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2011
Mui Poderoso e Soberano Grande
Comendador Helio Antonio da Silva
2ª. Edição – Revista e Ampliada
Índice
o
Da Câmara do Grau 4 e sua Decorações........................................................................................................................................................3
o
Composição da Câmara do Grau 4 .................................................................................................................................................................4
Indumentária....................................................................................................................................................................................................5
o
Ritual do Grau 4 Ordem dos trabalhos...........................................................................................................................................................9
o
Ritual do Grau 4 Mestre Secreto....................................................................................................................................................................9 1)Entrada
II.∙........................................................................................................................................................................................12 6)Ordem do
dia.............................................................................................................................................................................................13
Iniciação........................................................................................................................................................................................................13
9)Encerramento.............................................................................................................................................................................................21
11) Saída.......................................................................................................................................................................................................22
o
Anexo IV: Cobridor do Grau 4 .....................................................................................................................................................................23
A)Rizzardo do Caminho...............................................................................................................................................................................24
Tratamentos...................................................................................................................................................................................................25
As luzes..........................................................................................................................................................................................................26
A arca da aliança...........................................................................................................................................................................................26
Emblema........................................................................................................................................................................................................26
Chave de Marfim...........................................................................................................................................................................................26
D)Nicola Aslan..............................................................................................................................................................................................29
2ª. Edição
SÃO JOSE DO RIO PRETO/SP
EDIÇÃO DO AUTOR
2012
SCG33REAA1804
RITual do GRAU DE MESTRE maçom SECRETO
LITURGIA E INSTRUÇÕES
2012 Edição do Autor
Editor: Helio A. Silva
Produção, Revisão e Capa: Helio A. Silva
Direitos Autorais: Hélio Antonio da Silva, transferidos legalmente
para SCG33REAA1804
_________________________________________________________________
Ficha Catalográfica
SILVA, Helio Antonio.
Ritual do grau de mestre secreto/ Helio Antonio da Silva. São
José do Rio Preto/SP, Ed. Autor/2012.
1.Maçonaria. 2. Ritual. 3. Mestre Secreto. I-Título
___________________________________________________________________________
Proibida a reprodução total ou parcial desta obra de qualquer forma ou de qualquer meio
eletrônico, mecânico, inclusive por meio de processos xerográficos, incluindo ainda o uso da
internet, sem a permissão expressa da Helio Antonio da Silva, na pessoa do seu editor (Lei 9.610,
de 19-2-98) Todos os direitos desta edição, em língua portuguesa, reservados pelo Editor.
Proibida a tradução sem autorização.
ÀG\D\G\A\D\U\
Aprovado pela Grande Secretaria de Ritualística e elaborado conforme os Regulamentos do Supremo Conselho do Rito Escocês
Antigo e Aceito do Grau 33º no Brasil, responsável pela ortodoxia do REAA.
EXEMPLAR №
Nesta iniciação, a aspirante ira encontrar e abrirá a “Arca da Aliança”, com a “Chave de
Marfim” que lhe será entregue na cerimônia; descobrirá que no interior da “Arca” encontram-se
as “Tábuas das Leis”, um pote que guardou o “Maná” e a “Vara de Aarão”.
No Santo dos Santos, sobre um estrado de um degrau, apenas um trono que é destinado ao
Presidente, que tem a designação de Três Vezes Poderoso Mestre e representa o Rei Salomão, o
Rei Hiram de Tiro e Hiram Abif, o Arquiteto, fundidos em uma só figura.
No encosto do trono esta preso um manto preto, orlado de vermelho, que cobre totalmente o
espaldar. O Altar do T.∙.V.∙.P.∙.M.∙. é coberto por uma manto preto, desde a tampa do Altar até o
início do degrau; na frente do manto está bordada a insígnia do Supremo Conselho, uma Águia
de Lagash ou a tradicional Águia Bicéfala.
Os visitantes dos altos graus ocupam as poltronas laterais, dispostas à direita e à esquerda
do Altar, não existindo distinção ou hierarquia entre essas posições.
No painel, por trás do trono, urna coroa real, símbolo da Família Real Fuad, dinastia do
Egito, até o ano de 1950, a qual autorizou e patrocinou a fundação do Supremo Conselho do
Cairo, abaixo dele o emblema do grau, um círculo, no qual esta inserido um triângulo equilátero;
dentro deste, uma estrela de cinco pontas com a letra iode (yod), que é a 10ª. Letra de vários
alfabetos semíticos e representa a inicial das quatro letras que forma o nome Sagrado de Deus.
Há no canto do Santo dos Santos, à direita do T.∙.V.∙.P.∙.M.∙., uma mesa coberta com pano
preto, sobre a qual se encontra a Arca da Aliança, dentro da qual se acham as Tábuas da Lei e a
Urna do Mana. A Vara de Aarão está encostado na Urna e a frente dela o Candelabro de sete
velas, todas acesas.
Na entrada do Santos dos Santos, à esquerda do T.∙.V.∙.P.∙.M.∙., esta a mesa dos pães
propiciais, na frente da mesa do Ir.·. Tes.∙., e mais para trás o Altar dos Perfumes. Todo este
material está na frente do Santos dos Santos, porém abaixo do primeiro degrau.
Próximo à entrada do Santo dos Santos, o Altar dos Juramentos, com o L.∙. S.∙., as Antigas
Constituições da Maçonaria, e o Estatuto Social da Fundação do Supremo Conselho, ficarão em
uma mesa próxima ao Altar dos Juramentos, ornamentados por uma Espada Templário nua.
No centro da câmara, o Altar dos Sacrifícios com o timbre da Oficina, uma coroa de louro e
oliveira, a chave de marfim com a letra Z, o Pentateuco, um avental e fita do grau, e as luvas
brancas. Na frente deste Altar, uma cadeira para o iniciando (se houver mais de um os demais
ficarão nas primeiras fileiras de cadeiras de ambos os lados).
A iluminação é feita por nove luzes principais, três em cada candelabro colocados na mesa
do T.∙.V.∙.P.∙.M.∙., na de Adonhiram e no Altar dos Juramentos.
A cerimônia deve ser acompanhada pela Col.∙. da Harm.∙. que escolherá musica apropriada.
INDUMENTÁRIA
Os Mestres Secretos ocupando ou não cargos na Câmara, usam fita azul, larga, forrada e
orlada de preto, a tiracolo, tendo suspensa na ponta a Joia do GRAU - uma chave de marfim com
a “letra Z” na extremidade, a inscrição “S.∙.C.∙.G.∙.33º.∙. REAA 1804”, bordadas na cor de ouro;
a faixa é colocada da direita para a esquerda.
O T.’.V.’.P.’.M.’. usa a fita azul com as mesmas características, porém confeccionada como
Colar tendo como joia um triangulo equilátero dourado.
Observação: A Loja de Perfeição informará seus obreiros, com antecedência, qual a reunião
que será executada, se Ordinária ou Magna, uma vez que no Supremo Conselho não há
transformação de uma em outra.
Observação 2: As figuras abaixo, trazem os modelos dos aventais e das faixas utilizadas na
Loja de Perfeição para o Grau 4, porem, mantém o tratamento de “Poderosíssimo” ao se
referirem ao Presidente da Loja, quando na realidade, deveriam utilizar Três Vezes Poderoso
Mestre.
RITUAL DO GRAU 4
ORDEM DOS TRABALHOS
1 - Entrada do Cortejo;
2 - Abertura dos Trabalhos.
3 - Leitura da Ata e do Expediente,
4 - Leitura de Atos, Decretos e Resoluções,
5 - Saco de PP.∙. e II.∙.
6 - Ordem do Dia:
6.1 - Sessão Magna de Iniciação.
7 - Tr.·. Sol.∙.
8 - Palavra a Bem do Rito ou da Ordem.
9 - Encerramento,
10 - Palavra Anual.
11 - Saída.
RITUAL DO GRAU 4
Mestre Secreto
1 - ENTRADA DO CORTEJO
O cortejo é organizado pelo M.∙.CC.∙. em duas alas, com os EExp.·. à frente, cada um com
metade dos irmãos sem cargos ou convidados, seguindo-se os Oof.∙. na ordem: Hosp.·., Tes.·.,
Secr.∙., Orad.∙., 1ºVig.·., T.∙.V.∙.P.∙.M.∙. e Dignidades.
O M.∙. CC.∙. bate à porta para que o G.∙. do T.∙. a abra e dê entrada ao cortejo. Os Irmãos
entram, dirigem-se aos seus lugares, ficando de pé. Ao adentrarem, todos saúdam o Oriente, com
a saudação do Grau.
O M.∙. CC.∙., após verificar que a Câmara esta composta, anuncia ao T.∙.V.∙.P.∙.M.∙., que convida
todos para sentarem-se.
2 - ABERTURA DOS TRABALHOS
T.∙.V.∙.P.∙.M.∙. - (!) Ven.∙. Ir.∙. Adonhiram, todos os presentes são Mestres Secretos?
ADONH.·. - Verificar se a entrada do Santo dos Santos esta bem guardada e prevenir ao
Ir.∙. Cobri dor externo que os trabalhos vão ser abertos.
(Pausa)
(O G.∙. da T.∙. sai para cumprir a ordem e, voltando ao seu lugar, diz:)
G.∙. DA T.∙. - Por um Mestre Secreto armado de espada, do lado externo da Câmara.
G.∙. DA T.∙.- Conservar afastados todos os que não tiverem direito a entrar na Câmara e
só franqueá-la àqueles a quem permitirdes.
T.∙.V.∙.P.∙.M.∙. – Ven.∙. Ir.∙. Adonhiram, onde fica vosso lugar nesta Câmara?
ADONH.∙. - Velar pelo bem da Ordem e ensinar aos Obreiros a obrigação de cada um,
lembrando-lhes que, embora sejamos, todos, Mestres Maçons, somos iguais a todos
dentro da Maçonaria.
T.∙.V.∙.P.∙.M.∙.- Reconheço este dever e esta verdade. (Pausa) – Ir.∙. Adonhiram, que idade
tendes?
ADONH.∙. - As trevas fugiram diante da aurora e dentro em breve a Grande Luz vai
resplandecer sobre nossa Câmara.
T.∙.V.∙.P.∙.M.∙.- Anunciai então, Ir.·. Adonhiram, a todos os Obreiros que vou abrir os trabalhos
dos Mestres Secretos pelos números misteriosos - 000000 0 - (pancadas surdas).
ADONH.·. – (OOOOOO O) - RResp.·. IIr..∙. nosso Três Vezes Poderoso Mestre vai abrir
os nossos trabalhos. Preparai-vos pois.
T.∙.V.∙.P.∙.M.∙. - De pé e à Ordem.
- (pausa)
-Ir .∙. M.∙. CC.∙.acendei os candelabros de três luzes, o Cand.∙. de sete velas e
convidai o Ir.∙. Orad.∙. para abrir o L.∙. S.∙..
T.∙.V.∙.P.∙.M.∙. -A mim, pelo sinal, (Todos executam) - pela bateria do grau (OOOOOO O), surda
no antebraço) Sede discretos, silenciosos e fiéis. A Augusta Loja de Perfeição............... está
aberta. – Ir.∙. M.∙.CC.∙. acompanhai o Ir.∙. Orad.∙. a seu lugar.
(!) - Sentemo-nos, Ir.∙. G.∙. da T.∙. vinde receber a senha, (O G.∙. do T,'. vai ao Três
Vezes Poderoso Mestre, que lhe da ao ouvido, urna palavra de senha, sem a qual
nenhum Obreiro poderá sair da Câmara).
T.∙.V.∙.P.∙.M.∙. – Ven.∙. Ir.∙. Secr.∙. procedei a leitura da Coluna Gravada da ultima Sessão.
T.∙.V.∙.P.∙.M.∙. – Ven.∙. Ir.∙. Secr.∙. continuai com a palavra para a leitura do Expediente.
(Findo o Expediente).
(Em caso afirmativo o T.∙.V.∙.P.∙.M.∙. convida os IIr.∙. para ficarem de pé e à ordem e manda
fazer a leitura).
T.∙.V.∙.P.∙.M.∙. - Ven .∙. Ir.∙. Adonh.∙. anunciai aos OObr.∙. que o Ir.∙. M.∙. CC.∙. vai circular para
fazer a coleta das propostas e informações.
M.∙. CC.∙. - Ven .∙. Ir.∙.Adonhiram, foi feita a circulação com o Saco de PP.∙. e IInf.∙. e
aguardo ordens.
ADONH.∙.- Três Vezes Poderoso Mestre, o Ir .∙. M.∙. CC.∙.termirou seu giro e aguarda
ordens.
6 - ORDEM DO DIA
Neste Caso, sempre será:
INICIAÇÃO
(Este texto prevê a iniciação de mais de um candidato)
T.∙.V.∙.P.∙.M.∙. .- Meus Ilr .∙. a Ordem do Dia de hoje é a Iniciação dos Ilr: ......... Mestres Maçons
que desejam aperfeiçoar seus conhecimentos. (Pausa) -Ir .∙. M.∙. CC.∙. ide verificar se os
Candidatos se encontram na antecâmara e cumpri vosso dever.
(O M.∙. CC.∙. depois de receber a senha vai à antecâmara, examina os candidatos com o
telhamento do Grau de Mestre Maçom e nos demais graus simbólicos, se assim o
desejar. O candidato deverá estar paramentado como Mestre. Depois, retirando os
paramentos (avental e fita de M.∙. M.∙.) do candidato, coloca-lhe uma venda, à qual esta
preso um esquadro e passa-lhe uma corda pelos braços. O Candidato assim preparado e
segurando com a mão esquerda uma tocha acesa (substituída por uma pequena lanterna
de pilhas) é levado, acompanhado dos outros (no caso de existirem mais candidatos) à
porta da Câmara, onde o M.∙. CC.∙. bate como M.∙. M.∙.).
G.∙.DA T.∙.- (Entreabrindo a porta da Câmara) Quem bate? Quem quer entrar nesta
Câmara consagrada à dor e à tristeza?
M.∙. CC.∙. - São MM.∙. MM.∙. que, tendo visto o túmulo de Hiram, desejam ser recebidos
entre os Mestres Secretos.
M.∙.CC.∙. - Afianço-vos.
(O G.∙. da T.∙. abre a porta da Câmara, o M.∙. CC.∙., segurando a corda que prende o
braço esquerdo do Iniciado, entra, seguido pelos demais Candidatos que simbolicamente
também estão amarrados.
ADONH.∙.- (Saindo de seu lugar e interceptando-lhes os passos) –IIr.∙. , entrastes aqui por
vossa livre e espontânea vontade?
CANDIDATOS - .
ADONH.∙. - (Após a resposta) - Então, Ven .∙. Ir.∙. M.∙. CC.∙., conduzi-os ao Altar dos
Sacrifícios.
1º EXP.∙. - Ao entrardes nesta Aug.∙. Loj.∙. selo vossos lábios com o sinete do sigilo e da
fidelidade. Que vossa honra seja a perfeita garantia. (Sem repetir a frase, aplica o sinete
nos demais candidatos, e depois volta ao seu lugar.)
T.∙.V.∙.P.∙.M.∙. - (Aos candidatos) – IIr.∙. acabais de penetrar em uma Câmara outrora radiante e,
hoje, mergulhada nas trevas e no luto, por obra dos perversos, (Pausa). – Ir.∙. M.∙. CC.∙. deixai
junto a vos este que vem cativo e desolado e fazei tomar assento os que o acompanham, Que
todos sejam discretos e silenciosos.
T.∙.V.∙.P.∙.M.∙. .- (Aos Iniciandos) - Quem vos trouxe aqui, IIrr.∙. que estais cativos e cujos olhos
vendados procuram, em vão, a luz e cujos braços presos não podem servir para vossas defesas?
Assim. fracos e tristes, errantes nas trevas e na desolação, causais-me pena, (Pausa).
- Conservareis, acaso, no fundo de vosso ser a sagrada centelha que poderá transformar-
se na chama que vos guiará no caminho da Verdade? Dizei-me, foi o desejo do bem que
vos conduziu até aqui? (Pausa).
- Não respondeis? Vossos lábios ficam mudos, vossos olhos porventura se escondem,
para que eu não possa ler o que se passa em vossa alma? (Pausa). - Vosso silencio me
induz a crer que, vindo a este recinto, ou obedecestes a um sentimento bem humano - a
satisfação de algum desejo - ou então, viestes buscar a felicidade.
(Pausa)
ORAD.·. - (Aos Iniciandos) - Em vossas Lojas de Aprendiz, Companheiro e Mestre vos
encontrais no seio de numerosos IIr.∙. entusiastas, inflamados pelo desejo de fazer o bem,
guiados pelo ardor da mocidade, a que a liberdade de pensamento, dentro da lei,
proporciona mais animação, dispondo-os a lutar pela Verdade contra a Mentira e contra o
Mal. E nesse meio que o nosso rito escolhe os operários de que necessita.
T.∙.V.∙.P.∙.M.∙. - Este ardor juvenil não é, entretanto, bastante para sucesso nos combates da vida.
Chorastes, com vossos IIr.·., sobre o túmulo de Hiram, a inteligência potente e única diretora dos
trabalhos, esmagada pela ignorância e pela tirania. Perdeu-se a Palavra de Amor. Durante
séculos, o espirito gemeu encarcerado e, bem o sabeis, seus carrascos ainda estão vivos. O luto
que nos cerca, mostra essa situação. A Maçonaria, porém, foi criada para preparar a libertação do
espirito humano, dentro da precisa disciplina. Essa libertação, contudo, não será obtida à custa de
ataques irrefletidos, porque os assassinos de Hiram são terríveis. Os combates devem ser
dirigidos pela Verdade, pela Ciência e pela prudente Tolerância. A Maçonaria procura, portanto,
homens experimentados e espiritos amadurecidos e resolutos, a fim de dar à Humanidade
condutores hábeis pelo estudo e implacáveis no cumprimento do Dever.
T.∙.V.∙.P.∙.M.∙. - Além disso, não podereis, sob pretexto de liberdade de consciência, furtar-vos
de falar com sinceridade, quando expuserdes vossos pensamentos ou exprimirdes vossos
sentimentos. A sinceridade é a Lei única, suprema e universal dos Maçons. É, pois à vossa
sinceridade que me dirijo, interpelando-vos. Não sendo os trabalhos de urna Loja de Perfeição
compatíveis com o ardor dos trabalhos simbólicos, são, entretanto, assíduos, tenazes, como o
trabalho do solitário que pesquisa seus próprios pensamentos. Aceitais este gênero de trabalho?
CANDIDATOS - .
T.∙.V.∙.P.∙.M.∙. - Eu vos disse, também, que impúnhamos deveres rigorosos aos candidatos. São
deveres relativos a trabalhos pessoais ao alcance de vossas forças e dentro do tempo que
dispuserdes. Os sacrifícios que exigimos, não ultrapassam, jamais, as vossas possibilidades.
Estais dispostos a contrair essas obrigações?
CANDIDATOS - .
CANDIDATOS - .
CANDIDATOS - .......................
ADONH.∙. - Desgraça sobre aquele que afirma obediência ao Dever sem o compreender!
HOSP.∙. - Desgraça sobre aquele que aceita um fardo que não pode carregar!
T.∙.V.∙.P.∙.M.∙. - (Depois de pequena pausa) Houve tempo em que a Humanidade admitia que só
o sangue poderia punir o esquecimento do Dever. Para a Maçonaria basta o desprezo para punir
o perjúrio. Nunca vos esqueçais de que o não cumprimento do Dever custar-vos-á mais lágrimas
do que as que poderiam produzir os mais cruéis tormentos físicos.
HOSP.∙. - Ele esta conosco na vigília e no leito toda a noite! No tumulto das grandes
cidades, no silêncio dos desertos, o sentimento do Dever nos acompanha, implacável
como a morte!
(Pausa)
(Os Iniciandos precedidos pelo M.∙. CC.∙. fazem por três voltas, as viagens, durante as
quais ouvirão:)
ORAD.∙. - (Na 2º volta, quando se dirige para Adonhiram) - Não façais vossos deuses de
metal. Quando erguerdes vossos olhos para a abóbada celeste e nela virdes o Sol, a Lua e
as Estrelas, não lhes dirijais nenhum culto, como faziam os povos de outrora.
HOSP.∙. - (Na 3º volta quando passar por ele) - Não atribuais a DEUS, o G.∙. A.∙. D.∙. U.∙.,
paixões e vícios, humanos, Nunca deis o Seu Nome aos fantasmas que vossa imaginação
engendrar! Não humanize Deus e não endeuse um homem!
(Ao término da ultima volta, o M.∙. CC.∙. conduz o Iniciando à mesa do Ir.∙. Adonhiram,
que batendo com o punho da espada, diz: )
ADONH.∙. – Ir.∙. M.∙. CC.∙. quem é este infeliz que convosco viaja, na escravidão e nas
trevas?
M.∙. CC.∙.- Porque deseja passar do Esquadro ao Compasso; porque viu o túmulo de
Hiram; porque aspira a liberdade.
ADONH.∙.- Ide com ele até defronte da Arca da Aliança. O Candelabro de sete velas o
iluminara. Será admitido à mesa dos pães propiciais.
(O Iniciando é conduzido ao Santo dos Santos; o M.∙.CC.∙. faz com que ele estenda as
mãos sobre a fumaça desprendida do vaso dos perfumes, e toque os pães propiciais e
volte à entrada do Santo dos Santos).
T.∙.V.∙.P.∙.M.∙. - (Para o candidato) - Bem compreendeis, meu Ir.∙., que este Ritual é uma tradição
litúrgica. Nossos antepassados assim sempre o praticaram. Os Maçons da Idade Média
receberam-no dos da Antiguidade, daqueles arredados tempos em que a principal preocupação da
inteligência estava na luta contra a adoração dos astros e o culto de ídolos materiais. É uma
espécie da retrospecção arqueológica, que respeitamos e cultuamos. Ouvistes como que
evocações dos tempos que já se foram, Essas ingênuas sentenças traduzem, de modo empolgante,
a suprema e perpétua preocupação da Maçonaria, isto é, a derrubada de todos os ídolos.
Preconceitos ou superstições, mentiras ou ignorâncias, milagres ou tiranias, ídolos religiosos ou
ídolos políticos, a Maçonaria procura desde a Antiguidade sempre combater pacificamente.
Conheceu a nossa Ordem épocas em que a ideia de um Deus único, clarividente e justo era a
mais alta concepção de que o homem fosse capaz. Em torno dessa ideia nasceram superstições,
surgiram idolatrias. Por nossa vez, criamos concepções da forma que podemos. Como serão elas
julgadas daqui a dois ou três mil anos? O mais hábil e mais esclarecido entre nós, não conserva
em seu espírito uma parcela de preconceitos, de ídolos que o futuro derrubara?
(Pausa).
-Ir.·. Orad.·., lede a antiga fórmula do compromisso dos Mestres Secretos. (!)
ORAD.·. - (Lendo) - Em presença dos IIr.·. aqui reunidos, declaro que com eles faço
aliança, tomando este compromisso com sinceridade, solenemente. Prometo jamais
revelar os sigilos deste Grau. Aceito, com lealdade, a Soberania do Supremo Conselho do
Grau 33º. para o Rito Esc.·. Ant.·. e Ac.·. de 1804 em todas as suas Leis e decisões.
Prometo, enfim, ser fiel até à morte, a todo depósito que me for confiado, a toda
obrigação que me seja legalmente imposta; a todo dever, cujo cumprimento seja
reclamado pela felicidade de minha Pátria, de minha Família e da Humanidade. Jamais
abandonarei minha Família, meus IIr.∙. e meus amigos na necessidade, no perigo, na
aflição ou na perseguição.
T.∙.V.∙.P.∙.M.∙. - (Aos Candidatos) - Meus IIr.∙., este juramento resume-se, para nós, na seguinte
máxima: ."FIDELIDADE AO DEVER QUE VOSSA CONSCIÊNCIA VOS IMPÕE". Estais
dispostos a jurar esta fidelidade?
CANDIDATOS - .
INICIANDO - EU O JURO!
T.∙.V.∙.P.∙.M.∙. - (Findos os Juramentos) - Ven.·. Ir.∙. Adonh.∙., Ir.∙. Orad.∙., Porta-Espada e Porta-
Estandarte, aproximai-vos da Ara, - Ir.∙. M.∙.CC.∙. preparai o Candidato.
(Faz a sagração, dando com o Cetro, a bateria do grau na lâmina da Espada Templário,
segura pela mão esquerda, colocada sobre a cabeça do Iniciando e depois em cada um
dos Candidatos que vão se aproximando).
(Pausa).
- Ir.∙.Adonh.∙. , lede a fórmula do compromisso pelo qual nós nos unimos aos novos
Mestres Secretos.
ADONH.∙. - (Lendo) - Juramos ser fiéis aos nossos IIr.∙. jamais abandoná-los na
necessidade, no perigo, na aflição ou na perseguição e mais, auxiliá-los sempre a bem
cumprirem seus deveres.
T.∙.V.∙.P.∙.M.∙. - E todos nos, meus IIr.∙. num impulso unânime de amizade e de fidelidade, juntos
digamos: EU O JURO!
(Pausa)
- Ven .∙. Ir.∙. Adonh.∙., transmiti aos novos Mestres Secretos as Instruções Filosóficas do
Grau.
(O Ir.∙. Adonh.·. vai onde está o Iniciando e auxiliado pelo Ir.∙. M.∙. CC.∙. diz:)
ADONH.∙. - Meus IIr.∙. estáveis nas trevas e nós vos restituímos à Luz; marcháveis em
terreno incerto e precário e nós vos mostramos a estrada reta, iluminada pela Gr.∙. Luz.
Passastes do esquadro ao compasso, estudastes a geometria, e, agora, dos ângulos
passastes às grandes curvas e círculos que servem para calcular o movimento dos astros,
Podeis agora estudar a Terra, nossa habitação comum, onde estão a Verdade e a Palavra
Perdida.
Vede como nossa Câmara esta ornamentada. Símbolos lutuosos que mostram a nossa
tristeza pela morte do nosso Mestre Hiram, pelo eclipse da Luz e da Verdade
substituídas pelas Trevas e pelo Erro.
- Eu vos coroo com esta grinalda de louro e oliveira; de louro, da vitória e do triunfo,
consagrado a Apolo, Deus da Luz. Os que iam consultar o Oráculo de Delfos levavam
grinaldas de louro e também os sacerdotes romanos nos festivais apolíneos. Vós
consultais, neste momento, um oráculo bem mais apreciável que o de Delfos - o da
Verdade Maçônica - que não dá respostas ambíguas e equívocas como aquele.
Com ele recebei as luvas e a fita do grau, que é vossa agora. As cores branca e preta são
emblemáticas. Recordam o luto dos iniciados ao reconhecerem a perda do Mestre - o
Iniciado Fenício - e a perda da Palavra de Mestre, Simbolizam também o eterno
contraste que no Universo existe entre o corpo e a alma, entre a Luz e a Treva, entre o
Bem e o Mal, entre a Verdade e o Erro, e que na Maçonaria se corporifica na ansiedade
e nos esforços do Aspirante para atingir a Luz. O olho na abeta do avental é o símbolo
do Sol no azul do céu, olho do Universo e que entre os antigos era o emblema da
Divindade, o grande Arquiteto da Luz. "Luz e Trevas, disse Zoroastro, são os eternos
caminhos do mundo". Um olho era o hieróglifo egípcio da palavra “Iri” e a segunda
sílaba do nome Osíris (Osh-Iri), a divinização do Sol, personificação do princípio do
Bem. Apresento-vos agora esta chave de marfim, símbolo do grau e emblema do
Segredo. A letra Z que nela existe é a inicial da palavra de passe do grau.
T.∙.V.∙.P.∙.M.∙. – Ir.∙.M.∙. CC.∙., transmiti aos novos Mestres Secretos, os ensinamentos do Grau.
T.’.V.’.P.’.M.’.- (Aos Candidatos) - Agora que estais instruídos, podeis tomar parte em
nossos trabalhos.
Ir.∙. M.∙.CC.∙. fazei os novos Mestres Secretos assinarem o Livro de presença e designais
os lugares entre nós.
T.∙.V.∙.P.∙.M.∙.- Concedo a palavra ao Ir.∙. Orad.∙. para pronunciar o discurso de instrução moral
do Grau.
T.∙.V.∙.P.∙.M.∙. - Meus IIr.∙. como conclusão de nossos ensinamentos, lembrai-vos que contraístes
a obrigação de estudar a Maçonaria.
1º - Em sua História;
2º - Nos símbolos, não vos esquecendo que esses símbolos contribuem para ocultar e
não para revelar sua doutrina;
3º - Em sua Moral, pois jurastes fidelidade ao Dever, seja ele qual for. O dever
compreende a obediência à lei e, por consequência, a luta contra toda tirania, pois que a
tirania é a negação da lei.
(Pausa).
7 - TR .∙. DE SOL.∙.
T.∙.V.∙.P.∙.M.∙. .– Ven.∙. lr.∙. Adonh.∙. anunciai que o Ir.∙. Hosp.∙. vai circular o Tr.∙. de Sol.∙. para
que cada Ir.∙. nele deposite, o que ditar seu coração.
(Feito o anuncio, o Ir.∙. Hosp.∙. faz a coleta dos irmãos que estão no S.∙.dos S.∙. e depois
dos demais obreiros sem formalidades; traz ao Ir.∙. Orad.∙. para ser conferida e este
anuncia o resultado).
ADONH.∙. - (Se nada tiver a dizer) – Nada, Três Vezes Poderoso Mestre.
T.∙.V.∙.P.∙.M.∙. - Ven .∙. Ir.∙. Adonh.∙., anunciai aos IIr.∙. que se tiverem alguma comunicação a
fazer a bem da Maçonaria em geral, e do Rit.∙.Esc.∙. Ant.∙.Ac.∙.em particular, eu lhes facultarei a
palavra.
ADONH.∙. – Nenhum.
T.∙.V.∙.P.∙.M.∙. - (!) - De pé e à ordem. Ir.∙. M.∙.CC.∙. convidai o Ir.∙. Orad.∙. a cerrar o L.∙. S.∙. e
depois apagai os candelabros de três LL.∙. e extingui o das sete velas.
Silêncio e fidelidade! A mim, pelo sinal e pela bateria, Antes de nos retirarmos, meus
IIr.∙. juremos guardar silêncio sobre o que aqui hoje se passou.
(O Poderosíssimo vai para a entrada do Santo dos Santos, recebe a espada que o Port.·. Esp.∙. Ihe
entrega, estendendo-a à frente. O M.∙. CC.∙. vai fazendo a chamada dos presentes, a começar
pelas Dignidades, Oficiais e demais Mestres Secretos e por ultimo o G .∙. do T.∙. todos se dirigem
ao T.∙.V.∙.P.∙.M.∙., colocam os dois dedos da mão esquerda sobre a lâmina da espada, levantam a
mão direita espalmada para a frente, dizem: EU O JURO! - e se colocando um junto ao outro,
formando uma ala de cada lado, até a porta da Câmara).
T.’.V.’.P.’.M.’.- Esta fechada nossa Excelente Loja de Perfeição em sua Câmara de Grau 4.
Retiremo-nos em paz!
10 - PALAVRA ANUAL
11 - SAÍDA
(O G.∙. da T.∙. abre a Porta da Câmara e o T.∙.V.∙.P.∙.M.∙. sai à frente, com a espada estendida,
seguindo dos IIr.∙. das duas alas).
Observação: A espada do T.∙.V.∙.P.∙.M.∙. será sempre a de modelo Templário, com punho reto
em cruz e lamina reta, pontiaguda e corte em ambos os lados, tendo no punho o emblema da
Cruz dos Templários.
Observação 2: Ninguém, com exceção do Três Vezes Poderoso Mestre, poderá sair do Templo
sem fornecer ao Guarda da Torre a Palavra Secreta, que será sussurrada ao seu ouvido no
momento de despedida com o Ósculo Santo.
ANEXO I – SESSÃO ORDINÁRIA
Quando o Ritual atinge o item 06 (seis) do seu desenvolvimento, não sendo o caso de
“Cerimônia Magna de Iniciação”, então, seguir-se-á, outra dinâmica, a saber:
6.1 – Sessão Ordinária. Contará com um tempo (geralmente de 15 – quinze – minutos, para
debates sobre o aperfeiçoamento do Supremo Conselho, da Loja de Perfeição, tanto na parte
doutrinária quanto administrativa. Outro tempo, idêntico, será utilizado para apresentação de
uma peça de arquitetura contendo estudo relativo ao Grau 4. Após esses períodos, haverá o
prosseguimento com o ritual seguindo o item 7 (sete) deste livro. No encerramento, será
concedida a palavra ao Orador da Loja de Perfeição, que fará elogios aos membros presentes,
geralmente, pela distância percorrida ou esforço desprendido para chegar até a reunião; elogios
aos visitantes; elogiará, ainda, aqueles que apresentaram seus trabalhos, destacando o tema e a
forma como explicaram os pontos ali envolvidos; ao final, utilizará desta fórmula para dar seu
aval ao desenvolvimento da cerimônia: “- Considero que os trabalhos estão Justos e Perfeitos,
seguiram a mais perfeita Ordem na condução brilhante do nosso Três Vezes Poderoso Mestre,
que primou pela manutenção dos direitos expressos na Constituição da República Federativa do
Brasil, no Estatuto Social da Fundação do Supremo Conselho, no Estatuto Social da Fundação
desta Loja de Perfeição e nos Antigos Preceitos, Constituições e Costumes da Maçonaria
Universal. Por tudo isso, atesto a seriedade destes trabalhos e me orgulho em pertencer a tão
distinta Assembleia de Maçons do Grau 4 da Loja de Perfeição......,
Tenho Dito!”
6.2 – Sessão Especial. Para o Supremo Conselho, as Sessões Especiais, são aquelas nas quais
são recebidas Autoridades Maçônicas, que comparecem com a nítida intenção (geralmente
convidadas) de discurso sobre tema relevante para a Maçonaria, Município, Estado ou País.
Esses temas, também, podem abranger assuntos tais como: meio-ambiente, saúde, economia,
desenvolvimento político e social, dentre outros. Essas Sessões, tanto podem ser fechadas ou
abertas. No caso das Sessões Especiais Abertas, o comparecimento do público é evidente e
esperado. Nesse último caso, os profanos são recebidos em Loja de Perfeição, após a leitura do
expediente e das normas, decretos e resoluções. Existe a circulação das bolsas de sugestões e do
Tronco da Viúva, tudo antes do ingresso desses convidados. Por determinação do Soberano
Grande Comendador ou do Três Vezes Poderoso Mestre, a Cerimônia Especial poderá ser aberta
diretamente, com a recepção dos convidados, sem o cumprimento das partes do ritual que
entrariam na quebra de sigilo maçônico. Nessas ocasiões, quando os Maçons ficam em pé,
jamais se faz “à Ordem” por uma questão, óbvia, de manutenção dos segredos. O Supremo
Conselho do Grau 33º. através de suas Lojas de Perfeição, recepciona todos os convidados com a
honraria da “abóbada de aço” momento em que os membros designados para esta atividade,
seguram suas espadas com a mão direita e – ao comando de “toque de entrada” tilintam suas
lâminas em saudação àqueles que se aproximam. O comando de “toque de entrada” é dado pelo
Mestre de Cerimônias.
ANEXO III – COLUNA DA HARMONIA
3º - (contração de Jehovah).
A) RIZZARDO DA CAMINO.
Segundo Rizzardo da Camino, a palavra “Loja” é derivado do sânscrito e significa
“Mundo”, porém, maconicamente, o significado é amplo e múltiplo; A interpretação mais
comum para Loja é de ambiente de trabalho para os Maçons, isso fisicamente, ou seja, o local
onde os Maçons se reúnem para todas as suas atividades, mas essa palavra comporta, ainda,
outras interpretações, como por exemplo: casa, coração, lar etc.
Porém, é necessário compreender que na Maçonaria estamos, sempre, trabalhando no
campo dual, assim, além da Loja Física para os trabalhos materiais, temos nela, um local para o
desenvolvimento dos trabalhos espirituais, nesse caso, nos referimos a um Templo Espiritual ou
a uma Oficina Mística.
Usamos o termo “Loja de Perfeição” para enfatizarmos que é nela, que o Maçom, vindo
da Loja Simbólica, irá se aperfeiçoar na filosofia da Maçonaria. Também pode ser denominada
de “Loja de Aperfeiçoamento”. A Loja de Perfeição é um corpo subordinado, responsável pelo
ensino dos Graus 4 ao 14. É subordinada, pois é jurisdicionada, ou seja, está na jurisdição, sob a
responsabilidade de um Supremo Conselho do Grau 33º., o qual edita suas normas e regras
operacionais e administrativa, orienta e corrige o desenvolvimento do ritual dos Graus que lhe
são pertinentes, emite credenciais e certificados e demais condecorações. É o Supremo Conselho
que envia seus Grandes Inspetores Litúrgicos, nas reuniões da Loja de Perfeição, para que possa
observar a maneira que o rito está sendo aplicado e, através de relatório circunstanciado, enviado
ao Soberano Grande Comendador, corrigir ou elogiar o procedimento da Loja de Perfeição. Em
nosso caso, quem coordena, fiscaliza e orienta a Loja de Perfeição é o Supremo Conselho do
Grau 33º. do Rito Escocês Antigo e Aceito de 1804.
A Loja de Perfeição, obrigatoriamente, deve ser subordinada, uma vez que não se
concebe, na Maçonaria, um trabalho, tão profundamente místico, independente, sem uma
organização, uma administração, um cérebro superior. É um conjunto subordinado a regras
rígidas, que dependem de um todo. Note-se, que essa subordinação, não é apenas administrativa,
pois cada Loja pode alterar o seu sistema interno de administração em conformidade aos seus
Estatutos. Trata-se de uma subordinação em forma de reverência para com a hierarquia fraternal
que repousa na pessoa do Soberano Grande Comendador do Supremo Conselho. Outro detalhe
importante, a saber, desde já, é que a Loja Simbólica está sujeita a uma forma política de
sucessão, ou seja, o presidente da Loja, seu Venerável Mestre, é eleito dentre seus pares, Mestres
Maçons, com aptidões específicas que se candidatam ou são indicados para ocuparem, por um
certo período, esse cargo; Contudo, no Supremo Conselho, essa política de sucessão não existe,
uma vez que o título da sua autoridade máxima é de “Soberano”, que traduz a qualidade de “
aquele que reina, com amplos poderes, por tempo indeterminado, não sujeito às regras da política
e nem da sucessão por votação”. Assim, o Soberano Grande Comendador do Supremo Conselho,
permanece no cargo, via de regra, até que suas condições físicas e mentais assim o possibilitem,
ou até que venha a falecer, caso em que será substituído, seguindo-se o critério de sucessão
estipulado nos Estatutos Sociais de Fundação.
A Maçonaria Azul é democrática, porém, a Maçonaria Vermelha é aristocrática, no
sentido de uma unidade em torno do seu Chefe, o qual, por sua vez, abarca todos os poderes no
aspecto material-administrativo e direção espiritual. O Soberano Grande Comendador do Rito, é
a autoridade máxima e o Chefe Espiritual Absoluto. Somente os Maçons que compreendem e
aceitam essa hierarquia é que podem pertencer ao Supremo Conselho, assimilar seus
ensinamentos e, depois de um longo períodos de estudos científicos, tornar-se um Grande
Inspetor Litúrgico, atingindo a qualidade de ‘Doutor em Maçonaria” equivalente ao título
acadêmico de “Phd – Philosuphus Doctor”, nomenclatura utilizada nas Universidades Anglo-
Saxônicas, que foi adotado no mundo todo para designar aqueles acadêmicos que atingiram o
mais alto ponto de estudos em sua matéria.
A Loja de Perfeição, reproduz o local onde o Mestre Adoniram se reunia com seus
artífices mais especializados, para concluir, ou aperfeiçoar, a ornamentação do Grande Templo.
Aqui, nos referimos, lógico, ao aperfeiçoamento dos dois Grandes Templos: o de Salomão, que é
a obra física, e o “ser intelectual” que é a obra espiritual. Não se concebe um trabalho espiritual,
que se reputa com a maior seriedade e que seja autônomo.
Tratamentos:
As Luzes
As luzes dentro da Loja são expressas através do número nove e de seus múltiplos,
assim, poderemos ter, três candelabros, cada um com três luzes e estaremos cumprindo o ritual.
O Candelabro de Sete Braços ou Sete Luzes, chama-se “Menorá”. O cristianismo primitivo, fez
do menorá, o símbolo da “Luz Eterna” ou da “Luz do Mundo” em referência ao Cristo.
A Arca da Aliança
Emblema
Chave de Marfim
4 - Mestre Secreto*
5 - Mestre Perfeito
6 - Secretário Intimo
7 - Preboste e Juiz
8 - Intendente dos Edifícios
9 - Mestre Eleito dos Nove*
10 - Mestre Eleito dos Quinze
11 - Cavaleiro Eleito dos Doze
12 - Grão-Mestre Arquiteto
13 - Real Arco
14 - Perfeito e Sublime Maçom*
* Transmitidos por Iniciação.
____________________________________________________________
Segundo Jorge Adoum (Mago Jefa), o iniciado no Grau Quatro, Mestre Secreto, enfim,
irá conhecer o Coração da Pirâmide, que por sua vez é um dos emblemas do Grau, relacionado
com o Sepulcro de Hiram. Refere-se a “Grande Pirâmide do Egito”.
É a cópia científica do corpo humano e do universo com suas leis. É o verdadeiro
Templo de Salomão, Templo de Iniciação e de Sabedoria.
Construída sobre o quaternário, a Grande Pirâmide, tem sua base nos quatro elementos
da natureza.
Os quatro pontos cardeais, estão representados em suas quatro faces, bem como, o
desdobramento do ternário multiplicado pelo quaternário, nos mostra o número 12, ou os 12
signos zodiacais e as doze faculdades do espírito.
A Grande Pirâmide e o Túmulo de Hiram são um só. Quando o Verdadeira Iniciado
entra na Tumba de Hiram, descobre a tumba do “Eu Sou”, então encontra a si mesmo. O
sepulcro, tanto o de Hiram quanto qualquer outro, simboliza o mundo interno do iniciado, é a
realidade fora da realidade. Entendo essa passagem e somente esta pequena frase, o iniciado
realmente poderá sentir que a iniciação é parte dele, do contrário, continuará julgando a si
mesmo como “um iniciado”, julgamento todo próprio, particular e desprovido da aprovação do
Verdadeiro Mestre.
O iniciado deverá descobrir, no Grau Quatro, a profundidade desta frase: “Eu Sou a
Ressurreição e a Vida”, sou a “chave de marfim” que abre os demais mistérios.
Quanto as viagens, Jorge Adoum, nos trás os seguintes ensinamentos:
TERCEIRA VIAGEM: Nesta viagem, o candidato a Mestre Secreto, vê, pela primeira
vez, a Arca da Aliança, outro símbolo do homem, na qual estão escritas as Leis Universais e
Divinas, assim, compreende o candidato, que toda a Lei está dentro dele mesmo e não nos
códigos editados pela sociedade, pois o ser humano não precisa de tais códigos, uma vez que tem
a Lei Maior dentro de si mesmo. Após conhecer a Arca e seus segredos, o iniciado recebe a
Chave de Marfim e agora será possuidor dos demais segredos, isso, se assim ele o queira
fortemente e se dedicar para tanto. A Arca da Aliança simboliza a Tumba de Hiram, do homem
que morre no inverno e renasce na primavera. O Mestre Secreto já tem certeza que a morte não
existe e assim como a Terra volta a vida na primavera, o Mestre Secreto sabe que cumprirá um
ciclo que o levará entre a vida e a morte até que possa, pela consciência e conhecimento, libertar-
se deste ciclo.
D) NICOLA ASLAN
Questionário:
Deve, no entanto, ressaltar que a Mishná (Ab. v. 9) diz que ninguém sabia sobre a
criação milagrosa do Cajado de Aaron. Este fato da suposta origem sobrenatural do Cajado
explica a afirmação que a “Vara de Arão” junto com suas flores e frutos, foi preservada na Arca
da Aliança pelo rei Josias, que previa a iminente catástrofe nacional, e escondeu a Arca e seu
conteúdo.
Moshê (Moisés) era uma encarnação do Messias "Shiló" e por isto o Cajado foi dado a
ele, conforme o segredo interno do passuq 10 do Gênesis 49. Neste passuq encontramos as
palavras ָיֹבא ִשׁי הpalavras estas cujo valor em gematria (cálculo do valor numérico das letras
hebraicas) é igual a 358 que é o mesmo do termo "Mashiach". O nome messiânico "Shiló
( ")ִשׁי הé igual a 345 e este é o mesmo de "Moshê (Moisés)".
O Talmude nos diz que na primeira vez em que Moshê recebeu as Tábuas da Torah,
ele recebeu "Seis Tábuas", e após quebrá-las, na segunda vez em que subiu os mundos celestiais
para recebê-la novamente, ele recebeu "Cinco Tábuas", uma a menos que na primeira vez, e por
quê? Porque uma foi escondida, pois esta, diferente das outras que eram a "Torah Bereshit, a
Torah Shemot, a Torah Vay´qrá, a Torah Bamidbar e a Torah Devarim, a "Sexta Torah" era a
"Torah dos Mistérios", a "Torah Sód", que fora escondida pela razão de que os hebreus tinham
utilizado mal o seu conhecimento e sabedoria.
O Zohar, o Livro do Esplendor, nos revela que, os “tabletes” dadas a Moisés foram
feitas de Safira, magnifica pedra preciosa azul e que, as letras flutuavam sobre elas e se podiam
ler tando à direita como à esquerda, tanto de frente como pelo verso.
No Êxodo capítulo 24 versos 10 lemos: "E viram o Deus de Israel, e debaixo de seus
pés havia como que uma tábua de pedra de safira, que se parecia com o céu na sua claridade". A
parte marcada em azul é "Livinat ha'Saphir" cujo significado é "Tábua de Safira". De acordo
com o Midrash, foi nesta "pedra de safira" que D´us escreveu as palavras originais em hebraico
da Torah, e embora a pedra fosse dura como diamante, podia ser "enrolada" como um
pergaminho. Embora sua cor fosse azul profundo, ela também era transparente e o texto hebraico
da Torah diz que "sua pureza igualava os céus".
Alguém poderá estranhar esta surpreendente revelação: Seis Toratót? Seis Tábuas?
Sim, é verdade, e é por isto também que a Torah é chamada de "Amudim Vavim ou Vovim
(Colunas de Vavs)".
(Texto: Misha´El Yehudá )
Após o estudo deste material, o candidato a Mestre Secreto, deverá preparar uma “Peça
de Arquitetura”, no mínimo com 02 (duas) laudas, explicando com suas palavras aquilo que
compreendeu sobre este Grau. Deverá abordar, principalmente a simbologia e as Palavras, as de
passe e sagrada que encontrar no texto ou no cobridor. É importante que o candidato manifeste a
sua compreensão, principalmente, sobre a Arca da Aliança e a Chave de Marfim. O candidato
não precisa pautar seu trabalho apenas pelos conceitos que aprendeu na Maçonaria, pois nos
Altos Graus, o postulante é um livre-filósofo, distanciando-se dos conceitos da Loja Azul,
podendo e devendo expor seus conceitos próprios, ou seja, lhe é permitido “filosofar” sobre os
ensinamentos do Grau. A Peça de Arquitetura, representa o Trabalho de Conclusão do Curso e
será apresentada para a banca examinadora formada pelos membros do Supremo Conselho que
estarão presentes no dia da iniciação do pretendente.
OBSERVAÇÃO
Este ritual está adaptado para divulgação pública e devida comercialização e neste caso
foram retirados os sinais, toques e palavras bem como outros segredos para a identificação
do Mestre Secreto. Acreditamos que a divulgação da liturgia não fere nenhum dos
princípios sobre os “segredos maçônicos” e leva ao público um pouco do conhecimento
histórico sobre os chamados “altos graus”..