Você está na página 1de 14

ASSOCIAÇÕES

Constituição
 1. Conceito
 2. Aquisição da Personalidade Jurídica
 3. Direitos e Deveres do Associado
 3.1 - Transferência da Qualidade de Associado - Impossibilidade
 4. Administração
 4.1 - Remuneração Dos Dirigentes
 5. Assembléia Geral - Deliberações
 6. Denominação
 7. Exclusão de Associado
 8. Conteúdo do Estatuto
 8.1 - Procedimentos
 8.2 - Modelo de Estatuto
 8.3 - Modelo da Ata de Fundação da Associação
 9. Pedido de Qualificação Como Organização da Sociedade Civil de Interesse
Público
 10. Registro em Outros Órgãos
 11. Certificados de Entidade de Fins Filantrópicos
 12. Declaração de Utilidade Pública Federal
 13. Declaração de Utilidade Pública Estadual e Municipal
 14. Dissolução da Associação
 14.1 - Destinação Dos Bens
 14.2 - Restituição da Contribuição ao Associado
 15. Fusão, Incorporação, Cisão e Transformação
 16. Aspectos Contábeis e Tributários

1. CONCEITO

As associações são pessoas jurídicas de direito privado voltadas à realização de


finalidades culturais, sociais, pias, religiosas, recreativas, etc., cuja existência legal
surge com a inscrição do estatuto social, que as disciplina no registro competente.
São exemplos de associações: Apae, UNE, Associações de Pais e Mestres,
Associação de Funcionários.

Constituem-se as associações pela união de pessoas que se organizem para fins


não econômicos.

Considera-se entidade beneficente de assistência social, às quais, também, se


aplicam as normas de constituição, examinadas neste trabalho, a pessoa jurídica de
direito privado, sem fins lucrativos, que atue no sentido de (Resolução CNAS nº
177/2000):

I - proteger a família, a maternidade, a infância, a adolescência e a velhice;

II - amparar crianças e adolescentes carentes;

III - promover ações de prevenção, habilitação e reabilitação a pessoas portadoras


de deficiências;

IV - promover gratuitamente assistência educacional ou de saúde;

V - promover a integração ao mercado de trabalho;


VI - promover o atendimento e o assessoramento aos beneficiários da Lei Orgânica
da Assistência Social e à defesa e garantia dos seus direitos.

2. AQUISIÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA

As associações que tenham fins lícitos, regularmente organizadas, adquirem


personalidade jurídica depois que registrarem seus estatutos e atos constitutivos
nos Cartórios e com aprovação prévia, quando se fizer necessário.

Com a personificação da associação, para os efeitos jurídicos, ela passará a ter


aptidão para ser sujeito de direitos e obrigações.

3. DIREITOS E DEVERES DO ASSOCIADO

Cada um dos associados constituirá uma individualidade e a associação uma outra,


tendo cada um seus direitos e bens, não havendo, entre os associados, direitos e
obrigações recíprocos.

Os associados devem ter igual tratamento, em relação aos direitos e deveres, mas
o estatuto poderá instituir para certas categorias de membros, vantagens especiais
ou direitos preferenciais, como por exemplo: vantagens especiais para os membros
fundadores; o direito de pertencer vitaliciamente a determinado clube, mediante
pagamento de certa importância, à categoria de sócios remidos.

Nenhum associado poderá ser impedido de exercer direito ou função que lhe tenha
sido legitimamente conferido, a não ser nos casos e pela forma previstos na lei ou
no estatuto.

3.1 - Transferência da Qualidade de Associado - Impossibilidade

A qualidade de associado somente poderá ser transferida a terceiro se houver


permissão estatutária. É intransmissível, se o estatuto não dispuser o contrário.

Se o associado for titular de quota ou fração ideal do patrimônio da associação, a


transferência daquela não importará, obrigatoriamente, na atribuição da qualidade
de associado ao adquirente ou ao herdeiro, salvo disposição diversa do estatuto.

4. ADMINISTRAÇÃO

As associações, como todas as pessoas jurídicas, necessitam de órgãos para


manifestar sua vontade e exercitar seus poderes. Esses órgãos fazem parte da
administração da pessoa jurídica e são indispensáveis para a sua existência e o seu
funcionamento, devendo estar previstos no estatuto.

Na administração de uma associação há, em regra, a presença de, pelo menos, três
órgãos: a assembléia geral, que é o órgão deliberativo responsável pelas decisões
mais importantes da entidade; a diretoria administrativa, responsável pela
administração executiva da entidade, e o Conselho Fiscal, responsável pelo controle
das contas da entidade.

4.1 - Remuneração Dos Dirigentes

A possibilidade ou não de as instituições sem fins lucrativos remunerarem ou não


os seus dirigentes deve estar expressa no estatuto, ou seja, este documento deve
conter artigo específico prevendo a possibilidade de remuneração ou, em caso
contrário, vedando. Essa exigência é obrigatória, tendo em vista que não há
dispositivo legal sobre a matéria; portanto, a norma estatutária é o referencial a ser
observado, sendo que a omissão de dispositivo que contenha norma dessa natureza
não permite nenhum pagamento a título de remuneração. Porém, antes mesmo de
inserir previsão estatutária, prevendo a remuneração, devem os dirigentes analisar
o custo-benefício de se adotar tal medida, uma vez que ela tem repercussão direta
nos benefícios fiscais e nos títulos de que é portadora a pessoa jurídica.

5. ASSEMBLÉIA GERAL - DELIBERAÇÕES

Compete privativamente à assembléia geral:

I - eleger os administradores;

II - destituir os administradores;

III - aprovar as contas;

IV - alterar o estatuto.

Para as deliberações relativas à destituição de administradores e alteração do


estatuto é exigido o voto concorde de dois terços dos presentes à assembléia
especialmente convocada para esse fim, não podendo ela deliberar, em primeira
convocação, sem a maioria absoluta dos associados, ou com menos de um terço
nas convocações seguintes.

A convocação da assembléia geral far-se-á na forma do estatuto, garantido a um


quinto dos associados o direito de promovê-la.

6. DENOMINAÇÃO

Em relação à denominação, há, em princípio, total liberdade para que os associados


possam adotar qualquer expressão para identificar a pessoa jurídica.

Da denominação deve constar a palavra "associação", para que fique devidamente


identificada a pessoa jurídica que está sendo criada. A denominação só poderá ser
usada após o registro da entidade, tornando-se ilegal o uso da denominação antes
do registro.

Deve-se ter o cuidado para que a denominação da associação não seja idêntica de
outra já registrada, tampouco se permite que a associação reproduza de forma
idêntica, em sua composição, siglas ou denominações de órgãos públicos, da
administração direta ou indireta.

7. EXCLUSÃO DE ASSOCIADO

A exclusão do associado só é admissível havendo justa causa, obedecido o disposto


no estatuto; sendo este omisso, poderá também ocorrer se for reconhecida a
existência de motivos graves, em deliberação fundamentada, pela maioria absoluta
dos presentes à assembléia geral especialmente convocada para esse fim.

O estatuto poderá indicar taxativamente as causas graves determinantes da


exclusão do membro associado, sendo que, se a apreciação da sua conduta for
considerada injusta ou arbitrária, o lesado poderá interpor recurso à assembléia
geral e, ainda, defender seu direito de associado por via judicial.
8. CONTEÚDO DO ESTATUTO

A associação é constituída por escrito e o estatuto social que a regerá, sob pena de
nulidade, conterá:

I - a denominação, os fins e a sede da associação;

II - os requisitos para a admissão, demissão e exclusão dos associados;

III - os direitos e deveres dos associados;

IV - as fontes de recursos para sua manutenção;

V - o modo de constituição e funcionamento dos órgãos deliberativos e


administrativos;

VI - as condições para a alteração das disposições estatutárias e para a dissolução.

8.1 - Procedimentos

Por ocasião da primeira reunião, os interessados deverão decidir os objetivos da


entidade e formar uma comissão para a redação de um estatuto social,
observando-se o seguinte:

I - definir os objetivos sociais de forma clara (áreas de atuação da entidade: meio


ambiente, educação, saúde, etc.);

II - eleger as pessoas para diretoria e membros (mínimo sugerido 05);

III - definir o local da sede (é necessário o endereço para registrar o Estatuto);

IV - preencher o Estatuto Social em 03 vias;

V - preencher a Ata de Fundação em 03 vias;

VI - discutir e aprovar o Estatuto em assembléia geral, na qual se deve também


eleger a diretoria (Ata da Fundação);

VII - pedir para um advogado rubricar as cópias do Estatuto Social;

VIII - registrar o Estatuto Social e Ata no Cartório, anexando:

a) 03 vias do estatuto e da ata;

b) requerimento solicitando o registro, assinado pelo presidente com firma


reconhecida em cartório;

c) cópia da Carteira de Identidade e CPF dos membros da diretoria;

d) relação com identificação da nacionalidade, profissão, número da CI, CPF e


endereço residencial de todos os associados ou sócios fundadores e membros da
diretoria.

IX - publicar no Diário Oficial o resumo do Estatuto;


X - efetuar o registro no CNPJ, de acordo com as normas da Instrução Normativa
SRF nº 568/2005 com as alterações da IN SRF nº632/2006;

XI - efetuar o registro na Prefeitura Municipal, para obtenção do alvará de


funcionamento;

XII - solicitar a qualificação como Organização da Sociedade Civil de Interesse


Público no Ministério da Justiça, de acordo com a Portaria MJ nº 361, de
27.07.1999, se for o caso.

8.2 - Modelo de Estatuto

ESTATUTO SOCIAL
Inclua aqui o nome e sigla da ENTIDADE

CAPÍTULO PRIMEIRO
NOME E NATUREZA JURÍDICA

Art. 1º - Sob a denominação de "Nome da ENTIDADE", ou pela forma abreviada


"Sigla da ENTIDADE", fica instituída esta associação civil sem fins lucrativos, e que
regerá por este ESTATUTO, e pelas normas legais pertinentes.

CAPÍTULO SEGUNDO
DA SEDE

Art. 2º - A "Nome da ENTIDADE" terá sua sede e foro na cidade de "Nome da


cidade", à "inclua aqui o endereço completo da sede da ENTIDADE", podendo abrir
filiais ou agências em outras cidades ou unidades da Federação, bem como no
exterior.

Art. 3º - O prazo de duração da "inclua aqui nome da ENTIDADE" é indeterminado.

CAPÍTULO TERCEIRO
DOS OBJETIVOS

Art. 4º - A "inclua aqui nome da ENTIDADE" tem por finalidade apoiar e


desenvolver ações para a defesa, elevação e manutenção da qualidade de vida do
ser humano e do meio ambiente, através das atividades de educação profissional,
especial e ambiental.

§ 1º - Para a consecução de suas finalidades, a "inclua aqui nome da ENTIDADE"


poderá sugerir, promover, colaborar, coordenar ou executar ações e projetos
visando:

(Inclua os objetivos da entidade - razão principal da existência da entidade. Em se


tratando de OSCIP, observar que alguns são obrigatórios conforme a Lei nº
9.790/99)

I - promoção da assistência social às minorias e excluídos, desenvolvimento


econômico e combate à pobreza;

II - atendimento a idosos e doentes, de baixa renda;

III - promoção gratuita da educação e da saúde incluindo prevenção de HIV-AIDS e


consumo de drogas;
IV - preservação, defesa e conservação do meio ambiente e promoção do
desenvolvimento sustentável;

V - promoção do voluntariado, de criação de estágios e colocação de treinandos no


mercado de trabalho;

VI - promoção de direitos das pessoas portadoras de deficiência, dos direitos da


mulher e da criança, assessoria jurídica gratuita e combate a todo o tipo de
discriminação sexual, racial e social, trabalho forçado e infantil;

VII - promoção da ética, da paz, da cidadania, dos direitos humanos, da


democracia e de outros valores universais.

§ 2º - A dedicação às atividades acima previstas configura-se mediante a execução


direta de projetos, programas, planos de ações correlatas, por meio da doação de
recursos físicos, humanos e financeiros, ou ainda pela prestação de serviços
intermediários de apoio a outras organizações sem fins lucrativos e a órgãos do
setor público que atuem em áreas afins.

Art. 5º - A "inclua aqui nome da entidade" não se envolverá em questões


religiosas, político-partidárias, ou em quaisquer outras que não se coadunem com
seus objetivos institucionais.

CAPÍTULO QUARTO
DOS SÓCIOS, SEUS DIREITOS E DEVERES

Art. 6º - A "inclua aqui nome da entidade" é constituída por número ilimitado de


sócios, os quais serão das seguintes categorias: efetivos, colaboradores e
beneméritos.

Art. 7º - São sócios efetivos as pessoas físicas ou jurídicas, sem impedimento


legal, que assinaram os atos constitutivos da entidade e outros que venham a ser
admitidos nos termos do Artigo 10, Parágrafo Único, do presente Estatuto.

Art. 8º - São sócios colaboradores pessoas físicas ou jurídicas, sem impedimento


legal, que venham a contribuir na execução de projetos e na realização dos
objetivos da "inclua aqui nome da entidade".

Art. 9º - São considerados sócios beneméritos pessoas ou instituições que se


destacaram por trabalhos que se coadunem com os objetivos dessa Associação.

Art. 10 - Os associados, qualquer que seja sua categoria, não respondem


individualmente, solidária ou subsidiariamente pelas obrigações da "inclua aqui
nome da entidade", nem pelos atos praticados pelo Presidente ou pelo Diretor
Executivo.

Parágrafo único - A admissão de novos sócios, de qualquer categoria será decidida


pela Assembléia Geral, mediante proposta de sócios efetivos ou da Diretoria.

Art. 11 - São direitos dos associados:

I - participar de todas as atividades associativas;

II - propor a criação e tomar parte em comissões e grupos de trabalho, quando


designados para estas funções;
III - apresentar propostas, programas e projetos de ação para a "inclua aqui nome
da entidade";

IV - ter acesso a todos os livros de natureza contábil e financeira, bem como a


todos os planos, relatórios, prestações de contas e resultados de auditoria
independente.

Parágrafo único - Os direitos sociais previstos neste Estatuto são pessoais e


intransferíveis.

Art. 12 - São deveres dos associados:

I - observar o Estatuto, regulamentos, regimentos, deliberações e resoluções dos


órgãos da sociedade;

II - cooperar para o desenvolvimento e maior prestígio da "inclua aqui nome da


entidade" e difundir seus objetivos e ações.

Art. 13 - Considera-se falta grave, passível de exclusão, provocar ou causar


prejuízo moral ou material para a "inclua aqui nome da entidade".

§ 1º - Compete à diretoria nos casos de exclusão, notificar ao associado sua


decisão no prazo máximo de cinco dias da ocorrência do fato que gerar a exclusão.

§ 2º - O associado poderá recorrer da decisão da diretoria, à assembléia geral, no


prazo de trinta dias de sua notificação.

CAPÍTULO QUINTO
DAS ASSEMBLÉIAS GERAIS

Art. 14 - A Assembléia Geral é o órgão máximo da Associação, e é constituída


pelos sócios efetivos da "inclua aqui nome da entidade".

Art. 15 - A Assembléia Geral reunir-se-á extraordinariamente sempre que


necessário, e ordinariamente 1 (uma) vez por ano, para deliberar sobre os
seguintes temas:

I - apreciação e aprovação do Balanço Anual e demais relatórios financeiros do


exercício anterior, e o Orçamento e Plano Anual de Trabalho para o novo exercício;

II - nomeação ou destituição do Diretor Executivo;

III - nomeação dos membros dos Conselhos Consultivo e Fiscal;

IV - deliberar sobre a admissão de novos sócios efetivos, colaboradores e


beneméritos;

V - deliberar sobre a reforma e alterações do Estatuto;

VI - deliberar sobre a extinção da Associação e a destinação do patrimônio social;

VII - deliberar sobre casos omissos e não previstos neste Estatuto.


§ 1º - Para as deliberações a que se referem os incisos II e V é exigido o voto
concorde de 2/3 (dois terços) dos presentes à assembléia especialmente convocada
para esse fim, não podendo ela deliberar, em primeira convocaçào, sem a maioria
absoluta dos associados, ou com menos de 1/3 (um terço) nas convocações
seguintes.

§ 2º - Para as demais deliberações é exigido o voto de aprovação da maioria dos


associados.

Art. 16 - As Assembléias Gerais serão convocadas pelo Presidente, ou por carta


assinada por 1/5 (um quinto) dos associados.

Parágrafo único - A convocação da Assembléia Geral, ordinária ou


extraordinariamente, dar-se-á através de carta registrada endereçada a todos os
sócios, e com antecedência mínima de 15 (quinze) dias úteis.

Art. 17 - O quorum mínimo exigido para a instalação da Assembléia Geral, a


qualquer tempo, é de 50% (cinqüenta por cento) dos sócios efetivos.

§ 1º - Terão direito a voto nas assembléias todas as categorias de sócios: efetivos,


beneméritos e colaboradores, este último desde que em dia com sua contribuição.

CAPÍTULO SEXTO
DA ADMINISTRAÇÃO

Art. 18 - A "inclua aqui nome da entidade" será dirigida pela Diretoria Executiva
eleita em assembléia geral, para um período de quatro (04) anos, podendo ou não
ser reeleita.

Parágrafo único - A administração caberá ao Presidente o qual representará a


Associação em Juízo ou fora dele, ativa e passivamente, bem como perante
terceiros em geral, podendo nomear procuradores em nome da Associação, com
poderes específicos e mandato em prazo determinado, o qual nunca ultrapassará a
data de extinção do mandato do Presidente que outorgou a procuração.

Art. 19 - O Presidente da "inclua aqui nome da entidade" visando imprimir maior


operacionalidade às ações da Associação, deverá assumir as seguintes atribuições
ou nomear e contratar um Diretor Executivo, para:

I - coordenar e dirigir as atividades gerais específicas da "inclua aqui nome da


entidade";

II - celebrar convênios e realizar a filiação da "inclua aqui nome da entidade" a


instituições ou organizações, por delegação do Presidente;

III - representar a "inclua aqui nome da entidade" em eventos, campanhas e


reuniões, e demais atividades do interesse da Associação;

IV - encaminhar anualmente aos sócios efetivos, relatórios de atividades e


demonstrativos contábeis das despesas administrativas e de projetos; bem como os
pareceres de Auditores Independentes, ou Conselho Fiscal, se este estiver
constituído, sobre os balancetes e balanço anual;

V - contratar, nomear, licenciar, suspender e demitir funcionários administrativos e


técnicos da "inclua aqui nome da entidade";
VI - elaborar e submeter aos sócios efetivos o Orçamento e Plano de Trabalho
Anuais;

VII - propor aos sócios efetivos reformas ou alterações do presente Estatuto;

VIII - propor aos sócios efetivos a fusão, incorporação e extinção da "inclua aqui
nome da entidade" observando-se o presente Estatuto quanto ao destino de seu
patrimônio;

IX - adquirir, alienar ou gravar os bens imóveis da Associação, mediante


autorização expressa da Assembléia Geral;

X - elaborar o Regimento Interno e o Organograma Funcional da "inclua aqui nome


da entidade", e submetê-lo à apreciação e aprovação da Assembléia Geral;

XI - exercer outras atribuições inerentes ao cargo, e não previstas expressamente


neste Estatuto.

Parágrafo único - É vedado a qualquer membro da Diretoria ou a qualquer


associado praticar atos de liberalidade às custas da "inclua aqui nome da entidade".

CAPÍTULO SÉTIMO
DO CONSELHO CONSULTIVO

Art. 20 - Com o objetivo de assessorar os sócios e funcionários da "inclua aqui


nome da entidade" na consecução de seus objetivos estatutários, e principalmente
na elaboração, condução e implementação de suas ações, campanhas e projetos,
os sócios efetivos indicarão à Assembléia Geral, nos termos do artigo 15, alínea III
deste Estatuto, pessoas de reconhecido saber e idoneidade, nos campos de
conhecimento afins com suas atividades, para comporem o Conselho Consultivo da
"inclua aqui nome da entidade".

Art. 21 - O Conselho Consultivo compor-se-á de no máximo quinze membros, com


mandato de quatro (04) anos, e reunir-se-á sempre que convocado pelo
Presidente, ou por sugestão do Diretor Executivo, com ausência do primeiro.

§ 1º - Os membros do Conselho Consultivo elegerão, por maioria simples, o seu


Presidente, que coordenará os trabalhos desse Conselho.

§ 2º - As deliberações e pareceres do Conselho Consultivo serão tomadas por


maioria simples, cabendo ao seu Presidente o voto de qualidade.

CAPÍTULO OITAVO
DO CONSELHO FISCAL

Art. 22 - Quando convocados nos termos do Artigo 24, § 3º, desse Estatuto, o
Conselho Fiscal será fiscalizador da administração contábil-financeira da "inclua
aqui nome da entidade", e se comporá de três membros de idoneidade
reconhecida.

Art. 23 - Os membros do Conselho Fiscal serão convidados pelos sócios efetivos, e


nomeados pela Assembléia Geral, nos termos do Artigo 15, alínea III deste
Estatuto.

Art. 24 - Compete ao Conselho Fiscal, ou se for o caso, aos Auditores Externos:


I - dar parecer formal sobre os relatórios e demonstrações contábil-financeiras da
"inclua aqui nome da entidade", oferecendo as ressalvas que julgarem necessárias;

II - opinar sobre qualquer matéria que envolva o patrimônio da "inclua aqui nome
da entidade", sempre que necessário;

III - comparecer, quando convocados, às Assembléias Gerais, para esclarecer seus


pareceres, quando assim julgarem necessário;

IV - opinar sobre a dissolução e liquidação da "inclua aqui nome da entidade".

§ 1º - Os membros do Conselho Fiscal elegerão, por maioria simples, o seu


Presidente, que coordenará os trabalhos desse Conselho.

§ 2º - O Conselho Fiscal deliberará por maioria simples, cabendo ao seu Presidente


o voto de qualidade.

§ 3º - O Conselho Fiscal só será instalado, e seus membros convocados, se a


"inclua aqui nome da entidade" não contratar auditores externos, ou se assim
exigir, através de maioria simples, a Assembléia Geral.

CAPÍTULO NONO
DO PATRIMÔNIO

Art. 25 - O patrimônio da "inclua aqui nome da entidade" será constituído por


doações de pessoas físicas e/ou jurídicas, de direito público ou privado, nacionais e
estrangeiras.

Art. 26 - A "nome da entidade inclua aqui" não distribuirá qualquer parcela de seu
patrimônio ou de suas receitas a título de lucro ou participação dos resultados
sociais.

Parágrafo único - A "inclua aqui nome da entidade" não poderá receber qualquer
tipo de doação ou subvenção que possa comprometer sua independência e
autonomia perante os eventuais doadores ou subventores.

CAPÍTULO DÉCIMO
DO REGIME FINANCEIRO

Art. 27 - O exercício financeiro da "inclua aqui nome da entidade" encerrar-se-á no


dia 31 de dezembro de cada ano.

Art. 28 - As demonstrações contábeis anuais serão encaminhadas dentro dos


primeiros sessenta dias do ano seguinte à Assembléia Geral, para análise e
aprovação.

CAPÍTULO DÉCIMO PRIMEIRO


DA DESTINAÇÃO DAS RENDAS E RECURSOS

Art. 29 - A "inclua aqui nome da entidade" não distribuirá, entre seus sócios,
associados, conselheiros, diretores, empregados ou doadores, eventuais
excedentes operacionais, brutos ou líquidos, dividendos, bonificações, participações
ou parcelas do seu patrimônio.
Art. 30 - A "inclua aqui nome da entidade" aplicará integralmente suas rendas,
recursos e eventual resultado operacional na manutenção e desenvolvimento dos
objetivos institucionais no território nacional.

Art. 31 - No caso de dissolução, aprovada a extinção pela Assembléia Geral,


convocada especialmente para este fim, nos termos do Artigo 15, proceder-se-á o
levantamento do seu patrimônio, que obrigatoriamente será destinado a outras
instituições legalmente constituídas, sem fins lucrativos, que tenham objetivos
sociais semelhantes.

§ 1º - Antes da destinação do patrimônio, mencionada no caput, será restituído aos


associados, o valor atualizado monetariamente com base em indexador oficial de
inflação, das contribuições que tiverem prestado ao patrimônio da associação.

§ 2º - Caso não exista no Município ou no Estado, associação ou instituição nas


condições citadas no caput, o que remanescer de seu patrimônio será entregue à
Fazenda do Estado ou da União.

Art. 32 - A "inclua aqui nome da entidade" em observância dos princípios da


legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade, economicidade e da eficiência,
adotará práticas de gestão administrativa, necessárias e suficientes a coibir a
obtenção, de forma individual ou coletiva, de benefícios ou vantagens pessoais, em
decorrência da participação no respectivo processo decisório.

Art. 33 - O conselho fiscal ou órgão equivalente, terá competência para opinar


sobre os relatórios de desempenho financeiro e contábil, e sobre as operações
patrimoniais realizadas, emitindo pareceres para os organismos superiores da
entidade.

Art. 34 - Haverá a possibilidade de se instituir remuneração para os dirigentes da


entidade que atuem efetivamente na gestão executiva e para aqueles que a ela
prestam serviços específicos, respeitados, em ambos os casos, os valores
praticados pelo mercado, na região correspondente a sua área de atuação.

Art. 35 - A "inclua aqui nome da entidade" observará as normas de prestação de


contas, que determinarão, no mínimo:

I - a observância dos princípios fundamentais de contabilidade e das Normas


Brasileiras de Contabilidade;

II - que se dê publicidade por qualquer meio eficaz, no encerramento do exercício


fiscal, ao relatório de atividades e das demonstrações financeiras da entidade,
incluindo-se as certidões negativas de débitos junto ao INSS e ao FGTS, colocando-
os à disposição para exame de qualquer cidadão;

III - a realização de auditoria, inclusive por auditores externos independentes se for


o caso, da aplicação dos eventuais recursos.

CAPÍTULO DÉCIMO TERCEIRO


DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 36 - É expressamente proibido o uso da denominação social em atos que


envolvam a "inclua aqui nome da entidade" em obrigações relativas a negócios
estranhos ao seu objetivo social, especialmente a prestação de avais, endossos,
fianças e caução de favor.
Local e data

Nome e assinatura do Presidente da entidade

Presidente

Nome e Assinatura do advogado

Registro na OAB nº

8.3 - Modelo da Ata de Fundação da Associação

ATA DE FUNDAÇÃO DA
"INCLUA AQUI NOME DA ENTIDADE"

Aos .......dias de .......... de ..............., nesta cidade de (Cidade, Estado),


reuniram-se os senhores (Nome da pessoa), portador da Carteira de Identidade
(Número do documento) e CPF (Número do documento), residente na (Endereço)
(relacionar e identificar todos os presentes), e foi feita a assembléia de fundação e
eleição da diretoria da (Nome da entidade), entidade de direito privado, sem fins
lucrativos, obedecendo a ordem do dia, para a qual fora convocada esta assembléia
e que tem o seguinte teor:

a) discussão e aprovação dos estatutos sociais;

b) eleição da Diretoria quadriênio ...........

Iniciando-se os trabalhos, submeteu-se o Projeto do Estatuto Social, artigo por


artigo, à apreciação e discussão e, em seguida, à sua votação, tendo o mesmo sido
aprovado por unanimidade e sem emendas ou modificações, mantendo o teor
seguinte:

Estatuto Social - "inclua aqui nome da entidade", (reproduzir o texto do estatuto


aprovado).

Tendo sido aprovado o Estatuto Social da "inclua aqui nome da entidade", o Sr.
(Nome da pessoa), eleito como Presidente da "inclua aqui nome da entidade" para
o quadriênio .........., procedeu, então, com a concordância dos demais sócios
efetivos, à eleição da Diretoria, para o quadriênio .............., que chegou ao
seguinte resultado, conforme a relação dos membros da Diretoria abaixo assinados,
e com a concordância de todos, procedeu o registro dessa Ata.

Presidente

Nome da pessoa ____________________________

Diretor Executivo

Nome da pessoa ____________________________

Presidente do Conselho Consultivo

Nome da pessoa ____________________________


Presidente do Conselho Fiscal

Nome da pessoa ____________________________

Secretária

Nome da pessoa ____________________________

Nota: As pessoas acima assinam na frente do nome.

9. PEDIDO DE QUALIFICAÇÃO COMO ORGANIZAÇÃO DA SOCIEDADE CIVIL


DE INTERESSE PÚBLICO

O pedido de qualificação como Organização da Sociedade Civil de Interesse Público


será dirigido ao Ministério da Justiça na forma da Portaria MJ nº 361/1999, cujos
procedimentos foram examinados no Bol. INFORMARE nº 21-A/2000, deste
caderno.

10. REGISTRO EM OUTROS ÓRGÃOS

Seguindo os passos acima para constituição e com a obtenção do CNPJ, é


necessário registrar a entidade nos órgãos públicos a que estiver sujeita e
instituições privadas para a obtenção de recursos:

I - nas secretarias estaduais nas áreas de atuação da entidade: Secretaria de


Educação, Trabalho, Bem Estar Social, da Saúde, da Criança, etc.;

II - nos órgãos federais específicos e secretarias e ministérios públicos: Secretaria


Nacional dos Direitos Humanos, Ministério da Justiça, Educação, Trabalho, etc.;

III - nas entidades mantenedoras privadas e públicas, nacionais e internacionais.

11. CERTIFICADOS DE ENTIDADE DE FINS FILANTRÓPICOS

O Certificado de Entidade de Fins Filantrópicos somente poderá ser concedido ou


renovado para entidade beneficente de assistência social mediante requerimento ao
Conselho Nacional de Assistência Social e desde que atendidos os requisitos das
Resoluções CNAS nºs 177/2000 e 178/2000.

12. DECLARAÇÃO DE UTILIDADE PÚBLICA FEDERAL

A entidade poderá solicitar, mediante requerimento dirigido ao Presidente da


República, por meio do Ministro de Estado da Justiça, a declaração de utilidade
pública, desde que provados os seguintes requisitos (Lei nº 91, de 28.08.1935,
regulamentada pelo Decreto nº 50.517, de 02.05.1961 e alterações do Decreto nº
60.931, de 04.07.1967):

I - que a entidade se constitui no País;

II - que possui personalidade jurídica;

II - que está em efetivo e contínuo funcionamento nos três anos imediatamente


anteriores, em observância aos fins estatutários;
III - que não remunera a qualquer título os cargos da sua diretoria e que a entidade
não distribui lucros, bonificações ou vantagens a dirigentes e mantenedores sob
nenhuma forma ou pretexto;

IV - que, comprovadamente, mediante apresentação de relatórios dos três


exercícios anteriores à formulação do pedido, promove a educação, a assistência
social, ou exerce atividades de pesquisas científicas, de cultura, inclusive artísticas
ou filantrópicas, de caráter geral ou indiscriminado e predominantemente;

V - que seus diretores possuem folha corrida e moralidade comprovada;

VI - que se obriga a publicar anualmente a demonstração da receita e da despesa


realizada no período anterior.

13. DECLARAÇÃO DE UTILIDADE PÚBLICA ESTADUAL E MUNICIPAL

Para a entidade ser declarada de utilidade pública estadual e municipal, deve-se


entrar em contato com a Câmara de Deputados e Assembléia Legislativa local para
conhecimento e encaminhamento da documentação necessária.

14. DISSOLUÇÃO DA ASSOCIAÇÃO

14.1 - Destinação Dos Bens

Dissolvida a associação, o remanescente do seu patrimônio líquido, depois de


deduzidas, se for o caso, as quotas ou frações ideais do patrimônio em razão de
transferência a adquirente ou herdeiro de associado, será destinado à entidade de
fins não econômicos designada no estatuto, observando-se o seguinte:

I - se o estatuto for omisso, por deliberação dos associados, os bens


remanescentes deverão ser transferidos para uma instituição municipal, estadual
ou federal, de fins idênticos ou semelhantes;

II - não existindo no Município, no Estado, no Distrito Federal ou no Território, em


que a associação tiver sede, instituição nas condições indicadas, os bens
remanescentes do seu patrimônio irão para os cofres da Fazenda do Estado, do
Distrito Federal ou da União.

14.2 - Restituição da Contribuição ao Associado

Os associados poderão receber em restituição, com a devida atualização, as


contribuições que prestaram à formação do patrimônio social, antes da destinação
do remanescente, se o estatuto permitir e se houver deliberação dos associados
nesse sentido.

Você também pode gostar