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Mestre Secreto

Segunda Classe – Quarto Grau –


Primeiro Capitular
1. Considerações Gerais
Mestre Secreto
• Quarto Grau do Rito Escocês Antigo e
Aceito
• Primeiro Grau da Loja de Perfeição
• Primeiro dos Graus Inefáveis ou Sublimes
• Primeiro Grau da Segunda Classe ou
Série
Níveis de ensinamentos
● Começa aqui o segundo nível da Maçonaria
Escocesa e os ensinamentos secundários;
● 1° Nível: Lojas Simbólicas;
● 2° Nível: Lojas de Perfeição, Conselhos de
Príncipes de Jerusalém e Capítulos Rosa-Cruz.
● 3° Nível: Conselhos de Cavaleiros Kadosh.
● 4° Nível: Tribunal de Grandes Inspetores,
Consistórios de Príncipes do Real Segredo,
Supremos Conselhos.
O segundo nível de ensinamento se divide, então, em três oficinas. Aqui
começa a Loja de Perfeição que engloba os graus 4 ao 14.
Na imagem anterior (obtida no terreno da
Grande Loja da Venezuela) vemos os quatro
níveis do REAA.

Originalmente, as Lojas de Perfeição eram
fundadas e dirigidas pelos Conselhos de
Príncipes de Jerusalém, hoje praticamente
desapareceram como corpos
independentes.
Até 1940, a maioria dos Graus Inefáveis eram praticados nos Capítulos
Rosa-Cruz, o que era um erro do ponto de vista simbólico, histórico e
filosófico.
... Mas hoje, em muitos países, as Lojas de Perfeição voltaram a ter a
importância como corpos independentes.
Os 33 Graus
do Rito Escocês,
em uma antiga
imagem francesa
Alguns Supremos Conselhos estabeleceram uma estrutura diferente do
Rito Escocês apresentado aqui. Mas esta é a versão mais geralmente
aceita.

Símbolos de diversos
Graus da Loja
de Perfeição
As origens do Grau de Mestre Secreto

● A origem é incerta. Mas, possivelmente, é um dos mais Antigos Graus do


Escocismo, embora não apareça nas primeiras listas de Graus do século XVIII. É
certa a sua existência, pelo menos, desde 1760. Ele pode ter surgido na Irlanda,
juntamente com Graus Mestre Perfeito, Preboste e Juiz e outros, mas isso não é
certeza;
● A princípio, apenas ex-Veneráveis Mestres de Lojas simbólicas eram admitidos. O
Ritual de Federico Dalchó (1801) exigia que o candidato a Mestre Secreto fosse
examinado no conteúdo dos Graus de Aprendiz, Companheiro, Mestre e os
segredos dde Mestre Instalado. Textualmente, no mencionado Ritual, começava-se
a Cerimônia de Iniciação com a expressão: "The Blue Past Master ou
Candidato ...“;
● No início, a sua localização no rito era confusa, colocado, quer no início ou no fim da
série. Mas a partir do século XIX, era sempre colocado no inicio da hierarquia dos
Graus Escoceses, e foi considerado um dos mais importantes entre os Altos Graus.
O trabalho que é realizado nele refere-se, principalmente, à filosofia e esoterismo,
permanecendo em um segundo plano as questões administrativas;
● É encontrado também, com poucas variações, no Rito de Memphis e Mizraim (no
Rito de Memphis e no de Mizraim), onde as vezes é denominado “Mestre Discreto”;
● Está muito relacionado com o grau seguinte (Mestre Perfeito) de tal maneira que
alguns os consideram como duas partes de um só grau;
● Vários de seus símbolos o vinculam com a Ordem Martinista; De fato, o conceito de
"Mestre Secreto" equivale ao de "Filósofo Desconhecido”.
O Grau de Mestre Secreto é o elo de ligação entre
os Graus Simbólicos e os Graus Inefáveis

Avental, Colar e
Joia franceses,
retirado do
Ritual da
Grande Loja
Regular da
Inglaterra
O Mestre Secreto é a chave que abre a porta
da Loja de Perfeição

Sua função é,
portanto, dupla:
É o Guardião do
Umbral em que guarda
a entrada da
Loja de Perfeição
e, ao mesmo tempo,
a chave que permite
o ingresso na mesma

O que significa essa chave? Ritual conservado


em Lyon, França,
O silêncio! Sécuo XVIII
O Mestre Secreto e o Martinismo

● Existem vários
símbolos e conceitos
em comum;
● Principalmente, a ideia
de trabalhar de forma
desconhecida,
embaixo do véu do
segredo.
Por que dizemos que é um Grau Inefável?


● Porque a Palavra Perdida


que buscamos nos Graus
da Loja de Perfeição é
conhecida como a Palavra
Inefável;
● Inefável é o
inexpressável, o
transcendente;
● É uma Palavra que vai
mais além das palavras
● E por isso só é
compreendida no silêncio
● Dai a denominação de
Mestre Secreto.
Por que dizemos que é um Grau
Sublime?

● Porque a Palavra Perdida que


buscamos nos Graus da Loja
de Perfeição também se
conhece como a Palavra
Sublime;
● Sublime é o mais elevado, o
mais alto;
● Sublime é o que se despojou
de tudo o que era impuro;
● Sublime é, então, a matéria que
foi sublimada;
● Este é um Grau sublime por
que nele se começa o processo
de transmutação dos metais
baixos em Ouro Filosófico.
Os objetivos exotéricos do Grau são…
● Estudar o funcionamento da consciência
humana;
● Buscar que os Mestres adquiram liberdade e
determinação própria;
● Combater o fanatismo e a intolerância religiosa;
● Alcançar o zelo, fidelidade e constância. Retidão,
justiça e verdade.
● Debater a relação entre o dever e a liberdade;
● Capacitar os Mestres que possam melhor instruir
nas Lojas Simbólicas.
Os objetivos esotéricos do Grau são…

● Estudar o significado cabalístico do


esplendor que emana do Princípio;
● Visualizar a Arca como o símbolo do Ovo
Cósmico, a matriz primordial;
● Dividir a obra do Princípio em sete
Princípios Secundários;
● Compreender o Imanifestado como fonte
do Manifestado.
2. O Templo
A Loja é denominada:
Santuário dos Mestres Secretos
● Exotéricamente,
representa o Santo dos
Santos no Templo de
Salomão;
● Misticamente, é o
Santuário interior da
consciência;
● Esotericamente, é o lugar
secreto onde se reúnem
os Iniciados para estudar
os Mistérios do Universo.
Nos Rituais do Séc. XVIII era dito que se
ascendia ao Templo por uma escada em caracol

O Templo nos
Rituais
do séc. XIX.
Observe
as quatro
colunas
pequenas no
leste,
ladeadas por
duas
colunas
maiores.
Nada disso
observa-se
nos
templos
atualmente.
O Antigo Templo
● Assim figurava nos Rituais até o final do séc. XIX.
● Destaca, no Oriente, a estrela de nove pontas rodeada
pelo Ouroboros, com as iniciais de nove Palavras
Cabalísticas.
● Os mesmos Rituais dizem que essas palavras são
“Adonai, Jehová, Elohim, Ail, El-Shaday, Iseabut, Gnizus,
Gibour, Echad; dos quais se formam 888 letras e 72
nomes, que podem ser escritos no alfabeto da Cábala e
no Alfabeto Angelical”, mas, quais eram exatamente as
palavras e seus significados é algo confuso.
Investigações atuais indicam: Eliah, Adonai, Jehová,
Jahvé, Yod, Elohim, El-Shaday, Yakar, Oshea.
● Dentro da estrela de nove pontas, a Estrela Flamejante
de cinco pontas (invertida) com o Yod ao centro.
Os nove nomes
● Nas primeiras versões do Grau, os nove nomes eram: Eloah,
Adonai, Jehovah, Jahvè, Job, Aloin, Achab, Osem e Jesous
(Manuscrito Francken, século XVIII).
● Todos os nomes são corruptelas do Hebreu, muito mal traduzidos
e mesclados com termos derivados do latim.
● Alguns rituais os qualificam de “As Nove Emanações da
Shekinah”.
● É dito que cada nome contém oito atributos divinos, de onde
resultam os 72 nomes da Cabala;
● Mas, não podemos estabelecer o que significam as “888 letras”.
● Uma pérola: O Manuscrito de Francken diz que o Nome Divino foi
conhecido por “Alec, Aaron e Salomão”. Os dois últimos são
perfeitamente conhecidos, mas, até agora, nenhum historiador
maçônico conseguiu determinar qual é a referência de “Alec".
Os símbolos no Leste, de acordo com os
Antigos Rituais
Os símbolos no Leste, de acordo com os
Rituais Atuais
O Templo
segundo
Aldo
Lavagnini
(Magister)
O Templo nos Rituais do sec. XX
(segundo Aldo Lavagnini)

● Note as mudanças nos símbolos do Oriente;


● Se perdeu o símbolo da estrela de nove pontas, e a
Estrela Flamejante aparece a direita;
● Embora haja uma grande riqueza simbólica, o eixo
parece deslocar-se para o sentimental e perdeu-se o
aspecto mágico-cabalístico;
● Deve-se reconhecer, no entanto, que a versão atual da
simbologia do grau já aparecia em alguns rituais
europeus do século XVIII.
Alguns rituais, no entanto, conservaram os símbolos completos: o
diagrama seguinte aparece em um Ritual holandês do séc. XXI

Aleph Aleph - Vau


(Eheieh-Kether) (Eloach-Tipheret)

Yod Yod-Tsadé
(Ivah-Chokmah) (Tzabaoth-Netzah)

Yod – Aleph Aleph - Tsadé


(Elohim-Binah) (Elohim Tzabaoth-
Hod)

Aleph Shin
(El-Chesed) (El Shaddai-Yesod)

Aleph-Guimel Aleph - Mem


(Elohim Gibbor- (Adonai Melekh-
Geburah) Malkuth)
Raimundo Lulio (1235-1316)
Em sua obra (por exemplo, em Ars Magna), há numerosos quadros e
figuras análogos aos símbolos masônicos que apareciam nos Antigos Rituais
O simbolismo no Oriente
(versão atual)
● É um círculo...
● Rodeando um triângulo…
● Com a Estrela Flamejante…
● E dentro a letra Yod…
● Ou seja, o círculo substituiu o Ouroboros, o triângulo a
estrela de 9 pontas e foi alterada a direção ou sentido da
Estrela Flamígera;
● Em todos os casos, o Oriente é separado do resto do
Templo por uma balaustrada com uma porta em seu
centro. É a balaustrada que separa o Palácio do Rei
cabalísticamente do Cosmos manifestado.
A
balaustrada,
segundo
I. Mainguy
Na mesa do Mestre, no Oriente
● Há um maço dentro de um saco de pano preto, porque
os trabalhos foram suspensos por causa da morte de
Hiram Abiff.
● No geral, não pode haver nenhum tipo de ferramenta (“as
ferramentas estão guardadas nas colunas”).
As cores do Grau são o branco e o preto

● Como se vê no pavimento mosaico em todos os panos


do templo (pretos com lágrimas brancas ou prateadas).
Tudo é coberto com panos dessas cores.
● Alguns escritores dizem que as lágrimas de prata
representam o Mercúrio Alquímico.
O altar, ao centro
● É em forma triangular;
● Sobre ele, coloca-se a coroa de oliva e
louro;
● Há um rolo de pergaminho, atado com
uma fita que pende a chave;
● Segundo o Ritual, o pergaminho pode ser
o Pentateuco ou o Livro das Constituições
das Lojas de Perfeição.
A vela
transportada
pelo candidato
representa
que em seu
interior existe
um fragmento
da Luz
Altar e símbolos
do Quarto Grau,
desenho de
I. Mainguy
As Luzes
● Os Primeiros rituais prescrevem 81 luzes, em
nove candelabros de nove luzes cada um;
● Mas, logo este número foi reduzido a 9, em três
candelabros de 3 luzes cada um.
● Albert Pike o reduziu a 8.
● E outros Rituais indicam 7, como o candelabro
de 7 braços, um para cada Mestre Secreto.
● Mas o correto simbolismo do Grau admite 7, 9 ou
81 luzes, embora nunca 8.
A cadeira do 2° Vigilante está vazia
● Por que ela era ocupada pelo Respeitável
Mestre Hiram Abiff
● A cadeira vazia também se encontra nos Rituais
Martinistas
3. Oficiais, títulos e decorações
O Mestre se intitula “Três Vezes
Poderoso Mestre”
● É análogo a Hermes, o “Três Vezes Grande”.
● Embora represente Salomão, está mais
focado no Salomão das lendas mágicas do
que do Salomão bíblico.
● Corresponde ao Rei simbólico da Cabala e
da Alquimia.
● Nos sec. XVIII e XIX existia entre os maçons
franceses a crença que os Mistérios Egípcios
eram presididos pelo próprio Faraó. Embora
isso possivelmente não seja mais que uma
fábula, seguramente inspirou o fato que o
Três Vezes Poderoso dos Graus Inefáveis
represente Salomão.
● Rizzardo do Camino disse que “Três Vezes
Poderoso” alude a que, em Salomão,
estavam misticamenßte presentes Hiram de
Tiro e Hiram Abiff. Se o vemos dessa
maneira, em cada um dos Três Grandes
Mestres também estariam presentes os
outros dois. Isso é interessante, porque
permitiria ver o Capitulo dos Três Grandes
Mestres como formado por nove “aspectos”,
o que explicaria a relevância desse número
tanto neste Grau como no anterior.
O Três Vezes Poderoso Mestre


● No lugar do maço, tem um cetro real (a vara do mago).


● Está vestido com uma túnica negra, forrada de arminho
(branco), que representa um lutuoso manto real.
● Leva uma fita azul, orlada de preto, desde o ombro
direito ao quadril esquerdo, do qual pende um triângulo
dourado que leva inscrita, de um lado, a palavra Inefável
formada por três letras gregas (iota, alpha e omega) e no
verso, em caracteres samaritanos, o Nome Inefável de
quatro letras (Tetragramaton).
● Segundo A. Pike as letras yod, he e vau do Nome
Inefável representam os sephiroth Gedulah (misericórdia
ou piedade), Geburah (justiça ou rigor) e Tiphereth
(beleza ou harmonia).
● Tem sobre sua cabeça uma coroa real. Não usa avental.
Símbolos associados com o
Três Vezes Poderoso Mestre
O Venerável 1º Vigilante
representa Adonhiram

● Foi o Primeiro Mestre


Secreto
● Era Vigilante / Inspetor das
obras no Monte Líbano
● Leva uma espada
desembainhada
● No Ritual de Dalchó (1801)
é dito que Adonhiram foi o
Mestre Secreto
Adonhiram é um personagem ambíguo; a Bíblia o apresenta como arrecadador de
impostos de Salomão, a lenda do grau como Inspetor do corteje cedros. E o Rito
Adonhiramita, cujo símbolos são mostrados no terceiro grau, tendo presença no
Brasil e em outros países, como ferreiro e Grande Iniciado.
Os Oficiais restantes são…
● O Orador;
● O Secretário;
● O Tesoureiro;
● O Experto;
● O Mestre de Cerimônias;
● O (Capitão das Guardas ou) Guarda do Templo. Os três
últimos Oficiais estão sempre armados com uma espada;
● O Sentinela ou Cobridor Externo que, como de costume,
não é contado no número de Oficiais (que, sem incluir
Salomão, representam os sete mestres secretos
originais); armado com uma espada flamejante
desembainhada, guarda a porta exterior do Templo;
Os membros são chamados “Veneráveis
Mestres Secretos”

● Segundo os Rituais mais


Antigos, os membros
usavam uma túnica preta
e os oficiais uma túnica
branca;
● E as joias dos Oficiais
estão cobertas por um
crepom preto, para
representar a dor pela
morte de Hiram;
● Hoje, esse simbolismo,
em geral, se perdeu.
Imagem obtida na página
da revista Heredom
A. Mestre
B. Não determinado
C. Secretário
D. Orador
E. Não determinado
F. Não determinado
G. Mestre de Cerimônias
H. Primeiro Vigilante
I. Segundo Vigilante
J. Guardião da Urna
K. Membros
L. Não determinado
PP. Dignatários
1.2.3. Balaustrada
4. Altar
5. Porta do Templo
6 e 7. Colunas de cobre
8. Quatro pequenas colunas
9. Balaustrada
10. Arca da Aliança

O Templo e os Oficiais, de um 

Ritual Holandês do presente século.
Não conseguimos determinar todas as
equivalências por questões de tradução.
O Avental, o Colar e a Joia

Pintura à óleo do Irmão


Robert H. White, 32°
O Avental
● A letra Z é, na
realidade, a letra
hebraica zain, sétima
desse alfabeto. É a
inicial da Palavra de
Passe e corresponde
aos sete Mestres
Secretos.
O Colar
● O preto simboliza a dor pela
morte de Hiram Abiff e o branco o
fato de não ter participado do
crime. Em alguns rituais o cordão
é azul.

C∴ M∴ ● As letras C e M são usadas no


REAA dos Estados Unidos
significa Clavis ad Mysterium, A
Chave dos Mistérios.
● Para todos os Graus: é
denominado colar, quando o
adorno é colocado sobre os
ombros com a cabeça ao meio e
se finda na região do plexo solar
e denominado faixa quando é
colocado em um ombro
descendo na direção oposta e se
encerrando na lateral do quadril.
A Joia
● A chave de marfim
abre a porta do
Sanctum Sanctorum
do Templo de
Salomão;
● Em seu dente está a
inicial da Palavra de
Passe;
● Em outros Graus, o
material da chave se
modifica.
A Joia: uma antiga interpretação

● P.: Qual é o Sinal?


● R.: Mostra-se a chave.
● Nos Rituais do século
XVIII a chave se
compara à língua e é
tomada como símbolo do
silêncio;
● E se diz que a língua é a
chave da Loja.
As luvas são brancas com os punhos pretos (como no símbolo do Yin-
Yang, e na parte branca há um ponto preto)

● Por que não vemos nesta imagem a costura


preta?
● Porque está do lado de dentro e se vê ao dobrar o
punho da luva; tudo isso encerra um profundo
simbolismo.
Avental e cordão do Supremo Conselho dos
Estados Unidos, Jurisdição Norte, séc. XIX

Observe que são triangulares, diferente da forma retangular ou quadrangular


mais habitual nos dias de hoje.
Os paramentos
completos
do Mestre Secreto,
segundo Albert Pike.
Avental, Cordão e Joia do Mestre Secreto


Esta imagem é uma colaboração


do Supremo Conselho de Equador
Os paramentos do
Mestre Secreto,
em uma versão
moderna.
Avental do 4° Grau, tal como figura na página da Loja
“Mozart 33”, de Valparaíso (Chile)
Avental utilizado em algunas Lojas francesas,
definido como “avental com forma de trapézio”
Avental e colar utilizados atualmente pelos corpos dependentes do
Supremo Conselho do México
Avental, faixa e joia do 4° Grau
do REAA no Brasil

Note-se que nos


outros utiliza-se o
colar do grau e aqui
usa-se faixa.
Avental, colar e joia do 4° Grau
“Mestre da Discrição” do Rito Brasileiro
Avental, colar e joia utilizados no
Rito de Memphis

Fonte: Soberano
Santuário dos
Ritos de Memphis e
Mizraim
Avental, colar e joia utilizados no Rito Antigo e
Primitivo, relacionado com os de Memphis e Mizraim
4. Simbología
Os principais símbolos do Grau são…
● O sinal de silêncio
● A coroa de oliva e louro
● A chave de marfim
● A letra Yod
● A letra Zain
● A tumba de Hiram
● O Sanctum Sanctorum e os
objetos sagrados que ele contém
● A balaustrada
O brasão do Mestre Secreto
No brasão do Grau podemos ver outros
símbolos
● O candelabro de 7 Velas
● A Arca da Aliança
● O triângulo
● O círculo
● As Tábuas da Lei
● O Olho
● A Estrela Flamígera
A coroa de oliva e louro
● O louro representa a vitória alcançada no domínio de sí
mesmo;
● O louro, como símbolo da glória posterior a vitória, explica por
que da pergunta: “Sois Mestre Secreto?”, e se responde:
“Tenho essa glória”;
● A oliva é o estado de harmonía que resulta de tal vitória
O Mistério
da
Conjunção

A oliva se consagrava O louro se consagrava


a Palas Atenea a Apolo
A chave de marfim
● É a chave que abre a porta dos Mistérios
● É a chave do Santo dos Santos
● É a chave da balaustrada, no Leste
A letraYod
● É a décima do alfabeto hebreu;
● É o ponto ou falo criador, o poder que dele emana o Universo, a Monada;
● É onde a Monada e a Década são equivalentes.
● Às vezes, ele é substituído pela letra G, que significa "glória, grandeza e/ou Gomel"; Essa
última palavra é de origem hebraica e é interpretada como "beleza e recompensa”.
● É dito que a palavra Gomel foi a Primeira Palavra que pronunciou Adão, logo após ver Eva.
● Mesmo que seja inverossímil, faz sentido como se referencia à uma Palavra Primordial,
ligada ao arquétipo da beleza.
A letra Zain
● É a sétima do alfabeto hebreu
● É a espada
● Simboliza o que divide, separa; neste caso, a
balaustrada que separa o Oriente do resto do
templo
A balaustrada
● É feita de colunas brancas e pretas
● Deveria ter uma porta (“A porta estreita”) em seu
centro
● É a porta entre as Três Sephiroth superiores e as
Sete da manifestação
O candelabro de 7 luzes
● Cada Mestre Secreto é uma das luzes
● “Todos os sétimos são estimados” (provérbio
cabalístico)
● Cada suporte é um dos Sete Elohim (Potências
Criadoras)

É dito que foi O que às faz corresponder


construído com com os 7 planetas conhecidos
70 pedras na época, multiplicados
pelos 10 Graus de cada
decanato de um signo
do Zodíaco
O candelabro
de sete luzes,
em uma Loja
Simbólica
A Arca da Aliança
● Ela foi feita em madeira de acácia
● Continha a vara de Araão, o vaso de maná e as Tábuas da
Lei. Provém do tumba de Osíris, dos Mistérios Egípcios?
● A tradição maçônica do Rito de York (americano) diz que,
além da Arca “Oficial”, havia uma Arca Substituta nas
Câmaras subterrâneas do Templo.
As Tábuas da Lei
● São palavras gravadas na pedra;
● A história bíblica é confusa e fala de dois conjuntos de tábuas,
que não se sabe se tinham o mesmo conteúdo;
● Havia algo a mais na segunda Tábua? Havia algum
ensinamento esotérico?
O olho: clara influência do jesuitismo
● É dito que o olho representa que “os Mestres Secretos devem
vigiar constantemente os Irmãos nas Lojas Simbólicas, como
Adonhiram, o Inspetor sempre Vigilante”;
● Ou é a representação "do olho que vê todos os nossos
defeitos”;
● Isto nada mais é do que influência jesuítica;
O olho: uma leitura esotérica
● Quando alguém abre seus olhos, está recuperando a
consciência. O olho que se abre, então, é a consciência
que desperta.
● Ou, o Universo que desperta da Imanifestação.
● É o Tao inconsciente transformando-se no Tao
expressado.
Quadro simbólico do Rito Escocês Retificado, no qual apreciamos
numerosos símbolos do Mestre Secreto do R.E.A.A.
5. Sinais, Toques e Palavras
O Sinal de Ordem, a Marcha e a Aclamação

● São os mesmos que os do Grau de Mestre


Maçom;
● O que ressalta a continuidade entre os graus.
O Sinal de Silêncio
● Coloca-se os dedos indicador e médio da mão
direita sobre os lábios;
● Se responde efetuando o mesmo sinal com a
mão esquerda.

Imagem francesa do
séc. XVIII, obtida
na página da Loja
7 de abril, de Madrid.
Página do
Monitor de
Richardson
(1860),
onde se
pode ver um
Mestre Secreto
realizando o
Sinal de Silêncio
Mercúrio com os atributos do Mestre Secreto: o
sinal de silêncio e o candelabro de sete luzes
Harpócrates, filho de Isis e Serapis, fazendo
o sinal de silêncio
Harpócrates é, na realidade, o nome grego
do Deus egípcio Harpajered

Originalmente, era Os gregos assimilaram Isis


considerado o “Horus à Afrodite. A partir daí,
Criança”, e Harpajered (agora chamado
reinava sobre Harpócrates) foi considerado
o Sol do amanhecer. filho de Isis e Serapis, foi feito
Isto é, Harpajered equivalente a Eros
reúne dois símbolos do e reinou sobre o silêncio e
Mestre Secreto: o a discrição.
Sinal de Silêncio e Na imagem, o vimos na
a luz do amanhecer. forma de Horus ainda criança.
O Grau de Mestre Seleto, oitavo do Rito de
York (versão americana)
● Ele apresenta algumas analogias com o Mestre Secreto Escocês.
● Em ambos os Graus se nomeia um grupo de Mestres que protegem
ou guardem os segredos.
● E no Mestre Seleto há um sinal que poderia ser incorporado ao
Mestre Secreto: colocar a palma da mão direita sobre o coração,
pronunciar a palavra “Secreto”, elevar a mão esquerda e coloca-la
sobre a boca, em posição quase horizontal, com um pequeno ângulo
para baixo, o indicador sobre o lábio superior e o polegar contra o
lado da nariz, pronunciar “Silêncio”, levar a mão direita aos olhos e
dizer “Silêncio e Escuridão”.
● Na verdade, este é um sinal muito completo (coração, boca e olhos)
e envolve uma compreensão muito profunda do segredo e do
silêncio.
Página do
Monitor de
Richardson
(1860),
onde se
pode ver (abaixo)
o sinal do
Mestre Selecto
que acabamos de
descrever
“Uma vez mais, não se esqueça do mote: silêncio”, é dito pelo Orador a Tamino
na Flauta Mágica (texto falado, Ato II, cena 5, depois de Aria n° 15)

Aqui, Sarastro e os 18 Sacerdotes, divididos em dois grupos de 09


O Toque
● Tomar as mãos direitas em garra, como no Grau de Mestre;
depois se desliza as mãos até o cotovelo e se apertam os
cotovelos por sete vezes; durante este movimento se unem
as pernas direitas de modo que elas se toquem pela parte
interna.
● Implica um maior Grau de fraternidade, que passa do
companheirismo de agremiação a de irmandade (invisível)
de egrégora.
● To m a a l g u n s e l e m e n t o s d o s C i n c o P o n t o s d o
Companheirismo, ao que os agrega o simbolismo do
número sete.
● Nos Rituais do Séc. XVIII o toque era mais complexo; a
mão esquerda de um Irmão era colocada sobre o ombro
esquerdo do outro, e se especificava com maior definição o
movimento das pernas.
O toque do
Mestre Secreto
e o Sinal de Silêncio
na obra de
Blanchard (2002),
muito crítica sobre o
Rito Escocês
A Bateria
● 7 golpes (6 + 1), que
representam os 6
Primeiros Mestres
Secretos e o que
completa o número de
sete na Iniciação.
Sempre se da a bateria
de luto, golpeando com
a palma da mão sobre
o antebraço esquerdo.
A Idade
● 81 anos completos (nove vezes nove, três
vezes 27);
● Como a idade de Hiram quando foi
assassinado;
● Como o número de luzes no Templo;
● Como o número de meses que durava o Rito
de Perfeição, no Séc. XVIII;
● Segundo Dante, 81 anos é o tempo de vida
de um homem perfeito.
A Palavra de Passe (Ziza ou Zizon)
● Os Antigos Rituais dizem que significa “balaustrada”. Mas
não existe uma palavra em hebraico similar com esse
significado.
● Ziz significa “abundância, riqueza, força, poder”.
● Outras palavras similares significam “flores, brilhante,
asas, plumagem”.
● Sis, “um abismo”.
● Sits, “mármore branco”.
● Z'zi, “uma pedra preciosa”.
● Albert Pike acredita ser impossível encontrar a derivação
correta desta Palavra, mas, de toda forma, vários dos
significados expostos têm relação com o simbolismo do
Grau.
Outro significado para Ziza
● Ziz (pronunciado não com som de z senão como se imitássemos o
som de um mosquito) significa "protuberância", algo que sobressai
de uma superfície.
● No Talmud, Ziz é definido como uma viga ou uma pequena viga. Ao
agregar "a" ao final, no hebreu o significado de Ziza poderia ser"
"Faça a viga".
● A única explicação compreensível é que a palavra ZIZA quer dizer
“faça o tablado", ou "faça a plataforma", referindo-se a parte mais
elevada com relação ao piso, que se localiza dentro do Templo
Maçônico, no Oriente, e onde se sentam o Três Vezes Poderoso e
as Dignidades.
● Essa plataforma ou tablado, simbolicamente, representa o Sanctum
Sanctorum do Templo do Rei Salomão, onde se guardava a Arca da
Aliança. Assim, pois, Zizah (faça a plataforma) significaria "faça o
Oriente" ou “faça a Arca". Isso explicaria também por que ao fazer o
“telhamento”, os Irmãos ficavam com a face voltada ao Oriente.
Ziza = “resplandecente”
● Alguns Rituais interpretam que Ziza
significa “resplandecente”.
● E isso poderia aludir ao “esplendor” que
emana do Rei cabalístico, separado por
uma “balaustrada” das restantes
Sephiroth.
● Quem cruza essa balaustrada, então,
acessa ao Templo Fechado do Rei, e
contempla seu esplendor.
Ziza = Zizon = Zohar?
● Assim opinam alguns
estudiosos atuais.
● De acordo com isso, a
Palavra de Passe original
era “Zohar”, aludia ao
tratado cabalístico desse
nome e foi se deformando
em Zizon e Ziza.
● Isto é razoável, pois Zohar
significa “Esplendor” e
“Glória”, significados muito
vinculados ao simbolismo
deste Grau.
As Palavras Sagradas
● Há bastante confusão; os Rituais da
América Latina dão: Yod , Adonai, Ivah
● O Ritual de Dalchó (1801) indica: Joha,
Adonai, Jua
● Pike diz Jua, Adonai, Jea, Iao
● O Monitor de Richardson (1860) adiciona El-
Shaddai
● Todas têm significado, no entanto, deveriam
uniformizar suas escritas e pronúncias.
As Palavras Sagradas
● Yod: é o ponto criador primordial;
● Adonai: plural de Adón (“Senhor, Mestre”);
● Ivah: contração do nome da Divindade (é, portanto, uma
palavra incompleta, só uma aproximação à palavra
inefável);
● Jua: “O Senhor em si mesmo”, similar a Ivah;
● Jea: Outra contração do Nome Divino;
● Iao: Iota – Alpha – Omega, é um Nome Ternário na
mesma linha de AUM;
● El-Shaddai: o grande Deus-Natureza dos Antigos, o
impessoal Poder da Natureza, possivelmente derivado
do Deus-Sol fenício: Shadid ou Shadad (Pike).
Adonai, El-Shaddai, IAO, Yod
As equivalências entre as línguas…

Iao = IAΩ
Temos aqui feito
a equivalência,
letra-a-letra,
Adonai = ‫ינדא‬
em hebraico,
das palavras que
deveriam ser
Jua = ‫אוה‬
escritas
ao contrário de
como fazemos.
Ivah = ‫וי‬
Yod, Yahvé, Adonai
● Yod, Yahvé e Adonai formam
um ternário (sagrado) que
corresponde as Sephiroth:
Chesed (Graça), Tiphereth
(Beleza) e Malkuth (Reino).
● Segundo o rabino Isaac o
Cego, isto, por sua vez,
corresponde à mão de Deus, à
Torá escrita e à Torá oral.
● Mas além dos significados
religiosos, outra vez
encontramos a mesma ideia: o
poder criador da linguagem, da
palavra escrita e da palavra
falada.
Yod = A mão criadora
Cabalísticamente,
Yod corresponde
a mão, a
Mão Criadora.
Neste Grau,
isso é um paradoxo,
porque não se
permitem
instrumentos de
criação.
Mas estes
paradoxos são
habituais no
simbolismo.
É a lógica dos
sonhos!
O nome do
Grau, em
caracteres
samaritanos,
segundo A. Pike.
O nome do Grau, em
caracteres hebreus
(acima) e
samaritanos abaixo,
segundo A. Pike.
O Universo foi construído com letras e
palavras…

“Somos feitos
de palavras
presos no
corpo.”
Jacques Lacan
…Mas o corpo mantém com ele o segredo

(do “Zohar”)

Página de títulos Como dissemos,


da Primeira o mesmo nome do
edição do Zohar (“Livro dos
Zohar, Mantua, Italia, Esplendores”) o vincula
1558. com a Palavra de Passe
deste Grau.
Exame de Reconhecimento
● P.: És um Mestre Secreto?
● R.: Fui honrado com essa Glória.
● P.: Como fostes recebido?
● R.: Passando do esquadro ao compasso.
● P.: Onde foste recebido?
● R.: Debaixo do loureiro e da oliveira.
● P.: Quem te recebeu?
● R.: Salomão e Adonhiram, o Inspetor dos trabalhos no Monte
Líbano.
● P.: A que hora se abre a Loja?
● R.: Quando os Primeiros raios do Sol rompem a escuridão da noite.
● P.: A que hora se encerra?
● R.: Ao anoitecer.
● (nos Rituais do Séc. XVIII se saudava ao Mestre colocando a mão
direita sobre o coração).
6. Ritual
A Evolução do Ritual
● Os Primeiros Rituais se baseavam essencialmente
no Antigo Testamento, e se baseavam nas
imagens bíblicas, com alguns elementos
cabalísticos.
● A reforma ritualística de Albert Pike os deu um
conteúdo mais filosófico, incorporando mais
elementos de Cabala e Alquimia.
● Na América Latina se trabalha com Rituais mais
centrados no psicológico, ético e social.
● Um Ritual melhorado hoje deveria incorporar todos
estes elementos, tornando-os aceitáveis para
pessoas de qualquer religião ou de nenhuma.
Os trabalhos se abrem ao amanhecer

● “As trevas vão fugindo ante a aurora e


os primeiros raios do Sol brilharão em
breve em nossa Loja.” (Moreto, 1888)
● “A claridade do dia dissipa as trevas, e
a luz do Sol começa a iluminar esta
Loja” (Supremo Conselho de Argentina,
1953)
● “A Grande Luz ilumina o Santuário”.
(Supremo Conselho do México)
E se encerram ao anoitecer
● “O Sol se oculta a nossa
vista” (Moreto, 1888)
● “O fim do dia” (Cassard, 1871)
● “O Sol se oculta no
horizonte” (Supremo Conselho da
Argentina, 1953)
● “Quando a Grande Luz desaparece
da Loja” (Supremo Conselho do
México)
Porque o amanhecer simboliza o regresso da
consciência (o olho que se abre = o Sol que nasce)
E ao anoitecer regressam o sonho, a
obscuridade, o inconsciente
O Ritual de Iniciação
● Podemos dividi-lo em 12 fases sucessivas:
● I. Abertura da Loja;
● II. Solicitação de ingresso ao Templo;
● III. Ingresso ao Templo;
● IV. Impressão do timbre sobre os lábios;
● V. Exame;
● VI. Viagens;
● VII. Visita a tumba de Hiram;
● VIII. Juramento;
● IX. Consagração;
● X. Ingresso ao Sanctum Sanctorum;
● XI. Revelação dos objetos Sagrados;
● XII. Encerramento da Loja.
A Iniciação no Quarto
Grau, Biblioteca
Nacional de París
I. Abertura da Loja
Como dissemos, ela ocorre ao amanhecer.
No entanto, quando houver Iniciações, a Loja
deve ser aberta "um tempo antes do amanhecer" para
que o clímax do ritual ocorra exatamente
ao nascer do sol.
II. Solicitação de ingresso ao Templo.

“Quem bate a porta?”
● “É um Mestre perdido que
buscava a acácia utilizando
o esquadro e estava perdido
por haver esquecido o
compasso”
● “Como estrelas lançadas
fora de suas órbitas e
deslumbradas pelo brilho de
seus próprios raios, os
Mestres perdidos correm ao
acaso nas regiões do infinito
e clamam por um guia que
os livre dessa situação tão
lastimável." O Candidato representa um
Mestre Maçom perdido e
desorientado, após a morte de
Hiram Abiff
III. Ingresso ao Templo. 

O Candidato é recebido:

● Descalço;
● Vestido com uma túnica preta;
● Com um esquadro de prata na fronte, que representa
a razão;
● Utilizando uma venda (semi-transparente) que o
cobre os olhos em forma de véu;
● Com os dedos indicador e médio da mão direita
sobre os lábios;
● Uma corda branca atada na no pescoço, com a qual é
conduzido até a porta da Loja;
● Uma vela na mão esquerda.
Ao ingressar no Templo, o candidato é um
conjunto vivente de sete símbolos:
IV. Depois de ingressar ao Santuário, é selado os
lábios do candidato com um carimbo.

● Reafirma ainda mais segredo e silêncio


● Esses carimbos eram impressos, segundo Ragón, nos
animais destinados ao sacrifício.
● Mas há um simbolismo mais profundo: se está selando
por fora o frasco alquímico, cujo conteúdo, portanto, é o
interior do Candidato.
V. Exame
● É realizado com o
Candidato sentado sobre
um banquinho triangular;
● Tem a ver com o
significado da
consciência, do
pensamento, do dever e
da liberdade;
● São apresentadas
questões sobre o livre-
arbítrio, o significado do
bem e o sentido do mal.
VI. Faz quatro viagens, que trata-se da
relação entre monoteísmo e politeísmo

● Ambos são máscaras para o Inefável;


● O monoteísmo torna-se politeísmo inventando anjos, santos e demônios
● O politeísmo torna-se monoteísta quando concebe um Deus superior aos outros deuses
● O Iniciado deve superar ambas as tendências
● Alguns são da opinião que o caminho das viagens deveria ser curvo (“passo do esquadro
ao compasso), embora isso possa complicar o simbolismo dos Graus subsequentes. E, por
último, outros indicam sete viagens.
VII. Visita a tumba de Hiram, e chora sua perda (uma
sensação de perda similar ao “exílio” do Martinismo)
VIII. O Candidato é Juramentado e começa
a ser consagrado.
● No Altar,
● de joelhos;
● a mão esquerda sobre o rolo de pergaminho,
● pega a chave com a mão direita e a coloca sobre o
coração, tendo sempre estendidos os dedos indicador
e médio,
● sob a abóboda de aço,
● com a vela com que ingressou ao Santuário junto à ele
● Falta um sétimo símbolo: a tumba de Hiram?
● Os Rituais do Séc. XVIII prescreviam que durante a
consagração o Candidato colocava a mão direita na
frente, como protegendo-se de uma luz muito intensa,
definida como a Luz que vinha da Estrela Flamígera.
O Juramento…
● Segredo
● Fidelidade
● Fazer-se digno da confiança dos Irmãos que tiverem
depositado em seu coração alguns de seus segredos
● Trabalhar para aperfeiçoar-se
● Lutar pela livre expressão da consciência humana
● Conhecer-se a si mesmo para encontrar quais são seus
verdadeiros deveres com seu próprio ser, com a
Natureza e com toda a Humanidade.
● A penalidade consiste em “todos os castigos impostos
em meus Juramentos anteriores”, quer dizer, o total das
penalidades da Maçonaria Simbólica.
IX. Depois do Juramento, o Mestre da a batería,
com o cetro, sobre a espada flamejante…

● E cai a venda dos olhos


● O que vê o Candidato?
● A balaustrada
● Com a chave de marfim, tem que abrir a porta e
ingressar ao Sanctum Sanctorum

Em alguns Rituais
se exige uma purificação
prévia ao ingressar ao
Sanctum Sanctorum, pelo
qual o Candidato deve
lavar as mãos antes
de tocar na chave.
X. Nos Rituais atuais se omite, mas a Iniciação terminava com o
Candidato ingressando ao Sanctum Sanctorum e vendo os objetos
sagrados.

● E isso ocorria ao
amanhecer, tanto em
sentido real como
simbólico;
● A luz iluminava o
Santuario (a
consciência);
● E o simbolismo era
muito mais
consistente.
XI. Os objetos sagrados

Sempre foi uma característica universal das Iniciações,


desde os tempos pre-históricos, concluir com a exibição de objetos
sagrados, as vezes de natureza tribal, cuja contemplação estava
reservada somente aos Iniciados.
A coroa de Oliveira e Louro

Haver alcançado a contemplação dos objetos sagrados é a


verdadeira vitória do Iniciado. Por isso, neste instante é coroado,
triunfante sobre os errores, preocupações
e misérias da existência profana.
XII. Encerramento
Finalmente, se encerra
quando anoitece, quando
a Luz se retira, quando
Osiris inicia a viagem pelo
Mundo das Sombras.
7. Instrução
Quadro do Mestre
Secreto,
da coleção da
Grande Loja
Regular da Inglaterra

Esta imagem é uma


colaboração do
Supremo Conselho
do Equador
Outros quadros e imagens do Grau (Cassard, 1861),
uma colaboração do Supremo Conselho do Equador
O Mestre Secreto…
● Passou do esquadro ao compasso;
● Visitou a tumba de Hiram e, em união com seus
Irmãos, chorou a sua perda;
● Ele viu a acácia crescer, e agora deseja vê-la
florescer;
● Ele viu o interior do Santo dos Santos;
● Foi designado um dos sete, e guardião dos
objetos sagrados do Templo;
● Mas, este último é incoerente, pois a Arca, as
Tábuas, etc., ainda não haviam sido colocadas
no Templo. Ou havia outros objetos sagrados lá
dentro?
Do esquadro ao compasso
Quer dizer…
● Do pavimento ao teto;
● Da linha reta à curva;
● Da base ao topo do edifício;
● Da “terra” ao “céu”, simbolicamente entendidos;
● Dos fenômenos aos princípios que os explicam.
O coração de Hiram
● Alguns Rituais dizem que o Iniciado, ao visitar a Tumba de Hiram,
embalsama seu coração e o coloca em uma Urna de Ouro;
● O Ritual de Blanchard (2002), por exemplo, indica que os membros
realizam uma “peregrinação” fúnebre até o Sanctum Sanctórum,
precedidos por Adonhiram, levando a Urna de Ouro;
● E que ao começar esta peregrinação, é quando devem colocar os
aventais;
● Ao chegar ao Sanctum Sanctorum, formam um semicírculo em torno
da Urna, que é vigiada por dois Guardiães;
● E é dito que Hiram “amou a verdade por sobre todas as coisas”;
● Exclamando-se “o coração da Verdade, o coração de Hiram”;
● Isto é mais adequado para o Grau seguinte (Mestre Perfeito), mas a
íntima associação entre ambos os Graus explica sua presença no
Grau do Mestre Secreto;
● O coração, como ponto central da manifestação, é similar ao olho
que tudo vê.
O coração de Hiram
● O coração que
começa a bater é
equivalente ao olho
que se abre.
● O coração transmite a
ideia de algo oculto,
secreto, profundo.
● Uma vez colocado na
Urna, nenhum profano
voltou a ver o Coração
de Hiram.
O coração de Hiram
● A Urna de Ouro é o
Athanor alquímico;
● Que transformações
sofre o Coração de Hiram
no Athanor?
● Esse seria o Primeiro
passo até o renacimiento.
Ele viu crescer a acácia, e agora deseja vê-
la florecer…
● Ou seja, completou o Grau de Mestre e
espera obter seus frutos;
● Recordemos que a vara de Aarão havia
florecido mágicamente;
● E na forma mais esotérica: ele viu a morte
de Hiram (acácia) e agora espera vê-lo
renacer;
● Note-se que em todo o Grau se repete a
noção de VER…
Ver…
● Somente é possível graças à Luz…
● O olho que se abre…
● Ver o oculto, o secreto
● Note-se que se trabalha do amanhecer ao anoitecer
(quando há luz, quando se pode ver)

O olho focaliza os No conhecimento


raios de luz da de sí mesmo, portanto,
Estrela Flamígera o ser humano centraría
no Oriente, seu próprio ser.
que de outra forma se
dispersaria.
“Ver ou perecer” (Teilhard de Chardin)

(Ver ou Morrer)
● Como dissemos, quando se incorpora o símbolo do Coração de Hiram,
se realiza uma peregrinação cerimonial ao Sanctum Sanctorum;
● A Chave abre o Sanctum Sanctorum;
● A Chave abre a Urna de Ouro
● A Chave abre o Coração de Hiram
● A Chave nos mostra o conteúdo, nos permite ver…
O significado esotérico da “vigilância”

O alquimista Vigilância e
vigia sua Obra, Perseverança,
sempre como disse a
desperto, com inscrição na
seus olhos Câmara de
abertos. Reflexão do
Aprendiz.
O tema dos “Levitas”
● Alguns Rituais, quando é consagrado o novo Mestre Secreto, dizem “te dou
entrada entre os Levitas”;
● Isto não tem sentido histórico, porque para ser Levita havia que pertencer à
Tribo de Leví. Não podia “fazer-se” Levita alguém de outra tribo e menos ainda
alguém que não fosse judeu. Era, portanto, uma condição hereditária e não de
eleição ou que se conquistasse pelo esforço.
● Mas pode ter algum sentido simbólico. Porque os levitas, que exerciam o
sacerdócio no Antigo reino de Judá, eram uma tribo que não tinha terra nem
herdado postos e sua única função era a de encarregar-se de tudo o fosse
relacionado ao Templo (adoração, louvor, sacrifícios, oferendas, etc.) e viviam
das oferendas que o povo oferecia a Deus, tomando uma parte destas para suas
necessidades. Eram pessoas dedicadas exclusivamente ao serviço da religião,
e não tinham que fazer outra coisa mais que encarregar-se de tudo o que for
relativo ao serviço.Era um povo separado dos demais e seu sistema econômico
era distinto ao dos demais israelitas. Independentemente da questão religiosa,
Levita então pode significar…
● Alguém que possui conhecimentos secretos, e está mais além da pequenez da
sociedade profana. Alguém que se separou do caminho dos profanos.
Quem eram, então, os Mestres Secretos?

● Pouco depois da morte de Hiram, Salomão designou Sete


Mestres Secretos para que, segundo alguns Rituais,
conduzissem as obras e, segundo outros, fossem os
guardiões dos objetos sagrados do Sanctum Sanctorum;
● Tirando Adonhiram, em geral seus nomes não se fazem
necessários;
● Alguns Rituais dizem que o Candidato representa à Jeroboán
(que mais tarde se tornou Rei de Israel), e deixam vago o
posto do Tesoureiro, que Jeroboán mais tarde ocupa.
● E dão os nomes dos outros Mestres, entre os que figuram,
segundo as versões: Jehoshaphat, Zadoc, seu filho Azarías,
Elihorephs, Aliah, Bernaia, Abiathar, etc.
● Mas nenhum destes personagens desempenham algum papel
importante na Lenda Maçônica.
● Por isso não pode estar correto…
O mais lógico é recordar que são Mestres…
Secretos!
● Por isso não se dizem
seus nomes;
● Secreto = Incógnito;
● São Mestres que
trabalham por trás da
Máscara;
● Seria interessante que
nas cerimônias
estivessem, efetivamente,
mascarados.
O Grau trabalha permanentemente com o
contraste branco-preto
● É um Grau
“sombrio” (estão de luto
pela morte de Hiram),
mas se trabalha durante
as horas da luz;
● É considerado uma
distinção, mas os que o
receberam pela primeira
vez ocultam seu nome;
● Pode-se relacionar com a
“Obscuridade Visível” da
que se fala no Rito de
York;
Alguns conceitos que faltavam
● O dia de consagrado aos Mestres
Secretos é o sétimo, onde se dedicavam
ao estudo em silêncio e segredo;
● O olho pode tornar-se também como
emblema da Consciência Universal, do
conceito que todas as coisas têm algum
Grau de consciência;
● o Sanctum Sanctorum tinha forma de
cubo, com a Arca no centro.
Um conceito para investigar
De acordo com isso,
Pouco foi investigado os “objetos sagrados”
sobre a analogia do Sanctum Sanctorum
entre os Mestres seriam tais faculdades
Secretos e os Sete superiores.
Chakras ou Centros A condição de
Psíquicos. “Secretos” é
Como esses são consistente com a
intermediários entre invisibilidade dos
a consciência Chakras.
objetiva e,
supostamente, as
faculdades superiores, De todas as formas,
se pode pensar que isto somente pode
correspondem aos tornar-se como uma
Mestres Secretos, leitura moderna do
intermediários entre Grau, pois no Séc.
o Sanctum Sanctorum XVIII os Chakras não
e o resto do Templo. eram conhecidos na
Europa.
“O silêncio e o segredo”,
serigrafía de Jean
Beauchard (“La Voie
Initiatique”, 2004)
P.: “Como nos elevaremos até o
G∴A∴D∴U∴?”

R.: “Pelo estudo da Natureza e


de nós mesmos.
O estudo fala à inteligência, este à razão,
e ambos ao sentimento.
O Mestre Secreto reconhece
a grandeza do Universo,
se admira e consagra sua mente
a compreensão das Leis do Cosmos.”
P.: “Como nos elevaremos até o
G∴A∴D∴U∴?”

R.: “Pelo estudo da Natureza e


de nós mesmos.
O estudo fala à inteligência, este à razão,
e ambos ao sentimento.
O Mestre Secreto reconhece
a grandeza do Universo,
se admira e consagra sua mente
a compreensão das Leis do Cosmos.”
Em síntese: o Universo inclui o Templo, o Templo contém o
Sanctum Sanctorum; este a Arca da Aliança; na Urna de
Ouro se encontra o Coração de Hiram… Um dentro do
outro: assim são os símbolos do Grau de Mestre Secreto

E Salomão ordena a Adonhiram que erga um monumento em homenagem


a Hiram Abiff…. assim termina o Mestre Secreto e começa o Mestre Perfeito.
Elaborado por:
Dr. Jorge Norberto Cornejo

Traduzido por:
Julio Lussari

Revisado por:
Jefferson Rigão

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