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FORTALEZA
2018
ELINETO RODRIGUES DE ABREU
Orientador: .
FORTALEZA
2018
AGRADECIMENTOS
Aos professores do SENAI, que dividiram sua experiência de vida e
conhecimento para contribuir com a nossa formação pessoal e profissional com
muito empenho e carinho, nunca esquecerei seus ensinamentos.
Ao professor Gutemberg Cajuí, que com umas poucas palavras me
motivou a continuar buscando meus objetivos.
Aos meus companheiros de curso, Odirley Moura, Sergio Walcleyton, Luiz
Carlos, Dayane Alves, meu eterno obrigado pelo apoio e companheirismo.
Ao meu grande amigo Solano Leite, que se não fosse pela agilidade na
hora da aceleração de seu carro eu não estaria aqui fazendo este agradecimento.
A minha futura esposa Ana que sempre me ilumina, meu muito obrigado
sem você eu não teria conseguido.
Não importa quão estreita a passagem,
quantas punições ainda sofrerei, eu sou o
mestre de meu destino, eu sou o capitão de
minha alma. (William Ernest Henley)
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO................................................................................................................. 7
2 IDENTIFICAÇÃO DO ALUNO..........................................................................................8
3 DESENVOLVIMENTO.....................................................................................................9
4 PLANEJAMENTO E CONTROLE DA PRODUÇÃO – PCP...........................................10
5 DEPARTAMENTO DE MATÉRIA PRIMA – Fibras........................................................12
6 CONTROLE DE QUALIDADE – FIAÇÃO......................................................................17
7 FIAÇÃO......................................................................................................................... 22
Abertura............................................................................................................................. 22
Carda................................................................................................................................ 28
Passador........................................................................................................................... 31
Maçaroqueira.................................................................................................................... 33
Filatório.............................................................................................................................. 35
Bobinadeira....................................................................................................................... 37
Open-End.......................................................................................................................... 40
8 DEPÓSITO DE FIOS.....................................................................................................43
9 URDIDEIRA................................................................................................................... 44
10 ÍNDIGO...................................................................................................................... 47
Loop-Dye........................................................................................................................... 48
Multicaixas......................................................................................................................... 49
Descrição das partes principais.........................................................................................50
Gaiola............................................................................................................................ 50
Caixas de preparação/ tingimento..................................................................................51
Vaporizador................................................................................................................... 52
Pista de oxidação........................................................................................................... 52
Caixa de Tinta................................................................................................................ 53
Caixa de Lavagem......................................................................................................... 53
Caixa de Goma.............................................................................................................. 54
Zona de Secagem.......................................................................................................... 55
Campo seco e cabeceira...............................................................................................56
Cozinha de banhos (corante e goma)................................................................................57
11 LABORATÓRIO QUÍMICO.........................................................................................60
12 TECELAGEM............................................................................................................. 63
Movimento principais.........................................................................................................64
Anatomia do Tear.............................................................................................................. 65
Tipos de Teares................................................................................................................. 66
Teares de Projetil........................................................................................................... 66
Teares de Pinça............................................................................................................. 67
Teares Jato de ar........................................................................................................... 69
Componentes básicos do Tear...................................................................................71
Sistema de detecção de paradas...................................................................................71
Guarda Urdume............................................................................................................. 72
Acumuladores de Trama................................................................................................73
Tempereiro.................................................................................................................... 74
Padronagem do tecido plano.............................................................................................74
Ligamento Cetim............................................................................................................ 74
Ligamento sarja............................................................................................................. 75
13 ACABAMENTO.......................................................................................................... 76
Mercerizadeira................................................................................................................... 77
Linha Integrada................................................................................................................. 80
Rama................................................................................................................................. 82
Sanforizadeira................................................................................................................... 84
Controle de processo........................................................................................................ 86
Controle de qualidade tecelagem......................................................................................87
14 REVISÃO DE TECIDO ACABADO.............................................................................87
15 GESTÃO DE PESSOAS............................................................................................88
16 MANUTENÇÃO MECÂNICA......................................................................................89
17 DESENVOLVIMENTO DE PRODUTO.......................................................................90
18 ENGENHARIA DE PRODUTO...................................................................................91
19 Recursos Humanos e Segurança do Trabalho...........................................................91
20 CONCLUSÃO E/OU CONSIDERAÇÕES FINAIS......................................................93
21 REFERÊNCIAS.......................................................................................................... 95
8
1 INTRODUÇÃO
2 IDENTIFICAÇÃO DO ALUNO
3 DESENVOLVIMENTO
• Modulo Micronaire;
A análise base para toda a Fiação é o teste de título. Como foi dito pelo
Sr. Everlando, um fio fora de título acarretará em defeitos no tecido por conta da
variação no diâmetro no decorrer de toda a extensão do material especificado. O
controle de título é feito de forma rigorosa tendo um limite tolerável de + ou – 2, ou
19
seja: na fábrica um passador produz uma fita de Ne 0,100 o seu título pode variar
entre 0,98 a 0,102. Ultrapassando esse limite, o material que está fora de título irá
ser estirado no processo posterior e aumentará o seu comprimento com esse
defeito.
Fórmula geral: C x K = P x T
Legenda:
K = Constante
P = Peso
C = Comprimento
T = Título
Figura 2 - Meadeira
Fonte: https://www.saviotechnologies.com/mesdan/en/mesdan-lab/Pages/default.aspx
Outro
teste feito pelo controle de qualidade da Fiação é o de regularidade da massa. Neste
teste, são analisadas a regularidade da fita, pavio e fio determinando o coeficiente
de variação da massa, os pontos finos, pontos grossos, neps e a pilosidade no caso
do fio. Com estas informações é possível saber a causa de grande parte dos
defeitos no decorrer do processo, levando em consideração o limite determinado
para cada material. O aparelho utilizado nesse teste é denominado Regularímetro, e
foi observado que seus resultados fornecidos são fundamentais para verificação das
condições das fitas, pavios e fios. Tal equipamento é produzido na Índia pelo
fabricante Premier Evolvics. Sua interface é bastante simples, o que facilita a
Figura 3 – Regularímetro
Fonte: http://www.premier-1.com/iq_qualicenter_overview.html
Figura 4 – Dinamômetro
Fonte: https://www.uster.com/en/instruments/yarn-testing/uster-tensorapid/
O ensaio
de torção é feito afim de mensurar o número de voltas por unidade de comprimento.
A torção consiste em proporcionar ao fio um determinado número de voltas em torno
22
end.
moirê, que são ondulações periódicas na seção transversal do fio que provocam
uma espécie de onda, como mostra a ilustração abaixo.
Figura 6 – Moirê
Fonte: http://www.innovationintextiles.com/uploads/4466/moir%C3%A915.jpg
Defeitos como estes são causados por vários fatores como rolinhos
cortados, enrolamentos, cilindros empenados e variações de título, tornando-se
bastante perceptíveis no tecido acabado. Esta análise é feita regularmente pelo
controle de qualidade, para se ter total controle do processo. Este tipo de
imperfeição geralmente é detectado quando o inspetor do controle de qualidade
examina fuso a fuso como está o seu funcionamento. O trabalho de inspeção é feito
diariamente.
7 FIAÇÃO
Abertura
O material de
entrada são fardos com aproximadamente 200 à 260kg, colocados alinhadamente
obedecendo o plano de mistura, sendo retirados os arames, revestimentos e
posicionados em uma média de 50 a 80 fardos para após todo o processo de
abertura o algodão em pluma se transformar em flocos que terão passado pelo
25
Abridor de Fardos
Pré – Limpador
Abridor Limpador
Extrator de Pó
tela com furos para a retirada do pó, para o decorrer do processo um algodão bem
desempoeirado tem uma melhor otimização na fabricação do fio assim como na
limpeza das maquinas seguintes.
Figura 13 - Extrator de Pó
Fonte: https://www.truetzschler-spinning.de/en/products/blow-room/detailed-information/
bale-openers/ Carda
Figura 14 – Carda
Fonte: https://www.truetzschler-spinning.de/en/products/card/download-brochure/
De
acordo com o Sr. Francisco Gleilson este seria o fluxo que o algodão iria percorrer
pelos componentes da carda. O curso da matéria prima se inicia pelo FBK, os flocos
de algodão são transformados numa manta, que é transformada em um véu através
de cilindros que giram a uma alta velocidade periférica. O véu passa por flats fixos
pré cardantes seguindo nas guarnições da carda, entrando em contato com os flats
giratórios ao mesmo tempo as guarnições destes, unidas com as das cardas em
posição contrarias realizando a cardagem (separação das fibras) com isso o
material passa por flats fixos pós cardantes, em seguida entregando ao próximo
cilindro que chamamos de doffer. Já o doffer encarrega-se de transportar o véu até
os cilindros retiradores onde o mesmo distribui o material para os cilindros
esmagadores. Este véu recebe uma pequena condensação colocando-o em um
funil, e transformando em fita, esta é levada até o castelo passando por uma
fotocélula ao mesmo tempo por guia fita chegando ao funil do castelo. Já no castelo
temos calandras coletoras que se encarregam de coletar a fita e acondicioná-la
dentro do latão. Este latão recebe aproximadamente em torno de sete mil a oito mil
metros de fita que posteriormente alimentara passadores de primeira passagem. Na
fábrica além da carda comum existe uma carda que funciona com uma espécie de
32
Foi visto que a carda com o IDF integrado, é bastante possui processo
bastante positivo para a produção de fios Open-End, pois se ganha muito em
espaço devido a compactação do sistema, menor necessidade de latas, redução do
consumo de energia e reduz os custos com operações e pessoal. Mas nesta esfera
perde-se muito na questão da mistura do material, uma vez que um passador por
exemplo possui 6 fitas para a transformação de uma ganha-se em mistura das fitas
assim como homogeneização e paralelismo.
Algo que foi mencionado pelo Supervisor de Manutenção Mecânica da
fiação Sr. Eliseu Braga, é que performance das cardas está na ação reciproca e
simultânea de órgãos providos com superfícies cobertas de guarnições, as quais
têm o objetivo de separar as fibras quase que individualmente, pois as fibras quando
adentram na carda, encontram-se sob a forma de flocos, tornando-se, portanto,
necessária à sua separação individual. Para que isso se torne possível, deverá
haver uma boa amolagem das guarnições assim com as regulagens de distância
entre os elementos cardantes. Segundo ele há um tempo atrás, as guarnições eram
feitas de arames e introduzidas num tecido próprio, e que com a inovação
33
Figura 16 – Guarnições
Fonte: https://www.truetzschler-spinning.de/en/products/card/download-brochure/
Passador
Figura 18 – Passador
Fonte:
https://www.truetzschler-spinning.de/en/products/draw-frames/download-
brochure/ Maçaroqueir
a
Figura 19 – Maçaroqueira
Fonte: http://www.einstic.com/test/en/products/
A finalidade da fiação é a
obtenção do fio, sendo que para a fiação anel não é possível converter diretamente
uma fita em fio, deve haver então um produto intermediário tanto em espessura
quanto em torção, que é o pavio produzido na maçaroqueira. A maçaroqueira
transforma as fitas em pavios, do estiramento de uma massa de fibras (no trem de
estiragem), aplicando-lhes, em seguida, uma pequena torção, cujo processo é
totalmente mecânico.
toda uma elaboração para a produção do fio, diferente de uma fiação Open-End,
onde a fita de passador é encaminhada à máquina para produção, na fiação anel o
processo é bem mais esticado e a quantidade de máquinas é maior, para produzir
um fio com boa qualidade.
Filatório
Foi observado que está máquina possui uma rotação bastante alta e
seu comprimento é algo que chama atenção à primeira vista. O setor em questão
possui 20 máquinas em produção ativa onde cada uma possui 1200 fusos
produzindo fio, os maquinários são de um fabricante italiano chamado Marzoli e
assim como as demais máquinas vistas possui todos os parâmetros tecnológicos
que podem ser regulados através de uma tela sensível ao toque (título, torção,
velocidade, entre outros.).
Figura 21 – Filatório
Fonte: http://www.marzoli.it/it/camozzigroup/textile-machinery/marzoli/products-
solutions/integrated-spinning-technology/filatoio-ad-anelli-mds1
Bobinadeira
Figura 24 – Bobinadeiras
Fonte: https://www.saviotechnologies.com/savio/en/Products/Pages/default.aspx
40
imperfeição, para que em seguida seja feita uma nova emenda e o processo siga
normalmente.
Figura 27 – Purgadores
Fonte: https://www.saviotechnologies.com/savio/en/Products/Automatic-
Winders/Polar/Polar-E/Pages/Polar-E.aspx
42
Open-End
Figura 28 - Open-End
Fonte:
http://schlafhorst.saurer.com/fileadmin/Schlafhorst/pdf/Rotor/Autocoro9_Broschuere
_PT.pdf
Por ter
processamento reduzido é utilizado para a produção de fios grossos prontos para
serem consumidos na tecelagem, o instrutor da área Sr. José Rafaelson se referiu a
está máquina como um filatório e uma bobinadeira juntas, não pela qualidade que
ser comparar a o fio da fiação convencional não será o mesmo, mas pela
funcionalidade em si, onde esta única estira, aplica torção como o filatório para em
seguida esse fio passe pelo purgador para correção de defeitos e seja bobinado e
esteja pronto para ser consumido. Continuando o relato do instrutor da área, ele
43
8 DEPÓSITO DE FIOS
Figura 32 – Xorella
Fonte: http://www.xorella.com.hk/xorella/xoselect-Cilindrical.htm
A urdideira:
processo de urdissagem/desenconagem, sendo que antes desses fios serem
destinados a esse setor, os mesmos irão passar por um processo de umidificação
em uma máquina de vaporização, a uma temperatura de 100 – 115º C, durante 40
minutos. A retirada dos fios da máquina pode ser feita somente após 02 (duas)
horas.
9 URDIDEIRA
Figura 35 - Gaiola em V A
Fonte: https://www.rius-comatex.com/pages/en/products/warpers/warping-creels.php?id=201
Figura 36 – Urdideira
Fonte: http://www.prismtextilemachinery.com/warping-machine.html
10 ÍNDIGO
Figura 37 – Índigo
Fonte: http://www.prismtextilemachinery.com/images/indigo-dyening-
main.jpg
Loop-Dye
Figura 39 – Reator
Fonte: https://www.denimsandjeans.com/denim/manufacturing-process/indigo-
dyeing-with-loop-dyeing-machinery/2661 Multicaix
as
Figura 40 – Multicaixas
Fonte: https://drive.google.com/file/d/0BzaRTK5DOxFgRm80ak5yeUNFUFE/view
Gaiola
Figura 41 – Gaiola
Fonte: http://www.prismtextilemachinery.com/indigo-dyeing-and-sizing-machines.html
Caixas
de preparação/ tingimento
Vaporizador
Pista de oxidação
Caixa de
Tinta
Caixa de
Lavagem
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Caixa de Goma
Figura 46 – Foulard
Fonte: http://www.benningergroup.com/textilveredlung/maschenlinie/
A função da
solução engomante é criar um encapsulamento no fio, para que possa suportar os
esforços a que será submetido no processo de tecelagem. A solução engomante é
composta por goma, água, amaciante e antiespumante. A temperatura da goma tem
que se manter constante assim como sua circulação juntamente com a pressão do
foulard, pois o excesso pode ocasionar fios colados ou caso esteja abaixo do normal
pode ocasionar rupturas de fios nas varas da cabeceira da máquina ou na
tecelagem.
A caixa de
goma está presente em todas as máquinas pois é de fundamental devido o aumento
da resistência, melhora o alongamento do fio, aumenta a resistência a tensões e
distensões sucessivas. O encapsulamento do fio é o que garante essas
características diminuindo também a pilosidade do fio, dando a tecelagem um
excelente rendimento. Para isso é necessário ter uma boa viscosidade da goma
produzida.
58
Zona de Secagem
Esta etapa é responsável pela secagem dos fios após a saída da caixa de
goma, logo na entrada normalmente existe uma separação dos fios em duas
camadas passando por cilindros teflonados aquecidos a 105°C em média, é
importante para proporcionar um melhor encapsulamento da goma no fio e facilitar a
separação total dos fios na manta.
Nesta área os fios são submetidos a uma aplicação de cera, que chamam
de enceragem. Este processo consiste na aplicação por arraste de um lubrificante
ao fio, que pode ser aplicado a quente ou a frio, dependendo do produto. A
aplicação da enceragem tem como principal objetivo lubrificar a camada externa do
fio, para facilitar a abertura nas varas, minimizar os atritos e diminuir pó na
tecelagem. As varas de separação visam separar ou descolar individualmente os
fios, garantindo uma disposição preliminar dos fios no rolo de urdume, para facilitar a
engrupagem deles.
A cozinha de goma também possui dois tanques na sua área externa com
capacidade de 12.000 litros, onde é feito o preparo da solução engomante só que
em uma concentração muito maior do que a que irá ser utilizada no processo, para
executar o preparo dessa solução se faz necessário o uso de um guincho para subir
os sacos de goma que pesam 600 kg até a parte superior dos tanques, para que a
mesma possa ser diluída na água, esses tanques contam com um sistema de
circulação para evitar que a goma enrijeça. Depois do abastecimento do tanque
externo a solução é transportada através de tubulações para tanques menores na
parte interna da cozinha de goma onde são acrescentados produtos como
amaciante e antiespumante e mais água fazendo uma nova diluição deixando-a com
a concentração ideal para o processo na máquina.
chamado de “Jet Cocker” (peça de formato cilíndrico) que fica na tubulação, esse
aparelho joga na goma um vapor aquecido a 110ºC que realiza o cozimento da
mesma, após o cozimento a solução continuar a seguir na tubulação até o tanque da
máquina onde irá permanecer em aquecimento de 95ºC para que possa ser
utilizada.
No teste de
viscosidade é utilizado um
objeto de forma
cilíndrica com um orifício
embaixo para obter
resultados referentes a
viscosidade em relação ao
tempo de escoamento
da goma.
Figura 51 – Viscosímetro
Fonte: http://www.macler.com.br/
O teste
utilizando o refratômetro
tem como objetivo medir
62
11 LABORATÓRIO QUÍMICO
Figura 53 – Phmetro
Fonte:
https://hannainst.com.br/wp-content/uploads/HI5222_720x720_72_RGB.jp
g
Espectrofot
ômetro: aparelho que mede a concentração de corante (enxofre) através do método
de transmitância (fração da luz incidente) a amostra é posta em um suporte dentro
do aparelho e em seguida é lançado um feixe de luz que passa por uma fenda
chegando ao monocromador (prisma ou rede de difração) em seguida a amostra
absorve uma determinada quantidade de luz e transmite o restante. Essa luz
transmitida chega ao detector e é direcionada ao computador que fornece os dados.
É necessário que seja feito
esse teste em todos os
banhos de tingimento
com enxofre, pois é de
suma importância
que a concentração
dos mesmos
esteja de acordo com o
padrão do artigo a ser
produzido evitando
assim variações no
tingimento.
64
Figura 54 – Espectrofotômetro
Fonte: https://hannainst.com.br/wp-content/uploads/HI83099_720x720_72_RGB-e1508329293614.jpg
Titrino: Este aparelho serve para fazer titulação (usado para determinar
a concentração de um reagente conhecido) de vários tipos de banhos; umectados
mercerizados e de banhos de índigo, o Sr. Hugo Gomes relatou que seu
funcionamento se dá da seguinte forma: utiliza-se um reagente de natureza e
concentração conhecida para reagir com a amostra do banho após essa reação a
amostra será neutralizada pelo reagente, a quantidade de reagente consumido irá
determinar a concentração do produto utilizado na amostra coletado do banho.
Todos os banhos citados precisam passar por esse teste para que haja a garantia
de qualidade no processo.
Além de
testes químicos,
é feito o
Figura 55 – Titrino
Fonte: https://www.metrohm.com/pt-br/produtos-geral/titulacao/titrino-plus/
65
monitoramento e verificação dos banhos nas máquinas assim como os ajustes nas
dosagens para evitar problemas de cor, também são realizados testes visuais nas
meadas retiradas das máquinas, retira-se meadas das laterais e do centro para que
se possa avaliar se há algum tipo de variação (tonalidade) entre as laterais e o
centro, verifica-se também a carga de goma nos fios, é cortada uma meada de
exatamente 01(um) metro que é pesada em uma balança de precisão, é feito um
cálculo utilizando o valor do peso dessa meada antes da aplicação da solução
engomante e o peso após a aplicação, desta forma descobre-se se a aplicação está
satisfatória.
12 TECELAGEM
Movimento principais
Inser
ção da Trama:
introdução dos fios de
trama por meio de
pinças, projétil, jato
de ar.
Esses
movimentos fundamentais são três, em qualquer tipo de tecelagem, primitiva ou
automática, manual ou mecânica. Portanto, somente o mecanismo de inserção que
poderá ser diferente. Abaixo o relato dos demais componentes de um Tear.
Anatomia do Tear
O rolo que vem urdido e engomado seguirá para a montagem no tear, que
chamam de engrupagem. Vários fatores podem ser considerados: por exemplo, se o
urdume for diferente do que está no tear, é necessário fazer uma remeteção. Se o
urdume for igual a engrupagem, pode ser feita sem nenhum problema. O processo
de remeteção é simples: os fios são passados nos liços de acordo com o tecido que
deseja ser produzido. Por conta da demora, pois é um processo manual, é preciso
haver um planejamento antes para não se perder produção por atraso na
remeteção. Na empresa ocorre no mínimo 15 remeteções no mês, todas elas por
trocas de artigo, porque mês a mês a necessidade para produzir alguns tecidos
muda constantemente. As partes principais do tear que foram visualizadas são:
Rolo de Urdume: rolo de fios paralelos, oriundos da urdideira.
Quadros de Liços: o urdimento passa pelo olhal dos liços, que se
acham dispostos em quadros responsáveis pela formação da cala.
Pente:
determina a largura e a
densidade do urdume,
também é responsável
pelo remate da trama.
Rolo de
Tecido: enrola o tecido
pronto.
69
Tipos de
Teares
O Sr. Renan Bruno nos levou para visualizarmos os três tipos de teares
existentes na fábrica e um a um mostrou o sincronismo perfeito que existe nos
movimentos para a formação do tecido, de modo que as operações ocorram na
sequência correta, sem interferir umas nas outras. A diferença entre teares repousa
na sua diferença de inserções de trama e pelo sistema de abertura de cala. Pois
para no caso da abertura de cala, os quadros de liços podem ser movimentados
através de excêntricos, motores individuais entre outros. A diferença entre os tipos
de inserções será exposta abaixo, de acordo com o que foi visto.
Teares de Projetil
Teares de Pinça
O Sr. Renan relatou que esses teares podem ser unilaterais e bilaterais.
No tear unilateral, possuem uma pinça que fica do lado oposto da entrada da trama
na cala. No tipo bilateral, a trama é levada por uma das pinças até o meio da cala,
onde é transferida para a outra pinça que fará o restante do percurso da trama. A
velocidade de produção nos teares é quase o dobro dos teares de projetil podendo
chegar a 600rpm, que significa 600 tramas inseridas por minuto. O funcionamento
deste tear é simples e seguro.
71
Figura 62 - Pinças
Fonte: http://www.itemagroup.com/wp-content/uploads/2015/10/R9500_PT.pdf
Na
bilateral, uma pinça entrega a trama para outra pinça, afim de completar o percurso.
As cintas que conduzem as pinças são flexíveis, podendo ser lisas ou perfuradas. As
cintas perfuradas são movidas por rodas dentadas que se encaixam na cinta. Nas
cintas lisas este movimento é realizado devido a fricção da cinta com uma roda lisa.
Quando as cintas são recolhidas da cala depois de cada inserção, ficam abaixo da
mesa batente.
Teares Jato de ar
os seguintes componentes.
Figura 67 – Lamelas
Fonte: http://www.burckle.fr/en/weaving-accessories/electrodes-and-
dropwires
Guarda
Urdume
75
Acumuladores de Trama
Tempereiro
Após o esforço pelo qual passa o tecido plano para obter uma excelente
qualidade, um acessório adquire uma importância imensa no resultado, o
tempereiro. Essa ferramenta tem duas funções primordiais, a primeira de expandir a
largura do tecido nas proximidades do arremate da trama e a de conduzir o tecido
indiretamente.
Figura 70 – Tempereiro
Fonte: http://www.itemagroup.com/pt/products/rapier/r9500terry/
77
Ligamento Cetim
A característica
principal do ligamento sarja é
a diagonal que pode ser
78
13 ACABAMENTO
Para esta etapa contamos com a contribuição do Instrutor de treinamento
do setor de acabamento, o Sr. Adonias Carneiro, que relatou que o acabamento nos
tecidos planos consiste em um conjunto de processos com o objetivo de transformá-
los em artigos tingidos, espatulados ou acabados. Na etapa de acabamento, o tecido
é tratado com o objetivo de adquirir características como cor, brilho, toque e
estabilidade dimensional, agregando valor ao produto e prevenindo possíveis
defeitos na confecção da peça de roupa. Apesar de ser um tecido aparentemente
simples para beneficiamento, alguns parâmetros devem ser levados em
consideração:
Tipo de estrutura do ligamento.
79
soda absorvida tem afinidade com a fibra gerando assim o intumescimento (inchaço)
da mesma. Esse tipo de processo agrega ao tecido características como: brilho,
maciez, resistência, maior absorção de corantes e estabilidade dimensional.
Figura 76 – Chamuscadeira
Fonte: http://textileindustry.ning.com/photo/2370240:Photo:13?
context=latest
82
Colu
nas de Secagem: Regula a umidade do tecido, para que o mesmo ao termino do
processo esteja com a umidade padrão de acordo com o artigo processado.
Linha Integrada
Figura 79 – Vaporizador
Fonte:
http://www.benningergroup.com/uploads/tx_userdownloads/Ressource
_Management_DE.pdf
Rama
Figura - 81 – Espatulagem
Fonte: https://www.slideshare.net/ashrikant58/06presentation-on-
coating-methods
É de suma
importância que esse processo seja monitorado rigorosamente, pois qualquer sujeira
na régua pode ocasionar riscos no sentido do comprimento do tecido, podendo gerar
segunda qualidade.
O que mais
impressiona na
86
Sanforizadeira
Controle de processo
Após a saída da
máquina de revisão os tecidos são enviados ao corte, nesse âmbito será retirado as
faixas de tecido que contem defeitos, assim como o enrolamento deste em tubos de
papelão. Aqui é onde ocorre o final do processo, pois após enrolamento, o rolo de
tecido é revestido por uma película para seguir para o depósito. Antes de ser
enviado para o depósito, os rolos de tecido ficam armazenados no estoque do setor,
aguardando liberação das peças pela sala de nuance.
91
15 GESTÃO DE PESSOAS
16 MANUTENÇÃO MECÂNICA
17 DESENVOLVIMENTO DE PRODUTO
18 ENGENHARIA DE PRODUTO
A criação dos parâmetros para a produção dos artigos, são feitas levando
em consideração todos os mecanismos existentes na máquina, estas informações
visam padronizar e assegurar o bom andamento do processo, assim como as
94
21 REFERÊNCIAS
APÊNDICE
99
ANEXOS