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contra a r. decisão de fls. 251/252, proferida pelo D. Juízo da 16ª Vara Cível do Foro
Central da Comarca de São Paulo/SP, nos autos do incidente de desconsideração da
personalidade jurídica proposto contra GABRIEL CURY CARDOSO MIRANDA, brasileiro,
divorciado, empresário, portador da cédula de identidade RG nº. 29.789.687-8 SSP-SP,
inscrito no CPF sob o nº. 291.592.978-59, residente e domiciliado na Rua São Tomé, nº.
102, apto 12, Vila Scarpelli, na cidade de Santo André/SP, CEP 09050-320
(“AGRAVADO”), pelos motivos a seguir aduzidos.
Termos em que,
Pede deferimento.
São Paulo, 23 de novembro de 2023.
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I. TEMPESTIVIDADE
II. PREPARO
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Decisão agravada (fls. 251/252 do documento 12);
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RAZÕES RECURSAIS
AGRAVANTE
CONDOMÍNIO SHOPPING CENTER D
:
AGRAVADO: GABRIEL CURY CARDOSO MIRANDA
AUTOS Nº.: 0054293-42.2022.8.26.0100
ORIGEM: 16ª Vara Cível do Foro Central da Comarca de São Paulo/SP
Egrégio Tribunal,
D. Desembargadores
V. SÍNTESE DA DEMANDA
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VI. ABUSO DA PERSONALIDADE JURÍDICA
[(i)] Penhora online de ativos financeiros (fls. 172/176 do documento 21): não foram
encontrados valores suficientes nem sequer para a amortização dos juros de mora
incidentes sobre o principal da dívida, até mesmo com a utilização da ferramenta
“teimosinha”;
[(iii)] Bens imóveis (fls. 179/180 do documento 12): não foi localizado um imóvel sequer,
mesmo com a ordem de indisponibilidade transmitida aos cartórios de registro de
imóveis de todo o Brasil, via CNIB;
[(v)] Nomeação de bens à penhora: não foi realizada, a despeito da intimação específica
da SOCIEDADE para esse fim (fls. 225/228 do documento 12).
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Até mesmo a penhora de equipamentos alocados na sede da SOCIEDADE
foi frustrada, pois ela não se encontra mais no endereço declarado à JUCESP e Receita
Federal do Brasil: aos órgãos públicos: espaço comercial nº. 1045, localizado no
Shopping Center D (JUCESP e Receita Federal do Brasil: cf. fl. 161 do documento 12,
cláusula 1ª, e fls. 229/230 do documento 12).
(i) encerrou irregularmente as suas atividades , uma vez que, sem comunicar os
órgãos competentes (JUCESP e Receita Federal do Brasil), deixou de operar no endereço
da sua sede (Súmula nº. 435 do C. Superior Tribunal de Justiça);
(ii) não possui recursos para satisfazer o crédito do AGRAVANTE , o que foi
evidenciado pelo resultado negativo de todos os atos expropriatórios promovidos
contra ela; e
(iii) não tem interesse em regularizar a sua situação , pois, acaso o tivesse, teria (1)
promovido a sua dissolução, com a realização do ativo e o pagamento do passivo, ou (2)
requerido autofalência ou recuperação judicial ou extrajudicial.
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A existência da personalidade jurídica é conveniente ao AGRAVADO, pois,
enquanto ela existir, ele utiliza desse artifício para verdadeiramente cometer o “calote”
generalizado em seus credores. ainda queA despeito de a SOCIEDADE, na prática, estar
inativa e hajaexistirem dívidas de grande montacontraídas pela SOCIEDADE, ele o
AGRAVADO se vale da personalidade jurídica bem sabe para que o seu patrimônio, em
regra, não poderá ser seja alcançado por nenhum atos expropriatórios.
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Confiram-se os seguintes trechos das certidões lavradas pelos oficiais de
justiça responsáveis pelo cumprimento dos mandados de intimação do AGRAVADO:
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Na 2ª Tentativa de Intimação, o oficial de justiça atestou a sua suspeita de
que o AGRAVADO está se ocultando para evitar a intimação.
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Desse modo, para assegurar a efetividade da Ação de Execução, bem
como para que o AGRAVANTE não arque com mais prejuízos, além dos suportados ao
longo dos mais de dois anos de tramitação do feito executivo, requer, com fundamento
no art. 301 do Código de Processo Civil, que esse E. Tribunal determine a adoção das
medidas acautelatórias pleiteadas no tópico a seguir.
Vale destacar que nenhum dos pleitos apontados nos subitens (i) e (ii) do
item IX, infra, importam expropriação, mas tão somente conservação da titularidade,
mediante a concessão de tutelas cautelares que visam a impedir a transferência dos
bens pelo AGRAVADO a terceiros.
[IX.] CONCLUSÃO
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Por fim, requer que todas as intimações referentes ao presente feito
sejam realizadas exclusivamente em nome do advogado MATHEUS GARRIDO DE O.
KABBACH, inscrito na OAB/SP sob o nº. 274.361, sob pena de nulidade.
Termos em que,
Pede deferimento.
São Paulo, 23 de novembro de 2023.
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