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Símbolos de diversos
Graus da Loja
de Perfeição
As origens do Grau de Mestre Secreto
Avental, Colar e
Joia franceses,
retirado do
Ritual da
Grande Loja
Regular da
Inglaterra
O Mestre Secreto é a chave que abre a porta
da Loja de Perfeição
Sua função é,
portanto, dupla:
É o Guardião do
Umbral em que guarda
a entrada da
Loja de Perfeição
e, ao mesmo tempo,
a chave que permite
o ingresso na mesma
● Existem vários
símbolos e conceitos
em comum;
● Principalmente, a ideia
de trabalhar de forma
desconhecida,
embaixo do véu do
segredo.
Por que dizemos que é um Grau Inefável?
O Templo nos
Rituais
do séc. XIX.
Observe
as quatro
colunas
pequenas no
leste,
ladeadas por
duas
colunas
maiores.
Nada disso
observa-se
nos
templos
atualmente.
O Antigo Templo
● Assim figurava nos Rituais até o final do séc. XIX.
● Destaca, no Oriente, a estrela de nove pontas rodeada
pelo Ouroboros, com as iniciais de nove Palavras
Cabalísticas.
● Os mesmos Rituais dizem que essas palavras são
“Adonai, Jehová, Elohim, Ail, El-Shaday, Iseabut, Gnizus,
Gibour, Echad; dos quais se formam 888 letras e 72
nomes, que podem ser escritos no alfabeto da Cábala e
no Alfabeto Angelical”, mas, quais eram exatamente as
palavras e seus significados é algo confuso.
Investigações atuais indicam: Eliah, Adonai, Jehová,
Jahvé, Yod, Elohim, El-Shaday, Yakar, Oshea.
● Dentro da estrela de nove pontas, a Estrela Flamejante
de cinco pontas (invertida) com o Yod ao centro.
Os nove nomes
● Nas primeiras versões do Grau, os nove nomes eram: Eloah,
Adonai, Jehovah, Jahvè, Job, Aloin, Achab, Osem e Jesous
(Manuscrito Francken, século XVIII).
● Todos os nomes são corruptelas do Hebreu, muito mal traduzidos
e mesclados com termos derivados do latim.
● Alguns rituais os qualificam de “As Nove Emanações da
Shekinah”.
● É dito que cada nome contém oito atributos divinos, de onde
resultam os 72 nomes da Cabala;
● Mas, não podemos estabelecer o que significam as “888 letras”.
● Uma pérola: O Manuscrito de Francken diz que o Nome Divino foi
conhecido por “Alec, Aaron e Salomão”. Os dois últimos são
perfeitamente conhecidos, mas, até agora, nenhum historiador
maçônico conseguiu determinar qual é a referência de “Alec".
Os símbolos no Leste, de acordo com os
Antigos Rituais
Os símbolos no Leste, de acordo com os
Rituais Atuais
O Templo
segundo
Aldo
Lavagnini
(Magister)
O Templo nos Rituais do sec. XX
(segundo Aldo Lavagnini)
Yod Yod-Tsadé
(Ivah-Chokmah) (Tzabaoth-Netzah)
Aleph Shin
(El-Chesed) (El Shaddai-Yesod)
O Templo e os Oficiais, de um
Ritual Holandês do presente século.
Não conseguimos determinar todas as
equivalências por questões de tradução.
O Avental, o Colar e a Joia
Fonte: Soberano
Santuário dos
Ritos de Memphis e
Mizraim
Avental, colar e joia utilizados no Rito Antigo e
Primitivo, relacionado com os de Memphis e Mizraim
4. Simbología
Os principais símbolos do Grau são…
● O sinal de silêncio
● A coroa de oliva e louro
● A chave de marfim
● A letra Yod
● A letra Zain
● A tumba de Hiram
● O Sanctum Sanctorum e os
objetos sagrados que ele contém
● A balaustrada
O brasão do Mestre Secreto
No brasão do Grau podemos ver outros
símbolos
● O candelabro de 7 Velas
● A Arca da Aliança
● O triângulo
● O círculo
● As Tábuas da Lei
● O Olho
● A Estrela Flamígera
A coroa de oliva e louro
● O louro representa a vitória alcançada no domínio de sí
mesmo;
● O louro, como símbolo da glória posterior a vitória, explica por
que da pergunta: “Sois Mestre Secreto?”, e se responde:
“Tenho essa glória”;
● A oliva é o estado de harmonía que resulta de tal vitória
O Mistério
da
Conjunção
Imagem francesa do
séc. XVIII, obtida
na página da Loja
7 de abril, de Madrid.
Página do
Monitor de
Richardson
(1860),
onde se
pode ver um
Mestre Secreto
realizando o
Sinal de Silêncio
Mercúrio com os atributos do Mestre Secreto: o
sinal de silêncio e o candelabro de sete luzes
Harpócrates, filho de Isis e Serapis, fazendo
o sinal de silêncio
Harpócrates é, na realidade, o nome grego
do Deus egípcio Harpajered
Iao = IAΩ
Temos aqui feito
a equivalência,
letra-a-letra,
Adonai = ינדא
em hebraico,
das palavras que
deveriam ser
Jua = אוה
escritas
ao contrário de
como fazemos.
Ivah = וי
Yod, Yahvé, Adonai
● Yod, Yahvé e Adonai formam
um ternário (sagrado) que
corresponde as Sephiroth:
Chesed (Graça), Tiphereth
(Beleza) e Malkuth (Reino).
● Segundo o rabino Isaac o
Cego, isto, por sua vez,
corresponde à mão de Deus, à
Torá escrita e à Torá oral.
● Mas além dos significados
religiosos, outra vez
encontramos a mesma ideia: o
poder criador da linguagem, da
palavra escrita e da palavra
falada.
Yod = A mão criadora
Cabalísticamente,
Yod corresponde
a mão, a
Mão Criadora.
Neste Grau,
isso é um paradoxo,
porque não se
permitem
instrumentos de
criação.
Mas estes
paradoxos são
habituais no
simbolismo.
É a lógica dos
sonhos!
O nome do
Grau, em
caracteres
samaritanos,
segundo A. Pike.
O nome do Grau, em
caracteres hebreus
(acima) e
samaritanos abaixo,
segundo A. Pike.
O Universo foi construído com letras e
palavras…
“Somos feitos
de palavras
presos no
corpo.”
Jacques Lacan
…Mas o corpo mantém com ele o segredo
(do “Zohar”)
● Descalço;
● Vestido com uma túnica preta;
● Com um esquadro de prata na fronte, que representa
a razão;
● Utilizando uma venda (semi-transparente) que o
cobre os olhos em forma de véu;
● Com os dedos indicador e médio da mão direita
sobre os lábios;
● Uma corda branca atada na no pescoço, com a qual é
conduzido até a porta da Loja;
● Uma vela na mão esquerda.
Ao ingressar no Templo, o candidato é um
conjunto vivente de sete símbolos:
IV. Depois de ingressar ao Santuário, é selado os
lábios do candidato com um carimbo.
Em alguns Rituais
se exige uma purificação
prévia ao ingressar ao
Sanctum Sanctorum, pelo
qual o Candidato deve
lavar as mãos antes
de tocar na chave.
X. Nos Rituais atuais se omite, mas a Iniciação terminava com o
Candidato ingressando ao Sanctum Sanctorum e vendo os objetos
sagrados.
● E isso ocorria ao
amanhecer, tanto em
sentido real como
simbólico;
● A luz iluminava o
Santuario (a
consciência);
● E o simbolismo era
muito mais
consistente.
XI. Os objetos sagrados
O alquimista Vigilância e
vigia sua Obra, Perseverança,
sempre como disse a
desperto, com inscrição na
seus olhos Câmara de
abertos. Reflexão do
Aprendiz.
O tema dos “Levitas”
● Alguns Rituais, quando é consagrado o novo Mestre Secreto, dizem “te dou
entrada entre os Levitas”;
● Isto não tem sentido histórico, porque para ser Levita havia que pertencer à
Tribo de Leví. Não podia “fazer-se” Levita alguém de outra tribo e menos ainda
alguém que não fosse judeu. Era, portanto, uma condição hereditária e não de
eleição ou que se conquistasse pelo esforço.
● Mas pode ter algum sentido simbólico. Porque os levitas, que exerciam o
sacerdócio no Antigo reino de Judá, eram uma tribo que não tinha terra nem
herdado postos e sua única função era a de encarregar-se de tudo o fosse
relacionado ao Templo (adoração, louvor, sacrifícios, oferendas, etc.) e viviam
das oferendas que o povo oferecia a Deus, tomando uma parte destas para suas
necessidades. Eram pessoas dedicadas exclusivamente ao serviço da religião,
e não tinham que fazer outra coisa mais que encarregar-se de tudo o que for
relativo ao serviço.Era um povo separado dos demais e seu sistema econômico
era distinto ao dos demais israelitas. Independentemente da questão religiosa,
Levita então pode significar…
● Alguém que possui conhecimentos secretos, e está mais além da pequenez da
sociedade profana. Alguém que se separou do caminho dos profanos.
Quem eram, então, os Mestres Secretos?
Traduzido por:
Julio Lussari
Revisado por:
Jefferson Rigão