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TJPA

PJe - Processo Judicial Eletrônico

22/06/2022

Número: 0800367-04.2022.8.14.0018
Classe: PROCEDIMENTO COMUM CÍVEL
Órgão julgador: Vara Única de Curionópolis
Última distribuição : 14/06/2022
Valor da causa: R$ 2.000,00
Assuntos: Defeito, nulidade ou anulação
Segredo de justiça? NÃO
Justiça gratuita? NÃO
Pedido de liminar ou antecipação de tutela? SIM
Partes Procurador/Terceiro vinculado
JOAO ALVES ARAUJO (AUTOR) ADEBRAL LIMA FAVACHO JUNIOR (ADVOGADO)
CARLOS ANTONIO PINTO DOS SANTOS (AUTOR) ADEBRAL LIMA FAVACHO JUNIOR (ADVOGADO)
CLEUDISON MARQUES DE OLIVEIRA (AUTOR) ADEBRAL LIMA FAVACHO JUNIOR (ADVOGADO)
MANOEL ZACARIAS DA SILVA (AUTOR) ADEBRAL LIMA FAVACHO JUNIOR (ADVOGADO)
COOMIGASP COOPERATIVA DE MINERACAO DOS
GARIMPEIROS DE SERRA PELADA (REQUERIDO)
Ministério Público do Estado do Pará (INTERESSADO)
Documentos
Id. Data Documento Tipo
66673337 21/06/2022 Decisão Decisão
13:25
Processo nº 0800367-04.2022.8.14.0018

DECISÃO

Vistos.

Cuida-se de ação declaratória de nulidade de edital de convocação e suspensão de assembleia geral com tutela de
urgência ajuizada por MANOEL ZACARIAS DA SILVA, JOÃO ALVES ARAÚJO, CARLOS ANTONIO PINTO DOS
SANTOS e CLEUDISON MARQUES DE OLIVEIRA em face de COOPERATIVA DE MINERAÇÃO DOS GARIMPEIROS
DE SERRA PELADA (COOMIGASP) representada por DEUZITA RODRIGUES DA CRUZ VIANA, conforme inicial
apresentada.

Informam os autores, preliminarmente, que são diretores da Coomigasp e que foram legalmente eleitos em assembleia
geral realizada em setembro de 2021.

Em síntese, relatam também que foi publicado Edital de Convocação da Assembleia Geral da Cooperativa para ocorrer
no dia 20 de junho de 2022, as 08h00min, sem a devida observância do prazo mínimo de 10 (dez) dias úteis em jornal
de grande circulação.

Aduzem, ainda, que no dia 20/01/2022 foi realizada reunião geral, na qual foi deliberado pelo afastamento da presidente
Sra. DEUZITA RODRIGUES DA CRUZ VIANA, a qual não aceitou ser notificada pessoalmente acerca do seu
afastamento, sendo ilegítima para convocar a referida assembleia.

É o breve relato.

Decido.

Passo a apreciar o pedido de antecipação de tutela em caráter antecedente.

Implementados os pressupostos, ou seja, a demonstração da relevância da fundamentação e da ineficácia da medida


caso seja finalmente deferida, os quais são examinados a partir de uma cognição sumária, a liminar, em razão do seu
caráter precário, poderá ser confirmada, alterada ou revogada ao longo da instrução processual.

Observo que a parte autora não preenche todos os requisitos iniciais para que a tutela pretendida lhe seja antecipada,
nos termos do artigo 300 do Código de Processo Civil.

Nesse sentido, pelo que pretendem os autores, ou seja, a suspensão da assembleia geral de afastamento de diretores,
embora vislumbre a probabilidade do direito, observo que já passou a data informada em que ocorreria a assembleia,

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sendo que os autos somente retornaram do Ministério Público no dia 20/06/2022; desta forma, houve a perda
superveniente do objeto.

Ademais, verifico que a matéria ventilada pelos requerentes depende de maior dilação probatória, devendo ser feita uma
análise mais detida após a apresentação da devida contestação.

Assim sendo, INDEFIRO o pedido de antecipação de tutela pleiteada na inicial.

Deixo de designar audiência de conciliação em observância ao disposto no artigo 334, § 4º, II, do Código de Processo
Civil.

Cite-se a ré, para que venha contestar a presente no prazo legal. Advirta-se, no mandado, que a não contestação
implicará a produção dos efeitos da revelia (artigo 344 do Código de Processo Civil).

Caso, na contestação, a ré reconheça o fato em que se fundou a ação ou outro lhe oponha impeditivo, modificativo ou
extintivo do direito, ou, ainda, caso alegue preliminares, intime-se a parte autora para se manifestar no prazo de 15
(quinze) dias, facultando-lhe a juntada de documentos, conforme artigos 350 e 351, do Código de Processo Civil.

SERVE A PRESENTE DECISÃO COMO MANDADO.

Cumpra-se.

Curionópolis, 21 de junho de 2022.

THIAGO VINICIUS DE MELO QUEDAS

Juiz de Direito

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