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1ª GRANDE INSPETORIA LITÚRGICA PARA

O ESTADO DO MARANHÃO

EXCELSA LOJA DE PERFEIÇÃO


“DR. DANIEL CORREA TRINDADE II”

PEÇA DE ARQUITETURA MAÇÔNICA

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Luiz Antônio Tavares
Mestre Secreto, Grau 4

Vale de São Luís - MA

Luiz Antônio Tavares


No Terceiro Grau do simbolismo maçônico, somos convidados a
contemplar a face espiritual da Ordem. O Grau de Mestre Maçom luta pela
“Exaltação do Espírito sobre a Matéria”. Esta visão esotérica, filosófica,
iniciática e espiritualista estará presente em toda jornada do Mestre através
dos Graus subsequentes. Um segundo elemento agregado ao mestrado é a
“Lenda de Hiram Abiff”, Mestre Arquiteto que fora assassinado durante a
construção do Templo do Rei Salomão, passando a se constituir no
personagem central da ritualística do Terceiro Grau.
Os trabalhos do Quarto Grau, passarão em um ambiente de
consternação, de tristeza e de dor. Com a morte do Mestre Hiram, perde-se a
Palavra Sagrada, a palavra de AMOR. Percorrendo através dos Graus de
Perfeição, essa será missão do Maçom, a busca pela Palavra Perdida. A figura
de Hiram morto é um símbolo que retrata a mente humana aprisionada.
Escrava das ilusões, dos vícios e, principalmente, da matéria. No Ritual
descreve: “cabe a maçonaria a missão de libertá-lo”. Como nos é dito: “A
primeira obrigação que ides contrair é o sentimento profundo de Dever, por
que o dever é a fonte de todas as energias e a única arma cuja têmpera não
falha”, competindo assim a responsabilidade de libertar o seu espírito, através
de obrigações mais severas diferentemente das que encontramos em Loja
Simbólica, a primeira obrigação e o sentimento profundo do dever, pois é a
fonte de todas as energias, o não cumprimento do dever produz os mais cruéis
tormentos físicos.
Onde podemos simbolizar nas três viagens do grau as obrigações
impostas aos israelitas e também exigidas e praticadas na maçonaria, ou seja,
jamais farás imagens talhadas na pedra, à semelhança das cousas que estão no
céu, para adorá-las, não faças teus deuses de metal. Quando ergueres teus
olhos para a abóbada celeste e nela vires o sol, a Lua e as Estrelas, não lhes
dirija nenhum culto, como fazia a gente de antanho (de outa épocas), nem
atribuir a Deus, G∴A∴D∴U∴ paixões e vícios. Nunca dês o Seu Nome aos
fantasmas que tua imaginação engendrar.

Luiz Antônio Tavares


O templo maçônico, no quarto grau e seguintes, representa o Templo de
Jerusalém, onde Oriente e Ocidente estão separados por uma balaustrada.
Suas paredes são cobertas por cortinas negras com gotas de lágrimas
prateadas. Toda a decoração da Loja lembra um oficio fúnebre na tradição
judaica. Ali se evoca a morte violenta de Hiram Abiff e a necessidade de
prestar-lhes as devidas exéquias.
Todos os utensílios presentes na decoração da loja simbolizam um
aspecto da mística iniciática. O triângulo inscrito no círculo, e dentro dele a
estrela com letra Z, é o emblema do grau. Significa eternidade, universo
perfeito, equilíbrio, raio que dá a vida, a mesa triangular coberta com uma
toalha negra, respingada de lágrimas prateadas, com o malhete e a coroa de
oliveira e louro em cima, significa o pranto derramado pelos irmãos pela
morte do Mestre assassinado; as coroas significam o seu triunfo final sobre a
morte, já que ele revive no novo mestre que ali é elevado.
A Arca da Aliança no Oriente, iluminada por um candelabro
(menorah) de sete braços, significa a aliança entre o homem e Deus, e a chave
de marfim que ali aparece significa “segredo” ou “sigilo”. Ela é também
símbolo de “abertura”, “ iniciação”, “ingresso” numa ordem superior de
conhecimento, ou seja, o início de uma nova vida num plano superior de
consciência. Por isso é que na sua extremidade está inscrita a letra “Z”, que é
a palavra de passe do grau, ou seja, a senha para a entrada nos “Grandes
Mistérios”.
Também aprendemos neste Grau a importância de nos "silenciarmos".
O silêncio nos oportunizada a busca da paz interior, capaz de abrir ao homem
o conhecimento de si mesmo. Através do silêncio e da autoanálise, podemos
nos conhecer, identificar nossos vícios, nossas fraquezas e também nossas
virtudes. Silenciar é oportunizar o autoconhecimento. Também é um
sinônimo de prudência e sabedoria, pois antes de lançarmos palavras ao
vento, deveríamos fazer uma rápida análise de suas consequências. A cada
ação, inevitavelmente, caberá uma reação, em iguais proporções. Assim,

Luiz Antônio Tavares


devemos, ante de tudo, silenciar nossa mente para atingirmos o verdadeiro
estado de equilíbrio. Silenciando nossos pensamentos, apaziguando nossa
mente, haveremos de conseguir o ambiente necessário para busca do que
realmente somos. O artífice que idealiza com antecedência sua obra, estará
seguro dos seus resultados. No processo evolutivo no qual o maçom está
inserido, uma profunda análise da consciência será imperativa para sua
ascendência evolutiva. Apenas nos conhecendo é que haveremos de “erguer
muralhas aos vícios e templos às virtudes”.
Por último, ressaltamos o propósito maior do Grau, o dever de irradiar a
Luz do Grande Arquiteto do Universo. Este Grau nos lembra, através dos seus
símbolos, o pacto firmado para com Deus. A Arca da Aliança, as Tábuas da
Lei, a Urna de Maná, a Vara de Aarão, a Mesa dos Pães da Preposição, todos
estes elementos formam um testemunho vivo deste Juramento. A Luz do
Menorah e do Delta confirmam tal compromisso. Assim, assumimos, ao
sermos Sagrados Mestres Secretos, a incumbência de disseminarmos a Luz do
Criador entre todos os povos

BIBLIOGRAFIA

1- Rizzardo da Camino – Rito EAA Grau 1 ao 33


2- Ritual do Grau 4 Mestre Secreto

Or∴ de São Luís – MA. 18 de setembro de 2019 da E∴ V∴

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M∴ M∴ Luiz Antônio Tavares

Luiz Antônio Tavares

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