Ordens normativas

Para melhor compreender essas matérias, precisamos recorrer a matéria inerente a natureza
social do homem.

Segundo Aristóteles, o homem é um animal social. Frisou nesta ordem de ideia que: apenas
organizando em comunidade e sociedade poderá atingir os objectivos que se impõe, garantindo
assim ao mesmo tempo a sua sobrevivência.

Diziam os Romanos UBI HOMO, IBI SOCIETAS- que significa, ONDE HÁ HOMEM HÁ
SOCIEDADE. No entanto, percebe-se que a existência em sociedade apenas será possível se
existirem um conjunto de regras ou normas que regulem ou norteiem comportamento dos
indivíduos e que possam resolver possíveis tretas ou conflitos, pois é do nosso mero
conhecimento que onde duas ou mais pessoas se encontrar há um choque eminente ou nasce um
conflito, por diversos factos, seja por divergências de ideias ou opiniões e bem como pela
ganancia ou ambição por exemplo. Dai, UBI SOCIETAS IBI JUS-ONDE HÁ SOCIEDADE
HÁ DIREITO.

Ordens Sociais Normativas

As ordens sociais normativas, subdivide-se em quatro (4) classes, nomeadamente: Ordem

Moral, Ordem Religiosa, Ordem de Trato Social e por último Ordem Jurídica.

Ordem de Trato social (Sitte) é constituída por normas também denominadas de usos sociais,
regras de etiqueta, de cortesia ou de boa educação, ou seja de regras destinadas essencialmente a
tornar a boa convivência mais agradável. São normas dotadas de vinculatividade, coativas: a sua
violação da origem da origem a sanção de estigmatização social, algumas vezes escritas,
constando com forma de diploma (códigos de boas praticas). Outras vezes são acolhidas pela
ordem jurídica, transformando-se em verdadeira norma jurídica, como ocorre no direito militar,
com obrigação de fazer continência aos seus superiores ou no processo criminal, com obrigações
de reu se levantar na presença do juiz.

As sanções por violação das normas de trato social são em regra difusas, inorgânicas e informais
(Reprovação Social), podendo, porém, assumir formas como a rejeição ou expulsão do grupo
social.