todas as
nossas ações - as quais não podem afastar-se da justiça nem da retidão - que
regem todos os atos de um verdadeiro Maçom.
-As pontas do Compasso, ocultas sob as arestas do
Esquadro, significam que o Aprendiz, trabalhando somente na pedra bruta,
não pode fazer uso daquele, enquanto sua obra não estiver perfeitamente
acabada, polida e esquadrejada.

Ven.·. M.·.: -As Joias da Loja são três móveis e três fixas.

129
-As móveis são o ESQUADRO, o NÍVEL e o PRUMO,
assim chamadas porque são transferidas aos novos Veneráveis e VVig.·.,
com a passagem da Administração.
-As fixas são a PRANCHETA, A PEDRA BRUTA e a
PEDRA POLIDA.
-A PRANCHETA serve para o Mestre desenhar e traçar, o
que simbolicamente exprime que o Mestre guia os Aprendizes no trabalho
indicado por ela, traçando o caminho que eles devem seguir para o
aperfeiçoamento, a fim de poderem progredir nos trabalhos da Arte Real.
-A PEDRA BRUTA serve para nela trabalharem os
Aprendizes, marcando-a e desbastando-a, até que seja considerada
POLIDA pelo Mestre da Loja.
-A PEDRA BRUTA é o material retirado da jazida, no
estado da natureza, até que, pela constância e trabalho do Obreiro, fique na
devida forma para poder entrar na construção do edifício. Ela representa a
inteligência, o sentimento do homem no estado primitivo, áspero e
despolido, e que nesse estado se conserva até que, pelo cuidado de seus pais
e instrução dos Mestres, adquira educação liberal e virtuosa, tornando-se
um ente CULTO, capaz de fazer parte de uma sociedade civilizada.
-A PEDRA POLIDA ou CÚBICA é o material
perfeitamente trabalhado, de linhas e ângulos retos, que o Compasso e o
Esquadro mostram estar talhado de acordo com as exigências da Arte. A
PEDRA POLIDA ou CÚBICA representa o saber do homem no fim da
vida, quando a aplicou em atos de piedade e virtude, verificáveis pelo
Esquadro da Palavra Divina e pelo Compasso da própria consciência
esclarecida.
-Chamam-se fixas essas joias, porque permanecem imóveis
em Loja como um Código de Moral, aberto à compreensão de todos os
Maçons. Do mesmo modo que a Prancheta é o traçado objetivo, o Livro da
Lei Sagrada é o traçado espiritual para o aperfeiçoamento do Maçom que
quer atingir o topo da Escada de Jacó, após haver desbastado as asperezas
de seu EU, asperezas representadas pela ambição, orgulho, egoísmo e
demais paixões que torturam os corações profanos.

130
-Em toda Loja Maçônica Regular, Justa e Perfeita existe
um ponto, dentro de um círculo, que o verdadeiro Maçom não pode
transpor. Este círculo é limitado, ao Norte e ao Sul, por duas linhas
paralelas, uma representando Moisés e outra, o rei Salomão. Na parte
superior desse círculo, fica o Livro da Lei Sagrada, que suporta a Escada de
Jacó, cujo cimo toca o Céu. Caminhando dentro desse círculo sem nunca o
transpor, vamos nos limitar às duas linhas paralelas e ao Livro da Lei
Sagrada, e, enquanto assim procedermos, não poderemos errar.
-As características de um Maçom são: Virtude, Honra e
Bondade, que, embora banidas de outras sociedades, devem, sempre, ser
encontradas no coração dos Maçons.

131
QUARTA INSTRUÇÃO

Ven.·. M.·.: -Irmão 1º Vig.·., que há de comum entre nós?

1º Vig.·.: -Uma verdade revelada, Ven.·.M.·.!

Ven.·. M.·.: -Que verdade é esta, meu Irmão?

1º Vig.·.: -A existência de um GRANDE ARQUITETO, CRIADOR


DO UNIVERSO, de tudo o que existiu, existe e existirá.

Ven.·. M.·.: -Como podeis fazer esta afirmação, meu Irmão?

1º Vig.·.: -Porque, além dos órgãos de nosso ser material, o Ente


Supremo nos dotou de livre-arbítrio, que nos faz discernir o Bem do Mal.
Ven.·. M.·.:- Essa faculdade, que chamais livre-arbítrio, é independente de
nossa organização física?

1º Vig.·.: -Ignoro, Ven.·. M.·. . Creio, porém, que, como nossos


sentidos, ela é suscetível de progresso e de aperfeiçoamento, tendo sua
infância, adolescência e maturidade. Rudimentar nas crianças, manifesta-se
nos adultos, aperfeiçoa-se e eleva-se, progressivamente, ao mais alto grau
de concepção.

Ven.·. M.·.: -O livre-arbítrio é suficiente para discernir o Bem do Mal ?

1º Vig.·.: -Sim, Ven.·. M.·., quando dirigido por uma sã Moral.

Ven.·. M.·.: -Onde encontraremos os ensinamentos dessa Moral ?

1º Vig.·.: -Na Maçonaria, Ven.·. M.·., porque aqui se ensina a Moral


mais pura e mais propícia à formação do caráter do homem, quer
considerado sob o ponto de vista social, quer sob o individual.

132
Ven.·. M.·.: -Irmão 2º Vig.·., sois Maçom?

2º Vig.·.: -MM.·. IIr.·. C.·. T.·. M.·. RR.·. .

Ven.·. M.·.: -Em que se baseia a Moral ensinada pela Maçonaria?

2º Vig.·.: -No amor a Deus e ao próximo, Ven.·. M.·. .

Ven.·. M.·.: -Esta, porém, não deve ser a base de todos os princípios de
qualquer ensinamento moral ?

2º Vig.·.: -Sem dúvida, Ven.·. M.·., mas a Moral Maçônica é o


sistema mais apropriado e mais prático para seu ensino e aplicação.

Ven.·. M.·.: -Em que consiste este sistema?

2º Vig.·.: -Em mistérios e alegorias.

Ven.·. M.·.: -Quais são esses mistérios?

2º Vig.·.: -Não é permitido revelá-los, Ven.·. M.·. . Interrogai-me e


chegareis a descobri-los e compreendê-los.

Ven.·. M.·.: -Que vos exigiram para serdes Maçom?

2º Vig.·.: -Ser livre e de bons costumes.

Ven.·. M.·.: -Como livre? Admitis, porventura, que um homem possa


viver na escravidão?

2º Vig.·.: -Não, Ven.·. M.·. . Todo homem é livre. Pode, porém, estar
sujeito a entraves vários, que o privem, momentaneamente, de parte de sua
liberdade e, o que é pior, o tornem escravo de suas próprias paixões e de
seus preconceitos. É, precisamente, desse jugo que se deve libertar aquele

133
que deseja pertencer à nossa Ordem. Assim, o homem que,
voluntariamente, abdica de sua liberdade deve ser excluído de nossos
Mistérios, porque, não sendo senhor de sua própria individualidade, não
pode contrair nenhum compromisso sério.

Ven.·. M.·.: -Irmão 1º Vig.·., como fostes recebido Maçom?

1º Vig.·.: -Nem nu, nem vestido, Ven.·. M.·. . Despojaram-me de


todos os metais e vendaram-me os olhos, a fim de que ficasse privado da
visão.

Ven.·. M.·.: -Que significa isso, meu Irmão?

1º Vig.·.: -Várias são as significações, Ven.·. M.·. . A privação dos


metais faz lembrar o homem, antes da civilização, em seu estado natural,
quando desconhecia as vaidades e o orgulho. A obscuridade, em que me
achava imerso, figurava o homem primitivo na ignorância de todas as
coisas.

Ven.·. M.·.: -Quais as deduções morais que tirais dessa alegoria?

1º Vig.·.: -A abdicação das vaidades profanas e a necessidade


imprescindível de instrução, que é o alicerce da Moral Humana.

Ven.·. M.·.: -Que fizeram para vos instruir, Ir.·. 2º Vig.·.?

2º Vig.·.: -Fizeram-me viajar do Ocidente para o Oriente e do Oriente


para o Ocidente. A princípio, por um caminho escabroso, semeado de
dificuldades, repleto de obstáculos, em meio de ruídos e trovões
atordoadores, depois, por outra estrada menos difícil, ouvindo o retinir
incessante de armas; finalmente, em uma terceira viagem, por caminho
plano e suave, envolto no maior silêncio.

134
Ven.·. M.·.: -Que significam os ruídos, as dificuldades e os obstáculos
da primeira viagem?

2º Vig.·.: -Fisicamente, representam o caos, que se acredita ter


precedido e acompanhado a organização dos mundos; moralmente,
significam os primeiros anos do homem e os primeiros tempos da
sociedade, durante os quais as paixões, ainda não dominadas pela razão, e
pelas leis, conduziam homem e sociedade aos excessos, tão condenáveis,
dos remotos tempos do feudalismo.

Ven.·. M.·.: -Que significa o ruído de armas, que ouvistes em vossa


segunda viagem, Irmão 1º Vig.·.?

1º Vig.·.: -Representa a idade da ambição; os combates que a


sociedade é obrigada a sustentar, antes de chegar ao estado de equilíbrio; as
lutas que o homem é forçado a travar e vencer para se colocar, dignamente,
entre seus semelhantes.

Ven.·. M.·.: -Por que encontrastes facilidade em vossa terceira viagem?

1º Vig.·.: -Porque esta nos mostra o estado de paz e tranquilidade


resultante da ordem e da moderação das paixões do homem, que atinge a
idade da maturidade e da reflexão.

Ven.·. M.·.: -Como terminou cada uma dessas viagens, Irmão 2º Vig.·.?

2º Vig.·.: -O término de cada viagem foi uma porta onde bati.

Ven.·. M.·.: -Onde se situavam essas portas?

2º Vig.·.: -A primeira, ao Sul, a segunda, no Ocidente, e a terceira, no


Oriente.

Ven.·. M.·.: -Que vos disseram, quando batestes?

135
2º Vig.·.: -Na primeira, mandaram-me passar, na segunda, fizeram-
me purificar pela água e, na terceira, fui purificado pelo fogo.

Ven.·. M.·.: -Que significam essas purificações?

2º Vig.·.: -Que, para estar em condições de receber a Luz da


Verdade, torna-se necessário ao homem desvencilhar-se de todos os
preconceitos sociais ou de educação e entregar-se, com ardor, à procura da
Sabedoria.

Ven.·. M.·.: -Que representam as três portas em que batestes, Irmão 1º


Vig.·.?

1º Vig.·.: -As três disposições necessárias à procura da Verdade:


Sinceridade, Coragem e Perseverança.

Ven.·. M.·.: -Que vos aconteceu, em seguida?

1º Vig.·.: -Ajudaram-me a dar três passos num quadrilongo.

Ven.·. M.·.: -Para quê, meu Irmão?

1º Vig.·.: -Para me fazer compreender que o primeiro fruto do estudo


é a experiência, e que esta é que torna o homem prudente.

Ven.·. M.·.: -Que vos deram depois?

1º Vig.·.: -A Luz, Ven.·. M.·..

Ven.·. M.·.: -Que vistes, então, Irmão 2º Vig.·.?

2º Vig.·.: -Raios cintilantes feriram-me a vista. Vi, então, que eram


espadas empunhadas por meus Irmãos e apontadas para mim.

136
Ven.·. M.·.: -Sabeis o que significa isso, meu Irmão?

2º Vig.·.: -Compreendi, depois, que essas espadas figuravam os raios


da Luz da Verdade, que ofuscam a visão intelectual daquele que, ainda, não
está preparado, por sólida instrução, para recebê-la.

Ven.·. M.·.: -Como vos ligastes à Ordem Maçônica?

2º Vig.·.: -Por um juramento.

Ven.·. M.·.: -Que prometestes, meu Irmão?

2º Vig.·.: -Guardar fielmente os segredos que me fossem confiados;


amar, proteger e socorrer meus Irmãos, sempre que tiverem justa
necessidade.

Ven.·. M.·.: -Estais arrependido de ter contraído esta obrigação?

2º Vig.·.: -Absolutamente não, Ven.·. M.·. . Estou pronto a renová-la,


se preciso for, perante esta Augusta Assembleia.

Ven.·. M.·.: -Quais são, Irmão 1º Vig.·., os indícios pelos quais se


reconhecem os Maçons?

1º Vig.·.: -Além dos atos que praticam, revelando o influxo da Moral


ensinada em nossos Templos, eles se reconhecem pelo Sin.·., pela Pal.·. e
pelo Toq.·. .

Ven.·. M.·.: -Qual é o Sin.·.?

1º Vig.·.: (Depois de fazer o S.·. ) -Ei-lo, Ven.·. M.·. .

Ven.·. M.·.: -Dai-me a Pal.·. Sag.·., Irmão 2º Vig.·.?

137
2º Vig.·.: -Não vô-la posso dar, senão soletrar, dai-me a primeira
letra e os vos darei a segunda, Ven.·. M.·. .

Ven.·. M.·.: -Por que este procedimento, Irmão 2º Vig.·.?

2º Vig.·.: -Porque ela caracteriza o primeiro grau de iniciação que é o


emblema do homem ou da sociedade na fase da ignorância, quando o
estudo e as artes ainda não Ihe são conhecidos. Assim, o Aprendiz recebe
primeiro, para dar depois.

Ven.·. M.·.: -Dai ao Irmão Exp.·. o Toq.·., para que ele me


transmita(pausa até o cumprimento da ordem) - Disseste-me que quando
fostes recebido, estáveis nem nu nem vestido, Irmão 1º Vig.·.. E agora,
estais vestido?

1º Vig.·.: -Estou vestido com este Avental. (Mostra o Avental).

Ven.·. M.·.: -Irmão 2º Vig.·., tens o dever de usar este avental em Loja,
meu Irmão?

2º Vig.·.: -Sim, como todos os Irmãos, Ven.·. M.·. .

Ven.·. M.·.: -Explicai-nos o porquê, meu Irmão?

2º Vig.·.: -Porque ele nos lembra que o homem nasceu para o


trabalho e que todo Maçom deve trabalhar incessantemente para a
descoberta da Verdade e para o aperfeiçoamento da Humanidade.

Ven.·. M.·.: -Qual o localonde trabalhamos, meu Irmão?

2º Vig.·.: -Em uma Loja, Ven.·. M.·. ;.

Ven.·. M.·.: -Como é construída uma Loja?

138
2º Vig.·.: -Tem a forma de um quadrilongo, estendendo-se do Oriente
ao Ocidente, com a largura do Norte ao Sul. Sua altura é a da Terra ao Céu,
sendo sua profundidade da Superfície ao Centro da Terra.

Ven.·. M.·.: -Como é recoberta nossa Loja, Irmão 1º Vig.·.?

1º Vig.·.: -Por uma abóbada azul, semeada de estrelas e nuvens, na


qual circulam o Sol, a Lua e inúmeros outros astros que se conservam em
equilíbrio pela atração de uns sobre os outros.

Ven.·. M.·.: -Quais são os sustentáculos dessa abóbada?

1º Vig.·.: -Três grandes Colunas.

Ven.·. M.·.: -Quais são elas?

1º Vig.·.: -Sabedoria, Força e Beleza.

Ven.·. M.·.: -Como são representados, em nossa Loja, esses pilares?

1º Vig.·.: -Por três grandes Luzes, Ven.·. M.·. .

Ven.·. M.·.: -Onde estão colocadas essas Luzes?

1º Vig.·.: -Uma no Oriente, outra no Ocidente e a terceira no Sul.

Ven.·. M.·.: -O que mais se nota em nossa Loja, Irmão 1º Vig.·.?

1º Vig.·.: -Diversas figuras alegóricas, cuja significação me foi


explicada.

Ven.·. M.·.: -Dizei-me quais são essas figuras.

139
1º Vig.·.:
1ª - O Pórtico, elevado sobre degraus e ladeado por duas Colunas,
sobre cujos painéis descansam três romãs abertas, mostrando suas
sementes;
2ª - A Pedra Bruta;
3ª - A Pedra Cúbica,
4ª - O Esquadro, o Compasso, o Nível e o Prumo;
5ª - O Malho e o Cinzel;
6ª - O Painel da Loja;
7ª - Ao Oriente, o Sol e a Lua;
8ª - O Pavimento Mosaico.

Ven.·. M.·.: -Que significa o Ocidente em relação ao Oriente?

1º Vig.·.: -O Oriente indica o ponto de onde provém a Luz, e o


Ocidente, a região para a qual ela se dirige. O Ocidente representa,
portanto, o mundo visível, que nossos sentidos alcançam e, de modo geral,
tudo o que é material. O Oriente simboliza o mundo invisível, tudo o que é
abstrato, isto é, o mundo espiritual.

Ven.·. M.·.: -Que representam as duas Colunas de bronze, Irmão 2º


Vig.·.?

2º Vig.·.: -Os dois pontos solsticiais.

Ven.·. M.·.: -Que significam as romãs, colocadas nos capitéis das


Colunas?

2º Vig.·.: -Pela divisão interna, mostram os bens produzidos pela


influência das estações. Representam as Lojas e os Maçons espalhados pela
superfície da Terra. Suas sementes, intimamente unidas, nos lembram a
fraternidade e a união que devem existir entre os homens.

Ven.·. M.·.: -O que exprime a Pedra Bruta, Irmão 1º Vig.·.?

140
1º Vig.·.: -Representa o homem sem instrução, com suas asperezas
de caráter, devidas à ignorância, em que se encontra, e às paixões que o
dominam.

Ven.·. M.·.: -E a Pedra Polida, o que representa?

1º Vig.·.: -O homem instruído que, dominando as paixões e


abandonando os preconceitos, se libertou das asperezas da Pedra Bruta, que
poliu.

Ven.·. M.·.: -Que vos recordam o Esquadro, o Compasso, o Nível e o


Prumo?

1º Vig.·.: -Por serem instrumentos imprescindíveis às construções


sólidas e duráveis, eles nos recordam o papel de construtor social que
compete a todos os Maçons e, ao mesmo tempo, nos traçam as normas
pelas quais devemos pautar nossa conduta: o Esquadro, para a retidão; o
Compasso, para a justa medida; o Nível e o Prumo, para a igualdade e a
justiça que devemos a nossos semelhantes.

Ven.·. M.·.: -Que representam o Malho e o Cinzel, Irmão 2º Vig.·.?

2º Vig.·.: -A Inteligência e a Razão, que tornam o homem capaz de


discernir o Bem do Mal, o Justo do Injusto.

Ven.·. M.·.: -Que significa a Prancheta de Desenho?

2º Vig.·.: -A memória, faculdade preciosa de que somos dotados para


fazermos nosso julgamento, conservando o traçado de todas as nossas
percepções.

Ven.·. M.·.: -Por que o Sol e a Lua foram colocados em nossos


templos?

141
2º Vig.·.: -Porque, sendo a Loja a imagem do Universo, nela devem
estar representados os esplendores que, na Abóbada Celeste, mais ferem a
imaginação do homem.

Ven.·. M.·.: -E o Pavimento Mosaico, com a Orla Denteada, o que


significam, Irmão 1º Vig.·.?

1º Vig.·.: -O Pavimento Mosaico representa a variedade do solo


terrestre, formado de pedras brancas e pretas, ligadas pela mesma
argamassa. Simboliza a união de todos os Maçons, apesar das diferenças de
cor, de climas e de opiniões políticas e religiosas. É também a
imagem do Bem e do Mal, de que se acha semeada a estrada da vida. A
Orla Denteada, que o cerca, exprime a união que deverá existir entre todos
os homens, quando o Amor Fraternal dominar os corações.

Ven.·. M.·.: -Que se faz, em nossa Loja?

1º Vig.·.: -Levantam-se templos à virtude e cavam-se masmorras ao


vício.

Ven.·. M.·.: -Irmão 2º Vig.·., em que espaço de tempo se executam os


trabalhos dos Aprendizes Maçons?

2º Vig.·.: -Do meio-dia à meia-noite, Ven.·. M.·. .

Ven.·. M.·.: -Que vindes fazer aqui?

2º Vig.·.: -Vencer minhas paixões, submeter minha vontade e fazer


novos progressos na Maçonaria.

Ven.·. M.·.: -Que trazeis para vossa Loja, meu Irmão?

142
2º Vig.·.: -Amizade, Paz e votos de Prosperidade para todos os
Irmãos.

Ven.·. M.·.: -Que idade tendes Irmão, 1º Vig.·.?

1º Vig.·.: -T.·.AA.·., Ven.·. M.·. .

Ven.·. M.·.: -Meus Irmãos, como o futuro depende do trabalho feito


durante a juventude, trabalhai para que sejais felizes na velhice e para que
vossa passagem por este mundo não seja estéril, quando voltardes ao seio
do Eterno, de onde saístes.

143
QUINTA INSTRUÇÃO

Ven.·. M.·.: (o) -Irmão 1º Vig.·., entre mim e vós existe alguma coisa ?

1º Vig.·.: -Sim, Ven.·.M.·., um culto.

Ven.·. M.·.: -Que culto é esse?

1º Vig.·.: -Um segredo.

Ven.·. M.·.: -Que segredo é esse?

1º Vig.·.: -A Maçonaria.

Ven.·. M.·.: -Que é a Maçonaria?

1º Vig.·.: -Uma associação íntima de homens escolhidos, cuja


doutrina tem por base o Grande Arquiteto do Universo, que é Deus; como
regra, a Lei Natural; por causa, a Verdade, a Liberdade e a Lei Moral; por
princípio, a Igualdade, a Fraternidade e o Progresso; por fim, a felicidade
dos povos que, incessantemente, ela procura reunir sob sua bandeira de paz.
Assim, a Maç.·. nunca deixará de existir, enquanto houver o gênero
humano.

Ven.·. M.·.: -Sois Maçom, Irmão 2º Vig.·.?

2º Vig.·.: -MM.·. IIr.·. C.·. T.·. M.·. RR.·. .

Ven.·. M.·.: -Quais são os deveres do Maçom?

2º Vig.·.: -Honrar e venerar o Grande Arquiteto do Universo a quem


agradece, sempre, pelas boas ações que pratica para com o próximo e os
bens que Ihe couberem em partilha; tratar todos os homens, sem distinção
de classe e de raça, como seus iguais e irmãos; combater a ambição, o

144
orgulho, o erro e os preconceitos; lutar contra a ignorância, a mentira, o
fanatismo e a superstição, que são os flagelos causadores de todos os males
que afligem a Humanidade e entravam o progresso; praticar justiça
recíproca, como verdadeira salvaguarda dos direitos e dos interesses de
todos, e a tolerância, que deixa a cada um o direito de escolher e seguir sua
religião e suas opiniões; deplorar os que erram, esforçando-se, porém, para
reconduzi-los ao verdadeiro caminho, enfim, ir em socorro do infortunados
e dos aflitos. O Maç.·. cumprirá todos esses deveres, porque tem a Fé, que
Ihe dá coragem; a Perseverança, que vence os obstáculos, e o Devotamento,
que o leva a fazer o Bem, mesmo com risco de sua vida e sem esperar outra
recompensa a não ser a tranquilidade de consciência.

Ven.·. M.·.: -Como podereis fazer-vos reconhecer Maçom?

2º Vig.·.: -Por SSin.·.,TToq.·. e PPal.·..

Ven.·. M.·.: -Como fazeis o Sin.·.., Irmão M.·. de CCer.·.?

O M.·. de CCer.·. levanta-se e faz o Sin.·..

Ven.·. M.·.: -Que significa este Sin.·., Irmão 2. Vig.·.?

2. V.·.: -A honra de saber guardar o segredo, preferindo ter a gar.·.


cort.·. a revelar nossos Mistérios. Significa, também, que o braço direito,
símbolo da força, está concentrado e imóvel para defender a Ordem, suas
Doutrinas e Princípios. Os Pés em esquadria representam o cruzamento de
duas perpendiculares, único caso em que formam quatro ângulos retos e
iguais, significando a retidão do caminho a seguir e a igualdade, um dos
princípios fundamentais da nossa Ordem.

Ven.·. M.·.: -Irmão 2º Diác.·., dai o Toq.·. ao Irmão 1º Vig.·..

O 2º Diác.·. levanta-se, faz o sinal, saúda e dá o Toq.·. .

145
1º Vig.·.: -O Toq.·. está correto, Ven.·. M.·. .

Ven.·. M.·.: -Dai-me a Pal.·., Irmão 1º Diác.·..

O 1. Diác.·. cumpre seu dever.

Ven.·. M.·.: -Que significa esta Pal.·. ?

1º Diac.·.: -Em força, com solidez.

Ven.·. M.·.: -Por que o Aprendiz não tem Pal.·. de Pas.·. Irmão Cob.·.?

Cob.·.: (Levantando-se, à ordem) -Porque, de acordo com a antiga


tradição, o Aprendiz ficava isolado, durante três anos sem se comunicar
com o mundo profano e, caso deixasse o templo, a ele jamais voltaria, não
precisando, assim, da Pal.·. de Pas.·. .

Ven.·. M.·.: -Por que quisestes ser Maçom?

Cob.·.: -Porque, sendo livre e de bons costumes e estando nas


trevas, ambicionava a Luz.

Ven.·. M.·.: -Quem vos trouxe à Maçonaria?

Cob.·.: -Um amigo que, depois, reconheci como Irmão.

Ven.·. M.·.: -Como estáveis preparado, Irmão Sec.·. ?

Sec.·.: -Nem nu, nem vestido. Despojaram-me de todos os metais,


emblemas do vício, para lembrar-me do estado primitivo da humanidade,
antes da época da civilização.

Ven.·. M.·.: -Onde fostes recebido?

146
Sec.·.: -Em uma Loja justa, perfeita e regular.

Ven.·. M.·.: -Que é preciso para que uma Loja seja justa e perfeita ?

Sec.·.: -Que três Mestres a governem, cinco a componham e sete a


completem.

Ven.·. M.·.: -Que é uma Loja regular?

Sec.·.: -É a que, sendo justa e perfeita, obedece a uma Potência


Maçônica regular e pratica, rigorosamente, todos os princípios básicos da
Maçonaria.

Ven.·. M.·.: -Como conseguistes entrar no templo, Irmão Orad.·.?

Orad.·.: (Levanta-se à ordem) -Através de três pancadas, cuja


significação é: “Batei, e vos será aberto”; “Pedi, e vos será dado”;
“Procurai, e achareis”.

Ven.·. M.·.: -Que vos levaram a fazer?

Orad.·.: -Depois de colocado entre Colunas, levaram-me a fazer três


viagens, para que me lembrasse das dificuldades e atribulações da vida;
purificaram-me pelos elementos e, depois, fui conduzido ao Altar dos
Juramentos, onde me fizeram ajoelhar sobre o J.·. E.·. . Coloquei a M.·.
D.·. sobre o L.·. da L.·. S.·., tendo na M.·. Esq.·. um C.·. aberto, com
uma das pontas apoiada em meu P.·. Esq.·. nu. Nessa posição, prestei o
juramento de guardar os segredos da Ordem.

Saúda e senta-se.

Ven.·. M.·.: -Que vistes, ao entrar na Loja, Irmão Tes.·. ?

147
Tes.·.: (Levantando-se à ordem) -Nada, Ven.·. M.·., pois uma
espessa venda cobria meus olhos.

Ven.·. M.·.: -Que vistes, quando vos concederam a luz?

Tes.·.: -Estando entre Colunas, vi, então, o Pavimento Mosaico e o


Livro da Lei Sagrada sobre o Altar.

Ven.·. M.·.: -Podeis explicar-me, Irmão 1º Vig.·., a interpretação de


tudo o que ouvistes falar em Loja?

1º Vig.·.: -A venda sobre os olhos significa as trevas e os


preconceitos do mundo profano e a necessidade que têm os homens de
procurar a Luz entre os Iniciados. O pé direito calçado com chinelo era para
manifestar o respeito por este lugar sagrado. O peito e.·. d.·. e o braço d.·.
significavam que eu dava meu braço à Instituição e meu coração a meus
Irmão. A ponta do C.·. sobre o peito lembrava-me a vida profana, na qual
nem meus sentimentos nem meus desejos foram regulados por esse símbolo
de exatidão, que, desde então, regula meus pensamentos e ações. O C.·.
simboliza as relações do Maçom com seus Irmãos e com os demais entes.
Fixada uma de suas pontas, descrevem pelo maior ou menor afastamento
das hastes, círculos sem conta, imagens de nossa Loja e da Maçonaria, cujo
extenso domínio é infinito. Os três passos, formando cada um, e a cada
junção dos pés, um ângulo reto, significam que a retidão é necessária a
quem deseja vencer na ciência e na virtude.
-As três viagens simbolizam a conquista de novos
conhecimentos. O número três indica os centros: Pérsia, Fenícia e Egito,
onde foram, primitivamente, cultivadas as ciências. As purificações, feitas
no decurso das viagens. lembram que o homem não é bastante puro para
chegar ao templo da filosofia. A id.·. do Aprendiz é a de t.·. aa.·. porque,
na antiguidade, esse era o tempo necessário a seu preparo. A idade
significa, também, o grau maçônico. A Pedra Bruta é o emblema do
Aprendiz, de tudo o que se encontra no estado imperfeito de sua natureza.

148
-As duas Colunas são tidas como de 18 côvados de altura,
12 de circunferência, 12 de base e 5 nos capitéis, num total de 47, número
igual ao das constelações e dos signos do zodíaco ou do mundo celeste.
Suas dimensões estão contra todas as regras da arquitetura, para nos
mostrar que a Sabedoria e o Poder do Divino Arquiteto estão além das
dimensões e dos julgamentos dos homens. São de bronze para resistirem ao
dilúvio, isto é, à barbárie, pois o bronze é o emblema da eterna estabilidade
das leis da natureza, base da doutrina maçônica. São ocas, para guardar os
utensílios apropriados aos conhecimentos humanos.
-Enfim, as romãs são símbolo equivalente ao feixe de
Esopo: milhares de sementes contidas no mesmo fruto, num mesmo germe,
numa mesma substância, num mesmo invólucro, imagem do povo
maçônico que, por mais multiplicado que seja, constitui uma e mesma
Família. Assim, a romã é o símbolo da harmonia social, porque somente
com as sementes, apoiadas uma às outras, é que o fruto toma sua verdadeira
forma.
-O PAVIMENTO MOSAICO, emblema da variedade do
solo, formado de pedras brancas e pretas, unidas pelo mesmo cimento,
simboliza a união de todos os Maçons da Terra, apesar da diferença de
cores, de climas e de opiniões políticas e religiosas. É a imagem do Bem e
do Mal, de que está cheio o caminho da vida.

Ven.·. M.·.: -Que outras explicações ouvistes, Irmão Orad.·. ?

Orad.·.: -A Espada Flamejante, arma simbólica, significa que a


insubordinação, o vício e o crime devem ser repelidos de nossos
TEMPLOS, e que a Justiça de Salomão, Justiça Maçônica é pronta e rápida,
como os raios que desprende a espada, emblema, também, dos mais justos e
nobres sentimentos. O ESQUADRO, suspenso do Colar do Ven.·. M.·.,
significa que um chefe deve ter, unicamente, um sentimento - o do Estatuto
da Ordem - e que deve agir de uma única forma: com retidão.
-O Nível, que decora o 1º Vig.·., simboliza a igualdade
social, base do direito natural.

149
-O Prumo, trazido pelo 2º Vig.·., significa que o Maçom
deve ser reto no julgamento, sem se deixar dominar pelo interesse nem pela
afeição.
-O Nível sem o Prumo nada vale, do mesmo modo que este
sem aquele, em qualquer construção.
-Por isso, os dois se completam, para mostrar que o Maçom
tem o culto da igualdade, nivelando todos os homens e cultuando a retidão,
não se deixando pender, pela amizade ou pelo interesse, para qualquer dos
lados.

Ven.·. M.·.: -Por que os Aprendizes trabalham do meio-dia à meia-


noite, Irmão 2º Vig.·.?

2º Vig.·.: -É uma homenagem a um dos primeiros instituidores dos


Mistérios, Zoroastro, que reunia, secretamente, seus discípulos ao meio-dia
e terminava seus trabalhos à meia-noite, com um ágape fraternal.

150
SEXTA INSTRUÇÃO

Ven.·. M.·.: -Que forma tem nossa Loja, Irmão 1º Vig.·.?

1º Vig.·.: -A de um quadrilongo.

Ven.·. M.·.: -Que altura tem?

1º Vig.·.: -Da Terra ao Céu.

Ven.·. M.·.: -Qual seu comprimento?

1º Vig.·.: -Do Oriente ao Ocidente.

Ven.·. M.·.: -E sua largura?

1º Vig.·.: -Do Norte ao Sul.

Ven.·. M.·.: -Qual a profundidade?

1º Vig.·.: -Da superfície ao centro da Terra.

Ven.·. M.·.: -Por que essas dimensões, meu Irmão?

1º Vig.·.: -Porque a Maçonaria é universal e o Universo é a imensa


oficina.

Ven.·. M.·.: -Por que razão está nossa Loja situada do Oriente ao
Ocidente, Irmão 2º Vig.·.?

2º Vig.·.: -Porque, assim como a luz do sol vem do Oriente para o


Ocidente, as luzes do evangelho da civilização vieram do Oriente,
espalhando-se no Ocidente.

151
Ven.·. M.·.: -Em que base se apoia nossa Loja?

2º Vig.·.: -Em três Colunas : Sabedoria, Força e Beleza.

Ven.·. M.·.: -Quem representa o pilar da Sabedoria ?

2º Vig.·.: -O Ven.·. M.·. .

Ven.·. M.·.: -E as da Força e da Beleza, quem as representa ?

2º Vig.·.: -O Irmão 1º Vig.·., no Ocidente, a da Força, e o 2º Vig.·.,


no Sul, a da Beleza.

Ven.·. M.·.: -Por que o Ven.·. M.·. representa o Pilar da Sabedoria?

2º Vig.·.: -Porque dirige os Obreiros, que compõem a Loja.

Ven.·. M.·.: -Por que representais o pilar da Força, Irmão 1º.Vig.·.?

1º Vig.·.: -Porque pago aos obreiros o salário, que é a força e a


manutenção da existência.

Ven.·. M.·.: -E por que o Irmão 2º Vig.·. é o da Beleza?

1º Vig.·.: -Porque faz repousar os obreiros, fiscalizando-os no


trabalho.

Ven.·. M.·.: -Por que a Loja é sustentada por três Colunas?

1º Vig.·.: -Porque a Sabedoria, a Força e a Beleza são o complemento


de tudo. Sem elas, nada é perfeito e durável.

Ven.·. M.·.: -Por que, meu Irmão?

152
1º Vig.·.: -Porque a Sabedoria cria, a Força sustenta e a Beleza
adorna.

Ven.·. M.·.: -Por que a Maçonaria combate a ignorância em todas as


suas formas?

1º Vig.·.: -Porque a ignorância é a mãe de todos os vícios e seu


princípio é nada saber: saber mal o que sabe e saber coisas outras além do
que deve saber. Assim, o ignorante não pode medir-se como sábio, cujos
princípios são a Tolerância, o Amor Fraternal e o Respeito a si mesmo. Eis
porque os ignorantes são grosseiros, irascíveis e perigosos. Perturbam e
desmoralizam a sociedade, evitando que os homens conheçam seus direitos
e saibam, no cumprimento de seus deveres que, mesmo com constituições
liberais, um povo ignorante é escravo. São os inimigos do progresso que,
para dominar, afugentam as luzes, intensificam as trevas e permanecem em
constante combate contra a Verdade, contra o Bem e contra a Perfeição.

Ven.·. M.·.: -E por que combatemos o fanatismo, Irmão 2º Vig.·.?

2º Vig.·.: -Porque a exaltação pseudo-religiosa perverte a razão e


conduz os insensatos à prática de ações condenáveis, em nome de Deus e
para honrá-lo. É uma moléstia mental, desgraçadamente contagiosa, em
cujo nome pereceram milhares de indivíduos úteis à sociedade. A
superstição é um falso culto, repleto de mentiras, contrário à razão e às
ideias que devemos fazer de Deus. É a religião dos ignorantes, das almas
medrosas. Fanatismo e superstição são os maiores inimigos da religião e da
felicidades dos povos.

Ven.·. M.·.: -Para nos fortalecermos nos combates, que devemos manter
contra esses inimigos, qual o laço sagrado que nos une?

2º Vig.·.: -Solidariedade, Ven.·., M.·. .

153
Ven.·. M.·.: -Será por isso que, comumente, se diz que a Maçonaria
proporciona a seus adeptos vantagens morais e materiais?

2º Vig.·.: -Essa afirmação não corresponde à verdade. O proveito


material, como interesse unicamente individual, não entra nas cogitações
dos verdadeiros MMaç.·. . As vantagens morais resumem-se no adquirir a
firmeza de caráter, como consequência natural da nítida compreensão dos
deveres sociais e dos altos ideais da Ordem.

Ven.·. M.·.: -Como podeis fazer tal afirmação, se todos dizem que a
solidariedade maçônica consiste no amparo incondicional de uns aos outros
Maçons, quaisquer que sejam as circunstâncias?

2º Vig.·.: -É a mais funesta interpretação que se tem dado a esse


sentimento nobre, que fortalece os laços da fraternidade maçônica. O
amparo moral e material que, individual e coletivamente, devemos aos
nossos Irmãos, não vai até o dever de proteger os que, fugindo de suas
responsabilidades sociais, se desviam do caminho da moral e da honra.

Ven.·. M.·.: -Que solidariedade, então, deve existir entre nós, Irmão 1º
Vig.·.?

1º Vig.·.: -A solidariedade mais pura e fraternal, mas somente para


com os que praticam o bem e suportam os espinhos da vida; para os que,
nos trabalhos, lícitos e honrados, são infelizes; para os que, embora
rodeados de fortuna, sintam na alma os amargores das desgraças. Enfim, a
solidariedade maçônica está onde estiver uma causa justa.

Ven.·. M.·.: -Não jurastes, então, defender e socorrer vossos Irmãos?

1º Vig.·.: -Jurei, sim, Ven.·. M.·., e sempre correspondo a esse


juramento. Quando, porém, um Irmão, esquecido dos princípios e dos
ensinamentos maçônicos se desvia da moral, que nos fortifica, para se
tornar mau cidadão, mau esposo, mau pai, mau filho, mau irmão, mau

154
amigo; quando, cego pela ambição ou pelo ódio, pratica atos que
consideramos indignos de um Maçom, ele, e não nós, rompeu a
solidariedade que nos unia e que não mais poderá existir, porque, se assim a
praticássemos, seria pactuarmos com ações de que a simples conivência
moral nos degradaria. Por isso, o Maçom que assim procede, deixou de ser
Irmão, perdeu todos os direitos ao nosso auxílio material e, principalmente,
ao nosso amparo moral.

Ven.·. M.·.: -Não deveis, porém, na vida pública, preferir um Irmão a


um profano ?

1º Vig.·.: -Em igualdade de circunstâncias, é meu dever preferir um


Irmão, sempre que, para fazê-lo, não cometa uma injustiça que fira a minha
consciência. Os ensinamentos de nossa Ordem nos obrigam a proteger um
Irmão, em tudo o que for JUSTO E HONESTO. Não será justo nem
honesto proteger o menos digno, mesmo que seja Irmão, preterindo os mais
sagrados direitos do mérito e do valor moral e intelectual.

Ven.·. M.·.: -Então, sistematicamente, não favoreceis um Irmão?

1º Vig.·.: -Sem boas e justas razões, não. Nossa Ordem nos ensina a
amar a Pátria e, portanto, a ser bons cidadãos. Não o seríamos nem nos
poderíamos julgar merecedores desse nobre título e da confiança de nossos
Irmãos, se, ao bem público, antepuséssemos os interesses de uma pessoa
apta ou menos digna de trabalhar pelos interesses da sociedade e da Pátria.

Ven.·. M.·.: -Como, então, a voz pública acusa os Maçons de


progredirem no mundo profano, graças ao nosso sistema de recíproca
proteção?

1º Vig.·.: -São afirmações dos que, não conhecendo a razão das


coisas, julgam incondicional nossa solidariedade. Se há Maçons que
galgam posições elevadas e de grandes responsabilidades sociais, a razão se
oculta, evidentemente, no seguinte: nossa Ordem não acolhe profano, sem

155
antes examinar-lhe inteligência, caráter e probidade. Daí, é natural que, de
nossa Ordem, cuidadosamente selecionados, surjam cidadãos que se
destaquem por suas qualidades pessoais, tornando-se assim dignos de
serem aproveitados na conquista do progresso e da felicidade do povo.

Ven.·. M.·.: -Concluís, então, que, em nossa Ordem, não surjam, às


vezes, desonestos?

1º Vig.·.: -Nada é perfeito. Não deixo de reconhecer que, muitas


vezes, nos temos enganado na escolha de alguns elementos, apesar do rigor
de nossas sindicâncias. Assim, infelizmente, maus elementos, com o fito de
tirar proveito pessoal de nossa associação, têm-se infiltrado em seu seio.
Alguns, pela natural influência da vida e das práticas maçônicas,
regeneram-se e transformam-se em bons e proveitosos Obreiros. Para os
que são insensíveis à ação de nossa Moral e de nossos Princípios, nossa Lei
nos fornece meios seguros e prontos de separarmos o joio do trigo, o que
devemos fazer sem temor nem vacilação. É, portanto, pela exclusão dos
elementos refratários aos ensinamentos austeros e elevados dos Princípios
Maçônicos, que poderemos fortificar nossas colunas.

Ven.·. M.·.: -Em que consiste, então, nossa fraternidade?

1º Vig.·.: -Em educar-nos, corrigindo nossos defeitos, e em sermos


tolerantes para com as crenças religiosas e políticas de cada um. Nossa
fraternidade nos ensina a dar e não pedir, sem justa necessidade.

Ven.·. M.·.: -Sob o influxo destas Doutrinas, continuemos, meus


Irmãos, nossos trabalhos, para maior glória, honra e esplendor da nossa
Ordem.

156
SÉTIMA INSTRUÇÃO

A SIMBOLOGIA DOS NÚMEROS 1, 2, 3 E 4

Ven.·. M.·.: -Meus Irmãos, vamos dar a última instrução do grau de


Aprendiz Maçom. Depois de conhecido o Painel da Loja, isto é, a forma
por que deve proceder para galgar os degraus da escada que há de,
futuramente, transportá-lo do plano físico ao plano espiritual, o Aprendiz
recebeu outras instruções que o puseram ao corrente dos símbolos e
emblemas do grau. Nesta instrução, completará os conhecimentos de que
necessita para avançar na trilha que encetou, ficando de posse do
conhecimento da simbologia dos quatro primeiros números: 1, 2, 3 e 4. Por
ela verá como estes números, além do valor intrínseco, representam
verdades misteriosas e profundas, ligadas, intimamente, à própria
simbologia das alegorias e emblemas que, em nossos templos, estão bem
visíveis.
-Irmão Orad.·., tende a bondade em dar início à instrução.

Orad.·.: -Com certeza, já notastes, meus Irmãos, a coincidência que


apresentam a B.·., a M.·. e a Id.·. do Aprendiz Maçom. Todas encerram o
número t.·. . T.·. pancadas, t.·. passos e t.·. anos.
-Como vedes, o número t.·. é primordial no grau de
Aprendiz. Se o Aprendiz quiser, realmente, estar em condições de passar a
Companheiro, deve estudar, cuidadosamente, as propriedades desse
número, seja nas obras de Pitágoras, na Cabala numérica, ou, ainda, nas
sombras da arquitetura e arqueologia iniciáticas de Vitrúvio, Ramée e
outros.
-O emprego dos números, sobretudo de alguns números,
em todos os monumentos conhecidos, é muito frequente, para que se creia
que só o acaso os tenha produzido. Nesse ponto, a História vem em nosso
auxílio.
-Todos os povos da Antiguidade fizeram uso emblemático
dos números e das fórmulas e, em geral, do número e medida. A obra
moderna do sábio francês, o Abade Moreau - Ciência Misteriosa dos Faraós

157
-nos mostra que as dimensões, orientação e forma das Pirâmides
obedeceram a razões poderosíssimas, porque elas encerram, além de outras
verdades (provavelmente ainda não estudadas) a direção do Meridiano
Terrestre, o valor entre a circunferência e seu raio, a medida do peso
racional (libra inglesa) e até a distância aproximada da Terra ao Sol.
-Todos os povos da Antiguidade tiveram um sistema
numérico ligado, intimamente, à religião e ao culto. Esse fato é o resultado
da ideia que, então, se fazia do mundo, segundo a qual a matéria é
inseparável do espírito, do qual exprime a Imagem e a Revelação.
-Enquanto a matéria for necessária à forma e à dimensão,
enquanto o mundo for uma soma de dimensões, existirá o número, e cada
coisa terá seu número do mesmo modo que forma e dimensões.
-Há, entretanto, números que parecem predominar na
estrutura do mundo, no tempo e no espaço, e que formam, mais ou menos,
a base fundamental de todos os fenômenos da natureza. Esses números
foram tidos, sempre, como sagrados, pelos antigos, como representação da
ordem e da inteligência das coisas e como expressão da própria divindade.
Se, com efeito, supusermos que as coisas materiais são, apenas, um
invólucro que cobre o Invisível, o Imaterial, se as considerarmos, somente,
como símbolos dessa Imaterialidade, com mais forte razão os números, de
concepção puramente abstrata, poderão ser considerados sagrados, pois eles
representam, até certo ponto, a expressão imediata das Leis Divinas (que
são as Leis da Natureza), compreendidas e estudadas neste Mundo.
-A China, a Índia, a Grécia, mesmo antes de Pitágoras,
conheceram e empregaram a "Ciência dos Números". Seu simbolismo é,
em grande parte, baseado nessa ciência. Vemos, pois, que os números se
prestam, facilmente, a tornarem-se símbolos, figuras das ideias simples e de
suas relações. E toda a doutrina das relações morais e de ligação
indestrutível com o mundo material, isto é, a filosofia, foi sempre exposta
por um sistema numérico e representada por números.

Ven.·. M.·.: -Explicai-nos, Irmão 1º Vig.·., o simbolismo do número 1.

158
1º Vig.·.: -O número UM, a unidade, é o princípio dos números, mas
a unidade só existe pelos outros números. Todos os sistemas religiosos
orientais começaram por um Ser Primitivo. Conquanto esta abstração não
tenha, positivamente, uma existência real, tem, contudo, um lado positivo,
que a torna suscetível de uma existência definida. É o que os antigos
denominavam Pothos, isto é, o desejo ou a ação de sair do absoluto, a fim
de entrar no real, considerado por nós concreto.
-Nos sistemas panteístas, nos quais a divindade é
confundida com a unidade, com o Todo, ela tem o nome de Unidade. A
unidade só é compreendida por efeito do número Dois. Sem este, torna-se
ela idêntica ao todo, isto é, identifica-se com o próprio número. A natureza
do número Dois, em sua relação com a unidade, representa a divisão, a
diferença.

Ven.·. M.·.: -Irmão 2º Vig.·., explicai-nos algo sobre o número Dois.

2º Vig.·.: -O número Dois é um número terrível, um número fatídico.


É o símbolo dos contrários e, portanto, da dúvida, do desequilíbrio e da
contradição. Como prova disso, temos o exemplo concreto de uma das sete
ciências maçônicas, a Aritmética, em que 2 + 2 = 2 x 2
-Até na matemática, o número Dois produz confusão, pois,
ao vermos o número 4, ficamos na dúvida se é o resultado da combinação
de dois números Dois, pela soma, ou pela multiplicação, o que não se dá,
em absoluto, com qualquer outro número. Ele representa o Bem e o Mal, a
Verdade e a Falsidade, a Luz e as Trevas, a Inércia e o Movimento, enfim,
todos os princípios antagônicos, adversos. Por isso representava, na
antiguidade, o “Inimigo”, símbolo da Dúvida, quando nos assalta o espírito.
-O Aprendiz Maçom não deve aprofundar-se no estudo
desse número, porque, fraco ainda no cabedal científico de nossas
tradições, pode enveredar pelo caminho oposto ao que deveria seguir. Esta
é, ainda, uma das razões pela qual o Ap.·. Maç.·. é guiado em seus
trabalhos iniciáticos. Sua passagem pelo número 2, duvidoso, traiçoeiro e
fatídico, pode arrastá-lo ao Abismo da Dúvida, do qual só sairá se o forem
buscar.

159
Ven.·. M.·.: -Irmão 1º Vig.·., como poderá ser vencida a dúvida
aniquiladora do número Dois?

1º Vig.·.: -A diferença, o desequilíbrio e o antagonismo que existem


no número Dois cessam, repentinamente, quando se lhe junta uma Terceira
Unidade. A instabilidade da divisão ou da diferença, aniquilada pelo
acréscimo de uma terceira unidade, faz com que, simbolicamente, o número
Três se converta também, em unidade.
A nova unidade, porém, não é uma unidade vaga,
indeterminada, na qual não houve intervenção alguma. Não é uma unidade
idêntica com o próprio número, como se dá com a unidade primitiva,
verdadeira, definida e perfeita. Foi assim formado o número Três, que se
tornou a unidade da vida, do que existe por si próprio, do que é perfeito. Eis
porque o Neófito vê, no Oriente, o Delta Sagrado, luminoso, emblema do
Ser ou da “Vida”, no centro do qual brilha a letra (IÔD), inicial do
Tetragrama (IÔD-HÉ-VAU-HÉ).
-O Triângulo, entre as superfícies, é a forma que
corresponde ao número Três e tem a mesma significação deste. Assim
como o número três é o primeiro número completo da série numérica, do
mesmo modo o triângulo o é entre as formas, pois, sendo o ponto e a linha,
por si sós, imperfeitos, necessárias são três dimensões para que um objeto
tenha forma, esteja completo. O Triângulo, conquanto composto de três
linhas e três ângulos, forma um todo completo e indivisível. Todos os
outros polígonos subdividem-se em triângulos. Estes são, assim, o tipo
primitivo, que serve de base à construção de todas as outras superfícies. É,
ainda, por essa razão, que a figura do triângulo é o símbolo da existência da
divindade bem como de sua Potência Produtora, ou da Evolução.

Ven.·.M.·. -Por que, Irmão 2º Vig.·., quando o iniciado penetra no


T.·., nada encontra que se relacione, simbolicamente, ao número Um?

2º Vig.·. -Porque, para facilitar o estudo dos números, a Maçonaria


faz uso de emblemas, para atrair a atenção sobre suas propriedades

160
essenciais. E assim deve ser, porque nada do que é SENSÍVEL pode ser
admitido a representar a Unidade, mesmo porque só percebemos, fora e em
volta de nós, Diversidade e Multiplicidade. Nada é simples na natureza;
tudo é complexo. No entanto, se a Unidade não nos aparece naquilo que
nos é exterior, parece residir em nosso íntimo, pois todo ser pensante tem a
convicção, o sentimento inato de que é Um.

Ven.·. M.·.: -E como se manifesta esta unidade, que está em nós?

2º Vig.·.: -Por nossa maneira de pensar, agir e sentir. Nossas ideias,


levadas ao pensamento de um TODO HARMÔNICO, fazem nascer em nós
a noção do “VERDADEIRO”. Este é o mais precioso talismã que pode
possuir o iniciado, quando condensa seu ideal no JUSTO, no BELO e no
VERDADEIRO.

Ven.·. M.·.: -E qual o símbolo que oculta esta verdade?

2º Vig.·.: -O candelabro de 3 braços, que se vê sobre o altar do Ven.·.


M.·., ideal que é o único polo para o qual tendem todas as aspirações
humanas.

Ven.·. M.·.: -Por que o Neófito não deve estacionar no número DOIS?

2º Vig.·.: -Porque sendo o binário símbolo dos contrários, da divisão,


seria condenar-se à luta estéril, à oposição cega, à contradição sistemática.
Ficaria, em suma, escravo desse princípio de divisão, que a Antiguidade
simbolizou e estigmatizou sob o nome de “inimigo” (Agrambaniu, Cheitã,
Satã, Mara, e outros).

Ven.·. M.·.: -E como se conseguiu evitar a influência desse “inimigo”?

2º Vig.·.: -Procedendo-se à conciliação dos antagônicos,


condensando, no Ternário, o Binário e a Unidade.

161
Ven.·. M.·.: -Assim concebido, qual a significação do número TRÊS,
Irmão 1º Vig.·.?

1º Vig.·.: -Três é o número da Luz (Fogo, Chama e Calor). Três são


os pontos de que o Maçom deve orgulhar-se de apor a seu nome, pois esses
três pontos, como o Delta Luminoso e Sagrado, são emblemas dos mais
respeitáveis. Representam todos os ternários conhecidos e, especialmente,
as três qualidades indispensáveis ao Maçom.

Ven.·. M.·.: -E essas qualidades são inseparáveis?

1º Vig.·.: -São absolutamente inseparáveis uma das outras, pois


devem agir, em perfeito equilíbrio, no candidato à Iniciação, para que ele
possa ter a Iniciação real vivida, e não emblemática.

Ven.·. M.·.: -E que poderá suceder se, porventura, essas qualidades


estiverem isoladas ?

1º Vig.·.: -Separando-as, veremos surgir o desequilíbrio.


Suponhamos um ser dotado, unicamente, de vontade, de energia, mas sem o
menor sentimento afetuoso e desprovido de inteligência e teremos um
verdadeiro bruto. Se o dotarmos de inteligência, mas Ihe suprimirmos a
vontade e a sabedoria, que é a expressão do Amor, teremos o pior dos
egoístas e dos inúteis, um terreno no qual a “boa semente” não germinará e
que as ervas daninhas inutilizarão.
-Demos-lhe, enfim, unicamente o Amor (Sabedoria), sem
sombra de vontade e inteligência, e veremos que sua bondade é inútil, suas
meIhores aspirações serão condenadas à esterilidade, porque não serão
jamais acionadas por uma vontade forte, atuando sob o domínio da Razão.

Ven.·. M.·.: -Se, apenas, uma dessas qualidades estiver separada, quais
as consequências, Irmão 2º Vig.·.?

162
2º Vig.·.: -Dotado de vontade e de inteligência, mas sem sentimento
afetuoso para com seus semelhantes, o homem poderá ser um gênio, mas,
forçosamente, será também um monstro de egoísmo e, como tal, condenado
a desaparecer.
-Possuindo Coração e Inteligência, mas não tendo vontade
nem energia, o homem será uma criatura mole, de caráter passivo que,
embora não faça mal a ninguém e nutra belas aspirações e elevado ideal,
jamais chegará a realizá-lo, por faltar-lhe a energia. Será, em suma, um
inútil.
-A energia, unida ao Amor, daria melhor resultado, mas a
falta de Inteligência o impediria de ser bom e ativo, de fazer obra
verdadeiramente útil, porque o discernimento, função da Inteligência, Ihe
faltaria. Não poderia aplicar suas belas qualidades. Correria até o risco de,
sob a direção de um mau intelecto, tornar-se servidor das forças do mal, por
falta de discernimento.

Ven.·. M.·.: -Vede, pois, Irmãos Aprendizes, que todo Maçom, que
quiser ser digno deste nome deve cultivar igualmente essas três qualidades,
representadas pelos três pontos (.·.) apostos a seu nome, como as três
estrelas que brilham no Oriente da Loja..
-Irmão 1º Vig.·., o ternário pode ser estudado sob outros
aspectos?

1º Vig.·.: -Sim, Ven.·.M.·. . Dentre esses aspectos citarei, apenas, os


principais, que são:
DO TEMPO - Presente, passado e futuro.
DO MOVIMENTO DIURNO DO SOL - Nascer, Zênite e Ocaso.
DA VIDA - Nascimento, Existência e Morte; Mocidade Maturidade e
Velhice.
DA FAMÍLIA - Pai, Mãe e Filho.
DA CONSTITUIÇÃO DO SER - Alma, Corpo e Mente.
DO HERMETISMO - Arqueu, Azote e Hilo.
DA GNOSE - Princípio, verbo e substância.

163
DA CABALA HEBRAICA, da qual são tiradas as Palavras Sagradas e de
P.·. da Maç.·. - Keter (Coroa), Hokma (Sabedoria) e Binah (Inteligência).
DA TRINDADE CRISTÃ - Pai, Filho e Espírito Santo.
DA TRIMURTI - Brama, Vishnu e Shiva; Sat, Chit e Ananda.
DOS TRÊS GOUNAS, ou qualidades inerentes à Substância
Eterna (Maia), na Índia: - Tamas (inércia), Rajas (movimento) e Sattva
(Harmonia).
DO BUDISMO - Buda (Iluminado), Dharma (Lei) e Sanga (Assembleia de
fiéis).
DO EGITO - Osiris, Isis e Horus; Ammon, Mouth e Khons.
DO SOL, no Egito - Horus (Nascer), Ra (Zênite) e Osíris (Ocaso).
DA CALDEIA - Olomus (Luz), Olosurus (Fogo) e Elium (Chama).

Ven.·. M.·.: -Como vedes, Irmãos Aprendizes, em toda a parte se


encontra o número três, o TERNÁRIO, do qual o Delta Sagrado é o mais
luminoso e, talvez, o mais puro emblema. Nas Lojas Maçônicas, o ternário
é, ainda, simbolizado pelos três grandes pilares: SABEDORIA - FORÇA -
BELEZA, que representam as Três Grandes Luzes, colocadas, a primeira,
no Oriente, a segunda, no Ocidente, e a terceira, no Sul, de acordo com a
orientação das "Três Portas" do Templo de Salomão.
-Irmão Orad.·., que letra se vê no centro do Delta ?

Orad.·.: -No centro do Delta está a letra inicial do Tetragrama,


símbolo da Grande Evolução ou “do que existiu”, “do que existe” e “do que
existirá”.
-O Tetragrama YOD-HE-VAU-HE, apesar de se compor
de quatro letras, tem somente três diferentes (YOD, HE, VAU) para
simbolizar as três dimensões do corpo: comprimento, largura e altura, ou
profundidade. A letra VAU, cujo valor numérico é 6, indica as seis faces
dos corpos.
-O Tetragrama, com suas quatro letras, tem afinidades com
a Unidade, pois 4 e 1 SÃO QUADRADOS PERFEITOS, e, com as três
letras diferentes, indica que, a partir de 3, os números entram em nova fase.

164
O Tetragrama lembra, finalmente, ao Aprendiz que ele passou pelas quatro
provas dos Elementos - Terra, Ar, Água e Fogo.
-Colocado no topo da Coluna do N.·., o Aprendiz vai
começar estas quatro provas no caminho para o 2º Grau. Tendo recebido a
luz e podendo caminhar sozinho no templo, embora ainda auxiliado pelos
conselhos dos Irmãos e pela experiência dos Mestres, sente-se responsável
por si mesmo e sabe que seus pensamentos, palavras e obras devem
demonstrar, sempre, a consciência de seu juramento ao ingressar no templo
do Ideal, cujo serviço aceitou livremente, sem constrangimento, nem
restrição de espécie alguma.

Ven.·. M.·.: -Irmãos Aprendizes, está terminada a sétima e última


instrução. Lede e meditai, profundamente, sobre esta instrução. Ela vos
abrirá os olhos para os problemas transcendentais, cujo estudo ainda não
vos é permitido, mas que apresentar-se-ão, por certo, ao vosso espírito,
agora fortificado e esclarecido pelo simbolismo dos números.

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HINOS RECOMENDADOS

HINO NACIONAL BRASILEIRO

Letra de Joaquim Osório Duque Estrada


Música de Francisco Manuel da Silva
Primeira Parte

Ouviram do Ipiranga as margens plácidas


De um povo heróico o brado retumbante,
E o sol da liberdade, em raios fúlgidos,
Brilhou no céu da pátria nesse instante.

Se o penhor dessa igualdade


Conseguimos conquistar com braço forte,
Em teu seio, ó liberdade,
Desafia o nosso peito a própria morte!

Ó pátria amada,
Idolatrada,
Salve! Salve!

Brasil, um sonho intenso, um raio vívido,


De amor e de esperança à terra desce,
Se em teu formoso céu, risonho e límpido,
A imagem do Cruzeiro resplandece.

Gigante pela própria natureza,


És belo, és forte, impávido colosso,
E o teu futuro espelha essa grandeza.

Terra adorada
Entre outras mil
És tu, Brasil,

166
Ó pátria amada!

Dos filhos deste solo


És mãe gentil,
Pátria amada,

Brasil!

Segunda Parte

Deitado eternamente em berço esplêndido,


Ao som do mar e à luz do céu profundo,
Fulguras, ó Brasil, florão da América,
Iluminado ao sol do Novo Mundo!

Do que a terra mais garrida


Teus risonhos, lindos campos têm mais flores,
Nossos bosques têm mais vida,
Nossa vida no teu seio mais amores.

Ó pátria amada,
Idolatrada,
Salve! Salve!

Brasil, de amor eterno seja símbolo


O lábaro que ostentas estrelado,
E diga o verde-louro dessa flâmula
Paz no futuro e glória no passado.

Mas se ergues da justiça a clava forte,


Verás que um filho teu não foge à luta,
Nem teme, quem te adora, a própria morte.

167
Terra adorada
Entre outras mil
És tu, Brasil,
Ó pátria amada!

Dos filhos deste solo


És mãe gentil,
Pátria amada,

Brasil!

HINO À BANDEIRA

Letra de Olavo Bilac


Música de Francisco Braga

Salve, lindo pendão da esperança!


Salve, símbolo augusto da paz!
Tua nobre presença à lembrança
A grandeza da Pátria nos traz.

Recebe o afeto que se encerra


Em nosso peito juvenil
Querido símbolo da terra,
Da amada terra do Brasil!

Em teu seio formoso retratas


Este céu do puríssimo azul,
A verdura sem par dessas matas,
E o esplendor do Cruzeiro do Sul...

Recebe o afeto que se encerra...

Contemplando o teu vulto sagrado,


168
Compreendemos o nosso dever:
E o Brasil, por seus filhos amado,
Poderoso e feliz há de ser!

Recebe o afeto que se encerra...

Sobre a imensa nação brasileira,


Nos momentos de festa ou de dor,
Paira sempre, sagrada bandeira,
Pavilhão de justiça e de amor!

Recebe o afeto que se encerra


Em nosso peito juvenil
Querido símbolo da terra,
Da amada terra do Brasil.

HINO À MAÇONARIA

Letra e Música de D. Pedro I

Da luz que de si difunde


Sagrada filosofia!
Surgiu no mundo assombrado
A pura Maçonaria.

Maçons, alerta!
Tende firmeza!
Vingai direitos
Da natureza!

Da razão, parte sublime,


Sacros cultos merecia.
Altos heróis adoraram
A pura Maçonaria.

169
Maçons, alerta!
Tende firmeza!
Vingai direitos
Da natureza!

Da razão suntuoso templo


Um grande rei erigia,
Foi, então, instituída
A pura Maçonaria.

Maçons, alerta!
Tende firmeza!
Vingai direitos
Da natureza!

Nobres inventos não morrem


Vencem do tempo a porfia
Há de os séculos afrontar
A pura Maçonaria.

Maçons, alerta!
Tende firmeza!
Vingai direitos
Da natureza!

Humanos sacros direitos


Que calcará a tirania
Vai ufana restaurando
A pura Maçonaria.

Maçons, alerta!
Tende firmeza!
Vingai direitos
Da natureza!

Da luz depósito augusto


Recatando a hipocrisia
Guarda em si com zelo santo
A pura Maçonaria.

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Maçons, alerta!
Tende firmeza!
Vingai direitos
Da natureza!

Cautelosa, esconde e nega


A profana gente ímpia
Seus mistério majestosos
A pura Maçonaria.

Maçons, alerta!
Tende firmeza!
Vingai direitos
Da natureza!

Do mundo o Grande Arquiteto


Que o mesmo mundo alumia
Propício protege, ampara
A pura Maçonaria!

Maçons, alerta!
Tende firmeza!
Vingai direitos
Da natureza!

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