Você está na página 1de 13

TRABALHO DE INTRODUÇÃO AO DIREITO

TEMA
AS ORDENS NORMATIVAS

Curso: C.C
Classe: 1ºAno
Sala: 32
Turma: 1N
Grupo: A
Turno: Noite

Docente:

23.11.2020

INSUTEC
INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIAS
INTRODUÇAÕ AO DIREITO

Integrantes do Grupo:

1-Evaristo Manuel Tunguno


2-Fábio Miguel Júnior
3-Emanuel Esteves
4-Estefánia M Coimbria
5-Isidora N.M Siyukifeni
``Todo homem luta com mais pelos seus intesses do que pelos seus direitos``
``Nenhum homem recebeu da Natureza o direito de mandar nos outros``

‘De Napolião Bonaparte’

RESUMO
É de lembrar que o Homem vê-se integrado numa ordem social que lhe
preexiste, que lhe determina padrões de comportamento e de conduta e regula a
estrutura da sociedade onde convive com os outros.
O meio social em que vivemos é ordenado – sociedade – pelo Direito, quer
quanto às regras de conduta e padrões de comportamento que nos impõe, quer quanto à
definição do sistema organizativo em que se estrutura.

Ao contrário da ordem natural, a ordem social é constituída por uma teia


complexa de regras provenientes de ordens normativas de diversa índole: da ordem
moral, da ordem religio sa, da ordem de trato social (cortesia, usos e costumes sociais) e
da ordem jurídica. Assuntos como esses que abordaremos já asseguir

ÍNDICE
1.1- INTRODUÇÃO
1.2- DESENLVOVIMENTO
1.3- AS DIVERSAS ORDENS SOCIAS NORMATIVAS
1.4 AS ORDENS SOCIAS NORMATIVAS

1.5 ORDENS JURÍDICAS

1.6 ORDENS MORAL 

1.7 ORDENS RELIGIOSAS

1.8 ORDENS DE TRATO SOCIAL 

1.9 CONCLUSÃO

10 BIBLIOGRAFIA
1.1 INTRODUÇAO

Ao contrário da ordem natural, a ordem social é constituída por uma teia complexa de
regras provenientes de ordens normativas de diversa índole: da ordem moral, da ordem
religio sa, da ordem de trato social (cortesia, usos e costumes sociais) e da ordem
jurídica.
A subsistência da vida humana em sociedade dependa da existência de regras
que garantam a ordem e a convivência pacífica entre os homens Essas regras ou
normas, por um lado, conferem direitos e garantem certos usos fundamentais da
liberdade. E por outro, proíbem aos indivíduos o abuso dos direitos que lhes são
conferidos.

A vida humana em sociedade não é a mera coexistência de indivíduos ou grupos


de indivíduos num dado espaço e tempo, indiferentes entre si, solitários e separados;
necessário é que se estabeleçam relações sociais e que exista uma autonomia individual
de cada membro do colectivo social em relação à própria sociedade.

Para que seja possível a convivência humana em sociedade é necessário definir


uma ordem, ou seja, um conjunto de regras e padrões que orientem o comportamento
dos indivíduos e que estabeleçam ainda as regras da organização dessa sociedade, bem
como as instituições que lhe servem de estrutura.

O Direito é uma realidade presente em todos os momentos da nossa vida. O


Homem vê-se integrado numa ordem social que lhe preexiste, que lhe determina
padrões de comportamento e de conduta e regula a estrutura da sociedade onde convive
com os outros.

O meio social em que vivemos é ordenado – sociedade – pelo Direito, quer


quanto às regras de conduta e padrões de comportamento que nos impõe, quer quanto à
definição do sistema organizativo em que se estrutura.

1.2 DESENLVOVIMENTO
Portanto não há direito sem sociedade, nem sociedade sem direito, ou tão
simplesmente, onde há direito, há sociedade ou  onde há sociedade, há direito

Vamos extrapolar algumas conclusões como o Direito sendo um conjunto de


regras que regem uma sociedade ou que regulam a conduta dos homens numa
sociedade.
O Presente trabalho, vem por este meio para Relacionar e explicar que, o Direito
é, portanto, uma ordem social. E há, portanto, na sociedade outras ordens sociais e nem
por isso têm menos importância. Essas como a Ordem Moral. Ordem Religiosa e Ordem
de Trato Social. Ordens como essas que abordaremos já asseguir.
Qualquer delas, assim como o Direito, faz parte da ordem social no seu todo, na
medida em que, na sua essência, o Homem é um ser social e orienta-se por todas essas
normas. E essa sociabilidade implica uma regulação, uma ordem, sem a qual a
subsistência do Homem seria impossível.

1.3 AS DIVERSAS ORDENS SOCIAS NORMATIVAS

Ordens Sociais Normativas são aquelas que coordenam a vida em sociedade,


caracterizando-se todas elas pelo carácter imperativo e obrigatório das suas normas,
diferenciando-se por isso da Ordens Físicas ou Naturais.

A Ordem Física ou da Natureza é uma ordem de necessidade, que exprime uma


relação entre os seres e são invioláveis, de onde se conclui que a Ordem Social é uma
ordem de liberdade, pois apesar das suas normas serem impostas ao Homem e
exprimirem um dever, ser elas podem ser violadas e/ou alteradas, ao contrário da Ordem
Natural cujas normas são aplicadas de forma invariável e constante independentemente
da vontade do Homem e muitas vezes contra ela. A violação de uma norma social atinge
exclusivamente a sua eficácia e não a sua validade.

As Ordens Sociais podem caracterizar-se como Intrasubjectivas (relação unipessoal)


ou intersubjectivas (relação interpessoal).

1.4 AS ORDENS SOCIAS NORMATIVAS


A Ordem Social é constituída, entre outras, que são: Ordem Religiosa, Ordem
Moral, Ordem de Trato Social, Ordem Jurídica.

1.5 ORDENS JURÍDICAS

Ordem normativa intersubjectiva que se ocupa dos aspectos mais importantes da


convivência social e é assistida de coercibilidade material, que visa regular a vida do
Homem em sociedade, conciliando os interesses em conflito. A Ordem Jurídica procura
atingir a Justiça e a Segurança utilizando como meios as normas jurídicas, a
coercibilidade material. A Ordem Jurídica estabelece relações com as outras Ordens
Sociais Normativas.

ORDEM JURÍDICA

Constituída pelo conjunto de normas jurídicas que regulam os aspectos mais


relevantes da vida em sociedade. O Direito é o domínio normativo que mais atinge a
nossa esfera de interesses, pois representa o poder institucional do Estado e regula os
actos mais triviais da nossa vida quotidiana em sociedade

ORDEM JURÍDICA

É um conjunto de normas que visam regular a vida do Homem em sociedade,


harmonizando os seus interesses, e resolvendo os seus conflitos pelo recurso à
coercibilidade. Ao contrário das outras ordens normativas, a ordem jurídica serve-se da
coacção como meio de garantir e impor o cumprimento das suas normas. A coacção,
que é a ameaça de um mal, de uma sanção efectiva, requer a existência de um poder
social organizado capaz de recorrer ao uso da força.

Ordem Jurídica e Ordem Moral – aqui se estabelece uma relação de


coincidência, pois muitas vezes as normas morais são acolhidas pela Ordem Jurídica,
originando os diversos ramos do direito. Por vezes são estabelecidas também relações
contraditórias, como no caso da Distanásia, outras vezes existem também relações de
indiferença, por exemplo, a estrutura dos Órgãos do Estado;
Ordem Jurídica e Ordem Religiosa – no caso português a relação predominante é
a de indiferença, exceptuando situações como o casamento católico, o qual é também
aceite pela Ordem Jurídica, sendo por isso uma relação de coincidência. Tal como na
relação com a ordem moral, os casos da eutanásia, distanácia e do aborto constituem
assuntos de conflito. Contudo existem países como os de religião oficial Islâmica em
que a religião influência fortemente a ordem jurídica.

Ordem Jurídica e Ordem de Trato Social – aqui verifica-se essencialmente uma


relação de indiferença, podendo existir também relações de coincidência como nos
estatutos profissionais e, até, de conflito como no caso dos “touros de morte”, os quais
apesar de serem proibidos continuam a ver-se, por tradição, em Barrancos.

1.6 ORDEN MORAL 

Conjunto de imperativos impostos ao Homem pela sua própria consciência ética,


de tal modo que o seu incumprimento é, primeiro que tudo, sancionado pela reprovação
emanada da sua própria consciência, através da coercibilidade formal. A ordem moral
social ou positiva é o conjunto de regras que exprimem os valores sociais dominantes.

A distinção entre a Ordem Moral e Direito é feita segundo dois critérios: Critério
de coercibilidade – as normas do Direito são impostas ao indivíduo por serem coercivas,
enquanto que o incumprimento de normas morais pesa apenas na consciência de cada
um; por exemplo, pensar em roubar poderá ser moralmente condenável, mas será um
acto indiferente perante o Direito.

Critério de exterioridade – enquanto o Direito tem origem na parte externa da


conduta humana, por seu turno a moral tem origem na parte interna.

1.7 ORDENS RELIGIOSAS

Ordem Religiosa é uma ordem de fé que traduz as relações que se estabelecem


entre o crente e uma entidade superior (Deus ou deuses). O fundamento das normas
religiosas é a própria divindade, considerada como um ente superior e perfeito. O
incumprimento de normas religiosas tem punições extraterrenas.

Ordem jurídica e ordem religiosa. A relação predominante entre estas duas ordens
normativas é a indiferença.

_ Coincidência: casamento católico

_ Conflito: procriação artificial, eutanásia, distanásia e interrupção voluntária da


gravidez
1.8 ORDENS DE TRATO SOCIAL 

Ordem de Trato Social  – exprime-se através dos usos sociais, que podem ser
da mais diversa natureza, como os impostos pela cortesia, etiqueta, civilização, moda,
etc. São regras que tornam a vida em sociedade mais agradável e facilita o convívio
entre os seus membros. O incumprimento das normas de Trato Social é punido com
uma sanção social inorgânica, que se traduz num sentimento de reprovação da
sociedade que pode levar à segregação da sociedade.

Ordem jurídica e ordem de trato social

_ Entre elas existe, fundamentalmente, uma relação de indiferênça.

_ Coincidência: regras deontológicas dos advogados (deveres de correcção e


urbanidade)

_ Conflito: touradas de morte, etc.


1.9 CONCLUSÃO

O objetivo desta pesquisa foi esclarecer alguns pontos relevantes que diz
respeito à Ordens Social Normativa. Em um primeiro momento concluiu-se que a
ordem social, sendo complexa, subdivide-se em diversas ordens diferentes, das quais se
destacam quatro:
Conclui-se que a Ordem Moral que visa o aperfeiçoamento do individuo,
dirigindo-o para o bem. É um conjunto de imperativos impostos ao Homem pela sua
própria consciência ética, sendo o seu incumprimento punido, principalmente, pelo
arrependimento ou remorso, mas também pela rejeição ou marginalização do grupo em
que o individuo se insere. Será, assim, uma ordem intra subjetiva, dado que relaciona a
pessoa consigo mesma. Distingue-se do Direito por via de dois critérios:
A Coercibilidade – as normas jurídicas são física e organicamente susceptíveis
de aplicação coerciva, enquanto que as morais não. E a Exterioridade – a ordem Jurídica
é exterior ao indivíduo, regulando a sua conduta externa. A ordem moral, por outro
lado, irá depender dos valores do próprio indivíduo: por exemplo, pensar em roubar
poderá ser moralmente condenável, mas será um acto indiferente perante o Direito.

No que diz respeito a Ordem Religiosa. Notou-se que é a ordem de fé,


regulando as relações entre os crentes e os seus deuses. É essencialmente
interindividual, refletindo-se também na sociedade dado que as crenças religiosas dos
indivíduos influenciam a sua conduta. As suas sanções têm um carácter extraterreno.

No que se refere na Ordem de Trato Social viu-se que ela exprime-se através
dos usos sociais, podendo variar dentro da mesma sociedade, conforme o círculo social.
A violação destas normas poderá levar à marginalização do infractor.

E finalmente a Ordem Jurídica Sendo ela ordem normativa e inter-subjectiva,


assistida de coercibilidade material, que visa regular a vida do Homem em sociedade,
conciliando os interesses em conflito. Tem como valores fundamentais a Justiça e a
Segurança, utilizando como meio as normas jurídicas.
1.9 BIBLIOGRAFIA

BOBBIO, Norberto. Teoria do Ordenamento Jurídico. Brasília: Universidade


de Brasília, 1982
KELSEN, Hans. Teoria Pura do Direito. Trad. João Baptista Machado – 7ª
ed. São Paulo: Martins Fontes, 2006.
WEBER, Max. Economia e Sociedade: Fundamentos de Sociologia
Compreensiva. 2 vols. Brasília: UnB, 1999.

Você também pode gostar